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Questões Comentadas - André Mota

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QUESTÕES 
 
TEORIA GERAL DO PROCESSO: COMPETÊNCIA 
 
Petrúcio, possuidor de imóvel localizado em Belo Horizonte/MG, ajuizou ação de reintegração de posse em 
face de José, perante o juízo da comarca do Rio de Janeiro, que é o atual foro do domicílio do autor. 
Distribuído o feito para o juízo da 8ª Vara da comarca do Rio de Janeiro, este declarou, de ofício, a sua 
incompetência, remetendo os autos para ser redistribuído para uma das varas de Belo horizonte. Dada a 
situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) o juiz agiu incorretamente, uma vez que a incompetência territorial tem natureza relativa e, por isso, não pode 
ser declarada de ofício pelo juiz. 
B) o juiz agiu incorretamente, uma vez que o mesmo era, de fato, competente para apreciar a causa. 
C) o juiz agiu corretamente, uma vez que a ação possessória imobiliária deverá ser ajuizada perante o foro da 
situação da coisa, o qual tem competência absoluta. 
D) o juízo era absolutamente incompetente, mas a incompetência absoluta somente deverá ser declarada após 
provocação do réu. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Não obstante a hipótese verse acerca de competência territorial, fato é que 
a mesma tem, no caso, natureza absoluta. É que o artigo 47, § 2o, CPC aponta que “a ação possessória 
imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.” 
 
Bianca ajuizou ação de cobrança em face de Bartolomeu, sendo os autos distribuídos para a 2ª vara cível 
da comarca de João Pessoa/PB, foro do domicílio do réu. No curso da demanda o réu passou a residir em 
Maceió/Alagoas. Considerando a hipótese acima, é correto afirmar: 
 
A) com a mudança de domicílio do réu, a competência foi modificada para o juízo de Maceió, devendo os autos 
ser enviados para aquela comarca. 
B) o juízo de João Pessoa/PB continuará competente, uma vez que a competência foi fixada no momento de 
distribuição da petição inicial, sendo irrelevante a mudança de domicílio do réu. 
C) a competência poderá ser modificada, desde que ainda não tenha sido proferida a sentença. 
D) a competência somente será modificada se houver requerimento do réu, solicitando a remessa dos autos ao 
juízo do novo domicílio. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. Ela consagra o princípio da “perpetuatio jurisdictionis”, prevista no artigo 43, 
CPC. A competência será fixada no momento em que a petição inicial é registrada ou distribuída, sendo 
irrelevantes as alterações posteriores de fato ou de direito. Assim, a circunstância de mudança de endereço do 
réu é irrelevante, uma vez que a competência do juízo já havia sido fixada (e perpetuada) com a distribuição do 
feito para a 2ª vara cível de João Pessoa/PB. 
 
LITISCONSÓRCIO 
 
Pedro, que havia passado algum tempo ser ver o seu pai, Paulo, descobre que seu genitor contraiu 
matrimônio com sua ex-esposa, Carla. Após tomar ciência do fato, Pedro resolveu ajuizar demanda com o 
objetivo de obter a declaração de nulidade do casamento, ante o impedimento existente. Diante disso, 
requereu a citação de ambos na petição inicial. Assinale a modalidade de litisconsórcio verificada na 
hipótese acima. 
 
A) Litisconsórcio ativo necessário e unitário. 
B) Litisconsórcio passivo necessário e simples. 
C) Litisconsórcio ativo facultativo e simples. 
D) Litisconsórcio passivo necessário e unitário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
A alternativa correta é a letra “d”. No caso em tela, o litisconsórcio é “passivo” (pluralidade de réus), “necessário” 
(de formação obrigatória, pois a validade do processo depende da citação de Paulo e Carla) e “unitário” (pois a 
decisão deverá ser a mesma para os réus, Paulo e Carla). 
 
Após sofrer danos em procedimento cirúrgico, Patrícia resolve ajuizar ação para obter reparação pelos 
danos materiais e morais em face da clínica “estética perfeita“ e do médico cirurgião, Dr. Valter Chagas. 
Instaurada a relação processual, no âmbito de processo físico, ambos os réus comparecem em juízo. A 
clínica está sendo representada pelo advogado Antônio e o médico está sendo representado pelo 
advogado Tadeu, sendo ambos os advogado integrantes da mesma sociedade de advogados. Dada a 
situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) todos os prazos serão contados em dobro para os réus. 
B) os prazos não serão contados em dobro, uma vez que ambos os advogados pertencem ao mesmo escritório 
de advocacia. 
C) apenas o prazo de contestação será contado em dobro. 
D) os prazos somente seriam contados em dobro se o processo tramitasse na modalidade eletrônica. 
 
Comentários: 
A alternativa correta está na letra “b”. Para que o prazo seja contado em dobro, é preciso que os litisconsortes 
sejam representados por diferentes advogados que pertençam a diferentes escritórios de advocacia (art. 229, 
CPC), o que não ocorreu no caso em tela. 
 
SUJEITOS DO PROCESSO: PARTES E PROCURADORES 
 
Sobre as partes e procuradores assinale a alternativa incorreta: 
 
A) o juiz nomeará curador especial ao réu preso revel 
B) o cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, 
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. 
C) o espólio será representado em juízo pelo Ministério Público. 
D) Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses 
de composse. 
 
Comentários: 
A alternativa “incorreta” é a letra “C”. É que o espólio será representado em juízo pelo inventariante (art. 75, VII, 
CPC). A Alternativa “a” está correta, uma vez que o artigo 72, CPC dispõe que “o juiz nomeará curador especial 
ao incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a 
incapacidade, e ao réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for 
constituído advogado.” A alternativa “b” também está correta, vez que o artigo 73, CPC, aponta que o cônjuge 
necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando 
casados sob o regime de separação absoluta de bens. 
Finalmente, a alternativa “d” está correta. É que, nos termos do artigo 73, § 2º, CPC, nas ações possessórias, a 
participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por 
ambos praticado. 
 
