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AINES 1-mesclado

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Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser
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SUMÁRIO
 1. Introdução .................................................................... 3
 2. Fisiologia da inamação .......................................... 4
 3. Farmacocinética ........................................................ 5
 4. Mecanismo de ação .................................................. 7
 5. Farmacodinâmica e efeitos colaterais ................ 9
6. Populações especiais .............................................11
7. Classes .........................................................................12
8. Inibidores não seletivos da COX-2 ...................12
9. Inibidores seletivos da COX-2 ...........................20
Referências Bibliográcas ........................................24
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3 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
1. INTRODUÇÃO 
 Os anti-inamatórios não-esteroides 
 (AINEs) constituem uma das classes 
de fármacos mais difundidas em todo 
 mundo, utilizados no tratamento da 
 dor aguda e crônica decorrente de 
processo inamatório. 
 O processo inamatório é uma res-
posta normal do organismo secundá-
 rio a uma lesão tecidual, constituindo-
-se um fenômeno complexo, dinâmico 
 e multimediado, que pode ter como 
 desencadeante qualquer agente le-
 sivo, como físico (queimadura, ra-
 diação, trauma), biológico (reações 
 imunológicas, infecções) ou químico 
 (substância cáustica). Essa reação é 
 uma tentativa de inativar ou destruir 
 os invasores do tecido e prepará-lo 
 para o reparo. Observa-se durante o 
processo inamatório uma cascata de 
 reações e eventos bioquímicos, vas-
culares e celulares, que serão explica-
dos a seguir. 
 Anti-inamatórios não-esteroidais 
 (AINEs) são medicamentos analgési-
cos simples, que, junto com o parace-
 tamol, compõem o 1º degrau da es-
 cada de dor da Organização Mundial 
da Saúde.
SAIBA MAIS! 
A escada de dor da Organização Mundial da Saúde é uma abordagem de analgesia baseada 
em degraus, começando no 1º degrau com analgésicos simples e subindo até opioides fracos 
 no 2º passo e opioides fortes no 3º degrau.
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4 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 A inamação aguda é a resposta ini-
 cial a lesão celular e tecidual, predo-
 minando fenômenos de aumento de 
 permeabilidade vascular e migração 
 de leucócitos, particularmente neu-
 trólos. As manifestações externas 
 da inamação, chamadas de sinais 
 cardinais, são: calor (aquecimento), 
 rubor (vermelhidão), tumor (inchaço), 
dor e perda de função.
 Se a reação for intensa, pode haver 
envolvimento regional dos linfonodos 
 Via lipoxigenase Via ciclo-oxigenase
Fosfolipídios
Ácido 
Araquidônico
Leucotrienos
Fosfolipase A2
Tromoboxanos
Prostaglandina
Prostaciclinas
 Lipoxigenase COX 2 COX 1
Ação dos AINES
VIA DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO
 e resposta sistêmica na forma de 
 neutrolia e febre, caracterizando a 
reação da fase aguda da inamação. 
 Todas estas respostas são mediadas 
 por substâncias oriundas do plasma, 
 das células do conjuntivo, do endo-
 télio, dos leucócitos e plaquetas, que 
 regulam a inamação e chamadas 
2. FISIOLOGIA DA 
INFLAMAÇÃO
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5 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
genericamente de mediadores quími-
 cos da inamação. Dentre esses me-
 diadores químicos tem se destaque 
 as prostaglandinas que tem ação no 
 aumento da permeabilidade capilar, 
 atuam como fatores quimiotáticos, 
 atraindo leucócitos em direção ao lo-
cal da lesão ou infecção.
RESUMO! As etapas da resposta in-
 amatória podem ser lembradas como 
 os cinco erres: (1) reconhecimento do 
 agente lesivo, (2) recrutamento dos leu-
cócitos, (3) remoção do agente, (4) regu-
lação (controle) da resposta e (5) resolu-
ção (reparo).
 O principal precursor das prostaglan-
 dinas é o ácido araquidônico (AA), 
 que tem origem dos fosfolipídios das 
membranas celulares destruídas após 
 lesão celular e transformados em di-
 versos ácidos pela fosfolipase, sendo 
esse evento o início base do processo 
 inamatório. Os produtos derivados 
 do metabolismo do AA inuenciam 
 uma variedade de processos bioló-
 gicos, incluindo a inamação e a he-
mostasia. Os metabólitos do AA tam-
 bém chamados eicosanoides podem 
 mediar praticamente cada etapa da 
inamação.
 A produção dos metabólitos do ácido 
 araquidônico pode ser feita através 
 de duas vias: via ciclo-oxigenase e via 
lipoxigenase.
 • Via ciclo-oxigenase: envolve 
 duas isoformas (COX-1 e COX-2) 
 e é responsável pela síntese das 
 prostaglandinas (PGs), tromboxa-
 nos e prostaciclinas. As diferenças 
 e particularidades entre as duas 
 COX serão comentadas a frente, 
 mas é importante destacar que a 
 diferença na estrutura dessas en-
 zimas permitiu o surgimento de 
inibidores seletivos da COX-2, evi-
 tando a interferência com os pro-
 cessos siológicos mediados pela 
COX-1.
 • Via lipoxigenase: responsável 
 pela síntese nal de moléculas 
 como os leucotrienos, porém não 
 está diretamente relacionada à 
ação dos anti-inamatórios.
3. FARMACOCINÉTICA 
 A maioria dos AINEs são administra-
 dos oralmente, com as exceções do 
 cetorolaco e do parecoxibe (adminis-
 tração intravenosa), e do diclofena-
 co (administração oral, intravenosa e 
retal). 
 Os AINEs compõem um grupo hete-
 rogêneo de compostos, que consiste 
 de um ou mais anéis aromáticos liga-
dos a um grupamento ácido funcional. 
 São ácidos orgânicos fracos que atu-
 am principalmente nos tecidos ina-
 mados e se ligam, signicativamen-
 te, à albumina plasmática. Pacientes 
 com hipoalbuminemia (devido, por 
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6 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 exemplo, a cirrose ou artrite reumató-
 ide ativa) têm maiores concentrações 
 da forma livre da droga, que corres-
ponde à sua forma ativa. 
