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TRABALHO DE TOXICOLOGI1 (1) (1)

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TRABALHO DE TOXICOLOGIA 
 
 Sângela Cruz de Lima 9° período
 BACABAL – MA 
 2021
 
 DOPING ESPORTIVO 
HISTÓRIA DO DOPING NOS ESPORTES
Há mais de 4 mil anos já era comum para os chineses o chá da planta “machuang” que tinha efeito estimulante. Seu uso aumentava a produtividade no trabalho, a disposição dos guerreiros no combate e também a performance dos esportistas.
Assim, a história do doping é mais antiga que a própria história dos jogos olímpicos. Os gregos usavam cogumelos alucinógenos para aumentar a sua performance desportiva. Da mesma forma, os romanos empregavam desde cafeína até o ópio. O primeiro caso de doping relatado aconteceu em 1886, quando um ciclista inglês morreu de overdose numa corrida em Paris.
Os Jogos de Atenas, em 1896, marcaram o aparecimento das “bolinhas”, esferas contendo diversas substâncias estimulantes como cocaína, efedrina e estricnina. Daí o termo “usar bola” como sinônimo de dopar-se. Nas olimpíadas de Berlin, os nazistas estimulavam a vitória a qualquer preço, usando todos os meios para alcançá-la e muitos atletas tiveram suspeita de doping. Na Segunda Guerra Mundial as substâncias eram usadas para aumentar a resistência de soldados e os anabolizantes eram dados aos prisioneiros desnutridos. Em seguida, houve um aumento significativo do doping em esportes de alto rendimento. No entanto, foi apenas após a morte de dois atletas em 1960 e de 1964 por doping que o COI passou a controlar o uso desse tipo de substâncias no esporte. A partir de 1968, nas Olimpíadas do México, o exame antidoping passou a ser obrigatório. Numa perspectiva histórica fica demonstrado que as injunções socioeconômicas levam os atletas a exceder seus próprios limites. No afã da superação, não medem esforços, empregando todos os meios disponíveis. Muitos desses artifícios representam grave risco ao atleta, seus companheiros de equipe, ou adversários. Esse comportamento é diretamente incentivado por dirigentes inescrupulosos, empresários gananciosos, treinadores irresponsáveis, médicos do esporte venais e "amigos" e familiares nem sempre fiéis. Além disso, foi institucionalizado durante a guerra-fria, em especial nos países de regime autocrático (ex-URSS, ex-RDA). A grande incidência de casos de doping em atletas da China continental lança suspeitas de que essa ainda é uma prática corrente naquela sociedade. 
Na virada do século XX o esporte já assume relevância similar à da época greco-romana. O esforço de guerra favorece a disseminação do abuso de drogas em diversos países2. Mas já nos anos 20, tecido de testículos de macaco era enxertado em atletas, em consequência da "organoterapia" que precedeu o advento da endocrinologia moderna3. O auge desses ensaios folclóricos baseados no conhecimento limitado de como os hormônios são absorvidos e agem no organismo foi o consumo difundido de urina de mulheres grávidas como fonte de anabolizantes, no final da década de 80. Na década de 40, o uso de testosterona era corrente e, em 1953, foi produzido o primeiro esteroide sintético que apresentou potência cinco vezes maior do que a testosterona. Com a queda dos regimes comunistas e liberação dos seus arquivos, fica evidente a experimentação, com anabolizantes, para a dopagem oficial de atletas, resultando em vários óbitos registrados. 
Outra via de dopagem decorreu do uso por atletas de estimulantes e drogas contra a fadiga, desenvolvidos para o Exército soviético. Essas drogas "vazaram" para o meio desportivo, como foi o caso do bromantano nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Uma substância desconhecida caracterizada em nove atletas do ex-bloco comunista necessitou de uma articulação internacional no melhor estilo da espionagem da época da guerra-fria para chegar à identificação da droga e, principalmente, aos objetivos de seu uso. Pois, obviamente, tratava-se de droga não descrita nos compêndios médicos e farmacêuticos! Da mesma forma, durante vários meses em 1997, uma nova droga aparece na urina de vários atletas, depois identificada como o carfedon, de propriedades psicoestimulantes e antiestresse. 
