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Brasília-DF. Ferramentas e técnicas para Gestão de proJetos Elaboração Wellington Paulo da Silva Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração Sumário APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4 ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7 UNIDADE I GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO ............................................................................................................. 9 CAPÍTULO 1 COLETAR OS REQUISITOS .......................................................................................................... 9 CAPÍTULO 2 SEQUENCIAR AS ATIVIDADES ................................................................................................... 18 CAPÍTULO 3 ESTIMAR AS DURAÇÕES DAS ATIVIDADES ................................................................................ 25 CAPÍTULO 4 DESENVOLVER O CRONOGRAMA .......................................................................................... 31 UNIDADE II GERENCIAMENTO DOS CUSTOS ........................................................................................................... 37 CAPÍTULO 1 ESTIMAR OS CUSTOS .............................................................................................................. 37 CAPÍTULO 2 DETERMINAR O ORÇAMENTO ................................................................................................. 44 CAPÍTULO 3 CONTROLAR OS CUSTOS........................................................................................................ 47 UNIDADE III GERENCIAMENTO DA QUALIDADE ....................................................................................................... 53 CAPÍTULO 1 PLANEJAR O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE ...................................................................... 56 CAPÍTULO 2 REALIZAR A GARANTIA DA QUALIDADE .................................................................................... 73 CAPÍTULO 3 CONTROLAR A QUALIDADE .................................................................................................... 83 CAPÍTULO 4 PLANEJAR O GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES ........................................................... 85 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 97 4 Apresentação Caro aluno A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD. Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo. Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira. Conselho Editorial 5 Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares. A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos e Pesquisa. Provocação Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor conteudista. Para refletir Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões. Sugestão de estudo complementar Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso. Atenção Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a síntese/conclusão do assunto abordado. 6 Saiba mais Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões sobre o assunto abordado. Sintetizando Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos. Para (não) finalizar Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado. 7 Introdução Um projeto é um trabalho temporário, com início meio e fim, com o intuito de criar um produto, serviço ou resultado único e exclusivo. Projetos podem ser longos, durar vários anos, como também podem ser curtos, durando algumas semanas. Assim como projetos podem ser de aplicação cara ou até as vezes sem custo algum. Cada projeto é um projeto diferente, porém, todos devem ser tratados com os mesmos cuidados para que se atinjam os objetivos definidos no escopo, assim como estar de acordo com o uso dos recursos disponibilizados. Gerenciar projetos é sempre difícil, porém, conhecendo e sabendo utilizar as ferramentas de apoio corretamente torna o trabalho menos árduo e com melhores resultados. Este material consiste em tratar algumas etapas do gerenciamento de projetos, assim como alguns processos presentes dentro destes. Compreenda que as outras etapas e os processos que não estão descritos neste material não são menos importantes. Este material visa trazer conhecimento sobre os pontos que mais carecem de informação ou que já possuem vícios errados de gerenciamento. Para melhorar o mundo do gerenciamento de projetos, selecionamos várias ferramentas e técnicas para auxiliar e melhorar os projetos em que atuam. Objetivos » Apresentar ferramentas e técnicas para gestão de projetos. » Desenvolver o conhecimento dos principais erros cometidos durante a gestão de um projeto. » Dar uma visão de forma macro de como organizar a gestão de projetos. 8 9 UNIDADE IGESTÃO DO ESCOPO E TEMPO CAPÍTULO 1 Coletar os requisitos Coletar os requisitos de um projeto é de extrema importância para um projeto, tendo que, caso um requisito importante não seja registrado ou caso haja outros requisitos não declarados inicialmente, pode fazer com que o projeto não seja inteiramente desenvolvido, causando o atraso ou o estouro dos recursos financeiros, pois desta maneira um projeto é previsto (cotado) por meio dos requisitos conhecidos. Diante deste cenário, vamos estudar um pouco mais afundo o processo de coletar os requisitos do gerenciamento de projetos. Requisitos são as necessidades das partes interessadas sobre um projeto ou produto. Desta forma, trabalhos ou requisitos extras não devem ser incluídos em um projeto apenas por desejo, assim como os requisitos devem estar diretamente ligados a solução de desafios e ao atendimento dos objetivos declarados no termo de abertura do projeto.Os requisitos podem estar descritos sobre como o gerenciamento das atividades devem ser executadas, modos de visualizações especificadas que as partes interessadas têm interesse que estejam presentes no produto final do projeto, requisitos que definam a qualidade do produto aos olhos do cliente. O mais importante neste processo é que realmente todos os requisitos sejam identificados e não somente aos “grandes” requisitos. Os principais requisitos geralmente já deveriam ter sido definidos no termo de abertura do projeto na fase de iniciação. Fica a cargo do processo coletar os requisitos, o detalhamento dos requisitos principais e a identificação de novos requisitos, sendo estes mais específicos sobre a exigência e expectativas de todas as partes interessadas. 10 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Entenda que cada requisito não identificado pode gerar uma mudança no escopo do projeto no futuro. Para uma adequada coleta de requisitos, é fundamental que se conheça adequadamente todas as partes interessadas do projeto. Geralmente, estas informações estão contidas no plano de gerenciamento das partes interessadas. Diante desta informação, solicite as partes interessadas quais são seus requisitos para com o projeto e, caso necessário, faça uma revisão destes requisitos para que, você, gerente de projetos, e as partes interessadas tenham o mesmo entendimento dos requisitos solicitados. Mas lembre-se que tanto em projetos pequenos como em projetos grandes, pode haver centenas de partes interessadas, então, é importante conhecer todas e compreender como elas os seus requisitos individuais. Agora pense, havendo centenas de partes interessadas, é possível que com todas funcione um único método de coleta dos requisitos? Dificilmente será possível, assim, é necessário que métodos e técnicas diferentes sejam utilizadas de forma adequada para se obter o maior número de requisitos das partes interessadas. Todo esforço é necessário nesse momento, já que a parte de execução ainda não foi iniciada, estas atividades podem requerer revisões de outros documentos, tais como gerenciamento das partes interessadas, revisão das lições apreendidas, revisão dos registros históricos da empresa, entre outras. Figura 1. Coletar os requisitos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas. ENTRADAS 1-Plano de gerenciamento do escopo 2-Plano de gerenciamento dos requisitos 3-Plano de gerenciamento das partes interessadas 4- Termo de abertura do projeto 5- Registro das partes interessadas FERRAMENTAS E TÉCNICAS 1- Entrevistas 2- Grupo de discussão 3- Oficinas facilitadas 4- Técnicas de criatividade em grupo 5- Técnicas de tomada de decisão em grupo 6- Questionários e pesquisas 7- Observações 8- Protótipos 9- Benchmarking 10- Diagramas de contexto 11- Análise dos documentos SAÍDAS 1- Documentos dos requisitos 2- Matriz de rastreabilidade dos requisitos Fonte: PMBOK (2017). 