 Sua absorção é rápida (entre 1 a 4 
 horas) e completa no sistema gas-
 trointestinal, depois de administração 
 oral. Não atravessam imediatamen-
 te a barreira hematoencefálica e são 
 metabolizados principalmente pelo 
 fígado. Os AINEs têm alta biodispo-
 nibilidade devido a um limitado me-
 tabolismo hepático de primeira pas-
 sagem. A biotransformação é, em 
 grande parte, hepática, com metabó-
litos excretados na urina.
Essencialmente, todos AINEs são con-
 vertidos em metabólitos inativos pelo 
 fígado e são, predominantemente, 
 excretados pela urina, embora o su-
 lindaco também possa ser metabo-
 lizado no rim. Alguns AINEs e seus 
metabólitos têm excreção biliar. 
 As meias-vidas dos AINEs variam, 
 mas em geral podem ser divididas 
 em “ação curta”(menos de seis ho-
ras, incluindo ibuprofeno, diclofenaco, 
 cetoprofeno e indometacina ) e «ação 
 prolongada» (mais de seis horas, in-
 cluindo naproxeno , celecoxibe , me-
loxicam , nabumetona e piroxicam ). 
 Os AINEs mais lipossolúveis como, 
cetoprofeno, naproxeno e ibuprofeno, 
 penetram no sistema nervoso central 
 mais facilmente e estão associados 
 com leves alterações no humor e na 
função cognitiva
 renal
 trato gastrointestinal
 hepático 
 picos de concentração 
1-4h
FARMACOCINÉTICA DOS AINEs
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7 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
4. MECANISMO DE AÇÃO
 Os efeitos terapêuticos e colaterais 
 dos AINES resultam principalmente 
 da inibição das enzimas COX, preju-
 dicando, assim, a transformação nal 
do ácido araquidônico em prostaglan-
dinas, prostaciclina e tromboxanos. 
 A PGD2 é o principal metabólito da 
 via da cicloxigenase nos mastócitos; 
 em conjunto com PGE2 e PGF2-alfa 
 (que se distribuem mais amplamen-
 te), causa vasodilatação e potenciali-
za a formação de edema. 
As PGs, além de promoverem vasodi-
 latação, também estão envolvidas na 
 patogenia da dor e febre na inama-
 ção; a PGE2 aumenta a sensibilidade 
Prostaglandinas
Prostaciclina
 
 
PGI2
PGD2 PGE2
Tromboxano
TXA2
• Vasodilatação
• Inibe a agregação 
plaquetária
• Vasodilatação
• Aumento da permeabilidade vascular
• Vasoconstrição
• Promove agregação 
plaquetária
EFEITOS FISIOLÓGICOS DAS PROSTAGLANDINAS
 à dor a uma variedade de outros es-
 tímulos e interage com citocinas para 
 causar febre. As prostaglandinas 
sensibilizam os nociceptores (hiperal-
 gesia) e estimulam os centros hipo-
talâmicos de termorregulação. 
 A prostaglandina I2 (prostaciclina) 
 predomina no endotélio vascular e 
 atua causando vasodilatação e ini-
 bição da adesividade plaquetária. O 
 tromboxano A2, predominante nas 
 plaquetas, causa efeitos contrários 
 como vasoconstrição e agregação 
plaquetária. 
 Os leucotrienos aumentam a per-
 meabilidade vascular e atraem os 
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8 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 leucócitos para o sítio da lesão. A 
 histamina e a bradicinina aumentam 
 a permeabilidade capilar e ativam os 
receptores nocigênicos. 
 Há duas formas da enzima cicloxige-
 nase, denominadas COX-1 e COX-2. 
 A COX-1, dita como constitutiva, é 
 produzida em resposta a um estímu-
lo inamatório e constitutivamente na 
 maioria dos tecidos, onde estimula 
 a produção de prostaglandinas que 
 exercem função homeostática (por 
 exemplo, equilíbrio hidroeletrolítico 
 nos rins e citoproteção no trato gas-
 trintestinal). A COX-2, em contraste, 
 é induzida por estímulos inamató-
rios, mas está ausente da maioria dos 
 tecidos normais. Portanto, os inibido-
 res da COX-2 foram desenvolvidos 
 com a expectativa de que eles ini-
 bissem a inamação prejudicial mas 
 não bloqueassem os efeitos proteto-
 res das prostaglandinas produzidas 
constitutivamente. 
 Entretanto, essas distinções entre os 
 papéis das duas cicloxigenases não 
 são absolutas. Além disso, os inibi-
 dores da COX-2 podem aumentar o 
 risco para doença cerebrovascular e 
 cardiovascular, provavelmente por-
 que prejudicam a produção, pela cé-
 lula endotelial, da prostaciclina PGI2, 
um inibidor de agregação plaquetária, 
 mas conserva intacta a produção pe-
 las plaquetas, mediada pela COX-1 
de TXA2, um mediador de agregação 
 das plaquetas. Os glicocorticoides, 
 que são agentes anti-inamatórios 
 potentes, atuam em parte inibindo a 
 atividade da fosfolipase A2, inibindo, 
 assim, a liberação de AA dos lipídios 
de membrana.
 Recentemente foi descoberta uma 
 variante do gene da COX-1, des-
 crito como COX-3. Essa parece ser 
 expressa em altos níveis no sistema 
 nervoso central e pode ser encon-
 trada também no coração e na aorta. 
 Essa enzima é seletivamente inibida 
 por drogas analgésicas e antipiréti-
cas, como paracetamol e dipirona, e é 
potencialmente inibida por alguns AI-
NEs. Essa inibição pode representar 
 um mecanismo primário central pelo 
 qual essas drogas diminuem a dor e 
 possivelmente a febre. A relevância 
dessa isoforma ainda não está clara. 
 A aspirina e os demais AINEs inibem 
a síntese de PG mediante a inativação 
 da COX. A aspirina acetila as isoenzi-
mas (COX-1 e COX-2) covalentemen-
te, inativando-as de forma irreversível 
 e não seletiva. A maioria dos AINEs 
age de forma reversível e não seletiva 
 sobre as mesmas enzimas. Convém 
 salientar que tanto a aspirina quanto 
 os outros AINEs não bloqueiam a via 
 da lipoxigenase, não inibindo, desta 
 forma, a produção de leucotrienos. 