O abuso exagerado de estimulantes na década de 60, com a disponibilidade das anfetaminas sintéticas, sintetizadas durante a Segunda Grande Guerra, levou ao estabelecimento, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), do controle de dopagem em 1967. Essa prática desenvolveu-se aceleradamente na década de 70. Nas Olimpíadas de Montreal, em 1976, o abuso de anabolizantes ainda não era adequadamente controlado devido à falta de metodologia analítica para detectá-los. Novas técnicas de análise como a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas foram desenvolvidas e demonstraram seu potencial para diagnosticar esse abuso5. Muito deve ser creditado ao Dr. Manfred Donike, da Escola de Educação Física de Colônia, na Alemanha. Durante anos ele liderou uma cruzada para a caracterização química do abuso de drogas no esporte, lançando as bases científicas e organizacionais para a rede moderna de laboratórios credenciados pelo COI (25 laboratórios em 25 países).
O controle oficial pelo COI começou nos Jogos Olímpicos de Inverno de Grenoble, França, em 1968, mas apenas alguns estimulantes e narcóticos podiam ser testados devido às limitações na metodologia analítica4. Em 1976 (Olimpíadas de Montreal), 15% das amostras controladas foram testadas para anabolizantes; 50% nas Olimpíadas de Moscou, em 1980, e todas nas de Los Angeles, em 1984, quando técnica, tecnologia, instrumentação e pessoal especializado foram reunidos pela primeira vez num esforço articulado para implementar o exame de anabolizantes como rotina6. Na virada do século XXI, o controle de dopagem no esporte assume sofisticação ímpar e engloba, também, drogas sociais. São banidos em várias modalidades desportivas a cocaína e alucinógenos derivados de anfetaminas (sempre proibidos pelo COI) e, de modo inovador, o metabólito característico do consumo de Cannabis sativa (maconha). 
A sofisticação da dopagem acompanha a evolução da farmacologia. Novas drogas com finalidade terapêutica explícita cada vez mais passam a ser prontamente usadas pelos seus efeitos terapêuticos e colaterais. Abusa-se, assim, de beta-agonistas, os conhecidos antiasmáticos (clembuterol, salbutamol, terbutalina) pelo seu efeito colateral anabolizante. Da mesma forma, são empregados insulina e seus análogos, hormônios de crescimento e gonadotrofina coriônica humana!
O transporte de oxigênio para os músculos é essencial para o seu funcionamento e, portanto, motivo de dopagem. A manipulação do sangue para aumentar a taxa de transporte de oxigênio é efetuada com drogas (EPO - eritropoetina, um hormônio peptídico que age na medula e aumenta a produção de glóbulos vermelhos) e pela adição de sucedâneos de sangue, transfusão de sangue e autotransfusão de sangue. 
O doping esportivo é a utilização, por um atleta, de substâncias não naturais ao corpo para melhorar seu desempenho de forma artificial. Atualmente, durante competições esportivas internacionais, os jornais publicam escândalos envolvendo técnicos e atletas pegos no exame antidoping. A notícia mais recente desse tipo foi no Mundial de Atletismo da Alemanha, no início de agosto, envolvendo esportistas brasileiros. 
O uso ilícito de substâncias - medicamentos e hormônios - como artifício para ganhar competições esportivas é muito antigo. Já nos Jogos Olímpicos da Grécia, cerca de três séculos antes de Cristo, havia uma regulamentação para evitar que os competidores tivessem o baço arrancado. Acreditava-se que com o esforço físico dos maratonistas, este órgão poderia endurecer e prejudicar o resultado. Ao longo dos anos, esse tipo de artimanha tem se sofisticado. Ao mesmo tempo em que as substâncias e os fármacos são aprimorados para passarem despercebidos nos exames de urina e de sangue feitos nos atletas, os próprios métodos de detecção também se sofisticam.
