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Aula 03 – Sintaxe 2 – Concordância, Regência e Crase 
Curso: Português – Resumo + Questões Comentadas 
Professor: Bruno Spencer 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 03 
 
 
Prof. Bruno Spencer 2 de 142 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá amigos! 
Nesta aula vamos abordar três tópicos importantíssimos em provas do 
CESPE. 
Estudem os resumos com paciência, para assimilarem bem todo o 
conteúdo. Depois, divirtam-se com as questões! 
Boa aula!!! 
 
 
Sumário 
 
1 – Concordância Nominal e Verbal ........................................................... 3 
2 – Regência Nominal e Verbal ............................................................... 15 
3 – Crase ............................................................................................. 22 
4 – Questões Comentadas ..................................................................... 28 
5 – Lista de Exercícios ........................................................................... 97 
6 - Gabarito e Referencial Bibliográfico ..................................................142 
 
 
 
 
Aula 03 – Resumão – Sintaxe 2 
Concordância, Regência e Crase 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 03 
 
 
Prof. Bruno Spencer 3 de 142 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 Regra geral: os termos acessórios devem concordar com o principal. 
 
 
 
 
Adjetivo anteposto aos substantivos 
 No caso de o adjetivo vir antes do nome, e regra geral é que ele 
concorde com o substantivo mais próximo (atrativa). 
 
 
 
Exemplos: 
Visitamos lindas praias e campos em nossa viagem. 
Ela tem bom ânimo e humor para enfrentar as adversidades da vida. 
 
 Há, porém, exceção a essa regra. Quando nos referimos a pessoas 
(nomes próprios), devemos concordar com o conjunto dos elementos – 
(gramatical). 
NOMINAL
artigos - pronomes 
adjetivos adjetivos -
numerais
NOME
VERBAL verbo SUJEITO
NOME
Adjunto Adnominal
Predicativo do Sujeito
Predicativo do Objeto
adjetivo - AA substantivos atrativa
1 – Concordância Nominal e Verbal 
Concordância Nominal 
Adjunto Adnominal 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 03 
 
 
Prof. Bruno Spencer 4 de 142 
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Exemplos: 
As belas Ana e Marina foram à festa. 
 
Adjetivo posposto aos substantivos 
 
 Vindo o adjetivo, após os substantivos a que se refere, a concordância 
é FACULTATIVA, podendo ser atrativa ou gramatical. 
 
 
 
Exemplos: 
Tinha sentimento e intenção boa. 
Tinha sentimento e intenção bons. 
 
 
 
Quando os substantivos forem SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS ou até mesmo quando 
expressarem uma ideia de GRADAÇÃO, devemos utilizar a concordância 
atrativa. 
Exemplos: 
Vivemos tristeza e alegria intensa. 
A luz e a claridade divina tomaram a minha mente. 
 
 
OBSERVAÇÃO - No caso de concordância gramatical, quando temos 
substantivos masculinos e femininos, o adjetivo será masculino 
INDEPENDENTE do número de substantivos femininos. 
 
 
 
substantivos adjetivo - AA
gramatical ou
atrativa
Masc + Masc = Masculino Masc + Fem = Masculino
Fem + Masc = Masculino Fem + Fem = Feminino
GRAMATICAL
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 03 
 
 
Prof. Bruno Spencer 5 de 142 
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Mais de um adjetivo para um substantivo 
 
Comeu as batatas inglesa e doce. X Comeu a batata inglesa e a doce. 
Gosto das cores azul e amarela. X Gosto da cor azul e da amarela. 
 
 
 
 REGRA GERAL: O predicativo concorda com o sujeito em gênero e 
número. 
 
Exemplos: 
Ela parecia pálida. (fem/sing) 
Todos estavam assombrados com o acontecido. (masc/plural) 
 
Sujeito composto ANTEPOSTO 
 
 
 
Exemplos: 
Os árbitros e as jogadoras estavam preparados para o torneio. 
A criança e a mãe pareciam cansadas. 
 
Sujeito composto POSPOSTO 
 
 
 
Exemplos: 
Estavam preparadas para o torneio as jogadoras e os árbitros. (atrativa) 
Estavam preparados para o torneio as jogadoras e os árbitros. (gramatical) 
sujeito 
composto
PDS gramatical
PDS sujeito composto
gramatical ou
atrativa
Predicativo do Sujeito 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 03 
 
 
Prof. Bruno Spencer 6 de 142 
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Sujeito não determinado por ARTIGO X determinado 
 
 
 
 
Sujeito é pronome de tratamento 
 
 Quando o sujeito é substituído por pronome de tratamento, a 
concordância vai depender do sexo da pessoa a quem se dirige. 
 
Exemplos: 
Vossa senhoria está correto. (homem) 
Vossa senhoria está correta. (mulher) 
 
 
REGRA GERAL: O predicativo concorda com o objeto em gênero e número. 
 
Exemplos: 
Mantenha os olhos abertos. (masc/plural) 
Ele tem as mãos calejadas. (masc/plural) 
N
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Água é bom.
É necessário fé para seguir em frente. 
Foi necessário firmeza para resolver o problema. 
D
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A água é boa.
A fé é necessária para seguir em frente. 
Foi necessária a firmeza para resolver o problema. 
Predicativo do Objeto 
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Resumo + Questões Comentadas 
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Objeto composto ANTEPOSTO 
 
 
 
Exemplos: 
O juiz considerou a mulher e o marido culpados. (gramatical) 
Ele mantinha a carroça e o animal limpos. (gramatical) 
 
Objeto composto POSPOSTO 
 
 
Exemplos: 
O juiz considerou culpada a mulher e o marido. (atrativa) 
O juiz considerou culpados a mulher e o marido. (gramatical) 
Mantenha limpa a carroça e os animais. (atrativa) 
Mantenha limpos a carroça e os animais. (gramatical) 
 
 
 Vamos ver alguns termos frequentemente cobrados pelas bancas 
examinadoras por suscitarem alguma dúvida em relação a suas concordâncias. 
 
 
OBS. A expressão “em anexo” é invariável. 
Ex. Os papéis seguem em anexo. 
objeto 
composto
PDO gramatical
PDO objetocomposto
gramatical ou
atrativa
•Os papéis seguem anexos.
•As provas foram inclusas nos autos.
•Nós vamos todos juntos.
•Muito obrigada, disse ela.
•Ela está quite com a justiça.
•Cometeram crimes de lesa-pátria.
ANEXO 
INCLUSO 
JUNTO
LESO 
OBRIGADO 
QUITE
Casos Especiais 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
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Note que o número 1,3 é menor que 2, portanto devemos levar em 
consideração apenas o número inteiro (1 - singular). 
Cuidado para não fazer a concordância com a fração (0,3). 
• Ela anda meio desligada. (advérbio -
invariável)
•Ele comeu meia melancia. (numeral -
variável)
MEIO
• Ela comeu bastante. (advérbio - invariável)
•Ela comeu bastantes bananas. (pronome ou
adjetivo - variável
BASTANTE
•Elas só pensam naquilo! (palavra denotativa -
invariável)
•Eles estão sós. (adjetivo - variável)
SÓ
•Ela melhorou a olhos vistos.A OLHOS VISTOS
•Quanto menos gente melhor!MENOS
•Mais de 1,3 milhão de pessoas foram à festa.NUMERAIS
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Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 03 
 
 
Prof. Bruno Spencer 9 de 142 
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 A regra geral é que o verbo concorda com o sujeito em pessoa, 
gênero e número, pois é ele que pratica ou sofre a ação. 
 
