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Plantas Daninhas Histórico

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Manejo de Plantas Daninhas 
Introdução 
“Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro”. 
Mateus 13:24-30
A citação refere-se a uma passagem bíblica falando sobre as plantas daninhas. Com isso pode-se perceber que as plantas daninhas acompanham o ser humano há muito tempo.
Algumas definições de plantas daninhas: 
1- “...qualquer planta que cresce onde não é desejada” (Blatchley, 1912; Georgia, 1916; Shaw, 1956; Klingman, 1961; Salisbury, 1961; Buchholtz, 1967).
2- “...qualquer planta ou vegetação que interfere nos objetivos do ser humano.” ((EWRS, 1986).
3- “...plantas pioneiras de sucessão secundária, das quais campos agrícolas são um caso especial” (Buting, 1960).
4- “...espécies oportunistas (espontâneas) que ocorrem em ambientes com distúrbio humano” (Pritchard, 1960).
5- “...planta sem valor econômico ou que compete, com o homem, pelo solo” (Cruz, 1979).
6- “...plantas cujas vantagens ainda não foram descobertas” e “...plantas que interferem nos objetivos do homem em determinada situação” (Fischer, 1973). 
7- “Qualquer planta cujas virtudes não tem sido ainda descobertas” (Emerson, 1876)
8- “Qualquer planta que não seja cultura” (Brenchley, 1920)
9- “Uma planta não desejada e portanto para ser destruída” (Bailey, 1941)
10- “Uma planta de crescimento selvagem não agradável, geralmente encontrada em terrenos que tem sido cultivado.” (Thomas, 1956)
11- “Uma planta originada de um ambiente natural em resposta a mudanças no ambiente, que evoluiu e continua evoluindo, como um organismo que interfere com o desenvolvimento das culturas e atividades associadas”. (Aldric, 1984) 
12- WSSA – Qualquer planta que esteja interferindo com as atividades ou bem estar do homem. 
A ciência que estuda as plantas daninhas ainda não possui nome definido, portanto alguns autores e a Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas a dominam Ciência das Plantas Daninhas. Outros autores denominam Herbologia, que não seria um termo totalmente apropriado devido ao Herbo que significa erva e nem toda planta daninha apresenta hábito herbáceo. Outros denominam Matologia: estudo do mato. 
Conceito Antrópico: o conceito de planta daninha está intrinsecamente ligado ao ser humano.
“Está no local errado, na hora errada, interferindo nos interesses humanos” (perda de produtividade, estética...). 
Origem das Plantas Daninhas:
O surgimento das plantas daninhas remete ao surgimento do ser humano na Terra. Nos primórdios da humanidade o ser humano vivia em cavernas e/ou nas florestas, com atividades de extrativismo animal e vegetal, e, por medida de segurança e acomodação, manejava a vegetação ao redor do local em que se estabelecia. Isso ficou mais evidente quando o ser humano passou a estabelecer-se em sociedades nômades e extrativistas. Em cada local que se estabelecia, alterava a vegetação e consumia todos os recursos vegetais e animais em sua volta e, em seguida, mudava-se para outra área e fazia o mesmo. Nessa época, embora o conceito de planta daninha não existisse, essas alterações ou intervenções humanas sobre a flora do local onde viviam caracteriza um manejo de plantas que interfere em uma atividade humana, por isso fica evidente que essas plantas causavam prejuízos ao ser humano, podendo ser consideradas como plantas daninhas. A partir do momento em que o ser humano começou a perder o hábito nômade, ou seja, quando começou a perceber que poderia cultivar vegetais e criar animais, passou a se estabelecer e permanecer em locais por longos períodos. Portanto, com o advento da agricultura, o ser humano perdeu o hábito nômade e passou a cultivar a terra para subsistência. Nessa época, dois fatos importantes ocorreram. O ser humano passou a selecionar plantas que podia comer e plantar, tendo início a domesticação de algumas espécies. Outro fato é que, à medida que a terra era lavrada, com o tempo, surgiam plantas que cresciam espontaneamente e que deviam ser controladas para não afetar os cultivos. Essas eram plantas daninhas. Nessa época, ainda não existia o conceito de planta daninha, mas é o momento mais explorado pelos autores como a época de origem das plantas daninhas. 
Citações Bíblicas: Parábola do Semeador / Separação do Joio do Trigo. 
Herbicidas: 
1900: Salinizar solos – infértil. Sais orgânicos.
1950: 2,4 – D: O primeiro marco do controle químico moderno ocorreu, no entanto, em 1941, com a síntese do ácido 2,4-diclorofenoxiacético, o 2,4-D (Pokorny, 1941). Durante a segunda guerra mundial foram descobertas as propriedades dos derivados dos ácidos fenoxiacéticos sobre o crescimento de plantas. Apenas após o fim da guerra foi feito o anúncio público da ação do 2,4-D como herbicida que causava morte diferenciada de plantas (Hammer & Tukey, 1944; Marth & Mitchell, 1944). Posteriormente, foi descrito o primeiro herbicida (monuron) que não era derivado dos ácidos fenóxicos (Bucha & Todd, 1951). 
Guerra década de 70: desfolhante, agente laranja (2,4-D + 2,4, 5-T). 
WSSA: Weed Science Society of America (1956)
SBHED: SOC. BRAS. DE HERBICIDAS E ERVAS DANINHAS (1963)
SBCPD: SOC. BRAS. DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS (1995)
Nomenclatura: 
1- Erva Daninha: porte herbáceo. 
2- Planta Invasora: muitas das espécies são silvestres/nativa. 
3- Planta Infestante: infestação, interferindo, atrapalhando
4- Planta Voluntária: cultura, algumas sementes após a colheita que ficam na área e nascem. Ex: soja, milho...
5- Mato: bem prático, coloquial, manejo do mato, não se aplica cientificamente.

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