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7° PERIODO - SAÚDE COLETIVA

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Saúde coletiva 
AULA 1 – INTRODUÇÃO E ALGUNS 
CONCEITOS BÁSICOS 
MISSÃO NO AVA: assistir o vídeo 1 no ambiente 
virtual da unidade 1 – tópico introdução de alguns 
conceitos básicos 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
SAÚDE 
“é um completo estado de bem estar físico mental e 
social, e não meramente a ausência de doença” – 
(OMS 1948) 
 
“é um direito de todos e dever do estado, garantido 
mediante politicas sociais e econômicas que visem a 
redução do risco de doença e de outros agravos e 
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços 
para sua promoção, proteção e recuperação” (Art. 
196 da constituição Brasileira, 1988) 
 
Lei orgânica da saúde n° 8.080/90 define que a 
saúde tem como fatores determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a 
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o 
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e 
o acesso aos bens e serviços essenciais (Brasil, 1988) 
 
QUALIDADE DE VIDA 
• Satisfação adequada das necessidades 
biológicas e a conservação de seu equilíbrio 
• Manutenção de um ambiente propício à 
segurança pessoal 
• Possibilidade de desenvolvimento cultural 
• Ambiente social que propicia a comunicação 
entre os seres humanos, como base da 
estabilidade psicológica e da criatividade. 
 
SAÚDE COLETIVA 
“é a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a 
vida, promover a saúde física e a eficiência do 
individuo através de esforços organizados da 
comunidade visando o saneamento do meio 
ambiente, combate de doenças transmissíveis que 
ameaçam a coletividade 
 
ATENÇÃO A SAÚDE COLETIVA 
“é um conjunto de ações de caráter individual e 
coletivo, situadas em todos os níveis de atenção do 
sistema de saúde voltadas para promoção da saúde, 
prevenção de agravos tratamento e reabilitação, 
centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu 
meio ambiente, levando em consideração o 
contexto histórico/estrutural da sociedade” 
 
DOENÇA 
“conjunto de sinais e sintomas específicos que 
afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal 
de saúde” 
“estado que ao atingir um individuo provocar 
distúrbios das funções físicas e/ou mentais. Pode ser 
causada por fatores exógenos ou endógenos. 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
1. Fase inicial: (ou de suscetibilidade): nesta fase 
ainda não há doença propriamente dita, mas 
existe o risco de adoecer 
2. Fase patológica pré-clínica: a doença ainda 
está no estágio de ausência de sintomas, mas o 
organismo apresenta alterações patológicas 
3. Fase clínica: a doença já se encontra em estágio 
adiantado, com diferentes graus de 
acometimento 
4. Fase de incapacidade residual: a doença pode 
progredir a para a morte, ou as alterações se 
estabilizam. 
 
FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA 
Endógenos: fatores determinantes que são 
inerentes ao organismo e estabelecem a 
receptividade do indivíduo. 
• Herança genética 
• Anatomia e fisiologia do organismo humano 
• Estilo de vida 
 
Exógenos: fatores determinantes que dizem 
respeito ao ambiente. 
• Ambiente biológico: determinantes 
biológicos 
• Ambientes físicos: determinantes físico-
químicos 
• Ambiente social: determinantes 
socioculturais 
 
PREVENÇÃO 
“Ação antecipada, baseada no conhecimento da 
história natural a fim de tornar improvável o 
progresso posterior da doença” 
 
• Primária: ações dirigidas para a manutenção da 
saúde 
o Promoção a saúde 
o Proteção específica 
 
• Secundária: visam a prevenção para regredir a 
doença 
o Diagnóstico e tratamento precoce 
o Limitação da invalidez 
 
• Terciária: ações que visam reabilitar o paciente 
o Reabilitação 
 
Saúde coletiva 
AULA 2 – PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
“Processo dinâmico, complexo e multidimensional 
que engloba dimensões biológicas, psicológicas, 
socioculturais, econômicas, ambientais e políticas. 
Pode-se identificar uma complexa inter-relação 
quando se trata de saúde e doença de uma pessoa, 
de um grupo social ou de sociedades”. 
 
MODELO MÁGICO-RELIGIOSO OU 
XAMANÍSTICO 
• Predominante na Antiguidade; Causas das 
doenças eram derivadas de elementos naturais e 
de espíritos sobrenaturais; 
• Resultante de transgressões de natureza 
individual e coletiva, sendo requeridos, para 
reatar o enlace com as divindades, processos 
liderados pelos sacerdotes, feiticeiros ou xamãs 
• As relações com o mundo natural se baseavam 
em uma cosmologia que envolvia deuses, 
espíritos bons e maus, e a religião. 
 
MODELO HOLÍSTICO 
• Compreensão da doença através das medicinas 
hindu e chinesa, também predominante na 
Antiguidade; 
• Noção de equilíbrio = “proporção justa ou 
adequada” com a saúde e a doença; 
• Saúde = equilíbrio entre os elementos e 
humores que compõem o organismo humano. O 
desequilíbrio permiti o aparecimento da doença; 
• O desequilíbrio estava relacionado ao ambiente 
físico, tais como: os astros, o clima, os insetos, 
etc; 
• Cuidado = ajuste necessário para a obtenção do 
equilíbrio do corpo com o ambiente. 
 
MODELO EMPÍRICO-RACIONAL 
(HIPOCRÁTICO) 
Origem no Egito (3000 a.C.). Tentativa dos primeiros 
filósofos em encontrar explicações não 
sobrenaturais para as origens da saúde e a doença; 
• Teoria dos Humores de Hipócrates (século VI 
a.C.) = defendia que os elementos água, terra, 
fogo e ar estavam subjacentes à explicação 
sobre a saúde e a doença; 
• Saúde é fruto do equilíbrio dos humores; e a 
doença é resultante do desequilíbrio deles; 
• O cuidado depende de uma compreensão 
desses desequilíbrios. 
MODELO DE MEDICINA CIENTÍFICA 
OCIDENTAL (BIOMÉDICO) 
Doença: “desajuste ou falha nos mecanismos de 
adaptação do organismo ou ausência de reação aos 
estímulos a cuja ação está exposto, processo que 
conduz a uma perturbação da estrutura ou da função 
de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo 
ou de suas funções vitais”. 
• Focou na explicação da doença e passou a 
tratar o corpo em partes cada vez menores, 
reduzindo a saúde a um funcionamento 
mecânico. 
• Causa é um fator externo ao organismo e o 
homem é o receptáculo da doença. Cuidado 
está focado no controle do espaço social, no 
controle dos corpos. 
 
MODELO SISTÊMICO 
No final da década de 1970, concepção de um 
processo sistêmico: “um conjunto de elementos, de 
tal forma relacionados, que uma mudança no estado 
de qualquer elemento provoca mudança no estado 
dos demais elementos”; 
• Estrutura geral de um problema de saúde é 
entendida como uma função sistêmica, na 
qual um sistema epidemiológico se constitui 
num equilíbrio dinâmico; 
• Cada vez que um dos seus componentes 
sofre alguma alteração, esta repercute e 
atinge as demais partes, num processo em 
que o sistema busca novo equilíbrio 
• Definição de sistema epidemiológico 
aproxima-se da ideia de necessidade de um 
sistema de saúde complexo, que contemple 
um conjunto de ações e serviços de saúde. 
 
 
MODELO DA HISTÓRIA NATURAL DAS 
DOENÇAS (MODELO PROCESSUAL) 
Processos interativos que cria o estímulo patológico 
no meio ambiente ou em qualquer outro lugar, 
passando da resposta do homem ao estímulo, até as 
alterações que levam a um defeito, invalidez, 
recuperação ou morte; 
• Inter-relações do agente causador da doença, do 
hospedeiro da doença e do meio ambiente e o 
processo de desenvolvimento de uma doença; 
• Ajuda a compreender os diferentes métodos de 
prevenção e controle das doenças. 
• Dimensão basicamente qualitativa de todo o 
ciclo, dividindo em dois momentos sequenciais 
o desenvolvimento do processo saúde-doença: 
o pré-patogênico e o patogênico; 
• O primeiro momento diz respeito à interação 
entre os fatores do agente, do hospedeiro e do 
meio ambiente. O segundo corresponde a 
quando o homem interage com um estímulo 
externo, apresenta sinais e sintomas e submete-
se a um tratamento; 
• O período pré-patogênico permite ações de 
promoção da saúde e a proteção específica,enquanto o período patogênico envolve a 
prevenção secundária e a prevenção terciária. 
 
