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Caderno de Estudo Orientado

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II
III
ENSINO MÉDIO INTEGRAL E PROFISSIONAL
PROJETO DE VIDA 1º ANO ................................................................................ pág 1
Semanas 1 e 2: Quem sou eu? .........................................................................pág 1
Semana 3: Espelho, espelho meu... Como eu me vejo? .................................. pág 5
Semana 4: Que lugares eu ocupo? ................................................................. pág 8
Semana 5: De onde eu venho? ......................................................................pág 12
Semana 6: Minhas fontes de sentido e significado da vida ...........................pág 16
Semana 7: Eu e os meus talentos no palco da vida .......................................pág 18
Semanas 8 e 9: Minhas virtudes e aquilo que não é legal, 
mas que eu posso melhorar ................................................pág 20
Semana 10: Eu, meus amigos e o mundo – parte 1 ....................................... pág 25
PROJETO DE VIDA 2º ANO ............................................................................ pág 28
Semanas 1 e 2: Decisão: o que precisa ser feito – parte 1 ............................. pág 28
Semana 3: Decisão: o que precisa ser feito – parte 2 ................................... pág 32
Semana 4: Sim, eu sou capaz – parte 1 ........................................................ pág 36
Semana 5: Sim, eu sou capaz – parte 2 ........................................................ pág 39
Semana 6: Ouse ser você mesmo ................................................................ pág 43
Semanas 7 e 8: Ação! Sou o sujeito da minha própria vida – parte 1 ............. pág 47
Semana 9: Ação! Sou o sujeito da minha própria vida – parte 2 ...................pág 50
Semana 10: Mantenha a esperança sempre viva .......................................... pág 54
ESTUDOS ORIENTADOS II E TUTORIA - 1º, 2º E 3º ANO ................................. pág 58
Semana 1: Estudar... por quê? – parte 1 ........................................................ pág 58
Semanas 2 e 3: Estudar... por quê? – parte 2 .............................................. pág 64
Semana 4: Estudo Orientado é... – parte 1 ................................................... pág 68
Semana 5: Estudo Orientado é... – parte 2 ....................................................pág 71
Semana 6: Ué! Estudar e fazer tarefa não são a mesma coisa? ................... pág 74
Semana 7: Meu cantinho de estudo – parte 1 ............................................... pág 78
Semanas 8 e 9: Meu cantinho de estudo – parte 2 ....................................... pág 82
Semana 10: Ora, ora...até as formigas se organizam! .................................. pág 86
SUMÁRIO
IV
PÓS MÉDIO 3º ANO ........................................................................................ pág 90
Semana 1: O projeto de vida não tem fim. A importância do monitoramento 
– parte 1 ......................................................................................pág 90
Semana 2: O projeto de vida não tem fim. A importância do monitoramento 
– parte 2 ..................................................................................... pág 95
Semana 3: Crescimento e melhoria do desempenho, sempre – parte 1 ........ pág 98
Semanas 4 e 5: Crescimento e melhoria do desempenho, sempre 
 – parte 2 ............................................................................pág 102
Semana 6: Como saber se deu certo antes de dar errado? – parte 1 ............pág 107
Semana 7: Como saber se deu certo antes de dar errado? – parte 2 ..........pág X111
Semanas 8 e 9: Começar de novo, sempre em frente: A ilusão do definitivo 
– parte 1 ............................................................................. pág 114
Semana 10: Começar de novo, sempre em frente: A ilusão do definitivo 
– parte 2 ................................................................................. pág 118
1
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
COMPONENTE CURRICULAR: PROJETO DE VIDA
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO – INTEGRAL E PROFISSIONAL
PET VOLUME: 01/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA:
MÊS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:
TURNO: INTEGRAL
TOTAL DE SEMANAS: 
NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 
SEMANAS 1 E 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Identidade.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autoconhecimento, autonomia, compromisso.
HABILIDADE(S): 
Reconhecer a si próprio como ser único com qualidades e potenciais a desenvolver.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Identidade, razão, emoção.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas: cidadania, papel social. 
Habilidades Socioemocionais: responsabilidade, perseverança, autoestima, autodeterminação, autoconhe-
cimento.
TEMA: QUEM SOU EU? 
Caro (a) estudante,seja bem-vindo (a) ao componente curricular Projeto de Vida. Provavelmente você 
não conhece esse componente, mas não tem problema. Na verdade, ele é novo para todos os estudan-
tes que estão chegando ao 1º ano de uma escola de Ensino Médio de Tempo Integral. Você já ouviu falar 
de Projeto de Vida? Sabe o que significa? Caso você não saiba, é a partir desta aula que vai começar a 
conhecer esta Metodologia de Êxito tão importante da Escola da Escolha. Ela é importante pois ajudará 
você a conhecer melhor quem é e contribuirá para a escrita do projeto mais importante para qualquer 
pessoa, o PROJETO DE VIDA. 
Durante as aulas de 1º ano, você será convidado (a) a pensar sobre a sua própria identidade, história de 
vida, sonhos e perspectiva de futuro. Para isso, estaremos aqui para apoiar você na compreensão da 
importância de um projeto, neste caso, o seu Projeto de Vida! 
Você sabia que projetar a vida a partir de uma visão que se constrói do próprio futuro é essencial para 
todo ser humano? Pois é! As pessoas que constroem uma imagem afirmativa, ampliada e projetada no 
2
futuro e que, principalmente, atuam sobre ela, têm mais possibilidades de realizá-las do que aquelas 
que apenas sonham e não conseguem projetar de forma nítida o que pretendem fazer em suas vidas 
nos anos que virão. O que diferencia estas pessoas é, principalmente, que aquelas que têm uma visão 
de si próprias no futuro, estão comprometidas, direcionadas, fazendo algo de concreto para levá-las na 
direção dos seus objetivos. Tudo que contribui para que essa visão seja realizada, faz sentido para ela. 
Por isso é tão importante aprender a projetar no futuro os nossos próprios sonhos e ambições e definir 
objetivos, metas e prazos para realizá-los. Mas isso exige cuidados, determinação e muita vontade. 
Com estas aulas, esperamos que você acredite no seu potencial, sinta-se motivado a construir o seu 
Projeto de Vida, desenvolva um conjunto de valores que o ajudem a não ser indiferente em relação a si 
próprio, ao outro e ao seu entorno social, tenha muitos aprendizados e faça grandes reflexões para aju-
dá-lo na elaboração do seu Projeto de Vida ao longo do Ensino Médio. Então, vamos nessa! 
ATIVIDADES
Quando se fala de Projeto de Vida, não podemos deixar de falar sobre o que compõe a vida de cada um, 
afinal, para projetar algo em relação à vida de uma pessoa, é impossível não falar sobre quem é esta 
pessoa. Então, o primeiro passo para construir um Projeto para sua vida, é você saber quem você é e o 
que está relacionado à sua vida: sua história, suas experiências, quem convive com você, o que gosta 
ou não de fazer, quais são os seus sonhos... enfim, tudo o que está relacionado a você! Alguma vez já 
parou para pensar sobre isso? Alguém já lhe perguntou sobre qual o seu sonho, ou quais são as suas 
preferências? É possível que quando escute a pergunta “Quem é você?”, responda de imediato o seu 
nome, certo? Mas já parou para refletir que as pessoas não são só o nome delas? As pessoas são muito 
mais que os seus nomes e idades. Cada um é um universo diferente dentro de si próprio. Então, que tal 
pensar melhor sobre quem é você a partir de agora? Que tal mostrar para as pessoas quem é você de umjeito completo? Esse é o primeiro passo para a construção de um Projeto de Vida. Ah, uma outra coisa 
muito importante são os registros de tudo o que vai fazer a partir de agora nestas aulas. Serão as suas 
memórias sobre tudo o que será trazido para você. Então, será necessário que você separe um caderno 
ou outro material, que se adeque melhor à sua realidade para registrar, anotar e guardar as atividades 
que serão solicitadas durante o ano. Afinal, Projeto de Vida é um componente curricular como os de-
mais, então, organize este caderno que será o seu Portfólio de Projeto de Vida. Ele irá acompanhar você 
durante todas as aulas para a construção do seu Projeto de Vida, certo? Fique à vontade para realizar 
recortes de revistas, escrever frases, músicas, poesias, enfim, use sua imaginação. 
1 - Para iniciar a construção do seu Portfólio/Caderno de Projeto de Vida e para que você possa se 
conhecer um pouco mais, anote, reflita e responda às seguintes perguntas: 
-Eu sou? 
-Meu desejo é? 
-Eu nasci em? 
-Meus pais são? 
-Minhas características físicas são? 
-Meus compromissos são? 
-Eu faço o quê? Por que faço? O que eu faço, aproxima as pessoas? 
-Eu sou feliz quando? 
-Como anda a minha relação comigo mesmo? 
-Como andam meus relacionamentos? 
-Quais são as qualidades das pessoas com quem mantenho amizade? 
3
2 – Depois das imensas descobertas e das escritas tão valorosas sobre você, leia o texto a seguir e 
anote em seu portfólio o que lhe chamou mais atenção. 