O condomínio porto caribe ajuizou ação de cobrança em face de Joaquim, postulando o pagamento das 
contribuições condominiais em atraso. No curso do processo, o juízo percebeu que o autor (condomínio) 
estava sendo representando pelo Sr. Everton, o qual se dizia síndico, sem, no entanto, juntar qualquer 
documento que provasse a regular representação processual. Dada a situação hipotética, é correto 
afirmar: 
 
A) Constatada a irregularidade, o juiz deverá extinguir o processo sem resolução de mérito. 
B) dada a irregularidade de representação, o juiz julgará a causa em desfavor do condomínio. 
C) a irregularidade em questão não é obstáculo ao conhecimento do mérito, podendo o juízo determinar que o 
vício seja sanado após a prolação da sentença, em caso de procedência do pedido. 
 
 
 
 
 
 
 
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D) Constatada a irregularidade de representação, o juiz suspenderá o processo e concederá ao condomínio um 
prazo razoável para que o vício seja sanado. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “d”. Havendo irregularidade de representação, o juiz deverá conceder prazo razoável 
à parte para sanar o vício (art. 76, CPC). Apenas se a providência não fosse tomada é que teríamos a extinção do 
processo sem resolução de mérito. 
 
ATOS PROCESSUAIS: CLASSIFICAÇÃO; NEGÓCIO PROCESSUAL 
 
João e Mateus são adversários em ação judicial ajuizada pelo primeiro em face do segundo. Após ser 
proferida sentença em audiência, as partes, na ocasião,regularmente assistidas por advogados, 
renunciaram expressamente ao direito de recorrer. Seis dias depois, ao verificar que trecho da 
sentença prejudicava o direito do seu cliente, o advogado de João apresentou recurso de apelação, 
pleiteando a reforma parcial da Sentença. Dada a situação narrada, assinale: 
 
A) o recurso não será conhecido, uma vez que, contra a referida sentença, caberia agravo de instrumento. 
B) o recurso não será conhecido, uma vez que, tendo havido renúncia ao direito de recorrer, o ato processual 
da parte produziu efeitos imediatos, operando-se fato impeditivo à sua interposição. 
C) o recurso será conhecido, uma vez que interposto dentro do prazo legal de 15 dias. 
D) o recurso será conhecido, uma vez que o ato da parte (renúncia ao direito de recorrer) somente produz 
efeitos após o trânsito em julgado da decisão. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. É que as manifestações de vontade das partes produzem os seus efeitos 
de imediato, nos termos do artigo 200, CPC. Assim, tendo havido renúncia pela parte ao direito de recorrer, 
esta produziu os seus efeitos de imediato e, por consequência, constitui -se em fato impeditivo ao direito de 
recorrer. 
 
André e Pedro, maiores e capazes, devidamente representados por seus advogados, celebraram um 
contrato, no qual, dentre outras obrigações, havia a previsão de que, em caso de ação judicial, as 
intimações seriam feitas via aplicativo whatsapp. Um ano após a celebração do contrato, as partes 
tiveram uma desavença que levou André a ajuizar ação contra Pedro, a qual tramitou perante o Juízo 
da 10ª vara cível do Recife. Durante o trâmite processual o juízo determinou que as intimações 
fossem feitas através do aludido aplicativo. Proferida sentença de total procedência da demanda, o 
réu, Pedro, interpôs recurso de apelação, requerendo, dentre outros pleitos, a invalidação da 
sentença, sob o fundamento de nulidade da cláusula contratual que previa as intimações via 
aplicativo, vez que prejudicou em demasia o exercício da ampla defesa. Sobre os fatos, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) a sentença deverá ser invalidada, vez que a cláusula contratual era, de fato, abusiva e prejudicava a ampla 
defesa do réu. 
B) a clausula era abusiva, mas, como não foi arguida a nulidade pela parte no transcorrer do procedimento de 
primeiro grau, operou-se a preclusão. 
C) a sentença será válida, uma vez que, tratando-se de negócio realizado por partes capazes, eventual negócio 
processual que ajuste o procedimento às especificidades da causa deve ser respeitado. 
D) a cláusula era abusiva e, por isso, a nulidade poderá ser declarada em qualquer momento e grau de jurisdição, 
não estando sujeita à preclusão. 
 
Comentários: 
A alternativa correta está na letra “c”. Ela trata da chamada “negociação processual atípica”, prevista no artigo 
190, CPC. O artigo em tela autoriza as partes a realizarem negócios, adaptando o procedimento às 
especificidades da causa. Como as partes eram maiores e capazes, podiam as mesmas, perfeitamente, realizar 
convenção para que as intimações fossem feitas pelo aplicativa Whatsapp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATOS PROCESSUAIS: CITAÇÃO 
 
Felipe propôs demanda em face de Luiz, Gustavo e Júlia, devedores solidários. Determinada a expedição 
de mandado citatório, o oficial de justiça dirigiu-se para cumprir a diligência citatória. Porém, o mesmo 
percebeu que Luiz estava assistindo ato de culto religioso; Gustavo estava de luto, em virtude da morte de 
sua mãe há 10 (dez) dias; e Júlia estava doente, internada em estado grave. Considerando a situação em 
tela, NÃO se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: 
 
A) de Luiz, apenas. 
B) de Luiz e Gustavo. 
C) de Luiz e Júlia. 
D) de Gustavo e Júlia. 
 
Comentários: 
A alternativa correta está na letra “c”. O artigo 244, CPC apresenta as hipóteses em que NÃO se fará a citação, 
salvo para evitar o perecimento do direito. Gustavo era o único que poderia ser citado, uma vez que o período de 
“luto” que impede a realização de citação é de apenas 7 (sete) dias e não 10 (dez) dias. 
 