 
 
A saúde, a doença e o cuidado são determinados 
socialmente, variando conforme os tempos, os 
lugares e as culturas, o que implica dizer que a 
organização das ações e serviços de saúde e das 
redes de apoio social precisa ser planejada e gerida 
de acordo com as necessidades da população de um 
dado território. 
 
 
DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE 
SAÚDE 
Lei orgânica da saúde Nº 8.080/90 define que a 
saúde tem como fatores determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a 
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o 
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e 
o acesso aos bens e serviços essenciais. (Brasil, 1988) 
 
Condicionantes biológicos: 
• Idade, sexo e herança genética 
 
Meio físico 
• Condições geográficas; características da 
ocupação humana; 
• Fontes de água para consumo, 
disponibilidade e qualidade dos alimentos; 
• Condições de habitação. 
 
Meio socioeconômico e cultural 
• Níveis de ocupação e renda; 
• O acesso à educação formal e ao lazer; 
• Acesso aos serviços voltados para a 
promoção e recuperação da saúde; 
• Qualidade da atenção nos serviços 
prestados. 
 
Determinantes Sociais da Saúde (DSS): “são os 
fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, 
psicológicos e comportamentais que influenciam a 
ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de 
risco na população”. 
 
Hierarquia de determinações entre fatores mais 
distais, sociais, econômicos e políticos e mais 
proximais relacionados diretamente ao modo de 
vida. 
 
 
 
 
 
Segundo a OMS, os determinantes sociais são 
modulados pela distribuição de renda, poder e 
recursos em nível global, nacional e local e são 
influenciados por decisões políticas. São os 
principais responsáveis pelas iniquidades em saúde 
– as diferenças injustas e evitáveis entre pessoas e 
países. 
 
Essa abordagem reforça o compromisso do setor 
Saúde com o desenvolvimento social do país e 
coloca questões primordiais como acesso a 
saneamento básico, educação e serviços de saúde 
na ordem do dia. A ideia central é que a equidade 
em saúde só será plenamente efetivada quando 
as persistentes desigualdades sociais do país 
forem superadas. 
 
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL 
Definida como a ação ou omissão do Estado, 
enquanto resposta social diante dos problemas de 
saúde e seus determinantes, assim como da 
produção, distribuição e regulação de bens, serviços 
e ambientes que afetam a saúde dos indivíduos e da 
coletividade. 
 
A evolução da política de saúde tem estreita 
relação com a evolução política, econômica e 
social da sociedade brasileira. 
 
A saúde pública não se constituía em prioridade 
dentro da política do Brasil, recebendo maior 
atenção apenas nos momentos de endemias e 
epidemias que refletiam na área econômica ou 
social. 
 
PERÍODO COLONIAL/IMPERIAL 
(1500 A 1889) 
Existência de diversas doenças transmissíveis, 
trazidas pelos portugueses, e posteriormente pelos 
escravos africanos e diversos outros estrangeiros. 
 
Endemia: ocorrência coletiva de uma doença 
transmissível em uma determinada área geográfica 
acometendo a população de forma permanente e 
contínua. 
 
Epidemia: ocorrência súbita de uma doença 
transmissível em uma determinada área geográfica, 
acometendo em curto espaço de tempo grande 
número de pessoas. 
 
Doenças: Hanseníase, Tuberculose, Malária, Varíola, 
entre outras. 
 
Não existiam políticas de saúde. Eram tomadas 
medidas que visavam minimizar os problemas que 
afetavam a produção econômica e o comércio 
internacional. 
 
Intervenções: saneamento dos portos; urbanização 
e infraestrutura nos centros urbanos de maior 
interesse econômico e campanhas para anular as 
epidemias. 
 
A assistência médica limitava-se as classes 
dominantes, era exercida por médicos que vinham 
da Europa. Aos demais só restava os recursos da 
medicina popular. 
 
Criação: Casas de Misericórdias; Escolas de Medicina 
do Rio de Janeiro e da Bahia; Imperial Academia de 
Medicina; Organização da Inspetoria de Saúde dos 
Portos. 
 
PERÍODO DA 1° REPÚBLICA OU REPÚBLICA 
VELHA (1889-1930) 
• Predomínio das doenças pestilenciais como: 
febre amarela, malária, peste, varíola, entre 
outras. 
• As ações e programas de saúde visavam o 
controle das doenças epidêmicas. Também 
visavam estimular o comércio internacional e 
fomentar a política de imigração. 
• Saneamento básico e infraestrutura 
realizadas nos espaços de circulação de 
mercadorias. Foi lançado o programa de 
saneamento do Rio de Janeiro e o de combate à 
febre amarela em São Paulo. 
• A Diretoria Geral da Saúde Pública, liderado por 
Oswaldo Cruz, elegeu as campanhas sanitárias 
como modelo de intervenção de combate às 
epidemias, de conotação militar. 
• Criação do Instituto Soroterápico de 
Manguinhos, depois denominado Instituto 
Oswaldo Cruz, com a finalidade de pesquisa e 
desenvolvimento de vacinas. 
• Em 1920, o Departamento Nacional de Saúde 
criou programas que introduziam a 
propaganda e a educação sanitária da 
população como forma de prevenção das 
doenças. 
• Surgiu a Previdência Social que incorporou a 
assistência médica aos trabalhadores como uma 
de suas atribuições a partir da contribuição com 
as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). 
 
Dois modelos de intervenção na saúde: 
1. Sanitarismo campanhista: envolvia uma 
abordagem coletiva e ambiental da doença, e 
caracteriza-se pela prática autoritária. 
2. Curativo-privatista: realizado através das 
CAPS e da medicina liberal que privilegiavam a 
abordagem individual e medicalizantes dos 
problemas de saúde, negando a relação da 
doença com as condições de vida dos 
indivíduos e coletividades. 
 
PERÍODO DA 2ª REPÚBLICA OU ERA 
VARGAS (1930-1945) 
Aos problemas de saúde (endêmicos e epidêmicos) 
foram acrescidos outros decorrentes do processo 
produtivo industrial, como: acidentes de trabalho, 
estresse, desnutrição, etc. 
 
As medidas adotadas visavam manter a força de 
trabalho em condições de produção, valendo-se da 
assistência médica vinculada à Previdência Social. 
 
Criação do Ministério da Educação e Saúde ocorreu 
em 1930, com a função de coordenar as ações de 
saúde no mesmo modelo de sanitarismo 
campanhista do período anterior. 
 
PERÍODO DA REDEMOCRATIZAÇÃO OU 
DESENVOLVIMENTISTA (1945-1963) 
Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde 
independente da área da educação. 
• A saúde pública obteve modestas conquistas, 
fortalecendo o modelo de assistência médica 
curativa aos segurados na perspectiva de 
manutenção do trabalhador saudável para a 
produção. 
• Algumas empresas começaram a contratar 
serviços de médicos particulares. Ampliando um 
modelo médico-assistencial privatista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERÍODO DO REGIME MILITAR 
(1964-1984) 
Implantou-se um sistema de saúde caracterizado 
pelo predomínio financeiro das instituições 
previdenciárias e por uma burocracia técnica que 
priorizava a mercantilização da saúde. 
 
Em 1966, promoveu a unificação dos Institutos de 
Aposentadorias e Pensões (IAP), com a criação do 
Instituto Nacional de Previdência e Assistência 
Social (INPS), subordinado ao Ministério do 
Trabalho e Previdência Social, com responsabilidade 
pela assistência médica aos segurados e seus 
familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saúde coletiva 
AULA 3 – POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL 
PERÍODO DO REGIME MILITAR – 1964 A 
1984 
Implantou-se um sistema de saúde caracterizado 
pelo predomínio financeiro das instituições 
previdenciárias e por uma burocracia técnica que 
priorizava a mercantilização da saúde 
 
Em 1966, promoveu a unificação dos institutos de 
aposentadorias e pensões (IAP), com a criação do 
instituto nacional de previdênciae assistência 
social (INPS), subordinado ao ministério do 
trabalho e previdência social, com responsabilidade 
pela assistência médica aos segurados e seus 
familiares. 
 
