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Saúde coletiva AULA 1 – INTRODUÇÃO E ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS MISSÃO NO AVA: assistir o vídeo 1 no ambiente virtual da unidade 1 – tópico introdução de alguns conceitos básicos CONCEITOS BÁSICOS SAÚDE “é um completo estado de bem estar físico mental e social, e não meramente a ausência de doença” – (OMS 1948) “é um direito de todos e dever do estado, garantido mediante politicas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (Art. 196 da constituição Brasileira, 1988) Lei orgânica da saúde n° 8.080/90 define que a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais (Brasil, 1988) QUALIDADE DE VIDA • Satisfação adequada das necessidades biológicas e a conservação de seu equilíbrio • Manutenção de um ambiente propício à segurança pessoal • Possibilidade de desenvolvimento cultural • Ambiente social que propicia a comunicação entre os seres humanos, como base da estabilidade psicológica e da criatividade. SAÚDE COLETIVA “é a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida, promover a saúde física e a eficiência do individuo através de esforços organizados da comunidade visando o saneamento do meio ambiente, combate de doenças transmissíveis que ameaçam a coletividade ATENÇÃO A SAÚDE COLETIVA “é um conjunto de ações de caráter individual e coletivo, situadas em todos os níveis de atenção do sistema de saúde voltadas para promoção da saúde, prevenção de agravos tratamento e reabilitação, centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente, levando em consideração o contexto histórico/estrutural da sociedade” DOENÇA “conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde” “estado que ao atingir um individuo provocar distúrbios das funções físicas e/ou mentais. Pode ser causada por fatores exógenos ou endógenos. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 1. Fase inicial: (ou de suscetibilidade): nesta fase ainda não há doença propriamente dita, mas existe o risco de adoecer 2. Fase patológica pré-clínica: a doença ainda está no estágio de ausência de sintomas, mas o organismo apresenta alterações patológicas 3. Fase clínica: a doença já se encontra em estágio adiantado, com diferentes graus de acometimento 4. Fase de incapacidade residual: a doença pode progredir a para a morte, ou as alterações se estabilizam. FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA Endógenos: fatores determinantes que são inerentes ao organismo e estabelecem a receptividade do indivíduo. • Herança genética • Anatomia e fisiologia do organismo humano • Estilo de vida Exógenos: fatores determinantes que dizem respeito ao ambiente. • Ambiente biológico: determinantes biológicos • Ambientes físicos: determinantes físico- químicos • Ambiente social: determinantes socioculturais PREVENÇÃO “Ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença” • Primária: ações dirigidas para a manutenção da saúde o Promoção a saúde o Proteção específica • Secundária: visam a prevenção para regredir a doença o Diagnóstico e tratamento precoce o Limitação da invalidez • Terciária: ações que visam reabilitar o paciente o Reabilitação Saúde coletiva AULA 2 – PROCESSO SAÚDE DOENÇA “Processo dinâmico, complexo e multidimensional que engloba dimensões biológicas, psicológicas, socioculturais, econômicas, ambientais e políticas. Pode-se identificar uma complexa inter-relação quando se trata de saúde e doença de uma pessoa, de um grupo social ou de sociedades”. MODELO MÁGICO-RELIGIOSO OU XAMANÍSTICO • Predominante na Antiguidade; Causas das doenças eram derivadas de elementos naturais e de espíritos sobrenaturais; • Resultante de transgressões de natureza individual e coletiva, sendo requeridos, para reatar o enlace com as divindades, processos liderados pelos sacerdotes, feiticeiros ou xamãs • As relações com o mundo natural se baseavam em uma cosmologia que envolvia deuses, espíritos bons e maus, e a religião. MODELO HOLÍSTICO • Compreensão da doença através das medicinas hindu e chinesa, também predominante na Antiguidade; • Noção de equilíbrio = “proporção justa ou adequada” com a saúde e a doença; • Saúde = equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o organismo humano. O desequilíbrio permiti o aparecimento da doença; • O desequilíbrio estava relacionado ao ambiente físico, tais como: os astros, o clima, os insetos, etc; • Cuidado = ajuste necessário para a obtenção do equilíbrio do corpo com o ambiente. MODELO EMPÍRICO-RACIONAL (HIPOCRÁTICO) Origem no Egito (3000 a.C.). Tentativa dos primeiros filósofos em encontrar explicações não sobrenaturais para as origens da saúde e a doença; • Teoria dos Humores de Hipócrates (século VI a.C.) = defendia que os elementos água, terra, fogo e ar estavam subjacentes à explicação sobre a saúde e a doença; • Saúde é fruto do equilíbrio dos humores; e a doença é resultante do desequilíbrio deles; • O cuidado depende de uma compreensão desses desequilíbrios. MODELO DE MEDICINA CIENTÍFICA OCIDENTAL (BIOMÉDICO) Doença: “desajuste ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto, processo que conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais”. • Focou na explicação da doença e passou a tratar o corpo em partes cada vez menores, reduzindo a saúde a um funcionamento mecânico. • Causa é um fator externo ao organismo e o homem é o receptáculo da doença. Cuidado está focado no controle do espaço social, no controle dos corpos. MODELO SISTÊMICO No final da década de 1970, concepção de um processo sistêmico: “um conjunto de elementos, de tal forma relacionados, que uma mudança no estado de qualquer elemento provoca mudança no estado dos demais elementos”; • Estrutura geral de um problema de saúde é entendida como uma função sistêmica, na qual um sistema epidemiológico se constitui num equilíbrio dinâmico; • Cada vez que um dos seus componentes sofre alguma alteração, esta repercute e atinge as demais partes, num processo em que o sistema busca novo equilíbrio • Definição de sistema epidemiológico aproxima-se da ideia de necessidade de um sistema de saúde complexo, que contemple um conjunto de ações e serviços de saúde. MODELO DA HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS (MODELO PROCESSUAL) Processos interativos que cria o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar, passando da resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte; • Inter-relações do agente causador da doença, do hospedeiro da doença e do meio ambiente e o processo de desenvolvimento de uma doença; • Ajuda a compreender os diferentes métodos de prevenção e controle das doenças. • Dimensão basicamente qualitativa de todo o ciclo, dividindo em dois momentos sequenciais o desenvolvimento do processo saúde-doença: o pré-patogênico e o patogênico; • O primeiro momento diz respeito à interação entre os fatores do agente, do hospedeiro e do meio ambiente. O segundo corresponde a quando o homem interage com um estímulo externo, apresenta sinais e sintomas e submete- se a um tratamento; • O período pré-patogênico permite ações de promoção da saúde e a proteção específica,enquanto o período patogênico envolve a prevenção secundária e a prevenção terciária. A saúde, a doença e o cuidado são determinados socialmente, variando conforme os tempos, os