 
 Em relação à concordância do verbo com o sujeito composto, teremos 
duas situações: 
1. O sujeito antes do verbo; 
2. O sujeito depois do verbo. 
 
Sujeito composto ANTES do verbo 
 
Exemplos: 
Pedro e sua esposa foram ao restaurante. (3ª pessoa) 
 
A vida e a morte fazem parte de um grande ciclo. (3ª pessoa) 
Eu e meus irmãos somos unidos. (1ª pessoa) 
Tu e Maria seguirão suas vidas em paz. (3ª pessoa - vocês) 
 
 Temos apenas uma exceção a essa regra. Existe a possibilidade de 
usarmos o verbo no singular (concordância atrativa), quando os núcleos são 
sinônimos ou constituem uma sequência gradativa. 
Exemplo: 
 A luz e a claridade nos faz enxergar. 
A luz e a claridade nos fazem enxergar. 
 
 
Sujeito composto APÓS o verbo 
 
 
 
Concordância Verbal 
Sujeito Composto 
 Quando o sujeito vem ANTES do verbo, que é a ordem direta da 
oração, a regra é a concordância gramatical, ou seja, o verbo vai para o 
plural. 
 
 Quando o sujeito vem DEPOIS do verbo, a concordância é 
FACULTATIVA, podendo ser gramatical ou atrativa. 
 
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Resumo + Questões Comentadas 
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Exemplos: 
Dormiram felizes as crianças e os pais. (3ª pessoa) 
Chegou Paulo e seus amigos duas horas após o início da festa. (3ª pessoa) 
Falamos alto eu e os demais convidados. (1ª pessoa) 
Falei alto eu e os demais convidados. (1ª pessoa) 
 
 
 
Verbo SER 
 
 
 
 
 
 
 
Verbos impessoais HAVER, FAZER, PASSAR, CHOVER 
 
 São verbos que não têm sujeito, quando indicam tempo ou 
fenômenos naturais. São conjugados na 3ª pessoa do singular. 
Sujeito = 
pronomes tudo, 
isto, isso, aquilo
O verbo SER 
pode concordar 
com o PDS ou 
com o sujeito
Aqui tudo são flores. 
(forma usual)
Aqui tudo é flores. 
(forma permitida)
Sujeito = coisa 
no singular e 
PDS é plural
O verbo SER 
concorda com o 
PDS
Seu segredo são suas 
habilidades.
Sujeito = 
pessoas no 
singular e PDS é 
plural
O verbo SER 
concorda com o 
sujeito
Maria é só sorrisos.
Sujeito = 
quantidade, 
medida
é muito - é pouco -
é suficiente - é mais 
que
Dois reais é pouco.
Dez metros é muito.
Indicando 
horas e datas o 
verbo SER é 
impessoal, não 
tem sujeito
O verbo SER 
concorda com 
o número
É uma e meia da tarde.
São seis horas da manhã.
Casos Especiais 
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Exemplos: 
Choveu por dez dias seguidos. 
Há dois anos que não a vejo. 
Ontem fez quarenta graus. 
Tem dias que não vou até lá. (sentido de haver/existir) 
Já passa das dez horas da noite. 
Ainda vai haver muitas manifestações contra a corrupção. 
 
 
 
ATENÇÃO: Repare que o verbo auxiliar “vai” também fica invariável. 
 
Verbos BATER, DAR, SOAR 
 
 Tais verbos quando indicam horas, concordam com o sujeito, que no 
caso, podem ser as horas ou o relógio. 
Exemplos: 
Bateram oito horas no relógio da catedral. 
O relógio deu dez horas. 
 
Voz Passiva X Sujeito Indeterminado 
 
 Se o verbo é transitivo direto – TD, (SE é pronome apassivador). Sendo 
assim, o verbo concorda com o sujeito. 
Se o verbo é intransitivo e transitivo indireto (SE é particula de 
indeterminação do sujeito). Nesses casos o verbo é INVARIÁVEL. 
 
 
 
 
 
Voz Passiva X 
Sujeito 
Indeterminado
Alugam-se casas. (VTD = voz passiva)
Precisa-se de trabalhadores.
(suj. indeterminado/verbo INVARIÁVEL)
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Resumo + Questões Comentadas 
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Concordância no SINGULAR 
Provocam o mesmo tipo de concordância os termos NADA, TUDO ISSO e etc. 
 
As orações subordinadas substantivas subjetivas (função de sujeito da oração 
principal), podem ser “substituídas” por ISSO ou ELE. 
 
 
 
 
Quando o pronome indefinido que faz parte do sujeito está no singular o 
verbo deve concordar obrigatoriamente com ele. 
Seguem a forma acima as expressões NENHUM DE..., ALGUM DE..., ALGUM 
DELES, CADA UM DELES, CADA QUAL, QUALQUER UM. 
 
Concordância FACULTATIVA 
 
 
NENHUM 
DELES
Nenhum deles compareceu à reunião.
HAJA VISTA
O evento foi cancelado hajam vista os
recentes acontecimentos.
O evento foi cancelado haja vista os
recentes acontecimentos.
PARECER
Eles parecem estar bem
Eles parece estarem bem
RESUMO
Sexo, drogas, rock and roll, tudo ficou no
passado.
Família, amigos, colegas, ninguém faltou à
sua festa.
Sujeito 
ORACIONAL
É importante que você estude bastante.
Quem é de bem faz o bem.
UM OU OUTRO
Um ou outro candidato ousou falar a
verdade.
MAIS DE UM Mais de uma pessoa realizou a travessia.
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No primeiro exemplo, o destaque é para o primeiro núcleo do sujeito “senhor 
Clóvis”, enquanto no segundo, a ênfase é para o grupo. Esta última é a forma 
mais utilizada, porém ambas são consideradas corretas. 
 
 
ATENÇÃO: Quando a conjunção “ou” indicar exclusão ou retificação, o verbo 
deverá concordar com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: Eu ou ele será escolhido para chefe. 
 