 Portanto, os AINEs reduzem, mas 
 não eliminam completamente os si-
nais e sintomas inamatórios.
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9 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
5. FARMACODINÂMICA E 
EFEITOS COLATERAIS
Gastrointestinais
 A principal limitação no uso dos AI-
 NES são os seus efeitos gastrointes-
tinais que estão entre os mais graves. 
 Os efeitos colaterais podem variar 
 desde leve dispepsia até hemorragia 
 maciça causada por úlcera gástrica 
 perfurada, como resultado de inibição 
 da produção de prostaciclina. Vale 
 notar que os efeitos colaterais gas-
 trintestinais não se resumem apenas 
 ao estômago. As prostaciclinas têm 
 vários efeitos gástricos protetores; 
 elas reduzem a quantidade de ácido 
 estomacal produzido e mantêm uma 
 camada de mucosa protetora, au-
 mentando a produção de mucosa e 
 melhorando o uxo sanguíneo local. 
 A irritação gástrica também pode ser 
 causada por irritação direta dos pró-
 prios medicamentos. Embora os ini-
 bidores de COX-2 sejam mais espe-
 cícos para a enzima COX-2, alguns 
 ainda retêm certa inibição de COX-1, 
 causando risco de sangramento gas-
trintestinal, embora menos que AINEs 
 não-especícos.
 SE LIGA! A infecção por H. pylori e o 
 uso de AINEs são as principais causas 
 subjacentes da doença ulcerosa péptica 
(DUP).
Renais
 Sob condições siológicas normais, a 
 prostaciclina e o óxido nítrico levam 
 ao relaxamento do músculo liso no 
 endotélio vascular e, portanto, à va-
sodilatação. As prostaciclinas desem-
penham papel essencial na regulação 
 do tônus arterial aferente e eferente 
 no glomérulo, conhecido por desem-
 penhar um papel vital na preservação 
 da função renal em estados hipovo-
 lêmicos. A inibição de produção de 
 prostaciclinas pode levar a uma taxa 
 menor de ltração glomerular, reten-
 ção de sal e água, e lesão renal agu-
 da. Esses mecanismos são particular-
 mente importantes em pacientes com 
 hipovolemia e insuciência cardíaca 
 crônica que sejam sensíveis a mu-
 danças na pressão de perfusão renal.
Respiratórios
 Até 10% dos pacientes com asma 
têm doença exacerbada pelos AINEs. 
 Um mecanismo de ação proposto 
 é que a inibição do metabolismo do 
 ácido araquidônico pela COX leve ao 
 aumento na produção de leucotrie-
nos. Os leucotrienos têm ações bron-
coconstritoras diretas.
Cardiovasculares
 Inibidoresespecícos de COX-2 ou 
 ‘coxibes’ foram introduzidos no mer-
 cado para evitar os efeitos colate-
 rais comuns e graves sobre o trato 
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10 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
gastrintestinal alto pela inibição da 
 COX-1 por AINEs não-especícos. 
 Contudo, as preocupações acerca de 
 sua segurança cardiovascular limita-
ram seu uso disseminado. Há um au-
 mento dependente da dose no risco 
 de eventos trombóticos, tanto cardí-
acos quanto cerebrais. O rofecoxibe e 
o valdecoxibe foram retirados do mer-
 cado devido ao aumento do número 
de eventos cardiovasculares associa-
 dos especicamente a essas 2 dro-
 gas. O risco é mais alto em pacientes 
 com doença cardiovascular pré-exis-
 tente, e, portanto, o uso de inibido-
 res de COX-2 é contraindicado para 
 pacientes com insuciência cardíaca, 
 doença cardíaca isquêmica, e doença 
vascular periférica e cerebrovascular.
Hematológicos
 Em plaquetas, a COX metaboliza o 
 ácido araquidônico em tromboxano 
 A2, o que leva à maior adesividade 
 de plaquetas e vasoconstrição. Em 
 contraste, no músculo liso vascular, 
 forma-se a prostaciclina, que cau-
 sa vasodilatação e reduz agregação 
 de plaquetas. A hemostasia resul-
 ta do equilíbrio delicado entre esses 
 sistemas. Assim, os AINEs levam 
 à redução da função e adesividade 
 das plaquetas, e a um maior tempo 
 de sangramento. A aspirina merece 
 menção especial, pois inibe irreversi-
 velmente a COX de plaquetas. Como 
 resultado, as plaquetas se tornam 
 inecientes durante todo o seu ciclo 
de vida de 10 dias.
Cicatrização óssea
 Há um risco teórico de que os AINEs, 
 em particular os inibidores de COX-2, 
 causem redução da taxa de cicatri-
 zação óssea e aumento da incidên-
 cia de não-consolidação de fraturas. 
 Após uma fratura, há maior produção 
 de prostaglandinas como parte da 
 resposta inamatória, o que aumen-
 ta o uxo sanguíneo local. Acredita-
 -se que o bloqueio desse mecanismo 
 seja prejudicial à cicatrização dos os-
 sos; contudo, atualmente, não há pro-
 vas cientícas de alta qualidade para 
conrmar isso.
 SE LIGA! Os AINEs fornecem analge-
 sia excelente para pacientes pós-parto 
 cesáreo, e podem ser convenientemen-
 te administrados na forma de supositó-
 rio retal. Contudo, são contraindicados 
 durante o período pré-natal nas mães, 
 pois há o risco de fechamento prema-
 turo do canal arterial e oligo-hidrâmnio. 
 Os efeitos adversos maternos relatados 
 incluem anemia, sangramento anormal, 
 insuciência renal e prolongamento da 
 gestação e do parto. Este estado de 
 constrição é revertido com a interrup-
ção do uso, mas ainda assim pode haver 
 problemas para o feto. Portanto, é im-
 portante se alertar em relação ao perigo 
 da prescrição de anti-inamatórios para 
gestantes.