lugares e as culturas, o que implica dizer que a organização das ações e serviços de saúde e das redes de apoio social precisa ser planejada e gerida de acordo com as necessidades da população de um dado território. DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE SAÚDE Lei orgânica da saúde Nº 8.080/90 define que a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (Brasil, 1988) Condicionantes biológicos: • Idade, sexo e herança genética Meio físico • Condições geográficas; características da ocupação humana; • Fontes de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos alimentos; • Condições de habitação. Meio socioeconômico e cultural • Níveis de ocupação e renda; • O acesso à educação formal e ao lazer; • Acesso aos serviços voltados para a promoção e recuperação da saúde; • Qualidade da atenção nos serviços prestados. Determinantes Sociais da Saúde (DSS): “são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população”. Hierarquia de determinações entre fatores mais distais, sociais, econômicos e políticos e mais proximais relacionados diretamente ao modo de vida. Segundo a OMS, os determinantes sociais são modulados pela distribuição de renda, poder e recursos em nível global, nacional e local e são influenciados por decisões políticas. São os principais responsáveis pelas iniquidades em saúde – as diferenças injustas e evitáveis entre pessoas e países. Essa abordagem reforça o compromisso do setor Saúde com o desenvolvimento social do país e coloca questões primordiais como acesso a saneamento básico, educação e serviços de saúde na ordem do dia. A ideia central é que a equidade em saúde só será plenamente efetivada quando as persistentes desigualdades sociais do país forem superadas. POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Definida como a ação ou omissão do Estado, enquanto resposta social diante dos problemas de saúde e seus determinantes, assim como da produção, distribuição e regulação de bens, serviços e ambientes que afetam a saúde dos indivíduos e da coletividade. A evolução da política de saúde tem estreita relação com a evolução política, econômica e social da sociedade brasileira. A saúde pública não se constituía em prioridade dentro da política do Brasil, recebendo maior atenção apenas nos momentos de endemias e epidemias que refletiam na área econômica ou social. PERÍODO COLONIAL/IMPERIAL (1500 A 1889) Existência de diversas doenças transmissíveis, trazidas pelos portugueses, e posteriormente pelos escravos africanos e diversos outros estrangeiros. Endemia: ocorrência coletiva de uma doença transmissível em uma determinada área geográfica acometendo a população de forma permanente e contínua. Epidemia: ocorrência súbita de uma doença transmissível em uma determinada área geográfica, acometendo em curto espaço de tempo grande número de pessoas. Doenças: Hanseníase, Tuberculose, Malária, Varíola, entre outras. Não existiam políticas de saúde. Eram tomadas medidas que visavam minimizar os problemas que afetavam a produção econômica e o comércio internacional. Intervenções: saneamento dos portos; urbanização e infraestrutura nos centros urbanos de maior interesse econômico e campanhas para anular as epidemias. A assistência médica limitava-se as classes dominantes, era exercida por médicos que vinham da Europa. Aos demais só restava os recursos da medicina popular. Criação: Casas de Misericórdias; Escolas de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia; Imperial Academia de Medicina; Organização da Inspetoria de Saúde dos Portos. PERÍODO DA 1° REPÚBLICA OU REPÚBLICA VELHA (1889-1930) • Predomínio das doenças pestilenciais como: febre amarela, malária, peste, varíola, entre outras. • As ações e programas de saúde visavam o controle das doenças epidêmicas. Também visavam estimular o comércio internacional e fomentar a política de imigração. • Saneamento básico e infraestrutura realizadas nos espaços de circulação de mercadorias. Foi lançado o programa de saneamento do Rio de Janeiro e o de combate à febre amarela em São Paulo. • A Diretoria Geral da Saúde Pública, liderado por Oswaldo Cruz, elegeu as campanhas sanitárias como modelo de intervenção de combate às epidemias, de conotação militar. • Criação do Instituto Soroterápico de Manguinhos, depois denominado Instituto Oswaldo Cruz, com a finalidade de pesquisa e desenvolvimento de vacinas. • Em 1920, o Departamento Nacional de Saúde criou programas que introduziam a propaganda e a educação sanitária da população como forma de prevenção das doenças. • Surgiu a Previdência Social que incorporou a assistência médica aos trabalhadores como uma de suas atribuições a partir da contribuição com as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). Dois modelos de intervenção na saúde: 1. Sanitarismo campanhista: envolvia uma abordagem coletiva e ambiental da doença, e caracteriza-se pela prática autoritária. 2. Curativo-privatista: realizado através das CAPS e da medicina liberal que privilegiavam a abordagem individual e medicalizantes dos problemas de saúde, negando a relação da doença com as condições de vida dos indivíduos e coletividades. PERÍODO DA 2ª REPÚBLICA OU ERA VARGAS (1930-1945) Aos problemas de saúde (endêmicos e epidêmicos) foram acrescidos outros decorrentes do processo produtivo industrial, como: acidentes de trabalho, estresse, desnutrição, etc. As medidas adotadas visavam manter a força de trabalho em condições de produção, valendo-se da assistência médica vinculada à Previdência Social. Criação do Ministério da Educação e Saúde ocorreu em 1930, com a função de coordenar as ações de saúde no mesmo modelo de sanitarismo campanhista do período anterior. PERÍODO DA REDEMOCRATIZAÇÃO OU DESENVOLVIMENTISTA (1945-1963) Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde independente da área da educação. • A saúde pública obteve modestas conquistas, fortalecendo o modelo de assistência médica curativa aos segurados na perspectiva de manutenção do trabalhador saudável para a produção. • Algumas empresas começaram a contratar serviços de médicos particulares. Ampliando um modelo médico-assistencial privatista. PERÍODO DO REGIME MILITAR (1964-1984) Implantou-se um sistema de saúde caracterizado pelo predomínio financeiro das instituições previdenciárias e por uma burocracia técnica que priorizava a mercantilização da saúde. Em 1966, promoveu a unificação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), com a criação do Instituto Nacional de Previdência e Assistência Social (INPS), subordinado ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, com responsabilidade pela assistência médica aos segurados e seus familiares. Saúde coletiva AULA 3 – POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL PERÍODO DO REGIME MILITAR – 1964 A 1984 Implantou-se um sistema de saúde caracterizado pelo predomínio financeiro das instituições previdenciárias e por uma burocracia técnica que priorizava a mercantilização da saúde Em 1966, promoveu a unificação dos institutos de aposentadorias e pensões (IAP), com a criação do instituto nacional de previdênciae assistência social (INPS), subordinado ao ministério do trabalho e previdência social, com responsabilidade pela assistência médica aos segurados e seus familiares. Ocorreu um período de expansão da assistência