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Apostila de anatomia cabeça e pescoço I

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1 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
Histologia óssea 
- Contém uma matriz extracelular 
abundante entre células bem 
separadas. 
A matriz extracelular é formada por 
cerca de 15% de água, 30% de fibras 
colágenas e 55% de sais minerais 
cristalizados. O sal mineral mais 
encontrado é o fosfato de cálcio 
[Ca3(PO4)2], que se combina com outro 
sal mineral, o hidróxido de cálcio 
[Ca(OH)2], para formar cristais de 
hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)2]. Os 
cristais se combinam ainda com outros 
sais minerais, como carbonato de cálcio 
(CaCO3), e íons como magnésio, 
fluoreto, potássio e sulfato. Conforme 
esses sais são depositados na estrutura 
formada pelas fibras de colágeno da 
matriz extracelular, eles cristalizam e o 
tecido endurece. Esse processo, 
chamado calcificação, é iniciado por 
células formadoras de osso chamadas 
osteoblastos. 
A combinação de sais cristalizados e 
fibras colágenas é responsável pelas 
características do osso. Embora a 
solidez de um osso dependa de sais 
minerais inorgânicos cristalizados, sua 
flexibilidade depende das fibras de 
colágeno. 
- Quatro tipos de células são 
encontrados no tecido ósseo: 
➢ Células osteogênicas 
Ou células progenitoras, são 
encontradas ao longo da parte interna 
do periósteo, no endósteo e nos canais 
internos ósseos que contêm vasos 
sanguíneos. São células-tronco ósseas 
não especializadas derivadas do 
mesênquima, que possuem capacidade 
mitótica que por sua vez originam os 
osteoblastos. 
➢ Osteoblastos 
São células formadoras de osso. 
Sintetizam fibras de colágeno e 
componentes orgânicos que são 
essenciais na matriz extracelular, dão 
início a calcificação. Uma vez que os 
próprios osteoblastos são recobertos 
por matriz extracelular, tornam-se 
aprisionados em suas secreções e 
transformam-se em osteócitos. 
➢ Osteócitos 
São as principais células do tecido 
ósseo, fazem a manutenção do mesmo, 
como regulação do metabolismo 
tecidual e mantêm a concentração 
mineral da matriz. Localizado em um 
espaço chamado lacuna sem atividade 
mitótica e comunicando-se entre si 
através de longos processos 
citoplasmáticos que se estendem por 
canalículos 
➢ Osteoclastos 
São células enormes derivadas da 
fusão de cerca de 50 monócitos (um 
tipo de leucócito) que se concentram 
no endósteo. No lado da célula que faz 
contato com a superfície óssea, a 
membrana plasmática do osteoclasto 
apresenta dobras profundas, formando 
uma borda pregueada. Aqui, a célula 
libera poderosos ácidos e enzimas 
lisossômicas que digerem os 
componentes minerais e proteicos da 
matriz extracelular óssea subjacente. 
Essa degeneração da matriz 
extracelular óssea, chamada 
reabsorção, é parte do 
desenvolvimento, da manutenção e do 
 
2 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
reparo ósseo. Em resposta a certos 
hormônios, osteoclastos ajudam a 
regular o nível sanguíneo de cálcio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabeça 
- A cabeça é a parte superior do corpo 
que está fixada ao tronco pelo pescoço. 
É o centro de controle e comunicação, 
bem como a “plataforma de carga” do 
corpo. Abriga o encéfalo, portanto, é o 
local de nossa consciência: ideias, 
criatividade, imaginação, respostas, 
decisões e memória. 
Contém receptores sensitivos especiais 
(olhos, orelhas, boca e nariz), 
dispositivos para transmissão da voz e 
expressão, além de portais para a 
entrada de nutrientes, água e oxigênio 
e a saída de dióxido de carbono. A 
cabeça é formada pelo encéfalo e por 
seus revestimentos protetores, as 
orelhas e a face. A face tem aberturas e 
passagens, com glândulas lubrificantes 
e válvulas para fechar algumas delas, 
os dispositivos mastigatórios e as 
órbitas que abrigam o aparelho visual. 
A face também assegura nossa 
identidade como indivíduos. 
- A cabeça é fixada posteriormente 
pelas vértebras cervicais (n°7, 
localizadas entre o crânio e o tórax); 
Fixada anteriormente pelos músculos e 
osso hioide (localizado entre mandíbula 
e laringe). 
- A cabeça consiste em crânio, face, 
escalpo, dentes, encéfalo, nervos 
cranianos, meninges, órgãos dos 
sentidos especiais e outras estruturas, 
vasos sanguíneos linfáticos e gordura. 
Vértebras cervicais 
- Estão entre o crânio e o tórax; 
 
3 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
- São menores em comparação ao 
restante das vértebras; 
Apresentam: 
1- Corpo pequeno; 
2- Processo espinhoso bifurcado; 
3- Forames no processo 
transverso. 
 
- Vértebras atípicas: 
➢ Atlas (C1) 
- Não tem corpo. 
➢ Axis (C2) 
- Processo odontóide. 
 
