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SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 1 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br COMENTADAS DE DIREITO PENAL FÁBRICA DE POLÍCIA Todos os direitos reservados. www.fabricadepoliciaconcursos.com.br PARTE GERAL 400 QUESTÕES SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 2 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br SUMÁRIO QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS - PARTE GERAL ........................................................................................................................... 3 NOÇÕES GERAIS E PRINCÍPIOS ...................................................................................................................................................... 3 GABARITO ...................................................................................................................................................................... 7 APLICAÇÃO DA LEI PENAL .............................................................................................................................................................. 8 GABARITO .................................................................................................................................................................... 13 DO CRIME ..................................................................................................................................................................................... 14 GABARITO .................................................................................................................................................................... 25 CONCURSO DE PESSOAS .............................................................................................................................................................. 26 GABARITO .................................................................................................................................................................... 31 CONCURSO DE CRIMES ................................................................................................................................................................ 32 GABARITO .................................................................................................................................................................... 36 PENAS E EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ........................................................................................................................................ 37 GABARITO .................................................................................................................................................................... 50 QUESTÕES COMENTADAS - PARTE GERAL .................................................................................................................................. 52 NOÇÕES GERAIS E PRINCÍPIOS .................................................................................................................................................... 52 APLICAÇÃO DA LEI PENAL ............................................................................................................................................................ 66 DO CRIME ..................................................................................................................................................................................... 79 CONCURSO DE PESSOAS ............................................................................................................................................................ 110 CONCURSO DE CRIMES .............................................................................................................................................................. 122 PENAS E EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ...................................................................................................................................... 132 SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 3 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS - PARTE GERAL NOÇÕES GERAIS E PRINCÍPIOS 01) Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal. 02) A máxima de que “não há crime sem lei anterior que o defina, tampouco pena sem prévia cominação legal” traduz o princípio penal da: A) proporcionalidade. B) individualização da pena C) insignificância. D) legalidade. E) territorialidade. 03) O princípio da legalidade impede a aplicação de lei penal ao fato ocorrido antes do início de sua vigência. 04) Infração bagatelar imprópria é a que já nasce sem nenhuma relevância penal, ou porque não há desvalor da ação (não há periculosidade na conduta, isto é, idoneidade ofensiva relevante; ou porque não há desvalor do resultado não se trata de ataque intolerável ao bem jurídico); 05) O princípio da ultratividade da lei penal refere-se à aplicação da lei mais benéfica para fatos ocorridos antes e depois de sua vigência. 06) Em razão do caráter fragmentário do Direito Penal, este deverá ser preferencialmente observado para a solução de conflitos, devendo abranger a tutela do maior número de bens jurídicos possível. 07) Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os princípios gerais do direito são fontes formais imediatas do direito penal. 08) O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras. 09) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Trata-se do postulado constitucional que se consagrou com a denominação de A) presunção de inocência. B) devido processo legal. C) in dubio pro reo. D) estrita legalidade. E) princípio da culpabilidade. 10) O princípio da taxatividade, ou do mandado de certeza, preconiza que a lei penal seja concreta e determinada em seu conteúdo, sendo vedados os tipos penais abertos. 11) Norma penal em branco homogênea, ou em sentido amplo, é aquela cujo complemento é oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento. 12) É vedado ao juiz fixar a mesma pena base aos corréus, sob pena de violação ao princípio da individualização da pena, ainda que as circunstâncias judiciais sejam comuns. 13) Dado o princípio da intranscendência da pena, o condenado não pode permanecer mais tempo preso do que aquele estipulado pela sentença transitada em julgado. 14) Dado o princípio da limitação das penas, veda-se que a pena passe do condenado para outrem, ainda no que se refira à execução dos sucessores do agente quanto às obrigações decorrentes de eventuais danos. 15) A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do princípio da A) proporcionalidade. B) intervenção mínima do Estado. C) fragmentariedade do Direito Penal. D) humanidade. E) adequação social. 16) Inquéritos policiais e ações penais em curso podem servir para agravar a pena-base do condenado a título de maus antecedentes e de personalidade desajustada ou voltada para a criminalidade. 17) A existência de condenação transitada em julgado por fatos posteriores ao delito objeto da ação penal não serve para caracterizar maus antecedentes, tampouco reincidência. 18) Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídicotutelado. Tal enunciado refere-se ao princípio da A) proporcionalidade. B) intervenção mínima. C) ofensividade. D) bagatela imprópria. E) alteridade. 19) O princípio da alteridade é violado em caso de A) proibição de mulher transexual utilizar banheiro público feminino. B) arbitramento de indenização por danos morais contra pessoa jurídica. C) violação de correspondência alheia. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 4 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br D) impedimento do exercício do direito de livre associação. E) uso da força para coibir manifestação violenta. 20) Conforme entendimento do STJ, o princípio da adequação social justificaria o arquivamento de inquérito policial instaurado em razão da venda de CDs e DVDs. 21) No direito penal, o princípio da fragmentariedade informa que o direito penal é autônomo e cuida das condutas tidas por ilícitas penalmente, sendo aplicável a lei penal independentemente da solução do problema por outros ramos do direito. 22) Dado o princípio da fragmentariedade, o direito penal só deve ser utilizado quando insuficientes as outras formas de controle social. 23) O princípio da insignificância propõe ao ordenamento jurídico uma redução dos mecanismos punitivos do Estado ao mínimo necessário, de modo que a intervenção penal somente se justificaria nas situações em que fosse definitivamente indispensável à proteção do cidadão. 