 
Quando as formas infinitivas forem antecedidas por artigo, usa-se o verbo no 
plural. 
Exemplo: O pensar e o fazer são partes do processo. 
 
 
Caso o coletivo não venha especificado, o verbo deverá vir no singular, que, 
em todos os casos é a forma mais usual. 
 
 
Este exemplo é similar ao coletivo e também se enquadram nessa regra 
expressões como: METADE DE, GRANDE PARTE DE, A MAIORIA DE, GRANDE 
NÚMERO DE. 
 
...COM...
Senhor Clóvis com seus alunos chegou
cedo.
Senhor Clóvis com seus alunos chegaram
cedo.
...OU...
Um livro ou uma revista ajudariam a passar o
tempo.
Um livro ou uma revista ajudaria a passar o
tempo.
INFINITIVO
Ler e estudar enriquece o conhecimento.
Ler e estudar enriquecem o conhecimento.
COLETIVO
A multidão de pessoas invadiu o local.
A multidão de pessoas invadiram o local.
PARTE DE
Parte das pessoas ficou parada.
Parte das pessoas ficaram paradas.
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A concordância acima, no plural é preferível, pois é a forma consagrada pela 
gramática, porém, muitos gramáticos aprovam a concordância no singular. 
 
 
A mesma regra serve para as expressões quais de nós, quais de vós, alguns de 
nós e etc. 
ATENÇÃO: Se o pronome vier no singular, o verbo também virá. 
Exemplo: Qual de nós conhece os mistérios de Deus? 
 
 
 
NUMERAIS 
 
 
Comportam a mesma concordância os numerais bilhão e trilhão 
 
É isso galera... Resuminho de concordância! 
Vamos em frente!!! 
UM DOS QUE
Fui um dos que discordaram da decisão.
Fui um dos que discordou da decisão.
QUANTOS 
DE NÓS
Quantos de nós conhecem os mistérios de
Deus?
Quantos de nós conhecemos os mistérios de
Deus?
QUEM
Somos nós quem paga a conta.
Somos nós quem pagamos a conta.
PORCENTAGENS
Apenas 1% dos candidatos fechou a
prova.
Cerca de 20% não compareceram.
MILHÃO Meio milhão de pessoas foram à praia hoje.
FRAÇÕES
Um terço das pessoas entendeu a explicação.
Dois terços das pessoas ficaram "voando".
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 Este assunto estuda a relação entre um principal ou regente e um 
subordinado ou regido, de forma que o termo regido complementa o sentido 
do termo regente. 
Exemplos: 
• estudaram o assunto 
• amor ao próximo 
• fé em Deus 
• foram ao teatro 
Observe que normalmente há uma PREPOSIÇÃO ligando os dois termos. 
Essa é a problemática central do assunto, saber se o termo regente 
exige preposição e qual é a preposição exigida. 
 
Lembre-se de que os verbos transitivos diretos - TD não pedem 
preposição!!! 
 
 
 Estuda essa relação de subordinação quando o termo regente é um 
NOME (substantivo, adjetivo ou advérbio). 
Exemplos: 
• liberdade de expressão (substantivo) 
• medo da chuva (substantivo) 
• diferente de mim (adjetivo) 
• hábil no ofício (adjetivo) 
• favoravelmente ao projeto (advérbio) 
• igualmente a nós (advérbio) 
 
Vamos ver alguns nomes e suas respectivas regências: 
 
•O texto era acessível a todos.
•O texto era acessível para todos.
ACESSÍVEL 
a/para
2 – Regência Nominal e Verbal 
Regência Nominal 
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Repare que não há como decorar a regência de todas as palavras! 
Porém, vamos fazer uma lista com a regência de alguns nomes mais 
frequentemente abordados em provas de concursos. 
 
 
 
•Fez tudo por amor à pátria.
•Nada maior que o amor de mãe.
•"Como é grande o meu amor por você."
AMOR 
a/de/por
•Estava feliz com a mudança.
•Ficou feliz de poder auxiliar o amigo.
•Ficou feliz em poder auxiliar o amigo.
•Ficou feliz por eles.
FELIZ
com/de/em/por
•Tinha obediência ao pai.
•Sua obediência de filho impressionava.
•Tinha obediência para com o seu pai.
OBEDIÊNCIA 
a/de/para com
•Ele é residente na Rua da União, nº 9.
•Entregamos em domicílio.
RESIDENTE /ENTREGA
em
ACOSTUMADO - a/com
ADMIRAÇÃO - a/por
AFEIÇÃO - a/por/para com
ANÁLOGO - a
ANSIOSO - de/para/por
ATENCIOSO - com/para com
CAPACIDADE - de/em/para
COERENTE - com
COMPATÍVEL - com
CONSTITUÍDO - com/de/por
CONTENTE - com/de/em/por
CURIOSO - de/por
DESPREZO - a/de/por
DEVOÇÃO - a/para com/por
ESSENCIAL - a/para/em
FÁCIL - a/de/para
HABILIDADE - de/em/para
JUNTO - a/de
RELACIONADO - a/com
RESPEITO - a/com/de/para com/por
SENSÍVEL - a/para
TENTATIVA - contra/de/para/para 
com
VIZINHO - a/com/de
UNIÃO - a/com/entre
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Na regência verbal, temos que considerar a transitividade do verbo. 
Como vimos na aula sobre função sintática, os verbos transitivos diretos 
exigem complemento sem preposição (objeto direto) e os transitivos indiretos 
pedem complemento com preposição (objeto indireto). 
Alguns verbos possuem mais de um sentido e para cada um deles, 
normalmente, há uma regência diferente. 
Exemplos: 
• Assistimos ao jogo de futebol. (sentido de ver/presenciar – TI (a)) 
• Assistimos o doente por todo o dia. (sentido de prestar assistência - TD) 
• Exigiu os direitos que lhe assistem. (sentido de caber o direito – TI (a)) 
• Ele assistia na França há um ano. (sentido de morar/residir - I) 
 
 
 
Em alguns casos, o verbo admite mais de uma regência para um 
mesmo sentido. 
Exemplos: 
• Falaram da vida. 
• Falaram sobre a vida. 
• Falaram a respeito da vida. 
 
 
 
Podemos omitir a preposição antes do “que” é quando ele é conjunção 
integrante. 
Exemplo: 
• Ele esqueceu-se de que era preciso ser forte. = Ele esqueceu-se disso. 
• Ele esqueceu-se que era preciso ser forte. 
 
Lembre-se que os pronomes relativos introduzem as orações adjetivas, 
enquanto as conjunçõesintegrantes introduzem as orações substantivas 
(aquelas que podem ser substituídas por “ISSO”). 
Regência Verbal 
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Sempre que podermos substituir “que” por “o qual”, “a qual” já sabemos que 
ele é pronome relativo, portanto a preposição NÃO poderá ser omitida. 
• O rapaz com que falamos está ali. 
• O rapaz com o qual falamos está ali. 
 
