APAE - RELATÓRIO COMPLETO (BASEADO NA UNIDADE APAE DO ES)

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS – UNOPAR
Jéssica Santos Rezende
PRODUÇÃO TEXTUAL DE ESTÁGIO: RELATÓRIO APAE
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2021
Jéssica Santos Rezende 
PRODUÇÃO TEXTUAL DE ESTÁGIO: RELATÓRIO APAE 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade de Candido Mendes – UCAM como parte dos requisitos para a obtenção do título de graduação em Serviço Social
Orientadora: Hellen Alexim
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2021
1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1.1 Contextualização histórica da instituição
De acordo com o relatório da Federação Nacional das Apaes (FENAPAES) (2000, p.78) a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), nasceu de um movimento pioneiro no Brasil que tinha como objetivo primordial a prestação de assistência médico-terapêutica a pessoas deficientes intelectuais. Esse movimento surgiu na cidade do Rio de janeiro na metade dos anos 50 (1954). A ideia partiu de Beatrice e George Bemis, um casal diplomata dos Estados Unidos, que ao chegarem á cidade, não encontraram nenhuma instituição especializada para o acolhimento de seu filho que possuia síndrome de down.
Conforme cita Véras (2000) o fato despertou no casal a vontade de lutar pela criação de um organismo que fosse voltado para o atendimento das pessoas com deficiência intelectual. O casal uniu-se a diversos diplomatas, amigos, médicos e pais de pessoas deficientes, e a partir desta união, surgiu a primeira Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) em 1955, em uma reunião na sede da Sociedade Pestalozzi no Brasil, para que fosse escolhido um conselho decisório. 
Contando com o apoio e espaço cedido pela Sociedade Pestalozzi, A APAE foi fundada, acolhendo pessoas dos mais diversos tipos de deficiência múltipla e intelectual. A instituição categorizava estas pessoas como diferentes dos demais, o que afetava o seu processo de aprendizagem. À vista disso, as instituições de ensino público e privado, de certa forma excluiam os alunos deficientes do processo de ensino-aprendizado que ofereciam aos demais. Mais tarde, o movimento espalhou-se para outras capitais brasileiras, e posteriormente, para cidades interiores do estado. Entre os anos de 1954 e 1962, foram criadas 16 instituições APAE por todo o Brasil. 
Frente ao crescimento Apaeano por todo o País, viu-se a necessidade da criação de um organismo nacional para articular suas ideias. No final de 1962, foi criada a Federação Nacional das Apaes – a FENAPAE na cidade de São Paulo. Na primeira reunião da FENAPAE, realizada no mesmo ano, estavam presentes doze representantes das instituições APAE de todo o país, junto a profissionais da área de educação e saúde e familiares. Esse grupo de fundação ressaltou a necessidade da participação de famílias nos movimentos como uma prioridade, assim como a necessidade de se conhecer as histórias de vida de seus grupos especiais. 
No ano de 1964, a FENAPAE ganhou uma sede própria do governo federal na cidade do Rio de Janeiro, e nos dias atuais, suas instalações estão localizadas no Distrito Federal em Brasília. 
Atualmente, o movimento Apaeano é composto em quatro níveis hierárquicos administrativos:
· Federação Nacional das APAES: Responsável pela promoção de ação integral a pessoas com deficiência, promovendo debates, inter-relação entre saberes, programas, recursos e ações. A federação envolve o ordenamento de suas instituições filiadas e seus serviços, em parcerias com a comunidade, de maneira a potencializar as ações e também os resultados obtidos;
· Federações estaduais da APAE: Estas federações estaduais estão distribuídas em 25 estados contanto com o distrito federal (exceto Roraima). Estas federações são incubidas a tomar rumos, diretrizes e estratégias, seguindo as diretrizes do movimento Apaeano, tal como pela articulação política, de defesa de direitos e de ações á nível estadual; 
· Conselhos regionais da APAE: Tem como objetivo a organização das APAEs nas microrregiões, auxiliando em sua tomada de rumos, tornando-se um intermediador entre a base e a federação das APAEs estaduais; 
· APAEs Municipais: Prestam serviços e atendimento direto ao seu público especial. 