Osso Hioide 
- Não se articula com nenhum outro 
osso; 
- Fixa a cabeça anteriormente 
juntamente com músculos e 
ligamentos. 
 
Crânio 
Localizado na cabeça, apresenta as 
seguintes funções: 
- Fornece suporte aos dentes; 
- Aloja e protege os órgãos de 
sensibilidade especial; 
- Abriga e protege o encéfalo; 
- Fornece aberturas para a passagem 
das porções iniciais das vias aérea e 
digestiva. 
O crânio é dividido em duas partes: 
➢ Neurocrânio 
O neurocrânio é a caixa óssea do 
encéfalo e das membranas que o 
revestem, as meninges cranianas. 
Também contém as partes proximais 
dos nervos cranianos e a vasculatura 
do encéfalo. 
O neurocrânio em adultos é formado 
por uma série de oito ossos: quatro 
ossos ímpares centralizados na linha 
 
4 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
mediana (frontal, etmoíde, esfenoíde e 
occipital) e dois pares de ossos 
bilaterais (temporal e parietal). 
- Maioria dos ossos são planos, 
curvados e unidos por suturas fibrosas 
engrenadas. 
 
 
➢ Viscerocrânio 
“Face”, forma a parte anterior do 
crânio e consiste nos ossos que 
circundam a boca (maxila e 
mandíbula), nariz/cavidade nasal, e 
a maior parte das órbitas (cavidades 
orbitais). A maxila e a mandíbula 
abrigam os dentes — isto é, 
propiciam as cavidades e o osso de 
sustentação para os dentes 
maxilares e mandibulares. 
O viscerocrânio é formado por 14 
ossos irregulares: dois ossos 
ímpares centralizados ou situados 
na linha mediana (mandíbula e 
vômer) e seis ossos pares bilaterais 
(maxilas; conchas nasais inferiores; 
e zigomáticos, palatinos, ossos 
nasais e lacrimais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Generalidades: 
- O crânio apresenta formato ovoide; 
Superiormente é mais espesso do 
que inferiormente. 
 
- Revestimento externo: Pericrânio 
(pouca capacidade osteogênica); 
- Revestimento interno: folheto 
externo da duramáter - Endocrânio 
(não tem capacidade osteogênica). 
Não forma calo ósseo e não há 
compressão encefálica; 
- A maioria dos ossos do crânio 
apresenta a díploe entre duas 
camadas de osso compacto; 
Nos ossos pneumáticos a díploe é 
substituída parcialmente pelos seios 
paranasais; 
Díploe é responsável por amortecer, 
dar leveza e fornecer passagem para 
veias (veias diplóicas). Os canais 
diplóicos se abrem na superfície 
externa do crânio, comunicando 
sangue venoso intracraniano com 
extracraniano. 
 
 
6 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
- Os 22 ossos que compõem a caixa 
craniana têm forma irregular e, com 
exceção da mandíbula, são todos 
soldados uns aos outros por suturas. 
 
Articulações 
Classificação das articulações 
➢ Classificação funcional: 
A classificação funcional das 
articulações, leva em conta o grau de 
movimento que elas permitem. 
- Sinartrose, articulação imóvel. 
Massa sólida de tecido conjuntivo 
denso não-modelado. 
- Anfiartrose, articulação levemente 
móvel. 
Massa sólida de cartilagem Hialina. 
- Diartrose, articulação livremente 
móvel. 
Presença de cavidade articular entre os 
ossos e envoltos por uma cápsula. 
➢ Classificação estrutural: 
A classificação estrutural das 
articulações baseia na presença ou 
ausência de um espaço entre os ossos 
que se articulam, chamada cavidade 
articular. 
- Fibrosa, não possui cavidade articular 
e osossos são mantidos por tecido 
conjuntivo fibroso – Sinartrose. 
EX: Suturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Cartilagíneas, não possui cavidade 
articular e os ossos são mantidos por 
cartilagem – Anfiartrose. 
EX: Sincondroses. 
 
- Sinovial, existe cavidade articular e os 
ossos são mantidos por uma cápsula 
articular circundante. – Diartrose. 
EX: ATM. 
 
 
8 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
Fontículos 
São membranas de tecido fibroso que 
separam os ossos da calvária e que 
representam partes de ossos não 
ossificados. 
Há 6 fontículos: 
- Fontículo anterior (futuro local do 
bregma); 
- Fontículo posterior (futuro local do 
lambda); 
- Fontículos ântero-laterais; 
- Fontículos pósterolaterais. 
 
 
 
 
 
 
➢ Função: 
 - Moldagem do crânio (calvária) 
durante o parto; 
- Crescimento do crânio e encéfalo; 
- Aumentam a resiliência do crânio; 
- Palpação: 
1) Progresso de crescimento dos ossos 
frontal e parietal; 
2) Grau de hidratação do lactente; 
3) Pressão intracraniana. 
Crescimento Craniano 
➢ Maior aumento – 2 primeiros 
anos 
(> desenvolvimento do encéfalo); 
 
➢ Aumento em capacidade da 
calvária:15-16 anos; 
 
➢ + 3-4 anos aumento ligeiro 
- Espessamento da calvária. 
 