VISUALIZANDO NOVOS CAMINHOS 
Quando alguém pretende construir uma casa, um engenheiro é contratado para planejar tudo que será 
necessário fazer antes de começar as obras. A partir do projeto, ele terá uma noção do material ne-
cessário e de quantos trabalhadores serão contratados para a construção ocorrer no tempo determi-
nado. Se não houvesse um planejamento prévio, provavelmente, os trabalhadores não saberiam como 
desempenhar ordenadamente suas funções. Inclusive seria muito complicado prever os recursos ne-
cessários para a obra. A casa, provavelmente, nunca seria construída ou, se fosse, com certeza, não 
iria satisfazer os desejos de seu dono. Na vida, ocorre algo similar. Possuímos muitas metas e planos 
os quais pretendemos realizar. Temos a opção de escolher o nosso caminho. Entretanto, inúmeras 
vezes escolhemos rotas que nos afastam de nosso objetivo maior ou ficamos confusos em relação ao 
rumo a ser seguido pela ausência de planejamento sobre o que realmente queremos. Um Projeto de 
Vida é um plano colocado em papel para que possamos visualizar melhor os caminhos que devemos 
seguir para alcançar nossos objetivos. Desse modo, necessitamos saber claramente quais são eles e 
ter em mente também quais são os nossos valores, pois são eles que nortearão nossas escolhas. Isso 
é fundamental para viver em harmonia com o que realmente nosso coração pede, pois, na ausência de 
um Projeto de Vida, corremos o risco de ficar sem direção. Dessa forma, conhecer-se, saber o que a 
vida realmente significa para você e conhecer seus valores são de fundamental importância no pla-
nejamento do seu Projeto de Vida. É através dele que você poderá se desenvolver melhor e realizar os 
seus sonhos. Lembre-se: nada é estático, e você precisa estar em constante evolução. 
FONG, Saulo. O que é um Projeto de Vida. Disponível em: <https://www.saulofong.com/textos/artigos/o-que-e-um-projeto-de vida%20php>. 
Acesso em: 10 out. 2013. Adaptado. 
3 – Leia a letra da música Caçador de mim, de Sérgio Magrão e Luiz Carlos Sá, e se possível, ouça a 
canção no Youtube. Link: https://www.youtube.com/watch?v=Se9XYKHQi3Y. Após ler a letra da música, 
Caçador de Mim- Sérgio Magrão e Luiz Carlos Sá 
Por tanto amor 
Por tanta emoção 
A vida me fez assim 
Doce ou atroz 
Manso ou feroz 
Eu, caçador de mim 
Preso a canções 
Entregue a paixões 
Que nunca tiveram fim 
Vou me encontrar 
Longe do meu lugar 
Eu, caçador de mim 
Nada a temer senão o correr da luta 
Nada a fazer senão esquecer o medo 
Abrir o peito à força, numa procura 
Fugir às armadilhas da mata escura 
Longe se vai 
Sonhando demais 
Mas onde se chega assim 
Vou descobrir 
O que me faz sentir 
Eu, caçador de mim
NASCIMENTO, Milton. Caçador de mim. In: Caçador de mim (LP). Ariola, 1981. Disponível em: <http://www.miltonnascimento.com.br/#/>. 
Acesso em: 10 out. 2013. 
4
4 – Elabore no seu portfólio um pequeno texto dissertativo sobre quem é você, quais são os seus 
desejos e tudo que faz sentido para você. Essa é uma pergunta necessária e que vai dar início ao seu 
Projeto de Vida. Reflita bastante e responda à pergunta para você mesmo: Quem sou eu? 
Então, estudante, o que achou? Espera-se que você aproveite ao máximo o processo de se conhe-
cer melhor, pois o autoconhecimento será fundamental para a construção do seu Projeto de Vida. 
Até a próxima. 
5
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Identidade.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autogestão, autoconhecimento, autonomia, discernimento.
HABILIDADE(S): 
Construir e valorar positivamente os conceitos acerca de si próprio.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Identidade, emoção.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas: cidadania, relações sociais. 
Habilidades Socioemocionais: responsabilidade, perseverança, autodeterminação, autoconhecimento.
TEMA: ESPELHO, ESPELHO MEU... COMO EU ME VEJO? 
Caro (a) estudante, nesta semana você continuará seu processo de reflexão sobre quem é você, e prin-
cipalmente o aprendizado da valorização de si mesmo. 
RECAPITULANDO
Olá, estudante! Nas últimas semanas, você começou a descobrir a importância do autoconhecimento 
para a construção do Projeto de Vida. Conhecer bem a si mesmo é fundamental para saber quem você 
é e quem deseja se tornar no futuro. 
ATIVIDADES
Na semana passada você começou a refletir sobre quem você é, certo? Não ter clareza sobre quem se 
é no presente, impacta diretamente em quem você deseja se tornar no futuro. E não estamos falando 
em relação à pergunta clássica que a maioria das pessoas fazem para as crianças: O que você quer 
ser quando crescer?! Esta pergunta precisa ser ampliada para um sentido mais abrangente do que é o 
ser humano. As pessoas não são só as suas profissões, muito pelo contrário, elas são um mundo em si 
próprias. É preciso considerar as várias dimensões do ser humano, desde a racionalidade, a emoção, a 
espiritualidade e a corporeidade. Pensando nas dimensões de cada uma das pessoas, é preciso pensar 
sobre tudo o que as formam. Só a partir do autoconhecimento é possível transformar sonhos em reali-
dade.Quem se conhece bem, consegue falar de si, sobre suas características, história de vida. 
6
1 – Biografia é a história da vida de uma pessoa. A palavra tem origem nos termos gregos bios, que 
significa “vida”, e graphein, que significa “escrever”. Sabendo, então, que uma biografia é a descrição 
dos fatos particulares da vida de uma pessoa e sua trajetória, escreva a sua autobiografia no seu 
portfólio, incluindo as seguintes informações: 
a) Data de nascimento: 
b) Local onde nasceu e vive atualmente: 
c) Onde estudou: 
d) Algumas habilidades específicas: 
e) Um pensamento em que realmente acredite:
f) Algo sobre a sua família: 
g) Com uma palavra, o que quer ser. 
O título desta aula é Espelho, espelho meu... como eu me vejo? Você consegue responder esta per-
gunta? Como se enxerga quando se olha no espelho? Estas perguntas são essenciais para o desen-
volvimento do autoconhecimento. É preciso perceber a imagem que você cria de você mesmo. O que 
enxerga no espelho nem sempre é o que as outras pessoas enxergam, e tudo bem. Muitas vezes as 
pessoas possuem uma imagem distorcida de si próprias, mas é necessário ressignificar o que você vê 
de si mesmo, principalmente para não esquecer o quanto você é importante e saber que o responsável 
pelo seu Projeto de Vida é você! 
2 – Leia o texto abaixo e responda o que se pede: 
O que é Forense? 
Forense é um termo relativo aos tribunaisou ao Direito. Na maior parte das vezes, o termo é de imedia-
to relacionado com o desvendamento de crimes. Contudo, existem outras aplicações do termo, como 
se verifica na expressão “expediente forense”, que designa o horário de funcionamento dos tribunais. 
Ciência Forense é a aplicação de um conjunto de técnicas científicas para responder a questões rela-
cionadas ao Direito, podendo se aplicar a crimes ou atos civis. O esclarecimento de crimes é a função 
de destaque da prática forense. Através da análise dos vestígios deixados na cena do crime, os peritos, 
especialistas nas mais diversas áreas, conseguem chegar a um criminoso. Algumas das áreas científi-
cas que estão relacionadas à Ciência Forense são a Antropologia, Biologia, Computação, Matemática, 
Química, e várias outras áreas ligadas à Medicina, como por exemplo, a Psicologia Forense. 
O que é Forense. Disponível em: <https://www.significados.com.br/forense/>. Acesso em setembro de 2013.
Se possível, assista ao vídeo: Retratos da Real Beleza. (Vídeo da campanha publicitária “Dove”: Retra-
to Real da beleza (acesso: https://www.youtube.com/watch?v=Il0nz0LHbcM). Caso não seja possível o 
acesso, seguem as informação sobre o mesmo: 
Trata-se de um retrato falado de 7 mulheres, feito por um artista forense que trabalha no FBI. O agente 
do FBI faz dois retratos de cada mulher, o primeiro com a própria pessoa se descrevendo e o segundo 
com outra pessoa descrevendo a mesma mulher. O vídeo retrata as diferentes formas de como eu me 
vejo e como as pessoas me vêem. 
7
a) Depois de todas as informações acima, desenhe o seu autoretrato. É importante ter em mente 
que a imagem que a pessoa tem de si mesma pode ser, ou não, exata. Você já parou para pen-
sar que todo ser humano tem um eu e uma autoimagem? Para fazer seu autorretrato, siga as 
seguintes orientações: pegue uma foto recente sua ou fique na frente do espelho e desenhe 
em seu portfólio a sua face com as suas características físicas, de acordo com o que você 
enxerga de si próprio: 
1º passo: faça linhas básicas que definem o contorno do rosto e maxilar; 
2º passo: defina as sobrancelhas e o corte e tipo do cabelo; 
3º passo: depois os lábios, o nariz, os olhos e as orelhas; 
4º passo: em seguida, coloque detalhes importantes como barba, pintas, rugas, óculos, etc. 
5º passo: por último, busque perguntas precisas, como: estatura, peso, cor e personalidade e 
descreva o seu autoretrato. Escreva o que você acha da pessoa que desenhou. 
Vale a pena VER: “CSI: Las Vegas” é o título de uma série americana de investigação criminal que, no 
Brasil e em outros países, popularizou o trabalho dos cientistas forenses, os peritos que desvendam os 
mais variados crimes e conduzem à identificação do culpado. 
O que escreveu anteriormente sobre você é o “COMO VOCÊ SE VÊ”, a partir de como se desenhou. Isso 
faz sentido para você? O fato é que nem sempre as pessoas prestam a devida atenção em si mesmas 
e se não é possível enxergar-se como realmente é, não é possível ser feliz, seguir um caminho rumo ao 
sonho que possui.
3 – Para ajudar você neste processo de autoconhecimento, converse com algumas pessoas com quem 
convive e procure saber o que elas enxergam de você. Escreva no seu portfólio a sua análise depois de 
comparar o que você enxerga de si mesmo e o que as pessoas enxergam de você. 
