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Atividade de Processos Grupais

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE 
 Andreza Caroline Cardoso de Santana
Elizângela Maria Bomfim Pimentel Silva 
Mirian Kécia Guimarães Lima dos Santos
 Paula Patrícia Santos Oliveira Martins
Rosângela Pereira dos Santos Félix
JOGO INTERATIVO
DOCENTE: PROFa. LUCIENE APARECIDA RIBEIRO
DISCIPLINA: SDE3996 - PROCESSOS GRUPAIS 
CURSO: PSICOLOGIA 
ARACAJU
 2020
Jogos Criativos para o Isolamento Social: Interação (E)Afetiva
E de repente, tudo muda, tudo deve ser replanejado, remarcado. Um ser invisível está à solta, 
um novo coronavírus, provocando a pandemia, o medo, a incerteza, o adeus. Uma Covid-19 proibindo o toque, o aperto de mão, o abraço, o beijo.
O que fazer se nós humanos somos, por natureza, seres sociais que necessitam de constante contato com nossos semelhantes? O que fazer se a opção por isolamento social é, muitas vezes, uma questão intrínseca que envolve neuroses e patologias, mas este não é o caso, não optamos por isso? Resta-nos a tão alardeada frase "é hora de readaptar-se, de ressignificar-se". Ter a certeza que nossa casa é nosso refúgio e fortaleza, é o nosso lar. É necessário estabelecer novas rotinas - para o nosso autocuidado, os estudos/trabalhos, os afazeres domésticos e o entretenimento com os familiares. E é sobre este último item que a disciplina Processos Grupais, norteada pela professora Luciene Ribeiro, propôs aos seus discentes, a construção ou adaptação de um jogo/brincadeira que pudesse ser dinamizado por toda família. Aprovamos essa sensível ideia e apresentaremos nossa proposta de interatividade familiar.
Interação (E)Afetiva – Jogo de perguntas e respostas
Sabemos que quando as brincadeiras conjuntas acontecem em família, elas favorecem os vínculos afetivos, ocupam um papel significativo nas relações familiares. No entanto, é notório que muitas vezes, embora estejamos reunidos, não dialogamos entre si, não ouvimos o que o outro tem a dizer, não conhecemos as pessoas que mais amamos, em suas necessidades, (in)certezas, seus desejos, seus medos. Não sabemos o que elas guardam de frustações, de relatos ofensivos ou prazerosos cometidos no ambiente familiar. Muitas vezes, nossas percepções em relação ao outro, são baseadas em nossos próprios sentimentos, em nosso próprio achismo. Sem darmos oportunidade do outro nos dizer suas “verdades”, manifestar suas dores e seus prazeres.
 Nesta perspectiva, nossa proposta é um jogo de perguntas e respostas, em que todos os membros da família possam participar, independentemente da faixa etária, da maturidade emocional, do sexo, das crenças e da situação financeira. Podendo ainda ser adaptável à realidade de cada família. A sugestão tem o propósito de, por meio das respostas a nove perguntas, evidenciar uma construção de identidade, pertencimento e vínculo entre os membros da família, além de pautar o espírito de entretenimento e coletividade tão necessários no contexto em que vivemos.
1- Você se sente feliz? Por quê? 
2- Qual o seu herói preferido? Por quê? 
3- O que alguém desse círculo já fez que você não gostou e sempre recorda?
4- E o que você já fez e acha que algum de nós não gostou?
5- Você tem medo? De quê? 
6- O que você acha que poderíamos fazer para sermos mais unidos e compreensivos uns com os outros? 
7- Tem alguma coisa que você quer muito fazer, mas ainda não fez? 
8- Você gostou da nossa brincadeira? Por quê?
9- O que você aprendeu ou fez, neste período de isolamento social, e quer continuar fazendo após passar essa pandemia?
Para cada resposta dada, há embutido um momento de reflexão para com os participantes, e cada família conduzirá de acordo com sua visão de mundo e suas idiossincrasias. Algumas levarão “na esportiva” apenas com o cunho de entretenimento. Outras, construirão um elo mais significativo e ressignificarão condutas. Mas, todas terão uma visão, mais próxima, de como cada membro se conecta consigo e com sua base familiar. De forma, lúdica e espontânea esse jogo, além de ser um passatempo, pode despertar no grupo familiar uma compilação de comportamentos, subjetivações, ações/reações e resoluções de problemas com significados coletivos e/ou particulares para cada membro, perfazendo assim uma interação tanto afetiva, quanto efetiva para a unidade familiar.
OBSERVAÇÃO: Após a propositura, definida pelo grupo de estudos, a sugestão fora, inicialmente, realizada com uma família de 4 pessoas, cujas idades variam entre cinquenta e quatro anos de idade. As perguntas foram proferidas de forma que tanto o de maior idade, quanto o de menor idade pudessem compreender e assim, elaborar suas respostas.

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