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Aulão de Vigilância Epidemiológica 
Preparatório pré- militar para o cargo de técnico de enfermagem EAGS
(Estágio de adaptação de sargentos graduados)
Cargo: Sargento especialista da aeronáutica
Professora Enfermeira Valéria de Castro
Graduada em enfermagem pela Universidade Unigranrio
Pós graduada em enfermagem e terapia intensiva e emergênia pela 
Universidade Celso Lisboa
Pós-graduada em docência do ensino superior pela Universidade 
Unopar
Infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. Um indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo da vida. Em geral, tem evolução autolimitada, podendo, contudo, apresentar-se de forma grave.
Sinonimia :Gripe e influenza humana
Agente etiológico: O vírus influenza, pertencente à família Ortomixiviridae, possui RNA de hélice única e se subdivide em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C
Influenza
O vírus influenza tipo A infecta o homem, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves; 
o tipo B infecta exclusivamente humanos;
 e o tipo C, humanos e suínos. 
O vírus tipo B sofre menos variações antigênicas e, por isso, está associado com epidemias mais localizadas.
 O vírus tipo C é antigenicamente estável, provoca doença subclínica e não ocasiona epidemias, motivo pelo qual merece menos destaque em saúde pública.
Reservatório : O homem, suínos, equinos, focas e aves são os principais reservatórios. As aves migratórias, principalmente as aquáticas e as silvestres, desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre.
Modo de transmissão: A transmissão direta (pessoa a pessoa) é mais comum e ocorre por meio de gotículas, expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus influenza, ao falar, espirrar e tossir.
 Eventualmente, pode ocorrer transmissão pelo ar, pela inalação de partículas residuais, que podem ser levadas a distâncias maiores que 1 metro.
 Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções de outros doentes. Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem a introdução de partículas Influenza virais diretamente nas mucosas oral, nasal e ocular. 
Período de incubação: Em geral, de 1 a 4 dias.
Período de transmissibilidade:Indivíduos adultos saudáveis infectados transmitem o vírus entre 24 e 48 horas antes do início de sintomas, porém em quantidades mais baixas do que durante o período sintomático. 
Manifestações clinicas: febre, tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaléia e prostração
Diagnostico clinico: O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como SG. O diagnóstico depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico.
Diagnostico laboratorial: A amostra clínica preferencial é a secreção da nasofaringe (SNF). Considerando a influenza sazonal, o período para coleta é preferencialmente entre o 3º e o 7º dia após o início dos primeiros sintomas.
Tratamento: Os antivirais fosfato de oseltamivir (Tamiflur) e zanamivir (Relenza) são medicamentos de escolha para o tratamento de influenza.
Atenção !!!!
A indicação de zanamivir somente está autorizada em casos de intolerância gastrointestinal grave, alergia e resistência ao oseltamivir. 
O zanamivir é contraindicado em menores de 5 anos para tratamento ou quimioprofilaxia e para todo paciente com doença respiratória crônica pelo risco de broncoespasmo severo.
 O zanamivir não pode ser administrado para paciente em ventilação mecânica porque essa medicação pode obstruir os circuitos do ventilador
Doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade e acomete principalmente crianças. Sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. Quando a infecção ocorre durante a gestação, o recém-nascido poderá apresentar a síndrome da rubéola congênita (SRC).
Rubéola 
Exantema 
Agente etiológico: Vírus RNA, do gênero Rubivírus e da família Togaviridae.
Reservatório : O homem.
Modo de transmissão:Ocorre por meio de contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. O vírus é disseminado por gotículas ou pelo contato direto com pessoas infectadas. A transmissão indireta, que é pouco frequente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaríngeas, sangue e urina.
Período de incubação:Em geral, varia de 14 a 21 dias, com média de 17 dias. A variação máxima observada é de 12 a 23 dias.
Período de transmissibilidade:Aproximadamente de 5 a 7 dias antes do início do exantema e até 7 dias após o exantema. 
Manifestações clinicas:O quadro clínico é caracterizado por exantema máculo-papular e puntiforme difuso, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e membros.
 Febre baixa e linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior também são possíveis de ocorrer. Geralmente, antecedem o exantema no período de 5 a 10 dias e podem perdurar por algumas semanas. 
linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior
Diagnostico clinico: vide manifestações clinicas 
Diagnostico laboratorial: O diagnóstico laboratorial é realizado mediante detecção de anticorpos IgM no sangue na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 semanas após o aparecimento do exantema. 
Agente etiológico:
Reservatório :
Modo de transmissão:
Período de incubação:
Período de transmissibilidade:
Manifestações clinicas:
Diagnostico clinico:
Diagnostico laboratorial:
A rubéola congênita é uma infecção viral adquirida da mãe durante a gestação. Os sinais são múltiplas anomalias congênitas que podem levar a morte fetal. O diagnóstico é por sorologia e cultura viral. Não há tratamento específico. A vacinação de rotina é o meio para prevenção.
Síndrome da Rubéola Congênita.
Acredita-se que o vírus da rubéola invada o trato respiratório superior com subsequente viremia e disseminação do vírus para diferentes lugares, inclusive placenta. Quando o feto é infectado durante as primeiras 16 semanas de gestação, particularmente nas primeiras 8 a 10 semanas, ele fica sob alto risco de desenvolvimento de anormalidades. 
Sinais e sintomas
Em uma gestante, a rubéola pode ser assintomática ou caracterizada por sintomas nas vias respiratórias superiores, febre leve, conjuntivite, linfadenopatia (especialmente nas áreas suboccipital e auricular posterior) e erupção maculopapular. Essa doença pode ser acompanhada de sintomas articulares.
No feto pode não haver nenhum efeito, morte no útero ou múltiplas anomalias chamadas síndrome de rubéola congênita (SRC). As anormalidade mais freqüentes incluem
Restrição do crescimento intrauterino
Microcefalia
Meningoencefalite
Cataratas
Retinopatia
Perda auditiva
Defeitos cardíacos
Hepatoesplenomegalia
Radiolucências ósseas
Aconselhamento
Possível imunoglobulina para a mãe
Não há tratamento específico disponível para a infecção, seja materna, seja congênita.
Mulheres expostas a rubéola em fase precoce da gestação devem ser informadas sobre o risco potencial para o feto.