24) O princípio do ne bis idem está expressamente previsto na CF e preconiza a impossibilidade de uma pessoa ser sancionada ou processada duas vezes pelo mesmo fato, além de proibir a pluralidade de sanções de natureza administrativa sancionatórias. 25) O que nos parece é que as duas dimensões do bem jurídico- penal ― a valorativa e a pragmática ― apresentam áreas de intensa interpenetração, o que origina a tendencial convergência entre elevada dignidade penal e necessidade de tutela penal, assim como, inversamente, entre reduzida dignidade penal e desnecessidade de tutela penal. (CUNHA, Maria da Conceição Ferreira da. Constituição e crime: uma perspectiva da criminalização e da descriminalização. Porto: Universidade Católica Portuguesa Editora, 1995, p. 424) Nesse tópico, o tema central do raciocínio da jurista portuguesa radica primacialmente no campo da ideia constitucional de A) individualização. B) dignidade humana. C) irretroatividade. D) proporcionalidade. E) publicidade. 26) Conta-se que o rei grego Drácon, na Antiguidade, exatamente por não dispor de nada ainda mais grave, mandava punir indistintamente todos os criminosos com a pena de morte. Daí, portanto, o adjetivo draconiano a um direito penal assim severo. À vista disso, já com o repertório da modernidade penal, poderíamos criticar Drácon por não observar a ideia de A) legalidade. B) proporcionalidade. C) fragmentariedade. D) irretroatividade. E) pessoalidade. 27) A ideia de insignificância penal centra-se no conceito A) formal de crime. B) material de crime. C) analítico de crime. D) subsidiário de crime. E) aparente de crime. 28) O princípio da bagatela imprópria implica a atipicidade material de condutas causadoras de danos ou de perigos ínfimos. 29) Dado o caráter funcional do princípio da insignificância, a bagatela imprópria não afasta a tipicidade material da conduta, mas exclui a culpabilidade. 30) É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo. 31) Assinale a opção que apresenta princípios que devem ser observados pelas leis penais por expressa previsão constitucional. A) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, economicidade, individualização da pena B) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da inocência, eficiência da pena C) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da inocência, individualização da pena. D) legalidade, irretroatividade, moralidade, presunção da inocência, individualização da pena E) legalidade, impessoalidade, irretroatividade, presunção da inocência, individualização da pena. 32) Assinale a alternativa que corretamente indica uma das missões do direito penal. A) Aplicar a pena com o escopo único de retribuir ao criminoso o mal causado, pois a pena é intrinsecamente justa. B) Aplacar o clamor popular através de instrumentos simbólicos de punição. C) Manter a ordem política através da seletividade nas incriminações. D) Estimar a vingança privada nas hipóteses previstas em lei, como, por exemplo, na legítima defesa. E) Servir como instrumento de garantias para o criminoso. 33) A definição de crime e a consequente imposição de pena somente é possível por meio de lei, única fonte criadora de tipos penais. 34) Considere que, durante a copa do mundo de futebol no ano de 2014, o Congresso Nacional publique lei temporária, com vigência apenas durante o evento desportivo, tipificando como conduta criminosa a venda de ingressos por preços superiores aos comercializados pela Confederação Brasileira de Futebol, no intuito de evitar a ação de cambistas. Considere, ainda, que José seja preso em flagrante vinte dias antes do fim do evento por infringir o mencionado tipo penal. Nessa situação hipotética, as autoridades competentes terão de punir José no prazo máximo de SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 5 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br vinte dias, pois, passado esse período, a lei temporária deixa de vigorar, não podendo retroagir para prejudicar o acusado. 35) O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do delito. 36) O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo A) no princípio da fragmentariedade e na teoria da imputação objetiva. B) no princípio da subsidiariedade e na teoria da imputação objetiva. C) nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. D) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista sistêmica. E) na teoria da imputação objetiva e na proposta funcionalista sistêmica. 37) Em decorrência do princípio da confiança, há presunção de legitimidade e legalidade dos atos dos órgãos oficiais de persecução penal, razão pela qual a coletividade deve guardar confiança em relação a eles. 38) Segundo a jurisprudência do STJ, o princípio da insignificância deve ser aplicado a casos de furto qualificado em que o prejuízo da vítima tenha sido mínimo. 39) O princípio constitucional da não culpabilidade não é óbice ao lançamento do nome do réu no rol dos culpados antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 40) Com relação às fontes do Direito Penal, é correto dizer que as fontes formais são classificadas em A) materiais e de cognição. B) imediata e substancial C) mediata e de produção. D) mediata e imediata E) exclusivamente de cognição. 41) No Direito Penal, a necessidade de a norma ser complementada por outra de nível diverso denomina-se: A) norma penal em branco em sentido amplo B) norma penal em branco em sentido estrito C) norma penal não incriminadora D) norma penal regulamentar E) norma penal especial 42) O princípio da “ultima ratio” ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir. 43) De acordo com o entendimento do STF, a aplicação do princípio da insignificância pressupõe a constatação de certos vetores para se caracterizar a atipicidade material dodelito. Tais vetores incluem o(a) A) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento. B) desvalor relevante da conduta e do resultado. C) mínima periculosidade social da ação. D) relevante ofensividade da conduta do agente. E) expressiva lesão jurídica provocada. 44) A revogação do crime de atentado violento ao pudor não configurou abolitio criminis, pois houve continuidade típico- normativa do fato criminoso. 45) Dado o princípio da legalidade, o Poder Executivo não pode majorar as penas cominadas aos crimes cometidos contra a administração pública por meio de decreto. 46) Na aplicação dos princípios da insignificância e da lesividade, as condutas que produzam um grau mínimo de resultado lesivo devem ser desconsideradas como delitos e, portanto, não ensejam a aplicação de sanções penais aos seus agentes. 47) Se uma mulher mata o próprio filho, logo após o parto, sob a influência do estado puerperal, responde pelo crime de infanticídio (art. 123 do CP) e não pelo crime de homicídio (art. 121, CP). Isso se deve, no concurso aparente de normas, à aplicação do princípio da: A) Consunção. B) alternatividade. C) fragmentariedade. D) especialidade. E) subsidiariedade. 48) Os princípios aplicáveis ao Direito Penal elencados abaixo têm disposição expressa e literal na Constituição Federal de 1988, EXCETO: A) Dignidade humana. B) Individualização. C) Proporcionalidade. D) Pessoalidade. E) Legalidade. 49) No direito penal, a analogia A) é uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes. B) é uma fonte formal imediata do direito penal. C) utiliza, na modalidade jurídica, preceitos legais existentes para solucionar hipóteses não previstas em lei. D) corresponde a uma interpretação extensiva da norma penal. E) é uma fonte formal mediata, tal como o costume e os princípios gerais do direito. 50) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 6 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br 51) O princípio segundo o qual, “desde logo, as incriminações não podem pretender a proteção de meros valores éticos e morais, nem a sanção de condutas socialmente inócuas” recebe na doutrina a denominação de Princípio da A) taxatividade. B) igualdade. C) legalidade. D) anterioridade da lei penal. E) exclusiva proteção de bens jurídicos. 52) A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente. O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o tipo penal incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito. 53) Conforme o STF, para que incida o princípio da insignificância e, consequentemente, seja afastada a recriminação penal, é indispensável que a conduta do agente seja marcada por ofensividade mínima ao bem jurídico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressividade da lesão, e nenhuma periculosidade social. 