Aula 2 do 1 Bimestre

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Sociologia e
Antropologia Jurídicas
Prof. Me. Luciano Augusto de Oliveira Paz
Faculdade Orígenes Lessa – FACOL
Curso de Graduação de Direito
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Curso de Graduação em Direito – 1º Semestre
Sociologia e Antropologia Jurídicas
E. DURKHEIM
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Sociologia e Antropologia Jurídicas
1. Defina o que é a Sociologia do Direito e qual o seu objetivo para Émile Durkheim.
 
Para Durkheim, a sociologia do Direito tem a incumbência de dar conta de certas tarefas.
Segundo ele, tendo em vista o papel que o Direito representa na manutenção da ordem, o sociólogo deve investigar:  as causas históricas das regras jurídicas;  as funções das regras jurídicas;  o funcionamento (como são aplicadas) das regras jurídicas.
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2. No que consistem as regras jurídicas? 
Para Durkheim, a regra jurídica é definida como uma regra de conduta dotada de uma sanção. Essa ênfase dada à sanção é típica de um pensamento obcecado com a ordem.
3. No que consistem as sanções? Cite e disserte sobre as suas espécies.
Ao analisar a sanção, ele a divide em duas: a repressiva e a restitutiva. A primeira consiste em impor um sofrimento ao indivíduo, privando-o de algum bem, como a vida, a liberdade, a honra, a fortuna, entre outros. A segunda consiste na restituição de uma relação perturbada.
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4. Para a teoria sociológica de Durkheim, o que é o fato social?
Os fatos sociais e as instituições trazem consigo duas características essenciais: a exterioridade e o caráter vinculativo ou coercitivo.
O autor conceitua exterioridade da seguinte forma: Para que haja um fato social, é preciso que vários indivíduos combinem sua ação e que desta combinação resulte um produto novo.
E como esta síntese tem lugar fora de nós (posto que nela entra uma pluralidade de consciências), tem necessariamente como efeito o de fixar, instituir fora de nós certas maneiras de agir e certos juízos que não dependem de cada vontade individua
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5. De acordo com a teoria sociológica de Durkheim, o que é a solidariedade? Cite e disserte sobre as suas espécies.
> Esse conceito fundamental na teoria de Durkheim pode ser descrito como o vínculo objetivo, relação pacífica, existente entre os indivíduos em determinada sociedade.
>> A solidariedade mecânica é típica de sociedades primitivas, nas quais não ocorreu uma especialização das funções sociais. A consciência individual depende diretamente da consciência coletiva e segue todos os seus movimento. = Repetição
>>> A solidariedade orgânica, por sua vez, é a solidariedade fundada na diferença. É típica das sociedades modernas, em que a divisão do trabalho provoca a diferenciação entre as pessoas. O termo orgânica é utilizado em analogia com os órgãos de um ser vivo.
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6. O que caracteriza a chamada divisão do trabalho social, segundo a teoria sociológica de Durkheim?
A divisão social do trabalho consiste na especialização das funções em todos os âmbitos da vida social.
7. Qual a relação entre a divisão do trabalho social e a solidariedade, na forma da teoria sociológica de Durkheim?
As causas da divisão do trabalho dizem respeito à passagem da solidariedade mecânica para a orgânica, em que pode haver:  crescimento demográfico;  crescimento da densidade demográfica (razão entre indivíduos e superfície);  crescimento no número de trocas entre os indivíduos de uma sociedade (a chamada densidade moral). = Complexificação das relações sociais.
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K. MARX
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1. O que é a “essência humana” para Marx? Defina-a, descrevendo os seus elementos.
> Para Marx, o humano é o homo economicus, o homem econômico, capaz de vender a sua força de trabalho, ao contrário dos gregos, que pensavam o homem como zoom politikon, ou o animal político.
>> Para determinar a natureza humana geral de tal modo que ela alcance habilidade e destreza em determinado ramo de trabalho, tornando-se força de trabalho desenvolvida e específica, é preciso determinada formação e educação. = 
>>> Essa “essência humana” é composta por três elementos: a individualidade, a sociabilidade e a liberdade. /Produção de si /Identificação de si /Poder sobre si
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2. O que Marx identifica como “comunismo”? 
> Comunismo a apropriação efetiva da essência humana pelo e para o ser humano. Por isso, trata-se do retorno pleno, tornado consciente e interior a toda riqueza do desenvolvimento até aqui realizado, retorno do homem para si como homem social, isto é, humano. Este comunismo é, enquanto naturalismo consumado = humanismo, e enquanto humanismo consumado = naturalismo.