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11 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
6. POPULAÇÕES 
ESPECIAIS
 Os AINEs, na prática perioperatória, 
 podem ser prescritos como medica-
 ção pré-anestésica, administrados 
 intraoperatoriamente, e continua-
 dos no pós-operatorio como parte 
 de um regime analgésico multimo-
 dal. A prescrição de AINEs deve ser 
 na dose efetiva mais baixa possível 
 e pelo mais curto período de tempo, 
 para evitar quaisquer potenciais efei-
tos colaterais. Eles são seguros para a 
 maioria dos pacientes no período pe-
 rioperatório; contudo, há certas con-
dições que exigem menção especial.
 Em cirurgias com alto risco de san-
 gramento, como cirurgia vascular, ou 
 quando o sangramento puder resul-
 tar em desfecho catastróco, como 
!
Alteração no uxo 
sanguíneo renal, na 
reabsorção de sódio 
e água e na liberação 
de renina
 Infarto do miocárdio
Acidente vascular 
cerebral
EFEITOS 
CARDIOVASCULARES
 EFEITOS RENAIS
EFEITOS
GÁSTRICOS
 GRÁVIDAS FETOS
Inibidores seletivos 
da COX-2
Lesão gástrica
Hemorragia 
Ulceração
Sangramento
Maior tempo de 
 trabalho de parto
Fechamento prematuro 
 do canal arteriaL
5 PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS AINES
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12 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 neurocirurgia e cirurgia oftálmica, a 
 decisão de se prescrever AINEs deve 
 ser feita caso a caso e em conjunto 
com os conselhos da equipe cirúrgica.
 Pacientes que estejam sofrendo de 
 doença grave, como septicemia ou 
 pancreatite grave, dependem mais 
 da vasodilatação arteriolar renal das 
 prostaglandinas para manter a per-
 fusão renal. Se este mecanismo for 
 removido pelo uso de um AINE, isso 
pode levar a um maior risco de insu-
ciência renal aguda.
 Embora os AINEs possam afetar a 
 função das plaquetas por até 7 dias, 
 e a aspirina por todo o ciclo de vida 
 da plaqueta, não há aumento do ris-
 co de hematoma epidural e, portanto, 
 não há contraindicações a pacientes 
 que receberão anestesia regional ou 
bloqueio do neuroeixo.
 Como discutido anteriormente, devi-
 do ao efeito nas arteríolas renais, os 
 AINEs devem ser prescritos com cui-
 dado a pacientes que tomam medi-
 camentos IECAs, devido ao risco de 
lesão renal aguda.
 7. CLASSES
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS 
NÃO ESTEROIDES (AINES)
INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX-2
Derivado do ácido acetilsalicílico
Derivados do para-aminofenol
Derivado do ácido indolacético
Derivados do ácido propiônico
Derivados do heteroaril acético
Derivados do ácido enólico
Derivados do ácido antranílico
Derivados da Pirazolona
INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2
Derivado do furaronas diaril
Derivado da sulfonanilida
8. INIBIDORES NÃO 
SELETIVOS DA COX-2
Derivado do ácido acetilsalicílico:
 • Medicamentos: Ácido Acetilsalicí-
 lico (Aspirina), Salicilato de Sódio, 
Salicilato de Metila, Diunisal, Flun-
fenisal, Sulfassalazina, Olsalazina.
 O AAS (aspirina) e a mesalazina 
 são os principais representantes 
 deste grupo. O AAS que é um dos 
 mais conhecidos e foi um dos pri-
 meiros a ser sintetizado, apesar 
 de ser considerado um anti-ina-
 matório, atualmente é pouco uti-
 lizado com essa nalidade, já que 
 vem sendo muito prescrito para 
situações cardiovasculares. Isso se 
 deve à sua capacidade de inibir de 
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13 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
forma irreversível a COX-1 plaque-
tária, inibindo sua agregação. 
 Já a mesalazina, também conheci-
 da como ácido5-aminossalicílico, é 
 um fármaco anti-inamatório usa-
do no tratamento de doenças ina-
matórias intestinais leve a modera-
da. Trata-se de um aminossalicilato 
que não causam hemorragias gás-
 tricas nem são absorvidos para o 
sangue, pois têm ação tópica. Atua 
 inibindo COX-1 e COX-2 e, tam-
 bém, a produção de citocinas ao 
bloquear o NF-KB.
 • Absorção: ocorre no estômago 
 (em pequena quantidade), mas 
 principalmente no intestino delga-
 do. O pico de concentração plas-
 mática é atingido em aproximada-
mente 2 horas.
 • Distribuição: Os salicilatos podem 
 ser encontradoslivres na circula-
 ção ou ligados às proteínas plas-
 máticas, principalmente albumina. 
 A ligação do salicilato à albumina 
 é dose-dependente, portanto, a 
 meia-vida da droga aumenta com 
a dose. A ligação pode sofrer com-
 petição com outras substâncias, 
como a penicilina, bilirrubina, ácido 
 úrico, metotrexato, tiopental, sul-
 fonamidas, varfarina e outras. A 
fração livre do salicilato se distribui 
 rapidamente, atravessando a bar-
 reira placentária e podendo pene-
trar no líquido cerebrospinal.
 • Metabolização e excreção: Ocor-
re em diversos tecidos, mas princi-
 palmente no fígado; quanto a ex-
creção, a principal via é renal.
 • Indicações Clínicas: O ASS é uti-
 lizado principalmente como antia-
gregante plaquetário no tratamen-
 to ou na prolaxia do infarto agudo 
 do miocárdio e de outros eventos 
 tromboembólicos. A mesalazina, 
 sob a forma de comprimidos de 
 libertação prolongada, está indi-
 cada como anti-inamatório para 
 redução da inamação das muco-
 sas gastrointestinais na retocolite 
 ulcerativa (RCU) leve a moderada, 
tanto na indução quanto na manu-
 tenção da remissão, e da doença 
 de Crohn (DC) leve a moderada. É 
 utilizada também na prevenção e 
redução de recidivas dessas doen-
 ças. Os salicilatos, em geral, tam-
 bém são utilizados no tratamento 
 de gota, febre reumatoide, osteo-
 artrite e artrite reumatóde, além 
 de condições que necessitem de 
 analgesia, como cefaleia, artralgia 
e mialgia.