54) São princípios constitucionais explícitos o da proporcionalidade, o da reserva legal e o da insignificância. 55) “Pode-se afirmar que constitui verdadeira barreira ao abuso da intervenção punitiva do Estado, evitando-se o exagero da utilização desmedida do Direito Penal como agente solucionador de conflitos e panaceia de todos os males. Busca restringir o âmbito de atuação do Direito Penal às situações realmente relevantes, em que a ação do Estado seja necessária e outros ramos do Direito não sejam capazes de dar solução adequada ao conflito.” Tal assertiva relaciona-se com o Princípio da: a) Lesividade. b) Legalidade. c) Culpabilidade. d) Intervenção mínima. 56) Considera-se, em relação aos crimes de conteúdo múltiplo, que, se em um mesmo contexto, o agente realizar ação correspondente a mais de um dos verbos do núcleo do tipo penal, ele só deverá responder por um único delito, em virtude do princípio da alternatividade. 57) O princípio da insignificância não conta com reconhecimento normativo explícito da nossa legislação penal, seja comum ou especial. 58) É inconstitucional lei que preveja a condenação à morte ou à execução de trabalhos forçados, dado que a Constituição Federal de 1988 (CF) proíbe, expressamente, essas modalidades de pena. 59) A respeito das disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, analise os itens a seguir: I. O princípio penal do “non bis in idem”, embora não incluído expressamente na Constituição Federal, tem fundamento no Estado Democrático de Direito. II. É possível se estabelecer sanção penal sem lei anterior, desde que para beneficiar o réu. III. O princípio da presunção de inocência, expresso na Constituição Federal, é uma consequência da proibição da responsabilidade objetiva no direito penal brasileiro. Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que: a) Apenas o item I está correto. b) Apenas o item II está correto. c) Apenas o item III está correto. d) Apenas os itens I e II estão corretos. e) Apenas os itens II e III estão corretos. 60) Com base no princípio da presunção de inocência, a prisão preventiva deve ser decretada apenas quando as medidas cautelares alternativas não forem suficientes, não mais havendo prisão automática em razão de sentença condenatória de primeira instância. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 7 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 E D E E E E 7 C D E C E E E 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 D E C C A E E E E E D B B E 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 C E E E C E E C E E E D B E 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 A C C C D D A E E E C E D C 57 58 59 60 C C A C SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 8 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1) Quanto ao lugar e o tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro adotou a teoria do (a), respectivamente: A) atividade e ubiquidade. B) resultado e ubiquidade. C) ubiquidade e contemporaneidade. D) contemporaneidade e resultado. E) ubiquidade e atividade. 2) Assinale a alternativa correta sobre o tema da lei penal no tempo e, mais especificamente, o que se entende por “lex tertia”. A) Trata-se da revogação de uma incriminação penal por uma lei posterior que não mais considere o fato como criminoso. B) Trata-se da aplicabilidade da lei posterior que de qualquer modo favorece o agente e aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. C) Trata-se da aplicabilidade da lei posterior que de qualquer modo favorece o agente e aplica-se aos fatos anteriores, desde que não tenha ocorrido o trânsito em julgado. D) Trata-se da combinação de leis que se mostra necessária por força da equidade, para regular algumas situações transitórias, que se verificam em face da sucessão de leis penais. 3) A bordo de navio venezuelano de propriedade particular, que estava atracado no porto de Santos – SP, ocorreu um crime doloso contra a vida de um dos tripulantes. Nessa situação, como o navio era estrangeiro,não se aplicará a norma penal brasileira. 4) Atinente à aplicação da Lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar: A) No que tange ao tempo do crime, o código penal adotou a teoria da ubiquidade. B) Leis temporárias e excepcional (art. 3, CP) são hipóteses excepcional de ultra atividade maléfica. C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto- mar. Tal instituto é denominado Extraterritorialidade. D) De acordo com o princípio da territorialidade, não é possível, por conta de regras internacionais, que um crime cometido no Brasil não sofra as consequências da Lei Brasileira. 5) Analise as assertivas abaixo: I - Em nome do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, a abolitio criminis e a “lex mitior” alcançam todos os fatos delitivos anteriores à sua entrada em vigor, inclusive aqueles previstos em legislação penal temporária ou excepcional. II - A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos a bordo de embarcações e aeronaves estrangeiras de propriedade privada que estejam localizadas no mar territorial ou sobrevoando o espaço aéreo brasileiro, sendo também consideradas como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, localizadas em mar territorial ou no espaço aéreo de outro país, desde que estejam a serviço do governo brasileiro. III - Segundo dispõe o princípio da consunção, quando a concretização da prática de um crime depende direta e necessariamente da prática de uma conduta delitiva antecedente, o juiz, no momento da sentença, deve afastar o reconhecimento do concurso de infrações, aplicando ao réu apenas a pena do crime mais grave. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III. 6) No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual se aplica a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma consideração a respeito do local onde o crime foi praticado ou da nacionalidade do agente, denomina-se princípio A) da nacionalidade. B) da territorialidade. C) de proteção. D) da competência universal. E) de representação. 7) Em razão do princípio da atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 8) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 9) Dos crimes abaixo mencionados, qual não fica sujeito à lei brasileira pela aplicação do princípio da extraterritorialidade incondicionada: A) De homicídio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; B) De latrocínio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; C) De constrangimento ilegal cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; D) De ameaça cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 9 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br E) De sequestro praticado no estrangeiro contra o Presidente da República 10) Reconhecida a abolitio criminis, causa de extinção da punibilidade, os efeitos penais se apagam, permanecendo os efeitos civis. 11) Considerando o princípio da especialidade, que rege o conflito aparente de normas penais, é correto afirmar que norma que define o crime de homicídio é especial em relação à que define o infanticídio. 12) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva: A interpretação teleológica busca a vontade do legislador, a chamada voluntas legislatoris, e não a vontade da lei, denominada voluntas legis. 13) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva: Quanto ao Lugar do crime, o Direito brasileiro adotou a Teoria da Atividade segundo a qual o Lugar do delito é aquele em que se verificou o ato executivo. 14) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva: As normas penais que definem o injusto culpável e estabelecem as suas consequências jurídicas são passíveis de aplicação analógica. 15) Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão, de detenção ou prisão simples, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa. 16) Pela aplicação do princípio da especialidade, a norma de caráter especial exclui a de caráter geral. Trata-se de uma apreciação em abstrato e, portanto, independe da pena prevista para os crimes, podendo ser estas mais graves ou mais brandas. Por exemplo, a importação de lança-perfume, que é considerada crime tráfico de drogas e não contrabando. 17) No que diz respeito à contagem de prazo no Código Penal, assinale a alternativa correta. A) Inicia-se o cômputo do prazo dois dias após o dia do começo B) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo nas hipóteses de crime contra a vida. C) O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. D) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo. E) O dia do começo é irrelevante no cômputo do prazo. 