PARA SABER MAIS: 
Aprenda a fazer retrato falado utilizando o Pimp the Face, um site em inglês que permite criar o 
desenho de um rosto a partir de uma foto ou de modelos preestabelecidos disponíveis no site. 
Para aprender é só acessar: <http://www.tecmundo.com.br/imagem/4021-aprenda-a-fazer-um-
-retrato falado.htm#ixzz2fiiuyr2h>. Acesso em out. 2013.
Então, estudante, o que achou da aula? Esperamos que continue no processo de autoconhecimento, 
pois é a partir de quem você sabe que é, que é possível se tornar quem você deseja ser. Até a próxima! 
8
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Identidade.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autogestão, autoconhecimento, autonomia, pensamento crítico.
HABILIDADE(S): 
Conhecer a realidade na qual se insere, expressando a própria história pessoal.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Interação social, cultura e sociedade.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas: Identidade, organização social, relações sociais. 
Habilidades socioemocionais: Responsabilidade, perseverança, autodeterminação, autoconhecimento.
TEMA: QUE LUGARES EU OCUPO? 
Caro (a) estudante, nesta semana você vai refletir acerca dos diversos papéis sociais desenvolvidos 
pelas pessoas e despertar para a necessidade de atuação nos diversos espaços de convivência social. 
RECAPITULANDO 
Na última semana, você percebeu a importância do autoconhecimento, a partir da visão de si próprio. 
Viu que a Biografia, que é a história de vida de cada pessoa e a maneira com a qual as pessoas se enxer-
gam, possibilita você saber quem é no presente e saber quem você deseja se tornar no futuro. 
ATIVIDADES
Você já parou para pensar sobre quais são os lugares que ocupa? Ou quantos lugares existem no mun-
do? Ou mesmo, quantos lugares você deseja conhecer ou estar um dia? Estas perguntas são muito 
necessárias para o Projeto de Vida de qualquer pessoa. Pensando no processo de autoconhecimento 
que você vem realizando, outro ponto fundamental nesta jornada é saber quais são os lugares que você 
ocupa no mundo. 
1 – Leio o texto “Família e escola” e responda o que se pede: 
Família e Escola 
“Comparados a outros seres, somos um animal frágil: possuímos reduzida força física, não temos muita 
velocidade de deslocamento, nossa pele é pouco resistente ao clima e agressões, não nadamos bem e 
não voamos, não resistimos mais do que alguns dias sem água e alimento, nossa infância é muito de-
morada e temos de ser cuidados por longo tempo. Ora, vivemos em um planeta que oferece condições 
de vida muito especializadas; um animal como nós não teria chance nas regiões polares, nas desérti-
cas, nas florestas equatoriais, nas de inverno inclemente, nos oceanos, etc. [...] 
9
O que vai nos diferenciar, de fato, é que só o animal humano é capaz de ação transformadora conscien-
te, ou seja, é capaz de agir intencionalmente (e não apenas instintivamente ou por reflexo condiciona-
do) em busca de uma mudança no ambiente que o favoreça. Essa ação transformadora consciente é 
exclusiva do ser humano e a chamamos trabalho ou práxis; é consequência de um agir intencional que 
tem por finalidade a alteração da realidade de modo a moldá-la às nossas carências e inventar o am-
biente humano. [...] 
Se o trabalho é o instrumento, qual é o nome do efeito de sua realização? Nós o denominamos Cultura 
(conjunto dos resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho). [...] 
[...] Em suma, o Homem não nasce humano e, sim, torna-se humano na vida social e histórica, no inte-
rior da Cultura. [...] 
[...] Um dos produtos ideais da cultura são os valores, por nós criados para o existir humano, pois, quan-
do os inventamos, estruturamos uma hierarquia para as coisas e acontecimentos, de modo a estabele-
cer uma ordem na qual tudo se localize e encontre seu lugar apropriado. 
[...] O principal canal de conservação e inovação dos valores e conhecimentos são as instituições so-
ciais como a família e a Igreja, o mercado profissional, a mídia, a escola etc.[...] ao contrário dos outros 
seres vivos, nós os humanos, dependemos profundamente de processos educativos para nossa sobre-
vivência (não carregamos em nosso equipamento genético instruções suficientes para a produção da 
existência) e, desse prisma, a Educação é instrumento basilar para nós. 
No entanto, a Educação pode ser compreendida em duas categorias centrais: educação vivencial e 
espontânea, o “vivendo e aprendendo” (dado que estar vivo é uma contínua situação de ensino/aprendi-
zado), e educação intencional ou proposital, deliberada e organizada em locais predeterminados e com 
instrumentos específicos (representadapela Escola e, cada vez mais, pela mídia). ”
CORTELA, M. S. A Escola e o Conhecimento. Ed. São Paulo: Cortez, 1998. p. 33 a 49. 
Conforme o texto apresentado, a espécie humana enfrenta muitas dificuldades de adaptação e sobre-
vivência, mas se serve de sua inteligência para criar maneiras de compensar suas fraquezas. Conside-
rando sua leitura e reflexão, responda em seu portfólio as perguntas que seguem abaixo: 
a) Já nascemos seres sociais? Por quê? 
b) Segundo o texto, somos seres frágeis. Por que ele afirma isso? 
c) O que nos diferencia dos outros seres vivos? 
d) Segundo o texto, qual a importância da educação para o ser humano? Argumente se você 
está de acordo ou não com o que aborda o texto? 
10
2 – Se possível, escute a música Até quando? do cantor e compositor, Gabriel, o Pensador. (Link: 
https://www.youtube.com/watch?v=atXuxbc7zZk). Fique atento em relação às críticas abordadas 
na letra da música. Essa música foi lançada em 2001 com o objetivo de despertar a coragem das 
pessoas pela luta dos seus direitos, além de provocar a mudança de postura diante dos desafios 
sociais. E caso não seja possível ouvir, segue a letra da música:
Até quando? 
Não adianta olhar pro céu 
Com muita fé e pouca luta 
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer 
E muita greve, você pode, você deve, pode crer 
Não adianta olhar pro chão 
Virar a cara pra não ver 
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus so-
freu não quer dizer que você tenha que sofrer! 
Até quando você vai ficar usando rédea?! 
Rindo da própria tragédia 
Até quando você vai ficar usando rédea?! 
Pobre, rico ou classe média 
Até quando você vai levar cascudo mudo? 
Muda, muda essa postura 
Até quando você vai ficar mudo? 
Muda que o medo é um modo de fazer censura 
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!) 
Até quando vai ficar sem fazer nada? 
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!) 
Até quando vai ser saco de pancada? 
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente 
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente 
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante 
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante 
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante! 
É tudo flagrante! É tudo flagrante!! 
A polícia 
Matou o estudante 
Falou que era bandido 
Chamou de traficante! 
A justiça 
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado 
E absolveu os PMs de Vigário!
A polícia só existe pra manter você na lei Lei do silêncio, lei 
do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco 
A programação existe pra manter você na frente 
Na frente da TV, que é pra te entreter 
Que é pra você não ver que o programado é você! 
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero 
trabalhar 
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude 
estudar 
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que 
eu saiba falar 
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá 
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tan-
to ralar 
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra 
raciocinar 
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mes-
mo lugar? 
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar! 
Escola! Esmola! Favela, cadeia! 
Sem terra, enterra! 
Sem renda, sem renda! Não! Não!! 
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente 
A gente muda o mundo na mudança da mente 
E quando a mente muda a gente anda pra frente 
E quando a gente manda ninguém manda na gente! 
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem 
doença sem cura 
Na mudança de postura a gente fica mais seguro 
Na mudança do presente a gente molda o futuro! 
Até quando você vai ficar levando porrada, até quando vai 
ficar sem fazer nada 
Até quando você vai ficar de saco de pancada? Até quando?
PENSADOR, Gabriel o - Até Quando? - SME (em nome de Sony BMG Music Entertainment). Disponível em: https://www.youtube.com/
watch? atXuxbc7zZk. Acesso em: fevereiro de 2021. 
11
Após ouvir (ou ler) a música, conforme o trecho destacado a seguir, responda em seu portfólio:
“Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente 
A gente muda o mundo na mudança da mente 
E quando a mente muda a gente anda pra frente 
E quando a gente manda ninguém manda na gente! 
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura 
Na mudança de postura a gente fica mais seguro 
Na mudança do presente a gente molda o futuro!”
a) Você acredita que as pessoas, quando se unem em prol de alguma causa, conseguem mudar 
uma realidade? Se sim, você conhece algum exemplo? 
b) Se você fosse defender uma causa social, qual seria? Por quê? 
c) Você desenvolve algum tipo de trabalho voluntário? Se sim, qual? 
PARA SABER MAIS: 
Gabriel, O Pensador: Nascido no Rio de Janeiro em 1974, estreou sua carreira como rapper em 
1992, com a fita demo de “Tô feliz (matei o presidente)”, censurada pelo Ministério da Justiça pouco 
antes da renúncia de Collor. Gabriel gravou sete álbuns e um DVD, somando mais de dois milhões 
de cópias vendidas no Brasil, abrindo portas para outros países apreciarem seu trabalho. O criador 
de “Cachimbo da Paz”, “Até quando?” e “Palavras repetidas” é também autor de dois livros: “Diário 
Noturno” (ed. Objetiva) e “Um garoto chamado Roberto” (ed. Cosac Naify), que recebeu o prêmio 
Jabuti de melhor livro infantil em 2006. 
Então, estudante, espera-se que você tenha começado a refletir sobre os lugares que você ocupa no 
mundo. Toda as pessoas necessitam reconhecer os lugares onde se fazem presentes e qual a relação 
estabelecida com os aprendizados ofertados em cada um deles. A vida em sociedade contribui com a 
construção do Projeto de Vida de cada pessoa. Até a próxima! 