Ocorreu um período de expansão da assistência 
médica previdenciária a partir da inclusão dos 
trabalhadores rurais (1971), das empregadas 
domésticas (1972) e dos trabalhadores autônomos 
(1973) 
 
Em 1974, o sistema previdenciário foi desvinculado 
do ministério do trabalho, passando a ser 
subordinado do ministério da previdência e 
assistência social (MPAS) 
 
Em 1975, a crise do setor foi discutida na V 
conferencia nacional de saúde. Foi apresentada 
uma proposta de criação de um sistema nacional de 
saúde, porém não foi aceita devido a oposição de 
empresários da saúde. 
 
Em 1976, foi criado o programa de interiorização 
das ações de saúde e saneamento (PIASS), tendo 
como referencias as recomendações internacionais 
e a necessidade de expansão da cobertura dos 
serviços de saúde 
 
O programa promoveu uma grande expansão da 
rede ambulatorial pública e favoreceu a entrada de 
técnicos provenientes do movimento sanitário nos 
órgãos de saúde. 
 
Em 1981, foi criado o conselho consultivo de 
administração da saúde previdenciária 
(CONASP), visando garantir a melhoria da 
qualidade de atenção e a ampliação dos serviços 
para as populações urbanas e rurais. 
 
PERÍODO DA NOVA REPÚBLICA – 1985 A 
1988 
Em 1986, a VII conferencia nacional de saúde criou 
um espalho importante para o debate dos 
problemas do sistema de saúde e de propostas de 
reorientação da assistência médica e de saúde 
pública. 
 
Em 1988, com a promulgação da constituição 
federal, foi aprovado o sistema único de saúde 
(SUS) que incorporou a maioria das propostas de 
movimento da reforma sanitarista 
 
REFORMA SANITÁRIA 
Projeto articulado ao longo dos anos 70 e 80, com 
perspectiva de reformulação do sistema de saúde 
 
Lutavam contra as condições precárias de vida da 
população, contra as iniquidades do sistema de 
saúde e pelo reconhecimento da saúde como 
direito social a ser garantido; 
 
Preconizava a transformação da relação entre o 
estado e a sociedade, com defesa da participação 
social nos rumos da política de saúde e construção 
da cidadania. Tinha como ambição a 
universalização do direito à saúde 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
É composto pelo conjunto organizado e 
articulado de serviços e ações de saúde 
integrantes das organizações públicas de saúde das 
esferas municipal, estadual e federal, além dos 
serviços privados como complementares. 
 
Considerado único porque os princípios e diretrizes 
que o regem a organização dos serviços e ações 
devem ser os mesmos nas três esferas de governo. 
 
Antes do SUS, o ministério da saúde cuidava das 
ações preventivas e de caráter coletivo, e o 
ministério da previdência e assistência social era 
responsável pela assistência médica, de caráter 
curativo. 
 
O sus fundamenta-se na concepção ampla do 
direito à saúde e do papel do estado na garantia 
desse direito 
 
Em 1990, ocorreu a regulamentação do SUS por 
meio das Leis orgânicas da saúde (LOS): Lei 
8.080/90 e 8.142/90 
O SUS norteia-se por princípios doutrinários e 
organizativos. Os doutrinários (universalidade, 
equidade e integralização) permeiam a criação e 
implementação, e personificação o conceito 
ampliado de saúde e o direito a saúde. 
 
Os princípios organizativos (descentralização, 
regionalização e hierarquização, participação e 
controle social) orientam o funcionamento do 
sistema, de modo a contemplar seus princípios 
doutrinários. 
 
LEI 8.080/90 
Dispõe sobre as condições para promoção, 
proteção e recuperação da saúde, e ainda regula as 
ações, a organização e o funcionamento dos 
serviços de saúde em todo o país. 
 
Art. 4: o novo sistema de saúde compreende “o 
conjunto de ações e serviços de saúde prestados por 
órgãos e instituições públicas federais, estaduais e 
municipais, de administração direta e indireta, e das 
fundações mantidas pelo poder público” 
 
A saúde é um direito fundamental, cabe ao estado 
prover as condições indispensáveis ao pleno 
exercício da saúde, por meio de políticas 
econômicas e sociais 
 
Prover o estabelecimento de condições que 
assegurem o acesso universal e igualitário. 
 
Conjuntos de ações do SUS: 
• Atividades dirigidas a pessoas, individual ou 
coletivamente, voltada para a promoção, 
prevenção, diagnóstico, tratamento, etc. 
• Serviços prestados no âmbito ambulatorial, 
hospitalar, nas unidades de apoio e 
domiciliar 
• Ações de distintas complexidades e custos, 
que variam desde aplicação de vacinas e 
consultas médicas, até cirurgias 
cardiovasculares 
• Intervenções ambientais 
• Instituições públicas voltadas para o controle 
de qualidade, pesquisa, medicamentos, etc. 
 
O SUS pode recorrer a iniciativa privada como 
complementar, quando a disponibilidade for 
insuficiente. 
 
Legisla sobre os princípios, diretrizes, organização 
e gestão do SUS. 
Dispõe sobre as competências e atribuições de 
cada esfera (união, estado e município) 
 
LEI 8.142/90 
Dispõe sobre a participação da comunidade na 
gestão do SUS e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros 
 
A participação é realizada por meio das 
conferencias e dos conselhos de saúde em todas 
as esferas de governo. 
 
Os recursos financeiros do SUS serão depositados 
em conta especial (os fundos de saúde) em cada 
esfera da atuação e deverão ser movimentados sob 
o controle e fiscalização dos conselhos de saúde. 
 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS 
PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE 
Garantia constitucional de acesso de toda a 
população aos serviços de saúde, em todos os 
níveis de assistência, sem preconceitos ou privilégios 
de qualquer espécie. 
 
O direito à saúde vai além do acesso a assistência 
médica e aos serviços de saúde, engloba o conjunto 
de políticas públicas que visam a melhoria das 
condições de vida da população. 
 
“o perfil de saúde de uma coletividade depende das 
condições vinculadas à própria estrutura da 
sociedade”. 
PRINCÍPIOS DA EQUIDADE 
Segundo o ministério da saúde, equidade significa 
assegurar ações e serviços de todos os níveis de 
acordo com a complexidade que o caso requeira, 
more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem 
barreira 
 
Assegurar a disponibilidade de serviços de saúde 
considere as diferenças entre os grupos 
populacionais e indivíduos, de modo a priorizar 
aqueles que apresentam maior necessidade em 
função da situação de risco e das condições de vida. 
 
Busca corrigir a iniquidades sociais e em saúde. 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA INTEGRALIDADE 
Conjunto articulado e contínuo de ações, e 
serviços preventivos e curativos, individuais e 
coletivos, exigido para cada caso, em todos os níveis 
de complexidade do sistema 
 
Integralidade da assistência a partir da 
articulação entre a prevenção, promoção e a 
recuperação no cuidado prestado. 
 
Está associado ao tratamento digno, respeitoso, com 
qualidade, acolhimento e vínculo. 
 
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS 
PRINCÍPIOS DA DESCENTRALIZAÇÃO 
Redistribuição das responsabilidades quanto às 
ações e serviços de saúde entre os três níveis de 
governo – federal, estadual e municipal. 
 
Processo de transferência de responsabilidades e 
recursos para os estados, e para os municípios que 
assumem a atribuição de promover as ações e 
serviços de saúde à população (municipalização) 
 
Coordenação das ações sob direção de um único 
gestor em cada espaço político-institucional – 
secretário municipal, secretario estadual e ministro 
da saúde. 
 
PRINCÍPIOS DA REGIONALIZAÇÃO E 
HIERARQUIZAÇÃO 
A regionalização tem base territorial e populacional, 
e visa uma adequada distribuição de serviços para 
a promoção da equidade de acesso, otimização dos 
recursos e racionalidadedos gastos. 
 
a hierarquização diz que o SUS deve se organizar por 
níveis de atenção de complexidade crescente 
com fluxo assistenciais estabelecidos entre os 
serviços, de modo a garantir assistência integral e 
resolutiva. 
 
O acesso da população deve iniciar no serviço de 
atenção básica, e os casos não resolvidos devem 
passar para outros serviços de maior complexidade 
tecnológica. 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO E CONTROLE 
SOCIAL 
Garantia constitucional de que a população, por 
meio de suas entidades representativas, 
participará do processo de formulação das 
políticas públicas de saúde, do controle e de sua 
execução, em diversos níveis, do local ao federal. 
 