A citação será feita por oficial de justiça nas hipóteses abaixo, exceto: 
 
A) nas ações de indenização por danos morais. 
B) quando o citando for incapaz. 
C) quando o citando for pessoa jurídica de direito público. 
D) nas ações de estado. 
 
Comentários: 
Todas as hipóteses acima representam demandas onde a citação será feita através de oficial de justiça (art. 247, 
CPC), exceto a contida na letra “a”. 
 
FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO 
 
Em razão da realização de obras no imóvel de Pedro, a residência de Milena, sua vizinha, acabou sofrendo 
rachaduras, originando danos no montante de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Milena ingressou com ação 
judicial em face de Pedro, a fim de que este realizasse os reparos necessários em sua residência. Citado o 
réu, este apresentou a contestação. Contudo, antes do saneamento do processo, diante do mal estar que 
vivenciou, Milena consultou seu advogado a respeito da possibilidade de adicionar, no mesmo processo, 
pedido de condenação em danos morais. Dada a situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) É possível o aditamento, uma vez que, até o saneamento do processo, é permitido alterar ou aditar o pedido 
sem o consentimento do réu. 
B) Não é possível o aditamento, uma vez que o réu foi citado e apresentou contestação. 
C) É possível o aditamento, uma vez que, até o saneamento do processo, é permitido aditar ou alterar o pedido, 
desde que com o consentimento do réu. 
D) É possível o aditamento, porquanto, até o trânsito em julgado, é permitido alterar ou aditar o pedido, desde que 
o réu consinta. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. A alteração do pedido (aditamento) é tratada no artigo 329, CPC. Nele, o 
legislador aponta que após a citação será possível a alteração do pedido, desde que haja a concordância do réu. 
Entretanto não será admitida a alteração após o saneamento do processo, ainda que com o consentimento do 
réu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cristiano, cirurgião dentista, ajuizou ação de cobrança em face do seu cliente, Adilson, em virtude do 
inadimplemento de dívida oriunda da prestação de serviços odontológicos. Contudo, antes mesmo da 
citação do réu, Cristiano comunica ao juízo seu desinteresse no prosseguimento do processo, uma vez 
que necessita viajar para concluir e apresentar tese de doutorado no exterior, alertando que, em futuro 
próximo, poderá ajuizar nova demanda. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) o caso em tela trata de típica hipótese de renúncia ao direito, caso em que ocorrerá a coisa julgada material. 
B) Tendo em vista que a causa versa sobre direito indisponível, impossível será a desistência da ação. 
C) A desistência somente produzirá efeitos, extinguindo o processo, se houver o prévio consentimento do réu. 
D) Diante da desistência unilateral do autor da ação, ocorrerá a extinção do processo sem resolução de mérito. 
 
Comentários: 
A questão trata do instituto da desistência, prevista no artigo 485, VIII, CPC, que é causa de extinção do processo 
SEM resolução de mérito. Perceba que Cristiano não tinha interesse no prosseguimento do feito, mas não 
descartou a possibilidade de ajuizar novamente a demanda quando retornasse de viagem. Tal circunstância 
serve, inclusive, para distinguir a desistência da “renúncia ao direito”, prevista no artigo 487,III, “c”, CPC e que 
constitui causa de extinção do processo COM resolução de mérito. 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
Luiz ajuizou ação de cobrança em face da empresa ABC LTDA, sendo a mesma julgada totalmente 
procedente. Na fase de cumprimento de sentença o autor descobre que João e Gustavo, sócios da 
empresa, têm adotado medidas com vistas ao deslocamentode bens para o patrimônio pessoal dos 
mesmos. Assinale a alternativa que indica a medida a ser adotada por Luiz com vistas a requerer a 
responsabilização de João e Gustavo no caso em tela: 
 
A) incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
B) Denunciação à lide. 
C) Chamamento ao processo. 
D) Nomeação à autoria. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. A desconsideração da personalidade jurídica é modalidade de intervenção de 
terceiros prevista nos artigos 133 a 137, CPC. Será utilizada quando houver abuso de personalidade, 
caracterizada pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Tais pressupostos estão previstos na lei material 
(art. 50, Código Civil e art. 28 da Lei 8.078/90, por exemplo). 
 
Marcos, credor da sociedade Campos LTDA, toma conhecimento que os sócios da aludia empresa vêm 
adotando manobras de desvio patrimonial, com vistas a sonegar o pagamento das dívidas. Assim, 
resolveu o mesmo ajuizar ação de cobrança de dívida e já requerer, na petição inicial, a desconsideração 
da personalidade jurídica. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) não será possível a apreciação do pedido de desconsideração da personalidade jurídica, uma vez que o 
mesmo deve ser formulado em incidente processual específico. 
B) o pedido de desconsideração poderá ser apreciado, uma vez que pode ser requerido na própria petição inicial, 
caso em que os sócios serão citados. 
C) o juiz poderá apreciar o pedido de desconsideração da personalidade, desde que o autor venha sanar o vício e 
requerer a instauração em incidente específico. 
D) o pedido de desconsideração da personalidade jurídica poderá ser processado, desde que o juiz suspenda o 
curso do processo. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. A desconsideração da personalidade jurídica é modalidade de intervenção de 
terceiros prevista nos artigos 133 a 137, CPC. Ela pode ser instaurada através de “incidente processual” (quando 
requerida no curso do processo) ou requerida na própria petição inicial, caso em que a instauração do incidente 
será dispensada (art. 134, § 2o, CPC) e a causa não será suspensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
TUTELAS DE URGÊNCIA 
 