Dismorfismo sexual 
 
➢ Crânio Feminino: 
• Fragilidade dos relevos ósseos; 
• Processos mais tênues e mais lisos; 
• Contorno do crânio mais regular: da 
raiz do nariz até o occipital; 
• Assemelha-se ao crânio infantil; 
• Peso e volume médios do cérebro são 
um pouco menores; 
• Processos mastoideos menores que 
os côndilos Occipitais. 
➢ Crânio masculino 
• Superestruturas dos relevos ósseos; 
• Superfície do frontal, occipital e arco 
zigomático: mais ásperos e mais 
rugosos 
 
 
 
 
 
 
9 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
Acidentes anatômicos 
Denominam-se acidentes ósseos todas 
as saliências, depressões, aberturas, 
fendas, bordas e reentrâncias que se 
observam nos ossos. 
As saliências geralmente permitem a 
fixação de músculos, fáscias e 
ligamentos, e recebem nomes diversos, 
como: processos, bordas, cristas, 
linhas, cornos, hâmulos, rugosidades, 
tubérculos, espinhas, côndilos etc. 
Reentrâncias geralmente alojam órgãos 
ou mesmo músculos, vasos e nervos e 
denominam-se sulcos, fossas, fóveas, 
fovéolas, incisuras etc. 
Aberturas geralmente permitem a 
passagem de vasos, nervos, ou mesmo 
parte de órgãos, e são denominadas 
forames (buracos), foraminas, fissuras, 
canais ou meatos etc. 
O crânio apresenta cerca de 85 
forames, canais e fissuras normais, com 
nomes específicos. 
Osso frontal 
A fronte é formada pelo osso frontal. 
Ele é um osso largo, laminar e que 
apresenta também uma cavidade 
pneumática, o seio frontal. O osso 
frontal articula-se anterior e 
inferiormente no plano mediano com os 
ossos nasais, através da sutura 
frontonasal. A intersecção entre o osso 
frontal e os nasais na linha mediana é o 
ponto násio (N). Uma elevação que se 
estende lateralmente de cada lado, 
margeando a borda superior da órbita, 
é o arco superciliar; o ponto acima do 
násio e entre esses arcos é a glabela 
(G). 
Possui 1 osso pneumático: SEIO 
FRONTAL; 
Forame supra-orbital (nervos e vasos 
supraorbitais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
Cavidade orbital 
A cavidade orbital aloja os bulbos 
oculares, os músculos extrínsecos do 
olho, nervos, vasos sanguíneos, tecido 
adiposo retrobulbar e parte do aparelho 
lacrimal. 
Apresenta quatro bordas: supra-orbital, 
infra-orbital, lateral e medial. Apresenta 
ainda quatro paredes: teto ou superior, 
soalho ou inferior, parede lateral e 
parede medial 
A borda supra-orbital é formada pelo 
osso frontal é marcada por duas 
reentrâncias: a incisura frontal, e a 
incisura supra-orbital. Esta última pode 
fechar-se, formando um forame supra-
orbital, e deixa passar os vasos e 
nervos supraorbitais. Pela incisura 
frontal passam os vasos e os nervos 
supratrocleares. 
A borda infra-orbital é formada pelo 
osso zigomático e pela maxila. Um 
ponto cefalométrico nesta borda é o 
orbitário (Or), ponto mais inferior da 
borda infra-orbital. Forame infra-orbital 
deixa passar nervos e vasos 
infraorbitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A borda medial é formada pelo frontal, 
lacrimal e maxila. Nesta borda, notam-se 
duas saliências, uma mais anterior, a crista 
lacrimal anterior, fixa o ligamento palpebral 
medial, e outra mais posterior, a crista 
lacrimal posterior, onde se fixa parte do m. 
orbicular do olho. Entre as duas cristas 
nota-se uma depressão, a fossa do saco 
lacrimal, que se continua para baixo e para 
a cavidade nasal como canal lacrimonasal 
(passagem ao ducto lacrimal, que drena a 
lágrima para o meato nasal inferior da 
cavidade nasal). 
 
 
 
 
11 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
A borda lateral é formada pelos processos 
zigomático do frontal e frontal do 
zigomático. Uma pequena elevação no 
osso zigomático dentro da órbita, o 
tubérculo orbital, dá inserção ao ligamento 
palpebral lateral. 
 
Paredes da órbita 
A parede superior, ou teto da órbita, é 
formada pelo frontal e a asa menor do 
esfenóide. Nesta parede existe uma 
depressão ântero-lateral, a fossa para a 
glândula lacrimal. O canal óptico situa-se 
no extremo posterior do teto e comunica a 
órbita com a fossa média do crânio. Ele dá 
passagem ao n. óptico (II) e à artéria 
oftálmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A parede inferior, ou soalho da órbita, é 
formada pela maxila, zigomático e 
processo orbital do palatino. Este último, de 
difícil visualização, localiza-se próximo à 
fissura orbital inferior. 
Na parte posterior do soalho da órbita tem 
início um sulco infra-orbital que se continua 
como canal infra-orbital e termina como 
forame infra-orbital na face, de onde 
emergem o nervo e vasos de mesmo 
nome. 
 
