Buscar

50 tirinhas para Ciências

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 113 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 113 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 113 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Instituto Educacional de Comunicação e Tecnologias 
em Ciências e Biologia – Aprenda.bio
50’HQC
50 Histórias em Quadrinhos de Ciências
Primeira Edição
São Paulo-SP
2011
 PerSe
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 50'HQC : 50 histórias em quadrinhos de ciências /
 Instituto Educacional de Comunicação e Tecnologias
 em Ciências e Biologia. -- 1. ed. -- São Paulo :
 PerSe, 2011.
 ISBN 978-85-64280-03-8
 1. Biologia - Estudo e ensino 2. Ciências - 
 Estudo e ensino 3. Histórias em quadrinhos 
 I. Instituto Educacional de Comunicação e Tecnologias
 em Ciências e Biologia.
11-04379 CDD-507
 Índices para catálogo sistemático:
 1. Ciências : Estudo e ensino 507
Autor: 
Instituto Educacional de Comunicação e 
Tecnologias em Ciências e Biologia – Aprenda.bio. CNPJ - 11.756.417/0001-03
Edição: 
Perse
Roteiros: 
Renata Prado Palma, Márcio Rafael Costa Cruz, Ivan Staicov, Tamara Zins, Eric Hideki 
Yabiku, Yuri Freire Basdadjian, Rafael Silva Banti e Matheus Fernandes Viola.
Textos: 
Tamara Zins e Márcio Rafael Costa Cruz
Revisão Técnica: 
Prof. Dr. Adriano Monteiro de Castro, Prof. Dr. Leandro Vieira, Prof. Dr. Waldir Stefano, 
Prof. Dr. Gustavo Augusto Schmidt de Melo Filho, Profª. Drª. Heloiza Ramos Baborsa, 
Profª. Drª. Maisa Helena Altarugio, Profª. Drª. Miriam Oliveira Ribeiro e Profª. Ms. Oriana 
Aparecida Fávero. 
Diagramação e layout:
Bruno Zani
Ilustrações e desenho da capa: 
Humberto Pessoa
Edição final da capa:
 
Nicolas De Michieli Rigo Lima
Agradecimentos:
A Deus, famílias, parceiros, colaboradores e associados 
por viabilizarem nossos sonhos.
Equipe do Instituto Aprenda.bio
 Não existe nada melhor do que aliar a educação com a diversão. Em vista deste 
aspecto, o Instituto Educacional de Comunicação em Ciências e Biologia - Aprenda.bio, traz 
mais uma idéia inovadora: um livro de tirinhas e charges apenas sobre temas de Ciências e 
Biologia. 
 
 Este livro pode ser lido na íntegra pelos estudantes em sua casa, ou ainda pode ser 
utilizado pelo professor, para enriquecer suas aulas, exercícios ou até provas. Cada tirinha é 
acompanhada de um breve texto explicativo, a fim de esclarecer os pontos citados na tirinha 
ou charge, para que o contexto possa ser adaptado ao tema que está sendo abordado em sala 
de aula.
 
 Além disso, junto a cada texto explicativo, o leitor poderá contar com uma lista breve 
de termos relacionados, para que fique evidenciada a interligação existente entre os diversos 
assuntos das Ciências e Biologia.
 
 A equipe do Aprenda.bio lhe deseja uma boa leitura e garante em breve mais novi-
dades para colaborar cada dia mais com a arte de ensinar.
 
 Porque é divertido aprender assim!
Índice
10
Instituto Aprenda.bio
Esterco?
11
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Agricultura, ciclagem de nutrientes, 
enriquecimento de solo
 Muitas vezes um solo pobre pode apresentar problemas para ser um bom local 
de plantio. Uma das soluções mais baratas e sustentáveis para tal problema é a utilização de 
material orgânico proveniente das fezes de animais, comumente conhecidas como esterco. 
Ao administrar, de maneira correta, esta mistura de materiais, pode-se garantir uma melhora 
na estrutura do solo, promovendo uma maior aeração e um aumento na retenção de umi-
dade.
 No Brasil, costuma-se para esta finalidade, utilizar-se esterco de vacas, cavalos, por-
cos e até frangos. Vale ressaltar que esta é uma alternativa economicamente interessante, já 
que muitos cultivadores também têm criações destes animais que, invariavelmente, produ-
zem altas quantidades de fezes. Para um resultado em curto prazo, o esterco não é a melhor 
fonte de nutrientes, já que estes se encontram em baixíssimas concentrações, porém em 
longo prazo, pode ser uma ótima solução.
 
 Mas cuidado! Deve-se utilizar apenas um material previamente tratado e de origem 
animal. Utilizar fezes humanas é uma péssima opção, pois os nutrientes se encontram em 
concentrações baixíssimas. Ainda há um grande risco desta infeliz prática ocasionar grandes 
surtos de parasitoses, devido a contaminação das plantações. Desta forma, esterco de fezes 
humanas, nem de brincadeira!
12
Instituto Aprenda.bio
O Bicho-preguiça… 
13
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, mamíferos
 O Bicho-preguiça é um mamífero de hábitos diurnos e noturnos, dependendo da 
espécie, e que vive em florestas tropicais da América do Sul e Central. Apresentam grandes 
unhas, que os ajudam a escalar árvores de grande porte, nas quais permanecem em suas 
copas por longos períodos. Alimentam-se de folhas jovens, e brotos de algumas espé-
cies de árvores como embaúba, ingazeira, figueira e tararanga, embora algumas espécies de 
preguiças também possam comer frutos. São animais de hábitos solitários
 
 O nome Bicho-preguiça é uma alusão aos seus movimentos extremamente lentos, 
decorrente de um baixo metabolismo. São capazes de dormir 14 horas diárias em média. 
Eles dormem pendurados nas mesmas árvores que lhes fornecem o alimento. Outro detalhe 
curioso é que estes animais só descem da árvore uma vez por semana, a fim de fazer suas 
necessidades fisiológicas! Em terra firme são bastante desajeitados, mas embora possa pa-
recer improvável, são excelentes nadadores!
 
 Outra curiosidade e uma contradição à sua condição preguiçosa refere-se à sua gesta-
ção que é relativamente rápida, variando de 120 a 180 dias nas espécies do gênero Bradypus 
spp. Sua orientação é baseada no olfato já que sua visão não é muito boa e quando adultos 
podem chegar a até 6 kg. 
14
Instituto Aprenda.bio
Conversando com a muda!
15
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, artrópodes, ecdise
 Dentre os diversos taxa existentes no reino animal, com certeza pode-se destacar 
o táxon Artrópoda por ser extremamente numeroso (englobando os insetos, as aranhas e os 
crustáceos) e por possuir algumas particularidades interessantes. Todos os animais deste 
grupo apresentam um exoesqueleto de quitina que funciona brilhantemente para sua pro-
teção, porém este mesmo exoesqueleto impede esses organismos de crescer de maneira 
contínua.
 
 Como este exoesqueleto é bastante firme rígido, não há espaço para que o animal 
cresça e aumente seu tamanho. Portanto, periodicamente, este revestimento é abandonado 
pelo animal e durante este curto período é que ocorre o crescimento corporal. Uma camada 
nova de quitina é secretada, porém ela necessita de um tempo exposta ao ar para que possa 
endurecer. O tempo que leva este processo de endurecimento é o tempo que o organismo 
tem disponível para expandir suas medidas. Este processo é conhecido como ecdise ou 
muda e é comum a todos os artrópodes. Ou seja, toda vez que o animal necessitar expandir 
suas medidas, ele deverá realizar uma muda, assim ficando vulnerável até o novo esqueleto 
endurecer.
 
 A palavra muda, no caso, está relacionada ao verbo mudar, já que é este processo que 
garante uma mudança de tamanho para o artrópode em questão. Na presente tirinha a aranha 
tenta conversar com o exoesqueleto de quitina que foi abandonado por sua companheira. 
16
Instituto Aprenda.bio
A Bomba de Sódio e 
Potássio
17
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Transporte ativo, transporte passivo, 
 fisiologia humana 
 A bomba de sódio/potássio é uma proteína transportadora encontrada na mem-
brana de todas as células de nosso organismo e é essencial para seu bom funcionamento. 
Isso porque ela é uma proteína carregadora que transporta íons sódio para fora da célula e 
íons potássio para dentro dela. Ambos os transportes são realizados contra os gradientes de 
concentração destes sais, só podendo ser efetuados graças à quebra de umATP em um ADP 
e um fosfato inorgânico. Este transporte, que gera gasto de energia, é então conhecido como 
transporte ativo.
 
 A proteína transportadora em questão apresenta dois sítios de ligação para o potássio 
voltados para fora e três sítios de ligação para o sódio voltados para dentro. Desta forma, a 
cada dois íons de potássio que adentram a célula, três de sódio são colocados para fora. Esse 
transporte contra o gradiente é que garante que quase todos os outros transportes iônicos 
sejam posteriormente realizados. Se não houvesse este desequilíbrio iônico garantido pela 
bomba de sadio/potássio, as trocas entre as células e seu meio externo ficariam bastante 
comprometidas.
 