Marta sofre de neoplasia maligna e necessita realizar cirurgia de urgência indicada por médico que 
acompanha o seu tratamento. Entretanto, o plano de saúde, “Saúde e vida”, nega a autorização do 
procedimento. Dadas as circunstâncias, Marta procura um (a) advogado(a), que afirma que a ação a ser 
ajuizada terá como pedido a condenação a uma obrigação de fazer (autorização para a realização da 
cirurgia) com pedido de tutela antecipada para sua efetivação imediata. Considerando que a urgência é 
contemporânea ao ajuizamento da ação e Marta ainda não dispõe de toda documentação que deseja juntar 
aos autos, assinale a alternativa correta: 
 
A) Marta deverá aguardar até que tenha a posse de todos os documentos para ajuizar a demanda, vez que é na 
petição inicial o momento oportuno para a juntada documental. 
B) o caso trata de hipótese de pedido de tutela cautelar e não de tutela antecipada. 
C) sendo a urgência contemporânea à propositura da ação, a tutela antecipada poderá ser requerida em caráter 
antecedente, com a possibilidade de posterior aditamento à petição inicial e consequente juntada de documentos. 
D) Somente a tutela cautelar, e não a antecipada, pode ser requerida em caráter antecedente. Assim, Maria 
deverá aguardar até estar de posse de toda documentação necessária à prova do seu direito. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Sendo a urgência contemporânea ao ajuizamento da ação, a petição inicial pode 
limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo (art. 303, CPC). Assim, 
a parte autora poderá, após o deferimento da medida antecipatória, efetuar o aditamento da petição inicial, com a 
complementação da argumentação e juntada de novos documentos. 
 
Dada a impossibilidade de vida em comum, Joana ajuíza ação de divórcio litigioso em face de Pedro. No 
curso da demanda, Pedro, inconformado com a separação, tenta dilapidar os três bens que o casal possui, 
anunciando a venda dos mesmos. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) Joana poderá apresentar pedido de medida cautelar, requerendo o sequestro dos bens do casal, como medida 
de assegurar o seu direito. 
B) Joana deverá apresentar pedido de tutela antecipada, requerendo a propriedade dos bens do casal. 
C) Joana poderá apresentar pedido de medida cautelar de sequestro, em caráter incidental, o qual será 
processado em autos apartados. 
D) Dada a situação de urgência, Joana deverá apresentar pedido de medida cautelar de arresto. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. O sequestro é medida cautelar utilizada, dentre outras hipóteses, quando, em 
meio a uma ação de divórcio ou separação, um dos cônjuges estiver dilapidando os bens do casal. Ressalte-se 
que NÃO se trata, aqui, de “tutela antecipada”, uma vez que a medida NÃO tem caráter satisfativo, ou seja, não 
visa “antecipar” o resultado do processo (que, no caso, é o “divórcio”), mas tão somente caráter “assecuratório” 
(assegurar uma futura partilha de bens). 
 
PROCESSO DE CONHECIMENTO: PROCEDIMENTO COMUM 
 
Renata celebra contrato de empréstimo com o banco “ABC”. Um ano após a celebração da avença, Renata 
decide ajuizar ação com pedido de revisão contratual, sob a alegação de abusividade de um das taxas 
cobradas na relação contratual. Considerando que a causa dispensa a fase instrutória e que a legalidade 
da taxa é reconhecida em súmula editada pelo Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar: 
 
A) o juiz deverá extinguir o processo sem resolução de mérito. 
B) o juiz julgará liminarmente improcedente o pedido, extinguindo o processo com resolução de mérito. 
C) o juiz poderá julgar liminarmente improcedente o pedido, desde que, antes, conceda oportunidade para que o 
réu apresente contestação. 
D) o juiz somente julgará o pedido após a regular instrução probatória, sob pena de ferir os princípios do 
contraditório e ampla defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Comentário: 
A alternativa correta é a letra “b”. A questão trata de típica hipótese de sentença de improcedência liminar, 
prevista no artigo 332, I, CPC. Como o pedido contido na petição inicial contraria entendimento sumulado e 
a causa dispensa a fase instrutória, o juiz poderá proferir sentença de total improcedência, independente da 
citação do réu. 
 
Arlete ajuíza ação de indenização em face de Antônio, esclarecendo, na petição inicial, que tem 
interesse na realização da audiência de conciliação. O réu (Antônio), foi citado para a audiência de 
conciliação com 30 dias de antecedência. Após consultar o seu advogado acerca do objetivo da 
aludida audiência, Antônio aponta que não comparecerá à mesma, uma vez que o pedido formulado 
por Arlete é absurdo e está totalmente “fora da realidade”. Dada a situação narrada e considerando o 
disposto no CPC/2015 acerca da audiência de conciliação e mediação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Antônio deveria ter sido citado para a audiência com, pelo menos, 40 (quarenta) dias de antecedência. 
B) a audiência não será realizada, uma vez que Antônio não tem interesse em participar. 
C) ainda que a causa verse sobre direito indisponível, a audiência é de realização obrigatória. 
D) Antônio deve ser informado que o seu não comparecimento é considerado ato atentatório à dignidade da 
justiça, sob pena de multa. 
 
Comentário: 
A alternativa correta é a letra “d”. A audiência de conciliação está prevista no artigo 334, CPC e é de 
realização obrigatória, salvo duas hipóteses: 1) a ação versar sobre direito indisponível; 2) ambas as partes 
manifestarem o desinteresse na sua realização. Ressalte-seque o réu deverá ser citado com a 
antecedência mínima de 20 (vinte) dias e o não comparecimento injustificado de qualquer das partes 
importará em ato atentatório ao exercício da jurisdição, punido com multa (art. 334, § 8o, CPC). 
 
