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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO - TERCEIRO SETOR

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Organização da Administração 
 
A administração não é um fim em si mesma, mas sim um instrumento para a 
concretização dos interesses da coletividade. Para tanto, dispõe de entes políticos, 
previstos na Constituição e com personalidade jurídica própria. São eles: União, 
estados, DF e municípios. Estes entes compõem a administração direta. 
 
1. Administração Direta 
A Administração Direta (ou centralizada), é composta: 
 
 
São todas entidades AUTÔNOMAS, com PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO 
PÚBLICO e regidos pela CRFB/88. 
 
a) Atribuições da União (art. 21, CF) 
Art. 21. Compete à União: 
I - Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
II - Declarar a guerra e celebrar a paz; 
. União 
. Estados 
. Distrito Federal 
. Municípios 
III - assegurar a defesa nacional; 
IV - Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente; 
V - Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
VI - Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
VII - emitir moeda; 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de 
natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, 
bem como as de seguros e de previdência privada; 
IX - Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do 
território e de desenvolvimento econômico e social; 
X - Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, 
os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a 
organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos 
institucionais; 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou 
permissão: 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético 
dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os 
potenciais hidroenergéticos; 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e 
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito 
Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o 
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência 
financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio 
de fundo próprio; 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia 
e cartografia de âmbito nacional; 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e 
de programas de rádio e televisão; 
XVII - conceder anistia; 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades 
públicas, especialmente as secas e as inundações; 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e 
definir critérios de outorga de direitos de seu uso; 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, 
saneamento básico e transportes urbanos; 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e 
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e 
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e 
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para 
fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização 
de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e 
industriais; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e 
utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de 
culpa; 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de 
garimpagem, em forma associativa. 
 
b) Competências Comuns: União X Estados x Distrito Federal e 
Municípios (art. 23, CF) 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
I - Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público; 
II - Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência; 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e 
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios 
arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de 
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
V - Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, 
à pesquisa e à inovação 
VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições 
habitacionais e de saneamento básico; 
X - Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo 
a integração social dos setores desfavorecidos; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e 
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a 
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio 
do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
 
2. Descentralização x Desconcentração 
a) Descentralização: em sentido jurídico-administrativo, descentralizar é atribuir 
poderes da Administração pra outrem. O Estado, pessoa única, é constituído de 
vários órgãos que integram sua estrutura. Por si sós, esses órgãos não podem agir 
em nome próprio, porém, funcionam como um instrumento para o exercício das 
funções e atividades típicas do Estado. 
A descentralização implica na existência de uma pessoa, diferente da do Estado, que 
é investida de poderes administrativos e exercita atividades públicas ou de utilidade 
pública. 
O ente descentralizado age por outorga do serviço ou atividade, ou por delegação de 
sua execução, mas sempre em nome próprio. Com a descentralização, existe a 
criação de uma nova pessoa jurídica que ajuda na execução e na prestação de serviços 
públicos. 
 
b) Desconcentração: é a distribuição interna de competências, de caráter decisório, 
agrupadas em unidades individualizadas. Esse agrupamento pode se dar em razão da 
matéria (EX: Ministério da justiça, Min. Da Saúde, etc), ou em razão do grau ou 
hierarquia, que está ligado ao nível de responsabilidade daquele que vai exercer a 
atividade, com sua autoridade (EX: Diretor de Departamento, Chefe de Seção, etc). 
Também pode haver desconcentração com base em critério territorial ou geográfico 
(EX: Delegacia Regional da Saúde de SP, MG, BA, etc). 
Os órgãos e agentes permanecem ligados ao Estado pelo vínculo da hierarquia.Aglutinar todas as competências apenas em 4 entidades causaria muita burocracia e 
lentidão nos atos administrativos. Para suprir esta deficiência, o Brasil adotou o 
sistema de descentralização administrativa, criando novas pessoas jurídicas 
autônomas, como meio de concretização dos interesses públicos. São as pessoas 
administrativas, que compõem a administração indireta. Segundo a Constituição, a 
criação de entes administrativos deve ser feita por lei, em sentido formal. No entanto, 
o chefe do poder executivo pode dispor sobre a organização e funcionamento dos 
órgãos, mediante decreto, desde que não importe em aumento das despesas nem na 
criação ou extinção de órgãos públicos. 
 