 Vale ressaltar que o terceiro quadro da tirinha sugere que a bomba de sódio/potássio 
garante o equilíbrio, porém, apesar de fazer sentido no seguimento da historinha, o me-
canismo em questão garante justamente o desequilíbrio em nossa fisiologia normal. 
18
Instituto Aprenda.bio
Dominante e Recessivo!
19
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Genética, Mendel, cromossomos, genes
 Quando falamos sobre reprodução sexuada, levamos em consideração que cada 
um dos progenitores doa informação genética para o novo organismo que vai se formar. 
Cada um dos pais, portanto, transmitirá um gene para cada informação fenotípica deste in-
divíduo. Como pode-se perceber, então, existem dois genes que definem um mesmo aspecto 
do fenótipo. Estes genes são conhecidos como alelos, e que muitas vezes dois genes definem 
um mesmo aspecto fenotípico.
 
 O que pode acontecer, entretanto, é que estes genes não tragam a mesma informação, 
podendo até ter informações conflitantes sobre a mesma característica. Um bom exemplo é 
ilustrado pela tirinha, quando um gene tinha informação para originar um indivíduo de olhos 
claros, enquanto o outro, para originar um indivíduo de olhos escuros.
 
 A escolha sobre o que fazer nestes casos é justamente baseada no conceito de domi-
nante e recessivo: o organismo desenvolverá a característica informada por aquele gene que 
é dominante em relação ao outro. Ainda se tratando do caso acima, percebe-se que quem se 
manifestará é o gene para olhos castanhos. O outro gene continuará fazendo parte da infor-
mação genética do indivíduo, porém não será expresso no fenótipo do mesmo. Ele então é 
denominado como recessivo. 
 
 Vale ressaltar que este exemplo foi bem simplificado, pois a cor dos olhos nos huma-
nos é determinada não só por um par de alelos e sim, por alguns pares. Há casos de heranças, 
inclusive, onde se tem co-dominância ou ausência de dominância.
20
Instituto Aprenda.bio
Sim, nós somos fasciculadas!
21
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Botânica, monocotildôneas, 
dicotiledôneas, ecologia,
 raízes fasciculadas e pivotantes,
 As monocotiledôneas são um subgrupo de plantas angiospermas que possuem 
algumas características em comum e como exemplo podemos citar o milho, o arroz e a cana-
de-açúcar. Uma das características mais marcantes de tais espécies é a presença de um tipo 
de raiz específica, conhecida como raiz fasciculada ou em cabeleira.
 
 Esta raiz é, na verdade, um conjunto de raízes bem finas que têm origem em apenas 
um único ponto. Não se percebe, neste conjunto de raízes finas, alguma raiz principal que 
se destaque, ou que seja mais espessa do que as outras. Todas as raízes delgadas apresentam 
o mesmo nível de desenvolvimento. Pode-se perceber que este tipo de raiz não parece tão 
firme quanto uma raiz pivotante presente nas dicotiledôneas, que além das raízes secundárias 
finas, apresenta uma raiz principal, que é capaz de adentrar mais profundamente e se prender 
ao solo mais firmemente.
 
 Porém, as monocotiledôneas, por seu porte e modelo de crescimento, podem colabo-
rar de maneira extrema para evitar o deslizamento de terras que pode ocorrer em regiões 
com declive, alvo de chuvas fortes e incessantes. Ao plantarmos este tipo de angiospermas 
em regiões de encosta, fazemos com que estas raízes fasciculadas criem uma verdadeira 
rede por debaixo das camadas superiores de terra. Esta rede subterrânea faz com que o desl-
izamento seja contido, pois unidas, as raízes destes vegetais podem manter a terra em seu 
lugar, contrariando a força das águas das chuvas, que normalmente a empurraria para baixo.
22
Instituto Aprenda.bio
Camelo deslocado! 
23
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, mamíferos, zoológico
 O camelo é um mamífero oriundo do Centro e do Leste da Ásia, herbívoro e, 
como a tirinha ressalta, extremamente adaptado para habitar em regiões desérticas e areno-
sas. Apresenta duas corcovas em suas costas, diferentemente do dromedário, que apresenta 
só uma. Apesar desta diferença morfológica, são espécies muito próximas, podendo gerar 
descendentes férteis em caso de cruzamento.
 
 Ambas as espécies foram domesticadas a milhares de anos, podendo ser produtoras 
de leite e de carne, e, principalmente colaborando com o transporte de pessoas e de carga. 
O dromedário é encontrado no norte da África e Oriente Médio e o camelo na Ásia Central. 
Por serem extremamente adaptados a regiões secas, não necessitam de muitas paradas para 
beber água. Porém, quando bebem, podem precisar de 120 litros, de uma só vez! Ainda fica 
uma dica: na dúvida, escolha sempre um camelo a um dromedário! Os camelos são mais 
calmos e dosséis e ainda aprendem a parar, caso a carga que estejam carregando caia de suas 
costas!
 
 A tirinha ainda ressalta um ponto importante, que é a falta de adaptação de muitos 
animais ao ambiente restrito do zoológico. Tal instituição pode, muitas vezes, ser bastante 
atrativa para nós, seres humanos, mas pode ser prejudicial aos animais que lá habitam, longe 
do ambiente no qual deveriam estar, cercados de grades e com a alimentação controlada...
24
Instituto Aprenda.bio
A borboleta
25
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, metamorfose, insetos
 Alguns seres vivos passam por um severo processo de transformação ao longo de 
seu desenvolvimento conhecido como metamorfose. As borboletas, famosas por sua bele-
za e leveza também passam por este complicado processo, evidenciando que nem sempre 
foram capazes de voar com esplêndida graciosidade.
 
 Após o acasalamento, a fêmea busca uma folha protegida para depositar seus ovos, 
que variam de tamanho, forma e cor de acordo com a espécie. Quando saem de seus ovos, 
estes artrópodes se encontram em uma fase larval e então são conhecidos como lagartas.
 
 Estas lagartas apresentam uma fome voraz. Consomem todo o vegetal que encontram 
pela frente, pois precisam se alimentar e acumular energia para a próxima fase. A regulação 
de quando e quanto comer é executada por hormônios e, quando há a sinalização para parar, 
as lagartas procuram um local protegido (como um galho mais resistente) e se enrolam com 
diversas camadas de uma capa protetora.
 
 As crisálidas, ou pupas, se enrolam em um fio produzido por uma secreção salivar que 
transforma-se em sólido quando em contato com o ar. Muitas indústrias têxteis utilizam-se 
deste material.
 
 As borboletas adultas saem de seu casulo quando a metamorfose está completa, porém 
antes de voar, ainda devem esperar algumas horas, para que suas asas, ainda dobradas e úmi-
das, possam garantir sua aerodinâmica.
26
Instituto Aprenda.bio
Aula de anatomia
27
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Fisiologia Humana, anatomia, órgãos, 
músculos, circulação sanguínea, veias, artérias
 O coração é um órgão essencial para o funcionamento da circulação sanguínea da 
maioria dos animais, inclusive dos seres humanos. Ele localiza-se protegido em nossa caixa 
torácica, sob o osso esterno, deslocado ligeiramente para o lado esquerdo do corpo. Por ser 
um órgão oco e extremamente contrátil e musculoso, é capaz de bombear todo o sangue, 
fazendo com que este circule até nas áreas mais remotas do todo o corpo. Como em todosos mamíferos, nosso coração tem quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos, ligados a 
diferentes vasos sanguíneos que colaboram com a entrada e a saída de sangue.
 
 As artérias, com maior calibre, colaboram mantendo a pressão sanguínea elevada, o 
que garante um fluxo sanguíneo contínuo. Estes vasos são responsáveis por levar o sangue 
do coração para os pulmões ou para a circulação sistêmica. As veias, por outro lado, recebem 
o sangue dos pulmões e de todo o corpo, e o carregar até até o coração. As veias são mais 
delgadas e com diâmetros mais elevados, garantindo a capacidade de receber altas quanti-
dades de sangue.
 
 Cada ser humano possui apenas um coração que, culturalmente é representado por um 
símbolo que pouco tem a ver com seu verdadeiro formato anatômico. Tal símbolo, presente 
nesta tirinha é atribuído a diversas origens, mas a mais aceita atualmente é a representação 
de dois cisnes entrelaçados. Os cisnes são aves monogâmicas que, por muito tempo, foram 
considerados símbolos do verdadeiro amor, também culturalmente relacionado a este órgão 
de nosso corpo. Quando o professor pergunta quantos corações temos, o aluno, aproveitan-
do-se de uma clara ambigüidade na frase, dá uma resposta, no mínimo, inesperada.
28
Instituto Aprenda.bio
Jacaré de carteira?
29
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Sustentabilidade, extinção, curtume 
 Antigamente possuir roupas e acessórios feitos de couro animal era algo luxuoso 
e que comprovava a boa classe social daquele que portava tais suplementos. Hoje temos 
alternativas a esses produtos de origem animal com os diferentes tipos de couro sintético, 
por exemplo; isso sem falar das fibras naturais como o algodão e linho que há tanto séculos 
já estão a nossa disposição. Não podemos esquecer que a obtenção de couro animal provoca 
significativos impactos no meio ambiente e, assim, em nome do “estar na moda”, será que 
vale a pena ficarmos até mesmo expondo alguns animais ao risco de extinção? 
 