 
 
 
 
12 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
A parede lateral da órbita é formada pelos 
ossos zigomático, pela asa maior do 
esfenóide e parte do frontal. A parte 
posterior da parede lateral é delimitada 
acima e abaixo pelas fissuras orbital 
superior e inferior. Um forame zigomático-
orbital para o nervo zigomático está 
presente na parede lateral da órbita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A parede medial da órbita é a mais frágil, 
sendo formada pelo lacrimal, lâmina orbital 
do etmóide e pequena parte do corpo do 
esfenóide. Acima e abaixo desses ossos, 
encontram-se ainda partes do frontal e da 
maxila, respectivamente. 
Na junção da parede medial com o teto da 
órbita, observam-se pequenos orifícios, os 
forames etmoidais anterior e posterior. 
 
Osso zigomático 
Forma a proeminência da face, se localiza 
lateralmente á órbita e se articula com a 
maxila. 
Apresenta um corpo robusto, e processos. 
O corpo do zigomático volta-se para a face, 
fossa temporal, e para a cavidade orbital. 
Apresenta um processo para cima, o 
processo frontal do zigomático, e outro em 
direção posterior, o processo temporal do 
zigomático. Este processo entra na 
formação do arco zigomático, uma barra 
óssea na face lateral do crânio. A fáscia do 
m. temporal e o m. masseter se fixam no 
arco zigomático. 
O osso zigomático está unido ao esfenóide 
e à maxila através da sutura 
esfenozigomática e zigomaticomaxilar, 
respectivamente. 
O corpo do zigomático, na face, é 
perfurado por um pequeno forame 
zigomaticofacial e, na sua superfície 
temporal, pelo forame zigomaticotemporal, 
os quais deixam passar vasos e nervos de 
mesmo nome (V/2 par). 
 
 
 
 
13 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
Nariz ósseo externo e cavidade 
nasal 
A abertura óssea do nariz é a abertura 
piriforme e está delimitada pelos processos 
frontais da maxila e pelos ossos nasais e 
pelas suturas frontonasal,internasal, 
frontomaxilar e nasomaxilar. 
No plano mediano, a borda inferior da 
abertura piriforme apresenta um processo 
ósseo que marca a junção das duas 
maxilas, a espinha nasal anterior, e aí se 
fixa a cartilagem do septo nasal. 
As aberturas posteriores da cavidade nasal 
são as coanas e são delimitadas 
medialmente pelo vômer, lateralmente pela 
lâmina pterigóidea medial, inferiormente 
pelas lâminas horizontais do osso palatino 
e superiormente pelo corpo do esfenóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
Osso etmóide 
Apresenta uma porção mediana que 
contribui para a formação do teto da 
cavidade nasal e do soalho da fossa 
anterior do crânio, a lâmina cribriforme 
(crivosa) do etmóide. 
O etmóide emite uma projeção para baixo, 
a lâmina perpendicular do etmóide, que 
entra na formação do septo nasal (etmóide 
+ vômer). 
Entre a cavidade orbital e a parede lateral 
da cavidade nasal, no etmóide, estão 
presentes inúmeras pequenas cavidades 
ósseas que no conjunto formam o seio 
etmoidal. A disposição dessas cavidades 
ósseas constituem o labirinto etmoidal. 
A face do etmóide voltada para a cavidade 
nasal emite duas projeções ósseas para 
dentro da cavidade nasal, designadas 
conchas nasais superior e média. 
 
A cavidade nasal é dividida em duas 
metades pelo septo nasal, e cada metade 
apresenta parede lateral, medial, teto e 
soalho. 
O teto da cavidade nasal é formado pelos 
ossos nasal, frontal, etmóide e corpo do 
esfenóide, e parte do vômer. A parte do 
etmóide que contribui para a formação do 
teto é a lâmina cribriforme (crivosa) do 
etmóide, a qual comunica a cavidade nasal 
com a fossa anterior do crânio. Nesta 
lâmina passam os filetes nervosos do nervo 
olfatório (I par). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O soalho da cavidade nasal é ao mesmo 
tempo o teto da cavidade oral. É marcado, 
em toda a sua extensão, por um sulco largo 
e liso. O soalho é formado, anteriormente, 
pelo processo palatino da maxila e, mais 
posteriormente, pela lâmina horizontal do 
palatino. 
 
A parede medial da cavidade nasal é o 
septo ósseo que divide a cavidade nasal 
em duas metades. A porção superior do 
septo é formada pela lâmina perpendicular 
do etmóide, e a porção inferior e posterior 
 
15 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
é formada pelo osso vômer.
 