11 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I O gerente de projetos deve conhecer e escolher as melhores técnicas que se enquadram ao seu perfil e ao perfil das partes interessadas envolvidas. Assim, vamos detalhar abaixo algumas dessas técnicas: Revisão de registro históricos É nos registros históricos e nas lições aprendidas (que estão contidas dentro dos registros históricos) que encontramos quais eram os requisitos passados das partes interessadas, ajudando a obter dados para os requisitos atuais, tais como relatórios, requisitos de gerenciamento de projetos, requisitos de conformidade do projeto e, em alguns casos, é possível identificar até dados que foram ocultados ou que não estavam devidamente claros no termo de abertura do projeto. Assim, conseguimos garantir a existência de alguns requisitos importantes. Entrevistas Conhecida também como entrevistas especialista, a equipe ou o próprio gerente de projeto conduzem entrevistas com todas as partes interessadas de modo a buscar e identificar requisito destas partes interessadas. Estas entrevistas podem acontecer de forma individua,l o entrevistador e o entrevistado, como também podem acontece em grupos, o entrevistador e um grupo de entrevistado. O mais importante dessas entrevistas é que o entrevistador (o gerente de projetos) consiga direcionar corretamente os entrevistados para que eles coloquem seus requisitos de forma clara e objetiva, para que ambos tenham o mesmo entendimento do requisito. Esta técnica pode ser realizar por meio de entrevistas pessoalmente, por meio de telefone, conferências, videoconferências, e-mails, entre outros meios de comunicações. Grupos de foco Utilizadas para identificar requisitos de um conjunto específicos de partes interessas, como também de especialistas referente ao produto ou ao projeto em específico. Porém, não confunda que o grupo de foco seja similar as entrevistas, no grupo de foco, todos participantes têm sua participação ativa, perguntam e expõem ideias. Porém, as discussões de um grupo de foco são sempre intermediadas por meio de um moderador que tem por obrigação garantir que 12 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO os assuntos se mantenham direcionados ao objetivo de identificar requisitos das partes interessadas. Brainstorming Os brainstormings são excelentes ferramentas de captura de requisitos das partes interessadas quando são bem realizadas. O grande problema é que geralmente eles acabam por não buscar de forma adequada às ideais das partes interessadas. O brainstorming busca facilitar e encorajar que todas as partes interessadas participem e exponham suas ideias aos demais participantes. Todas as ideias devem ser tomadas com mesmo grau de verdade e posteriormente são tratadas com outras ferramentas e técnicas de modo a otimizar o uso de todas as ideias. Assim, quando finalizado a identificação de todas as ideias, o mesmo grupo pode avaliá-las e organizá-las com a utilização de técnicas como grupo nominal ou análise multicritérios. Técnica de grupo nominal Esta técnica é uma das técnicas mais utilizadas e rápidas de serem colocadas em prática, após uma grande exposição de ideias ou soluções, em grupo, seja pela decisão da maioria ou por outro meio definido. São organizadas as ideias, podendo ser organizadas como: da mais importante para a menos importante, da solução mais barata a solução mais cara, da solução mais eficaz a solução menos eficaz, entre outras. Análise de decisão multicritérios Outra técnica de simples utilização, tal como a técnica de grupo nominal, é a análise de decisão multicritérios. Nestas técnicas, após possuírem uma grande quantidade de ideias ou soluções, o grupo define critérios de classificação, custo de implementação, tempo de implementação, estimativa de prazo para término, estimativa para benefícios, entre outras. Todos os critérios devem possuir um mesmo modo de classificação, como por exemplo, pontuação de 1 a 5, classificação entre bom, regular e ruim, entre outras. Ao fim, elabora-se uma matriz entre as ideias e os critérios estabelecidos e pontua-se. A soma das pontuações define quais ideias são prioridades frente às outras. 13 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Mapas mentais Criados em forma de diagrama, os mapas mentais expõem ideias ou observações que ajudam a classificar informações. Os mapas mentais se parecem muito com a estrutura de uma arvores que subdividem pontos importantes em pontos menos importantes, porém, que tenham afinidade ao ponto anterior. Em mapas mentais, é permitido o uso de cores, desenhos, imagens, tudo que torne sua visualização mais simplificada. Figura 2. Mapa mental. Gerentes (2,1 x 2,1m) - 3 Espaço do escritorio Baias (1,8 x 1,2m, 5 por área) - 15 Áudio Rack para música - 12 Impressoras Cada área - 3 Uso público - 2 Escritório - 4 Diretores (3,7 x 3,7m) - 1 Sala para audiolivros e música - 185m2 Computadores para escritórios / baias de pessoal - 20 Computadores Prateleiras para audiolivros - 15 Computadores com recursos para reproduziráudio - 5 Púlpito Grande - 50 pessoas Acervo de livros 15 categorias diferentesProjetor de teto Média - 20 pessoas Salas Sinalização acima para fácil localizaçãoPequena - 10 pessoas Entrada separada Espaço público para reuniões Requisitos da biblioteca Computadores para uso público - 48Telas retráteis Computadores para mesas de atendimento aos visitantes - 12 Jornais Área de leitura Cadeiras confortáveis-25 Cadeiras pequenas - 80% Mesas de leitura-2 Área infan�l Local para contar histórias 150.00 livros Fonte: Mulcahy [s/d]. Diagrama de afinidade Esta técnica é similar ao Map Mind, pois possui o intuito de organizar por semelhança as ideias levantadas em outras técnicas, sendo que cada grupo recebe um nome, sendo mais visual para identificar requisitos ainda não identificados. 14 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Figura 3. Diagrama de afinidade. Acervo de livros Computadores Espaço do escritório Serviços ao cliente 15.000 livros 48 computadores para uso público 4 escritórios e 15 baias 1 Mesa por área, com computador e telefone 15 categorias diferentes 1 escritório do diretor (3,7 x 3,7m) 12 computadores para mesas de atendimento aos visitantes Sinalização acima para fácil localização 3 escritórios para gerentes (2,1 x 2,1m), localizados próximos de suas áreas de responsabilidade 20 computadores para escritórios/baias de pessoal Impressora para cada área; 7 impressoras para uso público 5 baias (1,8 x 1,2m) para a área de cada gerente Área infantil Área de leitura Salas públicas para reuniões Áudio Cadeiras pequenas (80%) Revistas 3 salas 185m2 para áudio livros e música Local para contar histórias Jornais 10 pessoas, 20 pessoas e 50 pessoas 15 prateleiras para áudio livros Cadeiras confortáveis Telas retráteis 2 mesas 12 racks para música Púlpito para sala para 50 pessoas 5 computadores com recursos para reproduzir áudio Requisito recém identificado Requisito recém identificado Requisito recém identificado Fonte: Mulcahy [s/d]. O diagrama de afinidade pode ser categorizado de outras maneiras, conforme a necessidade de seu projeto ou produto. Veja a seguir alguns outros modos de categorização: 15 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I » Requisitos de negócios: de quais necessidades o projeto foi idealizado? Quais as reais necessidades de negócio do projeto? » Requisitos das partes interessadas: qual o real interesse das partes interessadas no projeto? O que as partes interessadas esperam do projeto? » Requisitos de solução: qual a visão do cliente para com o produto? Quais as principais características do produto? Quais as funcionalidades esperadas? » Requisitos de transição: quais as exigências do cliente para que ele considere o projeto entregue e concluído? Há necessidade de treinamentos? Há necessidade de entrega de documentos, manuais e relatórios? » Requisitos de projeto: é definido como o projeto deve ser conduzido mediante a inicialização, o planejamento, a execução, o controle e o encerramento? » Requisitos de qualidade: quais as definições de qualidade do cliente? Quais requisitos de qualidade são limitadores para concluir uma entrega? » Requisitos técnicos: quais os requisitos técnicos de construção? Quais os materiais necessários? Quais as especificações técnicas que o produto deve atender? Workshops facilitados Está técnica é muito útil, principalmente quando um projeto de um novo produto, diferente do que é comum para a instituição responsável por desenvolver o projeto. Nesta técnica reunisse partes interessadas com os mais diferentes pontos de vistas sobre o produto. Assim, algumas partes interessadas podem compartilhar históricos de outros projetos, outras partes interessadas podem compartilhar qual a expectativa sobre o projeto. Mas, tudo deve ocorrer de forma facilitada pelo gerente de projeto, tendo como principal responsabilidade conduzir o workshop de forma que os assuntos não se dispersem e permaneçam alinhados aos interesses do projeto. Um modo simples de se utilizar esta técnica é seguir a receita a seguir, durante a apresentação das ideais: sendo (descreva o papel mediante ao projeto), gostaria que 16 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO (descreva qual a funcionalidade ou objetivo esperado), pois (descreve os motivos por que esta necessidade é importante nos quesitos benefício aos negócios). Benchmarking Uma maneira bem eficiente de conseguir boas informações sobre requisitos de produtos ou até mesmo para outras funcionalidades é a utilização da ferramenta de Benchmark. Esta consulta pode ser realizada em concorrente, em outras unidades de projeto da mesma empresa, ou até mesmo com outros gerentes de projeto da mesma organização, porém, entenda que existem algumas dificuldades e limitações nesta técnica, especialmente quando realizada por meio da concorrência. Em visão geral, o Benchmarking avalia a organização pesquisadora em comparação a organização pesquisada. Outro fator importante a ser considerado é que a realização do Benchmarking pode consumir demasiadamente o tempo e os custos, e por “facilitar” as tarefas, esta técnica pode acabar por inibir ou limitar a criatividade de uma equipe, já que gasta-se tempo pesquisando como outras organizações resolveram problemas ao invés de pesquisar soluções inovadoras para resolver problemas. Protótipos A utilização de protótipos muitas vezes é uma saída muito eficiente de apresentar às partes interessadas o que foi entendido dos requisitos e da abertura a estas mesmas partes interessadas em avaliar se o protótipo está realmente atendendo suas necessidades ou se é necessário solicitar adições ou até mesmo uma revisão do que foi solicitado. É uma técnica boa de ser utilizada quando o escopo ainda não foi fechado, já que um protótipo pode ser construído várias vezes com o intuito de ir refinando e incorporando os reais requisitos de produto definido pelas partes interessadas. Porém, lembre-se de que, para alguns produtos, protótipos podem ter altos custos de construção. Nestes casos, é importante alinhar as partes interessadas a possibilidade de construção de protótipos com materiais diferentes, funcionalidades reduzidas, entre outras coisas. 