Alguns especialistas recomendam a administração de imunoglobulina inespecífica (0,55 mL/kg IM) no caso de exposição precoce na gestação, mas esse tratamento não previne a infecção, e o uso de imunoglobulina deve ser considerado apenas para mulheres que se recusam a interromper a gestação.
Tratamento
Prevenção
A prevenção da rubéola é obtida com a vacinação. 
 Triplice viral (SCR) Administra-se a primeira dose aos 12–15 meses de idade e a segunda dose aos 4–6 anos de idade
As mulheres grávidas não devem receber a vacina contra a Rubéola. Elas devem esperar para serem vacinadas após o parto.
Caso esteja planejando engravidar, assegure-se que você está protegido contra a Rubéola. Um exame de sangue pode dizer se você já está imune à doença. Se não estiver, deve ser vacinada antes da gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar.Doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa e bastante comum na infância. A viremia provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas. 
Sarampo
Agente etiológico: RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
Reservatório : homem
Modo de transmissão:Ocorre de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, a elevada contagiosidade da doença. Também tem sido descrito o contágio por dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas.
Período de incubação:Geralmente de 10 dias, podendo variar entre 7 e 18 dias, desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema.
Período de transmissibilidade:Inicia-se de 4 a 6 dias antes do exantema e dura até 4 dias após seu aparecimento. O período de maior transmissibilidade ocorre entre os 2 dias antes e os 2 dias após o início do exantema.
Manifestações clinicas:Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos na mucosa bucal, antecedendo o exantema) 
De forma simplificada, as manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos. 
 período de infecção – dura cerca de 7 dias, iniciando-se com período prodrômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2º ao 4º dia Sarampo desse período, surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração e lesões características de sarampo (exantema cutâneo máculo-papular de coloração vermelha, iniciando na região retroauricular). 
Período toxêmico -a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana é facilitada pelo comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. São frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os 2 anos de idade, especialmente as desnutridas e os adultos jovens.
Remissão dos sintomas – caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre. O exantema torna-se escurecido e, em alguns casos, surge descamação fina , lembrando farinha, daí o nome de furfurácea. 
Diagnostico laboratorial: Realizado mediante detecção de anticorpos IgM no sangue, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 semanas após o aparecimento do exantema.
Tratamento - Não existe tratamento específco para a infecção por sarampo. O tratamento profilático com antibiótico é contra -indicado. Recomenda-se a administração da vitamina A em todas as crianças acometidas pela doença, para reduzir a ocorrência de casos graves e fatais, no mesmo dia do diagnóstico do sarampo. 
Doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade, de distribuição universal. Importante causa de morbimortalidade infantil. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traquéia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Em lactentes, pode resultar em um número elevado de complicações e até em morte. Conhecida com tosse comprida ou tosse convulsa.
Coqueluche 
Agente etiológico: Bordetella pertussis, 
Reservatório :O homem
Modo de transmissão:Ocorre, principalmente, pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível, por meio de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas durante a fala, a tosse e o espirro.
Período de incubação:Em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 4 a 21 dias, e raramente, até 42 dias.
Período de transmissibilidade:5º dia após a exposição do doente até a 3ª semana do início das crises paroxísticas (acessos de tosse típicos da doença).
Manifestações clinicas:A coqueluche evolui em três fases sucessivas: fase catarral, fase paroxística, fase de convalescência. 
Tratamento: O tratamento e a quimioprofilaxia da coqueluche, até 2005, se apoiavam preferencialmente no uso da eritromicina. Esse antibiótico é bastante eficaz na erradicação, em cerca de 48 horas, da B. pertussis da nasofaringe das pessoas com a doença (sintomática ou assintomática). Administrado precocemente, de preferência no período catarral.
Demonstrou-se que a azitromicina e a claritromicina, macrolídeos mais recentes, têm a mesma e"cácia da eritromicina no tratamento e na quimiopro"laxia da coqueluche. A azitromicina deve ser administrada uma vez ao dia durante 5 dias e a claritromicina, de 12 em 12 horas durante 7 dias.
A difteria é uma doença transmissível e causada por bactéria que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas.  
Dependendo do tamanho e de onde as placas aparecerem, a pessoa pode sentir dificuldade de respirar.
A principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente. 
A presença de placas na cor branco-acizentada nas amígdalas e partes próximas é o principal sintoma da difteria. Em casos mais graves, porém raros, podem aparecer edemas no pescoço e gânglios linfáticos. 
Difteria (crupe) 
Agente etiológico:Corynebacterium diphtheriae
Reservatório :O principal é o próprio doente ou o portador.
Modo de transmissão:Ocorre pelo contato direto de pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. 
Período de incubação:Em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo.
Período de transmissibilidade:Em média, até duas semanas após o início dos sintomas. O portador pode eliminar o bacilo por 6 meses ou mais
Manifestações clinicas:A presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas, aderentes, que se instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas, é a manifestação clínica típica, dor de garganta discreta,glânglios edemaciados (linfonodos aumentados) no pescoço, dificuldade em respirar ou respiração rápida em casos graves,palidez, febre não muito elevada, mal-estar geral
Tratamento:
O tratamento da difteria é feito com o soro antidiftérico (SAD), que deve ser ministrado em unidade hospitalar. A finalidade do tratamento é inativar a toxina da bactéria o mais rapidamente possível.
O uso do antibiótico é considerado como medida auxiliar do tratamento, ajudando a interromper o avanço da doença.
Parotidite (caxumba)
Doença viral aguda, caracterizada por febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, com predileção pelas parótidas.
Agente etiológico:Vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.
Reservatório :O homem.
Modo de transmissão:Via aérea, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. 
Período de incubação:De 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias
Período de transmissibilidade:Varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas.
Manifestações clinicas:A principal e mais comum manifestação desta doença é o aumento das glândulas salivares, principalmente a parótida, acometendo também as glândulas sublinguais e submaxilares, acompanhada de febre. 
Tratamento: O tratamento é baseado na sintomatologia clínica, com adequação da hidratação e alimentação do doente, já que esses pacientes aceitam mal alimentos ácidos, que podem determinar dor, náuseas e vômitos. Os analgésicos-antitérmicos, como o ácido acetilsalicílico ou paracetamol, que aliviam a dor e baixam a febre, são utilizados. 
Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros inferiores.  No Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990.
Poliomielite
Agente etiológico:Poliovírus
Reservatório :O homem, especialmente crianças.
Modo de transmissão:Ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados comfezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar).
Período de incubação:Geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias.
Período de transmissibilidade:Não se conhece com precisão, mas pode iniciar-se antes do surgimento das manifestações clínicas.
Manifestações clinicas:
febre;
mal-estar;
dor de cabeça;
dor de garganta e no corpo;
vômitos;
diarreia;
constipação (prisão de ventre);
espasmos;
rigidez na nuca;
Meningite;
Na forma paralítica ocorre:
Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre.
Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores;
Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada;
Sensibilidade conservada;
Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
Tratamento: Não há tratamento específico para a poliomielite. Todos os casos devem ser hospitalizados, procedendo-se ao tratamento de suporte, de acordo com o quadro clínico do paciente. 
O Tétano acidental é uma infecção causada por bactéria encontrada na natureza e não é contagiosa. A principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente.
Tétano acidental 
Agente etiológico:Clostridium tetani
Reservatório :pele, fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal dos animais (especialmente do cavalo e do homem, sem causar doença).
Modo de transmissão:A infecção ocorre pela introdução de esporos em solução de continuidade da pele e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza)
Período de incubação:É curto: em média, de 5 a 15 dias, podendo variar de 3 a 21 dias, sendo que quanto menor o tempo de incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico.
Período de transmissibilidade:Não há transmissão direta de um indivíduo para outro
Manifestações clinicas:
contraturas musculares;
rigidez de membros (braços e pernas);
rigidez abdominal;
dificuldade de abrir a boca;
dores nas costas e nos membros (braços e pernas).
Os princípios básicos do tratamento do tétano são: 
sedação do paciente;
neutralização da toxina tetânica;
eliminação do C. tetani do foco da infecção;
debridamento do foco infeccioso;
medidas gerais de suporte.
Doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. 
Conhecido também com tétano umbilical ou mal dos sete dias.
Tétano neonatal 
Agente etiológico:Clostridium tetani
Reservatório :O bacilo é encontrado no trato intestinal dos animais, especialmente do homem e do cavalo. Os esporos são encontrados no solo contaminado por fezes, na pele, na poeira, em espinhos de arbustos e pequenos galhos de árvores, em pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados. 
Modo de transmissão:Por contaminação, durante a manipulação do cordão umbilical ou por meio de procedimentos inadequados realizados no coto umbilical, quando se utilizam substâncias, artefatos ou instrumentos contaminados com esporos. 
Período de incubação:Aproximadamente 7 dias, podendo variar de 2 a 28 dias
Período de transmissibilidade:Não é doença contagiosa, portanto, não existe transmissão de pessoa a pessoa. 
Manifestações clinicas:
choro excessivo;
dificuldade para mamar e abrir a boca;
irritabilidade;
quando há presença de febre, ela é baixa;
contraturas musculares ao manuseio ou espontâneas.
 Tratamento:
Sedação do paciente antes de qualquer procedimento (sedativos e miorrelaxantes de ação central ou periférica).
Adoção de medidas gerais que incluem manutenção de vias aéreas permeáveis (entubar para facilitar a aspiração de secreções), hidratação, redução de qualquer tipo de estímulo externo, alimentação por sonda e analgésicos.
Utilização de IGHAT ou, em caso de indisponibilidade, administração do SAT.
Antibioticoterapia: os fármacos de escolha são a penicilina G cristalina ou metronidazol. Não há evidências suficientes que sustentem a superioridade de uma droga em relação à outra, embora alguns dados mostrem maior benefício com o uso do metronidazol.
É uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com maior frequência em crianças e com incidência no fim do inverno e início da primavera.
A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas (na pele) que se apresentam nas diversas formas evolutivas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de prurido (coceira). Em crianças, geralmente é benigna e autolimitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante.
Varicela 
Decorre da reativação do vírus da varicela, que permanece em latência. A reativação ocorre na idade adulta ou em pessoas com comprometimento imunológico, portadores de doenças crônicas, neoplasias, aids e outras. O quadro clínico é pleomór"co, manifestando-se desde doença benigna até outras formas graves, com êxito letal.
Herpes zoster
Agente etiológico:Vírus Varicella-zoster
Reservatório : O homem.
Modo de transmissão:Pessoa a pessoa, por meio de contato direto ou de secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contato com lesões de pele
Período de incubação:Entre 14 e 16 dias, podendo variar de 10 a 21 dias após o contato.
Período de transmissibilidade:Varia de 1 a 2 dias antes do aparecimento do exantema e estende-se até que todas as lesões estejam em fase de crosta.
Manifestações clinicas:
Período prodrômico – inicia-se com febre baixa, cefaleia, anorexia e vômito, podendo durar de horas até 3 dias. 
 Período exantemático – as lesões comumente aparecem em surtos sucessivos de máculas que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas. 
No tratamento da catapora, em geral, são utilizados analgésicos e antitérmicos para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a coceira. Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com água e sabão.
O tratamento específico da catapora (varicela) é realizado por meio da administração do antiviral aciclovir, que é indicado para pessoas com risco de agravamento.
Doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Apresenta-se nas formas de botulismo alimentar, botulismo por ferimentos e botulismo intestinal e caracteriza-se por manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais. 
Botulismo 
Agente etiológico:Clostridium botulinum
Reservatório :Os esporos do C. botulinum são amplamente distribuídos na natureza, em solos e sedimentos de lagos e mares. São identificados em produtos agrícolas, como legumes, vegetais e mel, e em intestinos de mamíferos, peixes e vísceras de crustáceos.
Modo de transmissão
Botulismo alimentar:Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos previamente contaminados, que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada.
Incubação :Pode variar de duas horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas. 
Botulismo por ferimentos:É uma das formas mais raras de botulismo. Ocasionado pela contaminação de ferimentos com C. botulinum, que, em condições de anaerobiose, assume a forma vegetativa e produz toxina in vivo. 