 
 
Quando a oração introduzida pela conjunção integrante “que” 
complementa um nome (tem a função de complemento nominal – CN), há 
autores que abonam tal omissão e outros que condenam. Por isso, 
cuidado!!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Repare que o verbo CHEGAR não permite a construção “chegar em”. 
 
•A mãe agradou o filho amorosamente. (fazer carinho)
•O calouro agradou ao jurado. (contentar, satisfazer)
AGRADAR
TD / TI (a)
•Ela aspirou o ar puro da serra. (inalar, inspirar)
•Ele aspirava a uma vida melhor. (desejar)
ASPIRAR
TD / TI (a)
•As enfermeiras assitem os doentes pacientemente.
(cuidar, prestar assitência)
•Assistimos ao jogo em silêncio. (ver, presenciar)
•Esse direito não lhe assiste. (caber um direito)
•Ele assistia em Rondônia. (morar, residir)
ASSISTIR
TD / TI (a) / 
TI (a) /
I (em)
•Chegou ao aeroporto na hora certa.
•Chegamos a Recife pela manhã.
CHEGAR
TI (a)
Exemplos 
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Nos verbos acima podemos também utilizar preposições tal como: sobre, a 
respeito de (locução). 
 
 
 
 
ATENÇÃO: Veja que o verbo namorar não admite a forma “namorar com”. 
 
 
 
Os verbos acima têm a mesma regência: 
PAGAR/PERMITIR/CONTAR/PERDOAR/RESPONDER/REVELAR algo (OD) a 
alguém (OI). 
 
•Esqueceu a aula.
•Lembrou a lição.
•Esqueceu-se da aula.
•Lembrou-se da lição.
ESQUECER
LEMBRAR
TD / TI (de)
•Informaram aos candidatos o resultado das
provas.
•Avisamos as pessoas sobre o acidente.
•Cientifiquei o contribuinte da decisão.
INFORMAR
AVISAR
CIENTIFICAR
TDI (de)
•Um filho implica muitas responsabilidades. (acarretar)
•Os delatores o implicaram no escândalo de corrupção. 
(envolver, comprometer)
•Ela implica com os coleguinhas. (discutir, brigar)
IMPLICAR
TD / TDI 
(em) / TI 
(com)
•Ana namorava João.
•Ela só namorava rapazes ricos.
NAMORAR
TD
•Pagou a dívida ao banco.
•Permitiu aos alunos que filmassem a aula.
•Contou a estória ao filho.
•Perdoou a dívida aos devedores.
•Respondeu a carta aos fãs.
•Revelou o segredo ao filho.
PAGAR
PERMITIR
CONTAR
PERDOAR
RESPONDER
REVELAR
TDI (a)
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Alguns autores e gramáticos admitem o uso de VISAR no sentido de objetivar 
como transitivo direto. 
Ex: Nós visamos um grande objetivo. 
Porém, CUIDADO, o padrão é o seu uso como transitivo indireto - TI. 
Portanto examine bem a questão. 
 
 
 
 Há frase em que há dois ou mais verbos que possuem o mesmo 
complemento. Nesses casos, podemos ter duas situações: 
1. Os verbos possuem a mesma regência; 
2. Os verbos possuem regências diferentes. 
 
Os verbos possuem a mesma regência 
 Nesse caso, você pode repetir ou não o complemento 
facultativamente. 
Exemplos: 
• Os noivos abraçaram e beijaram-se. 
•Ele presidiu o encontro.
•Ele presidiu ao encontro.
PRESIDIR
TD ou TI (a)
facultativo
•Procedeu ao inquérito. (realizar)
•Ele procede de outro país. (originar-se)
•O seu depoimento procede. (ter fundamento)
PROCEDER
TI (a) (de) I
•O processo trata de uma restituição.
•No processo trata-se de uma restituição.
TRATAR
TI (de)
•O competidor visou o alvo. (apontar)
•A chefe visou os documentos. (por visto)
•Nós visamos a um grande objetivo. (objetivar)
VISAR
TD TD TI (a)
Dois verbos com um mesmo complemento C
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• Os noivos abraçaram-se e beijaram-se. 
No exemplo acima os dois verbos são TD, por isso nenhum deles pede 
preposição. 
 
Os verbos possuem regências diferentes. 
 Nesse caso, é necessário que cada verbo seja adequadamente 
complementado. 
Exemplos: 
• Chegamos àquela casa e fizemos dela o nosso lar. 
• Fomos a Brasília e voltamos de lá rapidamente. 
A forma acima é a considerada gramaticalmente correta! 
 
 
 
O ilustre gramático Domingos Paschoal Cegalla observa em sua gramática que 
é admissível a utilização de um só complemento para ambos os verbos por 
motivo de concisão. 
Entretanto, CUIDADO, pois a banca pode adotar este critério ou não, já que 
há autores que condenam esse tipo de construção. 
É preciso examinar atentamente todas as alternativas da questão. 
Veja como ficariam as orações acima: 
• Chegamos e fizemos daquela casa o nosso lar. 
• Fomos e voltamos de Brasília rapidamente. 
 
 
Ok pessoal! 
Agora vamos ao estudo da CRASE, que é um subtópico de regência, mas que 
tem uma grande importância em provas de concurso. 
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OBSERVE:
 
Crase nada mais é que a FUSÃO de duas vogais (a + a), sendo o
primeiro "A" uma preposição e o segundo "A" um artigo, um
pronome, ou parte dele.
A crase é identificada pelo acento GRAVE. Ela não é o assento em si, mas
sim um fenômeno linguístico.
•Ex. Fomos à festa. 
•Chegamos àquele mesmo lugar.
•Esta é a meta à qual visamos. 
A ocorrência da crase depende do termo anterior e do posterior.
No primeiro devemos ter um verbo ou nome que exija a preposição
"A".
No termo posterior, precisamos de um nome feminino que se
acompanhe do artigo "A", o pronome demonstrativo A ou
AQUELE(A), ou o pronome relativo A QUAL/ AS QUAIS.
•Ex. Fomos à festa. (preposição A + artigo A)
•Chegamos àquele mesmo lugar. (preposição A + pronome AQUELE)
•Esta é a meta à qual visamos. (preposição A + pronome A QUAL)
VERBO
ou
NOME
PREPOSIÇÃO
"A"
ARTIGO
"A"
nome 
feminino
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
"A(S)" - "AQUELE(A)(S)" 
"AQUILO"
PRONOMERELATIVO
"A QUAL" - "AS QUAIS"
3 – Crase 
O que é crase? 
Quando ocorre crase? 
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Vamos a alguns exemplos: 
 Assistimos à novela ontem. 
Veja que o VERBO (termo anterior) EXIGE a preposição "A". 
Quem assiste, assiste a alguma coisa. (regência do verbo assistir) 
Assim, identificamos a preposição "a" e o artigo "a" acompanhando a palavra 
"novela". 
 