18) Em relação ao lugar do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria do resultado, considerando praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 19) Desde que em benefício do réu, a jurisprudência dos tribunais superiores admite a combinação de leis penais, a fim de atender aos princípios da ultratividade e da retroatividade in mellius. 20) Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 21) A sentença criminal condenatória estrangeira é eficaz no direito brasileiro A) inclusive para fins de reincidência. B) somente para sujeitar o agente à medida de segurança. C) somente para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e outros efeitos civis. D) somente nos casos expressos de extraterritorialidade incondicionada da lei estrangeira. E) somente quando se tratar de crime executado no Brasil, cujo resultado se produziu no estrangeiro. 22) A lei penal mais severa aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente iniciados antes da referida lei, se a continuidade ou a permanência não tiverem cessado até a data da entrada em vigor da lex gravior. 23) A respeito da Lei Penal no tempo e no espaço, assinale a alternativa INCORRETA: A) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória. B) A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. C) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. D) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. E) É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeirasde propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 24) A entrada em vigor da nova Lei de Drogas, revogando a anterior, fez com que o crime de porte de drogas para consumo pessoal deixasse de prever a aplicação de pena privativa de liberdade, passando a adotar as seguintes como sanções: advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Nesse sentido, no que tange à pena aplicável ao autor do citado delito, é correto afirmar que a nova lei de drogas constitui um exemplo de: a) novatio legis não incriminadora b) abolito criminis c) novatio legis in pejus d) novatio legis in mellius e) lei intermediária 25) Pégaso é condenado pela prática de crime previsto em lei a quinze anos de reclusão, tendo a decisão judicial transitada em julgado. Após dois anos de cumprimento da pena, surge lei nova SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 10 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br que deixa de considerar como crime os fatos que levaram à condenação de Pégaso. Nesse caso, segundo os comandos normativos do Código Penal, a lei: a) não retroagirá pelo efeito permanente da decisão judicial b) retroagirá para beneficiar o réu c) retroagirá se houve concordância do Ministério Público d) não retroagirá por ser regra de exceção 26) Esquimó é acusado de cometer crime ocorrido em aeronave que realiza voo internacional. Nos termos do Código Penal, é considerada extensão do território para fins de aplicação da lei brasileira: a) aeronaves estrangeiras em voo onde estiverem b) aeronaves brasileiras em voo no espaço aéreo nacional c) aeronaves estrangeiras pousadas em aeroportos internacionais d) aeronaves brasileiras mercantes em voo perante espaço aéreo estrangeiro 27) Arlindo desferiu diversos golpes de faca no peito de Tom, sendo que, desde o início dos atos executórios, tinha a intenção de, com seus golpes, causar a morte do seu desafeto. No início, os primeiros golpes de faca causaram lesões leves em Tom. Na quarta facada, porém, as lesões se tornaram graves, e os últimos golpes de faca foram suficientes para alcançar o resultado morte pretendido. Arlindo, para conseguir o resultado final mais grave, praticou vários atos com crescentes violações ao bem jurídico, mas responderá apenas por um crime de homicídio por força do princípio da: a) subsidiariedade, por se tratar de progressão criminosa; b) alternatividade, por se tratar de crime progressivo; c) consunção, por se tratar de progressão criminosa; d) especialidade, por se tratar de progressão criminosa; e) consunção, por se tratar de crime progressivo. 28) Pedro residia na cidade X com sua companheira Maria. Em uma discussão doméstica, Pedro esfaqueou Maria, que teve de ser atendida na cidade Y, já que em X não havia atendimento médico adequado ao seu caso. Maria faleceu na cidade Y, em decorrência da lesão sofrida. Assertiva: Nessa situação, considera-se lugar do crime a cidade X. 29) Assinale a alternativa que apresenta um caso hipotético que seria julgado pela lei penal brasileira, considerando as regras da territorialidade do art. 5.º do CP. A) Furto de computador da embaixada brasileira estabelecida na França, praticado por um Croata. B) Roubo à agência do Banco do Brasil, estabelecida em Roma, praticado por autores desconhecidos. C) Tentativa de homicídio do Presidente do Brasil, na Bélgica, praticado por um belga em coautoria com um brasileiro. D) Lesão corporal de marinheiro holandês contra marinheiro alemão dentro de navio privado, de bandeira portuguesa, que está ancorado em porto brasileiro. E) Falsificação de documento de identidade emitido pela Rússia, praticado por brasileiro no Paraguai, em cidade localizada a 2 km da fronteira com o Brasil. 30) Pelo princípio da justiça penal internacional, previsto no art. 7º, II, a, do Código Penal, será incidente a lei penal brasileira para a punição da mutilação genital de qualquer mulher, quando cometida no estrangeiro, desde que o agente ingresse no território nacional. 31) Ocorre o crime progressivo ou progressão criminosa quando o agente, para alcançar o resultado mais gravoso, passa por outro, necessariamente menos grave. 32) Acerca da lei penal no tempo e no espaço, julgue os itens a seguir. Considere que determinado empresário tenha sido sequestrado em 1/1/2008 e libertado em 1 /12/2008, mediante o pagamento do valor do resgate pela família, e que, em agosto de 2008, o Congresso Nacional tenha editado lei ordinária, que dobrou a pena privativa de liberdade do mencionado delito. Nessa situação, a pena do delito de sequestro fixada pela nova lei não poderá ser aplicada aos sequestradores do referido empresário, uma vez que a lei penal mais grave não pode retroagir. 33) Érica conduz investigação no concernente a crime que é capitulado em mais de uma lei formal. Com dificuldades de definir a lei aplicável, estabelece que, no caso investigado, deveria ser aplicado o princípio da: a) constitucionalidade b) individualidade c) especialidade d) temporalidade 34) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva: O conceito analítico de crime, segundo a Teoria Tripartite, crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível. 35) Em relação aos institutos do Decreto-Lei nº 2.848/40 (Código Penal), analise as assertivas abaixo. I. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. II. É considerado crime impossível quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. III. O estrito cumprimento do dever legal, quando admitido em juízo, excluirá a ilicitude do crime. É correto o que se afirma em A) I, apenas. B) II e III, apenas. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 11 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br C) I e III, apenas. D) I, II e III. 36) No crime permanente, a conduta se protrai no tempo em razão da própria vontade do agente e o tempo do crime é o de sua duração; enquanto que, no crime continuado, o tempo do crime é o da prática de cada conduta perpetrada. 37) Considera-se contravenção penal a infração penal a que a lei comina pena máxima não superior a dois anos de reclusão. 38) Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos de direito processual e não material. 