Buscar

8 Direito Civil IV - 29MAR2019

Prévia do material em texto

Fernanda Barcellos – UNESA (Direito Civil IV – 2019.1 - Prof. Luciani Kastrup) 
2
Aula ? – 29MAR2019
Continuação aula 6
Aquisição de propriedade imóvel
Acessões Imobiliárias
Art. 1.248 do CC
Acréscimos = acessões = adição
Formas de acessões naturais
- formação de ilhas
- aluvião
- avulsão
- abandono de álveo
Formas de acessões artificiais
- construções ou plantações 
Como saber se um imóvel é foreiro ou não? Basta ir ao cartório e solicitar através do endereço, este documento no estado do RJ é gratuito.
A ilha não pode pertencer a uma pessoa, o que ela tem é o direito de construir naquela determinada área.
Acessões Naturais
Art. 1.249 - Formação de ilha em águas particulares
Ilhas formadas em águas particulares
Ilha 1 – Inciso I // testada = parte da frente da casa
Ilha 2 – 
Ilha 3 – Inciso III
Por Luciani: “Em relação a formação de ilhas em águas particulares e não navegáveis, o art. 1.249 e seus incisos I ao III apontam a solução para que os terrenos ribeirinhos possam se beneficiar de tais acréscimos. Meio do rio, uma das margens ou as que se formarem no álveo (braço do rio). Todas as acessões imobiliárias deverão ser averbadas e registradas junto ao cartório de imóveis competente. 
Uma vez atestada e comprovada uma acessão imobiliária pelo profissional competente (engenheiro) haverá necessidade do proprietário do imóvel registrar e averbar a acessão imobiliária junto ao cartório de imóveis competente.
As acessões imobiliárias estão relacionadas ao modo de aquisição originário da propriedade imóvel.”
Entende-se por aquisição originária pois não houve transferência anterior, foi um fenômeno natural que aumentou o imóvel. Não existindo assim, ato de translatividade, como ocorre na compra e venda.
Aluvião – Art. 1.250, p.u. do CC
Outra forma de aquisição originária.
Não foi desprendido de nenhuma propriedade.
Por Luciani: “O aluvião poderá ser formado por depósito de materiais trazidos das águas onde os acréscimos irão ocorrer de forma sucessiva e imperceptível conforme o previsto no art. 1.250, p.u do CC.”
Avulsão – Art. 1.251, p.u. do CC
Ex.: Petrópolis quando teve uma enchente no rio e muros e portões foram encontrados em outras propriedade. Não se aplica a chuvas. Apenas se o rio encher em decorrência de uma forte chuva.
Por Luciani: “Verifica-se a avulsão quando a força súbita da corrente arrancar uma parte considerável e reconhecível de um prédio que se juntou a outro.
O proprietário do prédio prejudicado poderá ser indenizado pelo dono do outro prédio a que a porção de terra se juntou no prazo de 1 ano e no caso de recusa do recebimento da indenização, o dono do outro prédio a que se juntou a porção de terra deverá consentir que se remova a porção desprendida.”
Álveo abandonado – Art. 1.252 do CC
Quem vai determinado o meio do álveo? O engenheiro, na proporção da testada.
*O rio seco, é nominado um álveo abandonado.
** Se for criado um novo braço ao secar o outro, não há que se falar em indenização.
Por Luciani: “A jurisprudência entende que o álveo abandonado em decorrência de obra pública pertence ao ente público que realizou a obra.”
Acessões Artificiais
Construções e Plantações – Art. 1.253 do CC
Construções – material
Plantações – sementes
Por Luciani: “Pela regra do artigo 1.253 do CC há presunção relativa de propriedade das construções e plantações em relação ao proprietário do imóvel. O que estiver no solo que pertence a pessoa, são delas até que se prove o contrário.
O legislador se preocupou om os efeitos jurídicos em relação ao plantador ou construtor de boa-fé de má-fé.”
Situação 1 – Terreno próprio com matéria prima alheia – Art. 1.254 do CC
Boa-fé é presumida, má-fé deve ser provada.
Boa-fé: apenas arcará cm o custo do material utilizado
Má-fé: arcará com o custo do material e eventuais perdas e danos causados ao dono dos materiais incorporados.
Situação 2 – Terreno alheio com matéria prima própria – Art. 1.255 do CC
O que for acedido ao solo pertencerá ao dono do terreno. Se a pessoa que fez a construção ou a plantação estava de boa-fé, terá direito a indenização.
Art. 1.256 – má-fé bilateral
Situação 3 – Terreno e matéria prima alheio – Art. 1.257 do CC
Por Luciani: “Se há boa-fé o proprietário do imóvel adquire a propriedade das construções ou plantações e deverá o plantador/ construtor ressarcir o valor da matéria prima. Se há ma-fé, por analogia o proprietário do imóvel adquire a propriedade das construções ou plantações e deverá o plantador/ construtor ressarcir o valor da matéria prima mais as eventuais perdas e danos. 
Situação 4 – Construção parte em imóvel próprio parte em imóvel alheio – Art. 1.258 e 1.259 do CC
 
Correção caso concreto
Aula 5
1) a) Ele tem um título translativo registrado no cartório desde 2006.
b) Sim, a ação está correta, pois a ação reivindicatória consiste no direito do proprietário de discutir o direito real referente a propriedade da coisa.
c) Ele nunca teve a posse do imóvel, sendo assim, ele não poderia.
d) Ela tem previsão legal, é uma cláusula pétrea Art. 5º, XXIII da CRFB. Sendo função social da propriedade consiste na expressão genérica que traduz a ideia de submissão do interesse particular ao interesse da coletividade, entendimento de Washington de Barros Monteiro.
Objetiva 1
a- errada
b- errada
c- correto
d- errada
Aula 7
Usucapião de bens imóveis – Art. 1.238 do CC
Forma de aquisição originária pois não tem antecessor e sucessor, não tendo translatividade.
Ao final da ação tem uma sentença declaratória* que deverá ser levada ao Cartório de Imóveis para averbar a nova titularidade.
*pesquisar pois houve divergência – Carlos Roberto – doutrinador 
Por Luciani: “O usucapião ou a usucapião é uma forma de aquisição originária da propriedade imóvel.
Ao final da ação de usucapião o juiz irá proferir uma sentença de natureza declaratória em favor do usucapiente que deverá registra-la no cartório de imóveis competente junto a matricula do imóvel para que então o usucapiente se torne o proprietário (titular do direito real sobre a coisa própria).
Em relação as espécies ou modalidades de usucapião a modalidade mais utilizada para propositura d ação é o usucapião extraordinário, pois não há necessidade do usucapiente comprovar a boa-fé tampouco a apresentação do justo título (qualquer documento hábil para comprovar o tempo da posse).
Deixando de ser possuidor e passando a ser proprietário. É uma ação específica, onde é necessário reunir os requisitos obrigatórios de cada modalidade.
A lei fala em oposição, que nada mais é que nenhuma interferência do proprietário, herdeiros ou o Ministério Público.

Continue navegando