1.2 Estrutura organizacional
De acordo com o site da federação APAE-ES (2020)[footnoteRef:1] Diretoria é chefiada por: [1: APAE – ES FEDERAÇÃO. Disponível em: https://www.apaees.org.br/. Acessado em: 12 de janeiro de 2021] 
· Presidente: Vanderson Roberto Pedruzzi Gaburo;
· Vice-presidente: Nilton Carlos Walcher (Cabo Walcher);
· Primeiro diretor secretário: Washington Luiz Sieleman;
· Segundo diretor secretário: Maria De Lourdes Fiorido;
· Primeiro diretor financeiro: Maria Das Graças Vimercati;
· Segundo diretor financeiro: José Maria Belo;
· Diretor social: Eval Galazi;
· Diretor de patrimônio: Demerci Galimberti.
1.2.1 Visão
Movimento de familiares, amigos, profissionais da saúde e pessoas com deficiência, sendo uma instituição de renome e excelência em todo o país. Pela defesa dos direitos e prestação de serviços nos âmbitos de assistência social, educação e saúde.
Missão 
Promoção e articulação de ações de defesa e garantia de direitos, precauções, amparo, atendimento e apoio a familiares, direcionados ao fortalecimento da qualidade de vida de pessoas deficientes, e pela construção de uma sociedade justa, igualitária e solidária. 
1.2.2 Valores
· Ética; 
· Valorização humana;
· Responsabilidade; 
· Justiça;
· Qualidade. 
1.2.3 Àreas de atuação
· Educação: Acolhimento direcionado a estudantes com deficiência física e/ou intelectual e múltipla nos níveis de ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos (EJA) quando carecem de apoio intensivo e atendimento educacional especializado;
· Saúde: Promoção de atenção integral a pessoas deficientes em todas as fases de sua vida, nas mais variadas especialidades, desde à prevenção de deficiências até a reabilitação e atenção básica especial; 
· Assistência Social: Desenvolvimento de parcerias estratégicas com os mais variados setores e ordenamentos sociais pelo melhoramento da qualidade de vida e inclusão de pessoas deficientes na sociedade, integradas com políticas públicas voltadas para a assitencia deste público; 
· Educação Física: Promoção de um estilo de vida ativo, onde os indivíduos possam adotar comportamentos saudáveis, com atividades físicas, boa utilização de tempo com atividades culturais, de lazer, bons hábitos alimentares, prevenção de comportamentos de risco; 
· Educação Profissional: Generalização de direitos sociais, incluindo o direito ao trabalho, prezando pelo bem estar social, ponderando pela motivação de trabalhadores, inserção, contentamento , e produtividade no local de trabalho;
· Arte: Estimular o gosto pelas atividades artísticas tendo com objetivos educacionais e formativos, através de apresentações e exposições nos mais variados gêneros artísticos; 
· Defesa pelos direitos: Criação de uma ampla rede de proteção, garantia e defesa dos direitos de pessoas deficientes nas mais variadas esféras, visando o seu desenvolvimento pessoal, buscando pela preservação de sua saúde e seu bem estar e atuando diretamente no combate à violência e descriminação; 
· Gestão, defensoria e família: Promoção e desenvolvimento da independência de pessoas com deficiência tanto na esféra múltipla e intelectual desde suas ativivades rotineiras, até sua participação plena nos espaços sociais e políticos, tal como a defesa de seus direitos, orientação de familiares de pessoas deficientes; 
· UNIAPAE: A Universidade Corporativa da Rede Apae (UNIAPAE) é o órgão técnico e científico do movimento, agindo diretamente na produção de conteúdos, cursos e edição de revistas e materiais visando a promoção de informação e conscientização do público.
1.2.4 Organograma
FIGURA 1 – ORGANOGRAMA DA APAE-ES
Fonte: Arquivo público do Estado do Espirito Santo (2020).