3. Diante das noções de “essência humana” e “comunismo”, quais são os objetivos da sociologia marxiana?
>> O objetivo da sociologia de Marx é explicar o funcionamento e o desenvolvimento da sociedade capitalista. Marx nunca usa a palavra justiça — ele é um cientista, escreve sobre relações de forças.
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4. Na sociologia marxiana, quais são os elementos da estrutura social?
A superestrutura é composta dos elementos que fazem parte da vida social e que não estão diretamente ligados à atividade econômica, como, por exemplo, a arte, a religião, a educação, a política e o Direito.
A infraestrutura ou base econômica é o fundamento da sociedade e é dividida em duas partes: as forças produtivas e as relações de produção.
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5. Como o pensamento marxista compreende o Direito e as suas funções?
> Para o autor, o Direito possui duas funções. A primeira define o Direito como um instrumento de dominação de classe, preceito segundo o qual a lei é a expressão da vontade da classe dominante
>> Segunda função do Direito descrita por Marx o define como instrumento de alienação. Para ele, o indivíduo se tornou um estranho para si mesmo, alheio para a sua realidade. A nossa noção de sujeito de Direito (pessoa) é uma abstração. 
>>> Alienação para a Sociologia e Antropologia Gerais = conceituação de indivíduos que estão alheios a si próprios ou a outrem tornando-se escravos de atividades ou instituições humanas.
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6. Do texto e das aulas, pode-se concluir e afirmar que existe diferença entre as chamadas “teoria marxista” e “teoria marxiana”? Utilizando-se de consulta livre fontes bibliográficas diversas, discorra a respeito.
Redação livre.
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M. WEBER
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Quais as diferenças, para Weber, entre dogmática jurídica e Sociologia Jurídica?
A primeira visa à caracterização lógica de validade de uma norma com relação as outras normas em um ordenamento ou um código; a segunda tem por objetivo o entendimento do comportamento do grupo social que faz com que sigam as normas.
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2. Como a Sociologia - aí incluída a Sociologia Jurídica - deve ser compreendida, na acepção weberiana?
Para Weber, a única possibilidade de estudo de uma sociedade é pelo que ele chama de tipo ideal, pelo qual escolhemos de antemão os aspectos sociais que serão estudados, “[...] porque então se constrói conscientemente uma utopia destinada a fazer compreender, na medida do possível e da maneira mais coerente, a realidade humana”.
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3. Em que consiste a chamada “ação social”, elemento fundamental da correspondente “Teoria da Ação Social”?
Por “ação” deve entender-se uma conduta humana (bem fundada em um fazer externo ou interno, já em um omitir ou permitir) sempre que o sujeito ou os sujeitos da ação relacionem a ela um sentido subjetivo.
A “ação social”, portanto, é uma ação onde o sentido aludido por seu sujeito ou sujeitos está referido à conduta de outros.
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4. A partir de Weber, o que é “racionalização”? Resumidamente, descreva como a racionalização sociológica impacta o direito.
Racionalização, por sua vez, é o processo que consiste em uma sistematização, intelectualização, especialização, tecnificação e objetivação crescentes em todos os âmbitos da vida.
Esse seria um fenômeno peculiar do Ocidente. Racionalizar é tornar um processo calculado nos seus meios, tendo em vista a previsibilidade da realização dos fins. É calcular o meio para tornar previsível o fim.
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5. Sinteticamente, analise, ao longo da história humana, a construção das etapas da racionalização sociológica.
1º A primeira fase diz respeito à criação do Direito por revelação carismática. Nessa etapa do Direito ocidental, magos e sacerdotes criavam o Direito a partir de revelações sobrenaturais.
2º A segunda fase é a da criação e aplicação do Direito por juristas profissionais. Aqui podemos citar os juristas práticos, que são os jurisconsultos leigos romanos. Estes desenvolviam a solução dos casos por meio de um saber específico: a jurisprudentia. A característica racionalizadora desse período é a profissionalização da atividade jurídica.
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3º A terceira fase é a da positivação do Direito pelos monarcas absolutistas modernos. Os monarcas europeus, entre os séculos XVI e XVIII, usaram amplamente a legislação como instrumento de organização social.
4º A quarta fase diz respeito ao Direito codificado aplicado por juristas burocratas. A partir do século XIX, o ideal de sistema se materializou em um código: o Código Napoleônico, de 1804.
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