Conselhos de saúde representam instancias de 
participação popular de caráter deliberativo sobre 
os rumos das políticas públicas de saúde nas três 
esferas do governo. 
 
Órgãos de caráter permanente com a função de 
formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução 
da política de saúde, inclusive aspectos econômicos 
e financeiros. 
 
As conferencias de saúde são fóruns que tem o 
papel de promover o intercâmbio de informações 
entre a esfera federal e as esferas estaduais, 
facilitando o conhecimento de atividades de 
educação e saúde realizadas em todo o país. 
 
Ocorrem a cada 4 anos, com a representação de 
vários segmentos (usuários, trabalhadores, 
gestores e prestadores de serviços) para avaliar a 
situação de saúde e propor as diretrizes para a 
formulação das políticas de saúde 
 
As instituições públicas de saúde devem fornecer 
informações e conhecimentos necessários à 
população, de modo a possibilitar o posicionamento 
e a tomada de decisão nas questões referentes à 
política de saúde. 
Saúde coletiva 
AULA 4 – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
Identificar e divulgação dos fatores condicionantes e 
determinantes da saúde 
Formulação de políticas de saúde destinadas a 
promover, nos campos econômicos e social, a 
redução de riscos das doenças e outros agravos. 
Execução de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, integrando as ações 
assistenciais com as preventivas, de modo a garantir 
às pessoas a assistência integral à saúde 
 
CAMPOS DE ATUAÇÃO 
• Execução de ações de vigilância em saúde 
(sanitária, epidemiológica e de saúde do 
trabalhador) 
• Assistência integral (básica e especializada) 
• Ordenação da formação de recursos humanos 
• Formulação de política de medicamentos, 
equipamentos, imunobiológicos e outros 
insumos. 
• Formulação e execução da política de sangue e 
seus derivados, e a coordenação das redes de 
hemocentros. 
• Participação na formulação da política e na 
execução de ações de saneamento básico 
• Vigilância nutricional e orientação alimentar 
• Colaboração na proteção do meio ambiente 
• Controle e fiscalização de serviços, produtos e 
substancias 
• Fiscalização e inspeção de alimentos, água e 
bebidas. 
• Incremento do desenvolvimento cientifico e 
tecnológico. 
 
COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS 
Nível federal: normatização e coordenação geral do 
sistema no âmbito nacional a ser desenvolvido. 
Ministério da saúde deve oferecer cooperação 
técnica e financeira 
 
Nível estadual: planejamento do sistema estadual 
regionalizado e o desenvolvimento da cooperação 
técnica e financeira com os municípios. 
 
Nível municipal: gestão do sistema de saúde no 
município, com planejamento, gerenciamento e a 
execução de serviços públicos de saúde, e a 
regulação dos prestadores privados. Responsáveis 
pela melhor política de saúde a nível local. 
PACTO PELA SAÚDE 
Surgiu a partir da portaria 399/GM, de 22 de 
fevereiro de 2006, como uma ferramenta de 
responsabilização pública de cada esfera 
governamental na consolidação do SUS 
 
Pacto realizado entre o ministério da saúde, 
conselho nacional de secretários de saúde e 
conselho nacional de secretários municipais de 
saúde 
 
Divide-se em três partes: Pacto pela vida, pacto em 
defesa do SUS e pacto pela gestão do SUS 
 
PACTO PELA VIDA 
Compromisso firmado entre os gestores do SUS em 
relação as prioridades que apresentam impacto 
sobre a saúde da população brasileira, estabelecidas 
por meio de metas nacionais, estudais e municipais 
 
Prioridades pactuadas: 
1. Saúde do idoso 
2. Controle do câncer de colo uterino e de mama 
3. Redução da mortalidade infantil e materna 
4. Fortalecimento da capacidade de resposta às 
doenças emergentes e endemias 
5. Promoção da saúde 
6. Fortalecimento da atenção básica 
 
1. SAÚDE DO IDOSO 
• Considerando pessoas idosas acima de 60 anos 
• Promoção do envelhecimento ativo e saudável 
• Atenção integral e integrada à saúde do idoso 
• Implantação de serviços de atenção domiciliar 
• Acolhimento preferencial em unidades de saúde 
respeitando-se o critério de risco 
• Formação e educação permanente dos 
profissionais de saúde do SUS, na área do idoso. 
• Divulgação e informação sobre a política 
nacional de saúde da pessoa idosa para 
profissionais de saúde, gestores e usuários do 
SUS 
AÇÕES ESTRATÉGICAS: 
• Caderneta de saúde do idoso: deve conter as 
informações relevantes ao acompanhamento da 
saúde da pessoa idosa 
• Manual de atenção básica à saúde do idoso: 
serve de apoio e fundamenta-se nas diretrizes da 
politica nacional de saúde da pessoa idosa 
• Programa de educação permanente na área 
do envelhecimento: capacita os profissionais 
abordado assuntos referentes ao processo de 
envelhecimento. 
• Acolhimento: processo de acolhimento nas 
unidades de saúde deve ser reorganizado como 
forma de enfrentamento das dificuldades atuais 
de acesso 
• Assistência farmacêutica: desenvolvimento de 
ações que tenham como objetivo a qualidade na 
dispensação dos medicamentos e no acesso a 
eles. 
• Atenção diferenciada na internação e na 
atenção domiciliar: garantindo que toda 
pessoa idosa internada em hospital pode aderir 
ao programa de atenção domiciliar, passando a 
ser avaliado por uma equipe multidisciplinar. 
 
2. CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO 
ÚTERO E DA MAMA 
Metas para o ano de 2006: 
• Câncer de colo uterino: cobertura de 80% 
do exame preventivo e incentivo para 
reabilitação da cirurgia de alta frequência 
• Câncer de mama: ampliar para 60% a 
cobertura de mamografia e realizar a punção 
em 100% dos casos necessários. 
 
3. REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL 
E MATERNA 
• Redução da mortalidade infantil em 5% 
• Redução em 50% dos óbitos por doença 
diarreica e 20% por pneumonia 
• Apoio na elaboração de propostas de 
intervenção para qualificação da atenção às 
doenças prevalentes 
• Criação de comitês de vigilância do óbito 
• Reduzir em 5% a razão da mortalidade materna 
• Garantir insumos e medicamentos para 
tratamento das síndromes hipertensivas no 
parto. 
• Qualificação pontos de distribuição de sangue 
para que atendam às necessidades das 
maternidades e outros locais de parto. 
 
4. FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE 
RESPOSTA ÀS DOENÇAS EMERGENTES 
• Dengue: plano de contingencia para atenção 
aos pacientes em munícipios prioritários. Reduzir 
para menos de 1% a infestação em 30% dos 
municípios 
• Hanseníase: atinge o patamar de eliminação 
como problema de saúde pública, ou seja, 
menos de 1 caso por 10.000 habitantes em todos 
os municípios prioritários 
• Tuberculose: atinge pelo menos 85% de cura de 
casos novos diagnosticado a cada ano. 
• Malária: reduzir em 15% a incidência parasitária 
anual, na região da Amazônia legal 
• Influenza: implantar plano de contingência, 
unidades sentinelas e o sistema de informação. 
 
5. PROMOÇÃO DA SAÚDE EM ÊNFASE NA 
ATIVIDADE FÍSICA REGULAR E 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
• Elaboração e implementação de uma política de 
promoção à saúde, sendo uma responsabilidade 
dos três gestores. 
• Mudança de comportamento da população por 
meio da internalização da responsabilidadeindividual da prática de atividade física regular, 
alimentação adequada e saudável, e combater 
ao tabagismo. 
• Articulação e promoção de diversos programas 
de promoção de atividade física; elaboração da 
política nacional de promoção a saúde. 
 
6. FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO 
BÁSICA 
• Adoção de estratégia saúde da família, 
ampliação nos grandes centros urbanos e 
consolidação nos pequenos e médios 
municípios. 
• Garantia da infraestrutura necessária ao 
funcionamento das unidades básicas de saúde, 
dotando-as de recursos materiais, 
equipamentos e insumos suficientes para ações 
propostas. 
• O financiamento da atenção básica é definido 
como responsabilidade das três esferas de 
gestão. 
 