2 OBJETIVO INSTITUCIONAL
2.1 Programas e projetos: Suas naturezas
De acordo com os dados da APAE-ES (2020) estes são os principais programas e projetos ofertados pela instituição e suas filiadasnas cidades onde existem: 
· Projeto de proteção social especial para pessoas deficientes, idosos e seus familiares: Disponibiliza atendimento especializado para familias com pessoas deficientes que possuem algum grau de dependência de terceiros, e que tiveram suas limitações e direitos violados, sendo estas violações: uso indevido de imagem, isolamento, confinamento, preconceito, discriminação, falta de cuidados, desvalorização por parte da potencialidade, dentre outros diversos casos que aumentam a dependência e acaba por comprometer o desenvolvimento da autonomia do deficiente. 
É um programa que tem como finalidade a promoção da inclusão social, autonomia e melhoria nas qualidades de vida dos deficientes participantes e ao mesmo tempo reconhecendo o potencial familiar e de seus cuidadores, na aceitação, dignificação da diversidade, amenização da sobrecarga do cuidador devido à prestação de cuidadados prolongados;
· Projeto de convivência e fortalecimento de vínculos: Projeto voltado para adultos na faixa de 30 a 59 anos, sendo feito em grupos, sendo organizados a partir de percursos, de maneira que venha a assegurar adquirições progressivas aos seus usuários, de acordo com os seus ciclos de vida com a finalidade de complementar o trabalho social junto às famílias, precavendo possíveis situações de risco. 
O objetivo deste programa é de ampliar a troca de culturas e de vivências, focando no desenvolvimento de seu potencial, e ao mesmo tempo, possibilitando a sua inclusão socio-familiar, e ao mesmo tempo a sua integração à vida comunitária; 
· Projeto de integração ao mercado de trabalho: tem como objetivo a promoção do constante desenvolvimento de habilidades de deficientes para uma vida mais produtiva e garantindo a inclusão social. 
O programa atende todos os usuários que possuem deficiência intelectual e/ou múltipla, visando sua integração ao mercado de trabalho através de ações realizadas de maneira programada e planejadas com os serviços ofertados pela instituição.
 
A APAE-ES também oferta serviços e programas voltados para o bem-estar do paciente e seus familiares, sendo eles: 
· Fonoaudiologia: tem como objetivo o cuidado com as habilidades comunicativas do paciente, afim de torna-lo mais independente, trabalhando com sua memória, criatividade, e atenção a fim de favorecer sua linguagem, tais como o seu desenvolvimento oral, gestual, de leitura e de funções mentais; 
· Fisioterapia: Promoção do melhoramento das capacidades musculares, corporais, ampliamento de movimento, postura, coordenação e equilíbrio com o objetivo de amenizar as dificuldades e ao mesmo tempo aumentando as suas potencialidades, com formas de intervenção que promovam a independência e qualidade de vida dos pacientes;
· Terapia ocupacional: Promoção aos seus usuários um ambiente que facilite seu desenvolvimento nas mais diversas áreas: físico, motor, psicológico, social e cognitivo; 
· Psicologia: Promoção de intervenções diretas a pessoas com deficiência intelectual e/ou física, através de programas e serviços sociais, orientando familiares e seus cuidadores, assim como todos os outros profissionais que buscam o bem-estar e um relacionamento saudável no núcleo familiar e social, onde haja aceitação de indivíduos deficientes, sua inclusão e integração para com a sociedade; 
· Serviço Social: Visa a investigação da realidade social de seus usuários e famílias, buscando medidas e benefícios de encontro com as suas necessidades e ao mesmo tempo, articulando políticas inclusivas para uma vida comunitária e também melhorando a qualidade de vida de seus usuários, e lhes garantindo os seus direitos e deveres. 
2.2 Recursos financeiros
Os dados da APAE-ES (2020) apontam que o Governo do Estado do Espirito Santo, através da Secretaria de Saúde mantem um contrato de prestação de serviços e parceria com a instituição. O contrato tem como objetivo a prestação de serviços, atendimentos e/ou acompanhamento especializado a pessoas com deficiência intelecutal e/ou múltipla e prestando acompanhamento a crianças dos 0 a 3 anos e 11 meses, com alto risco de desenvolvimento (bebê de risco) em situação ambulatorial através de uma equipe multidisciplinar.
O valor total da parceria foi de R$1.900.766,16 (um milhão, novecentos mil, setecentos e sessenta e seis reais e dezesseis sentavos). 