 Em um mundo onde se fala cada vez mais em sustentabilidade, devemos refletir para 
consumirmos o mínimo possível de artigos de couro animal. O exemplo do couro de jacaré 
na tirinha é só um. Entre diversos tipos de couro, temos o de serpentes, o de avestruz e o 
bovino.
 
 O couro é a pele curtida de animais, utilizada como material nobre para a confecção 
de diversos artefatos para o uso humano, tais como: sapatos, cintos, carteiras, bolsas, malas, 
pastas, casacos, chapéus, entre outros. Tal processo é realizado em um curtume, com ajuda 
de diversas substâncias químicas artificiais e naturais (como o tanino, extraído de vegetais). 
Após um longo processo de limpeza, retirada de pelos e fixação de proteínas, o material está 
pronto para qualquer uso.
30
Instituto Aprenda.bio
O abelhudo
31
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, insetos sociais, apicultura
 As abelhas são insetos conhecidos como sociais. Vivem em uma colméia, onde 
são dividias em castas e cada casta têm sua função definida frente o funcionamento de toda 
a colônia. Todas visam a funcionalidade e a sobrevivência da colméia, muitas vezes sobre-
pondo sua função ao seu próprio instinto de sobrevivência. Numa colônia, em condições 
normais, existe uma rainha, cerca de 5000 a 100000 operárias e de 0 a 400 zangões.
 
 Ainda quando larva, a rainha já é tratada de um modo diferencial: é criada em um 
alvéolo maior do que os outros, e só recebe geléia real, um composto rico em vitaminas e 
hormônios sexuais. Quando adulta, apresenta quase o mesmo tamanho das operárias, porém 
é a única fêmea da colméia que possui um aparelho reprodutivo desenvolvido.
 
 As operárias, todas fêmeas, são responsáveis pela manutenção da colméia. Depen-
dendo de sua idade e da necessidade de colônia, exercem funções distintas, como limpar os 
alvéolos, nutrir as larvas, produzir cera ou realizar a coleta do néctar.
 
 Os zangões são os indivíduos machos da colônia e são o resultado de ovos não fe-
cundados (por isso a tirinha brinca que estes não tem pai). Eles são maiores e mais fortes 
que as operárias, porém não apresentam nem ferrão e nem órgãos para o trabalho: sua única 
função é fecundar a abelha-rainha, garantindo assim a continuidade da colônia. A fecunda-
ção ocorre durante o “vôo nupicial”. Após cumprir sua missão, os machos são impedidos de 
entrar na colméia e acabam morrendo. Vida fácil?
32
Instituto Aprenda.bio
Conversa de Cobra
33
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, répteis, squamatas
 As serpentes são répteis bastante conhecidos por causa de seu formato corporal 
alongado específico para rastejar e pela ausência de membros anteriores ou posteriores. São 
erroneamente também denominadas de cobras, já que estas últimas representam apenas um 
táxon pertencente a uma família de serpentes peçonhentas, conhecida como Elapidae. A 
naja, comentada na tirinha, é uma representante verdadeira das cobras. 
 
 Outro erro também comum é imaginar que todas as serpentes apresentam veneno; ap-
enas um quarto das espécies é que apresenta peçonha, o nome correto para se utilizar ao se 
tratar de animais que injetam a sua toxina (e não veneno, que é o termo coloquial, no caso). 
 
 A cascavel e a naja, ambas citadas na tirinha, pertencem respectivamente às famílias 
Viperidae e Elapidae, e ambas são peçonhentas. A cascavel possui um chocalho na extremi-
dade da cauda, facilitando seu reconhecimento e as espécies desta serpente presentes no 
Brasil apresentam um tipo de peçonha neurotóxica, que é capaz de paralisar sua vítima e até 
provocar uma parada cardiorrespiratória.
 
 A naja é agressiva e algumas espécies têm a capacidade de elevar grande parte do 
corpo a fim de liberar sua peçonha para se defender de predadores até distâncias de dois 
metros. Além disto, são capazes de dilatar extensões que possuem ao lado do pescoço para 
aumentar seu tamanho corporal, com o objetivo de intimidar ainda mais seu oponente.
34
Instituto Aprenda.bio
Não serve a sopa de 
letrinhas?
35
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Evolucionismo, Surgimento da vida, 
Caldo de Oparin e Haldane
 Foi no século XX que John Burdon Sanderson Haldane (1892-1964) e Aleksan-
dr Ivanovich Oparin,(1894-1980), dois renomados cientistas, formularam a teoria da sopa 
ou caldo primordial. Ambos afirmam que o surgimento da vida ocorreu em um momento 
longínquo, em que as condições atmosféricas da Terra eram bastante diferentes das que te-
mos atualmente. Em um extenso oceano aqui presente, acredita-se que pequenas moléculas 
se combinaram e recombinaram, dando origem a moléculas mais complexas: as substân-
cias orgânicas. Depois disto, estas moléculas orgânicas, por justaposição, originaram os 
polímeros e posteriormente as primeiras células vivas. 
 
 Daqui é fácil imaginar como tal epopéia se segue: estas células competem por ali-
mento, que tende cada vez mais a ficar escasso. Surgem, então, os organismos autótro-
fos, capazes de produzir seu próprio alimento. Com o decorrer do tempo, estes organismos 
unicelulares e simples passam a perceber a vantagem de uma vida em simbiose: nasce o 
rascunho dos primeiros organismos multicelulares. 
 
 O grande porém desta teoria é que até hoje, mesmo com as técnicas mais avançadas, 
ainda não foi possível a reprodução do surgimento de moléculas orgânicas a partir da recom-
binação de moléculas inorgânicas; talvez ainda precisemos de mais tempo para conseguir 
tal feito, ou talvez as condições atmosféricas eram tão distintas que não consigamos jamais 
reproduzir o que ocorreu para que houvesse o surgimento da vida. O fato é que não adianta 
pedir pra sua mãe tentar fazer o caldo primordial! 
36
Instituto Aprenda.bio
Complexo de Golgi
37
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Citologia, organelas, exocitose
 O complexo de Golgi (ou complexo golgiense) é uma organela celular bastante 
importante. É encontrado nas células eucarióticas, tanto vegetaiscomo animais, e sua princi-
pal função é complementar o processo de produção de diversas substâncias produzidas pelo 
metabolismo do retículo endoplasmático, além de garantir a maturação e o armazenamento 
de proteínas ribossomáticas. Justamente por ter a função de armazenamento e secreção, o 
complexo de golgi é formado por uma série de vesículas, que se achatam umas sobre as 
outras.
 
 Quando chega o momento de liberar as substâncias, uma ou mais vesículas são levadas, 
com ajuda de proteínas ancoradoras, até a membrana da célula. Neste momento a membrana 
vesicular e a celular se fundem, realizando a exocitose da secreção em questão. O complexo 
de golgi é uma organela que é encontrada em todas as células, mas é mais desenvolvido em 
células especializadas em secretar substâncias hormonais, como células hipofisárias, tiroi-
deanas e em hepatócitos.
38
Instituto Aprenda.bio
Centopéia.
39
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, artrópodes, quilópodes
 As centopéias, também chamadas de lacraias, são artrópodes da classe Chilopoda 
que se alimentam de vermes, insetos, aranhas e pequenos moluscos. Possuem pinças vene-
nosas nas pernas do primeiro segmento do corpo e, portanto, apesar de simpáticas podem 
ser bastante perigosas. Porém, o que realmente chama a atenção para estes animais é a alta 
quantidade de pares de pernas que podem apresentar, variando de 15 até 190!
 
 A maioria das espécies tem vida noturna, sendo difíceis de encontrar, já que de dia 
permanecem escondidas e entocadas na terra. Habitam regiões tropicais e temperadas do 
planeta, sempre em ambientes úmidos. Isso ocorre devido à falta de uma camada de cera 
sobre o esqueleto externo. Sem essa camada, não há como impedir a perda de água.
 
 Esta tirinha faz alusão ao grande número de patas de tal artrópode, que realmente 
perderia bastante tempo para descalçar todos estes sapatos! 
40
Instituto Aprenda.bio
Esgrima Aquática.
41
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, ictiologia, 
história das Olimpíadas
 O peixe-espada (Trichiurus lepturus) é um peixe cosmopolita que distribui-se em 
águas quentes e temperadas com salinidade entre 33 e 36ppm. São principalmente piscívoros 
(que se alimentam de outros peixes), podendo até praticar o canibalismo, porém cefalópodes 
(polvos e lulas) também podem fazer parte de sua dieta. Tornou-se bastante conhecido por 
causa de sua projeção anterior que remete a uma espada.
 
 Por outro lado a esgrima é um esporte que tem suas origens ligadas às guerras a aos 
combates com espadas. O esporte teve origem na Idade Média, entre os nobres, porém foi só 
no século XVIII que se introduziu as máscaras para proteção. Em 1896, na Grécia, a esgrima 
já passou a fazer parte das Olimpíadas, tornando-se um dos esportes mais tradicionais do 
mundo. 
 