Incubação :Pode variar de 4 a 21 dias, com média de 7 dias
Botulismo intestinal: Resulta da ingestão de esporos presentes no alimento, seguida da fixação e multiplicação do agente no ambiente intestinal, onde ocorre a produção e absorção de toxina. O período não é conhecido devido à impossibilidade de determinar o momento da ingestão de esporos. 
Botulismo alimentar - Os sintomas podem ser gastrointestinais e/ou neurológicos, com início rápido e progressivo. As manifestações gastrointestinaismais comuns são: náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, que podem anteceder ou coincidir com os sintomas neurológicos. Os principais sintomas neurológicos são: visão turva, queda da pálpebra, visão dupla, dificuldade de engolir e boca seca. 
Botulismo por ferimentos - O quadro clínico desse tipo de botulismo é semelhante ao do botulismo alimentar, mas com febre decorrente de contaminação do ferimento e sem os sintomas gastrointestinais..
Botulismo intestinal - Nas crianças, o aspecto clínico do botulismo intestinal varia de quadros com constipação leve à síndrome de morte súbita. Há casos leves, caracterizados apenas por dificuldade de se alimentar e fraqueza muscular discreta.
O êxito do tratamento do botulismo está diretamente relacionado à precocidade com que é iniciada e às condições do local onde será realizada. O tratamento deve ser realizado em unidade hospitalar que disponha de terapia intensiva (UTI), tendo em vista que diminuem as chances de óbito nesse tipo de unidade.
a) Tratamento de suporte: as medidas gerais de suporte e monitorização cardiorrespiratória são as condutas mais importantes no tratamento do botulismo;
b) Tratamento específico: visa eliminar a toxina circulante e a sua fonte de produção, o C. botulinum, pelo uso do soro antibotulínico (SAB) e de antibióticos.
Tratamento do botulismo
Processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, causado por bactérias. 
Agente etiológico:Neisseria meningitidis
Reservatório :O principal é o homem.
Modo de transmissão:Em geral é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe.
Período de incubação:Em geral, de 2 a 10 dias, em média 3 a 4 dias.
Período de transmissibilidade:É variável, dependendo do agente infeccioso
Manifestações clinicas:O quadro clínico, em geral, é grave e caracteriza-se por febre, cefaleia, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea, acompanhadas de alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR).
Meningite bacteriana
As principais complicações são perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, anormalidade motora e distúrbios visuais. 
Se o médico suspeita de meningite, ele solicita a coleta de amostras de sangue e líquido cerebroespinhal (líquor). O laboratório então testa as amostras para detectar o agente que está causando a infecção. A identificação específica do agente é importante para o médico saber exatamente como deve tratar a infecção.
O aspecto do líquor normal é límpido e incolor, como “água de rocha”. Nos processos infecciosos ocorre o aumento de elementos figurados (células), causando turvação, cuja intensidade varia de acordo com a quantidade e o tipo dessas células.
Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
Agente etiológico:Protozoário do gênero Leishmania. No Brasil, foram identificadas 7 espécies.
As 3 principais espécies são: 
Leishmania amazonensis
Leishmania guyanesi
Leishmania braziliensis
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Reservatório : animais silvestres e animais domesticos 
Modo de transmissão: Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Não há transmissão de pessoa a pessoa.
Período de incubação: No homem, em média de 2 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos).
Manifestações clinicas: Classicamente, a doença se manifesta sob duas formas: leishmaniose cutânea e leishmaniose mucosa
A forma cutânea caracteriza-se por apresentar lesões indolores, com formato arredondado ou ovalado, apresentando base eritematosa, infiltrada e de consistência firme, bordas bem delimitadas e elevadas, fundo avermelhado e com granulações grosseiras. Já a forma mucosa caracteriza-se pela presença de lesões destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias aéreas superiores
A droga de primeira escolha para o tratamento é o antimonial pentavalente, com exceção dos pacientes coinfectados com HIV e gestantes. Não havendo resposta satisfatória com o tratamento pelo antimonial pentavalente, as drogas de segunda escolha são a anfotericina B e o isotionato de pentamidina
Doença crônica e sistêmica, que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi
É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. 
No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis.
Leishmaniose visceral
Na área urbana, o cão (Canis familiaris) é a principal fonte de infecção.
No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas.
A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados pela Leishmania chagasi -Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa.
Periodo de incubação :No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses, e, no cão, varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses.
É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia, dentre outras. Quando não tratada, pode evoluir para o óbito em mais de 90% dos casos.
As doenças diarreicas agudas (DDA) correspondem a um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais. 
São caracterizadas por uma síndrome em que há ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda em 24 horas, ou seja, diminuição da consistência das fezes e aumento do número de evacuações, quadro que pode ser acompanhado de náusea, vômito, febre e dor abdominal. 
Doenças diarréicas agudas (DDA)
Em geral, são doenças autolimitadas com duração de até 14 dias. Em alguns casos, há presença de muco e sangue, quadro conhecido como disenteria. 
A depender do agente causador da doença e de características individuais dos pacientes, as DDA podem evoluir clinicamente para quadros de desidratação que variam de leve a grave.
A diarreia pode ser de origem não infecciosa podendo ser causada por medicamentos, como antibióticos, laxantes e quimioterápicos utilizados para tratamento do câncer , ingestão de grandes quantidades de adoçantes, gorduras não absorvidas, e até uso de bebidas alcoólicas, por exemplo. 
Além disso, algumas doenças não infecciosas também podem desencadear diarreia, como a doença de Chron, as colites ulcerosas, a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável e intolerâncias alimentares como à lactose e ao glúten.
As doenças diarreicas agudas (DDA) podem ser causadas por diferentes microrganismos infecciosos (bactérias, vírus e outros parasitas, como os protozoários) que geram a gastroenterite – inflamação do trato gastrointestinal – que afeta o estômago e o intestino. 
A infecção é causada por consumo de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados e também pode ocorrer pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas, e contato de pessoas com animais.
O diagnóstico das causas etiológicas, ou seja, dos microrganismos causadores da DDA é realizado apenas por exame laboratorial por meio de exames parasitológicos de fezes, cultura de bactérias (coprocultura) e pesquisa de vírus. 
O tratamento das doenças diarreicas agudas se fundamenta na prevenção e na rápida correção da desidratação por meio da ingestão de líquidos e solução de sais de reidratação oral (SRO) ou fluidos endovenosos, dependendo do estado de hidratação e da gravidade do caso.
Doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas.
O principal reservatório é o homem. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. 
Tuberculose
Modo de transmissão:A tuberculose é uma doença de transmissão aérea: ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, expelidos pela tosse, espirro ou fala de doentes com tuberculose pulmonar ou laríngea. Somente pessoas com essas formas de tuberculose ativa transmitem a doença. Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos di!cilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença
Transmissibilidade: A transmissão pode ocorrer enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos no escarro, período identificado pela baciloscopia de escarro positiva. Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento, chega a níveis insignifcantes. 
Crianças menores de 10 anos com tuberculose pulmonar geralmente têm baciloscopia negativa e, por isso, costumam ter pouca participação na transmissão da doença.
IMPORTANTE: A tuberculose NÃO se transmite por objetos compartilhados como talheres, copos, entre outros
A suscetibilidade à infecção é praticamente universal. No entanto, a maioria dos infectados resiste ao adoecimento após a infecção e desenvolve imunidade parcial à doença. Os bacilos ficam encapsulados, em estado latente, em pequenos focos quiescentes, que não progridem, nem provocam o adoecimento. Esta é a infecção latente da tuberculose (ILTB), que se expressa, na maioria das vezes, pela prova tuberculínica ou teste IGRA positivo( Interferon Gamma Release Assay para auxílio no diagnóstico da Tuberculose Latente.)
A vacina disponível, a BCG (bacilo de Calmette-Guërin), também não previne o adoecimento, mas evita o desenvolvimento das formas mais graves da doença (tuberculose miliar e meníngea) em menores de 5 anos de idade.
O esquema de vacinação corresponde a dose única de 0,1mL, o mais precocemente possível, preferencialmente, logo após o nascimento.
A vacina é administrada por via intradérmica, na inserção do músculo deltoide direito. Essa localização permite a fácil veri!cação da existência da cicatriz vacinal e limita as reações ganglionares à região axilar.
Em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse. Recomenda-se que todo sintomático respiratorio, com tosse de ters semanas ou mais seja investigado para a tuberculose. 
Outros sinais e sintomas comuns da tuberculose pulmonar são febre baixa vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e fadiga. A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou mesmo ser normal. Indivíduos em bom estado geral e sem perda do apetite também podem ter tuberculose pulmonar
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:
Bacteriológicos
Baciloscopia (BAAR) 02 AMOSTRAS
teste rápido molecular para tuberculose
cultura para micobactéria
Por imagem (exame complementar)
Radiografia de tórax
O diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se comprovar a tuberculose por meio de exames laboratoriais. Nesses casos, deve ser associado aos sinais e sintomas o resultado de outros exames complementares, como de imagem e histológicos.
O tratamento da tuberculose dura no mínimo, seis meses, é gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), deve ser realizado, preferencialmente em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).
São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.
ESQUEMA (RIPE)
A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico purificado do M. tuberculosis com a finalidade de medir a resposta imune celular a estes antígenos. A PT é importante na avaliação de contatos assintomáticos de pessoas com tuberculose, uma vez que é utilizada, em adultos e crianças, no diagnóstico da infecção latente de tuberculose (ILTB), que ocorre quando o paciente tem o bacilo no organismo, mas não desenvolve a doença
No Brasil, a tuberculina usada é o PPD RT-23, aplicada por via intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1mL, que contém 2UT (unidades de tuberculina). 
IMPORTANTE: Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente da melhora dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.
Leptospirose 
O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o momento que a pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.
Os principais da fase precoce são:
Febre
Dor de cabeça
Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
Falta de apetite
Náuseas/vômitos
Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.
Fase tardia: Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar.  Aparece entre o 3º e o 5 º dia.
Manifestações na fase tardia:
Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias
Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica
Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA
Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central
Insuficiência renal aguda - não oligúrica e hipocalêmica
Insuficiência renal oligúrica por azotemia pré-renal
Necrose tubular aguda
Miocardite - acompanhada ou não de choque e arritmias por distúrbios eletrolíticos
Pancreatite
Anemia
Distúrbios neurológicos (confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação meníngea)
Quais são as complicações da Leptospirose?
Diagnóstico laboratorial
Exames específicos
O método laboratorial de escolha depende da fase evolutiva em que se encontra o paciente. 
Fase precoce:
Exame direto
Cultura
Detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR) 
Fase tardia:
Cultura
ELISA-IgM
Microaglutinação (MAT)
Esses exames devem ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública. 
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.
A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. Na fase precoce, são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina; para a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxonaou Cefotaxima. 
Antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade de aproximadamente 100%.
O vírus rábico pertence à família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus.
Raiva 
Apenas os mamíferos transmitem e são acometidos pelo vírus da raiva. No Brasil, caninos e felinos constituem as principais fontes de infecção nas áreas urbanas.
 Transmissão: Penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica, sendo eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos. 
Período de incubação :É extremamente variável, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no homem. Em crianças, o período de incubação tende a ser menor que no indivíduo adulto. Está diretamente relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou contato com a saliva de animais infectados; distância entre o local do ferimento, do cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
 A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após aparecimentos dos sintomas.
Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos (pródromos) da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta:
mal-estar geral;
pequeno aumento de temperatura;
anorexia;
cefaleia;
náuseas;
dor de garganta;
entorpecimento;
irritabilidade;
inquietude;
sensação de angústia.
Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
 
A infecção da raiva progride, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como:
ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes;
febre;
delírios;
espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou convulsões.
Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (“hidrofobia”).
Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.
IMPORTANTE: O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e a evolução para óbito. O período de evolução do quadro clínico, depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é, em geral, de 2 a 7 dias.
A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos.
Entretanto, é importante salientar que nem todos os pacientes de raiva, mesmo submetido ao protocolo sobrevivem.
Esquema de profilaxia da raiva pós-exposição pela via intramuscular (IM) 4 doses da vacina raiva (inativada). 
Dias de aplicação: 0, 3, 7, 14.
 Via de administração intramuscular profunda utilizando dose completa, no músculo deltoide ou vasto lateral da coxa. 
Não aplicar no glúteo.
A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
AIDS
Entre as células de defesa estão os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da aids, e do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores. Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os microrganismos estranhos que entram no corpo humano.