ATUALIZAÇÕES 
• Fortalecimento da capacidade de resposta a 
AIDS 
• Saúde do trabalhador 
• Saúde mental 
• Fortalecimento da capacidade de resposta às 
pessoas com deficiência 
• Atenção integral às pessoas em situação ou risco 
de violência 
• Saúde do homem 
 
 
 
PACTO EM DEFESA DO SUS 
Objetivo: discutir a questão da saúde pública e da 
repolitização do SUS, buscando a consolidação da 
política pública de saúde como política de estado e 
não de governo. 
 
Os gestores das esferas do governo devem 
expressar os compromissos com a consolidação da 
reforma sanitária e desenvolver ações que videm 
qualificar e assegurar o SUS como política publica 
 
Perspectiva: repolitização da saúde; promoção da 
cidadania e garantia de financiamento de acordo 
com as necessidades do sistema. 
 
Ações propostas: 
• Articulação e apoio à mobilização social pela 
promoção e desenvolvimento da cidadania 
• Estabelecimento de diálogo com a sociedade 
• Ampliação e fortalecimento de relações com 
os movimentos sociais 
• Elaboração e publicação da carta dos direitos 
dos usuários do SUS 
• Aprovação do orçamento do SUS, composto 
pelos orçamentos das três esferas de gestão. 
 
PACTO PELA GESTÃO DO SUS 
Objetivo: estabelecer as responsabilidades claras 
de cada ente federado, de forma a diminuir as 
competências concorrentes e a tornar mais claro 
quem deve fazer o quê, contribuindo para o 
fortalecimento da gestão compartilhada e solidária 
do sus 
 
Trata-se de um direcionamento para a efetivação de 
um sistema que garanta o respeito às diversidades 
regionais (no planejamento, na execução e 
avaliação), com eficiência, maior transparência 
financeira e participação social. 
 
1. DESCENTRALIZAÇÃO 
Estabelecer as corresponsabilidades no âmbito do 
processo de descentralização do SUS 
 
Visa oficializar as comissões Inter gestores 
Bipartite – CIB (composta por representantes 
estadual e municipal) e as comissões Inter gestores 
Tripartite – CIT (composta por representantes 
federal, estadual e municipal), como espaço legítimo 
para a pactuação e deliberação das estratégias. 
 
 
2. REGIONALIZAÇÃO 
Orientar o processo de descentralização na 
perspectiva de construir redes de atenção à saúde 
(regiões de saúde) 
 
Regiões de saúde: recortes territoriais inseridos em 
um espaço geográfico continuo, identificadas pelos 
gestores municipais e estaduais a partir de 
identidades culturais, econômicas e sociais, de redes 
de comunicação e infraestrutura de transporte 
compartilhados no território. 
 
Podem ser intramunicipais, interestaduais e 
fronteiriças. 
 
3. FINANCIAMENTO DO SUS 
Princípios gerais de financiamento: 
• Responsabilidade das três esferas de gestão 
• Redução das iniquidades macrorregionais, 
estaduais e municipais durante a distribuição 
de recursos 
• Financiamento de custeio com recursos 
federais constituídos, organizados e 
transferidos em blocos de recursos (cinco 
blocos) 
• Atenção básica; atenção média e alta 
complexidade; vigilância em saúde; 
assistência farmacêutica e gestão do SUS 
 
4. PLANEJAMENTO DO SUS 
Propôs um processo de institucionalização da 
pratica do planejamento sob a forma do sistema de 
planejamento do SUS, garantindo a articulação e 
integração 
 
O sistema tem como objetivo pactuar as diretrizes 
ferais para o processo de planejamento do SUS e os 
instrumentos para tal em cada nível de gestão. 
 
As necessidades de saúde da população devem 
nortear o planejamento e deve haver integração de 
instrumentos, e articulação de propostas em todas 
as esferas. 
 
5. PROGRAMAÇÃO PACTUADA 
INTEGRADA (PPI) 
Visa definir a programação das ações de saúde em 
cada território e nortear a alocação de recursos 
financeiros para a saúde a partir de critérios e 
parâmetros pactuados entre os gestores 
 
 
6. REGULAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE E 
REGULAÇÃO ASSISTÊNCIAL 
• Contratação 
• Regulação do acesso à assistência ou 
regulação assistencial 
• Complexos reguladores 
• Auditoria assistencial ou clínica. 
 
7. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL 
• Define ações para apoiar os conselhos de 
saúde, conferencias de saúde e os 
movimentos sociais em saúde 
• Apoiar o processo de formação dos 
conselheiros 
• Estimular a participação e avaliação dos 
cidadãos 
• Apoiar os processos de educação popular 
em saúde 
• Apoiar a implantação de ouvidorias e o 
movimento social em defesa do SUS 
 
8. GESTÃO DO TRABALHO 
• Importância do desenvolvimento de uma 
política de recursos humanos em saúde 
• Garantia de autonomia aos entes gestores na 
contratação dos profissionais 
• Estabelecimento de vínculos de trabalho 
 
9. EDUCAÇÃO NA SAÚDE 
• Propor ações em educação permanente 
como meio de capacitação 
• Capacitação na formação e no trabalho 
 
CONTRATO ORGANIZATIVO DA 
AÇÃOPÚBLICA DE SAÚDE (COAP) 
Publicado no decreto 7.508 de 28 de junho de 
2011 
Acordo de colaboração firmado entre os entes 
federativos para a organização da rede 
interfederativa de atenção à saúde 
 
Objetivo: organização e integração das ações e dos 
serviços com a finalidade de garantir a 
integralidade da assistência aos usuários do SUS 
 
Definiu as responsabilidades com relação as ações 
de serviços, os indicadores e metas, os critérios de 
avaliação de desempenho, os recursos financeiros 
disponibilizados, a forma de controle e fiscalização 
de execução. 
 
Disposições essenciais: 
• Identificação das necessidades de saúde 
locais e regionais 
• Oferta de ações e serviços de vigilância em 
saúde, promoção, proteção e recuperação da 
saúde 
• Responsabilidades dos entes federativos no 
processo de regionalização 
• Indicadores e metas de saúde 
• Estratégias para a melhoria das ações e 
serviços 
• Critérios de avaliação dos resultados e 
monitoramento permanente 
• Investimentos nas redes de serviços 
• Recursos financeiros que serão 
disponibilizados por cada um dos partícipes 
 
O sistema nacional de auditoria e avaliação do SUS, 
por meio de serviços especializado, fará o controle e 
a fiscalização do COAP, com auxílio do conselho de 
saúde no monitoramento. 
Saúde coletiva 
AULA 5 – POLÍTICA NACIONAL DE 
ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) 
Reformulação: portaria n° 2.436, de 21 de setembro 
de 2017 
 
Atenção básica é o conjunto de ações de saúde 
individuais, familiares e coletivas que envolvem 
promoção, prevenção, proteção, diagnostico, 
tratamento, reabilitação, redução de danos, 
cuidados paliativos e vigilância em saúde 
 
Realizada com equipe multiprofissional e dirigida 
à população em território definido. 
 
será ofertada integralmente e gratuitamente a todas 
as pessoas, de acordo com suas necessidades e 
demandas do território. Sendo proibido qualquer 
tipo de discriminação 
 
saúde da família sua estratégia prioritária para 
expansão consolidação 
 
a integração entre a vigilância em saúde e atenção 
básica é condição essencial para o alcance de 
resultados que atendam às necessidades 
 
estabelecimentos de saúde que prestem ações e 
serviços serão denominados unidades básicas de 
saúde 
 
é necessário que a atenção básicatenha alta 
resolutividade, com capacidade clínica e de cuidado 
e incorporação de tecnologias leves, além da 
articulação com outros pontos da RAS 
 
NASF (núcleo ampliado de saúde da família) 
Constitui uma equipe multiprofissional e 
interdisciplinar composta por categorias de 
profissionais de saúde, complementar às equipes 
 
Formada por diferentes ocupações (profissões e 
especialidades), atuando de maneira integrada para 
dar suporte clínico, sanitário e pedagógico 
 
Realizar discussão de casos, atendimento, 
construção projetos terapêuticos, educação 
permanente, intervenções no território, ações de 
prevenção e promoção da saúde. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE 
Decreto 7.508 de 2011 
Dispõe sobre a organização regionalizada e 
hierarquização dos serviços de atenção à saúde 
• Objetivo: estruturação das regiões de saúde 
e das redes assistenciais; redução das 
desigualdades de acesso e aprimoramento 
da integralidade. 
 