DICA IMPORTANTE: 
 
Quando mudamos o termo posterior para o masculino fica fácil percebermos 
a presença ou não da preposição e do artigo definido. 
 
Então ficamos assim: 
1. Para saber se ocorrerá CRASE, vamos sempre analisar o termo anterior 
e o termo posterior. 
2. Algumas vezes o termo anterior exige a PREPOSIÇÃO, mas o posterior 
NÃO ADMITE O ARTIGO. 
 
OBSERVE O ESQUEMA ABAIXO: 
 
Simule perguntas ou modifique a frase, mudando o termo posterior
para o masculino, para perceber melhor a presença da preposição e
do artigo.
•Ex. Assistimos à novela ontem. (preposição A + artigo A)
•Assistimos ao filme ontem. (preposição A + artigo O)
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A
"
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SIM nomes femininos
NÃO
verbos
nomes masculinos
artigos
Expressões com
palavras repetidas 
pronomes
pessoais - indefinidos - relativos - demonstrativos 
(este(a), esse(a)) - interrogativos - tratamento
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ATENÇÃO!!! 
Se o nome estiver no plural, ou se usa "A" (sem artigo) ou "ÀS" (com artigo 
"as"). 
Exemplo: 
 Retornamos a nossas casas. 
 Retornamos às nossas casas. 
 
 
Há situações que podemos ou não usar a crase, dependendo do sentido
ESPECÍFICO ou GENÉRICO que damos ao termo posterior.
Quando damos sentido específico acrescentamos o artigo "A(s)" para
determiná-lo.
Por outro lado, podemos dar um sentido genérico ao "termo posterior"
não utilizamos o artigo definido antes dele, quando permitido.
•Ex. Houve ataque a mulheres que lá estavam. (sentido geral - apenas 
preposição "a")
•Houve ataque às mulheres que lá estavam. (sentido específico -
preposição "a" + artigo "as")
É facultativo o uso de artigo diante de pronome possessivo feminino,
assim, caso o termo anterior exija a preposição, a crase será
FACULTATIVA.
•Ex. Retornamos a minha casa. (preposição "a")
•Retornamos à minha casa. (preposição "a" + artigo "a")
Há ainda o caso do termo "ATÉ", que pode ou não vir acompanhado de
preposição "A".
•Ex. Vamos até a cozinha.
•Vamos até à cozinha.
Crase FACULTATIVA 
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Esquema gráfico de crase FACULTATIVA: 
 
 
 
 Há alguns casos que merecem ser mencionados para que o aluno não 
seja pego de surpresa e não fique em dúvida na hora da prova. 
 
Locuções: Adverbiais - Conjuntivas - Prepositivas 
 
 
CRASE 
FACULTATIVA
NOMES
SENTIDO 
GERAL
Não há artigo
"A(s)", logo
não há crase
SENTIDO 
ESPECÍFICO
Adiciona-se o 
artigo
"A(s)"
após "até"
Pronomes
Possessivos
Femininos
minha(s), nossa(s), 
sua(s)
As locuções femininas recebem CRASE, pela adição do chamado acento
"diferencial", ou seja, que serve para diferenciar ou identificar uma
expressão.
•Ex. Vire à direita. (locução averbial)
•À medida que estudamos, tudo fica fácil. (locução conjuntiva)
•Descansamos à sombra de um jatobá. (locução prepositiva)
Locuções 
Femininas
Adverbiais
à noite, à tarde, à 
esquerda, à direita, às 
ordens, à luz, à força
Conjuntivas
à medida que, 
à proporção que 
Prepositivas
à procura de, 
à sombra de, 
à custa de, 
à espera de 
4 - Casos Específicos 
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OBSERVAÇÃO: 
Quando a expressão traz substantivo no plural, não se usa crase. 
Exemplos: a pauladas, a duras penas, a quatro mãos e etc. 
 
Expressão Masculina - "à (moda)" 
 
 
ATENÇÃO: 
Não se enquadram nessa regra as expressões "a cavalo" de "bife a cavalo" e 
"a passarinho" de "frango a passarinho", pois, nestes casos não cabe a palavra 
"moda". 
 
Lugares ou Topônimos 
 
Para identificarmos se o lugar pede o artigo, devemos modificar a frase. 
Exemplos: 
 Vou à Europa em julho. 
Mudando o verbo para VIR: 
 Vim da Europa em julho. 
Às vezes encontramos expressões com crase diante de nomes
masculinos.
Isso ocorre, pois, nessas expressões está implícita a palavra "moda".
A expressão à moda Rui Barbosa significa ao estilo de Rui Barbosa.
preposição "A" + artigo "A" + (moda)
•Ex. Ele escreveu à Rui Barbosa. (= à moda Rui Barbosa)
•Ele driblou à Garrincha. (= à moda Garrincha)
Existem lugares que têm nomes femininos que pedem artigo "a" e
outros não.
•Ex. Vou à Europa em julho.
•Vou a Salvador em fevereiro.
•Vou à velha Salvador em fevereiro. 
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Repare que você não fala vim de Europa. Então você já sabe que Europa pede 
o artigo "a". 
 
 Vou a Salvador em fevereiro. 
Mudando o verbo para VIR: 
 Vim de Salvador em fevereiro. 
Note que Salvador não admite o artigo "a", por isso não haverá crase. 
 
No entanto: 
 Vou à velha Salvador em fevereiro. 
Repare que o adjetivo "velha" qualificou ou especificou "Salvador", fazendo 
com que seja obrigatório o uso do artigo e consequentemente da crase. 
Quando você modifica a frase, o artigo já aparece, veja: 
 Vim da velha Salvador em fevereiro. 
 