39) Analise as afirmativas abaixo, em relação ao Título “Da Aplicação da Lei Pena”, do Código Penal Comum. I- Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. II- Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. III- Considera-se praticado o crime no lugar da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. IV- A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Assinale a opção correta. A) Apenas a afirmativa IV está correta. B) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. C) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. E) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas 40) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as mesmas consequências, poderá ser homologada no Brasil para todos os efeitos, exceto para obrigar o condenado à reparação do dano.41) Lei temporária estabelece que constitui delito a venda de bebidas alcoólicas no raio de dois quilômetros dos locais destinados à realização da Copa América no Brasil. Considerando hipoteticamente que João pratique tal delito no período de vigência da lei em comento, em suma, o juiz poderá condená-lo A) após o prazo de vigência da lei temporária, dado que o delito ocorreu durante a vigência desta. B) se a prática do delito for anterior à vigência da referida lei temporária. C) somente até a data de término de vigência da referida lei temporária. D) se a prática do delito for posterior à vigência da referida lei temporária. E) se a venda de bebidas alcóolicas ocorreu no raio de cinco quilômetros, visto que o delito aconteceu durante a vigência da lei temporária. 42) Considere, abaixo, a norma disposta no art. 7º, inciso II, alínea c, do Código Penal. “Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro [...], os crimes [...] praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados”. Esse inciso II, em sua alínea c, define o princípio da A) proteção. B) justiça universal. C) representação. D) defesa. E) territorialidade. 43) Ficam sujeitos à lei brasileira, ainda que praticados no estrangeiro, os crimes: I) Praticados contra a vida ou liberdade do Presidente e Vice- Presidente da República. II) Contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço. III) Que, por tratado ou convenção, o Brasil obrigou a reprimir. IV) Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público, ou ainda contra a vida de seus representantes legais. Está(ão) CORRETA(S): A) Todas as assertivas. B) Somente as assertivas I e III. C) Somente as assertivas II, III e IV. D) Somente a assertiva II. E) Somente as assertivas II e III. 44) Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, mas, nas de multa, não se desconsideram as frações da moeda. 45) A absorção do crime-meio pelo crime-fim configura aplicação do princípio da: A) sucessividade. B) alternatividade. C) consunção. D) especialidade. E) subsidiariedade. 46) Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente, as teorias do(a) a) resultado e da ação. b) consumação e do resultado. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 12 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br c) atividade e da ubiquidade. d) ubiquidade e da atividade. e) ação e da consumação. 47) Dirigindo embriagado pelas ruas da Lapa, o cônsul da França no Rio de Janeiro provoca um acidente, no qual resta ferida sua esposa brasileira, que também estava no carro. Transferida a um hospital francês, a mulher morre depois de alguns meses internada, em virtude dos ferimentos suportados por ocasião do acidente. Nesse contexto, o cônsul poderá ser punido criminalmente de acordo com a lei brasileira? A) Sim, pois o crime aconteceu no estrangeiro, onde se deu o resultado, aplicando-se ao caso, todavia, a extraterritorialidade da lei brasileira. B) Não, pois, em razão de imunidade diplomática, trata-se de uma hipótese de intraterritorialidade da lei penal estrangeira. C) Sim, pois, como imunidade do cônsul não alcança a conduta praticada, aplica-se a lei brasileira, uma vez que o crime foi praticado em território nacional. D) Não, pois, se o resultado aconteceu no estrangeiro, o crime não se deu em território nacional. E) Sim, pois, se a ação aconteceu no Brasil, sempre haverá a aplicação da lei brasileira ao caso concreto, pelo princípio da territorialidade. 48) Ficam sujeitos à lei brasileira, sem a necessidade do concurso de nenhuma condição, os seguintes crimes cometidos no estrangeiro de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. 49) Assinale a opção correta acerca da interpretação da lei penal A) A interpretação extensiva é admitida em direito penal para estender o sentido e o alcance da norma até que se atinja sua real acepção. B) A interpretação analógica não é admitida em direito penal porque prejudica o réu. C) A interpretação teleológica consiste em extrair o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na estrutura do texto legal. D) A analogia penal permite ao juiz atuar para suprir a lacuna da lei, desde que isso favoreça o réu. E) A interpretação judicial da lei penal se manifesta na edição de súmulas vinculantes editadas pelos tribunais. 50) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva: A interpretação analógica é aquela que abarca os casos análogos, conforme uma fórmula casuística gravada no dispositivo legal, não sendo admitida em direito penal. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 13 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 E D E B B C E E B C E E E E 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 E C C E E E A C A D B B E C 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 D E E E C E D C E E E E A C 43 44 45 46 47 48 49 50 E E C C C C A E SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 14 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br DO CRIME 01) Enquanto o agente possuir drogas em depósito ou guardá-las para entregar para consumo ou para fornecer, haverá uma situação de flagrante A) legal, pois é uma hipótese de crime permanente. B) legal, pois é uma hipótese de crime instantâneo. C) ilegal, pois é imprescindível o mandado de busca e apreensão para ingressar no local do delito. D) ilegal, pois é um típico caso de flagrante forjado. E) ilegal, pois é um típico caso de flagrante esperado. 02) Assinale a alternativa correta considerando os preceitos normativos e doutrinários básicos sobre a figura jurídica específica que denomina a situação em que não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. A) Crime irreal B) Crime consumado C) Crime hediondo D) Crime impossível E) Crime famélico 03) Considerando a temática crime, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. I. Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. II. Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. III. Impossível, quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, for impossível consumar-se o crime. A) Somente III está correta. B) Somente I e III estão corretas. C) Somente I está correta. D) Somente II está correta. E) I, II e III estão corretas. 04) Em relação aos princípios e às normas gerais de direito penal, julgue o item subsecutivo. Aquele que tenta envenenar o desafeto utilizando gelatina acreditando ser veneno, não será punido pela tentativa de homicídio, pois trata-se de crime impossível por impropriedade absoluta do objeto material do delito. 05) Havendo o agente subtraído um automóvel, e na fuga atropelado um pedestre e arrebatado uma mulher com o fim de praticar crime de estupro, pode-se afirmar que responderá na forma do A) Concurso Material. B) Concurso Formal. C) Crime Continuado. D) Concurso Formal Benéfico. 06) Segundo o Código Penal Comum, "quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não...", configura a hipótese de: A) concurso material. B) concurso formal.C) concurso de agentes. D) concurso de pessoas. E) crime continuado. 07) Com referência à aplicação da lei penal, julgue os itens subsequentes. Com base na teoria da atividade, aos crimes permanentes e continuados pode ser aplicada nova lei, ainda que mais severa. 08) Após a morte da mãe, A recebeu, durante um ano, a pensão previdenciária daquela, depositada mensalmente em sua conta bancária, em virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, A foi denunciada por apropriação indébita. Se a sentença concluir que a acusada (em razão de sua incultura, pouca vivência, etc.) não tinha percepção da antijuricidade de sua conduta, estará reconhecendo A) erro sobre elemento do tipo, que exclui o dolo. B) erro de proibição. C) descriminante putativa. D) ignorância da lei. 09) O indivíduo “B”, com intenção de matar a pessoa “D”, efetua dez disparos de arma de fogo em direção a um veículo que se encontra estacionado na via pública por imaginar que dentro desse veículo encontrava-se a pessoa “D”, contudo, não havia nenhuma pessoa no interior do veículo. Com relação à conduta praticada por “B”, é correto afirmar que A) o indivíduo “B” poderá ser punido pelo crime de homicídio tentado, por analogia ao crime de homicídio em vista de sua intenção. B) o indivíduo “B” não poderá ser punido pelo crime de homicídio. C) o indivíduo “B” poderá ser punido pelo crime de homicídio consumado, em virtude da interpretação extensiva do crime de homicídio. D) o indivíduo “B” poderá ser punido pelo crime de homicídio consumado, por analogia ao crime de homicídio em vista de sua intenção. D) o indivíduo “B” poderá ser punido pelo crime de homicídio tentado, em virtude da interpretação extensiva do crime de homicídio em vista de sua intenção. 