Regiões de saúde: espaço geográfico constituídos 
por municípios, delimitado a partir de identidades 
culturais, econômicas, sociais, redes de comunicação 
e infraestrutura compartilhados 
• Elementos constitutivos: Atenção primária; 
urgência e emergência; atenção psicossocial; 
atenção ambulatorial e hospitalar 
especializada; vigilância e saúde 
 
Rede de atenção à saúde: conjunto de ações e 
serviços de saúde articulados em níveis de 
complexidade crescente, com a finalidade de 
garantir a integralidade 
 
Hierarquização dos serviços: 
• Portas de entradas do sus: atenção primária, 
atenção de urgência e emergência, atenção 
psicossocial 
• Depois seguir para serviços de atenção 
hospitalar ou ambulatório de especialidades, ou 
de maior complexidade de densidade 
tecnológica. 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://slideplayer.com.br/slide/1250246/&psig=AOvVaw1hmQpj76ffJ5VpPH0x9ov_&ust=1589400897008000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOjRnYqWr-kCFQAAAAAdAAAAABBo
Mapas da saúde: descrição geográfica da 
distribuição de recursos humanos e de ações e 
serviços de saúde ofertados pelo SUS 
• Objetivo: identificar as necessidades da 
saúde, orientar os gestores envolvidos 
quanto ao planejamento e estabelecimento 
de metas 
 
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA 
SAÚDE (PNPS) 
Redefinido na Portaria nº 2.446, de 11 de novembro 
de 2014. 
Conjunto de estratégias e formas de produzir 
saúde, no âmbito individual e coletivo, 
caracterizando-se pela articulação e cooperação, 
pela formação da RAS, buscando articular suas ações 
com as demais redes de proteção social, com ampla 
participação e controle social 
 
Valores fundamentais no processo de efetivação: 
solidariedade, felicidade, ética, respeito ás 
adversidades, humanização, corresponsabilidade, 
justiça e inclusão social. 
 
PNPS adota como princípios: 
• Equidade: distribuição igualitária 
considerando as especificidades dos 
indivíduos e dos grupos; 
• Participação social: consideram visões 
diferentes na identificação de problemas e 
soluções atuando como corresponsáveis no 
processo de planejamento, de execução e de 
avaliação. 
• Autonomia: possibilita escolhas conscientes 
de sujeitos e comunidades sobre suas ações 
e trajetórias. 
• Empoderamento: estimula os sujeitos e 
coletivos a adquirirem o controle das 
decisões e das escolhas de modos de vida. 
• Sustentabilidade: permanência e 
continuidade de ações e intervenções. 
• Territorialidade: a atuação leva em conta as 
singularidades e especificidades dos 
diferentes territórios. 
 
Objetos específicos: 
• contribuir para a adoção de práticas sociais e 
de saúde; 
• favorecer a mobilidade humana, 
acessibilidade, desenvolvimento seguro, 
saudável e sustentável; 
• promover a cultura da paz em comunidades, 
territórios e municípios; 
• apoiar o desenvolvimento de espaços de 
produção social e ambientes saudáveis; 
• promover processos de educação, formação 
profissional e capacitação específicas; 
• estabelecer estratégias de comunicação 
social e mídia. 
 
 
Saúde coletiva 
AULA 6 – ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMILIA 
É uma ação implantada pelo ministério da saúde em 
1994, quando recebeu o nome programa saúde da 
família (PSF) 
 
Objetivo: acabar com a ideia de assistência 
emergencial, ou seja, tratar os pacientes apenas 
quando eles já estão doentes, e praticar a atenção 
primaria, sob corresponsabilidade dos entes 
federativos 
 
Deve funcionar como porta de entrada do SUS, 
visto que os hospitais públicos não possuem 
estrutura suficiente para suportar prevenção e 
tratamento. 
 
Composição: 
Equipe de saúde da família multiprofissional: 
• Medico generalista ou especialista em saúde 
da família 
• Enfermeiro generalista ou especialista em 
saúde da família 
• Auxiliar ou técnico de enfermagem; e 
• Agentes comunitários de saúde 
• Cirurgião-dentista generalista ou especialista 
em saúde da família 
• Auxiliar e/ou técnico em saúde bucal 
Responsável por, no máximo, 4.000 pessoas 
 
Objetivos: 
A equipe de saúde da família está ligada à unidade 
básica de saúde (UBS) local. 
 
A proximidade da equipe de saúde com o usuário 
garante uma maior adesão do usuário aos 
tratamentos e às intervenções propostas pela 
equipe de saúde 
 
Resulta em mais situações de saúde resolvida na 
atenção básica, sem a necessidade de intervenção 
de média e alta complexidade. 
 
 
 
 
 
Saúde coletiva 
AULA 7 – VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
• VISA – vigilância sanitária 
• VA – vigilância ambiental 
• VE – Vigilância epidemiológica 
• ST – Saúde do trabalhador 
 
A Vigilância em Saúde é responsável por ações de 
vigilância, prevenção e controle de doenças 
transmissíveis, pela vigilância de fatores de risco 
para o desenvolvimento de doenças crônicas não 
transmissíveis, saúde ambiental e do trabalhador e 
também pela análise de situação de saúde da 
população brasileira. 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA 
É definida como um “conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual 
ou coletiva, com a finalidade de recomendar e 
adotar as medidas de prevenção e controle das 
doenças ou agravos” (Lei 8.080/90). 
 
O desencadeamento do processo de vigilância tem 
início com a informação do problema de saúde que 
se destina à tomada de decisões e, por essa razão 
define-se a Vigilância Epidemiológica por meio da 
tríade informação – decisão – ação. 
 
NOTIFICAÇÃO 
 É a comunicação da ocorrência de determinada 
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade 
sanitária por profissionais de saúde ou qualquer 
cidadão, para fim de adoção de medidas de 
intervenção pertinentes. 
 Deve-se notificar a simples suspeita da 
doença, sem aguardar a confirmação do caso, 
que pode significar perda de oportunidade de 
adoção das medidas de prevenção e controle 
indicadas. 
 Tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada 
fora do âmbito médico sanitário em caso de 
risco para a comunidade, sempre se respeitando 
o direito de anonimato dos cidadãos. 
 
 
 
 
 
COLETA DE DADOS 
 Ocorre em todos os níveis (municipal, estadual e 
federal) de atuação do sistema de saúde. 
 A força e valor da informação (que é o dado 
analisado) dependem da qualidade e 
fidedignidade com que a mesma é gerada. 
 Necessário que os responsáveis pela coleta 
estejam bem preparados para diagnosticar 
corretamente o caso, bem como realizar uma 
boa investigação epidemiológica, com 
anotações claras e confiáveis. 
 
Tipos de dados: morbidade, mortalidade, dados 
demográficos e ambientais, notificação de surtos e 
epidemias. 
 
Fonte de dados: notificação compulsória de 
doenças; resultados de exames laboratoriais; 
declarações de óbitos; maternidades; hospitais e 
ambulatórios; investigações epidemiológicas; 
estudos epidemiológicos especiais; IBGE;imprensa e 
população. 
 
Seleção da doença baseia-se na magnitude 
(frequência), potencial de disseminação, 
transcendência (letalidade, severidade, relevância 
social e econômica), vulnerabilidade (existência de 
instrumentos de prevenção), compromissos 
internacionais de erradicação, eliminação ou 
controle, epidemias, surtos e agravos inusitados. 
 
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLOGICA 
 Método de trabalho frequentemente utilizado 
em casos e epidemias de doenças transmissíveis, 
mas também aplicável a outros grupos de 
agravos. 
 Consiste em um estudo de campo realizado a 
partir de casos (clinicamente declarados ou 
suspeitos) e de portadores, objetivando avaliar a 
ocorrência do ponto de vista de suas implicações 
para a saúde coletiva. 
 Deve conduzir à confirmação do diagnóstico, à 
determinação das características 
epidemiológicas da doença, à identificação das 
causas do fenômeno e à orientação sobre as 
medidas de controle adequadas. 
 