CASA 
 
 
Horários 
 
Ok pessoal, vamos aos exercícios!!! 
Quando falamos da CASA de terceiros, utilizamos o artigo "a", no
entanto, quando falamos de nossa própria casa, não o utilizamos.
•Ex. Vou à casa de minha mãe. (Vim da casa de minha mãe.)
•Vou à casa de fulano. (Vim da casa de fulano.)
•Vou a casa. Vim de casa. (sem artigo)
Podemos indicar horários de duas maneiras: sem artigos ou com
artigos.
Porém, não podemos misturar as duas formas para não quebrarmos o
paralelismo da expressão.
•Ex. de segunda a sexta (sem nenhum artigo)
• da segundaà sexta (com os dois artigos)
•de nove a doze horas
•das nove às doze horas
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1) CESPE/AFCE/TCE SC/Cont. Externo/Administração/2016 
Texto CB2A2BBB 
O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial 
danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação 
preventiva do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço 
público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse 
público. 
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um 
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido 
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e 
valores públicos. 
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve 
aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da 
administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende 
um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de 
gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da 
integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os 
princípios éticos. 
Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas 
para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e 
outros desvios dentro de determinada organização. 
Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações). 
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o item 
subsequente. 
A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de atitudes 
que violem os princípios éticos” seriam mantidas caso a forma verbal “violem” 
fosse flexionada no singular, passando, então, a concordância a restringir-se ao 
termo “risco”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O uso do singular não é possível, pois o verbo VIOLAR diz respeito ao termo 
“atitudes” ao qual o termo QUE se refere. 
Note que o trecho “que violem os princípios éticos” trata-se de uma oração 
subordinada adjetiva restritiva que especifica determinados tipos de 
“atitudes”. 
4 – Questões Comentadas 
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“e à redução do risco de atitudes que/AS QUAIS violem os princípios éticos” 
Gabarito: Errado 
 
2) CESPE/Agente/PF/1997 
Quanto ao uso correto da língua portuguesa, julgue o item a seguir. 
O vendedor chegou a supor que seu freguês estava desejoso de adquirir alguma 
dessas revistas pornográficas, que estampam fotos de homens e de mulheres 
nus. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O adjetivo “nu” (adjunto adnominal) pode concordar de forma atrativa com o 
nome “mulheres” (nuas) ou gramaticalmente (nus) com os dois substantivos 
que vêm a ele antepostos. 
 
homens e de mulheres nus 
homens e de mulheres nuas 
Gabarito: C 
 
3) CESPE/AUFC/TCU/Auditoria Governamental/2007 
Berço da civilização ocidental, o mar Mediterrâneo banha 21 países e abriga 
praias e enseadas paradisíacas que atraem nada menos que 200 milhões de 
turistas por ano. Pesquisa recente mostra que ele é o mais poluído dos mares 
do planeta. A cada ano, suas águas recebem: 9 milhões de toneladas de 
resíduos industriais e domésticos não tratados, 60% produzidos por França, 
Itália e Espanha; 15 milhões de toneladas de detritos produzidos por 200 
milhões de turistas que visitam suas praias; 600.000 toneladas de petróleo 
derramadas por navios durante o movimento de carga e descarga e 30.000 
toneladas perdidas em acidentes; redes de pesca e embalagens plásticas, 
responsáveis pela morte de 50.000 focas que confundem esses objetos com 
alimentos. 
Veja, 1.º/8/2007, p.1167 (com adaptações). 
Acerca das estruturas lingüísticas do texto acima e da organização de suas 
idéias, julgue os itens subseqüentes, considerando, ainda, aspectos relativos à 
questão ambiental no mundo contemporâneo. 
substantivos adjetivo - AA
gramatical 
ou atrativa
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O desenvolvimento da argumentação do texto mostra que seriam mantidas a 
correção gramatical e a coerência textual se o termo "derramadas" fosse 
substituído por derramado. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
A concordância nesse caso é FACULTATIVA, podendo ser gramatical, com a 
quantidade “600.000 toneladas” ou atrativa, concordando com o termo 
“petróleo”. 
 Gabarito: C 
 
4) CESPE/Cont./MTE/2014 
(...) Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro. 
Entre eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter 
muito dinheiro disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado 
financeiro são muito complexos. 
Mauro Calil. Deixe de ser devedor. Internet: <www.exame.com> (com 
adaptações) . 
Julgue o item subsequente, referente às ideias e aos aspectos linguísticos do 
texto acima. 
A forma verbal “Há” poderia ser substituída por Existe sem que houvesse 
prejuízo para a correção gramatical do período. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O verbo HAVER no sentido de existir é IMPESSOAL, ou seja, não tem sujeito, 
por isso é sempre conjugado na terceira pessoa do singular. 
Já o verbo EXISTIR é PESSOAL, pois você pode dizer eu existo, por exemplo. 
Assim, ele vai concordar normalmente com o sujeito da oração, que nesse 
caso seria o termo “outros mitos”. 
Então, teríamos: existem ainda outros mitos... 
Gabarito: E 
 
5) CESPE/Agente/PF/2009 
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em 
sociedades de tipo capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo 
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geral, a democratização das sociedades impõe limites ao mercado, assim como 
desigualdades sociais em geral não contribuem para a fixação de uma tradição 
democrática. Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa 
democracia. Para mim, não se trata de um regime com características fixas, 
mas de um processo que, apesar de constituir formas institucionais, não se 
esgota nelas. É tempo de voltar ao filósofo Espinosa e imaginar a democracia 
como uma potencialidade do social, que, se de um lado exige a criação de 
formas e de configurações legaise institucionais, por outro não permite parar. 
A democratização no século XX não se limitou à extensão de direitos políticos e 
civis. O tema da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as chamadas 
sociedades ocidentais. 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, 
jul./2009, p. 57 (com adaptações). 
Com base nas estruturas linguísticas e nas relações argumentativas do texto 
acima, julgue o item seguinte. 
Na linha 4, a flexão de singular em "não se trata" deve-se ao emprego do 
singular em "um regime". 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O pronome SE, pode assumir dois papeis quando acompanha os verbos. Um 
deles é de pronome apassivador - PA, é o que acontece quando o verbo é 
transitivo DIRETO – TD, assim, o SE auxilia a formar a voz passiva sintética. 
Quando o verbo é transitivo INDIRETO ou INTRANSITIVO, o SE é classificado 
como partícula de indeterminação do sujeito - PIS, porque auxilia a formar 
um sujeito INDETERMINADO. 
No caso acima, o verbo TRATAR é TI, porque, nesse sentido que está escrito, 
quem trata, trata de alguma coisa, algum assunto. 
Como já vimos, se o SE for pronome apassivador, o verbo concorda com o 
sujeito. 
Já quando o SE for PIS, o verbo ficará invariável no singular. 
 