médica previdenciária a partir da inclusão dos trabalhadores rurais (1971), das empregadas domésticas (1972) e dos trabalhadores autônomos (1973) Em 1974, o sistema previdenciário foi desvinculado do ministério do trabalho, passando a ser subordinado do ministério da previdência e assistência social (MPAS) Em 1975, a crise do setor foi discutida na V conferencia nacional de saúde. Foi apresentada uma proposta de criação de um sistema nacional de saúde, porém não foi aceita devido a oposição de empresários da saúde. Em 1976, foi criado o programa de interiorização das ações de saúde e saneamento (PIASS), tendo como referencias as recomendações internacionais e a necessidade de expansão da cobertura dos serviços de saúde O programa promoveu uma grande expansão da rede ambulatorial pública e favoreceu a entrada de técnicos provenientes do movimento sanitário nos órgãos de saúde. Em 1981, foi criado o conselho consultivo de administração da saúde previdenciária (CONASP), visando garantir a melhoria da qualidade de atenção e a ampliação dos serviços para as populações urbanas e rurais. PERÍODO DA NOVA REPÚBLICA – 1985 A 1988 Em 1986, a VII conferencia nacional de saúde criou um espalho importante para o debate dos problemas do sistema de saúde e de propostas de reorientação da assistência médica e de saúde pública. Em 1988, com a promulgação da constituição federal, foi aprovado o sistema único de saúde (SUS) que incorporou a maioria das propostas de movimento da reforma sanitarista REFORMA SANITÁRIA Projeto articulado ao longo dos anos 70 e 80, com perspectiva de reformulação do sistema de saúde Lutavam contra as condições precárias de vida da população, contra as iniquidades do sistema de saúde e pelo reconhecimento da saúde como direito social a ser garantido; Preconizava a transformação da relação entre o estado e a sociedade, com defesa da participação social nos rumos da política de saúde e construção da cidadania. Tinha como ambição a universalização do direito à saúde SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE É composto pelo conjunto organizado e articulado de serviços e ações de saúde integrantes das organizações públicas de saúde das esferas municipal, estadual e federal, além dos serviços privados como complementares. Considerado único porque os princípios e diretrizes que o regem a organização dos serviços e ações devem ser os mesmos nas três esferas de governo. Antes do SUS, o ministério da saúde cuidava das ações preventivas e de caráter coletivo, e o ministério da previdência e assistência social era responsável pela assistência médica, de caráter curativo. O sus fundamenta-se na concepção ampla do direito à saúde e do papel do estado na garantia desse direito Em 1990, ocorreu a regulamentação do SUS por meio das Leis orgânicas da saúde (LOS): Lei 8.080/90 e 8.142/90 O SUS norteia-se por princípios doutrinários e organizativos. Os doutrinários (universalidade, equidade e integralização) permeiam a criação e implementação, e personificação o conceito ampliado de saúde e o direito a saúde. Os princípios organizativos (descentralização, regionalização e hierarquização, participação e controle social) orientam o funcionamento do sistema, de modo a contemplar seus princípios doutrinários. LEI 8.080/90 Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, e ainda regula as ações, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde em todo o país. Art. 4: o novo sistema de saúde compreende “o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, de administração direta e indireta, e das fundações mantidas pelo poder público” A saúde é um direito fundamental, cabe ao estado prover as condições indispensáveis ao pleno exercício da saúde, por meio de políticas econômicas e sociais Prover o estabelecimento de condições que assegurem o acesso universal e igualitário. Conjuntos de ações do SUS: • Atividades dirigidas a pessoas, individual ou coletivamente, voltada para a promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, etc. • Serviços prestados no âmbito ambulatorial, hospitalar, nas unidades de apoio e domiciliar • Ações de distintas complexidades e custos, que variam desde aplicação de vacinas e consultas médicas, até cirurgias cardiovasculares • Intervenções ambientais • Instituições públicas voltadas para o controle de qualidade, pesquisa, medicamentos, etc. O SUS pode recorrer a iniciativa privada como complementar, quando a disponibilidade for insuficiente. Legisla sobre os princípios, diretrizes, organização e gestão do SUS. Dispõe sobre as competências e atribuições de cada esfera (união, estado e município) LEI 8.142/90 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros A participação é realizada por meio das conferencias e dos conselhos de saúde em todas as esferas de governo. Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial (os fundos de saúde) em cada esfera da atuação e deverão ser movimentados sob o controle e fiscalização dos conselhos de saúde. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE Garantia constitucional de acesso de toda a população aos serviços de saúde, em todos os níveis de assistência, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. O direito à saúde vai além do acesso a assistência médica e aos serviços de saúde, engloba o conjunto de políticas públicas que visam a melhoria das condições de vida da população. “o perfil de saúde de uma coletividade depende das condições vinculadas à própria estrutura da sociedade”. PRINCÍPIOS DA EQUIDADE Segundo o ministério da saúde, equidade significa assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que o caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreira Assegurar a disponibilidade de serviços de saúde considere as diferenças entre os grupos populacionais e indivíduos, de modo a priorizar aqueles que apresentam maior necessidade em função da situação de risco e das condições de vida. Busca corrigir a iniquidades sociais e em saúde. PRINCÍPIOS DA INTEGRALIDADE Conjunto articulado e contínuo de ações, e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigido para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema Integralidade da assistência a partir da articulação entre a prevenção, promoção e a recuperação no cuidado prestado. Está associado ao tratamento digno, respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS PRINCÍPIOS DA DESCENTRALIZAÇÃO Redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os três níveis de governo – federal, estadual e municipal. Processo de transferência de responsabilidades e recursos para os estados, e para os municípios que assumem a atribuição de promover as ações e serviços de saúde à população (municipalização) Coordenação das ações sob direção de um único gestor em cada espaço político-institucional – secretário municipal, secretario estadual e ministro da saúde. PRINCÍPIOS DA REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO A regionalização tem base territorial e populacional, e visa uma adequada distribuição de serviços para a promoção da equidade de acesso, otimização dos recursos e racionalidadedos gastos. a hierarquização diz que o SUS deve se organizar por níveis de atenção de complexidade crescente com fluxo assistenciais estabelecidos entre os serviços, de modo a