 • Toxicidade: A toxicidade desses 
 fármacos ocorre principalmente 
 sobre o aparelho gastrointesti-
 nal, rins (nefrotoxicidade), fígado, 
 medula óssea, sangue, equilíbrio 
 ácido-básico e sistema imunoló-
 gico. Pode aumentar a incidên-
 cia da síndrome de Reye, que é 
 uma condição rara que ocorre em 
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14 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 crianças, caracterizada por ence-
 falopatia hepática após doença 
 viral aguda, com alta mortalidade 
 O AAS compartilha os mesmos 
 efeitos adversos descritos para os 
 outros antiinamatórios, sendo os 
 gastrointestinais os mais proemi-
 nentes, orientar a administração 
 acompanhando as refeições para 
diminuir a dispepsia.
SAIBA MAIS! 
 Síndrome de Reye é uma forma rara de encefalopatia aguda e inltração gordurosa no fíga-
 do que tende a ocorrer após algumas infecções virais agudas, particularmente quando são 
usados os salicilatos. Vários erros inatos do metabolismo predispõem à síndrome de Reye ou 
 são responsáveis por alguns casos da síndrome de Reye. Isso inclui a deciência de acil-co-
 enzima A desidrogenase de cadeia média e outros distúrbios da oxidação de ácidos graxos 
 e distúrbios do ciclo da uréia. O diagnóstico é clínico. as taxas da síndrome de Reye caíram 
 drasticamente após a identicação do uso de salicilato como fator de risco e recomendações 
contra o uso de aspirina em crianças febris, especialmente nos casos de varicela ou inuenza 
 O tratamento é de suporte.
 • Interações medicamentosas: 
 pode aumentar potencialmente o 
 efeito da varfarina, fenitoína e ácido 
 valproico, além disso antagoniza o 
 efeito de alguns anti-hipertensivos.
Derivados do para-aminofenol:
 • Medicamento: Paracetamol 
(Acetaminofeno).
 Esses medicamentos, representa-
 dos principalmente pelo paraceta-
mol, não tem grande poder anti-in-
 amatório, tendo atuação principal 
na dor leve a moderada e, com me-
nor potência, na febre. 
SE LIGA! Paracetamol é 
anti-inamatório?
 Os medicamentos derivados do para-a-
minofenol são considerados analgésicos 
 não opioides. Contudo, por esse medi-
 camento possuir uma leve ação anti-in-
 amatória, na qual ainda não é explica-
da, e por ser avaliado pela população em 
geral como um anti-inamatório, está in-
cluído nesse material.
 • Absorção e metabolização: ab-
 sorvido no trato gastrintestinal, 
 tem pico de concentração plas-
 mática em 30-60 minutos, porém 
meia-vida de cerca de 2 horas. So-
 fre metabolização hepática, o que 
 pode produzir intermediários alta-
 mente reativos para os hepatóci-
 tos. É bastante seguro em doses 
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15 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 terapêuticas, mas sob determi-
 nadas condições pode ser muito 
 hepatotóxico. A excreção desses 
fármacos é feita pincipalmente por 
via renal.
 • Indicações Clínicas: Tem o efeito 
 de inibir a síntese das prostaglan-
dinas no SNC, resultando em suas 
 ações antipiréticas e analgésicas. 
Tem pouco efeito sobre as COX em 
 tecido periférico, o que contribui 
 para pouca atividade anti-inama-
 tória. É a droga antipirética/anal-
 gésica em crianças com infecções 
 virais ou varicela (por não estar 
 relacionado à Sindrome de Reye, 
como o AAS). Tem efeito muito fra-
 co sobre as plaquetas, sendo uma 
opção em pacientes com alteração 
de coagulação.
 • Toxicidade: As doses terapêuti-
 cas desse grupo causam poucos 
 efeitos colaterais; podem ocorrer 
 algumas reações de hipersensi-
 bilidade, que geralmente são de 
 natureza eritematosa ou urticari-
 forme, pode ocorrer o surgimento 
de leucopenia e pancitopenia tran-
sitórias com o uso de paracetamol. 
 Porém, quando há intoxicação os 
 efeitos são mais severos, como le-
 são hepática; esses casos podem 
 evoluir até insuciência hepática 
 fulminante, principalmente em pa-
cientes sob maior risco (hepatopa-
 tas, portadores de hepatites virais 
ou com história de alcoolismo).
 As doses diárias tóxicas do parace-
 tamol são 150 mg/kg nas crianças 
 e 7,5g em adultos. Em pacientes 
 previamente hígidos, os sintomas 
 da intoxicação só costumam apa-
 recer em doses superiores à 250 
mg/kg em crianças e 12g em adul-
 tos, no período de 24 a 48 horas. 
 Pacientes com disfunção hepática 
 prévia ou uso crônico de álcool ou 
drogas (que também induzem o ci-
 tocromo P450) podem sofrer toxi-
cidade com doses menores.
SAIBA MAIS! 
A toxicidade começa com náuseas, vômitos, diarreia e, às vezes, choque, seguida em alguns 
dias pelo aparecimento de icterícia. A superdosagem com acetaminofeno pode ser tratada na 
 fase inicial através da administração de N-acetilcisteína, que restaura a glutationa reduzida 
(GSH). Com superdoses graves, ocorre insuciência hepática, e a necrose centrolobular pode 
 se estender e envolver lóbulos inteiros. Nesses casos, os pacientes muitas vezes exigem 
 transplante de fígado para sobreviver. Alguns pacientes também apresentam evidência de 
dano renal concomitante.
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16 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 • Interações medicamentosas: An-
 tagoniza os efeitos natriuréticos e 
 anti-hipertensivos da furosemida e 
 dos diuréticos tiazídicos, além dis-
 so, reduz os efeitos anti-hiperten-
 sivos dos betabloqueadores e dos 
 inibidores da enzima conversora 
de angiotensina (IECA).
 • Efeitos adversos: Os principais 
 estão relacionados com o sistema 
 nervoso e digestório: cefaleia fron-
 tal, vertigem, tontura, confusão 
 mental, alucinações, dor epigás-
 trica, anorexia, dispepsia, náuseas 
 e vômitos, sangramento gastroin-
 testinal,úlceras pépticas, diarreia, 
 delírio e outros. Além desses efei-
 tos, pode surgir (incomum) neu-
 tropenia, trombocitopenia, anemia 
 aplásica, reação de hipersensibi-
 lidade, prurido e crises agudas de 
asma.