AÇÃO RESCISÓRIA 
 
Wallace acabou de ajuizar ação rescisória com o objetivo de desconstituir sentença de mérito transitada 
em julgado, sob o argumento de que descobrira que a mesma havia sido proferida por juízo impedido. 
Distribuído o feito no tribunal, o relator da ação determinou que Wallace procedesse com um depósito 
prévio equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da causa. Considerando que o autor não cumpriu com a 
providência determinada pelo relator, é correto afirmar: 
 
A) a petição inicial será indeferida e o processo extinto sem resolução de mérito. 
B) o relator deverá levar o caso para ser apreciado pelo colegiado quando, só então, se decidirá pela extinção do 
processo sem resolução de mérito. 
C) o processo seguirá normalmente, haja vista que o exercício do direito de ação não está condicionado ao 
depósito de qualquer valor. 
D) o relator deverá julgar, monocraticamente, a improcedência do pedido da ação rescisória. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. Nos termos do artigo 968, II, CPC, a petição inicial da ação rescisória deverá 
conter a prova do depósito prévio de 5% (cinco por cento) do valor da causa, o qual será revertido em proveito da 
parte contrária acaso a ação seja julgada, por unanimidade de votos, inadmissível ou improcedente. Caso aludido 
depósito não seja efetuado, a petição será indeferida, consoante dispõe o artigo 968, § 3o, CPC. 
 
Marcos foi condenado, nos autos da ação de cobrança, a pagar a Vitalino a importância de R$ 40.000,00 
(quarenta mil reais). Após o trânsito em julgado da decisão, Marcos descobre a existência de documento 
novo capaz de, por si só, lhe assegurar pronunciamento favorável na causa. Dada a narrativa acima, 
indique a medida judicial adequada a ser utilizada por Marcos para se eximir do pagamento previsto na 
condenação: 
 
A) interpor recurso de apelação em face da sentença. 
B) ajuizar ação rescisória. 
C) Marcos poderá ajuizar nova ação de cobrança, para que, agora na qualidade de autor, possa conseguir a 
condenação de Vitalino. 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
D) considerando que já houve o trânsito em julgado, Marcos deverá cumprir com o pagamento previsto na 
condenação. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. A questão trata de um típica hipótese de ação rescisória, fundada no artigo 966, 
VII, CPC (obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que 
não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável). 
 
PARTES E PROCURADORES: RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL 
 
No curso de processo judicial em que figura como réu, Paulo suscita a instauração de incidente de 
falsidade de documento que contém a sua assinatura e que fora juntado por seu adversário, Jorge. 
Considerando que Paulo tem plena consciência de que o documento é verdadeiro e que foi por ele 
assinado, assinale a alternativa correta: 
 
A) verificado que Paulo ocasionou incidente infundado, o juiz não poderá condená-lo por litigância de má-fé, uma 
vez que é faculdade da parte exercer a sua defesa por todos os meios colocados à sua disposição. 
B) caso seja verificada a má-fé de Paulo, o mesmo poderá ser condenado ao pagamento de multa, não sendo, 
porém, admissível a sua condenação a indenizar eventual prejuízo da parte adversária, por ausência de 
disposição legal. 
C) caso seja verificada a litigância de má-fé de Paulo, o juiz poderá condená-lo ao pagamento de multa bem como 
de indenização por eventual prejuízo causado ao seu adversário. 
D) verificada a má-fé de Paulo, o mesmo poderá ser condenado apenas pelos prejuízos causados ao seu 
adversário, não sendo cabível aplicação de multa. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. A questão trata de um típica hipótese de litigância de má-fé, fundada no artigo 
80, VIII, CPC (provocar incidente manifestamente infundado). Ressalte-se que, de ofício ou a requerimento, o juiz 
condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do 
valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários 
advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 
 
Tadeu foi condenado em processo judicial por litigar de má-fé. Todavia, o magistrado optou por não 
aplicar-lhe multa, uma vez que o valor da causa era irrisório. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) o magistrado agiu incorretamente, uma vez que o valor da multa poderia ser fixado em até 10 (dez) vezes o 
valor do salário mínimo. 
B) não caberia a fixação de multa, mas apenas a condenação em indenização de eventuais prejuízos causados 
ao adversário de Tadeu. 
C) o magistrado agiu incorretamente, uma vez que o valor da multa é invariável e independe do valor da causa. 
D) a multa por litigância de má-fé somente poderia ter sido fixada mediante requerimento da parte. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. Havendo litigância de má-fé, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, 
que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte 
contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que 
efetuou (art. 81, CPC). Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 
(dez) vezes o valor do salário-mínimo (Art. 81, § 2º, CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: O CHAMAMENTO AO PROCESSO 
 
Mateus foi demandado em ação de cobrança por ter sido fiador de sua sogra, Francisca. Considerando 
que Mateus pretende trazer Francisca para o processo, com o objetivo de exigir dela a dívida por inteiro 
acaso venha a ser condenado e pague a dívida, assinale a providência judicial a ser adotada pelo mesmo: 
 
A) denunciação da lide 
B) chamamento ao processo 
C) nomeação à autoria 
D) oposição 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “B”. Segundo os termos do artigo 130, I, CPC, caberá o chamamento ao processo do 
afiançado quando o fiador for réu. Ressalte-se que sentença de procedência valerá como título executivo em favor 
do réu (fiador) que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal. 
 