O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids.
Janela imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo. Na maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30 dias. Porém, esse período pode variar, dependendo da reação do organismo do indivíduo frente à infecção e do tipo do teste (método utilizado e sensibilidade).
Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra.
É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não reagente.
O HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal), pelo sangue (via parenteral e de mãe para filho) e pelo leite materno. Desde o momento da aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor. A transmissão pode ocorrer mediante: relações sexuais desprotegidas; utilização de sangue ou seus derivados não testados ou não tratados adequadamente; recepção de órgãos ou sêmen de doadores não testados; reutilização e compartilhamento de seringas e agulhas; acidente ocupacional durante a manipulação de instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue e secreções de pacientes. A transmissão vertical (de mãe para filho) pode ocorrer durante a gestação, o parto e a amamentação.
O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, denominada síndrome retroviral aguda (SRA), é de 1 a 3 semanas.
Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais e sintomas da aids é em média de 10 anos.
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o freqüente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegama ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids.
As gestantes que forem diagnosticadas com HIV durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos antirretrovirais durante toda gestação e, se orientado pelo médico, também no parto. O tratamento previne a transmissão vertical do HIV para a criança.
O recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral (xarope) e ser acompanhado no serviço de saúde. Recomenda-se também a não amamentação, evitando a transmissão do HIV para a criança por meio do leite materno
PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV)
A PEP é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como:
Violência sexual.
Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha).
Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
Trata-se de uma urgência médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível - preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.
A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas.
As hepatites virais são inflamações causadas por vírus que são classificados por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, mais de 70% (23.070) dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e A (1,7%).
Hepatite virais 
As hepatites são doenças que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes estão presentes podem ser:
Sintomas mais comuns da hepatite A e B:
Dor ou desconforto abdominal
Dor muscular
Fadiga
Náusea e vômitos
Perda de apetite
Febre
Urina escura (colúria)
Amarelamento da pele e olhos (icterícia) 
Sintomas mais comuns da hepatite C:
Dor ou edema abdominal
Fadiga
Náusea e vômitos.
Perda de apetite
Febre
Urina escura (colúria)
Prurido 
Amarelamento da pele e olhos (icterícia) 
Sangramento no esôfago ou no estômago
As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos 
As hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue (via parenteral, percutânea e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual). 
A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiais para escaricação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e pipadas (crack).
 
Pode ocorrer a transmissão também em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, hemodiálise, transfusão, endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são aplicadas.
 A transmissão vertical pode ocorrer no momento do parto. O risco é maior para hepatite B, ocorrendo em 70 a 90% dos casos cujas gestantes apresentam replicação viral.
 Na hepatite C, a transmissão vertical é menos frequente.
O período de incubação e transmissibilidade varia de acordo com o agente etiológico;
A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer.
A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.
Febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido picada dos mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Seus sintomas iniciais são febre com calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores musculares, vômitos e fraqueza. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação.
Febre amarela
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus. O homem participa como um hospedeiro acidental. 
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica. Os mosquitos são considerados os verdadeiros reservatórios do vírus da febre amarela. Uma vez infectados, permanecem assim durante toda a vida. 
Apenas as fêmeas transmitem o vírus, pois o repasto sanguíneo tem como intuito prover nutrientes essenciais para a maturação dos ovos 
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa. Período de incubação varia de 3 a 6 dias, embora se considere que possa se estender até 15 dias.
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
início súbito de febre;
calafrios;
dor de cabeça intensa;
dores nas costas;
dores no corpo em geral;
náuseas e vômitos;
fadiga e fraqueza.
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver algumas complicações, como:
febre alta;
icterícia (coloração amarelada da pele e eclerotica olhos);
hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal);
eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
O tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que o uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
Dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.
Dengue 
O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta > 38.5ºC.
Dores musculares intensas.
Dor ao movimentar os olhos.
Mal estar.
Falta de apetite.
Dor de cabeça.
Manchas vermelhas no corpo (petequias)
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em algunscasos também apresenta manchas vermelhas na pele.
Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome.
Vômitos persistentes.
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico).
Sangramento de mucosa ou outra hemorragia
Aumento progressivo do hematócrito.
Queda abrupta das plaquetas. (plaquetopenia)
Sinais de alarme da dengue
A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depois de 10 dias. A principal complicação é o choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco.
Como toda infecção, pode levar ao desenvolvimento Síndrome de Gulliain-Barre, encefalite e outras complicações neurológicas.
A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.
Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico.
A assistência em saúde é feita para aliviar os sintomas. Estão entre as formas de tratamento:
fazer repouso;
ingerir bastante líquido (água);
não tomar medicamentos por conta própria;
a hidratação pode ser por via oral (ingestação de líquidos pela boca) ou por via intravenosa (com uso de soro, por exemplo);
o tratamento é feito de forma sintomática, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso
A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
Hanseniáse 
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis. A via de eliminação do bacilo pelo doente são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato próximo e prolongado.
Os sinais e sintomas mais freqüentes da hanseníase são:
lesão(ões) (manchas)  e/ou área(s) da  pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);
comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s), geralmente espessamento (engrossamento), associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
Áreas do corpo com sensação de formigamento e/ou fisgadas;
Diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés;
Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Hanseníase indeterminada
Fase inicial da doença que espontaneamente se evolui para cura, por conta do sistema imunológico do indivíduo ser capaz de combater a bactéria. Nota-se apenas uma pequena mancha na pele, hipopigmentada ou avermelhada com distúrbio de sensibilidade e bordas levemente elevadas. 
Tipos de hanseníase 
Hanseníase tuberculóide ou paucibacilar
A hanseníase paucibacilar é a forma mais benigna e localizada, que ataca os indivíduos com alta resistência ao bacilo de Hansen. O sistema imunológico não consegue destruí-lo, porém também não permite que se espalhe pelo corpo. Esse tipo é caracterizado pela presença de poucos bacilos, que podem não ser detectados quando são retiradas amostras das lesões. A doença não é contagiosa nesse estágio.
Como na forma indeterminada, as lesões que se manifestam na hanseníase paucibacilar são hipopigmentadas ou avermelhadas. As manchas são poucas, ou únicas, (05 lesões) de limites bem definidos, pouco elevados e dormentes, que podem causar dor e atrofiar os músculos próximos, geralmente em quantidades mínimas , .