 Porém a piada dos peixes espadas lutando esgrima acaba por aqui, pois atualmente os 
esgrimistas não utilizam mais espadas e sim uma ferramenta semelhante cujo nome é florete 
ou sabre. Sendo assim, não se confundam!
42
Instituto Aprenda.bio
Morgan e as Drosophilas
43
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Mendel, genética, mapas de ligação, 
segregação de genes
 
 Ao estudar genética, é impossível não citar o nome de Gregor Mendel, que a par-
tir de seus estudos com ervilhas, possibilitou posteriormente, no inicio do século XX, que 
estudiosos e cientistas caracterizassem um padrão de distribuição de características, viabili-
zando a elaboração de duas famosas leis que acabam recebendo o nome de Leis de Mendel. 
Porém, a comprovação de que este padrão correspondia à distribuição dos genes e que estes 
genes, na verdade, se localizavam nos cromossomos, foi possível através, principalmente, 
do estudo de Morgan e sua equipe, com base nas pequenas moscas-de-fruta, ou Drosophilas 
melanogaster.
 
 Estes estudos foram iniciados em 1908 e possibilitaram não só o entendimento sobre 
a distribuição linear dos genes ao longo do cromossomo, como esclareceram um aspecto 
bastante importante: a herança ligada ao X, explicando uma série de diferenças na herança 
genética entre machos e fêmeas. Em 1933 recebeu o Prêmio Nobel de fisiologia e medicina 
justamente por estas descobertas. Seu nome é conhecido até hoje, já que também foi respon-
sável pelos primeiros estudos de ligação e mapeamento gênico. 
44
Instituto Aprenda.bio
E agora, Lineu?
45
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, Sistemática,
 mamíferos, cladogramas
 Até o século XVIII, a categorização dos seres vivos que habitavam nosso planeta 
era bastante nebulosa. Foi então que surgiu uma figura memorável: Carlos Lineu, sueco, 
nascido em 1707. Esta figura consagrou-se médico, zoólogo e botânico e apresentava ver-
dadeira curiosidade pela diversidade de seres vivos que habitavam nosso planeta. Fascinado 
por organização e pelo latim, inventou um sistema binominal de classificação dos seres 
vivos em que cada um recebe dois nomes (geralmente em latim ou grego) para ser reconhe-
cido. Este sistema binomial é vigente até os dias de hoje e garante que cientistas ao redor do 
mundo possam utilizar o mesmo nome, independente da língua que falam, para o mesmo ser 
vivo.
 
 Orgulhoso de sua idéia, Lineu mudou até seu nome para o latim, passando a ser recon-
hecido como Carolus Linnaeus. Hoje em dia, muitas das espécies classificadas ainda rece-
beram o nome diretamente de Lineu, que por tudo isso, é considerado o pai da sistemática.
 
 Por outro lado, temos o ornitorrinco: um animal muito difícil de ser classificado. O 
Ornithorhynchus anatinus (repare no sistema binominal!) é um mamífero, pertencente ao 
táxon dos Monotremados. Isso significa que a fêmea amamenta seus filhotes através do leite 
que é produzido por seu corpo e armazenado em suas mamas. Porém, estes animais não dão 
a luz a seus filhotes mas põem ovos, assim como as aves; para piorar possuem um bico ex-
tremamente semelhante ao dos patos.
 Por sorte de Lineu, este mamífero exótico vive apenas em remotas regiões da Aus-
trália e na Ilha da Tasmânia, reduto de outros animais, de certa forma, incomuns. O que será 
que Lineu teria feito se visse algo como um onitorrinco?
46
Instituto Aprenda.bio
A ameba
47
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Microbiologia, protozoários, 
evolução, fagocitose
 Ameba é o nome popular que se dá aos protozoários pertencentes a um táxon 
específico, conhecido como Sarcodina. Os sarcodinos são microorganismos unicelulares, 
eucariontes e possuem locomoção (como todo bom protozoário!), mas têm entre si mais 
uma semelhança: possuem pseudópodes – prolongamentos da própria célula - para se movi-
mentar.
 
 Estes pseudópodes se formam a partir da movimentação que ocorre do fluído interno 
da célula e garantem às amebas um aspecto bastante variável que, muitas vezes, acaba sendo 
estranhos aos nossos olhos, acostumados com a simetria. 
 
 Estes organismos podem habitar ambientes terrestres, úmidos e aquáticos, e cos-
tumam se alimentar de outros microorganismos de porte inferior. A alimentação ocorre por 
fagocitose, onde os pseudópodes exercem papel fundamental para englobar tal alimento. 
Pode-se também ressaltar que algumas espécies podem ser parasitas do corpo humano, po-
dendo, entre outras coisas, ocasionar disenteria.
 
 Apesar de a reprodução ser assexuada, ocorrendo através de mitoses, sua capacidade 
de adaptação ao ambiente em nosso planeta é louvável, afinal sabe-se que os protozoários 
são os organismos eucariontes mais antigos de que se tem registro.
48
Instituto Aprenda.bio
Jabuti sem teto! 
49
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, répteis, quelônios.
 Dentre os mais variados répteis existentes, uma ordem que nos chama atenção 
são os quelônios. Representados pelos jabutis, cágados e tartarugas são muitas vezes er-
roneamente classificados. As tartarugas, mais famosas da família, sãoapenas exemplares 
marinhos, enquanto que os terrestres são os jabutis e os de água doce são os cágados. 
 
 O que os três grupos têm em comum é a presença de placas ósseas dérmicas em toda 
a região torácica, que a protege em momentos inoportunos, já que elas podem recolher sua 
cabeça e membros para dentro de tal escudo. Ele é formado por duas partes: uma dorsal (a 
carapaça) e outra ventral, conhecida como plastrão.
 
 Tal tirinha nos traz apenas uma visão divertida sobre estes espécimes já que as placas 
ósseas dérmicas são fundidas com o esqueleto destes animais, o que torna inviável a retirada 
de sua carapaça enquanto viva! Além disto, tal escudo pode até ser conhecido como a casa 
destes animais, mas cada espécie possui seu refúgio específico em seu habitat natural, como 
por exemplo entocados entre as folhagens e em tocas na terra. 
50
Instituto Aprenda.bio
Conversa Atômica
51
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Química, física, eletrólise, 
eletricidade, tabela periódica
 Foi o filósofo e matemático francês Pierre Gassendi (1592-1655) o primeiro a 
afirmar que as moléculas eram todas constituídas de partes menores, porém invisíveis e 
indivisíveis. Porém foi com Leucipo de Mileto (460-370 a.C.), na Grécia que nasceu o con-
ceito do átomo, que em grego, significa sem divisão (rigorosamente a = não e tomo = parte). 
Entretanto, Rutherford em seu trabalho, descobre que este átomo ainda é composto por 
partículas menores: os elétrons e os prótons. E finalmente James Chadwick, físico britânico 
e colega de trabalho de Rutherford, descobre a terceira e última partícula subatômica, con-
hecida como nêutron.
 
 O átomo é constituído de um núcleo, composto por prótons e nêutrons, e por uma 
região em volta deste, chamada de eletrosfera. Nesta eletrosfera permanecem os elétrons, 
que são partículas de carga negativa, que constantemente ficam se movimentando e girando 
ao redor do núcleo.
 
 Como já colocado, no núcleo, encontramos os nucleons: os prótons de carga positiva 
e os nêutrons, com uma ausência de carga. Em termos de carga, cada próton equivale a um 
elétron e, garantindo a estabilidade atômica, todos os átomos (neutros) apresentam o mesmo 
número de prótons e elétrons, porém a relação das massas destes compostos é bastante 
desigual. A massa de 1 próton ou 1 nêutron é cerca de 1630 vezes maior do que a massa de 
1 elétron! Estas partículas positivas andam meio pesadinhas, não? 
52
Instituto Aprenda.bio
O Alface e a fotossíntese
53
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Autotrofismo, heterotrofismo, cadeia 
alimentar, fotossíntese
 A fotossíntese que, ao pé da letra, significa síntese a partir da luz, é um processo 
realizado por organismos clorofilados e autótrofos. As plantas superiores que compõe o re-
ino vegetal constituem o exemplo mais conhecido, porém outros organismos, como algas, 
em especial as microscópicas, também podem realizar tal façanha de produzir uma reserva 
energética através da absorção de alguns comprimentos de onda luminosos.
 
 A energia luminosa é transformada em energia química através do processamento de 
alguns compostos, como a água e o gás carbônico. Como resultado, tem-se a formação de 
um carboidrato (a glicose), algumas moléculas de água e o gás oxigênio.
 
 
 A fotossíntese é a base de várias cadeias alimentares de nosso planeta, justamente por 
conseguir fixar e transformar a energia proveniente do sol. Os organismos heterótrofos (que 
não são capazes de produzir as próprias reservas energéticas), por sua vez, têm de se ali-
mentar de outros heterótrofos ou dos próprios autótrofos, para poderem captar energia para 
sobreviver. 
54
Instituto Aprenda.bio
Conversa entre músculos
55
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Fisiologia Humana, histologia, 
 tipos celulares 
 A morfologia e a fisiologia humana são extremamente interessantes e complexas. 
Nossos músculos são divididos em dois grandes grupos, de acordo com as características 
exibidas pelas células que os compõem: músculo estriado e músculo liso. Os músculos 
estriados são compostos por células multinucleadas, alongadas e que recebem este nome, 
justamente por apresentarem duas proteínas organizadas em blocos, dando a aparência es-
triada a estas células. Estas proteínas (actina e miosina) são responsáveis pela movimenta-
ção destes músculos, já que deslizam perfeitamente uma sobre a outra no momento que o 
músculo recebe o comando para a contração. O movimento destes músculos é controlado de 
maneira voluntária.
 