17 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Observação A observação é uma técnica não muito rápida para se obter resultados, porém, é possível conseguir absorver resultados reais das necessidades das partes interessadas. Sua aplicação é simples; consiste na observação do dia a dia das partes interessadas envolvidas nas necessidades do projeto. Por meio da observação, alguns pontos, muitas vezes difíceis de serem explicadas pelas partes interessadas, podem ser capitadas e transcritas para os seus devidos requisitos. Um ponto negativo para esta técnica é que, quando se tem muitas partes interessadas, podem levar longos períodos para serem concluídos. Pode até tornar esta técnica inviável. Por este motivo, está técnica na maioria das vezes só é utilizada quando uma parte interessada tem dificuldade em expor suas reais necessidades para com o projeto. 18 CAPÍTULO 2 Sequenciar as atividades Do ponto de vista de muitas pessoas envolvidas em projetos, o processo de sequenciar as atividades é algo simples de ser realizado, porém, na realidade, não é bem assim. Este processo é constituído de maneira rápida de descrever em pegar as atividades, os principais eventos (marcos), e sequenciá-los em uma ordem lógica tal como o trabalho deverá acontecer. Um dos resultados deste processo é a construção do diagrama de rede do projeto. Figura 4. Diagrama de rede. Início Fim Fonte: Mulcahy [s/d]. Em um diagrama de rede, pode-se ser adicionado à estimativa da duração das tarefas, comotambém pode estar relacionado a uma escala de tempo. Nestes casos, pode demonstrar o caminho crítico e cronograma simplificado, consequentemente. Mas seu principal objetivo é demonstrar apenas as dependências entre as atividades, quais são seus relacionamentos lógicos. Figura 5. Sequenciar as atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas. ENTRADAS 1- Plano de gerenciamento do cronograma. 2- Lista de atividades. 3- Atributos das atividades. 4- Lista dos marcos. 5- Especificação do escopo do projeto. 6- Fatores ambientais da empresa. 7- Ativos de processos organizacionais. FERRAMENTAS E TÉCNICAS 1- Método do diagrama de precedência (MDP). 2- Determinação de dependência. 3- Antecipações e esperas. SAÍDAS 1- Diagramas de rede do cronograma do projeto. 2- Atualizações nos documentos do projeto. Fonte: PMBOK (2017). Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels 19 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Vejamos a seguir alguns métodos e técnicas para otimizar este processo. Método do diagrama de precedência (MDP) Está técnica nem sempre foi a principal a ser utilizadas, No passado, utilizava-se também o Método de digrama de setas (MDS) para desenhar diagramas de rede, porém, o que ficou popularmente conhecido e mais utilizado foi o método do diagrama de precedências (MDP). O Método do diagrama de precedência (MDP), em algumas literaturas, também pode ser encontrado por meio da definição Atividades no nó (ANN). Este método define como “caixas” ou “nós” as atividades a serem executadas e as setas representam a dependências de uma atividade a outra. Exemplificando, a atividade A não tem dependência para ser iniciada, porém, a atividade B depende de que a atividade A tenha sido concluída para que a atividade B possa ser executada. Em outras palavras, o alicerce de uma casa não tem dependências para ser iniciado, porém, construir as paredes das casas necessita que o alicerce já tenha sido concluído, assim como para construir o telhado é necessário que as paredes já tenham sido concluídas. Figura 6. Método do diagrama de precedência. ATIVIDADE A ATIVIDADE B Fonte: Mulcahy [s/d]. Duas atividades podem possuir quatro tipos de relacionamentos lógicos entre si. Vejamos estes quatro tipos de relacionamento a seguir: Término para Início (TI) Uma atividade obrigatoriamente deverá ser concluída (terminada) antes que a próxima tarefa pode ser iniciada (começada). Este é o relacionamento mais comumente utilizado, até mesmo por seguir uma lógica mais clara e de fácil entendimento por muitas pessoas. Guilherme Baratrels 20 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Como exemplo: é necessário finalizar a tarefa de cavar o buraco, para que somente após esta atividade possa ser iniciada a segunda atividade de plantar a árvore. Figura 7. Término para início. Cavar buraco Plantar árvore Término para início: Fonte: Mulcahy [s/d]. Início para Início (II) Uma atividade pré-definida deverá já ter sido iniciada para que a próxima atividade também possa ser iniciada. Muitas vezes, este modo de relacionamento está ligado a atividades que podem ser executadas em paralelo. Como por exemplo, o Design do projeto já deve ter sido iniciado para que os programadores possam começar a construir os códigos base. Outro exemplo interessante seria A instalação elétrica de uma casa deve já ter sido iniciada para que a instalação das tomadas, lâmpadas e interruptores possam também iniciar. Figura 8. Início para início. Design Código Início para início: Fonte: Mulcahy [s/d]. Término para término (TT) Uma determinada atividade deve obrigatoriamente ter sido terminada, para que outra atividade possa ser terminada também, pois a primeira atividade alimenta a segunda com algum tipo de informação que é necessário para a conclusão da segunda atividade. Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels 21 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Vejamos um exemplo: todos os testes do produto precisam ter sido concluídos para que a documentação do produto possa considerar estes testes e concluir a documentação. Muitas vezes, este modo de relacionamento está ligado a atividades que podem ser executadas em paralelo. Figura 9. Témino para término. Teste Documentação Término para término: Fonte: Mulcahy [s/d]. Início para término (IT) Uma determinada atividade deve obrigatoriamente ter sido iniciada para que outra atividade possa ser concluída. Este tipo de relacionamento é muito raro de se utilizar, mas existe e deve ser conhecido. Como exemplo, considerar: uma previsão de pedido de compras de um determinado produto precisa ser planejada para que a construção das peças que componham termine para posteriormente terminar sua determinada montagem. Figura 10. Início para término. Previsão de pedido de compras Componentes Início para término: Fonte: Mulcahy [s/d]. Guilherme Baratrels 22 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Técnica GERT (análise e avaliação gráfica) De certo modo, similar a técnica de diagrama de rede, a técnica de análise e avaliação gráfica (GERT) acaba sendo um diagrama rede, porém, com tomadas de decisões ou realimentações com entrada para algumas tarefas com saídas de outras tarefas, que tiveram entradas destas mesmas tarefas que estão sendo realimentadas. Isto geralmente ocorre com a necessidade de projetar algo, fazer análise ou testes e realimentar a atividade de projetar, analisar novamente e fornecer novos dados de análises e teste a atividade projetar, e analisar. Até que alguma ou algumas variáveis sejam atendidas para que siga para outra atividade posterior. Pode ser até uma tarefa de tomada de decisão de fazer ou não, ou até mesmo uma tarefa com múltiplas saídas que poderão acontecer variando com a entrada recebida. Figura 11. Loop de atividades na GERT. Atividade A Atividade B Fonte: Mulcahy [s/d]. Tipos de dependências Algo utilizado tanto na anáise GERT como no diagrama de rede. É a definição das dependências entre atividades, o que pode até definir a sequência de qual atividade dever ser realizada antes ou depois de outra determinada atividade. Vejamos, a seguir, alguns tipos de dependências entre atividades. Dependência obrigatória (lógica fixa) A dependência é obrigatória, conforme a própria natureza da atividade, por exemplo, é necessário construir as estruturas e paredes de uma casa antes construir o telhado. Outras dependências de atividades podem ter sido definidas em contratos, a construção do produto só pode ser iniciada após emissão e aprovação dos relatórios pelo cliente final. Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels 23 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Dependência condicional (lógica preferida) A lógica preferida também pode ser tratada por lógica preferencial ou lógica flexível, este tipo de lógica está diretamente ligada ao modo como uma organização prefere realizar suas atividades, sendo possíveis várias possibilidades de dependências para um conjunto de atividades. Diferente de outras dependências, a dependência condicional nos permite possibilidades diferentes para realização de uma mesma atividade. Este tipo de dependência é muito útil quando se é necessário comprimir o cronograma, a modo de ajustar o tempo de duração do projeto, reduzindo o tempo. Dependência externa Dependências externas são atividades necessárias vinda de órgãos externos a organização ou ao projeto, como por exemplo, atividades necessárias para cumprir com legislações ou solicitações do próprio cliente. Dependências internas Dependências internas são as definidas pelo projeto, necessidades próprias do projeto ou atividades que os membros da equipe do projeto podem controlar. Algumas vezes, poderá ser encontrada em uma mesma atividade mais de um tipo de dependência. São exemplos comuns de serem encontradas: obrigatória externa, obrigatória interna, condicionalexterna e condicional interna. São atividades do time de projetos identificar atividades obrigatórias e condicionais e responsabilidade do gerente de projetos por encontrar ou definir as dependências externas e internas. Antecipações e esperas As antecipações e esperas são algo ainda pouco utilizadas na sequenciação de atividades, como na elaboração de cronogramas. Porém, tem grande utilidade quando se conhece sua função e o time de projeto também a conhece. Antecipações nada mais é do que uma atividade sucessora que pode começar sem que uma atividade antes tenha sido concluída totalmente. Imagine que você possa começar a pintar algumas paredes de uma casa antes que todas as paredes tenham sido terminadas, por exemplo. Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels 24 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Já as esperas são atividades que precisam aguardar algum tempo (horas ou dias) para que possa iniciar, mesmo que a sua atividade antecessora já tenha terminado. Após aplicar e alisar o cimento em uma parede, é necessário aguardar alguns dias para que o cimento utilizado cure antes de iniciar a pintura daquela parede, por exemplo. 25 CAPÍTULO 3 Estimar as durações das atividades O processo de estimar as durações das atividades é algo comumente feito de maneira errada, apesar de acreditarem estar fazendo de modo correto. A seguir, detalharemos mais estas informações e entenderemos o porquê acabamos por fazer de maneira errada. Figura 12. Estimar a duração das atividades: entradas, ferramentas e técnicas e saídas. ENTRADAS 1- Plano de gerenciamento do cronograma 2- Lista de atividades 3- Atributos das atividades 4- Requisitos de recursos das atividades 5- Calendários do recurso 6- Especificação do escopo do projeto 7- Registro dos riscos 8- Estrutura analítica dos recursos 9- Fatores ambientais da empresa 10- Ativos de processos organizacionais FERRAMENTAS E TÉCNICAS 1- Opnião especializada 2- Estimativa análoga 3- Estimativa paramétrica 4- Estimativa de três pontos 5- Técnicas de tomada de decisões em grupo 6- Análise de reservas SAÍDAS 1- Estimativas de duração das atividades 2- Atualizações nos documentos do projeto Fonte: PMBOK (2017). Estimar a duração das atividades nada mais é que definir o tempo correto para que cada atividade aconteça. O ponto mais importante neste processo de estimar a duração é que as pessoas que executam as atividades são as que devem estimar a duração. Pode ser que as pessoas que executem as atividades sejam ou não membros da equipe do projeto. Para uma boa estimativa, os responsáveis por aferir a duração precisam conhecer alguns dados, tais como: qual é a lista de atividades, quais são os requisitos para cada atividade, quais recursos disponíveis, qual calendário de recursos, quais são os dados organizacionais dentre outros diversos dados. Quanto mais informações disponíveis, mais precisa será a estimativa. 26 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Vamos primeiro ao exemplo de um modo errado de estimar a duração das atividades. Você não conhece a atividade a ser realizada, então, imagina-se um tempo e, com o medo do erro, ainda se dobra esta estimativa sem fundamento. Isto é o mesmo que inserir “gordura” em sua estimativa, e isto não é o que se espera de um gerente de projetos. Os gerentes de projetos são conhecidos por serem éticos e definirem corretamente todos os recursos, independentemente de quais tipos de recursos sejam. Outro grande problema em realizar as estimativas desta forma errada é que, caso todas as atividades fossem estimadas deste jeito, teríamos um cronograma completamente errado e consequentemente superfaturado. Durações mal definidas são tempos mal definidos e, consequentemente, custos mal definidos. É diferente quando se considera reservas. Nesse caso, o tempo ideal se é conhecido e há uma reserva considerada. Agora, vejamos algumas técnicas para fazer a estimativa das atividades. Estimativa de um ponto A estimativa de um ponto é a mais simples de ser realizada e muitas vezes a mais passível de erro, pois considera uma única estimativa, podendo vir de uma opinião especializada, de informações históricas ou até mesmo de uma estimativa por palpite. Este modo de estimativa possui vários pontos negativos, dentre os quais podemos destacar: » Acaba por dar espaço as pessoas em considerar mais tempo que o necessário. » Oculta dados importante das atividades, o que acaba por dificultar as incertezas do projeto. » Pode gerar um cronograma irreal e, consequentemente, de baixa aderência com a equipe do projeto. Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels 27 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Estimativa análoga (Top-Down) Esta técnica pode ser utilizada para a estimativa de duração de uma atividade como também para estimar os custos desta mesma atividade. Esta técnica é baseada em opinião especializada mais as informações históricas de modo a conseguir prever a duração de uma atividade no futuro. Muito utilizada para estimar a duração total do projeto com base em históricos. Se outros projetos similares terminaram em 12 meses, este deverá levar o mesmo tempo. Para utilizar esta estimativa para atividades, é necessário que a atividade já tenha acontecido em projetos anteriores e a atividade deve também continuar sendo similar a que foi realizada no passado. Esta mesma atividade durou 5 dias nos últimos 3 projetos. O histórico de projetos anteriores é a entrada mais importante para este tipo de estimativa; sem ela, é impossível realizar uma estimativa adequada com esta técnica. Estimativa paramétrica Já a estimativa paramétrica é uma das mais utilizadas a qual usa como referências variáveis e estimativas de tempo e custo. Muitas vezes, são referenciados com dados históricos existentes provindos de projetos e atividades anteriores. Assim, é muito comum definir uma equação em função do tempo com diversas possibilidades de variáveis para base, como por exemplo: linha de programação por tempo, metro linear de produção por tempo, metro quadrado de construção por tempo, entre outras possibilidades. A estimativa paramétrica pode ser criada de duas maneiras diferentes: Análise de regressão Também conhecido por diagrama de dispersão, monitorando duas variáveis (por exemplo, metro linear, tempo), é possível criar um gráfico relacionando estas variáveis, assim sendo possível extrair uma fórmula matemática para definir com mais precisão as futuras estimativas. Guilherme Baratrels 28 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Figura 13. Análise de regressão (diagrama de dispersão). 0 20 40 60 80 100 0 1 2 3 4 5 Fonte: Mulcahy [s/d]. Curva de aprendizado Já a curva de aprendizado é algo que pode ser considerado quando existem várias atividades similares ou iguais dentro de um mesmo projeto. Ela considera que a enésima parede será construída em menos tempo que as primeiras paredes, pois conforme os construtores constroem, eles adquirem experiência e ganham eficiência. Estimativa de três pontos A análise de três pontos é uma das mais utilizadas, pois considera fatores e opiniões diferentes para a estimativa. Lembre-se que a possibilidade de um projeto ou atividade terminar exatamente conforme planejado é um feito de baixíssima possibilidade. Pois é conhecido que, por diversos fatores alheios, as tarefas podem atrasar, como também algumas até acabam por sendo realizadas antes do prazo. Assim para a estimativa de três pontos, além do tempo ideal, fazem mais algumas considerações importantes, análise do que pode vir a dar certo (oportunidades) e análise do que pode vir a dar errado (ameaças), assim entendendo melhor as variáveis influentes para uma melhor estimativa. 29 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Na análise de três pontos, os estimadores fornecem uma estimativa otimista, uma pessimista e uma mais provável para cada atividade. Com estas três estimativas, oestimador pode decidir por usar alguns métodos para extrair um único valor para ser considerado na duração da atividade. Vejamos alguns modos para determinar o melhor valor entre os três pontos conhecidos. Distribuição triangular A distribuição triangular, também conhecida por média simples, considera os três pontos para determinar um único valor de possibilidade. Na média simples, o peso dos dados levantados são todos iguais, assim, todas as ameaças e oportunidades têm uma consideração igual. Vejamos a fórmula para a distribuição triangular. 3 P O M média simples+ + = Onde: P = Estimativa pessimista. O = Estimativa otimista. M= Estimativa mais provável. Distribuição beta A distribuição beta, também conhecida como média ponderada, faz com que cada estimativa (pessimista, otimista e mais provável), tenha pesos diferentes, dando o maior peso a estimativa mais provável. Esta estimativa, assim como a anterior, também faz o uso de uma fórmula para calcular a melhor estimativa, vejamos a seguir: ( )4 6 P M O média ponderada + × + = Assim, a estimativa mais provável recebe um peso quatro vezes maior que as demais, forçando que a fórmula forneça um resultado mais direcionado a estimativa mais provável, isto por que se considera que os riscos e as oportunidades serão tratados e se evitarão grandes desvios ao projeto, utilizando um plano de respostas aos riscos e oportunidade que possam vir a acontecer. 