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Direito ao Constraditório e Direito à Prova - TGP

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DIREITO AO CONTRADITÓRIO: 
O direito ao contraditório constitui a mais óbvia condição do processo justo e 
é inseparável de qualquer ideia de administração organizada de Justiça, funcionando 
como verdadeiro ''cardine della ricerca dialettica" pela justiça do caso concreto. 
Tamanha a sua importância que o próprio conceito de processo no Estado 
Constitucional está construído sob sua base. O direito de ação, como direito ao 
processo justo, tem o seu exercício balizado pela observância do direito ao 
contraditório ao longo de todo arco procedimental. 
Em geral, do ponto de vista do seu conteúdo, o direito ao contraditório era 
identificado com a simples bilateralidade da instância, dirigindo-se tão somente às 
partes. Nesse contexto, o contraditório realizava-se apenas com a observância do 
binômio conhecimento-reação. Isto é, uma parte tinha o direito de conhecer as 
alegações feitas no processo pela outra e tinha o direito de, querendo, contrariá-las. 
Semelhante faculdade estendia-se igualmente à produção da prova. Trata-se de 
feição do contraditório própria à cultura do Estado Liberal, confinando as partes, no 
fundo, no-terreno das alegações de rato e da respectiva prova. 
Atualmente, porém, a doutrina tem identificado no direito ao contraditório 
muito mais do que simples bilateralidade da instância. Ao binômio conhecimento-
reação tem-se acrescentado a ideia de cabal participação como núcleo-duro do direito 
ao contraditório. É lógico que o contraditório, no processo civil do Estado 
Constitucional, tem significado completamente diverso daquele que lhe era atribuído 
à época do direito liberal. Contraditório significa hoje conhecer e reagir, mas não só. 
Significa participar do processo e influir nos seus rumos. Isso é: direito de influência. 
Com essa nova dimensão, o direito ao contraditório deixou de ser algo cujos 
destinatários são tão somente as partes e começou a gravar igualmente o juiz. Daí a 
razão pela qual eloquente mente se observa que o juiz tem o dever não só de velar 
pelo contraditório entre as partes, mas a ele também se submeter. O juiz encontra-se 
igualmente sujeito ao contraditório. 
 
 
 
 
DIREITO À PROVA: 
 
Nossa Constituição refere que "são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos" (art. 5. °, LVI). O art. 369 refere: "as partes têm o direito de 
empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não 
especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o 
pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz". A adequada 
compreensão desses dispositivos leva ao núcleo do direito fundamental à prova no 
processo. 
O direito à prova assegura a produção de prova admissível. Note-se que a 
Constituição, ao vedar a admissão de prova ilícita (art. 5. °,LVI), a contrário autoriza 
a admissão de toda e qualquer prova lícita. O problema está, portanto, em 
individualizar quais são os requisitos que determinam a admissão da prova. Uma 
prova é admissível quando a alegação de fato é controversa, pertinente e relevante. 
A alegação é controversa quando pendem nos autos duas ou mais versão a seu 
respeito. É pertinente quando diz respeito ao mérito da causa. E é relevante quando 
o seu esclarecimento é capaz de levar à verdade. Reunindo a alegação de fato todas 
essas qualidades objetivas, o juiz tem o dever de admitir a produção da prova.

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