3. Autarquias 
É uma Pessoa Jurídica de DIREITO PÚBLICO, que faz parte da Administração Indireta 
e Descentralizada do Estado, CRIADA POR LEI ESPECÍFICA, para o exercício de 
FUNÇÕES PRÓPRIAS e TÍPICAS DO ESTADO, com INDEPENDÊNCIA DE 
AUTOADMINISTRAÇÃO e SUJEIÇÃO AO CONTROLE DE TUTELA. 
Existe uma pessoa administrativa sujeita ao REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO, 
que desempenha ATIVIDADES TÍPICAS de entes federativos, são elas: 
• Serviço público 
• Poder de polícia 
• Atividade regulatória 
• Assistência social, etc. 
 
São CARACTERÍSTICAS das autarquias: 
• São regidas pelo Decreto-lei n° 200/67 (Dispõe sobre a organização da Administração 
Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras 
providências.) 
 
• Têm PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO (art. 41, IV, CC/02) 
 
Previstos na Constituição como de competência própria 
do Estado. 
• Devem ser CRIADAS POR LEI, conforme a CF: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
XIX - somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação 
 
• Seus atos e contratos são classificados como ADMINISTRATIVOS. 
 
• Quanto ao nível federativo, as autarquias podem ser: federais, estaduais, distritais ou 
municipais 
 
• Desempenham funções e atividades típicas do Estado, e podem ter diversos 
objetivos: autarquias assistenciais, previdenciárias, profissionais, de controle 
(agências reguladoras), associativas (associações públicas), etc. 
 
• Conforme a Constituição, respondem objetivamente pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causem a terceiros (art. 37, §6°, CF) 
 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
• Gozam de IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, para impostos sobre seu patrimônio, renda e 
serviços, desde que estes estejam vinculados às suas atividades essenciais 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às 
autarquias e às fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, 
à renda e aos serviços, vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
 
• PRESCRIÇÃO QUINQUENAL: dívidas e direitos em favor de terceiros, contra a as 
autarquias, prescrevem em 5 anos. 
 
• OAB: STF decidiu que a OAB não é considerada uma autarquia e que ela não integra 
a administração pública direta e nem indireta. A OAB goza de algumas características 
específicas: 
 
→ Seu pessoal é regido pela CLT, porém, que não serão submetidos à concursos 
públicos, para o preenchimento dos cargos. (Os conselhos regionais devem se 
submeter ao regime estatutário – Lei n° 8.112/90) 
 
→ As contribuições pagas pelos inscritos no conselho, não tem natureza tributária 
 
→ A OAB não está sujeita a controle financeiro e orçamentário, pelo Tribunal de Contas, 
por ter um regime diferente, é considerada uma entidade sui generis. 
 
→ STF decidiu, em 2016, que os Conselhos Profissionais, não podem fixar suas anuidades 
em valores acima dos previstos em lei. 
 
 
4. Agências Reguladoras 
São autarquias de regime especial, criadas com o objetivo de disciplinar e controlar 
algumas atividades, tais como: 
 
• Serviços públicos propriamente ditos. EX: Anatel, Aneel, ANTT... 
• Atividades de fomento e fiscalização de atividades privadas. EX: Ancine 
• Atividades exercitáveis para promover a regulação, a contratação e a 
fiscalização de atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo. EX: 
ANP 
• Atividades em que o Estado também protagoniza, paralelamente, são 
facultadas aos particulares. EX: Anvisa, ANS 
• Agência reguladora do uso de bem público. EX: ANA 
 
São as principais características das agências reguladoras: 
• Autonomia de seus dirigentes: são nomeados por ato complexo (+ de uma 
manifestação de vontade de agentes que tem o mesmo patamar hierárquico, 
porém, em órgãos diferentes). EX: Presidente da República nomeia, sob a 
aprovação do Senado Federal. 
 