Assim, é difícil haver dúvidanos resultados, conforme explica Jair Rodrigues Garcia Junior, professor do curso de Educação Física da Universidade do Oeste Paulista (Uno este), ainda que algumas substâncias sejam parecidas com as produzidas pelo corpo humano. "As mulheres, por exemplo, também produzem hormônios masculinos, porém, em pequenas quantidades. Quando elas usam esteroides para aumentar a força muscular, os exames detectam a quantidade de hormônio artificial no corpo, porque a excreção na urina é diferente da natural", afirma o professor.
O que complica para determinar se um atleta usou ou não doping, é que muitos trocam a urina a ser examinada por a de outra pessoa, sem resquícios dos medicamentos ou drogas. Por isso, os comitês esportivos internacionais agora também pedem DNA da urina, quando necessário. Para o doping não deixar traços, muitos atletas deixam de usar as drogas no período de competição, mas já foram "beneficiados" por seus efeitos. "Agora alguns campeonatos começam a realizar os testes ainda no período de treinamento para evitar isso", diz o professor Jair.
Como o doping é mais comum em competições importantes, geralmente internacionais, os envolvidos são esportistas de muita experiência. "Dificilmente um atleta desse nível profissional não sabe que as substâncias são ilícitas, especialmente porque a maioria delas é injetável e é preciso a concordância dele para a aplicação. Por isso, não se pode culpar somente os treinadores", afirma. A dificuldade em combater o doping se dá também porque praticamente todas as substâncias utilizadas são de uso médico, vendidas com receitas controladas. "Um paciente com câncer, por exemplo, usa hormônios para recuperar a força muscular", explica Jair. Isso significa que por trás do doping, há sempre alguém que está descumprindo a lei e vendendo esses medicamentos sem o controle médico devido.
Já de acordo com o Comitê Olímpico Internacional, doping é definido como a presença de substancias proibidas ou metabólitos no organismo de um atleta, com a finalidade de melhorar seu desempenho esportivo. O conceito de doping pela Agência Mundial Antidoping, baseia-se nos seguintes critérios: aprimoramento do desempenho esportivo; risco para a saúde do atleta; e violação do espírito esportivo. Exemplos de aprimoramento artificial do desempenho incluem esteroides anabolizantes. Os esteroides anabolizantes androgênicos são medicamentos para melhorar o desempenho, sendo usados em atletismo competitivo, esportes recreativos e por bodybuilders. A prevalência global do abuso desses anabolizantes é de 6,4% para homens e 1,6% para mulheres. Foi visto que o uso dessas substâncias implica riscos para a saúde, especialmente para o aparelho cardiovascular.
O objetivo do presente estudo é analisar a produção cientifica acerca do doping, evidenciando as implicações negativas para a saúde do atleta e estabelecendo meios de combate a essa prática: Quais são as implicações negativas do doping na saúde do atleta. Foi evidenciado na amostra final que existe uma crescente base de evidências que o uso de esteroides anabolizantes pode ter um efeito negativo em vários fatores de risco de doença de cardiovascular, como o aumento da massa do ventrículo esquerdo e a redução da função diastólica do coração. Também foi detectado a redução da função endotelial nas artérias de condução. Percebeu-se que pode ocorrer fibrose cardíaca inicialmente como uma adaptação a hipertrofia miocárdica e, posteriormente, como mecanismo de reparação para compensar a perda de células miocárdicas apoptóticas. Foi vista correlação entre uso prolongado de andrógenos anabolizantes e carcinoma hepatocelular, em função de mutação no gene da β-catenina. Concluiu-se que o doping é muito prevalente entre atletas de alto rendimento e que acarreta implicações negativas para o sistema cardiovascular e predispõe a carcinoma hepatocelular. Como intervenção, é necessário tornar os exames antidoping mais sensíveis. Ademais, é preciso investir em programas educativos destinados aos atletas para esclarecer-lhes acerca dos malefícios que substâncias de doping podem acarretar.