12
SEMANA 5
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Identidade.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autogestão, autoconhecimento, autonomia, pensamento crítico.
HABILIDADE(S): 
Conhecer a realidade na qual se insere, expressando a própria história pessoal.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Interação social, cultura e sociedade.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas: Identidade, relações sociais, diversidade cultural. 
Habilidades socioemocionais: Responsabilidade, perseverança, autodeterminação, autoconhecimento.
TEMA: DE ONDE EU VENHO? 
Caro(a) estudante, nesta semana você vai refletir sobre a influência da herança familiar na formação da 
identidade e do próprio futuro. 
RECAPITULANDO 
Na última semana, você pensou sobre os lugares que ocupa e como a relação com a família, escola e 
sociedade podem contribuir com a construção do Projeto de Vida. 
ATIVIDADES
De onde você vem? Na última semana você pensou os lugares que fazem parte da vida e como a con-
vivência em sociedade pode contribuir com o Projeto de Vida das pessoas. Mas para além dos lugares 
que as pessoas ocupam, existe a relação com os lugares de onde elas vieram. Que “lugar” seria esse? 
A história pessoal deve ser um componente importante do Projeto de Vida. Antes mesmo de você pen-
sar para onde quer ir e o que quer ser, é importante saber de onde vem, o que gostaria de superar ou 
criar para o futuro. A sua casa, seus pais, sua família e sua vida cotidiana, por meio de uma rede de 
relações sociais e afetivas, integram o primeiro momento de conhecimento sobre o mundo. Pois, é no 
processo de relações diversificadas que é possível interiorizar valores e construir formas próprias de 
perceber e estar no mundo, se constituindo enquanto sujeito. 
1 - Leia a crônica de Clarice Lispector e responda o que se pede em seu portfólio: 
PERTENCER 
Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: 
nela o ser humano, no berço mesmo, já começou. 
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não 
importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça. 
13
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanharpela vida afora, como se 
fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela 
pertence a Deus. 
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante 
arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho 
um corpo e uma alma. É preciso mais do que isso. Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito 
de ser gente. Não sei mais como é. É uma espécie toda nova de “solidão de não pertencer” que começou 
a me invadir como heras num muro. 
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associa-
ções? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que 
tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas 
alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com 
um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, 
é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando 
o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos. 
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a 
vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha 
força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa. Quase consigo me visualizar no berço, quase 
consigo reproduzir em mim a vaga e, no entanto, premente sensação de precisar pertencer. Por moti-
vos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida. 
No entanto, fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por 
uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doen-
ça. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até 
hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem 
comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu 
ter nascido em vão e tê -los traído na grande esperança. 
Mas eu não me perdoo. Queria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha 
mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa es-
pécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha 
não podia ser conhecido. 
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não 
pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no de-
serto e bebe sôfrego o último gole de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo 
que caminho! 
 LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. p.110 – 478
a) Por que Clarice Lispector se sentia deserdada da vida? 
b) Para Clarice Lispector, o que significa pertencer? 
c) “Nasceu e ficou simplesmente nascida”, “Não recebeu a marca do pertencer”. Que marca é 
essa a que Clarice se refere? 
d) Assim como Clarice Lispector, que histórias você tem sobre a sua origem? 
e) O que você sabe acerca das expectativas dos seus pais sobre você, antes mesmo do seu 
nascimento? 
14
Depois de sua reflexão é importante que você entenda sobre nascer com uma missão, um legado ou 
uma função familiar pré-estabelecida e o que se pode fazer para superar esse legado e traçar a própria 
história. Cada pessoa possui sua história de vida e ela começa a ser construída antes mesmo do nasci-
mento. Para isso, a crônica de Clarice Lispector, mostra a profundidade da trajetória da personagem, 
seus sentimentos e as transformações pelas quais passou. Você precisa respeitar a própria história 
por aquilo que ela tem de diferente e que através dela podem criar confiança no mundo e em si mesmo. 
Já para a vida futura, é importante criar vínculos seguros e saudáveis com a própria história.
2 – Continuando o caminho do autoconhecimento, faça o registro em seu portfólio sobre o seu 
passado, pois isso evita que aprendizados se percam pelo caminho. Ler anotações antigas pode ser 
muito valioso para que você entenda o seu contexto de vida. Saber de onde vem é tão necessário 
quanto saber para onde vai. Assim, organize suas histórias de vida, redimensione o valor de cada 
uma delas e das pessoas que lhe fazem bem. A busca pelo significado de cada uma dessas coisas 
pode até ser difícil de definir, mas o que importa é o diálogo que você faz consigo mesmo, essa 
será a sua melhor tradução. Coloque os nomes das pessoas da sua família na árvore abaixo e depois 
escreva o que essas pessoas representam para você. Depois responda às questões abaixo:
a) Na família, além do nome, o que mais é herdado? 
b) Quais as capacidades que você tem vindas de sua origem? 
c) Em sua opinião, qual foi o legado mais importante que sua família deixou para você? 
d) O que você gostaria de deixar como legado para a sua família? 
15
Então, estudante, o que achou da semana? Este momento é muito importante para você entender o seu 
passado para conseguir se projetar melhor no futuro. O passado, o presente e o futuro se relacionam, 
uma vez que, por meio da memória podemos olhar o passado e pensar sobre ele de acordo com a ideia 
que temos de nós mesmos, no presente e com isso, mudar o nosso futuro.
REFERÊNCIAS
• CORTELA, M. S. A Escola e o Conhecimento. Ed. São Paulo: Cortez, 1998. p. 33 a 49. 
• FONG, Saulo. O que é um Projeto de Vida. Disponível em: <https://www.saulofong.com/textos/arti-
gos/o que-e-um-projeto-de-vida%20php>. Acesso em: 10 out. 2013. Adaptado. 
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Material do Educador: Aulas de Projeto de Vida. 
1º Série do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p. 1 a 392. 
• LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. p.110 – 478. 
• NASCIMENTO, Milton. Caçador de mim. In: Caçador de mim (LP). Ariola, 1981. Disponível em: <http://
www.miltonnascimento.com.br/#/>. Acesso em: 10 out. 2013. 
• O que é Forense. Disponível em: <https://www.significados.com.br/forense/>. Acesso em setem-
bro de 2013. 
• PENSADOR, Gabriel o - Até Quando? - SME (em nome de Sony BMG Music Entertainment). Disponível 
em: https://www.youtube.com/watch?v=atXuxbc7zZk. Acesso em: fevereiro de 2021.
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SEMANA 6
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Identidade.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autoconhecimento, autoconceito e autorreflexão.
HABILIDADE(S): 
Perceber e identificar os elementos relevantes relativos à dimensão transcendental da sua vida.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Racionalismo e Empirismo, Valores, Sociedade racional e industrial.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Cidadania, ideias, conceitos, pensamentos e teorias seculares, liber-
dade de expressão, Ideia estética da realidade; 
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Racionalidade científica, Lógica analítica e intuição;
Habilidades Socioemocionais: Autorreflexão, autoconfiança e autoestima.
TEMA: MINHAS FONTES DE SENTIDO E SIGNIFICADO DA VIDA.
Caro (a) estudante, você já ouviu falar em Educação Interdimensional? Pois bem, a Educação Interdi-
mensional busca a valorização das várias dimensões do ser humano, superando a valorização somente 
do cognitivo. Essas dimensões são quatro:
• o LOGOS (pensamento, razão, a ciência);
• o PATHOS (afetividade, relação do homem consigo mesmo e com os outros);
• o EROS (impulsos, corporeidade) e;
• o MYTHUS (relação do homem com a vida e a morte, com o bem e o mal). 
Você já parou para pensar que todas essas dimensões fazem parte de cada pessoa? 
Mas entre as dimensões citadas, a dimensão transcendental do ser humano - O MYTHUS - será o foco 
desta semana, objetivando que você reflita sobre o sentido que se atribuia vida.
Na última semana você refletiu sobre a influência da herança familiar na formação da identidade e do 
próprio futuro, como parte do processo de autoconhecimento, fundamental para a elaboração do seu 
Projeto de Vida.
ATIVIDADES
Você já se perguntou qual o sentido da vida para você? Na verdade, existem vários e diferentes sentidos 
que as pessoas dão à vida. Você já parou para pensar nos valores que possui e dá às coisas e pessoas 
que fazem parte da sua vida? Sobre isso, você acha comum a valorização das pessoas a partir do que 
elas possuem e não do que elas são? 
17
Os valores e princípios que orientam a relação humana, tais como afeto e respeito pelo outro, algumas 
vezes são deixados de lado, causando o que Antônio Carlos Gomes da Costa (1940 – 2011) (veja quem 
foi esse educador na sessão para “Para Saber Mais”) chama de “crise de uma época.” Ao mesmo tempo 
em que se vive essa crise na relação humana, existem pessoas que buscam outro sentido para as suas 
vidas, ativando a dimensão transcendental que ressignifica a própria natureza humana.
Sobre a transcendentalidade é importante dizer que nesta aula, esse tema não será abordado do ponto 
de vista de religião alguma. A transcendentalidade tratada aqui, diz respeito à natureza humana de cada 
pessoa, a consciência de si mesmo e a busca de sentido da vida. 
PARA SABER MAIS: 
Sugestão de vídeo sobre a temática da aula: 7 bilhões de outros (Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=w2vCFR_slWY>. Acesso em fevereiro de 2021). O vídeo traz depoimentos 
de pessoas de diferentes lugares do mundo, de culturas distintas, sobre o sentido que elas atri-
buem à vida.