Roteiro de Investigação 
 As seguintes indagações devem ser levantadas: 
de quem foi contraída a infecção? (fonte de 
contágio) Qual a via de disseminação da 
infecção, da fonte ao doente? Que outras 
pessoas podem ter sido infectadas pela mesma 
fonte de contágio? Para quais pessoas o caso 
pode ter transmitido a doença? A quem o caso 
ainda pode transmitir a doença? Como evitá-lo? 
 
Finalidade da Investigação 
 Adoção de medidas de controle em tempo hábil. 
Para que isso aconteça, deve ser iniciada 
imediatamente após a ocorrência do evento. 
 
Ficha de Investigação Epidemiológica 
 Formulários específicos para cada tipo de 
doença, que facilitam a coleta e consolidação de 
dados. Devem ser preenchidos cuidadosamente, 
registrando-se todas as informações indicadas, 
para permitir a análise e a comparação de dados. 
Contém dados de identificação do paciente, 
anamnese, exame físico, suspeita diagnóstica, 
informações sobre o meio ambiente e exames 
complementares. 
 
Busca de Pistas 
 Visa buscar a origem da transmissão. Em geral, é 
importante definir: período de incubação; 
presença de outros casos na localidade; 
existência ou não de vetores ligados à 
transmissibilidade; grupo etário mais atingido; 
fonte de contágio comum (água, alimentos); 
modos de transmissão (respiratória, contato 
direto, etc.); época de ocorrência (estação). 
 
Busca Ativa de Casos 
 Procedimento realizado com vistas ao 
conhecimento da magnitude de ocorrência do 
evento, quando se suspeita que casos possam 
estar ocorrendo sem registro nos serviços de 
saúde. É mais restrita (domicílio, rua ou bairro) 
ou ampliada (cidade, municípios, 
acompanhando correntes migratórias, etc), 
seguindo-se a área geográfica de abrangência 
da fonte de contágio. 
 
Processamento e análise de dados 
• Os dados colhidos são consolidados em tabelas, 
gráficos, mapas da área em estudo, fluxos de 
pacientes e outros. Forcendo uma visão global 
do evento, permitindo a avaliação de acordo 
com as variáveis de tempo, espaço e pessoas, e 
de associação causal. 
• É importante lembrar que, além das frequências 
absolutas, o cálculo de indicadores 
epidemiológicos (coeficientes de incidência, 
prevalência, letalidade e mortalidade) deve ser 
realizado para efeito de comparação. 
 
Decisão – ação 
• Após a análise dos dados, deverão ser definidas 
imediatamente as medidas de prevenção e 
controle mais pertinentes à situação. Isso deve 
ser feito no nível mais próximo da ocorrência do 
problema, para que a intervenção seja mais 
oportuna e, consequentemente, mais eficaz. 
 
Normatização 
• Normas técnicas capazes de uniformizar 
procedimentos e viabilizar a comparabilidade de 
dados e informações são elaboradas e 
divulgadas pelo sistema de Vigilância 
Epidemiológica. 
• Destaque especial é dado à definição de caso de 
cada doença ou agravo, visando tornar 
comparáveis os critérios diagnósticos que 
regulam a entrada dos casos no sistema, seja 
como suspeito, compatível ou mesmo 
confirmado por diagnóstico laboratorial. 
 
Retroalimentação do sistema 
• É a devolução de informações aos notificantes 
das análises, resultantes dos dados coletados e 
das medidas de controle adotadas 
 
ATRIBUIÇÃO DA VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLOGICA 
• Coordenar a resposta estadual às doenças e 
agravos transmissíveis de notificação 
compulsória, além dos riscos existentes ou 
potenciais, com ênfase no planejamento, 
monitoramento, avaliação, produção e 
divulgação de conhecimento/informação 
para a prevenção e controle das condições de 
saúde da população; 
• Promover a redução e o controle das doenças 
imunopreveníveis, as transmitidas por vetores, 
transmissíveis e não transmissíveis; 
• Gerir e apoiar a operacionalização do 
Programa de Imunizações no Estado; 
contribuindo para o controle, eliminação e/ou 
erradicação de doenças imunopreveníveis, 
utilizando estratégias básicas de vacinação de 
rotina e de campanhas anuais, desenvolvidas de 
forma hierarquizada e descentralizada; 
• Planejar, acompanhar e normatizar técnicas 
das ações de imunização no Estado; 
• Instituir, desenvolver, implementar, 
capacitar, coordenar e avaliar ações de 
vigilância epidemiológica e assistenciais, 
relativas às infecções sexualmente transmissíveis 
(IST), HIV/Aids e Hepatites Virais no Estado; 
• Participar de ações de cooperação técnica 
intra e interinstitucional para a vigilância, 
prevenção e controle das doenças e agravos 
transmissíveis, infecções sexualmente 
transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais e 
ações de Imunização no Estado; 
• Elaborar e divulgar informes epidemiológicos 
e notas técnicas relacionadas às doenças 
transmissíveis, infecções sexualmente 
transmissíveis, HIV/Aids, Hepatites Virais e ações 
de Imunização no Estado. 
• Apoiar na logística e distribuição de 
imunobiológicos e insumos estratégicos, além 
capacitar os profissionais de saúde e subsidiar 
os municípios no controle de doenças e agravos 
em seus territórios. 
• Tem participação determinante na 
formulação das políticas públicas, planos e 
programas de saúde, pois possui ferramentas 
que aparam a gestão no comportamento de um 
determinado agravo, estabelecendo prioridades 
de atuação, realizando análises e permitindo a 
organização dos serviços de saúde numa área 
geográfica ou população definida. 
 
BOLETINS EPIDEMIOLÓGICOS 
• Editado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, 
caráter técnico-científico, acesso livre, formato 
eletrônico com periodicidade mensal e semanal 
para os casos de monitoramento e investigação 
de doenças específicas sazonais. 
• Promove a disseminação de informações 
relevantes qualificadas, com potencial para 
contribuir com a orientação de ações em Saúde 
Pública. 
• Descrições de monitoramento de eventos e 
doenças com potencial para desencadear 
emergência de Saúde Pública; análises da 
situação epidemiológica de doenças e agravos; 
relatos de investigação de surtos e de outros 
temas de interesse da Vigilância em Saúde para 
o Brasil. 
 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou 
prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas 
sanitários decorrentes do meio ambiente, da 
produção e circulação de bens e da prestação de 
serviços de interesse da saúde, abrangendo: 
I. o controle de bens de consumo que, direta ou 
indiretamente, se relacionam com a saúde, 
compreendidas todas as etapas e processo, da 
produção ao consumo; 
II. controle da prestação de serviços que se 
relacionam direta ou indiretamente com a saúde. 
 
• Trabalha com medidas que estejam voltadas 
para a elaboração, aplicação, controle e 
fiscalização de normas e padrões de interesse 
da saúde individual e coletiva, relacionadas com 
o ambiente, produtos, serviços e trabalho. 
• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa) foi criada no início de 1999, 
especificamente em 26/01/1999 e está vinculada 
ao Ministérioda Saúde. 
• Finalidade: promover a proteção da saúde da 
população por intermédio do controle sanitário 
da produção e da comercialização de produtos e 
serviços submetidos à vigilância sanitária, dos 
ambientes, dos processos, dos insumos e das 
tecnologias. 
 
COMPETÊNCIAS DA VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA 
Entre as áreas de atuação encontram-se ações 
relacionadas ao controle de risco sanitário em: 
 Produtos: Alimentos, medicamentos, 
cosméticos, saneantes, sangue e derivados, 
equipamentos para a saúde. 
 Serviços de Saúde: unidades de assistência 
ambulatorial, clínicas, hospitais, ações de 
assistência domiciliar, práticas de interesse à 
saúde, serviços de diagnóstico e terapia em 
particular ou de radiações ionizantes, 
hemoterapia e terapia renal substitutiva, 
odontologia e prótese. 
 Meio Ambiente: água, resíduos sólidos, 
edificações, ambiente do trabalho, etc. 
 Saúde do Trabalhador: ambiente de 
trabalho e a saúde do trabalhador. 
 Portos, Aeroportos e Fronteiras: controle 
específico de portos, aeroportos e fronteiras, 
de veículos, cargas e pessoas. 
 