O QUE DIZ A AGENCIA MUNDIAL ANTIDOPING: Que o uso de drogas que aumentam o desempenho cresceu nos anos 1970 e 1980. Foi então que uma iniciativa liderada pelo COI estabeleceu a Agência Mundial Antidopagem (WADA, em inglês).
Criada em 1999, a WADA é uma agência internacional independente composta e financiada pelo movimento esportivo e pelos governos do mundo, responsável por realizar o controle e testes antidoping dos esportistas.
Suas ações são orientadas pelo Código Mundial Antidoping, composto de políticas antidoping, regras e regulamentos dentro de organizações esportivas e entre autoridades públicas.
Um componente importante do Código é a “Lista de substâncias proibidas”, atualizada anualmente. Substâncias ou práticas são consideradas para inclusão quando se enquadram em dois dos três seguintes critérios:
Há evidência de que a substância ou prática tem o potencial de melhorar o desempenho esportivo.
1. Há evidência de que o uso da substância ou prática ameaça potencialmente o atleta.
2. A substância ou prática viola o espírito do esporte.
 SUBSTÂNCIAS E PRÁTICAS MAIS USADAS
Anabolizantes
Agem como anabólicos da testosterona, aumentam a massa muscular, a força, diminuem a sensação de fadiga e também controlam o peso. Os esteroides anabólicos facilitam a recuperação de sessões de treinamento muito extenuantes, permitindo que os atletas treinem duro nos dias subsequentes. Esse benefício potencial aguçou o interesse de atletas de quase todos os esportes. Geralmente são usados por corredores que precisam de explosão e força muscular, no atletismo e levantamento de peso.
Hormônios
Os hormônios estão envolvidos na maioria dos processos fisiológicos e suas ações são relevantes para muitos aspectos do exercício e desempenho esportivo.
Entre os anos 1950 e 1980, os agentes hormonais mais frequentemente utilizados pelos atletas foram os esteroides anabólicos. Na segunda metade da década de 1980, um novo recurso surgiu para substituí-lo, o hormônio do crescimento humano (hGH).
Outro hormônio que vem sendo muito utilizado é o EPO (eritropoetina). Secretado pelo rim, ele estimula a produção de eritrócitos (glóbulos vermelhos) na medula óssea. Dessa forma, aumenta a capacidade do sangue de transportar oxigênio, dando mais potência aos músculos para produzir energia. Usado por atletas de resistência. 
Betabloqueadores
Estas substâncias podem diminuir o ritmo cardíaco em esportes nos quais a ansiedade e o tremor podem comprometer o desempenho do atleta, como tiro com arco ou armas de fogo.
Movimentos corporais são detectados cada vez que seu coração bate. Esse movimento é suficiente para afetar a mira de um atirador. A precisão nos esportes de tiro irá melhorar se o rifle puder ser disparado entre um batimento cardíaco e outro.
Os betabloqueadores são usados para manter as mãos mais firmes, alcançando uma maior eficácia. 
Estimulantes
Essas substâncias estimulam o sistema nervoso central e podem até mesmo diminuir algumas atividades, como a sensação de fadiga e apetite. Usada para aumentar a concentração e o estado de alerta do corpo.
As anfetaminas são as preferidas, além de ter fácil acesso. Os atletas antecipam a obtenção de energia e a motivação e sentem-se mais competitivos para correr mais velozmente, saltar mais alto e adiar o início da fadiga ou exaustão completa. 
Analgésicos Narcóticos
São derivados do ópio e aliviam ou diminuem a sensação de dor, a mais conhecida é a morfina. Esse efeito pode levar um atleta a menosprezar uma lesão potencialmente perigosa, agravando-a.
Diuréticos
São utilizados para retenção de líquidos e redução do peso, pois eliminam líquidos diminuindo o inchaço do corpo. Entre os que adotam essa prática estão os lutadores, jóqueis e ginastas.
Também é usado para mascarar e se livrar de outras drogas através da urina. Os atletas esperam que o líquido extra na urina dilua a concentração de drogas proibidas, o que diminuiria a probabilidade de detecçãodas substâncias ilegais em exames antidoping. 
Drogas recreacional.