A importância de refletir sobre a dimensão transcendente da vida perpassa, portanto, pela busca de 
sentido existencial. É buscar no interior de si mesmo, o que significa a forma de ser e estar no mundo. 
Sobre isso, você já pensou sobre o que dá SIGNIFICADO e SENTIDO à sua existência neste mundo? Para 
algumas pessoas, por exemplo, fazer o bem e ser solidário é o que mais dá sentido à vida.
1 - Sendo assim, escreva no seu Portfólio sobre o sentido da vida para você. Depois, que tal conversar 
sobre o conteúdo dessa aula com alguém da sua casa? Procure saber dessa pessoa escolhida por 
você, qual o sentido que ela atribui a própria vida. 
2 – Considerando o que escreveu na questão anterior, você acha que age de acordo com o que faz 
sentido para você? A pergunta parece descabida? Hum... Será? Nesses tempos de Skype, WhatsApp, 
Facebook e Instagram, nem tudo sobre o que as pessoas falam e fazem, pode ter um real sentido 
para elas, não é verdade? Existe uma grande possibilidade das suas atitudes estarem seguindo 
tendências que não condizem com o que elas são. Você já pensou nisso? Escreva em seu portfólio o 
que pensa sobre isso.
3 – Seguindo o raciocínio da questão anterior, pense na importância que você deu aos principais 
acontecimentos que ocorreram na sua vida. Pensar sobre isso ajudará você a descobrir também, 
o que é importante para você e qual é sua fonte de significado da vida.
PARA SABER MAIS: 
Quem foi Antônio Carlos Gomes da Costa (1940 – 2011)? Mineiro, nasceu ao final dos anos 40, 
professor experiente e prestigiado. Trabalhou com crianças e adolescentes, inclusive na Febem 
de Minas Gerais. Foi um dos participantes do grupo de redação do ECA - Estatuto da Criança e do 
Adolescente. Foi um influente colaborador na concepção do Modelo da Escola da Escolha.
Então, estudante, o que achou da aula? Em relação às dimensões da vida, o mais importante é que o 
ser humano se sinta feliz e realizado em seus sonhos, planos, em sua relação com o outro, e não apenas 
pelo que a razão constrói. Isso fará a diferença na elaboração do seu Projeto de Vida. Até a próxima.
18
SEMANA 7
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Identidade.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autoconhecimento, autorreflexão.
HABILIDADE(S): 
Reconhecer, expressar e valorizar os talentos e habilidades que possui, bem como lidar com as suas limitações.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Sociedade, participação e papel social, desenvolvimento pessoal.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, cidadania, formação humana, técnica e 
profissional, Transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Hereditariedade, variabilidade genética.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Sensibilidade artística, trabalhos manuais e técnicos.
Habilidades Socioemocionais: Autoconfiança, autoconceito e autoestima.
TEMA: EU E OS MEUS TALENTOS NO PALCO DA VIDA.
Caro (a) estudante, além do autoconhecimento um pré-requisito importante para a construção do Pro-
jeto de Vida é ter consciência dos seus talentos para que você possa explorá-los ao seu favor. Ao fazer 
isso, você amplia as suas oportunidades de crescimento e atuação no mundo. Portanto, esta aula vai 
possibilitar a identificação dos seus talentos e necessidades de aprendizagens.
RECAPITULANDO 
Olá, estudante! Na última semana, você refletiu sobre as quatro dimensões do ser humano: o LOGOS 
(pensamento, razão, a ciência), o PATHOS (afetividade, relação do homem consigo mesmo e com os 
outros), o EROS (impulsos, corporeidade) e o MYTHUS (relação do homem com a vida e a morte, com o 
bem e o mal). Está lembrado? Entender estas dimensões é muito importante para buscar as suas fontes 
de significado e valorização da vida.
ATIVIDADES
Cada pessoa possui características que gosta e outras que sabe que precisa melhorar. Todo ser huma-
no deve refletir sobre o que sabe e o que gostaria de saber. É a partir das características de algo, que 
você passa a conhecer melhor, por exemplo, quando faz uma pesquisa na internet sobre um país, cons-
tam todas as características desse país: número de habitantes, idioma falado, sua capital, informações 
sobre a cultura, sua bandeira. Com isso você passa a conhecer um pouco mais sobre ele. Da mesma 
forma acontece com as pessoas. Quando alguém pergunta quem é você, logo aparecem informações 
importantes sobre a sua personalidade, seus gostos, a sua história de vida, suas habilidades e outras in-
formações que você demonstra para que as outras pessoas saibam quem você é de verdade. Essa com-
paração serve para você compreender a importância do autoconhecimento para o desenvolvimento 
19
do seu Projeto de Vida. Quais são os seus talentos? Quais são as suas habilidades? O que você deseja 
desenvolver? São perguntas como essas que vão ajudá-lo a se conhecer melhor e atuar diante da vida 
de maneira positiva, bem como valorizar os seus conhecimentos e habilidades.
1 - Que tal você construir a sua bandeira pessoal? Assim como um país tem a sua bandeira, você deverá 
ter a sua, como uma representação daquilo que você considera imprescindível para a realização do 
seu Projeto de Vida. Leia as instruções antes de começar a preencher os quadrantes da bandeira que 
segue na sequência. Vai ser bem divertido!
Instruções para preenchimento de cada quadrante da bandeira:
• “Sei”: sobre o que você sabe fazer hoje. Ex: Dançar, costurar, cozinhar e escrever poemas.
• “Não quero”: preencha essa parte com o que você não tem interesse em desenvolver, pois 
considera que isso não influenciará no seu Projeto de Vida. Ex: Dirigir e falar em público; 
• “Quero”: preencher com o que deseja dominar. Ex: Saber escrever um livro, ser organizado, 
saber planejar e entender de educação financeira. 
• “Não sei”: preencher esse quadrante com o que você quer desenvolver e que considera impor-
tante para a realização do seu Projeto de Vida. Ex: Ser empático (se colocar no lugar do outro), 
trabalhar em grupo e fazer trabalhos manuais.
A vida é um grande palco que vai exigir de você que os seus talentos e habilidades sejam utilizados, por 
isso, reconheça aquilo que você domina bem e busque motivação para aproveitar as oportunidades 
para aprendê-las. Isso contribuirá com a construção de seu Projeto de Vida. Até a próxima!
20
SEMANAs 8 e 9
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Identidade.OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autoconhecimento.
HABILIDADE(S): 
Perceber diferentes valores presentes nas pessoas e em si como parte constituinte da identidade.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Identidade, Protagonismo, desenvolvimento pessoal.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Práticas sociais, participação social, ética e cidadania, liberdade de 
expressão, Direitos e deveres do cidadão.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Educação sexual, hereditariedade, variabilidade genética, anato-
mia humana.
Habilidades Socioemocionais: Autorreflexão, autoconceito e autoconfiança.
TEMA: MINHAS VIRTUDES E AQUILO QUE NÃO É LEGAL, MAS QUE EU POSSO MELHORAR.
Caro (a) estudante, nesta semana vamos abordar o que são valores. Vamos falar de alguns princípios 
que norteiam a vida das pessoas e pensar sobre o que tem valor na nossa vida. 
À medida que cada pessoa se desenvolve, os valores vão sendo construídos. Eles são fundamentos 
éticos e morais considerados importantes na vida de cada um. Pois, valorizar alguma coisa signifi-
ca dar-lhe importância. Os valores, em geral, são expressos por substantivos abstratos (realização, 
ousadia, amor, tranquilidade, alegria etc.), mas podem ser usados em pequenas expressões (ser ama-
do, sentir alegria, receber elogios etc.) ou ainda, em frases (acho importante presentear as pessoas, 
é fundamental demonstrar sentimentos) para exprimi-los.
É interessante pensar sobre os valores, não é mesmo? É muito importante fazer uma reflexão sobre os 
seus valores e ajudá-lo a perceber que eles são imprescindíveis no seu Projeto de Vida.
RECAPITULANDO
Na última semana, você refletiu sobre os seus talentos, habilidades e características que formam quem 
você é. Pensou também sobre a importância de saber o que você já sabe, o que gostaria de saber, o que 
ainda não sabe e o que não quer. Concorda que estas informações são de extrema importância para a 
elaboração do seu Projeto de Vida?
21
ATIVIDADES
Os valores são fruto das trocas de afeto com as pessoas com quem convivemos. Sobre isso, temos 
como exemplo, o que acontece com uma criança recém-nascida. Ela está sempre sob os cuidados per-
manentes (alimentação, banho, carinho etc.) de alguém que cuida dela. E assim, existe uma grande 
possibilidade de que a criança projete sentimentos positivos sobre tal pessoa, que geralmente é cha-
mada de mãe. Sabia que a construção de valores se dá desde o nosso nascimento? E à medida que nos 
desenvolvemos, desde a infância, alguns valores serão mais intensos, é o que chamamos de valores 
centrais, enquanto outros valores terão menor intensidade, o que chamamos de valores periféricos 
de nossa identidade.
Mas, os valores não são rígidos e podem mudar durante a vida. Um bom exemplo é que uma pessoa 
pode mudar seus valores aos 50 anos de idade depois de se tornar avó ou aos 25 anos depois de um 
primeiro emprego. Isso significa que os valores dependem da intensidade dos sentimentos morais que 
desenvolvemos. 
