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ATIVIDADE 1 HISTORIA MEDIEVAL ORIENTAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Disciplina: História Medieval Oriental (EAD) 
Curso: História (1º Semestre, Matutino) 
 
14 de março de 2020 
Atividade 1 (A1) 
Os grupos bárbaros eram compostos por pequenas comunidades de fazendeiros e 
pastores que viviam em aldeias e as margens de rios, litorais e em clareiras dos Mares do 
Norte, Báltico e do Mar Negro. Para os romanos, o termo “bárbaro” era usado 
pejorativamente para se referir aos não-romanos, poucos civilizados que colaborariam 
posteriormente para desintegração de impérios já enfraquecido por crises internas. 
A princípio, as zonas de fronteira do Império Romano começaram a ganhar peso 
demográfico, quando foram permitidos os direitos de moradia aos germânicos em troca da 
condição de defesa da fronteira à invasão de outros povos. Assim, ocorreu então a 
sedentarização dos povos germânicos. Aos que antes viviam como nômades, agora acabam de 
se tornar colonos, vivendo em aldeias e praticando o pastoreio. 
Nos séculos IV e V, os Visigodos foram um dos primeiros a cruzar essa fronteira para 
pedir suporte a auxílio aos romanos para fugir dos Hunos. Os Hunos vindo da Ásia Central 
para Europa, se instalaram nas às margens do rio Danúbio, e sua ameaça aos povos 
germânicos provocaram uma série de alterações na relação entre os vizinhos ao Norte do 
Império Romano. Sua chegada promoveu mudanças significativas, culminando no 
estabelecimento de reinos bárbaros na parte ocidental do Império Romano. 
Com o fraco poderio militar ainda nas fronteiras romanas, os germânicos resolveram 
conquistar certas partes do Império. O rei Alarico, dos Visigodos, buscou conquistar parte da 
península Itálica nos primeiros anos do século V, e por seguinte, tomaram a península Ibérica 
e o sul da Gália. Ainda no mesmo século, Alanos, Suevos e Vândalos também invadiram o 
território romano. 
O resultado dessas conquistas pelos germânicos, foi uma mudança drástica na forma 
como esses bárbaros reinantes e suas vítimas romanas interpretassem a si mesmo e as suas 
culturas. As convergências que surgiram a partir de então, da forma mais violenta e em 
conjunto com as crises financeiras, faz com que o Império Romano se desloque e os reinos 
germânicos se estabeleçam. 
Após a queda do Império Romano no Ocidente pelos Hérulos em 476, formalmente 
assinalados pelo episódio da deposição do Imperador Rômulo Augusto de Odoacro, observa-
se a formação e fortalecimento de diversos reinos romanos-germânicos. Dentro esses reinos, 
está o Ostrogótico, e posteriormente o Lombardo (na atual Itália), os reinos Anglo-saxões (na 
atual Grã-Bretanha) e o Franco (na atual França). E com isso, os reinos germânicos 
começaram a sua política governamental através de sua potência, mas são incapazes de 
restaurar territórios, ou mesmo de exercer um verdadeiro controle sobre as elites locais. 
As invasões bárbaras motivaram profundas transformações nos territórios antes 
dominados pelos romanos, levando consequências até a formação do Império Bizantino. Além 
de marcar o final definitivo do Império Romano do Ocidente, elas inauguraram o início da 
Idade Média, época que ficou marcada, entre outras coisas, por instituições e costumes que 
tinham tanto origem romana quanto germânica.

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