Hanseníase borderline ou dimorfa
Forma intermediária da doença que resulta de uma imunidade também intermediária. Há mais manchas na pele que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. Acomete os nervos próximos as lesões, podendo ocorrer neurites agudas de grave prognóstico.
Hanseníase multibacilar, lepromatosa ou virchowiana
Manifestação grave e contagiosa da doença, caracterizada pela presença de 6 ou mais lesões de pele com muitos bacilos. A hanseníase multibacilar se apresenta quando o paciente possui o sistema imune incapaz de controlar a proliferação da bactéria, por isso há amostras positivas para o bacilo de Hansen.
Formam-se várias lesões avermelhadas, elevadas, e, em casos graves, há o aparecimento de nódulos que podem ser deformantes. Os edemas são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Geralmente, atingem o lobo das orelhas e o cotovelo, mas o nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetados.
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. 
A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, dura em média de 2 a 7 anos, não obstante haja referências à períodos inferiores a 2 e superiores a 10 anos.
O tratamento da doença é realizado com a Poliquimioterapia (PQT), uma associação de antibimicrobianos, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequên­cia quando se utiliza apenas um medicamento, o que acaba impossibilitando a cura da doença.
Os medicamentos são seguros e eficazes. O paciente deve tomar a primeira dose mensal supervisionada pelo profissional de saúde. As demais são auto-administradas. Ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida. Familiares, colegas de trabalho e amigos, além de apoiar o tratamento, também devem ser examinados.
Esquemas terapêuticos utilizados para Paucibacilar: 6 cartelas
Adulto
Rifampicina (RFM): dose mensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada.
Dapsona (DDS): dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 100mg autoadministrada.
Duração: 06 doses.
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada.
Critério de alta: o tratamento estará concluído com seis (06) doses supervisionadas em até 09 meses. Na 6ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura.
Esquemas terapêuticos utilizados para Multibacilar: 12 cartelas
Adulto
Rifampicina (RFM): dose mensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada.
Dapsona (DDS): dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária de 100mg auto-administrada.
Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300mg (03 cápsulas de 100mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50mg auto-administrada.
Duração: 12 doses.
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada.
Critério de alta: o tratamento estará concluído com doze (12) doses supervisionadas em até 18 meses.Na 12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura.
Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, com presença de lesões ativas da doença, no final do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas) deverão ser encaminhados para avaliação em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional) para verificar a conduta mais adequada para o caso.
A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, de evolução crônica, causada pelo Treponema pallidum. Quando não tratada progride ao longo de muitos anos, sendo classificada em sífilis primária, secundária, latente recente, latente tardia e terciária.
Sífilis adquirida e em gestante
Modo de transmissão: Pode ser sexual, vertical ou sanguíneo. A transmissão sexual é a predominante. Os sítios de inoculação do T. pallidum são, em geral, os órgãos genitais, podendo ocorrer também manifestações extragenitais (lábios, língua e áreas da pele com solução de continuidade). A transmissão vertical pode ocorrer durante toda a gestação, resultando, muitas vezes, em graves danos para o feto ou para a criança.
Período de incubação : 10 a 90 dias, media de 21 dias, a partir do contato sexual infectante.
A transmissibilidade da sífilis adquirida requer a presença de lesões (cancro duro, condiloma plano, placas mucosas, lesões úmidas). O contágio é maior nos estágios iniciais da infecção, sendo reduzido gradativamente à medida que ocorre a progressão da doença. No entanto, essas lesões são pouco sintomáticas e passam despercebidas na maioria dos casos. Em gestantes, a sífilis pode ser transmitida para o feto (transmissão vertical) por via transplacentária, em qualquer fase da gestação: média de 100% na fase primária, 90% na fase secundária e 30% na fase latente.
Sífilis primária − caracteriza-se por apresentar no local de inoculação uma mácula ou pápula vermelha escura que progride rapidamente para uma ulceração denominada cancro duro.
 
Sífilis secundária − marcada pela disseminação dos treponemas pelo organismo. Suas manifestações duram, em média, entre 4 e 12 semanas. As lesões são constituídas por pápulas palmo-plantares, placas mucosas, poliadenopatia generalizada, alopecia em clareira, madarose e condilomas planos. 
Sífilis latente − tem fase de duração variável em que não se observam sinais e sintomas clínicos, sendo o diagnóstico realizado exclusivamente por meio de testes imunológicos. É dividida em latente recente (até 1 ano de infecção) e latente tardia (mais de 1 ano de infecção). 
Sífilis terciária − os sinais e sintomas surgem em um período variável após 3 a 12 anos, ou mais, do contágio. As lesões são pobres em treponemas e podem surgir em diversos órgãos e tecidos. 
A penicilina é o medicamento de escolha para todas as apresentações da sífilis e a avaliação clínica do caso indicará o melhor esquema terapêutico.
Sífilis congênita - É conseqüente à infecção do feto pelo Treponema pallidum, por via placentária. A transmissão faz-se no período fetal a partir de 4 a 5 meses de gestação. Antes dessa fase, a membrana celular das vilosidades coriais parece constituir obstáculo intransponível para o treponema. Após sua passagem transplacentária, o treponema ganha os vasos do cordão umbilical e se multiplica rapidamente em todo o organismo fetal.
Sífilis congênita precoce - É aquela em que as manifestações clínicas se apresentam logo após o nascimento ou pelo menos durante os primeiros 2 anos.
Sífilis congênita tardia - É a denominação reservada para a sífilis que se declara após o segundo ano de vida. 
• Os principais fatores que determinam a probabilidade de transmissão vertical do T. pallidum são o estágio da sífilis na mãe e a duração da exposição do feto no útero. 
• A taxa de infecção da transmissão vertical do T. pallidum em mulheres não tratadas é de 70 a 100%, nas fases primária e secundária da doença, reduzindose para aproximadamente 30% nas fases tardias da infecção materna (latente tardia e terciária).
 • Há possibilidade de transmissão direta do T. pallidum por meio do contato da criança pelo canal de parto, se houver lesões genitais maternas. Durante o aleitamento, ocorrerá apenas se houver lesão mamária por sífilis.