O mesmo valor pode ser central (quanto mais se gosta/intenso) ou periférico (quanto menos se gosta/
periférico) na identidade de cada pessoa, e isso depende das pessoas envolvidas e das situações, ou 
seja, a identidade de uma mesma pessoa pode variar de acordo com os contextos e as experiências de 
cada um. Vamos exemplificar melhor: 
• Há pessoas que consideram mais importante ter dinheiro ou usar uma roupa de grife famosa do 
que ser justo ou honesto; 
• Há pessoas que consideram importante ser íntegro; assim, é improvável, por exemplo, que elas 
se neguem a pagar uma dívida. Se elas agem contra esse valor, sentem-se envergonhadas. Isso 
porque o valor central dessa pessoa é a honestidade;
• Há pessoas que entendem a honestidade como um valor periférico; o fato de ficarem, por exem-
plo, devendo R $0,50 centavos na farmácia, não as deixa incomodadas.
É importante compreender que quanto mais se gosta de algo, mais isso é central na vida dessa pes-
soa, assim podemos citar mais um exemplo: há pessoas que adoram futebol e por isso deixam de estar 
com algumas pessoas ou fazer outras coisas, para assistir a uma partida. Isso, portanto, é central na 
identidade dessa pessoa. 
Ainda explicando sobre valores centrais e periféricos, digamos que alguém pode ser honesto, por 
exemplo, em relação aos amigos (meio interpessoal) ou absolutamente desonesto em relação ao go-
verno, ao não pagar impostos (meio sociocultural).
1. Partindo das explicações anteriores, responda:
a) É muito importante que você defina o seu próprio conceito de valor. O que é Valor para você?
22
b) De acordo com o seu próprio conceito de valor, analise as imagens abaixo e descreva uma 
situação provável para cada uma delas e as sensações que elas despertam em você.
23
c) Para cada uma das imagens relacione alguns valores que você acha que estão envolvidos nas 
descrições que fez sobre elas:
• Valores relacionados à Imagem 1: 
• Valores relacionados à Imagem 2: 
• Valores relacionados à Imagem 3: 
• Valores relacionados à Imagem 4:
2 – Reflita sobre os valores centrais que você possui de acordo com as seguintes dimensões:
• Dimensão intrapessoal (você com você mesmo):
• Dimensão interpessoal (você com as pessoas):
• Dimensão sociocultural (você com a sociedade): 
24
3 – Agora, depois de todas as reflexões que você realizou sobre valores, descreva os seus valores 
em ordem de importância para você. No degrau 4, o de mais importância até chegar ao degrau 1, de 
menor importância. 
Então, estudante, o que achou da semana 8 e 9? Espera-se que você tenha refletido sobre os seus va-
lores e que isso contribua com o autoconhecimento necessário para que você consiga elaborar o seu 
Projeto de Vida de maneira consciente.
25
SEMANA 10
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Valores.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Identificar o papel e a importância dos amigos na direção e sentido da vida.
HABILIDADE(S): 
Relacionamento interpessoal e social.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Processo de socialização humana e comunicação.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Saúde física e emocional.
Linguagens, códigos e suas tecnologias: Comunicação verbal e não verbal.
Habilidades socioemocionais: Solidariedade, Empatia e Gentileza.
TEMA: EU, MEUS AMIGOS E O MUNDO. – PARTE 1.
Caro (a) estudante, esta semana começa a abordar o papel dos amigos na direção e no sentido do seu 
Projeto de Vida. O poeta Manoel de Barros reservou uma parte de seu Livro - Os Outros: o melhor de 
mim sou Eles, onde ele conta coisas que aprendeu com os amigos mais diversos. Fala dessas marcas 
aparentemente desconectadas, às vezes inesperadas, que, com o passar do tempo, descobrimos que 
os amigos deixaram em nós, e o que acabaram se incorporando ao que somos. 
Somos influenciados e modificados o tempo todo pelo que experimentamos. O que comemos, o que 
respiramos, o clima, tudo isso influencia nossa saúde e o funcionamento do nosso corpo. 
Com as pessoas, a experiência é de influência mútua. Parece que entramos no mundo interior do outro 
e modificamos esse mundo. Nossas fronteiras estão sempre em movimento e se alteram o tempo todo: 
o relacionamento com os outros parece definir, em parte, quem e o que somos. Daí a importância de 
tratar de ser amigo e ter amigos ao elaborar um Projeto de Vida.
RECAPITULANDO
Na última semana, você pensou sobre a importância dos valores na formação do ser humano e quais 
são esses valores que irão apoiá-lo na direção do seu Projeto de Vida.
ATIVIDADES
Alguns laços de amizade são muito leves, passageiros, voláteis como borboletas: pessoas que cruza-
mos na rua e nos dizem bom dia, gente no ônibus em cuja companhia presenciamos uma cena e sorri-
mos ou nos indignamos, gente na fila do supermercado com quem trocamos algumas palavras.
Existem também os amigos de verdade. E grandes amigos. E melhores amigos. E o melhor amigo. 
Com isso, o relacionamento é íntimo, e as duas pessoasenvolvidas partilham uma identidade. O que as 
duas pessoas se sobrepõem, e elas se influenciam mutuamente o tempo todo. Com isso, se modificam. 
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Elas se tornam nós, que não é só uma soma de você. É algo novo e muito maior. Tudo começa na in-
fância. Quando criança, se tem o pé no presente, e isso nos permite abastecer-se daquilo que, no fu-
turo, vai servir de base para nossos julgamentos e decisões. As primeiras lições vêm dos adultos. Com 
exemplos e palavras, eles mostram e ensinam que é bom ser gentil e respeitoso com os outros, e que é 
preciso seguir algumas regras para estar junto com outras pessoas em harmonia e com prazer.
Tudo começa com pequenas lições como estas: 
• Dizer “obrigado” e “por favor”; 
• Falar sem gritar e sem choramingar; 
• Pedir para entrar na brincadeira;
• O que fazer quando espirrar ou tossir; 
• Cumprimentar os outros; 
• Deixar alguém passar na sua frente; 
• Pedir desculpas quando esbarra em alguém; 
• Não bater nos outros; 
• Não pôr a culpa nos outros; 
• Não apontar as falhas dos outros;
• Esperar sua vez; 
• Não interromper quem está falando; 
• Experimentar coisas novas (pratos, brincadeiras, lugares etc.); 
• Observar as reações e expressões dos outros.
Já na adolescência, expressar-se e conhecer o que os outros expressam, ajuda a construir reflexões 
acerca da visão de futuro. O que “os outros” (os companheiros) pensam e fazem ganha um peso novo, 
pois a necessidade de se situar na sociedade humana é grande quando somos adolescentes. Talvez a 
palavra AMIGO seja a mais importante para você nesta idade, e são muitos os que se avaliam pelo nú-
mero de amigos que têm. 
Agora, você está na fase da vida em que pode examinar suas experiências de criança e adolescente à 
luz de novos conhecimentos, e isso ajuda a encontrar um jeito pessoal de se situar no mundo e nele in-
terferir. Você já sabe que os laços de amizade criam uma aliança com base no futuro, e não na origem. 
E sabe que, para se situar e intervir no mundo, precisa da companhia e da ajuda dos amigos, que são 
os parceiros escolhidos por você, com quem compartilha sua trajetória pelo planeta Terra. SER AMIGO 
exige de você certas atitudes, comportamentos, modos de agir, escolhas. 
1 – Sabendo disso, escreva uma carta de gratidão pela amizade de um (a) amigo (a), para depois 
entregá-la a essa pessoa. A carta, portanto, é um agradecimento por sua colaboração com sua vida 
até aqui. 
Você sabe o que significa companheirismo? Segundo o novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 
companheirismo é mostrar ter solidariedade própria de companheiro, coleguismo. Entretanto, é pos-
sível associarmos a palavra a uma série de outros comportamentos para com o outro, alargando assim 
esse conceito, ou seja, companheirismo pressupõe apoio, divisão de tarefas, alegrias e tristezas, em-
patia e, principalmente, ter ciência da importância de construir um projeto de vida que visa fomentar 
amizades saudáveis ao longo da existência. É construir laços afetivos com pessoas sem necessaria-
mente esperar algo em troca, pois esse é o fundamento básico da construção de relações positivas e 
duradouras.
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2 - Depois de refletir sobre o que é ser uma pessoa companheira, analise as situações que se seguem:
SITUAÇÃO 1
Domingo de jogo, estádio cheio, você entra em campo com seu time diante de sua torcida. A parti-
da já começa disputada com as duas equipes buscando a vitória. Em determinado momento, você 
recebe a bola e parte para o gol sendo marcado direto por um jogador do time adversário, mas, na 
disputa, seu oponente cai machucado e, sendo também atleta, você percebe logo que a lesão é grave. 
Descreva qual seria sua atitude?
SITUAÇÃO 2
Final de ano letivo na escola, você recebeu as notas e... Que bom! Passou de ano, agora é curtir as 
férias. Um de seus colegas de turma, bom estudante e com boas notas, se complicou um pouco e foi 
parar no temido exame final em uma disciplina que você domina muito bem. Sabendo de sua habi-
lidade com a matéria, esse colega o procura perguntando se você poderia dar uma ajudinha. Acon-
tece que, como já estará de férias, você agendou várias atividades para o período em que o colega 
precisava dessa ajuda. E agora, qual seria sua atitude?
3– Quais as atitudes ou posturas que você melhoraria nas suas relações de amizade para ser uma 
pessoa mais companheira/solidária? 
Estudante, espera-se que você tenha pensado sobre os conceitos de amizade e companheirismo, tão 
importantes por influenciarem na construção da sua identidade e no seu Projeto de Vida. No próximo 
PET você continuará a refletir sobre como as relações interpessoais são valiosas na formação de cada 
pessoa. Até a próxima!
REFERÊNCIAS
• BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 2002. 10ª ed. p. 73.
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Material do Educador: Aulas de Projeto de Vida. 
1º Série do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p. 1 a 392. 
• Sentido da vida. 7 bilhões de Outros. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w2vC-
FR_slWY>. Acesso em: fevereiro de 2021.