Apesar da APAE depender em grande parte dos repasses da secretaria de saúde, a instituição também conta com doações e parcerias com o comercio local, sendo que qualquer pessoa (tanto física quanto jurídica) pode realizar doações atravez de carnê, doações regulares e através do débito na conta de luz. As instituições APAE também contam com doações mensais e/ou anuais de pessoas, comerciantes e empresários de todo o estado.
2.3 Áreas de estágio
A APAE-ES (2020) conta com áreas de estágio no campo de Saúde (Farmácia e bioqúimica, terapia ocupacional, fisioterapia, psicologia e genética médica); Humanas (Pedagogia) e de Serviço Social. 
Para se submeter ao estágio em qualquer das instituições APAE, o aluno deve comprovar que está matriculado em qualquer instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, trazendo toda a documentação exigida pela instituição. 
3 ÂMBITO INSTITUCIONAL
3.1 Caracterização da população
3.1.1 Renda familiar
Gráfico 1 – Renda familiar
Fonte: Arquivos públicos da APAE – ES (2020)
A respeito dos usuários majoritários dos serviços prestados, os dados do site da APAE – ES (2020) relatam que, apesar de seus serviços estarem voltados para toda a população, independende de sua classe social ou renda familiar, a instituição acolhe em grande maioria, deficientes de familias com baixa renda (cerca de 50% dos usuários ganham de 1 a 2 salários mínimos). Um dado bastante significativo, mostra que cerca de 16% dos usuários dos serviços prestados, sobrevivem com uma renda de 1 salário mínimo. Em seus extremos, pode-se perceber que, apesar de ser uma minoria, há usuários que recebem mais de dois salários mínimos e que também utilizam dos serviços prestados pela instituição. 
3.1.2 Faixa etária
Gráfico 2 – Faixa etária 
Fonte: Arquivos públicos da APAE – ES (2020)
Diante do gráfico exposto, é possível analisar que os usuários em sua majoritariedade, encontram-se na faixa etária de 07 a 29 anos (78%), a ocorrência dessa número tão grande de usuários em situação de escolaridade fundamental é média, é devido ao fato de as instituições do estado possuirem escolas voltadas para o ensino especial, seguindo as diretrizes solicitadas pela Secretaria Estadual de Educação do estado do Espirito Santo (SEDU-ES) que estabelecem ações conjuntas que tornam compatíveis os interesses institucionais de ambas as partes para o atendimento a crianças, jovens e adolescentes com deficiência intelectual. 
A faixa etária dos usuários coincide diretamente com o nível de escolaridade prestado pela instituição. Sendo divididas em: Escolarização inicial (Ensino Fundamental - I) alunos da faixa etária de 6 á 14 anos que necessitam de um apoio mais pervasivo (Ensino Fundamental - II) e alunos de faixa etária dos 15 a 30 anos (ou mais) que necessitam de apoio pervasivo e de um programa educacional voltado para o profissionalização. 
3.1.3 Sexo 
Gráfico 3 – Sexo
Fonte: Arquivos públicos da APAE – ES (2020)
3.1.4 Responsáveis
Gráfico 4 – Responsáveis
Fonte: Arquivos públicos da APAE – ES (2020)
3.1.5 Situação familiar
Gráfico 5 – Situação familiar
Fonte: Arquivos públicos da APAE – ES (2020)
Diante dos dados referentes à situação familiar, é possível observar 45% dos entrevistados pela instituição, relataram ter algum caso de deficiência na família, sejam por parentes mais próximos ou por parentes mais distantes. O gráfico também segue com um número bastante elevado de pessoas da família com algum histórico de doença. 