 Diferentemente, o músculo liso é composto por células fusiformes que não tem esta 
organização protéica aparente. Além disso, a contração destes músculos apenas ocorre in-
voluntariamente. Diferentemente dos músculos estriados, que são comuns em nossos mem-
bros e abdome, os músculos lisos são constituintes de nossos órgãos viscerais e dos nosso 
vasos, afinal não temos que pensar em contrair nossos intestinos!
 
 A tirinha acima justamente faz alusão a estas típicas estrias presentes no músculo es-
triado, comparando-as com aquelas estrias que são o terror das mulheres: estas estrias são, 
na verdade conseqüência de rompimentos de fibras elásticas e do comprometimento de co-
lágeno. Ficam evidentes na superfície epidérmica, criando problemas estéticos. É evidente 
que ambas as estrias só têm em comum o nome.
56
Instituto Aprenda.bio
Mosca Atriz
57
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, artrópodes, insetos
 Os inseticidas são agentes, ou formulações, destinados a matar os insetos. Podem 
agir de diferentes maneiras. Alguns necessitam ser ingeridos, pois matam através do con-
tato estomacal, outros necessitam apenas do contato externo ao corpo e outros, comumente 
fumigados, precisam entrar em contato com o sistema respiratório destes. Todo inseticida, 
em sua formulação, apresenta algum perigo a nossa saúde, quando utilizado incorretamente. 
Por isso os inseticidas caseiros, apesar de semelhantes aos industriais, apresentam concent-
rações mais baixas.
 
 Porém, atualmente, muitos produtos parecem mais eficazes contra nós mesmos do 
que contra alguns insetos. É possível que, com o uso indiscriminado, tenhamos acidental-
mente selecionado aqueles insetos mais resistentes e que, atualmente, as baixas doses destas 
substâncias não sejam capazes de eliminá-los. Por outro lado, seria um risco à nossa saúde 
aumentar ainda mais as doses destes agentes perigosos. Parece que a solução, em muitos 
casos, é voltar a contar com a famosa chinelada...
58
Instituto Aprenda.bio
Morcego cego! 
59
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, mamíferos, evolução
 Os morcegos são mamíferos da classe Chiroptera, e possuem asas em seus mem-
bros anteriores, adquiridas ao longo de um extenso processo de evolução. Estas asas é que 
garantem a capacidade de voar, única entre todos os mamíferos existentes e são formadas 
por uma membrana que une 4 dos 5 dedos de cada membro anterior.
 
 Estes espécimes únicos têm hábitos noturnos ou crepusculares, sendo capazes de se 
orientar emitindo sons de alta freqüência, capacidade conhecida como ecolocalização. Além 
disto, são presentes em quase todo o globo, apenas não sendo encontrados nos pólos, onde 
o frio é extremo.
 
 Ao contrário do que se pensa, nem todos os morcegos são hematófagos (que se ali-
mentam de sangue). As espécies hematófagas se concentram apenas na América do Sul 
e representam uma minoria, já que temos morcegos, insetívoros, piscívoros, carnívoros, 
frugívoros, polinívoros, ranívoros, folívoros e onívoros.
 
 Infelizmente o sistema de ecolocalização do morcego de nossa tirinha, com certeza 
hematófago, deveria estar com um sério problema, pois quando os sons de alta freqüência 
por ele emitido batem em algum obstáculo, o eco refletido deveria ter sido suficiente para 
fazê-lo desviar de qualquer obstáculo! 
60
Instituto Aprenda.bio
Consumo Insustentável!
61
Instituto Aprenda.bioTermos relacionados: 
 
 Sustentabilidade, ecologia, 
 síndrome narcisista 
 Infelizmente a sociedade atual é muitas vezes categorizada pelos mais influentes 
psicólogos como uma sociedade narcisista. Narciso, segundo a lenda grega, era um jovem 
de singular beleza que pouco se importava com os sentimentos alheios. Desprezava o amor 
que muitas jovens nutriam por ele e, quando viu sua imagem refletida em um corpo d’água, 
se apaixonou por si mesmo, e ali permaneceu até consumir-se.
 
 É exatamente o que vemos acontecer em nossos dias: muitas vezes a beleza e o sta-
tus momentâneo são mais valorizados do que a sustentabilidade de nosso planeta. Apesar 
de ser bastante divulgado que nosso individualismo e antropocentrismo provocarão sérias 
conseqüências na estabilidade do planeta, pouco se vê de alterações palpáveis neste quadro. 
Muitos ainda valorizam o seu bem estar em detrimento ao resto do mundo e das demais es-
pécies do planeta.
 
 O problema é que, como Narciso, provavelmente vamos acabar deteriorando, e as 
previsões acerca deste deterioramento não são as melhores: temos pouco tempo para tomar 
consciência e promover ações que revertam este quadro crítico no qual colocamos o nosso 
próprio planeta.
62
Instituto Aprenda.bio
Fecundação
63
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Embriologia, reprodução humana, 
 Educação sexual 
 A fecundação é o nome que se dá para uma série de eventos que ocorrem quando 
há a junção de um óvulo e um espermatozóide, com o objetivo de originar um novo organis-
mo. No momento da ejaculação, o homem libera milhares de espermatozóides – suas células 
de reprodução - capazes de nadar de maneira ágil até o encontro do óvulo em questão. Esta 
agilidade é garantida por sua cauda, que realiza movimentos hidrodinâmicos e apresenta di-
versas mitocôndrias, que colaboram com a obtenção de energia. Esta cauda só é útil durante 
o transporte e não adentra o óvulo no exato momento da fecundação.
 
 De todos estes espermatozóides, que são as menores células do corpo humano, cerca 
de 300 a 500 é que chegam às proximidades da localização deste óvulo.
 
 O que é fascinante, entretanto, é que apenas um é capaz de adentrar o óvulo, pois após 
este acontecimento, a polaridade deste óvulo muda, tornando-o impermeável para todos os 
outros espermatozóides que chegarem depois. Desta forma, evita-se que haja a fecundação 
por mais de um espermatozóide, o que originaria um organismo com informação genética 
em demasia.
64
Instituto Aprenda.bio
Não é girino, não!
65
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Platelmintos, invertebrados,
 regeneração, zoologia 
 Muito conhecidas, por sua constante presença em livros didáticos, as planárias 
são apenas uma das varias espécies de vermes achatados que existem. Estes vermes recebem 
o nome de platelmintes (ou platelmintos), e assim são chamados, pois em grego platy sig-
nifica achatado e helminth, verme. 
 
 As planárias são vermes não parasitas, habitando locais com abundância de água 
ou, no mínimo, úmidos. Sua circulação interna de nutrientes depende exclusivamente da 
difusão célula a célula, e seu sistema digestório é bastante rudimentar e incompleto. Ex-
istem planárias de diversos tamanhos, porém é mais fácil encontrarmos aquelas que chegam 
atingir apenas 2cm, em média.
 
 Ainda é importante dizer que estes animais possuem uma impressionante capacidade 
de regeneração. Por exemplo, ao se realizar cortes longitudinais, separando seu corpo to-
talmente em lado esquerdo e direito, duas planárias-filhas acabarão por surgir e sobreviver 
muito bem.
66
Instituto Aprenda.bio
Antártida
67
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Aquecimento global, 
derretimento de calotas polares, biogeografia
 A Antártida é um continente de 14 milhões de Km2, localizado em volta do pólo 
sul de nosso planeta. É cercado pelo Oceano Antártico, que fica entre o Oceano Pacífico e 
o Atlântico. Por causa do oceano que o cerca, o nome do continente ainda hoje traz dúvidas 
para diversas pessoas. Esta região é acometida por baixíssimas temperaturas ao longo do 
ano inteiro, além de ventos intensos que açoitam quase que ininterruptamente. Coberto de 
gelo, o continente em questão é uma localidade extremamente desfavorável para a vida, 
porém algumas espécies animais, como focas e pingüins, conseguiram se adaptar relativa-
mente bem. Mas em compensação o oceano que o cerca é rico produtividade e responsável 
por grande parte da matéria orgânica oceânica total.
 
 Porém, a Antártida vem sendo abordada amplamente na atualidade justamente por 
causa do aquecimento da temperatura global. Este aumento, provocado pela crescente inten-
sificação do efeito estufa, acaba por derreter as calotas polares formadas através de milhões 
de anos de frio intermitente. O derretimento faz com que os icebergs se desprendam do 
continente e transformem-se em água, ocasionando conseqüências drásticas para o conti-
nente e para as espécies animais que nele habitam. Diversas pesquisas, inclusive, apontam 
que se não houver mudanças no quadro climático do mundo, muitas cidades litorâneas ao 
redor do globo correm riscos, já que este derretimento pode causar uma elevação dos níveis 
oceânicos por todo o planeta.
68
Instituto Aprenda.bio
Plutão
69
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Astronomia, Sistema Solar, Espaço, 
Universo, Planetas
 Desde o dia 24 de agosto de 2006 o Sistema Solar voltou a ter somente oito plan-
etas. Isso foi devido à mudança de classificação que diz respeito a Plutão: o nono e mais dis-
tante planeta do sistema passou a ser reconhecido como planetóide (ou planeta anão) e seu 
tamanho não foi o que efetivamente ocasionou esta decisão, apesar de sua massa ser menor, 
inclusive, do que a da nossa lua.
 