 • Contraindicações: Comorbidades 
 psiquiátricas, epilepsia, parkinso-
 nismo, gestantes, lactentes, pa-
 cientes com doenças renais e le-
 sões ulcerativas no estômago ou 
duodeno.
Derivados do ácido propiônico
 • Medicamentos: Ibuprofeno, Na-
 proxeno, Flurbiprofeno, Cetopro-
feno, Fenoprofeno, Oxaprozino, In-
doprofeno, Ácido Tiaprofênico.
 • Contraindicações: Pacientes com 
 hipersensibilidade e alguns pa-
 cientes com insuciência renal ou 
hepática.
Derivados do ácido indolacético
 • Medicamentos: Indometacina, 
Sulindaco, Etodolaco
 O principal fármaco representante 
 desse grupo é a indometacina. Ge-
 ralmente não são utilizados como 
 antipiréticos e, apesar de sua po-
 tência anti-inamatória, a toxicida-
de limita o uso.
 • Absorção, metabolismo e excre-
 ção: Sofre rápida absorção gas-
 trointestinal após administração 
oral e alcança o pico de concentra-
 ção plasmática em cerca de 2 ho-
 ras. Possui grande anidade com 
 as proteínas plasmáticas, a meta-
 bolização é hepática e a excreção 
 pode ser através das fezes, urina 
ou bile.
 • Indicações Clínicas: A indometa-
 cina é um dos fármacos mais po-
 tentes na inibição das ciclo-oxige-
 nases. Utilizada mais comumente 
 na artrite reumatoide, espondilite 
 anquilosante, crise aguda de gota, 
 osteoartrite de quadril e fecha-
 mento do ducto arterial patente 
 em neonatos. Devido aos graves 
 efeitos colaterais, a indometacina 
 não é recomendada como analgé-
sico ou antitérmico.
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17 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 Nesse grupo, os fármacos mais 
 utilizados são: ibuprofeno, napro-
xeno, oxaprozina e cetoprofeno.
 • Absorção, metabolização e ex-
 creção: A absorção é por via oral, 
 sendo reduzida se houver ingesta 
 de alimentos concomitante. Têm 
 anidade pelas proteínas plasmá-
 ticas, sendo metabolizado no fíga-
do e excretados principalmente via 
urina.
 • Indicações Clínicas: Podem ser 
 utilizados para o tratamento da 
 AR, osteoartrite, espondilite anqui-
 losante, artrite gotosa, sinovites, 
 tenossinovites, tendinites, proces-
 sos inamatórios odontológicos e 
 dismenorreia. Além disso são e-
cazes como analgésicos em lesões 
 traumáticas, musculoesqueléticas, 
 lombalgia, dor pós-operatória e 
como antipiréticos.
 • Efeitos adversos: os mais comuns 
são do trato GI, como dispepsia ou 
 até sangramento; efeitos no SNC, 
como cefaleia, zumbidos e tontura.
 • Contraindicação: Não recomen-
 dado em pacientes com: doen-
 ça gastrointestinal alta, história 
 de úlcera péptica, insuciência 
 renal, gestantes, lactantes e pa-
 cientes tratados com cumarínicos, 
 uma vez que aumenta o tempo de 
protrombina.
 • Toxicidade: Os principais efei-
 tos são relacionados ao trato 
 gastrointestinal, como: desconfor-
 to epigástrico, náuseas, vômitos, 
diarreia, azia, sensação de plenitu-
de, constipação etc.
Derivados do ácido heteroaril 
acético
 • Medicamentos: Tolmetino, Ceto-
rolaco, Diclofenaco.
Dentre os fármacos desse grupo, o 
principal representante é o diclofe-
naco de sódio. 
 • Absorção, metabolização e ex-
 creção: O diclofenaco é absorvido 
 rapidamente após administração 
 por via oral ou parenteral, sendo o 
 pico de concentração máxima em 
 2 a 3 horas. Tem importante ani-
dade com as proteínas plasmáticas 
 e sua meia-vida é de 1 a 2 horas, 
 sofrendo metabolização a nível 
 hepático e sendo eliminado princi-
 palmente pela urina. Possui meta-
bolismo de primeira passagem, re-
duzindo sua biodisponibilidade em 
cerca de 50%, porém tem boa dis-
 tribuição tecidual, se acumulando 
principalmente no líquido sinovial.
 • Indicações Clínicas: Por ser um 
 potente inibidor da COX, o diclo-
 fenaco é muito utilizado no trata-
 mento de doenças reumáticas in-
 amatórias e degenerativas como 
 a artrite reumatoide, osteoartirte, 
 espondiloartrite e espondilite an-
 quilosante. É usado também em 
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18 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 casos de dores da coluna vertebral, 
 dor pós-traumática e pós-opera-
 tória. O cetorolaco tem efeito anti-
 -inamatório moderado, mas é um 
 potente analgésico, disponível via 
 oral, intramuscular ou preparação 
oftálmica.
 • Efeitos adversos: Úlceras gástri-
 cas, perfuração da parede intesti-
 nal, hepatotoxicidade, irritabilida-
de, convulsões, diplopia e erupções 
cutâneas.
 • Contraindicações: Pacientes por-
 tadores de úlcera péptica, reação 
 de hipersensibilidade, hepatopata, 
criança, gestante e lactantes.
 • Interações medicamentosas: po-
 dem aumentar a concentração sé-
 rica de lítio, digoxina e metotrexato 
quando administrados juntos.
Derivados do ácido enólico
 • Medicamentos: Piroxicam, Me-
 loxicam, Tenoxicam, Sudoxicam, 
 Isoxicam, Ampiroxicam, Droxicam, 
 Lornoxicam, Cinoxicam, Ampiroxi-
cam, Pivoxicam.
 Dentre os fármacos dessa classe, 
 os principais são o piroxicam e me-
 loxicam. Este último, apesar de ser 
um fármaco antigo, revelou ter cer-
ta seletividade para a COX-2.