3.2 Processo decisório
O site da APAE – ES (2020) relata que todas as ações e decisões da instituição, são feitas pelos menbros superiores da diretoria, e juntamente aos diretores secretários e responsáveis por cada um dos setores.O site também mostra a forma de como os processos de decisão são divididos na instituição:
· Identificação de problemas existentes: Identificar qualquer problema existente na instituição, sendo cada um deles sendo solucionados individualmente respeitando as peculiaridades existentes;
· Diagnóstico institucional: Consiste em um processo decisório e um trabalho bastante minuncioso e lógico, com enfoque na idenficação de ameaças e oportunidades, assim como causas e consequências que se relacionam com o problema. Aqui, entra a importância dos relatórios feitos pelos diretores-secretários, pois são eles que irão expor os números e dados do que a instituição está em falta ou do que precisa; 
· Listagem de alternativas e soluções: Ao ser feito a identificação de problemas e a criação de um diagnpostico preciso, é preciso listar todas as opções disponíveis. É necessário que o Presidente juntamente aos diretores secretários e responsáveis por setores, façam um levantamento preciso de gastos, se estes gastos cabem dentro do orçamento da instituição, tempo de implantação, transformações de espaço e equipe, dentre outros aspéctos;
· Tomada de decisões: feita inteiramente pelo presidente da instituição, todavia, com as alternativas postas à mesa, é necessário decidir e se necessário, consultar os outros membros do corpo para saber qual melhor decisão a ser tomada.
3.3 Serviço social nas instituições
O serviço de assistência social prestado pela APAE, consiste-se basicamente no atendimento a pessoas com deficiência ou transtorno do espéctro autista e também às suas famílias, com abordagem para a área de assistência social, Educação e saúde; com o objetivo de poder contribuir para o acesso aos programas e projetos ofertados, tais como as políticas públicas existentes na rede. 
É também dever do assistente social atuar nas denuncias de possíveis situações de violação de direitos de usuários ou negligência profissional.
À vista disso, para a efetuação do trabalho ofertado pelo assistente social, é utilizado instrumentos profissionais, tais como: Visita institucional e domiciliar; Entrevistas abertas, dirigidas e semi-dirigidas; Acolhimento; observação participante; Orientação; Relatório social; Estudo Social; Análise Socioeconômica; Parecer social; Estudo de caso, entre diversos outros. 
O trabalho prestado pelo assistente social na APAE, é dividido da seguinte forma: 
· Acolhimento: Os assistentes sociais são os profissionais com os quais o paciente e a família possuem o primeiro contato, juntamente com a família, devido ao fato de que a função do assistente social, consiste-se em realizar a prática de acolhimento e encaminhamento necessário. É essencial que a família esteja ciente de tudo o que acontecerá nas avaliações feitas, para que possam entender o serviço prestado pela instituição. A prática de acolhimento também envolve dar ao paciente o resultado, resposta e/ou encaminhamento. 
· Avaliação: possui uma duração média de 1 mês, nesta etapa, o paciente é submetido ao processo de ponderação, também passando pela avaliação profissional de fonoaudiologistas, psicólogos, fisioterapeutas, neurologistas, neuropediatras e psiquiatras. 
É necessário que haja uma interligação das áreas da saúde, educação e assistência social, em conjunto com um bom planejamento de trabalho com foco pela busca do desenvolvimento do paciente e da família atendida pela instituição. 
· Processo de alta: Durante o processo de alta, é necessário que haja um acompanhamento de todas as outras altas do paciente, pois caso este tenha que voltar, o assistente social terá total conhecimento do processo realizado fora da instituição. 
Em todo o processo de alta realizado, o paciente sai da instituição com um parecer interdisciplinar que é dado à família, pois é necessário que a família do paciente esteja ciente de todos os processos de avaliação, entendendo também o serviço ofertado pela instituição para a comunidade. 
· Processo de volta para a APAE: Mesmo que haja a alta do paciente, mas por algum motivo tenha que voltar para a APAE, é realizada uma nova avaliação por parte da equipe, para que possa ser percebido a situação a qual o paciente se encontra.
· Elaboração de projetos sociais: A equipe de assistência social é também responsável pela elaboração de projetos sociais dentro da APAE. Todo o projeto executado, deve partir de um problema existente dentro da instituição a fim de corrigir qualquer erro existente, ou para melhorar as condições de atendimento. 
As ações prestadas pelo serviço de assistencia social para a instituição, possibilitam o emponderamento e conscientização familiar através de atendimentos socioeducativos e de autodefensoria. É dever do assistente social a conscientização familiar e toda a sociedade de que a pessoa com deficiência intelectual é possuidora de todos os seus direitos e deveres. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FENAPAES. Projeto Aguia: Um olhar histórico sobre a instituição. Vol.1, Nº 3, Brasília: FENAPAE, 2000.