 Para ser considerado planeta, o corpo celeste deve ser o objeto dominante em sua 
órbita e o objeto dominante na órbita de Plutão ainda é Netuno, um planeta 20 vezes maior. 
Juntamente com Plutão, outros corpos celestes esféricos não dominantes em suas órbitas 
fazem parte desta lista de planetas anões: Caronte, Ceres e Xena, por exemplo. Mike Brown, 
que descobriu o Xena em 2005 diz-se feliz por ter colaborado com o surgimento desta dúv-
ida que levou os astrônomos a elaborar uma nova classificação.
 
 Clyde Tombaugh, um norte americano, foi quem descobriu Plutão em 1930. Na épo-
ca, as estimativas em relação ao seu verdadeiro tamanho foram extremamente equivocadas e 
hoje em dia percebe-se que nunca deveríamos tê-lo classificado como um planeta. Portanto 
o idoso planeta Plutão acaba por morrer aos 76 anos de idade!
 
 A tirinha ainda faz alusão aos anéis que circundam o quinto planeta do sistema solar, 
Saturno. Este planeta é o segundo maior do nosso sistema, perdendo apenas para Júpiter e é 
conhecido por ser um corpo gasoso e apresentar anéis ao seu redor, formados por aglomera-
ções de poeiras cósmicas. Estes anéis, obviamente, não têm ligação alguma com o romance 
fictício escrito por J.R.R. Tolkien intitulado “Senhor dos Anéis”.
70
Instituto Aprenda.bio
O novo vizinho
71
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, evolução, sinapses elétricas
 Os peixes, por habitarem os mais diversificados ambientes aquáticos, puderam se 
desenvolver e evoluir de forma extraordinariamente diversificada e variada. Justamente por 
isso, encontramos inúmeras adaptações e peculiaridades dentre as diversas espécies exis-
tentes; pode-se citar o caso dos peixes elétricos como um dos mais curiosos e interessantes. 
Em nosso país, podemos encontrar estes exemplares em diversas regiões, mas veremos uma 
maior concentração principalmente na bacia Amazônica.
 
 Estes animais sofreram uma modificação na musculatura nas laterais do corpo, tor-
nando-os capazes de armazenar energia elétrica. O que ocorre é que para que haja qualquer 
contração muscular, as informações devem ser transmitidasaos músculos através de im-
pulsos elétricos conhecidos como sinapses. No caso destes peixes, em específico, a sinapse 
elétrica é transmitida até os músculos laterais do corpo, mas ao invés de ser traduzida como 
movimentação, ela é armazenada ainda como eletricidade.
 
 Em um momento de contato, estes peixes podem gerar uma descarga elétrica, paral-
isando outros animais a sua volta. O Poraquê amazônico, por exemplo, pode dar descargas 
de 600 volts, o que para organismos de pequeno e médio porte pode ser extremamente fatal!
72
Instituto Aprenda.bio
Hemácia multada
73
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Fisiologia humana, hematologia, sistema 
circulatório, sistema respiratório
 Hemácias, eritrócitos, ou glóbulos vermelhos, são células sanguíneas sem núcleo 
e sem organelas. Elas estão presentes em nosso sangue por toda a circulação e, em condições 
normais, podemos encontrar cerca de 6 milhões por milímetro cúbico! Em sua constituição 
apresentam a hemoglobina, que é composta por quatro moléculas protéicas ligadas a um 
grupamento férrico. Sua função é o transporte de oxigênio aos tecidos variados. Cada eritró-
cito vive aproximadamente 120 dias, sendo posteriormente substituído.
 
 Como estas células estão em constante circulação pelos vasos sanguíneos, a tirinha 
em questão faz alusão ao tráfego rodoviário; a hemácia por não ter visto a plaqueta (que 
pode ser entendida como um fragmento de célula sanguínea ou como uma placa sinaliza-
dora) acabou sendo multada!
 
 As plaquetas, como já dito, são fragmentos de uma célula sanguínea maior, formada e 
gerada na medula óssea. Podem também ser conhecida como trombócitos e têm a função de 
colaborar para que ocorra a coagulação sanguínea em caso de lesões ou pequenos machuca-
dos.
74
Instituto Aprenda.bio
O polegar opositor
75
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Evolução, primatas
 Todos os primatas apresentam uma série de características em comum que con-
tribuíram de forma singular para seu sucesso evolutivo. Uma das características mais mar-
cantes deste taxa é a disposição em ângulo de 90° do seu quinto dedo em relação aos outros 
quatro de suas patas anteriores (comumente chamadas de mãos). 
 
 O fato de o polegar poder ser eficientemente girado contra os outros dedos garantiu 
que estes animais fossem capazes de se pendurarem mais eficientes em galhos de árvores, 
assim como pegar agarrar objetos de diversos tamanhos, manipulando-os com mais sofisti-
cação e garantindo maior capacidade de executar movimentos finos. A tirinha ilustra que em 
despeito destas diversas vantagens apresentadas em decorrência a esta característica única, 
o polegar opositor ainda pode apresentar ínfimas desvantagens. 
76
Instituto Aprenda.bio
Príncipe ou girino?
77
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, metamorfose, anfíbios, girinos
 Metamorfose é o nome que se dá a um processo de modificação anatômica par-
cial ou completa de um organismo. No caso de uma metamorfose completa, as diferenças 
entre os estágios de vida do ser vivo se mostram extremamente acentuadas, como o exemplo 
da transformação dos anfíbios, representadas nesta tirinha.
 
 A primeira fase da vida destes animais ocorre obrigatoriamente na água, pois seu siste-
ma respiratório é branquial e sua anatomia é adaptada ao ambiente aquático, apresentando 
ausência de membros anteriores e posteriores e presença de uma cauda longa. Esta forma é 
comumente conhecida como girino.
 
 A metamorfose dura cerca de 11 semanas e, durante este período, ocorre a regressão 
da cauda e o desenvolvimento dos quatro membros que o sustentarão no ambiente terrestre. 
Após a transformação, o adulto pode habitar neste ambiente, como se observa em várias 
espécies de pererecas e sapos, porém as salamandras e algumas rãs permanecem vivendo no 
ambiente aquático. Mesmo as espécies que habitam solo firme não podem se afastar muito 
do ambiente aquático, pois sua pele fina não protege o anima contra a perda de água.
 
 As transformações aqui exemplificadas vêm também explicar o porquê do nome An-
fíbio, pois em grego, anfi significa dois e bio, vida. Logo se tratam de animais que vivem 
tanto em ambiente aquático, quanto em terrestre. Porém a parte em que um sapo vira prín-
cipe, infelizmente, é só lenda!
78
Instituto Aprenda.bio
Tricotando uma conversa…
79
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Esterilidade, genética, 
cruzamento interespecífico
 Em 2007 um fazendeiro brasileiro surpreendeu diversos pesquisadores rurais ao 
apresentar para a mídia um filhote, resultado de um cruzamento de ovelha e bode. Segundo 
o próprio dono da fazenda, a ovelha decidiu investir na relação com o bode e ninguém con-
seguiu dissuadi-la, nem mesmo o carneiro presente na região.
 
 O filhote, perfeitamente saudável, infelizmente é estéril. Tal fato se dá pela diferença 
no número cromossômico das duas espécies já que o bode apresenta 2n = 60 e a ovelha 2n = 
54. Portanto o tal “ovelhode” não conseguirá ser capaz de promover meiose de suas células 
já bastante alteradas, não produzindo nenhum tipo de gameta viável. 
80
Instituto Aprenda.bio
Peixe palhaço 
81
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, ictiologia, ecologia, 
 adaptações evolutivas 
 Os peixes-palhaço são todos espécimes da família Pomacentridae e são assim 
conhecidos pela sua forte coloração que alterna tons de laranja com listras brancas e faixas 
azuladas. Outro nome comum a estes peixes é o de Peixes da Anêmona, isto porque este 
peixe é atraído por substâncias químicas que as anêmonas liberam, permanecendo sempre 
próximos a sua companhia.
 
 Porém a anêmona possui tentáculos que liberam um poderoso veneno que queima e 
paralisa os peixes, para em seguida, devorá-los. A maioria dos peixes tem um destino cruel 
quando se aproxima das anêmonas, mas este não é o caso dos peixes-palhaço, que possuem 
um muco protetor que os recobre e que garante que não haja a ativação da liberação do 
veneno dos terríveis tentáculos. 
 