garantir assistência integral e resolutiva. O acesso da população deve iniciar no serviço de atenção básica, e os casos não resolvidos devem passar para outros serviços de maior complexidade tecnológica. PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL Garantia constitucional de que a população, por meio de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas públicas de saúde, do controle e de sua execução, em diversos níveis, do local ao federal. Conselhos de saúde representam instancias de participação popular de caráter deliberativo sobre os rumos das políticas públicas de saúde nas três esferas do governo. Órgãos de caráter permanente com a função de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução da política de saúde, inclusive aspectos econômicos e financeiros. As conferencias de saúde são fóruns que tem o papel de promover o intercâmbio de informações entre a esfera federal e as esferas estaduais, facilitando o conhecimento de atividades de educação e saúde realizadas em todo o país. Ocorrem a cada 4 anos, com a representação de vários segmentos (usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviços) para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação das políticas de saúde As instituições públicas de saúde devem fornecer informações e conhecimentos necessários à população, de modo a possibilitar o posicionamento e a tomada de decisão nas questões referentes à política de saúde. Saúde coletiva AULA 4 – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Identificar e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde Formulação de políticas de saúde destinadas a promover, nos campos econômicos e social, a redução de riscos das doenças e outros agravos. Execução de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, integrando as ações assistenciais com as preventivas, de modo a garantir às pessoas a assistência integral à saúde CAMPOS DE ATUAÇÃO • Execução de ações de vigilância em saúde (sanitária, epidemiológica e de saúde do trabalhador) • Assistência integral (básica e especializada) • Ordenação da formação de recursos humanos • Formulação de política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos. • Formulação e execução da política de sangue e seus derivados, e a coordenação das redes de hemocentros. • Participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico • Vigilância nutricional e orientação alimentar • Colaboração na proteção do meio ambiente • Controle e fiscalização de serviços, produtos e substancias • Fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas. • Incremento do desenvolvimento cientifico e tecnológico. COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS Nível federal: normatização e coordenação geral do sistema no âmbito nacional a ser desenvolvido. Ministério da saúde deve oferecer cooperação técnica e financeira Nível estadual: planejamento do sistema estadual regionalizado e o desenvolvimento da cooperação técnica e financeira com os municípios. Nível municipal: gestão do sistema de saúde no município, com planejamento, gerenciamento e a execução de serviços públicos de saúde, e a regulação dos prestadores privados. Responsáveis pela melhor política de saúde a nível local. PACTO PELA SAÚDE Surgiu a partir da portaria 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, como uma ferramenta de responsabilização pública de cada esfera governamental na consolidação do SUS Pacto realizado entre o ministério da saúde, conselho nacional de secretários de saúde e conselho nacional de secretários municipais de saúde Divide-se em três partes: Pacto pela vida, pacto em defesa do SUS e pacto pela gestão do SUS PACTO PELA VIDA Compromisso firmado entre os gestores do SUS em relação as prioridades que apresentam impacto sobre a saúde da população brasileira, estabelecidas por meio de metas nacionais, estudais e municipais Prioridades pactuadas: 1. Saúde do idoso 2. Controle do câncer de colo uterino e de mama 3. Redução da mortalidade infantil e materna 4. Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias 5. Promoção da saúde 6. Fortalecimento da atenção básica 1. SAÚDE DO IDOSO • Considerando pessoas idosas acima de 60 anos • Promoção do envelhecimento ativo e saudável • Atenção integral e integrada à saúde do idoso • Implantação de serviços de atenção domiciliar • Acolhimento preferencial em unidades de saúde respeitando-se o critério de risco • Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS, na área do idoso. • Divulgação e informação sobre a política nacional de saúde da pessoa idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS AÇÕES ESTRATÉGICAS: • Caderneta de saúde do idoso: deve conter as informações relevantes ao acompanhamento da saúde da pessoa idosa • Manual de atenção básica à saúde do idoso: serve de apoio e fundamenta-se nas diretrizes da politica nacional de saúde da pessoa idosa • Programa de educação permanente na área do envelhecimento: capacita os profissionais abordado assuntos referentes ao processo de envelhecimento. • Acolhimento: processo de acolhimento nas unidades de saúde deve ser reorganizado como forma de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso • Assistência farmacêutica: desenvolvimento de ações que tenham como objetivo a qualidade na dispensação dos medicamentos e no acesso a eles. • Atenção diferenciada na internação e na atenção domiciliar: garantindo que toda pessoa idosa internada em hospital pode aderir ao programa de atenção domiciliar, passando a ser avaliado por uma equipe multidisciplinar. 2. CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E DA MAMA Metas para o ano de 2006: • Câncer de colo uterino: cobertura de 80% do exame preventivo e incentivo para reabilitação da cirurgia de alta frequência • Câncer de mama: ampliar para 60% a cobertura de mamografia e realizar a punção em 100% dos casos necessários. 3. REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA • Redução da mortalidade infantil em 5% • Redução em 50% dos óbitos por doença diarreica e 20% por pneumonia • Apoio na elaboração de propostas de intervenção para qualificação da atenção às doenças prevalentes • Criação de comitês de vigilância do óbito • Reduzir em 5% a razão da mortalidade materna • Garantir insumos e medicamentos para tratamento das síndromes hipertensivas no parto. • Qualificação pontos de distribuição de sangue para que atendam às necessidades das maternidades e outros locais de parto. 4. FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA ÀS DOENÇAS EMERGENTES • Dengue: plano de contingencia para atenção aos pacientes em munícipios prioritários. Reduzir para menos de 1% a infestação em 30% dos municípios • Hanseníase: atinge o patamar de eliminação como problema de saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por 10.000 habitantes em todos os municípios prioritários • Tuberculose: atinge pelo menos 85% de cura de casos novos diagnosticado a cada ano. • Malária: reduzir em 15% a incidência parasitária anual, na região da Amazônia legal • Influenza: implantar plano de contingência, unidades sentinelas e o sistema de informação. 