Marcos, Patrícia e Júlia são fiadores em dada relação jurídica. Carlos, credor, ajuizou ação de cobrança em 
face de Júlia, tendo em vista o inadimplemento da obrigação. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) caso pague a dívida, Júlia poderá exigir dos demais fiadores, no mesmo processo, a quota na proporção que 
lhes tocar, desde que proceda com o chamamento ao processo. 
B) Júlia não poderá proceder com o chamamento ao processo dos demais fiadores, uma vez que a dívida poderá 
ser cobrada de qualquer deles. 
C) a sentença que condenar Júlia ao pagamento da dívida servirá de título executivo para que a mesma, através 
de ação autônoma, possa exigir dos demais fiadores a sua respectiva quota. 
D) Júlia poderá alegar a ilegitimidade de parte, uma vez que a dívida somente poderia ter sido cobrada 
conjuntamente dos fiadores. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. Tendo havido chamamento ao processo, a sentença de procedência valerá como 
título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor 
principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar (art. 132, CPC). 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Considerando a presença de interesse de incapaz em dada demanda judicial, o magistrado determinou a 
intimação do representante do Ministério Público paraacompanhar o feito na condição de fiscal da ordem 
jurídica. É certo afirmar que, no processo em questão, o membro do ministério público: 
 
A) poderá produzir provas, mas não poderá recorrer. 
B) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo. 
C) terá prazo em dobro para manifestar-se nos autos, exceto para recorrer. 
D) terá prazo em dobro para manifestar-se nos autos, desde que o processo seja eletrônico. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I - 
terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá produzir provas, 
requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. Ademais, o Ministério Público gozará de prazos em dobro 
para suas manifestações, nos termos do artigo 180, CPC. 
 
André impetrou mandado de segurança para impugnar ato de autoridade pública que feriu direito líquido e 
certo seu. Após prestadas as informações pela autoridade coatora, o juiz determinou que o membro do 
ministério público emitisse opinativo no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, a teor do disposto na lei do 
mandado de segurança (Lei 12.016/09). O membro do MP que atuava no caso solicitou ao magistrado que 
o prazo fosse contado de forma dobrada, uma vez que o Código de Processo Civil lhe garante a 
prerrogativa de contagem dobrada para todas as suas manifestações. Dada a situação hipotética, assinale 
a alternativa correta: 
 
 
 
 
 
 
 
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A) o membro do MP está correto, de modo que o magistrado deverá lhe conceder o prazo em dobro. 
B) o membro do MP está correto, mas o magistrado poderá restringir a dobra de prazo acaso haja urgência a ser 
tratada no processo. 
C) o membro do MP está errado, uma vez que não se aplica a prerrogativa de prazo dobrado quando a lei 
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o MP. 
D) o membro do MP está errado, pois o ministério público não tem prerrogativa de prazo dobrado para sua 
manifestação, independente da espécie de processo e procedimento. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de 
forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público (art. 180, § 2º, CPC). Assim, tendo sido fixado prazo 
específico para o MP pela Lei do mandado de segurança, não haverá que se aplicar o prazo em dobro. 
 
TUTELA DE EVIDÊNCIA 
 
Findo o contrato de depósito entre Álvaro e Joaquim, este último negou-se em devolver o bem custodiado. 
Assim, Álvaro resolve ajuizar ação fundada em prova documental adequada do contrato de depósito, 
requerendo a devolução do bem. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) não é possível determinar a entrega provisória do bem ao autor sem a oitiva do réu, sob pena de ferir o direito 
ao contraditório. 
B) a entrega provisória do bem estará condicionada à prova da urgência. 
C) o juiz poderá determinar, liminarmente, a ordem de entrega do objeto custodiado. 
D) a entrega do bem somente poderá ser feita ao final, após o trânsito em julgado da decisão. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Trata-se de hipótese de tutela de evidência, prevista no artigo 311, do CPC. 
Aponta a lei: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...); III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em 
prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa;(...)”. A letra “a” está errada, uma vez que o deferimento de tutela de 
evidência na referida hipótese NÃO depende de prévia oitiva do réu, de modo que poderá ser deferida 
liminarmente (art. 311, parágrafo único). Já a letra “b” está incorreta, uma vez que o deferimento de tutela de 
“evidência” NÃO depende de urgência. 
 
Aroldo acaba de ajuizar ação de revisão contratual em face de “Alfa financeira”, sob o fundamento de que 
a taxa de abertura de crédito cobrada no contrato seria abusiva. Conclusos os autos, o magistrado 
percebeu que as alegações de fato já estavam provadas por documentos e havia tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos no sentido de que a taxa tinha, de fato, natureza abusiva. Dada a situação 
hipotética, é correto afirmar: 
 
A) o juiz poderá conceder a tutela de evidência, desde que o réu seja previamente ouvido. 
B) o juiz poderá conceder a tutela de evidência, desde que fique demonstrado o perigo de dano. 
C) o juiz poderá conceder a tutela de evidência, independentemente da demonstração do perigo de dano ou de 
risco ao resultado útil do processo. 
D) não há possibilidade de concessão de medida provisória antes da ouvida do réu, sob pena de lesão ao 
princípio do contraditório. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Trata-se de hipótese de tutela de evidência, prevista no artigo 311, do CPC. 
Aponta a lei: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...); II - as alegações de fato puderem ser comprovadas 
apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula 
vinculante;(...)”. A letra “a” está errada, uma vez que o deferimento de tutela de evidência na referida hipótese 
NÃO depende de prévia oitiva do réu, de modo que poderá ser deferida liminarmente (art. 311, parágrafo único). 
Já a letra “b” está incorreta, uma vez que o deferimento de tutela de “evidência” NÃO depende de urgência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESPOSTA DO RÉU 
 
Antônio Marcos ajuizou ação indenizatória em face de Francisco alegando prejuízos em virtude da 
destruição de parte da plantação de suas terras por animais pertencentes ao réu e que teriam 
ultrapassado o cercado que separa os imóveis. Regularmente citado, Francisco procura um advogado e 
esclarece que, na verdade, ele é funcionário (caseiro) da propriedade, a qual pertence a Agenor, seu 
empregador. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
 
A) o réu poderá efetuar o chamamento ao processo, trazendo o seu empregador para a relação processual. 
B) o réu poderá alegar a sua ilegitimidade através de petição específica, a ser apresentada no prazo da 
contestação. 
C) incumbe a réu Francisco, ao alegar sua ilegitimidade na preliminar de contestação, indicar quem deva ser o 
sujeito passivo do processo, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos 
prejuízos decorrentes da falta de indicação. 
D) Na condição de caseiro, Francisco é responsável pelos prejuízos causados, de modo que não pode alegar a 
sua ilegitimidade. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. A questão trata de típica hipótese de “nomeação à autoria”. Quando alegar sua 
ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver 
conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos 
decorrentes da falta de indicação (art. 339, CPC). 
 