Ocorre aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal em aproximadamente 40% das crianças infectadas a partir de mães não-tratadas.
Doença infecciosa mais comumente encontrada em regiões agrícolas. O antraz ataca a pele sob a forma de lesões bolhosas e furúnculos. Essa infecção cutânea não é especialmente perigosa, mas a bactéria Bacillus anthracis pode formar esporos capazes de sobreviver quando triturados, desidratados, enterrados ou borrifados e tornam-se ativos quando inalados ou digeridos.
Antraz ou Carbúnculo
 É uma doença comum entre animais, como gado bovino, camelos, ovelhas, antílopes, cães e cabras e é adquirido por eles por meio de sua alimentação. O bacilo causador da infecção pode esporular e, conseqüentemente, resistir a altos níveis de calor ou frio durante muito tempo até ter condições ideais para seu desenvolvimento. O  homem geralmente só é infectado quando exposto a animais contaminados ou quando tem contato ou consome carne e derivados de animais contaminados. O antraz não é transmitido de pessoa para pessoa.
Os sintomas variam conforme a forma de contaminação:
Cutânea: em contato com a pele, o antraz forma uma lesão que evolui do estado de uma pequena irritação, como se fosse uma picada de mosquito, para bolhas purulentas que evoluem para uma cicatriz negra profunda. É a forma mais frequente, mas também a mais fácil de tratar.
Inalatória: a princípio, se assemelha a um resfriado comum, mas logo apresenta problemas graves de respiração. A segunda fase se manifesta de maneira repentina, com aumento da febre, dificuldade para respirar e parada cardíaca.
Intestinal: é caracterizada por uma inflamação intestinal aguda. Os sintomas são náuseas, vômito sanguinolento, perda de apetite. Seguem-se febre, dores abdominais e forte diarreia. É fatal em 50% dos casos.
O diagnóstico da doença é feito através de exame bacteriológico do material das lesões, cultura e testes imunológicos. O tratamento é realizado com o uso de antibióticos específicos.
Para prevenção da doença é necessário controle da infecção animal através da vacinação dos rebanhos, da esterilização dos materiais contaminados e da higiene ambiental.
O tratamento empírico deve ser feito com ciprofloxacino ou doxiciclina. Uma vacina está disponível.
A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Doença de chagas
A Doença de Chagas pode apresentar sintomas distintos nas duas fases que se apresenta, que é a aguda e a crônica. A fase aguda, que é a mais leve, a pessoa pode apresentar sinais moderados ou até mesmo não sentir nada. 
Na fase aguda, os principais sintomas são:
febre prolongada (mais de 7 dias);
dor de cabeça;
fraqueza intensa;
edema no rosto e pernas.
Na fase crônica, a maioria dos casos não apresenta sintomas, porém algumas pessoas podem apresentar:
problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;
problemas digestivos, como megacolon e megaesôfago.
As principais formas de transmissão da doença de chagas são:
Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto (os triatomíneos são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo).
Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados.
Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
Transfusão de sangueou transplante de órgãos  de doadores infectados a receptores sadios.
Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
O período de incubação da Doença de Chagas, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer a partir da infecção, é dividido da seguinte forma:
Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias.
Transmissão transfusional/transplante – de 30 a 40 dias ou mais.
Transmissão oral – de 3 a 22 dias.
Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.
A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão.
Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas residuais por equipe técnica habilitada.
Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas.
Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata.
Não esmagar, apertar, bater ou danificar o inseto;
Proteger a mão com luva ou saco plástico;
Os insetos deverão ser acondicionados em recipientes plásticos, com tampa de rosca para evitar a fuga, preferencialmente vivos;
Amostras coletadas em diferentes ambientes (quarto, sala, cozinha, anexo ou silvestre) deverão ser acondicionadas, separadamente, em frascos rotulados, com as seguintes informações: data e nome do responsável pela coleta, local de captura e endereço.
Quando o morador encontrar triatomíneos no domicílio:
Na fase aguda da doença de Chagas, o diagnóstico se baseia na presença de febre prolongada (mais de 7 dias) e outros sinais e sintomas sugestivos da doença, como fraqueza intensa eedema no rosto e pernas, e na presença de fatores epidemiológicos compatíveis, como a ocorrência de surtos (identificação entre familiares/contatos).
Já na fase crônica, a suspeita diagnóstica é baseada nos achados clínicos e na história epidemiológica, porém ressalta-se que parte dos casos não apresenta sintomas, devendo ser considerados os contextos de risco e vulnerabilidade.
Diagnóstico 
O tratamento da doença de chagas deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O remédio, chamado benznidazol, é fornecido pelo Ministério da Saúde, gratuitamente, mediante solicitação das Secretarias Estaduais de Saúde e deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença aguda assim que ela for identificada. 
Coronavírus
Coronavírus (CID10) é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Período de incubação é o tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.
De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o coronavírus. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos
Os tipos de coronavírus conhecidos até o momento são:
Alpha coronavírus 229E e NL63.
Beta coronavírus OC43 e HKU1.
SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS).
MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS).
SARS-CoV-2: novo tipo de vírus do agente coronavírus, chamado de coronavírus, que surgiu na China em 31 de dezembro de 2019.
Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
Diante da confirmação de caso do coronavírus no Brasil e considerando a dispersão do vírus no mundo. A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde informa que a partir de 01 de março de 2020, passa a vigorar as seguintes definições operacionais para a saúde pública nacional.
#1. CASO SUSPEITO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19)
Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas*
#2. PROVÁVEL DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19)
Contato próximo domiciliar de caso confirmado laboratorial, que apresentar febre E/OU qualquer sintoma respiratório, dentro de 14 dias após o último contato com o paciente.
#3. CONFIRMADO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19)
A) CRITÉRIO LABORATORIAL: Resultado positivo em RT-PCR, pelo protocolo Charité.
B) CRITÉRIO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: Contato próximo domiciliar de caso confirmado laboratorial, que apresentar febre E/OU qualquer sintoma respiratório, dentro de 14 dias após o último contato com o paciente e para o qual não foi possível a investigação laboratorial específica.
As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
gotículas de saliva;
espirro;
tosse;
catarro;
contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. 
No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.
O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.
As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação

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