A parede lateral da cavidade nasal é mais 
complexa, e formada por parte do nasal, da 
maxila, do lacrimal, do etmóide, da concha 
nasal inferior, da lâmina perpendicular do 
palatino e da lâmina medial do processo 
pterigóideo do esfenóide. 
Apresenta projeções ósseas, as conchas 
nasais, que delimitam reentrâncias, os 
meatos nasais. As conchas nasal superior e 
nasal média são projeções do osso 
etmóide, ao passo que a concha nasal 
inferior é um osso isolado que se articula 
com os ossos maxilar, lacrimal, etmóide e 
palatino. Pode haver conchas e meatos 
supremos acima da concha nasal superior. 
O meato nasal superior, sob a concha 
superior, apresenta posteriormente o 
forame esfenopalatino, que comunica a 
fossa pterigopalatina com a cavidade nasal. 
Ele deixa passar os vasos e os nervos 
esfenopalatinos (V / 2). 
O meato nasal médio, sob a concha média, 
recebe a abertura do seio maxilar, o hiato 
maxilar. Essa abertura óssea é bastante 
extensa, mas in vivo se restringe a um 
pequeno orifício revestido pela mucosa 
nasal 
 
Osso temporal 
Um osso irregular, é produto da fusão de 
três ossos fetais, o osso petroso, a escama 
e o osso timpânico. Os limites precisos 
desaparecem no adulto, mas costuma-se 
dividir o osso temporal em partes: 
escamosa, timpânica, estilóide, mastóidea 
e petrosa. 
➢ Parte escamosa do temporal 
É a parte mais fina que aparece na face 
lateral do crânio. Articula-se com o parietal 
através da sutura escamosa 
temporoparietal. 
Da parte escamosa projeta-se 
anteriormente o processo zigomático do 
temporal, que contribui para a formação do 
arco zigomático. 
Na origem do processo zigomático do osso 
temporal, uma saliência óssea, é o 
tubérculo da raiz do zigoma. A partir dessa 
elevação e em direção medial para a face 
inferior do crânio, esse tubérculo passa a 
ser denominado tubérculo articular. 
O tubérculo articular está na frente de uma 
concavidade, a fossa mandibular, também 
chamada de cavidade glenóide. Uma 
 
16 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
pequena projeção óssea posterior à fossa 
mandibular é o tubérculo pós-glenóide. 
 
 
Com a boca fechada, a cabeça da 
mandíbula (côndilo) aloja-se na fossa 
mandibular; porém, no movimento de 
abertura, o côndilo desliza para frente, 
pelo tubérculo articular. 
 
O meato acústico externo (abertura óssea 
do ouvido) localiza-se atrás da cabeça da 
mandíbula, sendo formado pelas partes 
escamosa e timpânica do temporal. O pório 
(Pr) é o ponto cefalométrico localizado na 
parte mais superior do meato 
acústico externo. 
➢ Parte timpânica do temporal 
A parte timpânica do temporal, também 
denominada placa timpânica, forma o 
assoalho e a parede anterior do meato 
acústico externo. Na fossa mandibular a 
placa timpânica separa-se da parte 
escamosa do temporal pela fissura 
timpanoescamosa. A partir desta, origina-
se a fissura petrotimpânica onde atravessa 
o n. corda do tímpano (VII par). 
 
17 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
➢ Parte mastóidea do temporal 
Na verdade é um processo ósseo 
robusto e posterior ao meato acústico 
externo designado de processo 
mastóideo. Este processo contém 
inúmeras células aéreas em seu 
interior, as células mastóideas. No 
processo mastóideo, fixam-se os 
músculos estemocleidomastóideo, 
esplênio da cabeça e longo da cabeça. 
Na face medial do processo mastóideo, 
a incisura mastóidea é uma reentrância, 
onde se fixa o ventre posterior do m. 
digástrico. Medialmente à incisura, há 
em geral um sulco para a artéria 
occipital. 
Fissura timpanomastóidea : separa o 
processo mastóideo do timpânico; 
 
➢ Processo estilóide do temporal 
Consiste num processo de comprimento 
variável que se estende inferiormente 
desde a placa timpânica, o processo 
estilóide. Nele se fixam os ligamentos 
estilo-hióideo e estilomandibular e os 
músculos estiloglosso, estilofaríngeo e 
estilo-hióideo. 
O forame estilomastóideo por onde passa o 
nervo facial (VII par) fica entre os 
processos estilóide e mastóideo. 
 
 
18 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
➢ Parte petrosa do temporal 
A parte petrosa do temporal apresenta 
duas faces: uma voltada para o interior do 
crânio e uma face inferior. Três importantes 
forames relacionam-se com a parte petrosa 
nesta vista, o forame lácero, o canal 
carótico e o forame jugular. 
O forame lácero é uma abertura irregular 
localizada entre a parte petrosa do 
temporal, a parte basilar do occipital e o 
esfenóide. Este é fechado por uma 
cartilagem in vivo e se relaciona 
inferiormente com a tuba auditiva. 
O canal carótico é um túnel na parte 
petrosa do temporal. A abertura externa do 
canal carótico (vista inferior) localiza-se 
imediatamente anterior ao forame jugular, e 
a sua abertura interna (vista interna) 
localiza-se na parede do forame lácero. O 
canal carótico é atravessado pela a. 
carótida interna, que se dirige para a 
cavidade do crânio. 
O forame jugular localiza-se medialmente 
ao processo estilóide e posteriormente à 
abertura externa do canal carótico. Ele é 
atravessado pela veia jugular interna e 
pelos nervos glossofaríngeo (IX par), vago 
(X par) e acessório (Xl par). 
Entre o forame lácero e a abertura externa 
do canal carótico localiza-se a área 
quadrada do temporal, que constitui a 
maior parte da face inferior da parte 
petrosa do temporal. Desta área tem 
origem o músculo levantador do véu 
palatino. 
 