• Autonomia normativa: disciplinar e normatizar (normas técnicas específicas 
relacionadas à área de atuação) as atividades a que estão submetidas 
 
• Autonomia gerencial, orçamentária e financeira: essas entidades têm recursos 
próprios. 
 
• Súmula vinculante 27: Compete à Justiça Estadual julgar causas entre consumidor e 
concessionária de serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja 
litisconsorte passiva necessária, assistente nem opoente. 
 
 
 
5. Fundações Públicas 
Entidades da Administração indireta, instituída pelo poder público mediante a 
personificação jurídica de direito público e personalidade jurídica de direito privado, 
à qual a lei atribui competências administrativas específicas, materializadas, via de 
regra, em atividades de interesse social (definidas mediante lei complementar). 
 
Art. 37, XIX, CF - somente por lei específica poderá 
ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista 
e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação. 
 
Para a doutrina administrativa, entende-se fundação como fundação pública de 
direito público e seu regime se assemelha muito com os das autarquias, devendo, 
desse modo, serem conceituadas como AUTARQUIA FUNDACIONAL. Portanto, 
somente poderá ser criada por lei. 
 
Quando compreendida como fundação pública de direito privado, o regime será 
semelhante aos das empresas públicas e sociedades de economia mista, devendo ser 
classificada como fundação governamental, tendo assim, sua criação autorizada por 
lei. 
 
 
 
 
Atenção!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Agências Executivas 
São autarquias ou fundações governamentais, que recebem essa qualidade através 
de ato do Poder Executivo, para executar certo serviço público, livres de controle e 
dotadas de alguns privilégios, desde que haja celebrado com a Administração Pública, 
um contrato de gestão. 
O objetivo das agências executoras é o melhoramento da prestação do serviço 
público, por parte do Estado. 
São exemplos de agências executivas: ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), 
Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial. 
 
7. Empresas Públicas x Sociedades de Economia Mista 
a) Empresas Públicas: empresa pública federal é a pessoa jurídica criada por força de lei, 
como instrumento de ação do Estado, dotada de personalidade de Direito Privado, e 
submetida a certas regras, em decorrência do seu status de instrumento estatal. 
 
São constituídas: sob quaisquerformas permitidas em direito 
LEI 
A Lei cria autarquia e fundação pública 
de direito público (autarquias 
fundacionais) 
A Lei autoriza a criação de empresas 
públicas, sociedades de economia mista e 
fundações públicas de direito privado 
(fundações governamentais) 
Capital: é formado (unicamente) por recursos de pessoas de Direito público interno, 
ou pessoas da Administração Indireta (predominantemente da esfera federal) 
 
EX: 
 
 
 
 
 
Sua Finalidade é: 
• Prestação de serviço publico 
• Exploração da atividade econômica 
 
São Constituídas: sob qualquer modalidade empresarial 
São Criadas: por lei, conforme a CRFB. Somente por lei específica pode-se criar 
autarquias e autorizar a instituição de empresas públicas, sociedades de economia 
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nesse último caso, definir suas 
áreas de atuação. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de 
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ** 
Finep – Financiadora de Estudos e Projetos 
Casa da Moeda do Brasil 
Caixa Econômica Federal 
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social 
 
fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação; 
 
As empresas públicas prestadoras de serviços públicos respondem OBJETIVAMENTE 
pelos danos que seus agentes causem a terceiros, conforme a Constituição: 
 
Art. 37, § 6º: As pessoas jurídicas de direito 
público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que 
seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
As empresas públicas exploradoras da atividade econômica em sentido estrito, 
terão seu regime de responsabilidade regulado pelo Código Civil, portanto, 
fundamentado da Teoria da Responsabilidade SUBJETIVA. 
 