10) De acordo com o Código Penal Brasileiro, A) nos crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa, o arrependimento posterior isenta de pena o autor do crime, desde que reparado o dano até o recebimento da denúncia ou queixa. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 15 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br B) responde penalmente, a título de omissão, aquele que deixa de agir para evitar o resultado quando, por lei ou convenção social, tenha obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. C) o crime é tentado quando, iniciada a execução, o agente impede a realização do resultado. D) fica sujeito à lei brasileira, embora praticado no estrangeiro, o crime contra o patrimônio dos municípios. O agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. E) o crime praticado sob coação irresistível ou em obediência à ordem de superior hierárquico, desde que não manifestamente ilegal, é punido de forma atenuada. 11) Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a teoria da causalidade adequada, também conhecida como teoria da equivalência dos antecedentes causais. 12) Situação hipotética: André, que tinha praticado crime de roubo e subtraído, na ocasião, R$ 1.000 de Bruno, restituiu voluntariamente o referido valor a este antes do recebimento da denúncia. Assertiva: Nessa situação, a restituição do dinheiro subtraído configura arrependimento posterior, o que incorre no reconhecimento de causa de diminuição de pena. 13) Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime, estará caracterizado crime impossível. 14) A legítima defesa sucessiva é inadmissível como causa excludente de ilicitude da conduta. 15) A coação física irresistível configura causa excludente da culpabilidade. 16) Segundo o Código Penal, no caso de erro de execução, devem- se considerar, para fins de aplicação da pena, tanto as condições ou qualidades da pessoa contra a qual se deseja praticar o delito quanto as condições ou qualidades da pessoa contra a qual efetivamente se praticou o crime. 17) A respeito da definição de crime, é correto afirmar que, segundo o conceito A) político, crime é toda ação ou omissão humana proibida por lei, sob ameaça de pena. B) formal, crime é ação ou omissão que contraria os valores ou interesses do corpo social, exigindo a respectiva proibição com ameaça de pena. C) material, crime é toda ação ou omissão proibida por lei, sob ameaça de pena. D) analítico, crime é fato típico, ilícito e culpável. E) zetético, crime é fato típico, ilícito, culpável e punível. 18) Existem crimes que podem ser praticados por quaisquer pessoas. Entretanto, há os que exigem determinada capacidade especial do sujeito ativo para a sua configuração. Estes são denominados crimes A) comuns. B) de circulação. C) próprios. D) vagos. E) omissivos. 19) Caso a restituição da coisa ou a reparação do dano se dê até o recebimento da denúncia, configurar-se-á o arrependimento posterior. Caso se dê após o recebimento da denúncia e até a sentença, a restituição ou reparação será considerada circunstância atenuante. 20) São elementos do crime doloso: A) previsibilidade objetiva e dever de cuidado objetivo. B) previsibilidade subjetiva e dever de cuidado objetivo. C) desejo do resultado e assunção do risco de produzi-lo. D) previsão do resultado pelo agente, mas que não se realize sinceramente a sua produção e especificidade do dolo. E) elemento subjetivo do tipo e previsibilidade subjetiva. 21) Quando o agente vê a sua intenção de cometer o crime frustrada, por circunstâncias alheias à sua vontade, ocorre a figura penal de A) arrependimento. B) tentativa. C) crime impossível. D) crime consumado. E) desistência voluntária. 22) Segundo o Direito Penal, julgue os itens subsequentes. Haverá crime impossível naqueles casos em que os meios empregados sejam ineficazes para obtenção dos resultados, ainda que o agente acredite que aqueles meios sejam eficazes e atue em seguida para evitar o resultado. 23) Configura-se tentativa imperfeita ou crime falho se o agente esgota todos os atos executórios e, por circunstâncias alheias a sua vontade, o crime não se consuma. 24) Na culpa consciente, o agente prevê o resultado e pratica a conduta acreditando que ele não irá ocorrer; na culpa inconsciente, embora previsível o resultado, o agente não o prevê. 25) No que se refere a crime consumado e a crime tentado, assinale a opção correta. A) No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser utilizada para amarrar a vítima que se pretende sequestrar é ato executório do crime de sequestro. B) Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o emprego de arma de fogo que possui a numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não podem constituir crime autônomo. C) Situação hipotética: Policiais surpreenderam João portando uma chave-mestra enquanto circulava próximo a uma loja no interior de um shopping center em atitude suspeita. Assertiva: Nesse caso, João responderá por tentativa de furto, pois, devido SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 16 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br ao porte da chave-mestra, os policiais puderam inferir que ele pretendia furtar um veículo no estacionamento. D) Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e sobreviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse caso, está configurada a tentativa imperfeita. E) Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso, a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído. 26) À luz do que dispõe o Ordenamento Penal brasileiro, A) o agente que desiste de forma voluntária de prosseguir na execução do crime, ouimpede que o resultado se produza, terá sua pena reduzida de um a dois terços. B) o arrependimento posterior, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, deve ocorrer até o oferecimento da denúncia ou da queixa. C) não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. D) crime impossível é aquele em que o agente, embora tenha praticado todos os atos executórios à sua disposição, não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias à sua vontade. E) diz-se crime culposo, quando o agente assumiu o risco de produzi-lo. 27) De acordo com o que estabelece o Código Penal, A) não há crime quando o agente pratica o fato no exercício regular de direito. B) entende-se em legítima defesa quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar. C) é possível a invocação do estado de necessidade mesmo para aquele que tinha o dever legal de enfrentar o perigo. D) é plenamente possível a compensação de culpas quando ambos os agentes agiram com imprudência, negligência ou imperícia na prática do ilícito. E) considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou omissão. 28) O erro de tipo, no Direito Penal, A) exclui a culpabilidade subjetiva, impedindo a punição do agente. B) quando escusável, permite a punição por crime culposo. C) é incabível em crimes hediondos e equiparados. D) é inescusável nos crimes da Lei de Drogas, no desconhecimento da lei penal. E) incide sobre o elemento constitutivo do tipo e exclui o dolo. 29) Para a doutrina finalista, o dolo integra a A) culpabilidade. B) tipicidade. C) ilicitude. D) antijuridicidade. E) punibilidade. 30) É causa de exclusão da tipicidade, A) a insignificância do fato ou a sua adequação social, segundo corrente doutrinária e jurisprudencial. B) o erro inevitável sobre a ilicitude do fato. C) a coação moral irresistível. D) a não exigibilidade de conduta diversa. E) a obediência hierárquica. 31) Em direito penal: I. Reconhecida a tentativa, a pena há de ser diminuída na proporção inversa do iter criminis percorrido pelo agente. II. A causalidade, nos crimes comissivos por omissão, não é fática, mas jurídica, consistente em não haver atuado o omitente, como devia e podia, para impedir o resultado. III. O crime culposo comissivo por omissão pressupõe a violação por parte do omitente do dever de agir para impedir o resultado. IV. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, exclui a punibilidade e se confunde com o desconhecimento da lei. Está correto o que se afirma APENAS em A) I, II e III. B) I, II e IV. C) II, III e IV. D) III e IV. E) I e III. 32) Com relação à exclusão de ilicitude é correto afirmar: A) Há crime quando o agente pratica o fato em exclusão de ilicitude, havendo, no entanto, redução da pena. B) Considera-se em estado de necessidade quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. C) Considera-se em legítima defesa quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. D) Pode alegar estado de necessidade mesmo quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. E) Ainda que o agente haja em caso de exclusão de ilicitude, este responderá pelo excesso doloso ou culposo. 33) São elementos da tentativa: A) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo e culpa. B) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo. C) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; culpa consciente. D) atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo e culpa. E) atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 17 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br 34) Há arrependimento eficaz, quando o agente, após ter esgotado os meios de que dispunha para a prática do crime, arrepende-se e tenta, sem êxito, por todas as formas, impedir a consumação. 35) A voluntariedade e a espontaneidade da interrupção da execução do crime são requisitos caracterizadores fundamentais das hipóteses de desistência voluntária. 36) No direito brasileiro, os atos preparatórios não são puníveis em nenhuma circunstância, nem mesmo como tipo penal autônomo. 37) Fernando deu início à execução de um delito material, praticando atos capazes de produzir o resultado lesivo. Todavia, aliou-se à sua ação uma concausa I. preexistente, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado. II. concomitante, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado. III. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, situada na mesma linha de desdobramento físico da conduta do agente, concorrendo para a produção do resultado. IV. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, sem guardar posição de homogeneidade em relação à conduta do agente e que, por si só, produziu o resultado. O resultado lesivo NÃO será imputado a Fernando, que responderá apenas pelos atos praticados, nas situações indicadas em A) I, II e IV. B) III e IV. C) I e III. D) I e II. E) II, III e IV. 38) O Código Penal, ao tratar da relação de causalidade do crime, considera causa a A) emoção ou a paixão. B) delação. C) ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. D) excludente de ilicitude. E) descriminante putativa. 39) Considere: I. Não provocação voluntária do perigo. II. Exigibilidade de sacrifício do bem salvo. III. Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo. IV. Conhecimento da situação justificante. V. Agressão atual ou pretérita. São requisitos do estado de necessidade o que se afirma APENAS em A) I, III e IV. B) II, III e IV. C) I, II e V. D) II, IV e V. E) I, III e V. 40) Entende-se por culpabilidade: A) a relação de contrariedade formal entre uma conduta típica e o ordenamento jurídico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa; B) a relação de contrariedade formal e material entre uma conduta típica e o ordenamento jurídico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa; C) a adequação formal e material entre uma conduta dolosa e/ou culposa frente a uma norma legal incriminadora, pressupondo-se ainda a sua prévia antijuridicidade; D) o juízo de reprovabilidade que se exerce sobre uma determinada pessoa que pratica um fato típico e antijurídico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa; E) o juízo de reprovabilidade que se exerce sobre uma determinada pessoa que pratica um fato típico e ilícito, tendo como requisitos a imputabilidade, a consciência plena da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa. 41) Em relação à responsabilidade do agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, é correto afirmar que: A) não há nenhuma responsabilidade criminal possível. B) o agente responde apenas pelos atos praticados. C) o agenteserá punido com a pena do crime consumado, reduzida de 1/3 a 2/3. D) não obstante a desistência ou o impedimento da produção do resultado, o agente responderá pelo crime tal como se ele tivesse sido consumado. E) se trata de hipótese de erro de tipo, que exclui a responsabilidade penal, salvo se inescusável. 42) Filolau, querendo estuprar Filomena, deu início à execução do crime de estupro, empregando grave ameaça à vítima. Ocorre que ao se preparar para o coito vagínico, que era sua única intenção, não conseguiu manter seu pênis ereto em virtude de falha fisiológica alheia à sua vontade. Por conta disso, desistiu de prosseguir na execução do crime e abandonou o local. Nesse caso, é correto afirmar que A) trata-se de caso de desistência voluntária, razão pela qual Filolau não responderá pelo crime de estupro. B) trata-se de arrependimento eficaz, fazendo com que Filolau responda tão somente pelos atos praticados. C) a conduta de Filolau é atípica. D) Filolau deve responder por tentativa de estupro. 43) A doutrina majoritária brasileira reconhece como elementos do crime a tipicidade, a ilicitude e a culpabilidade. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 18 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br Sobre estes elementos, assinale a assertiva incorreta. A) O Superior Tribunal de Justiça reconhece que a falta de tipicidade material pode, por si só, tornar o fato atípico B) A legítima defesa, o estado de necessidade, a obediência hierárquica e o exercício regular do direito são causas excludentes da ilicitude ou antijuridicidade. C) O agente, em qualquer das hipóteses de exclusão da ilicitude, responderá pelo excesso doloso ou culposo D) O pai que protege a integridade física de seu filho do ataque de um animal está amparado pela excludente da ilicitude do estado de necessidade. E) A embriaguez voluntária e até mesmo a culposa não excluem a imputabilidade penal. 44) Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que: A) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias; B) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a culpabilidade; C) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo; D) o crime culposo admite como regra a forma tentada; E) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa. 45) Leandro, pretendendo causar a morte de José, o empurra do alto de uma escada, caindo a vítima desacordada. Supondo já ter alcançado o resultado desejado, Leandro pratica nova ação, dessa vez realiza disparo de arma de fogo contra José, pois, acreditando que ele já estaria morto, desejava simular um ato de assalto. Ocorre que somente na segunda ocasião Leandro obteve o que pretendia desde o início, já que, diferentemente do que pensara, José não estava morto quando foram efetuados os disparos. Em análise da situação narrada, prevalece o entendimento de que Leandro deve responder apenas por um crime de homicídio consumado, e não por um crime tentado e outro consumado em concurso, em razão da aplicação do instituto do: A) crime preterdoloso; B) dolo eventual; C) dolo alternativo; D) dolo geral; E) dolo de 2º grau. 46) A imputabilidade é definida como A) a capacidade mental, inerente ao ser humano, de, ao tempo da ação ou da omissão, entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. B) a contrariedade entre o fato típico praticado por alguém e o ordenamento jurídico, capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos. C) a reprovabilidade ou o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do responsável pela conduta criminosa. D) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo. E) a necessidade de que a conduta reprovável se encaixe no modelo descrito na lei penal vigente no momento da ação ou da omissão. 47) No tocante às disposições previstas no Código Penal relativas à culpabilidade, é correto afirmar que A) se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, é punível o autor da coação ou da ordem tendo o autor do fato a pena diminuída de um a dois terços. B) o fato cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, não excluiu a culpabilidade do autor do fato. C) se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. D) se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, mesmo que manifestamente ilegal, de superior hierárquico, é punível o autor da coação ou da ordem tendo o autor do fato a pena diminuída de um a dois terços. E) se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, mesmo que manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 48) São pressupostos da culpabilidade A) a falta de cuidado, a previsibilidade do resultado e a exigibilidade de conduta diversa. B) a imputabilidade, a possibilidade de conhecimento da ilicitude e a falta de cuidado. C) a previsibilidade do resultado, a imputabilidade e a falta de cuidado. D) a possibilidade de conhecer a ilicitude, a exigibilidade de conduta diversa e a falta de cuidado. E) a imputabilidade, a possibilidade de conhecer a ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 49) A embriaguez acidental, proveniente de força maior ou caso fortuito, exclui a culpabilidade, ainda que o sujeito ativo possuísse, ao tempo da ação, parcial capacidade de entender o caráter ilícito do fato que praticou. 