Na vista lateral do crânio, a fossa temporal 
corresponde à região acima do arco 
zigomático, onde fica o m. temporal. 
Os ossos frontal,parietal, asa maior do 
esfenóide e parte escamosa do temporal 
fazem parte desta fossa, e a região onde 
esses ossos se encontram é uma área 
craniométrica denominada ptério. 
O ptério é importante. pois se relaciona 
internamente como ramo anterior da artéria 
meníngea média e com a impressão do 
sulco lateral do telencéfalo. O crânio nessa 
região é bastante delgado, e traumatismos 
nessa área podem causar fraturas que 
rompem a dura-máter e a artéria meníngea 
média provocando um hematoma 
extradural. Este se não identificado. irá 
comprimir gradualmente o encéfalo 
inferiormente para o forame magno. 
levando à compressão do bulbo. Com 
consequente parada cardiorrespiratória. 
Em traumas nessa região torna-se 
necessário deixar o paciente em 
observação neurológica por pelo menos 24 
horas. 
 
19 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
A linha temporal superior delimita 
superiormente a fossa temporal. Essa linha 
tem início no processo zigomático do 
frontal, arqueia-se para trás no frontal e 
parietal, curvando-se para baixo, e termina 
nas cristas supramastóidea e 
suprameática. 
A fáscia do m. temporal se fixa nessa linha. 
O arco zigomático limita inferiormente a 
fossa temporal. 
 
Osso occipital 
No osso occipital nota-se um grande 
forame, o forame magno, circundado pelas 
partes escamosa (posterior) e basilar 
(anterior) e por duas partes laterais que se 
articulam com os temporais. Estas partes 
do occipital são separadas ao nascimento e 
só se fundem em torno dos seis anos de 
idade. 
Através do forame magno é que se 
estabelece a comunicação da cavidade do 
crânio com o canal vertebral. O forame 
magno dá passagem medula espinhal e 
suas meninges, parte do n. acessório (XI 
par) e as artérias vertebrais. 
No ponto médio da borda anterior do 
forame, descreve-se o ponto craniométrico 
básio. 
 
➢ Parte escamosa do occipital 
A parte escamosa do occipital situa-se 
parte na base do crânio e parte na calota 
do crânio. A protuberância occipital externa 
e as linhas superiores da nuca delimitam 
superiormente o pescoço. Uma saliência, a 
crista occipital externa, une a 
protuberância à borda posterior do forame 
magno. Essas saliências dão inserção a 
vários músculos do dorso e do couro 
cabeludo. 
 
20 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
➢ Parte lateral do occipital 
A parte lateral do occipital se caracteriza 
principalmente por apresentar duas 
grandes massas ósseas, os côndilos 
occipitais, que se articulam com o atlas 
(primeira vértebra cervical). 
Acima de cada côndilo, observando através 
do forame magno nota-se o canal do n. 
hipoglosso (XII par). 
- Parte da calota craniana. 
• Fossa condilar (atrás dos côndilos); 
 • Canal condilar: veia emissária; 
• Canal do n. hipoglosso: n. hipoglosso; 
• Processo jugular: projeção da parte 
lateral do occipital; 
 • Forame jugular. 
 
➢ Parte basilar do occipital 
A parte basilar do occipital é uma espessa 
projeção óssea em direção ao osso 
esfenóide. Na face inferior dessa parte, o 
tubérculo faríngeo dá fixação ao m. 
constritor superior da faringe. 1 a 1,5 cm a 
frente do forame magno. 
 
 
 
21 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
Osso esfenóide 
O esfenóide apresenta superfícies voltadas 
para as vistas inferior, lateral e interna do 
crânio. Apresenta uma forma irregular, 
tendo um corpo mediano e duas 
expansões laterais, as asas maiores, duas 
asas menores voltadas para o interior do 
crânio. Na vista inferior destacam-se os 
processos pterigóideos. 
A asa maior do esfenóide apresenta as 
faces cerebral, temporal e infratemporal. A 
face infratemporal da asa maior do 
esfenóide é o teto da fossa infratemporal e 
aí se origina o músculo pterigóideo lateral. 
A asa maior contribui anteriormente para 
formar a fissura orbital inferior, e se 
continua medialmente com o processo 
pterigóideo. Posteriormente na face 
infratemporal, notam-se os forames oval e 
espinhoso, atravessados pelo nervo 
mandibular (V /3 par) e pela artéria 
meníngea média, respectivamente. Atrás 
do forame espinhoso identifica-se a 
espinha do esfenóide, onde se origina o 
liga mento esfenomandibular. 
 