** A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é empresa pública, porém, com 
tratamento de Fazenda Pública. O STF reconheceu a imunidade tributária da EBCT no 
que tange ao IPTU. Aplicou a imunidade recíproca entre os entes federativos, prevista 
na CRFB: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
b) Sociedade de Economia Mista: são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes 
da Administração Indireta do Estado, criadas por lei, sob a forma de sociedades 
anônimas, cujo controle acionário pertence ao poder público e cujo objetivo é a 
exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas situações, a 
prestação de serviços públicos. 
EX: 
 
 
 
 
 
Sua Finalidade: 
• Prestação de serviço público 
• Exploração de atividade econômica 
 
Seu Capital: é misto. Uma parte é pública e a outra, privada. 
O que cumpre ressaltar na Sociedade de Economia Mista, não é o fato de o seu capital 
ser misto, e sim, a participação necessária do Estado na direção da empresa, tendo 
em vista que é este fato que lhe dá a garantia de poder atuar, de decidir em nível de 
execução sobre a específica atividade que lhe foi cometida por delegação legal. 
 
Modalidade: a Sociedade de Economia Mista só pode ser constituída na modalidade 
anônima. 
 
São Criadas: por lei, conforme a CRFB. Somente por lei específica pode-se criar 
autarquias e autorizar a instituição de empresas públicas, sociedades de economia 
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nesse último caso, definir suas 
áreas de atuação. 
Banco do Brasil S.A 
Banco da Amazônia S.A 
Petrobras 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação 
 
As Sociedades de Economia Mista prestadoras de serviços públicos respondem 
OBJETIVAMENTE pelos danos que seus agentes causarem a terceiros; 
Art. 37, § 6º: As pessoas jurídicas de direito 
público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que 
seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
As Sociedades de economia exploradoras da atividade econômica em sentido estrito 
terão seu regime de responsabilidade pautado nas regras do Código Civil, portanto, 
respondem SUBJETIVAMENTE. 
 
Atenção!!! 
Súmula 517, STF: as sociedades de economia mista 
só têm foro na justiça federal, quando a união 
intervém como assistente ou opoente 
 
Súmula 556, STF: é competente a justiça comum 
para julgar as causas em que é parte sociedade de 
economia mista. 
 
 
8. Associações Públicas 
O consórcio público está previsto na Lei n°11.107/2005: 
Art. 1º, § 1º O consórcio público constituirá 
associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado. 
 