 • Absorção, metabolização e ex-
 creção: rapidamente absorvidos 
 por via oral, com grande anidade 
pelas proteínas plasmáticas. Apre-
 sentam meia-vida longa, o que 
 permite administração uma vez ao 
 dia. São excretados principalmen-
te através da urina e das fezes.
 • Indicações Clínicas: AR, osteo-
 artrite, atrite reumatoide juvenil, 
 espondilite anquilosante, dor pós-
 -operatória, traumatismo, lombo-
ciatalgia e distensões ligamentares.
 • Efeitos colaterais: Os principais 
são os gastrointestinais, como a úl-
cera péptica, mas podem apresen-
 tar cefaleia, mal-estar, zumbidos, 
 rash, edema, prurido, insônia, de-
 pressão, parestesias, alucinações, 
aumento de creatinina e outros.
 • Contraindicações: Não recomen-
 dado para pacientes com úlcera 
 péptica ativa, história de hiper-
 sensibilidade, gestante, lactante e 
 muita cautela quando o paciente 
 for portador de alterações da co-
 agulação. Os supositórios não de-
vem ser usados por pacientes por-
tadores de processos inamatórios 
 no reto ou ânus ou em pacientes 
 com história recente de sangra-
mento anal ou retal.
Derivados do ácido antranílico
 • Medicamentos: Ácido Mefenâmi-
 co, Ácido Meclofenâmico, Ácido 
 Flufenâmico, Ácido Tolfenâmico, 
Ácido Etofenâmico.
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19 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 Dentro dessa classe, os medica-
 mentos mais utilizados são os áci-
 dos mefenâmico, meclofenama-
 to, ufenâmico, essas drogas não 
 apresentam vantagens em relação 
aos outros anti-inamatórios.
 • Absorção, metabolização e ex-
 creção: absorção via oral, atingin-
 do o pico plasmático em cerca de 
 30 minutos a 2 horas; a excreção 
desses fármacos é por meio da uri-
 na e uma pequena porcentagem é 
eliminada nas fezes.
 • Indicações Clínicas: Possuem 
 propriedades analgésicas, anti-in-
 amatórias e antipiréticas. Podem 
 ser usados paradores de peque-
 na a moderada intensidade, e o 
 tratamento não deve exceder 1 
semana.
 • Contraindicações: Não recomen-
 dado para pacientes com inama-
ção ou ulceração gastrointestinal e 
 naqueles com comprometimento 
 da função renal. Além disso, pa-
cientes asmáticos devem usar com 
 cautela, pois esses medicamentos 
 podem exacerbar essa condição, 
 pacientes gestantes e menores 
 de 14 anos não devem fazem uso 
dessa classe.
 • Toxicidade: Os efeitos colaterais 
mais comuns são os sintomas gas-
trointestinais, como náuseas, vômi-
 tos, dispepsia, cefaleia, vertigem, 
 mal-estar, diarreia, esteatorreia, 
dor abdominal e constipação. San-
 gramento gastrointestinal, anemia 
 hemolítica, agranulocitose, púrpu-
 ra trombocitopênica e anemia me-
galoblástica são raros.
Derivados da Pirazolona
 • Medicamentos: Dipirona, Fenilbu-
tazona, Apazona, Sulmpirazona.
 Metamizol ou, comercialmente, di-
 pirona, é seu maior representante 
 e é utilizado principalmente como 
 analgésico e antipirético. Embora 
 ainda esteja disponível em balcão 
de um modo geral em todo o mun-
 do, em alguns países (nos Estados 
 Unidos e na maioria dos países da 
 União Europeia), sua venda é proi-
bida, pelo risco de agranulocitose.
 • Absorção, metabolização e ex-
 creção: Absorção depende do 
 método de administração, mas 
 quando administrado oral tem ab-
sorção no trato gastrointestinal. 
 Sua meia-vida plasmática é de 4 
em 4 horas e a dose máxima diária 
é 4 gramas. Metabolização hepáti-
ca e excreção renal.
 • Indicação clínica: É indicado usu-
 almente como analgésico e antipi-
 rético. A dipirona tem como ação 
 primária antipirética e secundária 
analgésica.
 • Contraindicação: Hipersensibili-
 dade prévia, como agranulocitose 
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20 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 ou analaxia, ao metamizol, por-
 ria aguda, hematopoiese prejudi-
 cada, como devido ao tratamento 
 com agentes quimioterápicos, ter-
 ceiro trimestre de gravidez, lacta-
 ção, crianças com massa corporal 
abaixo de 16 kg e história de asma 
induzida por aspirina 
 • Interações medicamentosas: 
 Anticoagulantes orais (anadores 
 sanguíneos), carbonato de lítio, 
 captopril, triantereno e anti-hiper-
 tensivos podem também interagir 
 com metamizol, como outras pira-
 zolonas por interagir adversamen-
te com tais substâncias.
9. INIBIDORES SELETIVOS 
 DA COX-2 
Derivado do Furanonas daril
 • Medicamentos: Rofecoxib, Cele- 
coxib.
 O principal fármaco desse grupo é 
 o celecoxib, inibidor altamente se-
 letivo pela COX-2 (de forma rever-
 sível), o que facilita o manejo das 
inamações crônicas, além da redu-
ção na toxicidade gastroduodenal.
 • Absorção, metabolização e ex-
 creção: Bem absorvido por via 
 oral, com concentração máxima 
 em torno de 3 horas. Metaboliza-
 do no fígado através do citocromo 
 P450, com excreção nas fezes e 
 urina. Tem meia-vida de 11 horas, 
 sendo normalmente administrado 
 uma vez ao dia, mas pode ser ad-
ministrado duas vezes ao dia.
 • Indicação clínica: AR, osteoartrite, 
 atrite reumatoide juvenil, espon-
 dilite anquilosante, dismenorreia 
 e outros processos inamatórios 
 articulares.
 • Efeitos adversos: cefaleia, dis-
 pepsia, diarreia e dor abdominal. 
 Alguns estudos demonstraram 
 que o uso de celecoxib pode es-
 tar relacionado com o desenvolvi-
 mento de eventos cardiovascula-
res trombóticos, como IAM, angina 
instável, trombos cardíacos, AVC e 
 ataque isquêmico transitório (AIT) 
e lesão renal.