Essa classe tem sido amplamente utilizada por atletas tanto para a recreação como por suas possíveis propriedades de melhoria de desempenho. Embora possa ocasionar justamente o efeito contrário, em sua maioria, prejudicando a performance do atleta. Inclui o álcool, a cocaína e a maconha. 
Doping sanguíneo
Assim como o EPO, essa prática aumenta o número de glóbulos vermelhos no sangue, fornecendo mais oxigênio aos músculos e melhorando o rendimento do atleta.
Uma prática cada vez mais frequente para induzir essa produção é a transfusão de sangue. Autóloga, se feita com o sangue do próprio atleta colhido com antecedência ou, homóloga, quando de outro indivíduo com o mesmo tipo sanguíneo.
No entanto, os riscos são grandes. Pode aumentar o estresse no coração, levar à coagulação no sangue e até mesmo causar um derrame.
 RISCOS PARA A SAÚDE E EFEITOS DO DOPING
Em busca do alto desempenho os atletas podem consumir substâncias ilícitas com a promessa de levar vantagem no seu esporte. Entretanto as consequências para o corpo e a saúde são muitas.
Há um motivo pelo qual os compostos e práticas ilícitas são proibidas, não apenas por denegrir o espírito esportivo e prejudicar uma competição justa, mas também por trazer riscos ao próprio atleta, inclusive de vida.
COMO OS EXAMES SÃO FEITOS?
O controle do doping é realizado através do exame de urina ou sangue. Os exames podem ser realizados a qualquer momento, antes durante e após a competição ou prova, inclusive durante os treinos ao longo do ano, sem aviso prévio.
Os atletas com melhor desempenho geralmente realizam os exames para comprovar que não usaram nenhuma substância ilícita. O Código Mundial Antidopagem é baseado em princípios de risco estrito, ou seja, os atletas são responsáveis por quaisquer substâncias em seus corpos, até mesmo se não souberem. Por isso todos os medicamentos, suplementos e alimentos devem ser cuidadosamente controlados pelos atletas. É também considerado doping, de acordo com a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a fuga ou recusa para realizar a coleta de amostra, posse de substância ou de método proibidos e fraude ou tentativa de fraude de qualquer etapa do processo de doping
Os testes para controle do doping são analisados em laboratórios acreditados pela Agência Mundial Antidopagem (WADA) para identificar o uso de substâncias ou métodos proibidos e incluem 5 etapas:
 
	
	Seleção dos atletas
Podem ser selecionados em competição ou fora de competição. O atleta pode ser selecionado por sorteio, com base na classificação obtida ou outro critério específico.
	
	Notificação dos atletas
Quando o atleta for selecionado, um Agente de Controle de Dopagem o acompanhará o tempo todo, desde o momento da notificação até o final do processo, evitando a fraude no exame.
	
	Coleta das amostras
No momento da coleta, o agente também acompanha o atleta para ter uma visão direta do fornecimento de urina. É necessário completar 90 ml de urina que será dividida em dois frascos “A” e “B”. O primeiro é a prova e o segundo a contraprova, para ser realizado um novo exame, caso seja acusado o doping. Para o exame de sangue é feito o mesmo processo.
	
	Análise da amostra
As amostras coletadas são enviadas a um dos laboratórios acreditados WADA. A amostra “A” será analisada de imediato e a amostra “B” ficará armazenada em local seguro, caso o resultado inicial seja contestado.
Existem inúmeras substâncias e procedimentos proibidos pela WADA. A lista completa pode ser acessada aqui . Cada tipo de droga resulta ou altera um tipo de desempenho e para identificação e medição de cada substância, há um sistema analítico específico.
Um dos métodos mais utilizados é de espectrofotometria que consegue identificar e quantificar as substâncias presentes na amostra.
	
	Resultado
Todo atleta que comete uma violação às regras Antidopagem pode sofrer as punições previstas no Código Mundial Antidopagem. Os casos comprovados, recusa em fornecer amostras ou outras violações previstas impõe ao atleta uma suspensão mínima de 4 (quatro) anos. Pode chegar até mesmo ao banimento do Esporte nos casos de reincidência.