 Desta forma, têm-se uma perfeita parceria: quando ameaçados, os peixes-palhaço 
podem se refugiar por entre as anêmonas, atraindo assim um bom alimento para estas!
82
Instituto Aprenda.bio
A Cadeia Alimentar
83
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Ecologia, níveis tróficos, 
obtenção de energia
 Cadeia Alimentar é o termo usado para definir o percurso que é realizado pela 
matéria ou pela energia, através de diversos organismos presentes em um mesmo ecos-
sistema. Estes organismos são classificados de acordo com a sua fonte principal de alimen-
tação, sendo:
 Os produtores aqueles que conseguem sintetizar seu próprio alimento através da 
captação de energia solar. Os consumidores aqueles que obtêm energia alimentando-se de 
produtores (consumidores primários) ou de outros consumidores (secundários, terciários...).
 Os decompositores aqueles que, como o nome já esclarece, decompõem a matéria, 
permitindo a ciclagem desta mesma. Assim, nenhum ser vivo pode se manter sem participar 
de alguma cadeia alimentar, e a junção e ou sobreposição de algumas cadeias distintas ori-
gina o que chamamos de teia alimentar.
84
Instituto Aprenda.bio
Carnívora?
85
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Botânica, convergência evolutiva, 
compostos nitrogenados
 As plantas carnívoras são plantas que geralmente habitam locais onde encon-
tram bastante adversidade para extrair do solo as substâncias necessárias para a síntese das 
moléculas de clorofila, como por exemplo, os nitratos.
 
 Para resolver este problema, elas desenvolveram uma série de adaptações ao longo 
da evolução, que garantem a captura de insetos que podem, após sua digestão parcial, por 
enzimas variadas, lhes doar estes tão preciosos compostos nitrogenados. Estes compostos 
são originários de toda a composição protéica destes insetos.
 
 A maioria é natural de regiões tropicais, porém existemespécies típicas das regiões 
temperadas. Vale ressaltar que entre as várias famílias existentes, há tantas diferenças acerca 
do modo de reprodução, que se acredita que vários grupos distintos acabaram convergindo 
para uma mesma solução evolutiva. 
 
 A tirinha se trata de uma brincadeira, pois nenhuma planta carnívora sobreviveria sem 
ingerir insetos.
86
Instituto Aprenda.bio
Radicais livres
87
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Fisiologia humana, respiração, 
vitaminas, antioxidantes
 Quando escutamos o termo radicais livres não devemos nos assustar, pois isso 
não significa necessariamente uma fuga em massa de elementos perigosos da prisão! Rad-
icais livres são moléculas que são naturalmente produzidas ao decorrer de nosso processo 
respiratório. De todo o oxigênio inspirado por um ser humano, de 2 a 5% se converte em 
radicais livres, e estas moléculas não são, por si só, maléficas: em quantidades normais, 
estas mesmas moléculas que apresentam um elétron ímpar em sua órbita externa são funda-
mentais para combaterem vírus e bactérias que adentram o nosso organismo.
 
 O problema está é na quantidade de radicais livres presentes em nosso corpo: quando 
passamos a produzi-los em excesso, não conseguimos produzir enzimas o suficiente para 
neutraliza-los e este acúmulo acaba fazendo com que tais radicais livres danifiquem as cé-
lulas saudáveis, podendo desencadear as mais diversas patologias. Este processo leva à de-
generação das células de nosso sistema.
 
 A solução para tal problema, entretanto, é mais simples do que parece: as vitami-
nas presentes em frutas, legumes, verduras e óleos são capazes de se combinar com es-
tes radicais livres, neutralizando-os. Tais substâncias, por isso, são comumente conhecidas 
como antioxidantes, pois não permitem que estes mesmos radicais livres oxidem as células 
saudáveis de nosso organismo. Porém, não é a ingestão de um tipo de alimento que garante 
a resolução pra tal problema. Junto a uma dieta saudável, devem-se acrescentar exercícios 
físicos, uma vida balanceada e evitar locais poluídos em demasia.
88
Instituto Aprenda.bio
Mudança Climática!
89
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, parasitologia, ectoparasitas
 As pulgas são insetos ectoparasitas que podem se alimentar do sangue de mamífe-
ros e de aves. Elas dependem do hospedeiro não apenas para a alimentação, bem como para 
a proteção. Para aumentar a capacidade de infestar de novos hospedeiros, as pulgas possuem 
capacidade considerável de se locomover através de grandes saltos. Estas são capazes de 
saltar um metro de distância, o que seria o equivalente a um homem conseguir saltar 100 
metros!
 
 Além de parasitar, de maneira externa, cães, gatos, e outros animais domésticos, tam-
bém podem ser encontradas em nós, humanos, bem como funcionar como vetores de outros 
parasitos, favorecendo a disseminação de patologias como o tifo ou a peste bubônica.
 
 Com certeza, uma das melhores maneiras de manter estes hóspedes indesejáveis longe 
de nossas casas é garantir que os animais de estimação sejam constantemente banhados com 
o auxílio de um xampu anti-pulgas, tanto em casa, quanto no pet-shop mais próximo; se nem 
o xampu der conta, os poderosos secadores poderão auxiliar, não acham?
90
Instituto Aprenda.bio
Gripe Suína
91
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Pandemia, epidemia, gripe suína, vírus 
 Em 2009, o mundo se deparou com mais uma pandemia, comumente conhecida 
como Gripe Suína. Pandemia é a definição que se tem para uma doença (geralmente trans-
missível) que atingiu grande parte da população em uma cidade, estado, país ou até em todo 
o planeta.
 
 A Gripe Suína, também designada como gripe A, é uma variante de uma gripe que 
surgiu, inicialmente, no México. Esta gripe se espalhou por todo globo em uma velocidade 
impressionante, começando pela América do Norte e posteriormente atingindo a Europa a 
Oceania e a América do Sul. 
 
 O vírus causador de tal doença é o Influenza A subtipo H1N1, e contém DNA típico 
de viroses aviários, suínos e humanos. Os sintomas são febre, tosse e dor de cabeça e mus-
culares, além de irritações nos olhos e acentuado fluxo nasal. Até o fim de Abril de 2009, a 
OMS (Organização Mundial de Saúde) já tinha casos registrados em mais de 75 países de 
diversos continentes.
92
Instituto Aprenda.bio
Ruminando os pensamentos!
93
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, mamíferos, agropecuária, 
sistema digestório
 Dentre uma incrível diversidade de mamíferos herbívoros que encontra-
mos ao redor de nosso planeta, um grupo específico chamado de ruminante chama 
nossa atenção por sua maneira distinta de realizar a digestão. Justamente por esta ex-
centricidade é que estes animais parecem estar sempre mastigando um chiclete.
 
 Seu processo de digestão ocorre em fases, passando por diferentes locais de 
um sistema digestório altamente adaptado, dividido em quatro cavidades: rúmen, retí-
culo, omaso e abomaso. Quando a comida é, pela primeira vez, engolida, ela é direcio-
nada para o rúmen e para o retículo, onde bactérias e protozoários secretam enzimas ca-
pazes de decompor a celulose, este rico e resistente polissacarídeo. Como a celulose é 
difícil de ser quebrada, o bolo alimentar é regurgitado por uma série de contrações que 
se assemelham àqueles que ocorrem no vômito. Novamente na boca, o alimento é lon-
gamente mastigado para triturar as fibras vegetais que voltam ao rúmen e ao retículo. 
 
 Após ocorrido este processo algumas vezes, a polpa ou a massa alimentar passa para 
o omaso, onde os produtos da digestão microbiana serão assimilados pelo ruminante, jun-
tamente com a água e outros compostos solúveis. O restante passa para o abomaso onde 
enzimas são secretadas capazes de digerir proteínas, que será então incorporada pelo animal 
Este processo é necessário para que se consiga o máximo de absorção de nutrientes que vêm 
dos vegetais. Portanto, o hábito de estarem continuamente mastigando, nada mais é do que 
uma ajuda mecânica à digestão química que ocorre em suas diversas cavidades estomacais.
94
Instituto Aprenda.bio
Pseudofruto?
95
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Botânica, angiospermas, 
reprodução, sementes
 Quando olhamos para um cesto de frutas, nem sempre percebemos que as frutas 
que ali estão podem não ser tão frutas quanto parecem! Os frutos são estruturas relacionadas 
com o ciclo reprodutivo das angiospermas: eles correspondem ao ovário são geralmente for-
mados após o momento da fecundação. Sua função é proteger as sementes da planta, além 
de auxiliar em sua dispersão. A parede do ovário se desenvolve e aumenta e esta estrutura, 
conhecida como pericarpo é o que comumente chamamos de fruta.
 
 Diferentemente dos frutos, os pseudofrutos são também estruturas suculentas, mas 
que não se desenvolvem a partir do ovário da planta em questão. Como exemplo pode-se 
citar a maçã que se desenvolve a partir do receptáculo da flor. Um outro bom exemplo é o 
caju, pois a fruta é a castanha e o caju, que se origina do pedúnculo floral, acaba sendo con-
siderado como um pseudofruto. Vale ressaltar que a banana, em especial a doméstica, são 
frutos partenocárpicos, ou seja, se originam do ovário, porém sem ocorrência de fecundação 
e sementes!
96
Instituto Aprenda.bio
 O Leão Shakespiriano
97
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Ecologia, comportamento animal,
 teia alimentar, cadeia alimentar 
 A vida dos animais na natureza não é tão simples. Cada espécie animal deve 
obedecer a uma estratégia que pareça mais ideal para poder se alimentar; enquanto umas 
espécies cobrem grandes áreas correndo ou se movimentando em busca de presas interes-
santes, outras tendem a se movimentar menos, criando, porém, armadilhas para conseguir 
capturar o alimento, ou ainda estratégias para encontrá-lo.
 