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PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANAS 1 E 2 
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Competências para o Século XXI.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autogestão, autonomia e pensamento crítico.
HABILIDADE(S):
Identificar a relação existente entre o pensamento e o sentimento no processo de tomada de decisões.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Identidade, razão, emoção.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas: Racionalidade moderna, participação e papel social.
Habilidades Socioemocionais: Responsabilidade, autoconhecimento, autodeterminação.
TEMA: DECISÃO: O QUE PRECISA SER FEITO! – PARTE 1
Caro (a) estudante, para a semana 1 e 2 propomos a você, uma discussão sobre a relação existente en-
tre o pensamento e o sentimento no processo de tomada de decisões. Através dela você vai descobrir 
como é possível fazer escolhas levando em consideração as opções existentes, sendo mais confiante 
em suas decisões.
RECAPITULANDO 
Olá, estudante! Como vai? Que bom poder estar de volta com as aulas de Projeto de Vida! No ano passa-
do, você adquiriu muitos aprendizados e conhecimentos, não é verdade? Espera-se que em 2021 isso 
continue a acontecer. Para isso, conte sempre conosco para ajudar na construção do seu Projeto de 
Vida. Para relembrar um pouco do que foi visto, na última aula de 2020, você foi levado a pensar sobre a 
sua própria identidade, história de vida e perspectiva de futuro. Na semana “A vida é um Projeto”, você 
refletiu sobre a importância do Projeto de Vida e a capacidade de fazer escolhas baseadas nos objetivos 
pessoais. Para isso, começou a compreender a importância de um projeto, neste caso, o seu Projeto de 
Vida, está lembrado? Então, siga em frente!
TURNO: INTEGRAL
TOTAL DE SEMANAS: 
NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 
COMPONENTE CURRICULAR: PROJETO DE VIDA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – INTEGRAL E PROFISSIONAL
PET VOLUME: 01/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA:
MÊS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:
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ATIVIDADES
Tomar decisões faz parte do dia a dia de todas as pessoas, desde a hora que acordam até a hora que 
vão dormir. Isso faz parte da vida! Fazer escolhas e tomar decisões, muitas vezes, pode gerar angústia. 
Angústia tanto por não saber qual será o resultado da escolha feita, quanto pelo próprio movimento de 
tomar a decisão. É uma ansiedade criada pela “conversa” entre a razão e a emoção dentro de cada pes-
soa. Mas é preciso ter clareza de que todos são responsáveis pelas suas escolhas, certo? É preciso, en-
tão, administrar com bom senso e equilíbrio tudo o que vai acontecendo durante a experiência de vida.
Você gosta de fazer escolhas e tomar decisões? Como costuma tomar decisões na sua vida? É super im-
portante refletir sobre as decisões que você já tomou, quais foram os resultados para entender melhor 
como é o seu processo decisório e usar desses conhecimentos para tomar decisões mais fáceis. Esse 
processo de realizar escolhas faz parteda vida das pessoas desde pequenas. Quando as pessoas vão se 
tornando adultas, elas têm mais condições de refletir sobre as escolhas que realizam. No processo das 
escolhas e das decisões que fazem parte da vida de qualquer pessoa, surgem as consequências do que 
foi escolhido/decidido. Você acha que essa é uma tarefa fácil? Algumas pessoas possuem dificuldade 
em fazer escolhas e aceitar as consequências delas. Por isso, é necessário refletir com cautela antes 
de sair escolhendo e fazendo algo por pura emoção. Isso ocorre devido à falta de conhecimento sobre 
o que se quer diante da vida, o que exige uma boa dose de autoconhecimento e é o autoconhecimento 
que vai ajudar você a entender melhor as relações entre razão x emoção x desejos.
1 – Leia o texto a seguir e responda o que se pede:
Aladim e a lâmpada maravilhosa 2001: Um gênio diferente, um final surpreendente. 
Aladim caminhava por uma viela estreita e escura quando um cálido brilho no chão chamou sua aten-
ção. Aproximando-se, viu que era uma lâmpada. Estava a olhá-la por vários ângulos quando viu sob a 
poeira algo que parecia ser algum escrito. Passou a mão no local e subitamente uma grande luz branca 
começou a surgir do bico da lâmpada. Aladim assustou-se e deixou cair a lâmpada, enquanto uma gran-
de forma humana masculina ia se formando no espaço antes vazio. Em vez de terminar em pés, suas 
pernas se afunilavam na direção do bico da lâmpada. A forma, algo fantasmagórica, flutuava envolta por 
uma aura oscilante. Antes que Aladim pudesse sequer avaliar a situação, a forma disse com voz grave 
e firme: 
—Sou o Gênio da Lâmpada, e você tem direito a um desejo. Recobrando-se, Aladim compreendeu logo 
a situação e, sem questionar por que era um só desejo, já ia dizendo algo quando o Gênio continuou: 
—Mas há três condições. 
Três condições? Onde já se viu gênio ter condições para atender desejos? Aladim continuou ouvindo. 
—Primeira condição: o que quer que você deseje, deve se realizar antes em sua mente. Aladim já ia per-
guntar o que isto queria dizer, mas o Gênio não deixou: 
—Segunda condição: o que quer que você deseje, deve desejar integralmente, sem conflitos. Desta vez, 
Aladim esperou. 
—Terceira condição: o que quer que você deseje, deve ser capaz de continuar desejando para continuar 
a ter. Aladim, ansioso por dizer logo o que queria, fez o primeiro desejo assim que pôde falar: 
—Eu quero um milhão de dólares! 
—Já se imaginou tendo um milhão de dólares? 
Aladim agora entendera o que queria dizer a primeira condição. Na mesma hora vieram à sua mente 
imagens de si mesmo nadando em dinheiro, comprando muitas coisas. Mas ao se imaginar, questionou-
-se se teria que compartilhar parte do dinheiro com pobres ou outras pessoas. Aí entendeu a segunda 
30
condição, e percebeu que seu desejo não poderia ser atendido. Aladim então buscou então algum de-
sejo que poderia ter sem conflitos. Pensou, pensou, buscou e por fim disse ao Gênio: 
—Senhor Gênio, eu quero uma companheira bela, sábia e carinhosa. Aladim tinha se imaginado com 
uma mulher assim e sentiu que aquilo ele queria de verdade, sem qualquer conflito.
O Gênio fez um gesto e de sua mão saiu um feixe de luz esverdeada na direção do coração de Aladim. 
Este teve uma alucinação, como um sonho, de viver com uma mulher bela, sábia e carinhosa por vários 
anos. E viu-se então enjoado, não a queria mais depois de tanto tempo. Voltando à realidade, Aladim 
lembrou-se das cenas e viu que aquele desejo também não poderia ser atendido. Entristeceu-se, pen-
sando que jamais poderia querer e continuar querendo algo sem conflitos. 
Algo aparentemente aconteceu. O rosto de Aladim iluminou-se, e ele se empertigou todo para dizer ao 
Gênio que já sabia o que queria. 
—Sim? O Gênio foi lacônico. Aladim completou, em um só fôlego: 
—Eu desejo que você me dê a capacidade de realizar os desejos que eu imaginar em minha mente, sem 
conflitos! 
Algo inesperado aconteceu: o Gênio foi se soltando da lâmpada, formaram-se duas pernas completas 
no seu corpo e ele desceu devagar até finalmente se apoiar no chão, em frente a Aladim, que o olhava 
com um ar interrogador. 
—Obrigado, disse o Gênio, sorridente. Estava escrito que eu seria libertado quando alguém pedisse algo 
que já tivesse! 
VILELA, Virgílio Vasconcelos. Aladim e a lâmpada maravilhosa 2001 - Um gênio diferente, um final surpreendente. Disponível em: 
<http://www.possibilidades.com.br/parábolas/aladim2001.asp>. Acesso em: Agosto de 2014
a) Em linhas gerais, qual é a sua interpretação sobre o que aborda esta versão do conto?
b) Sobre a primeira e a segunda condição determinada pelo gênio, qual é a relação que se pode 
estabelecer entre: Decisões x Desejos x Conflitos? 
c) Como você entende o mecanismo de tomada de decisão que se dá entre os seus pensamentos 
e seus sentimentos?
31
d) Agora, assim como Aladim, imagine que você pode formular um desejo ao gênio da lâmpada. 
Qual seria o seu desejo? 
e) Tomando como pressuposto que o seu desejo exposto na questão anterior não possa se rea-
lizar nesse dado momento, cite três escolhas distintas que você seja capaz de realizar nesse 
mesmo momento: 
Opção 1: __________________________________________________________________________
Opção 2: __________________________________________________________________________
Opção 3:__________________________________________________________________________
Então, estudante, o que achou da nova versão do conto Aladim e o Gênio da Lâmpada Maravilhosa, escri-
ta por Virgílio Vasconcelos Vilela? Viu como é importante pensar e ter dentro de si os desejos antes de 
tomar uma decisão? Esperamos que você tenha começado a refletir com mais atenção sobre essa tarefa 
que pode ser mais fácil do que parece. Na próxima aula você vai continuar a refletir sobre a tomada de 
decisões e o que este processo exige. Até a próxima!
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Competências para o Século XXI.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autogestão, autonomia e pensamento crítico.
HABILIDADE(S) DE:
Identificar a relação existente entre o pensamento e o sentimento no processo de tomada de decisões.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Identidade, razão, emoção.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas: Racionalidade moderna, participação e papel social.
Habilidades Socioemocionais: responsabilidade, autoconhecimento, autodeterminação.
TEMA: DECISÃO: O QUE PRECISA SER FEITO! - PARTE 2
Caro (a) estudante, nessa semana você será convidado a refletir sobre o que precisa ser feito para to-
mar decisões acertadas. Você vai continuar a avaliando sobre como fazer escolhas e tomar melhores 
decisões na vida.