Adquirirá personalidade jurídica de direito público, no caso de constituir associação 
pública, mediante vigência das leis de ratificação (aprovação, confirmação) do 
protocolo de intenções. 
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade 
jurídica: 
I – de direito público, no caso de constituir 
associação pública, mediante a vigência das leis de 
ratificação do protocolo de intenções; 
II – de direito privado, mediante o atendimento dos 
requisitos da legislação civil. 
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica 
de direito público integra a administração indireta 
de todos os entes da Federação consorciados. 
§ 2º O consórcio público, com personalidade 
jurídica de direito público ou privado, observará as 
normas de direito público no que concerne à 
realização de licitação, à celebração de contratos, 
à prestação de contas e à admissão de pessoal, que 
será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT). 
A própria lei estabelece os critérios necessários para se estabelecer o protocolo de 
intenções: 
Art. 4º São cláusulas necessárias do protocolo de 
intenções as que estabeleçam: 
I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração 
e a sede do consórcio; 
II – a identificação dos entes da Federação 
consorciados; 
III – a indicação da área de atuação do consórcio; 
IV – a previsão de que o consórcio público é 
associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado sem fins econômicos; 
V – os critérios para, em assuntos de interesse 
comum, autorizar o consórcio público a 
representar os entes da Federação consorciados 
perante outras esferas de governo; 
VI – as normas de convocação e funcionamento da 
assembléia geral, inclusive para a elaboração, 
aprovação e modificação dos estatutos do 
consórcio público; 
VII – a previsão de que a assembléia geral é a 
instância máxima do consórcio público e o número 
de votos para as suas deliberações; 
VIII – a forma de eleição e a duração do mandato 
do representante legal do consórcio público que, 
obrigatoriamente, deverá ser Chefe do Poder 
Executivo de ente da Federação consorciado; 
IX – o número, as formas de provimento e a 
remuneração dos empregados públicos, bem 
como os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interessepúblico; 
X – as condições para que o consórcio público 
celebre contrato de gestão ou termo de parceria; 
XI – a autorização para a gestão associada de 
serviços públicos, explicitando: 
a) as competências cujo exercício se transferiu ao 
consórcio público; 
b) os serviços públicos objeto da gestão associada 
e a área em que serão prestados; 
c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, 
permissão ou autorização da prestação dos 
serviços; 
d) as condições a que deve obedecer o contrato de 
programa, no caso de a gestão associada envolver 
também a prestação de serviços por órgão ou 
entidade de um dos entes da Federação 
consorciados; 
e) os critérios técnicos para cálculo do valor das 
tarifas e de outros preços públicos, bem como para 
seu reajuste ou revisão; e 
XII – o direito de qualquer dos contratantes, 
quando adimplente com suas obrigações, de exigir 
o pleno cumprimento das cláusulas do contrato de 
consórcio público. 
§ 1º Para os fins do inciso III do caput deste artigo, 
considera-se como área de atuação do consórcio 
público, independentemente de figurar a União 
como consorciada, a que corresponde à soma dos 
territórios: 
I – dos Municípios, quando o consórcio público for 
constituído somente por Municípios ou por um 
Estado e Municípios com territórios nele contidos; 
II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito 
Federal, quando o consórcio público for, 
respectivamente, constituído por mais de 1 (um) 
Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o Distrito 
Federal; 
III – (VETADO) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Msg/Vep/VEP-0193-05.htm
IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o 
consórcio for constituído pelo Distrito Federal e os 
Municípios; e 
V – (VETADO) 
§ 2º O protocolo de intenções deve definir o 
número de votos que cada ente da Federação 
consorciado possui na assembléia geral, sendo 
assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado. 
§ 3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que 
preveja determinadas contribuições financeiras ou 
econômicas de ente da Federação ao consórcio 
público, salvo a doação, destinação ou cessão do 
uso de bens móveis ou imóveis e as transferências 
ou cessões de direitos operadas por força de 
gestão associada de serviços públicos. 
§ 4º Os entes da Federação consorciados, ou os 
com eles conveniados, poderão ceder-lhe 
servidores, na forma e condições da legislação de 
cada um. 
§ 5º O protocolo de intenções deverá ser publicado 
na imprensa oficial. 
O consórcio público tem personalidade jurídica de direito público e integra a 
Administração Indireta, de todos os entes da federação consorciados. 
Adquirirá personalidade jurídica de direito privado, mediante o preenchimento dos 
requisitos da legislação civil e, nesse caso, obedecerá às normas de direito público, 
no que tange à licitações, contratos, prestação de contas e admissão de pessoal (que 
deverá ser regido pela CLT). 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Msg/Vep/VEP-0193-05.htm
 
Terceiro Setor 
1. Organizações Sociais 
Organização social é uma associação civil, sem fim lucrativo ou fundação, em razão 
do preenchimento de alguns requisitos legais, submetida a um regime jurídico 
especial, agraciado com alguns benefícios especiais do Estado, para a execução de 
determinadas atividades de interesse público. 
 
São CARACTERÍSTICAS das Organizações Sindicais: 
 
• São regidas pela Lei n. 9.637/98 (qualificação de entidades como organizações 
sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e 
entidades que menciona e a absorção de suas atividades por organizações sociais). 
 
• Têm personalidade jurídica de direito privado 
 
• Não faz parte da Administração Pública Direta nem a indireta 
 
• Não tem fins lucrativos 
 
• Suas atividades são dirigidas: 
 