30 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Análise de reserva Como já dito anteriormente, não podemos acrescentar tempos extras ao projeto de modo desconhecido. Porém, uma análise sobre os riscos de todas as ameaças acontecem e nenhuma oportunidade vir ser tratada. Fica iminente que todo o projeto ficará comprometido com o atendimento de seu prazo final. Porém, não podemos considerar o prazo pessimista para todas as atividades, assim, teríamos também um cronograma irrealista e sem credibilidade dando espaço para que os executores das atividades não se dediquem como deveriam para cumprir com as atividades. Entretanto, entende-se que o gerente de projetos, mesmo como todas as ameaças acontecendo, irá manobrar o projeto de modo a mantê-lo no prazo, seja se utilizando de atividades paralelas ou reduzindo o escopo para reduzir-se o trabalho. Assim, o que é realizado para organizar é uma análise de risco e a inclusão de tempos de reserva. Estas reservas são divididas em dois tipos distintos de reservas, vejamos elas com mais detalhes a seguir. Reserva de contingência Conhecida também simplesmente por reserva de tempo ou buffer de tempo, estas acabam por ser incluídas diretamente dentro do cronograma para cada atividades ou grupo de atividades, após que uma análise de resposta ao risco tenha sido realizada, tratando assim somente aqueles riscos em que não foram possíveis mitigações plausíveis. Reserva de projeto Já as reservas de projeto estão ligadas às ameaças não conhecidas, de modo a garantir que o projeto seja mantido dentro do cronograma, mesmo com o aparecimento de ameaças antes não conhecidas. Porém, em geral, estas reservas, mesmo existindo no escopo do projeto, requerem uma aprovação formal de solicitação de mudança para ser utilizada. Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels Guilherme Baratrels 31 CAPÍTULO 4 Desenvolver o cronograma Neste processo, veremos que o cronograma é a consolidação de forma gráfica e visual de outros processos. Figura 14. Desenvolver o cronograma: entradas, ferramentas e técnicas e saídas. ENTRADAS 1- Plano de gerenciamento do cronograma 2- Lista de atividades 3- Atributos das atividades 4- Diagramas de rede do cronograma do projeto 5- Requisitos de recursos das atividades 6- Calendários dos recursos 7- Estimativas das durações das atividades 8- Especificação do escopo do projeto 9- Registro dos riscos 10- Designações do pessoal do projeto 11- Estrutura analítica dos recursos 12- Fatores ambientais da empresa 13- Ativos de processos organizacionais FERRAMENTAS E TÉCNICAS 1- Análise de rede do cronograma 2- Método do caminho crítico 3- Método da corrente crítica 4- Técnicas de otimização de recursos 5- Técnicas de desenvolvimento de modelos 6- Antecipações e esperas 7- Compressão de cronograma 8- Ferramenta de cronograma SAÍDAS 1- Linha de base do cronograma 2- Cronograma do projeto 3- Dados do cronograma 4- Calendários do projeto 5- Atualizações no plano de gerenciamento do projeto 6- Atualizações nos documentos do projeto Fonte: PMBOK (2017). O cronograma é criado com base em todos os dados levantados para o projeto, as atividades, as interligações das atividades por dependências, a alocação das antecipações e esperas, entre outras coisas. 32 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO A principal visão do cronograma é que ele esteja demonstrado em função do calendário do projeto. O cronograma acaba por ser um documento vivo durante o projeto, o qual pode continuamente ser modificado, conforme o encerramento de atividade ou o aparecimento de ameaças e oportunidades. Assim, vejamos agora algumas ferramentas para ajudar a melhorar este documento tão importante ao projeto. Análise de rede do cronograma A análise de rede do cronograma se inicia após ter o modelo de cronograma que será utilizado. Esta análise pode ser realizada por várias técnicas, vejamos algumas: » Método do caminho crítico. » Compressão de cronograma. » Otimização de recursos. » Método da cadeia crítica. Cada uma dessas técnicas possui suas particularidades, por este motivo, vamos conhecer elas com mais detalhes. Método do caminho crítico Em poucas palavras, o método do caminho crítico determina o caminho de maior duração no cronograma, assim, desta forma, pode definir a primeira e última data que o projeto pode iniciar e/ou terminar. É importante conhece alguns conceitos para se poder aplicar o Método do caminho crítico, vejamos eles a seguir: » Caminho crítico: é, por definição, o trajeto mais longo para se concluir o projeto por meio do diagrama de rede; é também de onde sai o dado do tempo mais rápido para se concluir um projeto. 33 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I Figura 15. Método do caminho crítico. 3 A 9 E 8 F 4 B 4 G 2 H 7 C 4 D Início Fim Fonte: Mulcahy [s/d]. » Caminho quase crítico: dentro do próprio caminho critico, podem existir diversos caminhos quase críticos; estes caminhos são outros caminhos que, caso o caminho crítico venha a ser otimizado, tendo uma duração inferior a estimada, os caminhos quase críticos podem passar a ser o caminho crítico atual. Também é válido, caso um caminho quase crítico atrase suas atividades a ponto de um caminho quase crítico vir a se tornar um novo caminho crítico. » Folga total: a folga total é o quanto uma atividade do projeto pode atrasar sem impactar na data final de entrega do projeto. Observe que está sendo considerado uma atividade atrasar, continuando a atender as restrições do cronograma. » Folga livre: a folga livre é o quanto uma atividade do projeto pode atrasar sem gerar impacto na data de início mais cedo de uma outra atividade predecessora, continuando a atender as restrições do cronograma. » Folga do projeto: a folga do projeto é o quanto o projeto pode atrasar sem impactar a data de entrega com o cliente ou por uma imposição externa. É importante saber que no caminho crítico não a folga exatamente por este ser o caminho crítico, assim, nenhuma atividade no caminho crítico poderia atrasar. Por outro lado, as folgas são de fundamental importância de estarem em conhecimento do gerente do projeto, pois este poderá utilizar destas folgas para reorganizar o projeto quando necessário. É possível calcular e conhecer as folgas utilizando-se as atividades abaixo. 34 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO Fórmula de início: IMT - IMC = Folga Onde: IMT = Data de iníciomais tarde IMC = Data de início mais cedo Fórmula de término: TMT - TMC = Folga Onde: TMT = Data de término mais tarde TMC = Data de término mais cedo Compressão de cronograma Um cronograma geralmente sofre de um problema até muito comum: os prazos de atividades pouco realista. Em geral, está ligada a uma data de entrega imposta que não pode ser atendida e sem possibilidades de discussões. Antes de qualquer tratativa de compressão de cronograma, é responsabilidade do gerente de projetos manifestar o conhecimento de não atendimento dos prazos e tentar buscar datas possíveis de trabalho. Porém, caso não seja possível uma renegociação de prazos, é possível durante o planejamento do projeto, o estudo e a aplicação de ferramentas de compressão de cronograma. Outra possibilidade é utilizar esta técnica durante o controle integrado de mudanças. Independente de quando aplicada, é importante realizar uma análise detalhada do impacto dessas mudanças no cronograma. Agora que conhecemos o que é compressão, vejamos algumas possibilidades de compressão de cronograma: » Paralelismo: uma técnica simples de ser aplicada, porém, de alto impacto caso mal avaliada. O paralelismo pode ser aplicado em um caminho 35 GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO │ UNIDADE I crítico, quase crítico ou onde for visto como necessário. A técnica consiste em pegar duas atividades inicialmente planejadas (uma inicia somente ao final da outra) e executá-las simultaneamente em paralelo. Em geral, esta técnica resulta na necessidade de retrabalho posterior. Figura 16. Paralelismo. Para Fonte: Mulcahy [s/d]. » Compressão: outra técnica simples de ser aplicada, mas também pode ter alto impacto, em caso de não serem avaliadas todas as possibilidades e realizada uma análise de risco anterior a aplicação da técnica. A base da compressão é substituir tempo por dinheiro, ou seja, aloca-se mais recursos para executar uma mesma atividade, mantendo e atendendo todos os requisitos. O aumento de custo é inerente a utilização desta técnica. Otimização de recursos A otimização de recursos é algo, até então, ainda pouco aplicada pelos gerentes de projetos, porém, é algo de grande utilidade. Na otimização de recursos, existem duas técnicas: nivelamento de recursos e arredondamento de recursos. Vejamos mais de cada uma delas a seguir: » Nivelamento de recursos: avalie que, no primeiro mês do projeto, você necessite de 3 recursos; no meio do projeto, necessite de 10 recursos; e no mês seguinte, necessite de 2 recursos. É possível visualizar que a necessidade de recursos no projeto está desequilibrada? 