RECAPITULANDO 
Olá, estudante! Nas últimas semanas, você começou a descobrir como é possível identificar escolhas 
levando em consideração as opções existentes, bem como, entre outras coisas importantes, a pensar 
sobre como o processo de autoconhecimento contribui para você ser mais confiante em suas decisões.
ATIVIDADES
Na semana passada você leu uma nova versão do conto de Aladim e pôde perceber que algumas de-
cisões são baseadas em sonhos e desejos que as pessoas possuem, mas que não são tão claros. Não 
ter clareza sobre o que se quer implica diretamente na dificuldade de fazer escolhas e tomar decisões 
importantes. Antes de agir, é preciso saber o que se quer, ter certeza do que deseja e vislumbrar o 
resultado do que se quer! Muitas vezes o medo de tomar uma decisão é por falta de crença no próprio 
potencial, ou por não acreditar que seja possível realizar uma ação, um sonho ou desejo sem maiores 
problemas. O fato é que problemas, conflitos, interferências fatalmente vão ocorrer, mas não devem 
ser enxergados como impeditivos para a sua realização. O autoconhecimento é fundamental para você 
escolher e tomar decisões, não só para saber o que se deseja, mas principalmente para ter a clareza de 
que você é o responsável por fazer as coisas acontecerem.
33
Para Refletir: 
(...) Quando as pessoas imaginam que não podem contar com umaopção, elas são forçadas a mover 
seu holofote mental para outro lugar – e movê-lo bastante -, muitas vezes pela primeira vez em muito 
tempo. (Em contrapartida, quando as pessoas são solicitadas a “pensar em outra opção”, em geral se 
limitam, sem muito entusiasmo, a mover o holofote apenas alguns centímetros, sugerindo apenas 
uma pequena variação de uma alternativa existente.) O velho ditado “A necessidade é a invenção” pa-
rece se aplicar a esse caso. Enquanto não formos forçados a nos sair como uma nova opção, prova-
velmente nos ateremos às opções que já temos (...).2 CHIP, Heath. Gente que resolve: Como fazer as 
melhores escolhas em qualquer momento da sua vida. Tradução Cristina Yamagami. 1.ed. São Paulo: 
Saraiva, 2014. p. 54.
CHIP, Heath. Gente que resolve: Como fazer as melhores escolhas em qualquer momento da sua vida. Tradução Cristina Yamagami. 
1.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 54.
1 - Ainda quando crianças vamos adquirindo aos poucos a nossa independência. Com alguns anos 
de idade se torna cada vez mais fácil comer sozinho, amarrar o cadarço do sapato e até subir sem 
ajuda de ninguém naquele brinquedo alto do parque. Essas conquistas acontecem numa velocidade 
tão grande que a nossa imaturidade não nos deixa percebê-las. À medida que nos aproximamos da 
adolescência passamos a entender que essa independência tem relação com aquilo que queremos ou 
necessitamos. Rapidamente lutamos por querer decidir e escolher livremente tudo que diz respeito 
a nossa vida. Porém, nem sempre sabemos a melhor maneira e momento para fazer isso. A respeito 
disso, pense um pouco sobre: 
a) Duas coisas importantes que devemos considerar antes de tomar qualquer decisão:
b) Quatro coisas que, porventura, prejudicam você na clareza das suas decisões: 
c) De acordo com o que você respondeu na questão anterior, cinco coisas que poderia fazer para 
tomar decisões acertadas em sua vida ou para ser mais confiante em suas escolhas:
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2 – Leia o texto a seguir e responda o que se pede:
Texto: Decisões Libertadoras 
(...) Muitas das suas decisões não serão certeiras. Você cometerá erros. O presidente John F. Ken-
nedy disse: “Há custos envolvidos em um programa de ação, mas eles são muito menores do que os 
riscos e custos de longo prazo envolvidos no conforto da falta de ação”. 
Você vai descobrir que decisões são libertadoras. O paradoxo é que algumas pessoas mais estressa-
das do planeta são aquelas que estão paralisadas pela indecisão. (...) Você consegue visualizar uma 
cena do filme Coração Valente, em que William Wallace ficaria na frente do seu bando de guerreiros 
sujos e esfarrapados, retorcendo as mãos em meio à indecisão, andando de um lado para o outro, 
preocupado em decidir se deveria atacar ou não? Você consegue imaginar o medo que eles senti-
riam? RAMSEY, Dave. Líder empreendedor. 
Tradução de Ivar Panazzolo Júnior. São Paulo: Novo Conceito Editora, 2014. p.97.
Descreva seu ponto de vista sobre:
a) Não decidir nada já é uma decisão? 
b) O peso da indecisão é maior que a mais dolorosa das decisões? 
c) Quem não toma decisões dificilmente terá o controle da própria vida?
Nas várias situações da vida, nem sempre é possível decidir o melhor e o certo, pois, isso depende mui-
to do equilíbrio emocional, dos valores que são colocados em jogo na situação, da clareza entre o que 
as pessoas são e o que querem ser na vida, além das interferências do contexto que sofrem. É preciso 
saber que os erros acontecem e existem perdas a todo instante na vida. Desde pequenos é exigido de 
todas as pessoas a superação de algumas perdas. A forma como as pessoas encaram essa questão tem 
sentido com o quanto elas aprendem a ser humildes e o quanto estão dispostas a aprender e crescer 
na vida.
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3 – Escreva um texto dissertativo sobre a necessidade de estarmos preparados para errar e perder 
quando tomamos decisões.
É necessário confiar e acreditar em si mesmo, na capacidade que possui em fazer escolhas e decidir 
de acordo com o que deseja e espera do futuro – Sonhos. É preciso também saber lidar com as próprias 
emoções num processo de tomada de decisões difíceis. Frustrações, perdas e conquistas fazem parte, 
mas você vai precisar lançar mão da sua autoestima, autoconhecimento para tomar as decisões neces-
sárias em sua vida! Até a próxima!
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SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): 
Competências para o Século XXI.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: 
Autogestão, autoconhecimento, autonomia. 
HABILIDADE(S):
Identificar elementos essenciais para viabilizar uma realização.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Identidade, interação social, respeito.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas: Identidade, relações sociais;
Habilidades socioemocionais: Autodeterminação, autoconhecimento, planejamento.
TEMA: SIM, EU SOU CAPAZ – PARTE 1
Caro (a) estudante, nessa semana você vai começar a identificar os caminhos que tornam uma reali-
zação viável, reconhecendo a importância da disposição pessoal e determinação para atingir o que se 
quer. Você já pensou sobre isso? 
RECAPITULANDO
Na última semana, você refletiu sobre o processo que envolve a tomada de decisão. O que precisa ser 
feito para decidir algo de forma acertada. Viu como é importante pensar bastante para tomar as melho-
res decisões na vida.
ATIVIDADES
Você já falou alguma vez esta frase: Sim, eu sou capaz!? Se nunca falou, você consegue dizer o porquê? 
Se já falou, tente relembrar o sentimento que você teve ao falá-la. Se sentir capaz de realizar algo é 
o primeiro passo para realizar. Saber suas limitações e capacidades é parte do processo de autoco-
nhecimento e clareza sobre quem se é. Realizar algo é colocar a crença, a energia e a capacidade para 
fazer as coisas acontecerem! É muito mais do que acreditar numa realização possível, é sair do campo 
da imaginação e passar para o campo da ação. Todas as pessoas são capazes de realizar algo em suas 
vidas, basta que saibam o que desejam e trabalhem para isso.
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1. Leia os textos a seguir, reflita e faça anotações de pontos importantes em seu caderno.
Texto 2: Diálogo interior 
É no seu mundo interior que se encontra a principal matéria-prima para realizar. Num diálogo interior, 
você toma a palavra para dirigir-se a si mesmo: A deliberação interior, o debate consigo mesmo é um 
dos recursos mais importantes para mudar a si mesmo, ponderar sobre o curso do próprio destino. (…) 
Como são frequentes as ocasiões em que a pessoa dialoga consigo mesma! Quantas vezes nos en-
contramos diante de uma decisão a tomar e avaliamos, dentro de nós mesmos, os prós e os contras! 
Quantas vezes discordamos de nós mesmos, a ponto de sentirmos que um conflito se instala dentro de 
nós, e nos leva a discussões incessantes entre “mim” e “eu mesmo”! É assim que nos transformamos, em 
consequência desse diálogo interior. O poder de mudança da palavra se aplica não somente às pessoas 
a quem nos dirigimos, mas igualmente a nós mesmos como destinatários particulares de nossa própria 
palavra. 
Esse diálogo interior, essa palavra autodirigida, nunca são tão visíveis quanto no momento de tomar 
uma decisão. Há diferentes métodos para fazer isso, é claro. A gente pode, por exemplo, de uma manei-
ra arcaica, entregar-se ao “destino”, ou à interpretação de “sinais” que indicariam que é melhor ir numa 
direção e não em outra. Também podemos deixar as coisas acontecerem e seguir a inclinação que os 
eventos indicam – o que é uma variante do “fatalismo” e do “arcaísmo”. Podemos racionalizar tudo isso e 
fazer de conta que acreditamos em nossa “estrela da sorte, ou ainda dizer a nós mesmos que, de qual-
quer maneira, seja o que for que fizermos, não vai acontecer coisíssima nenhuma. Mas também pode-
mos romper com a passividade, passar para o lado da ação e “tomar a palavra” em seu
foro interior, escutar as diferentes vozes dentro de nós, ponderar, dizer em silêncio os nossos prós e 
contras. Nosso interior é preenchido de palavras, até que a palavra justa alimente a decisão que é então 
tomada e se impõe como tal.

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