5. PROMOÇÃO DA SAÚDE EM ÊNFASE NA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL • Elaboração e implementação de uma política de promoção à saúde, sendo uma responsabilidade dos três gestores. • Mudança de comportamento da população por meio da internalização da responsabilidadeindividual da prática de atividade física regular, alimentação adequada e saudável, e combater ao tabagismo. • Articulação e promoção de diversos programas de promoção de atividade física; elaboração da política nacional de promoção a saúde. 6. FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA • Adoção de estratégia saúde da família, ampliação nos grandes centros urbanos e consolidação nos pequenos e médios municípios. • Garantia da infraestrutura necessária ao funcionamento das unidades básicas de saúde, dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para ações propostas. • O financiamento da atenção básica é definido como responsabilidade das três esferas de gestão. ATUALIZAÇÕES • Fortalecimento da capacidade de resposta a AIDS • Saúde do trabalhador • Saúde mental • Fortalecimento da capacidade de resposta às pessoas com deficiência • Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência • Saúde do homem PACTO EM DEFESA DO SUS Objetivo: discutir a questão da saúde pública e da repolitização do SUS, buscando a consolidação da política pública de saúde como política de estado e não de governo. Os gestores das esferas do governo devem expressar os compromissos com a consolidação da reforma sanitária e desenvolver ações que videm qualificar e assegurar o SUS como política publica Perspectiva: repolitização da saúde; promoção da cidadania e garantia de financiamento de acordo com as necessidades do sistema. Ações propostas: • Articulação e apoio à mobilização social pela promoção e desenvolvimento da cidadania • Estabelecimento de diálogo com a sociedade • Ampliação e fortalecimento de relações com os movimentos sociais • Elaboração e publicação da carta dos direitos dos usuários do SUS • Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão. PACTO PELA GESTÃO DO SUS Objetivo: estabelecer as responsabilidades claras de cada ente federado, de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do sus Trata-se de um direcionamento para a efetivação de um sistema que garanta o respeito às diversidades regionais (no planejamento, na execução e avaliação), com eficiência, maior transparência financeira e participação social. 1. DESCENTRALIZAÇÃO Estabelecer as corresponsabilidades no âmbito do processo de descentralização do SUS Visa oficializar as comissões Inter gestores Bipartite – CIB (composta por representantes estadual e municipal) e as comissões Inter gestores Tripartite – CIT (composta por representantes federal, estadual e municipal), como espaço legítimo para a pactuação e deliberação das estratégias. 2. REGIONALIZAÇÃO Orientar o processo de descentralização na perspectiva de construir redes de atenção à saúde (regiões de saúde) Regiões de saúde: recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico continuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infraestrutura de transporte compartilhados no território. Podem ser intramunicipais, interestaduais e fronteiriças. 3. FINANCIAMENTO DO SUS Princípios gerais de financiamento: • Responsabilidade das três esferas de gestão • Redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e municipais durante a distribuição de recursos • Financiamento de custeio com recursos federais constituídos, organizados e transferidos em blocos de recursos (cinco blocos) • Atenção básica; atenção média e alta complexidade; vigilância em saúde; assistência farmacêutica e gestão do SUS 4. PLANEJAMENTO DO SUS Propôs um processo de institucionalização da pratica do planejamento sob a forma do sistema de planejamento do SUS, garantindo a articulação e integração O sistema tem como objetivo pactuar as diretrizes ferais para o processo de planejamento do SUS e os instrumentos para tal em cada nível de gestão. As necessidades de saúde da população devem nortear o planejamento e deve haver integração de instrumentos, e articulação de propostas em todas as esferas. 5. PROGRAMAÇÃO PACTUADA INTEGRADA (PPI) Visa definir a programação das ações de saúde em cada território e nortear a alocação de recursos financeiros para a saúde a partir de critérios e parâmetros pactuados entre os gestores 6. REGULAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE E REGULAÇÃO ASSISTÊNCIAL • Contratação • Regulação do acesso à assistência ou regulação assistencial • Complexos reguladores • Auditoria assistencial ou clínica. 7. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL • Define ações para apoiar os conselhos de saúde, conferencias de saúde e os movimentos sociais em saúde • Apoiar o processo de formação dos conselheiros • Estimular a participação e avaliação dos cidadãos • Apoiar os processos de educação popular em saúde • Apoiar a implantação de ouvidorias e o movimento social em defesa do SUS 8. GESTÃO DO TRABALHO • Importância do desenvolvimento de uma política de recursos humanos em saúde • Garantia de autonomia aos entes gestores na contratação dos profissionais • Estabelecimento de vínculos de trabalho 9. EDUCAÇÃO NA SAÚDE • Propor ações em educação permanente como meio de capacitação • Capacitação na formação e no trabalho CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃOPÚBLICA DE SAÚDE (COAP) Publicado no decreto 7.508 de 28 de junho de 2011 Acordo de colaboração firmado entre os entes federativos para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde Objetivo: organização e integração das ações e dos serviços com a finalidade de garantir a integralidade da assistência aos usuários do SUS Definiu as responsabilidades com relação as ações de serviços, os indicadores e metas, os critérios de avaliação de desempenho, os recursos financeiros disponibilizados, a forma de controle e fiscalização de execução. Disposições essenciais: • Identificação das necessidades de saúde locais e regionais • Oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção e recuperação da saúde • Responsabilidades dos entes federativos no processo de regionalização • Indicadores e metas de saúde • Estratégias para a melhoria das ações e serviços • Critérios de avaliação dos resultados e monitoramento permanente • Investimentos nas redes de serviços • Recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes O sistema nacional de auditoria e avaliação do SUS, por meio de serviços especializado, fará o controle e a fiscalização do COAP, com auxílio do conselho de saúde no monitoramento. Saúde coletiva AULA 5 – POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) Reformulação: portaria n° 2.436, de 21 de setembro de 2017 Atenção básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnostico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde Realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido. será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território. Sendo proibido qualquer tipo de discriminação saúde da família sua estratégia prioritária para expansão consolidação a integração entre a vigilância em saúde e atenção básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços serão denominados unidades básicas de saúde é necessário que a atenção básicatenha alta resolutividade, com capacidade clínica e de cuidado e incorporação de tecnologias leves, além da articulação com outros pontos da RAS NASF (núcleo ampliado de saúde da família) Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais de saúde, complementar às equipes Formada por diferentes ocupações (profissões e especialidades), atuando de maneira integrada para dar suporte clínico, sanitário e pedagógico Realizar discussão de casos, atendimento, construção projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território, ações de prevenção e promoção da saúde. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE Decreto 7.508 de 2011 Dispõe sobre a organização regionalizada e hierarquização dos serviços de atenção à saúde • Objetivo: estruturação das regiões de saúde e das redes assistenciais; redução das desigualdades de acesso e aprimoramento da integralidade. Regiões de saúde: espaço geográfico constituídos por municípios, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas, sociais, redes de comunicação e infraestrutura compartilhados • Elementos constitutivos: Atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial e hospitalar especializada; vigilância e saúde Rede de atenção à saúde: conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade Hierarquização dos serviços: • Portas de entradas do sus: atenção primária, atenção de urgência e emergência, atenção psicossocial • Depois seguir para serviços de atenção hospitalar ou ambulatório de especialidades, ou de maior complexidade de densidade tecnológica. https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://slideplayer.com.br/slide/1250246/&psig=AOvVaw1hmQpj76ffJ5VpPH0x9ov_&ust=1589400897008000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOjRnYqWr-kCFQAAAAAdAAAAABBo Mapas da saúde: descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS • Objetivo: identificar as necessidades da saúde, orientar os gestores envolvidos quanto ao planejamento e estabelecimento de metas POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE (PNPS) Redefinido na Portaria nº 2.446, de 11 de novembro de 2014. Conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação, pela formação da RAS, buscando articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla participação e controle social Valores fundamentais no processo de efetivação: solidariedade, felicidade, ética, respeito ás adversidades, humanização, corresponsabilidade, justiça e inclusão social. PNPS adota como princípios: • Equidade: distribuição igualitária considerando as especificidades dos indivíduos e dos grupos; • Participação social: consideram visões diferentes na identificação de problemas e soluções atuando como corresponsáveis no processo de planejamento, de execução e de avaliação. • Autonomia: possibilita escolhas conscientes de sujeitos e comunidades sobre suas ações e trajetórias. • Empoderamento: estimula os sujeitos e coletivos a adquirirem o controle das decisões e das escolhas de modos de vida. • Sustentabilidade: permanência e continuidade de ações e intervenções. • Territorialidade: a atuação leva em conta as singularidades e especificidades dos diferentes territórios. Objetos específicos: • contribuir para a adoção de práticas sociais e de saúde; • favorecer a mobilidade humana, acessibilidade, desenvolvimento seguro, saudável e sustentável; • promover a cultura da paz em comunidades, territórios e municípios; • apoiar o desenvolvimento de espaços de produção social e ambientes saudáveis; • promover processos de educação, formação profissional e capacitação específicas; • estabelecer estratégias de comunicação social e mídia. Saúde coletiva AULA 6 – ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMILIA É uma ação implantada pelo ministério da saúde em 1994, quando recebeu o nome programa saúde da família (PSF) Objetivo: acabar com a ideia de assistência emergencial, ou seja, tratar os pacientes apenas quando eles já estão doentes, e praticar a atenção primaria, sob corresponsabilidade dos entes federativos Deve funcionar como porta de entrada do SUS, visto que os hospitais públicos não possuem estrutura suficiente para suportar prevenção e tratamento. Composição: Equipe de saúde da família multiprofissional: • Medico generalista ou especialista em saúde da família • Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família • Auxiliar ou técnico de enfermagem; e • Agentes comunitários de saúde • Cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família • Auxiliar e/ou técnico em saúde bucal Responsável por, no máximo, 4.000 pessoas Objetivos: A equipe de saúde da família está ligada à unidade básica de saúde (UBS) local. A proximidade da equipe de saúde com o usuário garante uma maior adesão do usuário aos tratamentos e às intervenções propostas pela equipe de saúde Resulta em mais situações de saúde resolvida na atenção básica, sem a necessidade de intervenção de média e alta complexidade. Saúde coletiva AULA 7 – VIGILÂNCIA EM SAÚDE • VISA – vigilância sanitária • VA – vigilância ambiental • VE – Vigilância epidemiológica • ST – Saúde do trabalhador A Vigilância em Saúde é responsável por ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis, pela vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, saúde ambiental e do trabalhador e também pela análise de situação de saúde da população brasileira. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA É definida como um “conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (Lei 8.080/90). O desencadeamento do processo de vigilância tem início com a informação do problema de saúde que se destina à tomada de decisões e, por essa razão define-se a Vigilância Epidemiológica por meio da tríade informação – decisão – ação. NOTIFICAÇÃO É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fim de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Deve-se notificar a simples suspeita da doença, sem aguardar a confirmação do caso, que pode significar perda de oportunidade de adoção das medidas de prevenção e controle indicadas. Tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, sempre se respeitando o direito de anonimato dos cidadãos. COLETA DE DADOS Ocorre em todos os níveis (municipal, estadual e federal) de atuação do sistema de saúde. A força e valor da informação (que é o dado analisado) dependem da qualidade e fidedignidade com que a mesma é gerada. Necessário que os responsáveis pela coleta estejam bem preparados para diagnosticar corretamente o caso, bem como realizar uma boa investigação epidemiológica, com anotações claras e confiáveis. Tipos de dados: morbidade, mortalidade, dados demográficos e ambientais, notificação de surtos e epidemias. Fonte de dados: notificação compulsória de doenças; resultados de exames laboratoriais; declarações de óbitos; maternidades; hospitais e ambulatórios; investigações epidemiológicas; estudos epidemiológicos especiais; IBGE;imprensa e população. Seleção da doença baseia-se na magnitude (frequência), potencial de disseminação, transcendência (letalidade, severidade, relevância social e econômica), vulnerabilidade (existência de instrumentos de prevenção), compromissos internacionais de erradicação, eliminação ou controle, epidemias, surtos e agravos inusitados. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLOGICA Método de trabalho frequentemente utilizado em casos e epidemias de doenças transmissíveis, mas também aplicável a outros grupos de agravos. Consiste em um estudo de campo realizado a partir de casos (clinicamente declarados ou suspeitos) e de portadores, objetivando avaliar a ocorrência do ponto de vista de suas implicações para a saúde coletiva. Deve conduzir à confirmação do diagnóstico, à determinação das características epidemiológicas da doença, à identificação das causas do fenômeno e à orientação sobre as medidas de controle adequadas. Roteiro de Investigação As seguintes indagações devem ser levantadas: de quem foi contraída a infecção? (fonte de contágio) Qual a via de disseminação da infecção, da fonte ao doente? Que outras pessoas podem ter sido infectadas pela mesma fonte de contágio? Para quais pessoas o caso pode ter transmitido a doença? A quem o caso ainda pode transmitir a doença? Como evitá-lo? Finalidade da Investigação Adoção de medidas de controle em tempo hábil. Para que isso aconteça, deve ser iniciada imediatamente após a ocorrência do evento. Ficha de Investigação Epidemiológica Formulários específicos para cada tipo de doença, que facilitam a coleta e consolidação de dados. Devem ser preenchidos cuidadosamente, registrando-se todas as informações indicadas, para permitir a análise e a comparação de dados. Contém dados de identificação do paciente, anamnese, exame físico, suspeita diagnóstica, informações sobre o meio ambiente e exames complementares. Busca de Pistas Visa buscar a origem da transmissão. Em geral, é importante definir: período de incubação; presença de outros casos na localidade; existência ou não de vetores ligados à transmissibilidade; grupo etário mais atingido; fonte de contágio comum (água, alimentos); modos de transmissão (respiratória, contato direto, etc.); época de ocorrência (estação). Busca Ativa de Casos Procedimento realizado com vistas ao conhecimento da magnitude de ocorrência do evento, quando se suspeita que casos possam estar ocorrendo sem registro nos serviços de saúde. É mais restrita (domicílio, rua ou bairro) ou ampliada (cidade, municípios, acompanhando correntes migratórias, etc), seguindo-se a área geográfica de abrangência da fonte de contágio. Processamento e análise de dados • Os dados colhidos são consolidados em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo, fluxos de pacientes e outros. Forcendo uma visão global do evento, permitindo a avaliação de acordo com as variáveis de tempo, espaço e pessoas, e de associação causal. • É importante lembrar que, além das frequências absolutas, o cálculo de indicadores epidemiológicos (coeficientes de incidência, prevalência, letalidade e mortalidade) deve ser realizado para efeito de comparação. Decisão – ação • Após a análise dos dados, deverão ser definidas imediatamente as medidas de prevenção e controle mais pertinentes à situação. Isso deve ser feito no nível mais próximo da ocorrência do problema, para que a intervenção seja mais oportuna e, consequentemente, mais eficaz. Normatização • Normas técnicas capazes de uniformizar procedimentos e viabilizar a comparabilidade de dados e informações são elaboradas e divulgadas pelo sistema de Vigilância Epidemiológica. • Destaque especial é dado à definição de caso de cada doença ou agravo, visando tornar comparáveis os critérios diagnósticos que regulam a entrada dos casos no sistema, seja como suspeito, compatível ou mesmo confirmado por diagnóstico laboratorial. Retroalimentação do sistema • É a devolução de informações aos notificantes das análises, resultantes dos dados coletados e das medidas de controle adotadas ATRIBUIÇÃO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA • Coordenar a resposta estadual às doenças e agravos transmissíveis de notificação compulsória, além dos riscos existentes ou potenciais, com ênfase no planejamento, monitoramento, avaliação, produção e divulgação de conhecimento/informação para a prevenção e controle das condições de saúde da população; • Promover a redução e o controle das doenças imunopreveníveis, as transmitidas por vetores, transmissíveis e não transmissíveis; • Gerir e apoiar a operacionalização do Programa de Imunizações no Estado; contribuindo para o controle, eliminação e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis, utilizando estratégias básicas de vacinação de rotina e de campanhas anuais, desenvolvidas de forma hierarquizada e descentralizada; • Planejar, acompanhar e normatizar técnicas das ações de imunização no Estado; • Instituir, desenvolver, implementar, capacitar, coordenar e avaliar ações de vigilância epidemiológica e assistenciais, relativas às infecções sexualmente transmissíveis (IST), HIV/Aids e Hepatites Virais no Estado; • Participar de ações de cooperação técnica intra e interinstitucional para a vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos transmissíveis, infecções sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais e ações de Imunização no Estado; • Elaborar e divulgar informes epidemiológicos e notas técnicas relacionadas às doenças transmissíveis, infecções sexualmente transmissíveis, HIV/Aids, Hepatites Virais e ações de Imunização no Estado. • Apoiar na logística e distribuição de imunobiológicos e insumos estratégicos, além capacitar os profissionais de saúde e subsidiar os municípios no controle de doenças e agravos em seus territórios. • Tem participação determinante na formulação das políticas públicas, planos e programas de saúde, pois possui ferramentas que aparam a gestão no comportamento de um determinado agravo, estabelecendo prioridades de atuação, realizando análises e permitindo a organização dos serviços de saúde numa área geográfica ou população definida. BOLETINS EPIDEMIOLÓGICOS • Editado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, caráter técnico-científico, acesso livre, formato eletrônico com periodicidade mensal e semanal para os casos de monitoramento e investigação de doenças específicas sazonais. • Promove a disseminação de informações relevantes qualificadas, com potencial para contribuir com a orientação de ações em Saúde Pública. • Descrições de monitoramento de eventos e doenças com potencial para desencadear emergência de Saúde Pública; análises da situação epidemiológica de doenças e agravos; relatos de investigação de surtos e de outros temas de interesse da Vigilância em Saúde para o Brasil. VIGILÂNCIA SANITÁRIA Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I. o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde, compreendidas todas as etapas e processo, da produção ao consumo; II. controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. • Trabalha com medidas que estejam voltadas para a elaboração, aplicação, controle e fiscalização de normas e padrões de interesse da saúde individual e coletiva, relacionadas com o ambiente, produtos, serviços e trabalho. • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi criada no início de 1999, especificamente em 26/01/1999 e está vinculada ao Ministérioda Saúde. • Finalidade: promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias. COMPETÊNCIAS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA Entre as áreas de atuação encontram-se ações relacionadas ao controle de risco sanitário em: Produtos: Alimentos, medicamentos, cosméticos, saneantes, sangue e derivados, equipamentos para a saúde. Serviços de Saúde: unidades de assistência