36 UNIDADE I │ GESTÃO DO ESCOPO E TEMPO A técnica de nivelamento atua de forma a nivelar a necessidade desses recursos, porém, o nivelamento pode acabar por prolongar o cronograma ou aumentar os custos, dependendo de como for realizado o nivelamento. » Arredondamento de recursos: muito similar ao nivelamento de recursos, o arredondamento de recursos foca em otimizar os recursos necessários dentro de um período, porém, exclusivamente para o arredondamento foca-se em não gerar impactos de prolongamento do cronograma. Método da cadeia crítica Com o mesmo intuito dos outros métodos, o método da cadeia crítica visa desenvolver um cronograma bem aceito e realista. Porém, este método se difere dos demais métodos por considerar as dependências das atividades e recursos. Atenção, pois, no estudo mais afundo deste método, você poderá se deparar com variações deste método que pode causar análises erradas, misturado-se as variações deste método. Utilizando-se de um diagrama de rede, o caminho crítico deste, trata-se por designar que as atividades ocorram no limite do projeto, tão tarde quanto seja possível, mas ainda atendendo o cronograma na data de entrega final. Inclui-se nesta análise as dependências dos recursos e, em seguida, reformula o cálculo da cadeia crítica, iniciando-se pela data de entrega final. A cada análise, se for necessário, determina se a inclusão de buffers para mitigar os riscos que podem vir a acontecer. Ao final, haverá várias reservas, ao longo do projeto, as quais irão permitir a flexibilidade de se tratar com atrasos nas atividades. 37 UNIDADE IIGERENCIAMENTO DOS CUSTOS Nesta unidade, serão apresentados os processos e as técnicas utilizadas para se tratar o gerenciamento dos custos em um projeto. CAPÍTULO 1 Estimar os custos Neste processo, veremos como estimar de forma correta e coerente os custos de um projeto. Mas antes, é importante compreender alguns termos existentes. Figura 17. Estimar os custos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas. ENTRADAS 1- Plano de gerenciamento dos custos 2- Plano de gerenciamento dos recursos humanos 3- Linha de base do escopo 4- Cronograma do projeto 5- Registro dos riscos 6- Fatores ambientais da empresa 7- Ativos de processos organizacionais FERRAMENTAS E TÉCNICAS 1- Opinião especializada 2- Estimativa análoga 3- Estimativa paramétrica 4- Estimativa "bottom- up" 5- Estimativa de três pontos 6- Análise de reservas 7- Custo da qualidade 8- Software de gerenciamento de projetos 9- Análise de proposta de fornecedor 10- Técnicas de tomada de decisões em grupo SAÍDAS 1- Estimativas de custos das atividades 2- Base das estimativas 3- Atualizações nos documentos do projeto Fonte: PMBOK (2017). 38 UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DOS CUSTOS A estimativa de custo geralmente está ligada a várias atividades do projeto, das quais podemos citar: » Custo dos esforços de qualidade. » Custo dos esforços de risco. » Custo do tempo de gerenciamento de projetos. » Custo das atividades de gerenciamento de projetos. » Custo associados diretamente ao projeto (mão de obra, materiais, treinamentos e demais recursos necessários). » Despesas com alocação de equipe. » Lucro, quando aplicável. » Despesas administrativas (salário e despesas gerais). Tipos de custos É importante conhecer todos os tipos de custos para criar uma estimativa confiável. Assim, existem duas classificações dos custos, por variável ou fixo e por direto e indireto, vejamos mais sobre elas a seguir: » Custos variáveis: são os custos que aumentam ou diminuem conforme a quantidade de produto produzido. Salários, suprimentos e materiais são exemplos que se incluem nesta categoria. » Custos fixos: são os custos que não tem alteração conforme a quantidade de produto produzido. Aluguel e instalações são exemplos que se incluem nesta categoria. » Custos diretos: são os custos que estão diretamente alocados dentro das atividades e tarefas. Custos de matéria-prima, reconhecimento de trabalho, salário da equipe e viagens são exemplos que se incluem nesta categoria. » Custos indiretos: são os custos necessários para despesas administrativas, em benefício que tratam de diversos projetos ao mesmo tempo. Impostos, benefícios indiretos e serviços de limpeza são exemplos que se incluem nesta categoria. 39 GERENCIAMENTO DOS CUSTOS │ UNIDADE II Estimativa de um ponto A estimativa de um ponto é a mais simples de ser realizada e muitas vezes a mais passível de erro, pois considera uma única estimativa, podendo vir de uma opinião especializada, de informações históricas ou até mesmo de uma estimativa por palpite. Este modo de estimativa possui vários pontos negativos, dentre os quais podemos destacar: » Acaba por dar espaço as pessoas em considerar mais custo que o necessário. » Oculta dados importante das atividades o que acaba por dificultar as incertezas do projeto. » Pode gerar um orçamento irreal e consequentemente de baixa aderência com a equipe do projeto. Estimativa análoga (Top-Down) Esta técnica pode ser utilizada para a estimativa do custo de uma atividade como também para estimar a duração desta mesma atividade. Esta técnica é baseada em opinião especializada mais as informações históricas de modo a conseguir prever o custo de uma atividade no futuro. Muito utilizada para estimaro custo total do projeto com base em históricos; se outros projetos similares, custaram R$1.000.000,00, este deverá custar o mesmo. Para utilizar esta estimativa para atividades, é necessário que a atividade já tenha acontecido em projetos anteriores e a atividade deve também continuar sendo similar a que foi realizada no passado. Esta mesma atividade custou R$500,00 nos últimos 3 projetos. O histórico de projetos anteriores é a entrada mais importante para este tipo de estimativa. Sem ela, é impossível realizar uma estimativa adequada com esta técnica. 40 UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DOS CUSTOS Estimativa paramétrica Já a estimativa paramétrica é uma das mais utilizadas. Usa como referência variáveis e estimativas de tempo e custo. Muitas vezes, são referenciados com dados históricos existentes provindos de projetos e atividades anteriores. Assim, é muito comum definir uma equação em função do tempo com diversas possibilidades de variáveis para base, como por exemplo: custo por linha de programação, custo por metro linear de produção, custo por metro quadrado de construção, entre outras possibilidades. A estimativa paramétrica pode ser criada de duas maneiras diferentes: Análise de regressão Também conhecido por diagrama de dispersão, monitora duas variáveis, por exemplo, metro linear e tempo. É possível criar um gráfico que relaciona estas variáveis, extraindo uma fórmula matemática para definir com mais precisão as futuras estimativas. Figura 18. Análise de regressão (diagrama de dispersão). 0 20 40 60 80 100 0 1 2 3 4 5 Fonte: Mulcahy [s/d]. Curva de aprendizado Já a curva de aprendizado é algo que pode ser considerado quando existem várias atividades similares ou iguais dentro de um mesmo projeto. 41 GERENCIAMENTO DOS CUSTOS │ UNIDADE II Ela considera que a enésima parede será construída em menos tempo que as primeiras paredes, pois conforme os construtores constroem, eles adquirem experiência e ganham eficiência, portanto, os custos tentem a reduzir conforme atividades similares são executadas. Estimativa de três pontos A análise de três pontos é uma das mais utilizadas, pois considera fatores e opiniões diferentes para a estimativa. Lembre-se de que a possibilidade de um projeto ou atividade custar exatamente conforme orçado é um feito de baixíssima possibilidade. Pois é conhecido que por diversos fatores alheios as tarefas podem ter seus custos elevados, como também algumas até acabam tendo seus custos inferiores ao estimado. Assim, para a estimativa de três pontos, além do custo ideal, fazem mais algumas considerações importantes, análise do que pode vir a dar certo (oportunidades) e análise do que pode vir a dar errado (ameaças), assim entendendo melhor as variáveis influentes para uma melhor estimativa. Na análise de três pontos, os estimadores fornecem uma estimativa otimista, uma pessimista e uma mais provável para cada atividade. Com estas três estimativas o estimador pode decidir por usar alguns métodos para extrair um único valor para ser considerado na duração da atividade. Vejamos alguns modos para determinar-se o melhor valor entre os três pontos conhecidos. Distribuição triangular A distribuição triangular, também conhecida por média simples, considera os três pontos para determinar um único valor de possibilidade. Na média simples, o peso dos dados levantados são todos iguais, assim, todas as ameaças e oportunidades têm uma consideração igual. Vejamos a fórmula para a distribuição triangular. 3 P O M média simples+ + = 42 UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DOS CUSTOS Onde: P = Estimativa pessimista. O = Estimativa otimista. M= Estimativa mais provável. Distribuição beta A distribuição beta, também conhecida como média ponderada, faz com que cada estimativa (pessimista, otimista e mais provável) tenha pesos diferentes, dando o maior peso a estimativa mais provável. Esta estimativa, assim como a anterior, também faz o uso de uma fórmula para calcular a melhor estimativa, vejamos: ( )4 6 P M O média ponderada + × + = Assim, a estimativa mais provável recebe um peso quatro vezes maior que as demais, forçando que a fórmula forneça um resultado mais direcionado a estimativa mais provável, isto por que se considera que os riscos e as oportunidades serão tratados e evitará grandes desvios ao projeto, utilizando um plano de respostas aos riscos e oportunidade que possam vir a acontecer. Análise de reserva Como já dito anteriormente, não podemos acrescentar custos extras ao projeto de modo desconhecido. Porém, uma análise sobre os riscos de todas as ameaças acontecerem e nenhuma oportunidade vir ser tratada. Fica iminente que todo o projeto ficará comprometido com o atendimento de seu orçamento final. Porém, não podemos considerar o custo pessimista para todas as atividades, assim teríamos também um orçamento irrealista e sem credibilidade, dando espaço para que os executores das atividades não se dediquem como deveriam para cumprir com as atividades. Por outro lado, entende-se que o gerente de projetos, mesmo com todas as ameaças acontecendo, irá manobrar o projeto de modo a manter o projeto dentro do orçamento inicial. 