50) No estado de necessidade, A) há necessariamente reação contra agressão. B) o agente responderá apenas pelo excesso culposo. C) deve haver proporcionalidade entre a gravidade do perigo que ameaça o bem jurídico e a gravidade da lesão causada. D) a ameaça deve ser apenas a direito próprio. E) inadmissível a modalidade putativa. SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 19 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br 51) Há crime impossível quando a consumação não ocorre pela utilização de meio relativamente inidôneo para produzir o resultado. 52) Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por ele, de forma reiterada, a levar drogas para dentro do sistema penitenciário, para distribuição. Carlos a ameaçava dizendo que, se ela não realizasse a missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos comparsas soltos. Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi flagrada carregando a encomenda. Por considerar que estava sob proteção policial, ela revelou o que a motivava a praticar tal conduta, tendo provado as ameaças sofridas a partir de gravações por ela realizadas. Em sua defesa, Carlos alegou que o crime não fora consumado. No que se refere a essa situação hipotética, julgue o próximo item. Maria será punida, mas terá direito ao benefício de atenuante por ter colaborado com a polícia no desbaratamento do tráfico dentro do sistema prisional. 53) Sobre as causas de exclusão da culpabilidade, assinale a afirmativa correta. A) O exercícioregular do direito e a obediência hierárquica são causas que excluem a culpabilidade pela inexigibilidade de conduta diversa. B) A ação em coação física irresistível, apesar de configurar fato típico e ilícito, afasta a culpabilidade do agente em face da inexigibilidade de conduta diversa. C) A embriaguez culposa pelo álcool ou substância de efeitos análogos isenta o réu de pena D) O agente que em razão de perturbação mental não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, é isento de pena. E) A obediência hierárquica faz com que apenas o autor da ordem seja punido, desde que a ordem seja proferida por superior hierárquico, que não seja manifestamente ilegal e que o cumpridor se atenha aos limites da ordem. 54) No tocante às disposições do Código Penal relativas à culpabilidade e imputabilidade, é correto afirmar que A) se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. B) a pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. C) a embriaguez culposa pelo álcool ou substância de efeitos análogos exclui a imputabilidade penal D) a embriaguez voluntária pelo álcool ou substância de efeitos análogos exclui a imputabilidade penal E) a pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 55) Comprovado que o acusado possui desenvolvimento mental incompleto e que não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, é cabível a condenação com redução de pena. 56) Nos crimes comissivos por omissão, A) pelo critério nomológico, violam-se normas mandamentais. B) a tipicidade é a do tipo comissivo, mas pode também, excepcionalmente, ser a do tipo omissivo. C) a falta do poder de agir gera atipicidade da conduta. D) são delitos de mera atividade, que se consumam com a simples inatividade. E) no caso de ingerência, a conduta anterior deve ser a produtora do dano ou lesão. 57) Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um caçador que, confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao animal que ele desejava abater. 58) Em Direito Penal, o erro A) de tipo, se for invencível, exclui a tipicidade dolosa e a culposa. B) que recai sobre a existência de situação de fato que justificaria a ação, tornando-a legítima, é tratado pelo Código Penal como erro de proibição, excluindo-se, pois, a tipicidade da conduta. C) de tipo exclui o dolo e a culpa grave, mas não a culpa leve. D) de proibição é irrelevante para o Direito Penal, pois, nos termos do caput do art. 21 do Código Penal, “o desconhecimento da lei é inescusável”. E) de proibição exclui a consciência da ilicitude, que, desde o advento da teoria finalista, integra o dolo e a culpa. 59) A embriaguez completa provocada por caso fortuito é causa de inimputabilidade do agente. 60) São causas excludentes de culpabilidade o estado de necessidade, a legítima defesa e o estrito cumprimento do dever legal. 61) Para o Código Penal (art. 20, § 1.º), quando a descriminante putativa disser respeito aos pressupostos fáticos da excludente, estamos diante de: A) Excludente de antijuridicidade. B) Erro de tipo. C) Erro de proibição. D) Excludente de culpabilidade. 62) Carlos, imbuído de perniciosa lascívia concupiscente em face de sua colega de trabalho, Joana, resolve estuprá-la após o fim do expediente. Para tanto, fica escondido no corredor de saída do escritório e, quando a vítima surge diante de si, desfere-lhe um violento soco no rosto, que a leva ao chão. Aproveitando-se da SIMULADO DE DIREITO PENAL – PARTE GERAL 20 Proibido a venda e o compartilhamento deste material sem a devida autorização www.fabricadepoliciaconcursos.com.br debilidade da moça, Carlos deita-se sobre a mesma, já se preparando para despi-la, porém, antes da prática de qualquer ato libidinoso, repentinamente, imbuído de súbito remorso por ver uma enorme quantidade de sangue jorrando do nariz de sua colega, faz cessar sua intenção e a conduz ao departamento médico, para que receba o atendimento adequado. Em relação a sua conduta, Carlos: A) responderá por estupro tentado, em virtude da ocorrência de tentativa imperfeita; B) não responderá por estupro, em virtude da desistência voluntária; C) não responderá por estupro, em virtude de arrependimento eficaz; D) não responderá por estupro, em virtude de arrependimento posterior; E) responderá por estupro consumado, pois atualmente a lei não exige a prática de conjunção carnal para a configuração desse delito. 63) No curso de ação penal onde se imputa a prática de crime de roubo majorado, durante a oitiva das testemunhas de defesa, ocasião em que se identifica que a principal tese defensiva é de negativa de autoria, o juiz verifica que, possivelmente, o réu seria inimputável. Suspenso o processo antes do interrogatório e de encerrar a prova, realizado laudo pericial, é constatada a total inimputabilidade do agente na data dos fatos. Diante da constatação, juntado o laudo, caberá ao juiz; A) de imediato, absolver impropriamente o réu, aplicando medida de segurança, o que não gera reincidência; B) caso constatada a autoria e materialidade após instrução, condenar o réu, aplicando medida de segurança e pena privativa de liberdade C) caso constatada a autoria e materialidade após instrução, absolver impropriamente o réu, aplicando apenas pena privativa de liberdade com causa de redução de pena; D) caso constatada a autoria e materialidade após instrução, absolver impropriamente o réu, aplicando apenas medida de segurança; E) de imediato, condenar o réu, aplicando medida de segurança, o que gera reincidência. 64) Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou mais anos de idade, mesmo que sejam inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da conduta criminosa ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, são penalmente imputáveis. 65) Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a respeito da aplicação e da interpretação da lei penal, do concurso de pessoas e da culpabilidade. Joaquim, penalmente imputável, praticou, sob absoluta e irresistível coação física, crime de extrema gravidade e hediondez. Nessa situação, Joaquim não é passível de punição, porquanto a coação física, desde que absoluta, é causa excludente da culpabilidade. 66) Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida. Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. A culpabilidade de Carlos poderá ser afastada por inexigibilidade de conduta diversa. 67) Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de exclusão da culpabilidade,
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