Após colisão de veículos, Raimundo resolve ajuizar ação indenizatória em face de Tiago. Regularmente 
citado, Tiago disse ao seu advogado que, na verdade, Raimundo foi o causador do acidente, uma vez que 
conduziu o veículo sem respeitar o semáforo que estava no “vermelho”. Considerando que Tiago deseja 
obter a reparação dos prejuízos que alega ter, assinale a alternativa correta: 
 
A) Tiago poderá pedir a reparação, desde que o faça apenas através de ação própria. 
B) Tiago poderá, na contestação, propor reconvenção para manifestar a sua pretensão indenizatória. 
C) Tiago poderá apresentar reconvenção, desde que o faça em peça autônoma, a ser processada em autos 
apartados. 
D) Caso Raimundo queira desistir da ação ajuizada, eventual reconvenção apresentada por Tiago seráextinta, 
uma vez que o acessório segue o principal. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. A questão trata de típica hipótese de “reconvenção”. É que, na contestação, é 
lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o 
fundamento da defesa (art. 343, CPC). Conforme o disposto no aludido artigo, a reconvenção deverá ser 
apresentada na própria contestação e não em peça autônoma. 
 
RECURSOS (ASPECTOS GERAIS) 
 
Quanto aos recursos, é incorreto afirmar que: 
 
A) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, salvo 
quando atuar como fiscal da ordem jurídica. 
B) O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. 
C) O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso. 
D) contra os despachos não cabe recurso. 
 
Comentários: A alternativa incorreta é a letra “a”. O ministério Público tem legitimidade para recorrer tanto nos 
processos em que é parte quanto naqueles em que atua como fiscal da ordem jurídica (art. 996, CPC). As 
alternativas “b”, “c” e “d” estão corretas, na conformidade, respectivamente, dos artigos 1.003, caput, 1.003,§ 6º e 
artigo 1.001 do CPC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13 
Acerca dos recursos, assinale a opção correta: 
 
A) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, exceto 
quando funcionar como fiscal da ordem jurídica. 
B) o recorrente poderá, a qualquer tempo, desistir do recurso, desde que haja anuência do recorrido. 
C) o recolhimento do porte de remessa e de retorno, no processo em autos eletrônicos, será comprovado no 
momento do protocolo do recurso. 
D) o recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte 
de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob 
pena de deserção. 
 
Comentários: A alternativa correta é a letra “d”. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do 
recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu 
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (art. 1.007, § 4º CPC). A letra “a” está 
errada, pois o Ministério Público tem legitimidade para recorrer tanto nos processos em que é parte quanto 
naqueles em que atua como fiscal da ordem jurídica (art. 996, CPC). A alternativa “b”, está errada, tendo em vista 
que a desistência do recurso independe de anuência do requerido (art. 998, CPC). A alternativa “c” está errada, 
pois não há recolhimento do porte de remessa e de retorno em autos eletrônicos. 
 
APELAÇÃO 
 
Mariana propôs ação com pedido condenatório contra Carla, julgado improcedente, o que a levou a 
interpor recurso de apelação ao Tribunal de Justiça, objetivando a reforma da decisão. Após a 
apresentação de contrarrazões por Carla, o juízo de primeira instância entendeu que o recurso não deveria 
ser conhecido, por ser intempestivo, tendo sido certificado o trânsito em julgado. 
Intimada dessa decisão mediante Diário Oficial e tendo sido constatada a existência de um feriado no 
curso do prazo recursal, não levado em consideração pelo juízo de primeira instância, Mariana deverá 
 
A) interpor Agravo de Instrumento ao Tribunal de Justiça, objetivando reverter o juízo de admissibilidade realizado 
em primeiro grau. 
B) ajuizar Reclamação ao Tribunal de Justiça, sob o fundamento de usurpação de competência quanto ao juízo 
de admissibilidade realizado em primeiro grau. 
C) interpor Agravo Interno para o Tribunal de Justiça, objetivando reverter o juízo de admissibilidade realizado em 
primeiro grau. 
D) interpor nova Apelação ao Tribunal de Justiça reiterando as razões de mérito já apresentadas, postulando, em 
preliminar de apelação, a reforma da decisão interlocutória, que versou sobre o juízo de admissibilidade. 
Questão 57 
Comentários: Apesar do recurso de Apelação ser interposto perante o juízo de primeiro grau, o juízo de 
admissibilidade hoje é feito pelo tribunal, de acordo com o disposto no artigo 1.010, § 3o, CPC. Assim, 
considerando que, no caso em tela, houve usurpação de competência, cabível será a apresentação do 
instrumento da Reclamação como forma de preservar a competência do tribunal, tudo nos termos do artigo 998, I, 
CPC. 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
Em um processo físico que observa o rito comum, o juiz profere decisão interlocutória contrária aos 
interesses do réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá 
a parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu prepara o recurso 
de agravo de instrumento, cuja petição de interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de 
direito, as razões do pedido de reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados 
que atuam no processo. A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o 
instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, aos autos do 
processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim 
como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado pelo agravado. 
Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da consequência processual 
decorrente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
A) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade do agravante. 
B) Não será admitido o agravo de instrumento. 
C) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício do juízo de retratação 
pelo magistrado. 
D) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual manifestamente protelatório, 
devendo a parte agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito. 
 