43 GERENCIAMENTO DOS CUSTOS │ UNIDADE II Assim, o que é realizado para organizar é uma análise de risco e a inclusão de custos de reserva. Estas reservas são divididas em dois tipos distintos de reservas, vejamos elas com mais detalhes a seguir. Reserva de contingência Conhecida também simplesmente por reserva de custo, estas acabam por ser incluídas diretamente dentro do orçamento de custo para cada atividade ou grupo de atividades, após uma análise de resposta ao risco tenha sido realizada, tratando assim somente aqueles riscos em que não foram possíveis mitigações plausíveis. Reserva de projeto Já as reservas de projeto estão ligadas as ameaças não conhecidas, de modo a garantir que o projeto seja mantido dentro do orçamento, mesmo com o aparecimento de ameaças antes não conhecidas. Porém, em geral estas reservas, mesmo existindo no escopo do projeto, requerem uma aprovação formal de solicitação de mudança para ser utilizada. 44 CAPÍTULO 2 Determinar o orçamento Neste processo, veremos como determinar um orçamento real e confiável para o projeto. Neste processo, diferente do anterior (estimar os custos) trataremos diretamente do custo total do projeto, determinando a necessidade de fundo que devem estar disponíveis pela empresa para a execução do projeto. Ao final de todo o cálculo, o que teremos é conhecido por Orçamento e, com ele, podemos determinar a linha de base dos custos para controle do projeto. Garantir que o projeto siga e atenda a linha de base dos custos, geralmente é uma meta para o gerente de projetos, sendo que seu atendimento consiste em ter-se tido sucesso na questão dos custos e orçamento. Figura 19. Determinar o orçamento: entradas, ferramentas e técnicas e saídas. ENTRADAS 1- Plano de gerenciamento dos custos 2- Linha de base do escopo 3- Estimativas dos custos das atividades 4- Base das estimativas 5- Cronograma do projeto 6- Calendários do recurso 7- Registro dos riscos 8- Acordos 9- Ativos de processos organizacionais FERRAMENTAS E TÉCNICAS 1- Agregação de custos 2- Análise de reservas 3- Opnião especializada 4- Relações históricas 5- Reconciliação dos limites de recursos financeiros SAÍDAS 1- Linha de base dos custos 2- Requisitos de recursos financeiros do projeto 3- Atualizações nos documentos do projeto Fonte: PMBOK (2017). A determinação do orçamento do projeto leva em consideração muitas entradas, especialmente por ser talvez uma determinação mais importante para o projeto. Imagine que um custo errado seja determinado para um projeto, dificilmente haverá possibilidade de ajustá-lo de modo a entregar todos os requisitos do projeto dentro do prazo acordado. Assim, a definição do orçamento do projeto não poderá ser finalizada enquanto várias atividadesnecessárias não tenham sido finalizadas. Antes de finalizar 45 GERENCIAMENTO DOS CUSTOS │ UNIDADE II o orçamento do projeto, é necessário determinar também as reservas de contingência, as quais poderão ser utilizadas para tratar de desvios que ocorram e que foram planejados durantes as análises de risco do projeto. Também é necessário determinar as reservas de gerenciamento, que são fundos adicionais dedicados a atuar em riscos que não foram previstos anteriormente nas análises de risco. Assim, para se ter um orçamento completo, é necessário determinar os custos de todas as atividades, alocar esses custos dentro dos pacotes de trabalhos e, posteriormente, alocar dentro de contas de controle específicas. Como todas contas de controle, teremos a estimativa para o projeto, em que se acrescentam as reservas para contingência. Transformando a estimativa na linha de base de custos do projeto. As reservas de gerenciamento são adicionadas junto a linha de base dos custos o que nos resulta no orçamento de custos para o projeto. Em outras palavras, o orçamento de custo do projeto é todo dinheiro necessário que a instituição tenha disponível para a execução do projeto. Figura 20. Criar um orçamento. 8. Orçamento de custos 7. Reservas de gerenciamento 6. Linha de base de custos 5. Reservas para contingências 4. Estimativas do projeto 3. Estimativas da conta de controle 2. Estimativas de pacotes de trabalho 1. Estimativas de atividades US$ 1.423 US$ 68 US$ 1.355 US$ 105 US$ 1.250 CC1 US$ 850 CC2 US$ 400 PT1 US$ 100 PT2 US$ 250 PT3 US$ 500 PT4 US$ 175 A1 US$ 25 A2 US$ 25 A3 US$ 25 A4 US$ 25 A5 US$ 25 Fonte: Mulcahy (ANO). 46 UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DOS CUSTOS As boas práticas sugerem que, após tudo determinado, o gerente de projeto utilize todos os dados para comparar com as estimativas paramétricas e/ou opinião especializada e/ou registros históricos, para ter ciência de que o custo está coerente ou se pode estar havendo algum equívoco nos dados. Um bom exemplo para uma estimativa paramétrica rápida seria como exemplo que, para uma determina empresa, o custo de desenvolvimento do produto seja de 15% e a construção deste produto seja de 85% do orçamento. 47 CAPÍTULO 3 Controlar os custos Para se controlar algo, é necessário que isto seja mensurável, pois só se controla aquilo que se pode medir e, para saber se os resultados são bons ou ruins, é necessário que o que se está medindo tenha uma meta, ou seja, uma linha base a qual os dados medidos poderão ser comparados. Em um projeto, é necessário que você esteja totalmente em seu controle e saber realmente qual é o desempenho deste projeto (acima ou abaixo da expectativa inicial). Controlar, sejam os custos, seja o tempo, seja a satisfação do cliente, é o que o gerente de projeto está sempre fazendo. O gerente de projetos está sempre medindo o projeto para ter ele em seu controle. Por boa prática, um projeto é considerado malsucedido quando a linha de base dele não é cumprida em sua totalidade, o gerente de projetos precisa atuar de forma a ajustar as métricas do projeto sempre que identificar um desvio. Os desvios, em função da linha, não são desejados, mas são sabidos que podem acontecer, e às vezes, até já é indiretamente conhecido que ocorrerá um desvio a linha, mas o mais importante é que o gerente de projeto possa atuar de forma a equalizar estas métricas com desvios, utilizando-se de ações corretivas e preventivas constantemente durante todo o projeto. Figura 21. Controlar os custos: entradas, ferramentas e técnicas e saídas. ENTRADAS 1- Plano de gerenciamento do projeto 2- Requisitos de recursos financeiros do projeto 3- Dados de desempenho do trabalho 4- Ativos de processos organizacionais FERRAMENTAS E TÉCNICAS 1- Gerenciamento do valor agregado 2- Previsão 3- Índice de desempenho para término (IDPT) 4- Análise de desempenho 5- Software de gerenciamento de projetos 6- Análise de reservas SAÍDAS 1- Informações sobre o desempenho do trabalho 2- Previsões de custos 3- Solicitações de mudança 4- Atualizações no plano de gerenciamento no projeto 5- Atualizações nos documentos do projeto 6- Atualizações nos ativos de processos organizacionais Fonte: PMBOK (2017). 48 UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DOS CUSTOS Controlar o projeto também significa estar sempre em busca de ações que provoquem mudanças ou possam influenciar a origem de mudanças. Isto é bom e desejado ao projeto. Caso exista algo gerando diversas mudanças, é importante que seja atuado diante da origem de modo a evitar e mitigar a continuidade dessas mudanças. É sempre importante que o gerente de projeto seja proativo. As principais atividades incluem: » Acompanhar os dados de desempenho das atividades. » Realizar continuas estimativas, para ao custo das atividades em trabalho e futuras atividades. » Realizar o controle e a análise dos desempenhos de custos de forma formal. » Realizar estudo de tendência do desempenho dos custos do projeto. » Observar e estudar possibilidades de otimizar atividades futuras de modo a corrigir impactos já gerados. Relatórios de progresso Como suporte no controle dos custos do projeto, o gerente de projetos pode utilizar dados sobre o progresso do projeto, por meio do valor agregado, o que ajuda o gerente a entender se o projeto está realmente no caminho correto. Métodos alternativos que não estejam vinculados ao valor agregado do projeto, tais como percentuais sobre as atividades concluídas, gastam tempo para definição e, na maioria das vezes, não são eficazes e realistas. Um método de acompanhamento de progresso que não seja o pelo valor agregado que pode ser adotado é por meio da medição das entregas das atividades, mensurando em dois aspectos, quanto foi gasto para concluir aquela atividade e o tempo total gasto para aquela atividade. Análise de reserva As reservas para contingências são o ponto de estudo nessa ferramenta. É necessário que continuamente o gerente de projeto faça análise sobre as reservas de contingências, para saber se as reservas existentes ainda são válidas. 