Os processos pterigóideos do esfenóide 
situam-se atrás da maxila e separam a 
fossa infratemporal das coanas. Cada 
processo pterigóideo apresenta uma 
lâmina pterigóidea lateral e outra medial, 
separadas por uma depressão, a fossa 
pterigóidea. 
Na lâmina pterigóidea medial parte inferior 
nota-se um pequeno gancho denominado 
hâmulo pterigóideo. 
Na parte superior desta lâmina, existe uma 
pequena depressão, a fossa escafóide. 
 
 
22 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
Coanas 
As coanas são duas grandes aberturas 
acima da borda posterior do palato, que 
permitem a comunicação da cavidade 
nasal com a nasofaringe. São separadas 
entre si pelo vômer, que representa as 
porções posterior e inferior do septo nasal 
ósseo. 
As coanas são delimitadas lateralmente 
pela lâmina medial do processo 
pterigóideo, superiormente pelo vômer e 
corpo do esfenóide e, inferiormente, pelo 
osso palatino. 
 
Palato ósseo 
O teto da boca, que é ao mesmo tempo o 
soalho da cavidade nasal, é denominado 
palato ósseo. O palato é formado pela 
junção dos processos palatinos da maxila, 
anteriormente, com as lâminas horizontais 
do osso palatino, posteriormente. 
A sutura que une tais processos de um 
lado ao outro é a sutura palatina mediana. 
A sutura que une o palatino e a maxila 
entre si é a sutura palatina transversa. A 
união dos quatro processos, portanto, 
forma a chamada sutura cruciforme, pois a 
junção das suturas palatinas mediana e 
transversa apresenta uma forma de cruz. 
 
Atrás dos incisivos, nota-se o forame 
incisivo, que se comunica com a cavidade 
nasal através dos canais incisivos, 
atravessados pelos vasos e nervos 
nasopalatinos (V/2 par). 
Mais lateralmente, entre a lâmina horizontal 
do palatino e a maxila, o canal palatino 
maior abre-se no palato através do forame 
palatino maior atravessados pelos vasos e 
nervos palatinos maiores (V /2 par). Atrás 
do forame palatino maior, pode haver um 
ou mais forames palatinos menores para 
vasos e nervos de mesmo nome (V/2 par). 
Osso palatino 
O osso palatino tem a forma de um "L". Ele 
apresenta uma lâmina perpendicular, e 
uma lâmina horizontal. Na junção das duas 
lâminas, o processo piramidal projeta-se 
entre o túberculo da maxila e o processo 
pterigóideo do esfenóide. 
 
23 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
 
Crânio vista interna 
Esta é a porção do crânio que aloja o 
encéfalo e suas meninges, os nervos 
cranianos e os vasos sanguíneos. É 
formada de uma porção superior, 
denominada calota do crânio ou calvária, e 
uma porção inferior, a base do crânio. 
Calota do crânio ou calvária 
É a porção superior do crânio e forma o 
teto da cavidade do crânio. Ao longo da 
sutura sagital, um sulco raso na superfície 
interna é o sulco do seio sagital superior, 
que aloja um dos seios venosos da dura-
máter craniana, o seio sagital superior. 
Algumas depressões, as fovéolas 
granulares, podem ser percebidas ao longo 
deste sulco, e elas alojam as granulações 
aracnóides (formações meníngeas que 
drenam líquor). 
As marcas no osso causadas pelos giros 
cerebrais formam as impressões 
digitiformes ou digitais. Notam-se também 
sulcos vasculares que alojam artérias, entre 
eles destaca-se o sulco da artéria 
meníngea média, que se inicia no forame 
espinhoso, passa pelo ptério e percorre 
internamente as faces lateral e superior da 
calota do crânio. 
 
 
 
 
24 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
Base do crânio 
A base do crânio forma o soalho da 
cavidade do crânio. Ela é rica em acidentes 
anatômicos causados pela morfologia do 
encéfalo. Está dividida em três depressões 
denominadas fossas anterior, média 
posterior do crânio. A asa menor do 
esfenóide separa a fossa anterior da média,e a parte petrosa do temporal separa a 
fossa média da posterior. 
 
 
➢ Fossa anterior 
A fossa anterior do crânio está relacionada 
com o lobo frontal do telencéfalo e 
apresenta impressões digitiformes 
causadas pelos giros cerebrais. A maior 
parte dessa fossa é formada pelo osso 
frontal, que contribui ao mesmo tempo 
para a formação do teto da órbita. 
Ossos: frontal, etmóide e esfenóide. 
No plano mediano, o osso etmóide 
apresenta uma projeção óssea, a crista 
galli. Lateralmente à crista galli, localiza-se 
a lâmina Cribriforme (crivosa) do etmóide, 
uma lâmina óssea perfurada, que é 
atravessada por filetes do nervo olfatório (I 
par). 
• Forame cego: À frente da Crista Galli. Dá 
passagem a uma veia da cavidade nasal 
para o seio sagital superior. 
O osso esfenóide apresenta um corpo 
mediano e duas expansões laterais, as asas 
menores e maiores do esfenóide. O corpo 
localiza-se posteriormente ao etmóide e faz 
parte das fossas anterior e média do 
crânio. A asa menor localiza-se 
posteriormente ao frontal e separa as 
fossas anterior e média do crânio. Próximo 
ao corpo do esfenóide, as asas menores 
projetam-se no processo clinóide anterior 
(Um de cada lado. Se fixa a tenda do 
cerebelo ou prega da dura-máter). 
- Jugo esfenoidal: Plano / parte do corpo 
esfenóide / forma o teto do seio esfenoidal; 
- Limbo esfenoidal: Base do Crânio 
Pequena crista / limite entre a fossa ant. e 
média. 
 