 • Contraindicação: deve ser evi-
 tado em pacientes com doença 
 hepática, cardíaca ou renal grave, 
 hipovolemia e pacientes alérgicos 
 a sulfonamidas. Interações medi-
 camentosas, pode elevar os níveis 
 do propranolol, alguns antidepres-
 sivos (amitriptilina) e neurolépti-
 cos (risperidona), alguns fármacos 
 como uconazol e uvastatina po-
 dem aumentar os níveis plasmáti-
cos de celecoxibe.
Derivado da sulfonanilida
 • Medicamento: Nimesulida.
 A nimesulida é um inibidor sele-
tivo da COX-2 e apresenta ações 
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21 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
 analgésicas, antiinamatórias e 
 antipiréticas. Além da inibição se-
 letiva da COX-2, neutraliza a for-
 mação de radicais livres de oxigê-
 nio produzidos durante o processo 
inamatório. 
 • Absorção, metabolização e ex-
 creção: A nimesulida sofre rápida 
 absorção gastrointestinal, alcan-
çando o pico de concentração plas-
 mática dentro de I a 2 horas. Sofre 
metabolização hepática, circulação 
 êntero-hepática, e é eliminada pe-
las fezes (73%) e pela urina (24%).
 • Indicação clínica: Indicado no tra-
 tamento de estados febris, pro-
 cessos inamatórios relacionados 
 com a liberação de prostaglandi-
 nas, notadamente osteoarticula-
res e musculoesqueléticas, e como 
 analgésico em cefaleias, mialgias, 
e no alívio da dor pós-operatória.
 • Efeitos adversos: Em virtude da 
atividade seletiva sobre a COX-
 2, apresenta menor incidência de 
 efeitos colaterais gastrointestinais. 
 Mas pode causar dor de cabeça, 
 sonolência, tontura, urticária, co-
 ceira, icterícia, perda de apetite, 
 dor de estômago, enjoo, vômito, 
 diarreia, diminuição do volume uri-
 nário, urina escura, diminuição da 
temperatura do corpo e asma.
 • Contraindicação: Não deve ser 
 usado por pacientes portadores 
 de hemorragias gastrointestinais, 
 úlcera duodenal ou gástrica, pato-
 logias hepáticas e com insuciên-
cia renal.
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22 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
AINES
CELECOXIB
INIBIDORES 
SELETIVOS DA COX-2
PIROXICAM
INIBIDORES NÃO 
SELETIVOS DA COX-2
NIMESULIDA
Bom para inamações 
crônicas
Potente 
antipiréticos
 ÁC. MEFENÂMICO
DIPIRONA
ASS
PARACETAMOL
INDOMETACINA
IBUPROFENO
DICLOFENACO 
DE SÓDIO
Meia-vida longa
Muito usado em doenças reumáticas
Inferior a outros AINES
O tratamento não deve exceder 1 semana
Analgésico e antipirético
Venda proibida em alguns países 
Antiagregante plaquetário
Analgésico não opioide
Pequeno poder anti-inamatório
Trocar potência anti-inamatória
Alta toxicidade (sist. Nernovo)
Analgésicos em lesões traumáticas
Potente analgésico
Anti-inamatório moderado
CLASSES DE AINES
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23 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES)
Reações alérgicas aos AINEs
 As reações de hipersensibilidade ou 
 alérgicas ao AINE podem ser clas-
 sicadas em relação ao mecanismo 
 envolvido, sendo imunológicas (por 
 anticorpos ou células T), ou não imu-
 nológicas, via inibição da ciclo-oxige-
 nase (COX). Nessa classicação, as 
 reações são divididas em imediatas 
(< 24 horas) ou tardias (> 24 horas).
 Dentre as manifestações imediatas, 
 estão: doença respiratória exacerba-
 da pelo AINE (DREA), urticária e an-
 gioedema exacerbados, urticária e 
 angioedema induzidos e urticária, an-
 gioedema ou anaaxia em menos de 
 1 hora após a administração do AINE. 
 Na DREA e nas urticárias exacerba-
 das ouinduzidas pelo AINE, o meca-
nismo mais provável envolvido seria a 
 inibição da COX-1; diferente da ana-
 laxia, que se presume a participação 
do anticorpo IgE.
 Os sintomas também podem ocorrer 
 após a ingestão de um único AINE 
 especíco (ou mais de um, mas per-
 tencendo ao mesmo grupo químico), 
 sendo uma reação seletiva, com to-
 lerância aos demais fármacos e con-
 siderada imunologicamente mediada 
(IgE mediada).
 As reações tardias apresentam os 
sintomas, em geral, após 24 horas da 
 ingestão do fármaco, e as manifesta-
 ções clínicas mais comuns são: erup-
 ções xas à droga, maculopapulares, 
 fotossensibilidade, urticária tardia, 
 dermatite de contato, além de rea-
 ções graves como pustulose exante-
mática generalizada aguda, síndrome 
 de Stevens-Johnson, necrólise epi-
 dérmica tóxica e reação à droga com 
 eosinolia com sintomas sistêmicos, 
 mas estes tipos de reação não serão 
abordados neste trabalho.
 SE LIGA! É importante salientar que 
 além da enzima COX-1, que é constitu-
 tiva, há a COX-2, que apresenta a mes-
ma estrutura proteica primária e catalisa 
 essencialmente a mesma reação, mas 
 é induzida nos processos inamató-
 rios, sendo encontrada em células como 
 macrófagos, monócitos, e também em 
 órgãos como rins, cérebro, ovário, úte-
 ro e endotélio vascular. Alguns AINEs 
 são considerados inibidores fracos da 
 COX-1 (como o paracetamol, nimesuli-
 da e meloxicam), sendo tolerados pela 
 maioria dos indivíduos não seletivos. A 
 inibição seletiva da COX-2 diminui os 
efeitos colaterais induzidos pela inibição 
 da COX-1 como epigastralgia e aumen-
to da liberação de leucotrienos, podendo 
 ser uma opção para os pacientes com 
reações a múltiplos AINEs.
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