49 GERENCIAMENTO DOS CUSTOS │ UNIDADE II Imagine que uma nova ameaça tenha sido identificada durante o projeto. É necessário, então, que um novo plano de reação seja desenvolvido para suprir esta ameaça e, muitas vezes, dentro deste plano, será necessária a solicitação para uma nova reserva de contingências. Do mesmo modo, caso uma ameaça anteriormente identificada seja classificada não mais como ameaça durante o projeto e a sua reserva de contingências devido a isto não tenha sido utilizada, é necessário que esta reserva seja devolvida e desvinculada ao projeto. As reservas de gerenciamento também precisam ser revisadas durante o projeto e é possível verificar se pouco ou muita reserva de gerenciamento haviam sido solicitadas. Outra análise importante dentro desta análise das reservas de gerenciamento é avaliar se muitas ameaças não previstas têm ocorrido, o que demonstra que uma má análise de avaliação dos riscos do projeto tenha ocorrido durante o planejamento para os planos de reações as ameaças. Medição de valor agregado A ferramenta do valor agregado é utilizada para conhecer o real andamento do projeto. Não é o método mais simples, porém, é o método mais preciso. E, quando se trata de saber o real andamento de um projeto, a ferramenta mais precisa é que dará o resultado real. Em geral, o valor agregado é utilizado para realizar atividades de revisões de desempenho, sendo possível mensurar o desempenho do projeto em função do escopo, cronograma e custo planejado. A base do valor agregado utiliza a gestão de escopo, a gestão de tempo e a gestão de custo para determinar a linha base de desempenho. A principal utilidade do valor agregado e identificar se está havendo desvios do projeto em alguma destas áreas de estudo (escopo, tempo e custo). Observe que muitas vezes o que vimossendo feito é gerentes de projetos verificarem o desempenho de projetos por meio do acompanhamento de tarefas concluídas ou não. Isto até pode nos garantir que estamos atendendo aos requisitos do cronograma (gestão do tempo), mas por outro lado, podemos estar gastando muito mais dinheiro que realmente havia sido planejado. Desta forma, podemos estar executando um projeto com o orçamento estourado e nem perceber (isto geralmente acontece dentro de organizações matriciais fracas, onde o foco não é a gestão de projetos). 50 UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DOS CUSTOS Desta forma, a melhor ferramenta para acompanhamento de um projeto é o uso do valor agregado, pois garante a integridade entre custo, tempo e escopo (trabalho realizado), além de poder ser utilizada para definições e previsões futuras. Termos do valor agregado que precisam ser conhecidos: » VP – Valor Planejado: qual é o valor estimado do trabalho planejado que será executado, no momento atual? » VA – Valor Agregado: qual é o real valor estimado do trabalho concluído? » CR – Custo Real/Custo total: qual é o real custo do trabalho já realizado até o momento? » ONT – Orçamento no término/Orçamento: qual o orçamento para o trabalho total do projeto? » ENT – Estimativa no término: qual a previsão atual para o custo total do projeto? » EPT – Estimativa para o término: quanto ainda será gasto para concluir o projeto? Não se considera o que já foi gasto. » VNT – Variação no término: qual a expectativa que estaremos no final do projeto em relação ao planejado? Acima ou abaixo do planejado? Agora que conhecemos os termos base, vamos conhecer as fórmulas para mensurar o valor agregado de um projeto. VC – Variação de custo: VA - CR = VC Quando o resultado obtido estivar negativo, o custo está acima do orçamento; quando o resultado obtido estiver positivo, o custo está abaixo do orçamento. VPR - Variação de prazos: VA - VP = VPR Quando o resultado obtido estiver negativo, o projeto encontrasse em atraso com o cronograma; quando o resultado obtido estiver positivo, o projeto encontrasse adiantado ao cronograma. 51 GERENCIAMENTO DOS CUSTOS │ UNIDADE II IDC – Índice de desempenho de custos: VA IDC CR = Quando o resultado for acima de 1 (um), o resultado é considerado bom; quando o resultado for inferior a 1 (um), o resultado é ruim. O resultado indica quanto em $ está sendo valorizado o projeto por uma unidade monetária $ gasta no projeto. IDP – Índice de desempenho de prazos: VA IDP VP = Quando o resultado for acima de 1 (um), o resultado é considerado bom, quando o resultado for inferior a 1 (um), o resultado é ruim, o resultado indica quanto em % está em aderência ao cronograma do projeto. ENT – Estimativa no término: CR + EPT = ENT Estimativa bottom up é muito utilizada quando as estimativas do planejamento continham erros e precisam ser revisada. Resumem-se os custos e gastos com o projeto até o momento, adicionados de uma nova expectativa para o restante do projeto. C ONT ENT IDC = Esta fórmula para estimativa no término é utilizada quando não houve alteração no orçamento para o término, ou se a taxa de despesas não será alterada. CR + (ONT - VA) = ENT Esta fórmula para estimativa no término é utilizada para se calcular os custos reais ocorridos até o momento atual, acrescentados do orçamento restante. Em geral, esta formula é utilizada quando as variações do projeto foram atípicas e não há previsões de que voltem a acontecer no futuro. ( ) ( )C C ONT VA CR ENT IDC IDP − + = × Esta fórmula para estimativa no término é utilizada para se calcular a estimativa para término real até a data atual mais o orçamento restante para o término modificado em função do índice de desempenho. Esta formulação é utilizada 52 UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DOS CUSTOS quando se tem variações típicas no projeto e há previsão de que continuem a ocorrer no futuro, e quando as restrições do cronograma poderão causar forte influência para o término das atividades ainda a serem executadas. IDPT – Índice de desempenho para término: ( ) ( ) ONT VA IDPT ONT CR − = − Esta formulação define qual o índice de desempenho que o projeto deverá atender de hoje ao término, para que o projeto termine dentro orçamento. Sempre que o resultado for superior a 1, é considerado um resultado ruim, deverá ser realizado mais trabalho com menos verba; inferior a 1 (um), é considerado um resultado bom, pois há mais verbas para o trabalho que trabalho real a ser executado. EPT – Estimativa para o término: ENT - CR = EPT A estimativa para o término pode ser realizada, estimando-se totalmente o projeto como no planejamento, assim como também pode ser realizado pela fórmula anterior. Assim teremos quanto o projeto custará a mais em relação ao inicialmente planejado. VNT – Variação no término: ONT - ENT = VNT Com esta fórmula, podemos saber quanto acima ou abaixo do orçamento planejado o projeto estará ao seu final. Figura 22. Entender os conceitos de valor agregado olhando para trás e para frente no projeto. ONT VP ENT CR EPT Hoje Plano original Plano de despesas original Plano de despesas real Plano de despesas previsto Fonte: Mulcahy [s/d]. 53 UNIDADE IIIGERENCIAMENTO DA QUALIDADE Algumas pessoas até podem dizer que gerenciar a qualidade é algo complicado de ser realizado, pois muitas vezes seus clientes utilizam a frase “esta entrega está sem qualidade”, o que ele quer dizer com isto? A entrega não tem um bom acabamento? A entrega está atrasada? A entrega está com falta de um de seus requisitos? Este é um ponto crítico de ser avaliado, porém, é necessário que o cliente forneça o que é um padrão de atividade com qualidade, para se conhecer o padrão de qualidade do cliente, pois podem haver divergências de ideias sobre qualidade, e isto é muito comum. Mas atenção, por outro lado, caso o cliente não tenha fornecido prontamente seu padrão de qualidade e este tem reclamado por esta falta de padrão nas entregas, é obrigação do gerente de projetos que, antes de iniciar as atividades, busque por esses padrões de qualidade do cliente, mesmo que este não tenha fornecido anteriormente. Rita Mulcahy define qualidade como sendo “a qualidade é definida como o nível de cumprimento dos requisitos pelo projeto”. Existem algumas pessoas importante que estudaram a qualidade e devem ser citadas aqui: » Joseph Juran estudou e desenvolveu o princípio 80/20, também estudou a necessidade do envolvimento da alta gestão para atendimento dos requisitos, e define a qualidade como “adequação ao uso”. » W. Edwards Deming estudou e desenvolveu 14 pontos para o bom gerenciamento da qualidade total, utilizou e apresentou o ciclo PDCA como ferramenta para a melhoria da qualidade, sendo PDCA (Planejar, Fazer, Chegar e Agir). » Philip Crosby estudou e apresentou a questão do custo da má qualidade nas organizações, também defendeu a questão da prevenção ao uso da inspeção, sua definição era “conformidade aos requisitos”. Antes de entrarmos nos tratamentos dos processos, é necessário que tenhamos a definição de outros critérios importantes para entender a questão de qualidade. 54 UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA QUALIDADE Benefício não solicitado Também conhecido no mundo do gerenciamento de projetos como Gold Plating, são tratativas especiais dadas a entregas ao cliente, mas que não foram solicitadas e consequentemente o cliente não pagou por isso. É comum ver isto acontecer pela questão de nós queremos entregar o nosso melhor produto ao cliente, porém do lado da gestão, e se já não tiver tido acordo anterior. Tudo aquilo fornecido ao cliente, além do escopo, são desperdícios de recursos, gerando impacto na margem de lucro do projeto. Prevenção em vez de inspeção Qual atividade detém menos esforço para com o projeto? Inspecionar o trabalho em busca de desvios (problemas) ou tratar preventivamente? Neste quesito, devemos lembrar que a qualidade
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