 
. Ensino 
. Pesquisa científica 
. Desenvolvimento tecnológico 
. Proteção e preservação do meio ambiente 
. Cultura, saúde, etc.. 
• Para que uma entidade privada ser classificada como “organização social”, deve 
preencher alguns requisitos, previstos na lei n. 9.637/98: 
Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo 
anterior se habilitem à qualificação como organização social: 
I - Comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre: 
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação; 
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus 
excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades; 
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de 
direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do 
estatuto, asseguradas àquele, composição e atribuições normativas e de controle 
básicas previstas nesta Lei; 
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de 
representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória 
capacidade profissional e idoneidade moral; 
e) composição e atribuições da diretoria; 
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios 
financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão; 
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto; 
h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer 
hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado 
ou membro da entidade; 
i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que 
lhe foram destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas 
atividades, em caso de extinção ou desqualificação, ao patrimônio de outra 
organização social qualificada no âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao 
patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, na 
proporção dos recursos e bens por estes alocados; 
II - Haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como 
organização social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área 
de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro de Estado da 
Administração Federal e Reforma do Estado. 
 
• Celebram com o Poder Público, um contrato de gestão (de comum acordo entre o 
órgão ou entidade supervisora e organização social, com discriminação das 
atribuições, responsabilidades e obrigações do poder público e da organização 
sindical, conforme a lei. 
Art. 6o O contrato de gestão, elaborado de 
comum acordo entre o órgão ou entidade 
supervisora e a organização social, discriminará 
as atribuições, responsabilidades e obrigações 
do Poder Público e da organização social. 
Parágrafo único. O contrato de gestão deve ser 
submetido, após aprovação pelo Conselho de 
Administração da entidade, ao Ministro de 
Estado ou autoridade supervisora da área 
correspondente à atividade fomentada. 
• Esse contrato de gestão deve ser submetido ao Ministro de Estado ou autoridade 
supervisora da área correspondente à atividade fomentada, após a aprovação do 
Conselho de Administração da entidade. 
 
• Para essas organizações poderão ser destinados recursos orçamentários e bens 
públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão. 
 
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser 
destinados recursos orçamentários e bens públicos 
necessários ao cumprimento do contrato de 
gestão. 
§ 1o São assegurados às organizações sociais os 
créditos previstos no orçamento e as respectivas 
liberações financeiras, de acordo com o 
cronograma de desembolso previsto no contrato 
de gestão. 
§ 2o Poderá ser adicionada aos créditos 
orçamentários destinados ao custeio do contrato 
de gestão parcela de recursos para compensar 
desligamento de servidor cedido, desde que haja 
justificativa expressa da necessidade pela 
organização social. 
§ 3o Os bens de que trataeste artigo serão 
destinados às organizações sociais, dispensada 
licitação, mediante permissão de uso, consoante 
cláusula expressa do contrato de gestão. 
 
2. Serviços Sociais Autônomos 
São entes paraestatais, organizados com o objetivo de amparo, educação ou 
assistência social, comunitária ou restrita a determinadas categorias profissionais, 
com patrimônio e renda próprios, que no caso da União, podem ser obtidos por 
contribuições parafiscais, obedecendo aos parâmetros estabelecidos em lei, que lhes 
confere delegação legal no campo do ordenamento social e do fomento público. 
 
São CARACTERÍSTICAS dos Serviços sociais Autônomos: 
 
• São pessoas jurídicas de direito privado 
 
• São entidades que cooperam com o Poder Público e que não integram a 
Administração Pública Indireta 
 
• Prestam serviços de utilidade pública, beneficiando determinados grupos sociais ou 
profissionais 
 
• Recebem contribuições parafiscais (possui a finalidade de arrecadar recursos para 
custear as atividades do Estado, porém essas atividades não são diretamente 
exercidas por ele. As entidades não são públicas, mas procuram efetivar políticas 
sociais.) recolhidas compulsoriamente pelos contribuintes, conforme instituído em 
lei, para custear as atividades e vinculados aos seus objetivos. Dessa forma, também 
estão vinculados à supervisão do Ministério em cuja área atuem. 
 
• Em geral, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, que recebem 
contribuições parafiscais e prestam serviços de interesse público ou social, estão 
sujeitas à fiscalização do Estado, nos termos e condições estabelecidos em lei. 
 
• Não podem objetivar fins lucrativos, ou seja, são entidades de caráter não 
econômico. 
. 
• Não incidem sobre elas, a Lei n. 8.666/93. 
 