Gabarito: E 
 
6) CESPE/Analista/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2013 
Voz Passiva X 
Sujeito 
Indeterminado
Alugam-se casas. (VTD = voz passiva)
Precisa-se de trabalhadores.
(suj. indeterminado/verbo INVARIÁVEL)
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O direito a distância semelha um bloco de justiça como a montanha semelha 
um bloco de azul. E é isso a justiça: um azul de montanha. À medida que nos 
aproximamos, esse azul se esvai. A nitidez e a harmonia desfazem-se num 
turbilhão caótico de detalhes grosseiros. 
A beleza do direito transfunde-se no cipoal entrançado do formalismo. Ao que 
nele penetrou espanta somente encontrar fórmulas, só ouvir fórmulas, só 
conseguir fórmulas — tudo amarelo, cor de ouro, e nada, nada azul, a cor da 
justiça. O azul, a justiça, a harmonia, a equidade — puras ilusões da ótica 
humana. 
(...) 
José Bento Monteiro Lobato. Literatura do minarete. São Paulo: Globo, 2008, 
p. 265 (com adaptações). 
A respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que 
se segue. 
Na linha 3, a forma verbal “espanta” flexiona-se no singular para concordar com 
o sujeito oracional “Ao que nele penetrou”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
De fato, há na oração um sujeito oracional, no entanto não é o termo indicado 
acima. 
Vamos analisar o período: “Ao que nele penetrou espanta somente encontrar 
fórmulas...”. 
Vamos perguntar ao verbo, o que espanta? 
“Somente encontrar fórmulas”. 
Então, econtramos o sujeito. Podemos tirar a prova, substituindo a expressão 
por ISSO (isso espanta). 
E o trecho “ao que nele penetrou” o que é? 
Como o verbo espanta é transitivo direto (algo ou alguém espanta alguém), 
concluimos que o trecho é o OD da oração, no entanto ele está prepositivado 
para evitar confusão com o sujeito. 
Se estiver em dúvidas em relação a esse tipo de construção, dê uma olhada na 
aula 03, tranquilo? 
Para concluir, vamos lembrar que o verbo fica no singular quando tiver sujeito 
oracional. 
Sujeito 
ORACIONAL
É importante que você estude bastante.
Quem é de bem faz o bem.
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Gabarito: E 
 
7) CESPE/TJ/TRE ES/Administrativa/"Sem Especialidade"/2011 
Considerando que o item seguinte, na ordem em que esta apresentado, é parte 
sucessiva de um texto adaptado do jornal Estado de Minas de 29/11/2010, 
julgue-o com referência à correção gramatical. 
O empenho da Igreja Católica e de organizações não governamentais reunidas 
no Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral e o permanente 
acompanhamento da imprensa forçou a tramitação relativamente rápida do 
projeto nas duas casas do Congresso. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O verbo FORÇAR deve concordar com o sujeito composto cujos núcleos são 
“empenho” e “acompanhamento”, pois ele vem ANTES do verbo que, portanto, 
deve vir no plural (concordância gramatical). 
Repare que tudo abaixo que está em vermelho faz parte do sujeito e tem 
função de adjunto adnominal. 
O empenho (núcleo do sujeito) da Igreja Católica e de organizações não 
governamentais reunidas no Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral 
(adjunto adnominal - AA) e o permanente (AA) acompanhamento (núcleo do 
sujeito) da imprensa (AA) FORÇARAM a tramitação relativamente rápida do 
projeto nas duas casas do Congresso. 
Gabarito: Errado 
 
8) CESPE/TJ/TRE ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011 
Convocada por D. Pedro em junho de 1822, a constituinte só seria instalada um 
ano mais tarde, no dia 3 de maio de 1823, mas acabaria dissolvida seis meses 
de pois, em 12 de novembro. 
Os membros da constituinte eram escolhidos por meio dos mesmos critérios 
estabelecidos para a eleição dos deputados às cortes de Lisboa. Os eleitores 
eram apenas os homens livres, com mais de vinte anos e que residissem por, 
pelo menos, um ano na localidade em que viviam, e proprietários de terra. Cabia 
a eles escolher um colégio eleitoral, que, por sua vez, indicava os deputados de 
cada região. Estes tinham de saber ler e escrever, possuir bens e virtudes. Em 
uma época em que a taxa de analfabetismo alcançava 99% da população, só 
um entre cem brasileiros era elegível. Os nascidos em Portugal tinham de estar 
residindo por, pelo menos, doze anos no Brasil. Do total de cem deputados 
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eleitos, só 89 tomaram posse. Era a elite intelectual e política do Brasil, 
composta de magistrados, membros do clero, fazendeiros, senhores de 
engenho, altos funcionários, militares e professores. Desse grupo, sairiam mais 
tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito presidentes de província, 
sete membros do primeiro conselho de Estado e quatro regentes do Império. 
O local das reuniões era a antiga cadeia pública, que, em 1808, havia sido 
remodelada pelo vice-rei conde dos Arcos para abrigar parte da corte 
portuguesa de D. João. No dia da abertura dos trabalhos, D. Pedro chegou ao 
prédio em uma carruagem puxada por oito mulas. Discursou de cabeça 
descoberta, o que, por si só, sinalizava alguma concessão ao novo poder 
constituído nas urnas. A coroa e o cetro, símbolos do seu poder, também foram 
deixados sobre uma mesa. 
Laurentino Gomes. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010, p. 21316 (com 
adaptações). 
Julgue o item seguinte, relativo às relações sintáticas e semânticas do texto. 
Nas duas orações do primeiro parágrafo do texto em que o sujeito estáelíptico, 
a referência é o termo "a constituinte" tal como expressa a concordância, em 
número e gênero, desse termo com os particípios a ele relacionados. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O período abaixo possui três orações. 
Na oração principal a locução verbal “seria instalada” concorda com o sujeito 
“a constituinte” que está explícito. 
As duas outras orações, que também possuem verbos no particípio 
(“convocada” e “dissolvida”), também se referem ao termo “a constituinte”, 
sujeito que se encontra elíptico nessas orações. Ambas as formas verbais 
concordam corretamente com ele. 
Regra geral: o verbo concorda com o sujeito em gênero e número, pois é ele 
que pratica ou sofre a ação. 
Convocada por D. Pedro em junho de 1822 (oração adjetiva explicativa 
reduzida de particípio), a constituinte só seria instalada um ano mais tarde, 
no dia 3 de maio de 1823 (oração principal), mas acabaria dissolvida seis 
meses de pois, em 12 de novembro (oração coordenada adversativa). 
Gabarito: Certo 
 