 
25 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
➢ Fossa média 
Esta fossa está relacionada com o lobo 
temporal do telencéfalo e a hipófise. A 
maior parte do corpo do esfenóide e da 
sua asa maior localiza-se nessa fossa. É 
delimitada da crista esfenoidal à crista 
petrosa. 
O corpo do esfenóide tem a forma de um 
cubo e é pneumático (seio esfenoidal). O 
corpo apresenta relações importantes: 
- Ântero inferior: forma o teto da cavidade 
nasal; 
- Inferior: forma o teto da faringe; 
- Posterior: funde-se ao occipital; 
- Superior: ajuda a formar a fossa 
hipofisária. 
Na transição entre as fossas anterior e 
média do crânio localiza-se o sulco óptico 
que se continua com o canal óptico. O 
canal óptico comunica-se com a órbita e é 
atravessado pelo nervo óptico (II par) e 
pela artéria oftálmica. 
A parte superior do corpo do esfenóide 
forma a sela turca. 
Limite anterior: tubérculo da sela; 
Limite posterior: dorso da sela. 
O dorso da sela apresenta duas projeções, 
uma de cada lado, denominadas processos 
clinóides posteriores. A hipófise ou 
glândula pituitária repousa no assento da 
sela, na chamada fossa hipofisária. O ponto 
cefalométrico central da fossa hipofisária é 
denominado ponto "S" (sela). De cada lado 
do corpo do esfenóide, nota-se um sulco 
raso, o sulco carótico, que tem início na 
abertura interna do canal carótico, junto ao 
forame lácero. 
A parte lateral da fossa média do crânio é 
formada pelas asas maiores do esfenóide e 
porções escamosa e petrosa do temporal. 
Entre as asas maior e menor do esfenóide de 
cada lado, nota-se uma abertura em forma de 
fenda, a fissura orbital superior, que comunica 
a órbita à fossa média do crânio e permite a 
passagem dos nervos cranianos oculomotor (III 
par), troclear (IV par), abducente (VI par), e 
também os ramos do nervo oftálmico do 
trigêmeo (V /1 par). 
Atrás da fissura orbital superior, localiza-se o 
forame redondo. Este comunica a fossa média 
do crânio com a fossa pterigopalatina e é 
atravessado pelo nervo maxilar (V /2 par). 
Posteriormente ao forame redondo, dispõem-
se os forames oval e espinhoso. Ambos 
comunicam a fossa média do crânio com a 
fossa infratemporal. O forame oval é 
atravessado pelo nervo mandibular (V / 3 par), 
e o forame espinhoso, pela artéria meníngea 
média. Esta dirige-se lateral e anteriormente 
para a calota do crânio e passa a ocupar o 
sulco da artéria meníngea média. 
 
26 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
A fissura orbital superior, o forame redondo e 
o forame oval alinham-se como uma semilua 
na fossa média do crânio e deixam passar os 
três ramos do nervo trigêmeo (V par), os 
nervos oftálmico (V/ 1), maxilar (V/ 2) e 
mandibular (V / 3), respectivamente. A face 
anterior da parte petrosa do temporal 
apresenta medialmente uma pequena 
depressão denominada impressão do 
trigêmeo, que aloja o gânglio do nervo 
trigêmeo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Fossa posterior 
É a fossa mais profunda da cavidade do 
crânio e aloja o cerebelo e o tronco 
encefálico. 
Formada por partes de: 
• Esfenóide; 
• Parietal; 
• Temporal; 
• Occipital. 
Na dura-máter craniana, existem espaços 
vasculares que contribuem para o retorno 
venoso do encéfalo, os seios da dura-
máter. Tendo em vista sua intrínseca 
relação com a superfície interna do crânio, 
esses seios provocam sulcos dispostos a 
partir da protuberância occipital interna: 
para cima, em direção à calota, o sulco do 
seio sagital superior, lateralmente, os 
sulcos para os seios transversos se curvam 
para continuarem nos sulcos para os seios 
sigmóides, que terminam no forame 
jugular. O seio sigmóide de cada lado se 
continua como a veia jugular interna, que 
deixa o crânio pelo forame jugular. O 
forame jugular, além de dar passagem à 
 
27 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
veia jugular interna, é atravessado pelos 
nervos glossofaríngeo (IX), vago (X) e 
acessório (XI). 
A face posterior da parte petrosa do 
temporal apresenta uma abertura, o meato 
acústico interno, por onde passam os 
nervos vestíbulo-coclear (VIII par) e facial 
(VII par). Esse meato se origina da 
cavidade do tímpano e, portanto, não se 
comunica diretamente com o meato 
acústico externo. 
 
 
 
 
 
Anotações

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