• STF entende que as entidades que compõem dos serviços sociais autônomos, por 
possuírem natureza jurídica de direito privado e não integrarem a administração 
indireta e não estarem submetidas às regras do art. 37, II da CF: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
II - a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público 
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, 
na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em 
lei de livre nomeação e exoneração; 
Entidades do “SISTEMA S” não estão obrigadas a realizar concursos para a 
contratação de pessoal. EX: 
 
 
 
 
 
Súmula 516, STF: O Serviço Social da Indústria - SESI 
está sujeito a jurisdição da justiça estadual 
 
 
 
Mesmo que desempenhem atividade 
de interesse público em cooperação 
com o Estado. 
. SESI (serviço social da indústria) 
. SESC (Serviço social do Comércio) 
. SENAI (serviço nacional de aprendizagem industrial) 
. SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) 
. SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas) 
3. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público 
São CARACTERÍSTICAS das organizações da sociedade civil de interesse público: 
• São regidas pela Lei n. 9.790/99 (Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de 
direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria). 
 
• Têm personalidade jurídica de direito privado, que tenham sido constituídas e se 
encontram em funcionamento regular há, no mínimo, três anos e desde que seus 
objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos previstos na Lei 
n.9.790/99. 
 
• Seus objetivos sociais devem obedecer a algumas dessas finalidades: 
 
Art. 3o A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio 
da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, 
somente será conferido às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, 
cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades: 
I - promoção da assistência social; 
II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de 
participação das organizações de que trata esta Lei; 
IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de 
participação das organizações de que trata esta Lei; 
V - promoção da segurança alimentar e nutricional; 
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; 
VII - promoção do voluntariado; 
VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; 
IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas 
alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; 
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria 
jurídica gratuita de interesse suplementar; 
XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e 
de outros valores universais; 
XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e 
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam 
respeito às atividades mencionadas neste artigo. 
XIII - estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a 
implementação de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio 
de transporte. 
 
• Não integram nem a Administração Pública Direta e nem a Indireta. 
 
• Não tem fins lucrativos, ou seja, não distribui entre seus sócios ou associados, 
conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes 
operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas 
de seus patrimônios, auferidos mediante o exercícios dessas atividades, e que os 
aplica integralmente no objetivo social. 
 
• Não podem receber o qualitativo de organizações da sociedade civil de interesse 
público a ssequintes entidades: 
 
→ Sociedades comerciais 
→ Sindicatos 
→ Associações de classe ou de representação de categoria profissional 
→ Instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, 
práticas e visões devocionais e confessionais 
→ Organizações partidárias e assemelhadas (inclusive suas fundações) 
→ Entidades de benefício mútuo d.estinadas a proporcionar bens ou serviços a 
um círculo restrito de associados ou sócios 
→ Entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados 
→ Instituições hospitalares privadas e não gratuitas e suas mantenedoras 
→ Escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas 
mantenedoras 
→ Organizações sindicais 
→ Cooperativas 
→ Fundações públicas 
→ Fundações 
→ Sociedades civis ou associações de direito privado criadas por um órgão 
público ou por fundações públicas 
→ Organizações creditícias que tenham quaisquer tipos de vinculação com o 
sistema financeiro nacional, a que se refere a CF. 
 
• Para a formação do vínculo de cooperação, firmam com o Poder Público, um 
Termo de Parceria, que conterá os direitos, responsabilidades e obrigações das 
partes signatárias, conforme a Lei n. 9.790/99: 
Art. 9o Fica instituído o Termo de Parceria, assim 
considerado o instrumento passível de ser firmado 
entre o Poder Público e as entidades qualificadas 
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público destinado à formação de vínculo de 
cooperação entre as partes, para o fomento e a 
execução das atividades de interesse público 
previstas no art. 3o desta Lei. 
• Caso a organização adquira bem imóvel, com recursos provenientes da celebração 
do Termo de Parceria, este será gravado com cláusula de INALIENABILIDADE.

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