 Estes comportamentos alimentares distintos podem serchamados de forrageio. O for-
rageio é a estratégia que é adotada por dada espécie para solucionar seu problema nutricio-
nal. Entretanto, o comportamento que será efetuado levará em conta o quanto de benefícios 
e riscos poderá oferecer a dado animal.
 
 O risco de ser predado enquanto caça e a energia gasta para finalmente capturar uma 
presa são colocados na balança: se a energia proveniente daquele alimento não cobrir a en-
ergia gasta para sua captura, a situação não é interessante para o predador em questão.
98
Instituto Aprenda.bio
Rede Neural
99
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Fisiologia humana, sistema nervoso, 
 sistema sensorial, sinapses 
 O sistema nervoso é capaz de receber, elaborar, transmitir e armazenar diversas 
informações e, junto com o sistema endócrino é o responsável por controlar toda a homeo-
stase corporal. Como qualquer outro tecido, o tecido nervoso é constituído por células es-
pecíficas, chamadas neurônios. Os neurônios são células que possuem longos e numerosos 
filamentos, chamados dendritos e geralmente um filamento maior, denominado axônio. Es-
tes filamentos apresentam uma função fundamental, pois é através destes prolongamentos 
celulares que um neurônio é capaz de entrar em contato com outros, formando assim, as 
diversas sinapses.
 
 Toda a informação nervosa é transmitida através de impulsos elétricos entre os 
neurônios através da fenda sináptica, ou seja, o local onde termina um neurônio e começa 
outro. É por meio desta comunicação entre dois ou mais neurônios que uma informação 
pode ser transmitida ou armazenada. Um neurônio pode se ligar a diversos outros, formando 
assim o que chamamos de uma complexa rede neural. Porém para que possamos receber in-
formações do meio exterior, este complexo sistema tem de estar ligado ao que denominamos 
sistema sensorial.
 
 O sistema sensorial é formado por nervos sensoriais que são feixes de fibras nervosas 
com uma bainha de mielina que os recobre, para garantir um impulso menos difuso e mais 
rápido. Apenas somos capazes de receber informações do meio externo, como calor, frio ou 
contato, se a nossa rede neural estiver intimamente conectada com estes nervos sensoriais.
100
Instituto Aprenda.bio
Urso Polar
101
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Zoologia, química, aquecimento global
 O Urso polar (Ursus maritimus) vive no círculo polar ártico e nas costas setentri-
onais da América e da Eurásia. São animais solitários e organizam-se em pequenos grupos 
apenas quando formados de fêmeas e seus filhotes. Seu acasalamento ocorre na época da 
primavera, fazendo com que seus pequenos filhotes nasçam no inverno. Apesar da figura 
calma com que são pintados, os ursos polares são animais carnívoros e bastante agressivos, 
podendo se alimentar de peixes, aves, focas, belugas e até de filhotes de leões marinhos e 
outros mamíferos de pequeno e médio porte! 
 
 Estes indivíduos estão bastante adaptados para viver em regiões geladas, pois pos-
suem uma rica cobertura de gordura em sua pele, além de uma espessa pelagem que os 
protegem do frio intenso. Como o próprio nome científico sugere, são animais que passam 
a maior parte de sua vida perto águas, de onde retiram seus alimentos, podendo ser classifi-
cados como mamíferos marinhos. 
 
 O urso de nossa tirinha provavelmente deve ter escutado algo sobre o que chama-
mos de moléculas polares. Estas moléculas apresentam ligações químicas bastante fortes e 
possuem uma orientação de cargas negativas a positivas. Moléculas polares só podem ser 
dissolvidas por moléculas polares, por exemplo a água, que é conhecida como solvente 
universal. Já as moléculas apolares só podem ser dissolvidas por solventes apolares, como 
é o caso do óleo. É por essa razão que nosso urso teve tanto medo de derreter na água, mas 
obviamente é apenas um trocadilho com os nomes. Ainda bem que este urso marinho foi 
procurar ajuda!
102
Instituto Aprenda.bio
O Químico na farmácia
103
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Química, farmacologia, remédios,
 medicamentos genéricos
 Todos os remédios que são encontrados em estabelecimentos comerciais possuem 
o que chamamos de “nome fantasia”. Este nome é aquele que é registrado e protegido in-
ternacionalmente e que identifica tal medicamento como um produto de uma determinada 
empresa ou indústria. Isso significa que um mesmo medicamento pode ser vendido por dife-
rentes indústrias e atender por diferentes nomes fantasia.
 
 Porém este nome fantasia, que é o conhecido pela grande porcentagem da população, 
tem apenas uma função comercial, muitas vezes não apresentando nenhuma correlação com 
as características químicas ou farmacológicas de tal medicamento. O nome químico, por 
outro lado, muitas vezes parece difícil até demais! Mas é este nome que corresponde ao 
composto químico que funciona como substância ativa de tal medicamento. E, diferente-
mente da variedade de nomes comerciais para um mesmo medicamento, a União Internacio-
nal de Química Pura e Aplicada garante que só se tenha um nome químico registrado para 
cada medicamento. Assim, evita-se muita confusão!
 
 Outra vantagem que surgiu recentemente ao utilizarmos o nome químico de algum 
remédio é a possível obtenção de um medicamento genérico. Os remédios genéricos são 
produzidos pelas mesmas indústrias farmacêuticas e apresentam o mesmo poder farma-
cológico daqueles que apresentam um nome fantasia. A diferença encontra-se no preço, pois 
já que como eles são chamados pelo nome químico, não precisamos pagar o valor referente 
à patente, baixando o custo do produto. Portanto não se engane: o remédio genérico é tão 
eficaz como qualquer outro!
104
Instituto Aprenda.bio
Vaca muuuito louca!
105
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Patologias, príons, 
controle de qualidade alimentício
 A doença conhecida popularmente como vaca louca é chamada de BSE (ence-
falopatia bovina espongiforme), e é uma moléstia crônica degenerativa que afeta o sistema 
nervoso dos bovinos, provocando o descontrole motor. Gradualmente as células nervosas 
do sistema nervoso central do animal tendem a morrer, e o cérebro de tal bovino, ao final, 
acaba por apresentar uma consistência esponjosa. Tal patologia é causada por um príon (um 
derivado de uma proteína alterada) e é transmitida pela utilização sem controle de qualidade 
de ossos e vísceras de animais para a fabricação de ração.
 
 Na década de 90 houve um grande aumento de animais infectados, atingindo rebanhos 
europeus, americanos e canadenses. No caso de um humano se alimentar de carne infectada, 
ele poderá desenvolver uma doença conhecida como “doença de Creutzfeldt-Jakob”, e os 
sintomas são o descontrole muscular (verificado em espasmos bruscos) e a demência. Vale a 
pena se prevenir e verificar a procedência das carnes que consumimos, já que ainda não há 
tratamento para tal patologia!
106
Instituto Aprenda.bio
Uma cantada pouco 
evoluída
107
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Evolução, répteis, paleontologia
 O debate sobre a evolução das cobras é algo que vem tirando o sono de mui-
tos herpetólogos (especialistas em répteis), já que a origem destes animais ainda é pouco 
conhecida. O que se acredita até hoje, entretanto, é que estas espécies são derivadas de um 
ancestral, também reptiliano, que ao longo da evolução foi exposto a diversos mecanismos 
adaptativos que garantiram que tanto seus membros anteriores como posteriores fossem 
gradualmente perdidos. Ainda pode-se dizer mais, pois diversos paleontólogos afirmam que 
as patas dianteiras desaparecerem milhões de anos antes do que as patas posteriores.
 
 Acredita-se então, que no período Cretáceo, cerca de 144 a 65 milhões de anos atrás, 
todas a serpentes tinham patas posteriores, que desapareceram paulatinamente, à medida 
que as linhagens foram evoluindo até os dias de hoje. Portanto a tirinha em questão faz 
alusão a tal fato,mostrando quanto podemos estar desinformados quando não levamos em 
conta as descobertas evolutivas dos diversos cientistas e pesquisadores.
108
Instituto Aprenda.bio
Xilema e Floema
109
Instituto Aprenda.bio
Termos relacionados: 
 
 Botânica, tecidos, fotossíntese
 Certas plantas, pertencentes ao reino vegetal, apresentam células especializadas 
que diferem entre si. Cada grupo celular, portanto exerce uma função diferente e é, então, 
denominado de tecido. O xilema e o floema são tecidos vegetais conhecidos como tecidos 
condutores, pois sua especialização é a realização do transporte e da distribuição de substân-
cias diversas ao longo do vegetal. 
 
 O tecido que realiza o transporte de água e sais minerais, mistura denominada seiva 
bruta, é o xilema (também conhecido como lenho). O sentido deste transporte é das raízes 
até o ápice da planta, já que são estas raízes responsáveis por absorver os sais e a água pro-
venientes do solo.
 
 A seiva elaborada é produzida pelas folhas por meio do processo de fotossíntese, 
sendo constituída por uma grande variedade de compostos orgânicos. Ela é transportada por 
outro tecido, denominado floema, ou líber. Como sua produção se dá nas folhas, o sentido 
do transporte é outro: dessas mesmas folhas às outras regiões da planta. 
110
Instituto Aprenda.bio
111
Instituto Aprenda.bio

Continue navegando