ambulatorial, clínicas, hospitais, ações de assistência domiciliar, práticas de interesse à saúde, serviços de diagnóstico e terapia em particular ou de radiações ionizantes, hemoterapia e terapia renal substitutiva, odontologia e prótese. Meio Ambiente: água, resíduos sólidos, edificações, ambiente do trabalho, etc. Saúde do Trabalhador: ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador. Portos, Aeroportos e Fronteiras: controle específico de portos, aeroportos e fronteiras, de veículos, cargas e pessoas. Bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária: I. Medicamentos de uso humano, suas substâncias ativas e demais insumos, processos e tecnologias; II. alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários; III. cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes; IV. saneantes destinados à higienização, desinfecção ou desinfestação em ambientes domiciliares, hospitalares e coletivos; V. conjuntos, reagentes e insumos destinados a diagnóstico; VI. equipamentos e materiais médico- hospitalares, odontológicos e hemoterápicos e de diagnóstico laboratorial e por imagem; VII. imunobiológicos e suas substâncias ativas, sangue e hemoderivados; VIII. órgãos, tecidos humanos e veterinários para uso em transplantes ou reconstituições; IX. radioisótopos para uso diagnóstico in vivo e radiofármacos e produtos radioativos utilizados em diagnóstico e terapia; X. cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco; XI. quaisquer produtos que envolvam a possibilidade de risco à saúde, obtidos por engenharia genética, por outro procedimento ou ainda submetidos a fontes de radiação. Atuação nível estadual (Pará): • SESPA • Departamento de vigilância sanitária Atuação nível Municipal (Belém): • Divisão de vigilância sanitária de alimentos; • Divisão de vigilância sanitária de engenharia; • Divisão de vigilância sanitária de drogas e medicamentos; • Divisão de vigilância sanitária das condições do exercício profissional; • Setor de vigilância e controle das comissões de infecção hospitalar. • Saúde coletiva AULA 8 – SAÚDE DO TRABALHADOR É o conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Visa à promoção da saúde e à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos. A Vigilância em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (VISATT) se divide em três eixos complementares: 1. Vigilância Epidemiológica: • coordenação dos procedimentos técnicos para sistematização da informação e a notificação compulsória das doenças e agravos relacionados ao trabalho; • acompanhamento periódico de indicadores de saúde e sistemas, como o de informação de agravos de notificação (SINAN-NET); • busca-se conhecer o perfil de morbimortalidade dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como o cruzamento com variáveis, tais como as atividades econômicas e ocupação. 2. Atenção à Saúde • Objetiva a consolidação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora por meio do fortalecimento das ações dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador; • Esses centros assumem o lugar de suporte e retaguarda técnica no seu território de abrangência. 3. Vigilância dos Ambientes e Processos de Trabalho • Compreendida como um conjunto de ações interventivas; planejadas, executadas e avaliadas a partir da análise dos agravos/doenças e de seus determinantes relacionados aos processos e ambientes de trabalho; • Visam atenuar ou controlar os fatores e as situações geradoras de risco para a saúde dos trabalhadores; • Desenvolvida por análises de documentos, entrevistas com trabalhadores e observação direta do processo de trabalho. OBJETIVOS • Conhecer a realidade de saúde da população trabalhadora, independente da forma de inserção no mercado de trabalho e do vínculo trabalhista estabelecido; • Intervir nos fatores determinantes de agravos à saúde da população trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá- los; • Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, atenuação e controle dos fatores determinantes e agravos à saúde; • Subsidiar a tomada de decisões dos órgãos competentes; • Estabelecer sistemas de informação em saúde do trabalhador. Principais estratégias de implantação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNST) • Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores; • Estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador- RENAST no contexto da Rede de Atenção à Saúde: ações junto à APS, à Urgência e Emergência e Atenção Especializada (Ambulatorial e Hospitalar). • Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; • Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; • Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos; Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. Saúde ambiental Consiste em um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde. Responsável também por procedimentos de vigilância epidemiológica das doenças e agravos à saúde humana, associados a contaminantes ambientais, especialmente os relacionados com a exposição a agrotóxicos, amianto, mercúrio, benzeno e chumbo. Objetivos: • produzir, integrar, processar e interpretar informações a serem disponibilizadas ao SUS, que sirvam como instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de promoção da saúde e prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio ambiente; • estabelecer parâmetros, atribuições, procedimentos e ações relacionadas à vigilância ambiental nos diversos níveis de competência; • identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores ambientais condicionantes e determinantes das doenças e de outros agravos à saúde; • promover ações de proteção à saúde relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente; • conhecer e estimular a interação entre ambiente, saúde e desenvolvimento a fim de fortalecer a participação popular na promoção de saúde e qualidade de vida. Para os objetivos serem alcançados, é necessário a utilização de alguns instrumentos e métodos, como epidemiologia ambiental, avaliação e gerenciamento de riscos, indicadores de saúde e ambiente, sistema de informações em vigilância ambientale desenvolvimento de pesquisas na área de saúde e ambiente Fatores de risco ambiental trabalhados pela vigilância: • presentes no meio físico-biológico (água, ar, solo, flora e fauna); • meio socioeconômico (população, moradia, situação econômica, infraestrutura urbana, serviços de saúde, saúde do trabalhador, proteção dos alimentos e licenças de funcionamento e avaliação de impactos ambientais em saúde); • dados referentes ao perfil de saúde da população (dados de morbidade, mortalidade e vigilância epidemiológica). O gerenciamento de riscos, por sua vez, consiste na seleção e implementação de estratégias para o controle e prevenção. Dentro da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental – CGVAM, as áreas de atuação são: • Vigilância da qualidade da água para consumo humano- VIGIAGUA; • Vigilância em saúde de populações expostas a poluentes atmosféricos - VIGIAR; • Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos – VIGIPEQ; • Vigilância em saúde ambiental relacionada aos riscos decorrentes de desastres – VIGIDESASTRES; • Vigilância em saúde ambiental relacionada aos fatores físicos – VIGIFIS.
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