Comentário: Contra as decisões interlocutórias previstas no artigo 1.015, CPC, caberá agravo de instrumento. 
De acordo com o disposto no artigo 1.018, caput e § 2o do CPC, o agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá 
juntada, aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua 
interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso. O descumprimento de tal exigência, 
desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo. 
 
José Almeida, advogado na cidade de Brasilândia, MS, pretende interpor agravo de instrumento contra 
uma decisão proferida pelo juízo da 5ª Vara Cível desta cidade: 
 
A) O recurso será intempestivo se for interposto antes do início da contagem do prazo. 
B) É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos. 
C) O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, apenas se distintos ou opostos os seus 
interesses. 
D) Não há mais peças obrigatórias no recurso de agravo de instrumento. 
 
Comentário: A resposta é encontrada na letra “b”, ou seja, não há necessidade de recolhimento do porto de 
remessa e de retorno em autos eletrônicos (art. 1.007, §3º, CPC). A alternativa “A” está errada, pois o ato 
processual é considerado tempestivo se realizado antes do início do prazo (art. 218, § 4º, CPC). 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NAS OBRIGAÇÕES DE QUANTIA 
 
Alberto foi intimado para cumprir com o pagamento de quantia certa fixada definitivamente em sentença. 
Considerando que o mesmo não procedeu com o respectivo pagamento no prazo legal, é correto afirmar 
que: 
 
A) a dívida será acrescida de multa de 20%, além de honorários advocatícios 
B) a dívida será acrescida de multa de 10%, sem nova incidência de honorários 
C) a dívida será acrescida de multade 10% e, também, de honorários advocatícios no mesmo percentual 
D) não haverá incidência de multa, mas apenas de correção monetária da dívida. 
 
Comentários: A alternativa correta é a letra “c”. De acordo com o artigo 523 do CPC, No caso de condenação em 
quantia certa, ou já fixada em liquidação, o executado será intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) 
dias, acrescido de custas, se houver. Não ocorrendo pagamento voluntário, o débito será acrescido de multa de 
dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. 
 
Caio foi intimado para cumprir com o pagamento de quantia certa fixada definitivamente em sentença. Não 
efetuado o pagamento no prazo de 15 dias, o juízo determinou, no 16º dia, a penhora de bem considerado 
impenhorável. Considerando que Caio deseja insurgir-se em face do ato de constrição, deverá o mesmo: 
 
A) interpor agravo de instrumento 
B) apresentar impugnação ao cumprimento de sentença 
C) apresentar embargos à execução 
D) interpor recurso de apelação. 
 
Comentários: a alternativa “b” é a correta, uma vez que o instrumento a ser utilizado será a impugnação ao 
cumprimento de sentença (art. 525, CPC). Os embargos à execução é o meio de defesa a ser apresentado na 
execução de título extrajudicial e não no cumprimento de sentença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
 
A respeito do processo de execução, assinale a alternativa correta. 
 
A) A sentença arbitral, a letra de câmbio, a nota promissória e a duplicata são títulos executivos extrajudiciais. 
B) O exequente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, para 
fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou outros bens sujeitos a penhora ou arresto. 
C) O executado que, intimado, não indica ao juiz a localização de seus bens, não pratica ato atentatório à 
dignidade da justiça. 
D) A ausência de liquidez não impede a instauração do processo de execução. 
 
Comentário: A resposta é encontrada na letra “B”. Trata-se da chamada “averbação da execução”, com o intuito 
de evitar fraude à execução. O instituto tem previsão no artigo 828 do CPC. A alternativa “A” está errada, pois a 
sentença arbitral é título executivo judicial (art. 515, VII, CPC); a alternativa “C” está errada, uma vez que a 
hipótese caracteriza o chamado “ato atentatório à dignidade da justiça”, nos termos do artigo 774, V do CPC. 
 
Com relação ao procedimento da execução por quantia certa fundado em título extrajudicial, é correto 
afirmar que: 
 
A) o executado é citado para, no prazo de três dias, apresentar embargos. 
B) o credor só pode indicar os bens a serem penhorados se o executado não se manifestar no prazo legal, após 
ser citado. 
C) o juiz pode, de ofício, e a qualquer tempo, determinar a intimação do executado para indicar bens passíveis de 
penhora. 
D) o juiz somente fixará os honorários de advogado a serem pagos pelo executado ao fim do processo de 
execução. 
 
Comentário: O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida. Não efetuado 
o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e 
a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado. É o 
que dispõe o artigo 829, § 1o do CPC. 
Por outro lado, nada impede que o juiz, de ofício ou a requerimento do exequente, possa determinar, a qualquer 
tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de penhora. A alternativa “C” está equivocada, já 
que os honorários serão fixados desde o início do processo. 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA (LEI 7.347/85) 
 
A associação “Amigos da Natureza”, constituída há 2 anos, com a finalidade institucional de proteger o 
meio ambiente, tem interesse na propositura de uma ação civil pública, a fim de que determinado agente 
causador de dano ambiental seja impedido de continuar a praticar o ilícito. Procurado pela associação, 
você, na qualidade de advogado, daria a orientação de: 
 
A) não propor uma ação civil pública, visto que as associações não têm legitimidade para manejar tal instrumento, 
sem prejuízo de que outros legitimados, como o Ministério Público, o façam. 
B) propor uma ação civil pública, já que a associação está constituída há pelo menos 1 ano e tem, entre seus fins 
institucionais, a defesa do meio ambiente. 
C) apenas propor a ação civil pública quando a associação estiver constituída há pelo menos 3 anos. 
D) que a associação tem iniciativa subsidiária, de modo que só pode propor a ação civil pública após 
demonstração de inércia do Ministério Público. 
 
Comentários: o artigo 5º da Lei 7.347/85 lista um rol de legitimados para o manejo da Ação Civil Pública. Dentre 
eles está a associação, desde que esteja legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, um ano e 
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao 
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. A letra “b”, portanto, é a alternativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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