Aqui são uma das substâncias mais usadas:
As substâncias mais utilizadas e que são consideradas doping são aquelas que aumentam a força e resistência muscular, diminuem a dor e a sensação de fadiga. Algumas das principais substâncias utilizadas são:
· Eritropoetina (EPO): ajuda aumentar as células que carregam oxigênio no sangue, melhorando o desempenho;
· Furosemida: potente diurético que ajuda a diminuir o peso rapidamente, usado principalmente por atletas de luta com categorias de peso. Também ajuda a diluir e esconder outras substâncias proibidas na urina;
· Energéticos: aumentam a atenção e a disposição, diminuindo a sensação de cansaço;
· Anabolizantes: hormônios utilizados para aumentar a força e a massa muscular.
Além disso, os atletas e sua equipe recebem uma lista com recomendações e medicamentos que não podem ser usados durante os treinos por conterem substâncias consideradas ilegais no esporte. Assim, é preciso estar atento mesmo durante tratamentos de doenças comuns como gripes e colesterol alto, e problemas de pele, pois mesmo sem a intenção de doping, o atleta pode ser eliminado da competição.
Porque o doping ajuda os atletas
Usar substâncias químicas que não são naturais ao corpo ajuda a melhorar o desempenho geral do atleta, trazendo vantagens como:
· Aumentar a concentração e melhorar a capacidade física;
· Aliviar as dores dos exercícios e diminuir a fadiga muscular;
· Aumentar a massa e a força muscular;
· Relaxar o corpo e melhorar a concentração;
· Ajudar a perder peso rapidamente.
· Assim, tomar essas substâncias faz com que o atleta tenha resultados mais rápidos e melhores do que conseguiria apenas através dos treinos e da dieta, e por isso elas são proibidas no esporte.
No entanto, mesmo com a proibição, muitos atletas costumam usar essas substâncias de 3 a 6 meses antes da competição oficial, durante seus treinos para aumentar o seu sucesso, suspendendo depois o seu uso para dar tempo de o corpo eliminar as substâncias e o exame antidoping dar negativo. No entanto essa prática pode ser perigosa, uma vez que os exames antidopings podem ser realizados sem que exista aviso prévio.
Com tudo que vimos podemos concluir que a vitória, o resultado, se mostram como uma condição básica do esporte atual, com isso atletas e envolvidos com o meio esportivo buscam cada vez mais recursos que viabilizem o alcance de seus objetivos. Com a profissionalização do esporte, atletas passaram a se dedicar integralmente ao alcance de suas metas. Muitos atletas são vistos como heróis servindo de referência de identificação para a sociedade. Assim o espetáculo esportivo promovido por esses atletas passou a ser vendido como mercadoria, atraindo grandes investimentos e também a atenção da mídia. 
Atletas são pressionados constantemente à conquista de resultados cada vez melhores, muitas vezes em um curto período, com isso atletas se sentem inseguros, sentindo-se incapazes de corresponder suas próprias expectativas e as de outras pessoas. Assim visando o resultado, esses atletas acabam recorrendo ao uso do doping. Ao utilizar substâncias dopantes e recursos ilegais com o intuito de melhorar o desempenho, os atletas não buscam apenas superar os adversários em busca da vitória, há também a busca pelo status, pelo prestígio social e principalmente pela retribuição financeira. Apesar dos avanços tecnológicos para a detecção do uso substâncias dopantes por atletas de alto-rendimento, o controle antidopagem ainda não é totalmente seguro, favorecendo aos atletas desonestos que utilizam meios ilegais para se sobrepor a outros competidores.
 Referencias 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922001000400005&script=sci_arttext
https://novaescola.org.br/conteudo/407/o-que-e-doping-esportivo
https://www.redalyc.org/pdf/4013/401338511003.pdf
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/doping-afinal-quais-sao-as-substancias-proibidas-para-os-atletas.https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32892011000400017
https://www.tuasaude.com/o-que-e-doping-no-esporte/

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