Bens e produtos submetidos ao controle e 
fiscalização sanitária: 
I. Medicamentos de uso humano, suas 
substâncias ativas e demais insumos, 
processos e tecnologias; 
II. alimentos, inclusive bebidas, águas 
envasadas, seus insumos, suas embalagens, 
aditivos alimentares, limites de 
contaminantes orgânicos, resíduos de 
agrotóxicos e de medicamentos veterinários; 
III. cosméticos, produtos de higiene pessoal e 
perfumes; 
IV. saneantes destinados à higienização, 
desinfecção ou desinfestação em ambientes 
domiciliares, hospitalares e coletivos; 
V. conjuntos, reagentes e insumos destinados a 
diagnóstico; 
VI. equipamentos e materiais médico-
hospitalares, odontológicos e hemoterápicos 
e de diagnóstico laboratorial e por imagem; 
VII. imunobiológicos e suas substâncias ativas, 
sangue e hemoderivados; 
VIII. órgãos, tecidos humanos e veterinários para 
uso em transplantes ou reconstituições; 
IX. radioisótopos para uso diagnóstico in vivo e 
radiofármacos e produtos radioativos 
utilizados em diagnóstico e terapia; 
X. cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer 
outro produto fumígero, derivado ou não do 
tabaco; 
XI. quaisquer produtos que envolvam a 
possibilidade de risco à saúde, obtidos por 
engenharia genética, por outro 
procedimento ou ainda submetidos a fontes 
de radiação. 
 
Atuação nível estadual (Pará): 
• SESPA 
• Departamento de vigilância sanitária 
 
Atuação nível Municipal (Belém): 
• Divisão de vigilância sanitária de alimentos; 
• Divisão de vigilância sanitária de 
engenharia; 
• Divisão de vigilância sanitária de drogas e 
medicamentos; 
• Divisão de vigilância sanitária das condições 
do exercício profissional; 
• Setor de vigilância e controle das comissões 
de infecção hospitalar. 
• 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saúde coletiva 
AULA 8 – SAÚDE DO TRABALHADOR 
É o conjunto de atividades que se destina, através 
das ações de vigilância epidemiológica e vigilância 
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos 
trabalhadores, assim como visa à recuperação e 
reabilitação da saúde dos trabalhadores 
submetidos aos riscos e agravos advindos das 
condições de trabalho. 
 
Visa à promoção da saúde e à redução da 
morbimortalidade da população trabalhadora, por 
meio da integração de ações que intervenham nos 
agravos e seus determinantes decorrentes dos 
modelos de desenvolvimento e processos 
produtivos. 
 
A Vigilância em Saúde do Trabalhador e da 
Trabalhadora (VISATT) se divide em três eixos 
complementares: 
1. Vigilância Epidemiológica: 
• coordenação dos procedimentos técnicos 
para sistematização da informação e a 
notificação compulsória das doenças e 
agravos relacionados ao trabalho; 
• acompanhamento periódico de indicadores 
de saúde e sistemas, como o de informação 
de agravos de notificação (SINAN-NET); 
• busca-se conhecer o perfil de 
morbimortalidade dos trabalhadores e 
trabalhadoras, bem como o cruzamento 
com variáveis, tais como as atividades 
econômicas e ocupação. 
 
2. Atenção à Saúde 
• Objetiva a consolidação da Política Nacional 
de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora 
por meio do fortalecimento das ações dos 
Centros de Referência em Saúde do 
Trabalhador; 
• Esses centros assumem o lugar de suporte 
e retaguarda técnica no seu território de 
abrangência. 
 
3. Vigilância dos Ambientes e Processos de 
Trabalho 
• Compreendida como um conjunto de ações 
interventivas; planejadas, executadas e 
avaliadas a partir da análise dos 
agravos/doenças e de seus determinantes 
relacionados aos processos e ambientes de 
trabalho; 
• Visam atenuar ou controlar os fatores e as 
situações geradoras de risco para a saúde 
dos trabalhadores; 
• Desenvolvida por análises de documentos, 
entrevistas com trabalhadores e observação 
direta do processo de trabalho. 
 
OBJETIVOS 
• Conhecer a realidade de saúde da população 
trabalhadora, independente da forma de 
inserção no mercado de trabalho e do vínculo 
trabalhista estabelecido; 
• Intervir nos fatores determinantes de agravos à 
saúde da população trabalhadora, visando 
eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-
los; 
• Avaliar o impacto das medidas adotadas para a 
eliminação, atenuação e controle dos fatores 
determinantes e agravos à saúde; 
• Subsidiar a tomada de decisões dos órgãos 
competentes; 
• Estabelecer sistemas de informação em saúde do 
trabalhador. 
 
Principais estratégias de implantação da Política 
Nacional de Saúde do Trabalhador e da 
Trabalhadora (PNST) 
• Análise do perfil produtivo e da situação de 
saúde dos trabalhadores; 
• Estruturação da Rede Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Trabalhador- RENAST no 
contexto da Rede de Atenção à Saúde: ações 
junto à APS, à Urgência e Emergência e 
Atenção Especializada (Ambulatorial e 
Hospitalar). 
• Fortalecimento e ampliação da articulação 
intersetorial; 
• Estímulo à participação da comunidade, dos 
trabalhadores e do controle social; 
• Desenvolvimento e capacitação de recursos 
humanos; 
Apoio ao desenvolvimento de estudos e 
pesquisas. 
 
Saúde ambiental 
Consiste em um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento e a detecção de 
mudanças nos fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente que interferem na 
saúde humana, com a finalidade de identificar as 
medidas de prevenção e controle dos fatores de 
risco ambientais relacionados às doenças ou a 
outros agravos à saúde. 
 
Responsável também por procedimentos de 
vigilância epidemiológica das doenças e agravos à 
saúde humana, associados a contaminantes 
ambientais, especialmente os relacionados com a 
exposição a agrotóxicos, amianto, mercúrio, 
benzeno e chumbo. 
 
Objetivos: 
• produzir, integrar, processar e interpretar 
informações a serem disponibilizadas ao 
SUS, que sirvam como instrumentos para o 
planejamento e execução de ações relativas 
às atividades de promoção da saúde e 
prevenção e controle de doenças 
relacionadas ao meio ambiente; 
• estabelecer parâmetros, atribuições, 
procedimentos e ações relacionadas à 
vigilância ambiental nos diversos níveis de 
competência; 
• identificar os riscos e divulgar as 
informações referentes aos fatores 
ambientais condicionantes e determinantes 
das doenças e de outros agravos à saúde; 
• promover ações de proteção à saúde 
relacionadas ao controle e recuperação do 
meio ambiente; 
• conhecer e estimular a interação entre 
ambiente, saúde e desenvolvimento a fim de 
fortalecer a participação popular na 
promoção de saúde e qualidade de vida. 
 
Para os objetivos serem alcançados, é necessário a 
utilização de alguns instrumentos e métodos, como 
epidemiologia ambiental, avaliação e 
gerenciamento de riscos, indicadores de saúde e 
ambiente, sistema de informações em vigilância 
ambientale desenvolvimento de pesquisas na área 
de saúde e ambiente 
 
Fatores de risco ambiental trabalhados pela 
vigilância: 
• presentes no meio físico-biológico (água, ar, 
solo, flora e fauna); 
• meio socioeconômico (população, moradia, 
situação econômica, infraestrutura urbana, 
serviços de saúde, saúde do trabalhador, 
proteção dos alimentos e licenças de 
funcionamento e avaliação de impactos 
ambientais em saúde); 
• dados referentes ao perfil de saúde da 
população (dados de morbidade, 
mortalidade e vigilância epidemiológica). 
 
O gerenciamento de riscos, por sua vez, consiste na 
seleção e implementação de estratégias para o 
controle e prevenção. 
 
Dentro da Coordenação Geral de Vigilância em 
Saúde Ambiental – CGVAM, as áreas de atuação são: 
• Vigilância da qualidade da água para 
consumo humano- VIGIAGUA; 
• Vigilância em saúde de populações expostas 
a poluentes atmosféricos - VIGIAR; 
• Vigilância em saúde de populações expostas 
a contaminantes químicos – VIGIPEQ; 
• Vigilância em saúde ambiental relacionada 
aos riscos decorrentes de desastres – 
VIGIDESASTRES; 
• Vigilância em saúde ambiental relacionada 
aos fatores físicos – VIGIFIS.

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