9) CESPE/AJ/TRE ES/Administrativa/2011 
As eleições no Brasil mobilizam os veículos de informação também pelo 
anedotário que produzem. Curiosamente, a presença crescente de indígenas no 
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processo eleitoral nos é transmitida exatamente nesse registro. De certo modo, 
a participação dos indígenas na disputa por vagas nos Poderes Legislativo e 
Executivo é apresentada no mesmo tom de estranheza com que o jornalismo 
brasileiro descreve xinguanos paramentados com sandálias havaianas e calções 
adidas. É como se a candidatura indígena selasse, solenemente, a inexorável 
aculturação. 
Para além desse anedotário há, de fato, muito que refletirmos. Afinal, os mais 
diversos povos indígenas estão lidando com as grandes instituições da 
sociedade branca e com processos políticos pertencentes a uma gramática social 
e simbólica que lhes é absolutamente estranha, ao menos na maneira como 
estamos acostumados a pensar. A começar pela representação política, que 
envolve, no mínimo, premissas e categorias mentais muito distintas dos modos 
nativos de fazer política. 
A política, que em muitas formulações nativas atravessa a vida social de 
maneira ampla, articulando-se simultaneamente às regras do parentesco, ao 
complexo ritual e religioso, ao discurso cosmológico, passa então a circular em 
uma ordem específica, a ordem política, regida por uma racionalidade 
burocrática e fundamentada em valores que se pretendem universalmente 
válidos. Formas tradicionais de liderança política como, por exemplo, a 
assumida pelo sábio ancião, com sua oratória sensível, seu zelo pela 
reatualização permanente do legado mitológico e da tradição, seu prestígio 
guerreiro − cedem lugar para uma nova forma de liderança, dessa vez 
protagonizada por jovens talentosos, escolarizados, falantes do português, 
minimamente conhecedores dos códigos e peculiaridades do mundo dos 
brancos. 
Marcos Pereira Rufino. Instituições dos brancos. Internet: 
<www.pib.socioambiental.org>, set./2000 (com adaptações). 
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir. 
A forma verbal "é" está flexionada no singular porque concorda com o nome 
"disputa". 
Certo 
Errado 
Comentários: 
A forma verbal “é” concorda com o núcleo do sujeito, “participação”. 
O termo “disputa” integra o adjunto adverbial marcado abaixo em vermelho. 
“... a participação (núcleo do sujeito) dos indígenas (adjunto adnominal) na 
disputa por vagas nos Poderes Legislativo e Executivo (adjunto adverbial - AAV) 
é apresentada...” 
Gabarito: Errado 
 
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10) CESPE/AJ/TRE RJ/Administrativa//2012 
Texto para o item 
As mulheres sabem que a participação democrática é o principal meio de defesa 
de seus interesses e de conquista de representação política, tal como a 
implantação do sistema de quotas para aumentar o número de representantes 
eleitas. 
O número reduzido de mulheres que ocupam cargos públicos — atualmente, 
uma média mundial de 19% nas assembleias nacionais — constitui um déficit a 
corrigir. A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático 
— local, nacional e regional — diversifica a natureza das assembleias 
democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda a 
necessidades dos cidadãos não atendidas no passado. 
Internet: <http://www.unric.org/pt/> (com adaptações). 
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos estruturais do texto. 
Se a palavra "atendidas" fosse flexionada no masculino — atendidos —, estariam 
mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O adjetivo “atendidas” refere-se ao nome “necessidades”, que além de 
plural, está no feminino, concordando com ele. 
Caso o adjetivo viesse no masculino, passaria a concordar com “cidadãos”. 
Portanto, mesmo preservando a correção gramatical, o sentido da oração 
ficaria alterado. 
“A participação das mulheres ... diversifica a natureza das assembleias 
democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda a 
necessidades dos cidadãos não atendidas no passado.” 
Gabarito: Errado 
 
11) CESPE/AJ/TRE GO/Administrativa/2015 
Texto I 
Os primeiros anos que se seguiram à Proclamação da República foram de 
grandes incertezas quanto aos trilhos que a nova forma de governo deveria 
seguir. Em uma rápida olhada, identificam-se dois grupos que defendiam 
diferentes formas de se exercer o poder da República: os civis e os militares. 
Os civis, representados pelas elites das principais províncias — São Paulo, Rio 
de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul —, queriam uma república 
federativa que desse muita autonomia às unidades regionais. Os militares, por 
outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à autonomia 
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buscada pelos civis. Isso sem mencionar as acirradas disputas internas de cada 
grupo. Esse era um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentida 
pelos cidadãos que viveram naqueles anos. Mas havia cidadãos? 
Formalmente, a Constituição de 1891 definia como cidadãos os brasileiros natos 
e, em regra, os naturalizados. Podiam votar os cidadãos com mais de vinte e 
um anos de idade que tivessem se alistado conforme determinação legal. Mas 
o que, exatamente, significava isso? Em 1894, na primeira eleição para 
presidente da República, votaram 2,2% da população. Tudo indica que, apesar 
de a República ter abolido o critério censitário e adotado o voto direto, a 
participação popular continuou sendo muito baixa em virtude, principalmente, 
da proibição do voto dos analfabetose das mulheres. 
No que se refere à legislação eleitoral, alguns instrumentos legais vieram a 
público, mas nenhum deles alterou profundamente o processo eleitoral da 
época. As principais alterações promovidas na legislação contemplaram o fim 
do voto censitário e a manutenção do voto direto. Essas modificações, embora 
importantes, tiveram pouca repercussão prática, já que o voto ainda era restrito 
— analfabetos e mulheres não votavam — e o processo eleitoral continuava 
permeado por toda sorte de fraudes. 
Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles e Amanda Camylla Pereira. 
Eleições no Brasil: uma história de 500 anos. Brasília: Tribunal Superior 
Eleitoral, 2014, p. 278. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações). 
 
Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto I. 
O trecho “votaram 2,2% da população” poderia, sem prejuízo gramatical ou de 
sentido para o texto, ser reescrito da seguinte forma: 2,2% da população votou. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Esse é um caso de concordância FACULTATIVA. 
O verbo pode vir no plural concordando com o numeral 2 (antes da vírgula) 
ou no singular, concordando com o termo “da população”. 
... 2,2% da população votaram. 
... 2,2% da população votou. 
Gabarito: Certo 
 
12) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016 
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O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação. Em 
seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe, 
porventura. 
Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as 
certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade 
na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela boca. 
A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa de 
todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada 
pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente, 
exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou 
uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava, 
e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas. 
Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria, 
acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para 
ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os 
dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos, 
compraram álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão 
desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por 
uma. No início ainda tentou disfarçar. 
Mas as dúvidas multiplicavam-se como praga, espalhavam-se pelo mundo, e 
agora, meu Deus? Deus existe? Existe sim. Ou será que não? Ele não estava 
bem certo. 
Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São 
Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações). 
 
Julgue o item seguinte, referente aos aspectos linguísticos e às ideias do texto 
O homem que só tinha certezas. 
A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas”, poderia ser corretamente 
substituída por existia. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Quando utilizamos o verbo HAVER no sentido de existir, “dúvidas” é um objeto 
direto e o verbo é impessoal (não tem sujeito), portanto, conjuga-se na 3ª 
pessoa do singular. 
 Por sua vez, quando utilizamos o verbo EXISTIR (que é intransitivo) o termo 
“dúvidas” passa a ser sujeito, devendo, assim, o verbo concordar com ele no 
plural. 
Gabarito: Errado 
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13) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria 
Governamental/2008 
Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como 
incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da 
complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente 
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código 
unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do 
sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado deste 
processo, o "modelo econômico" alcança sua perfeição, que não é somente 
descrever o mundo, mas efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma 
do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio 
supremo de perfeição a globalização representa. 
Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e 
é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmente 
afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma alternativa 
viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada 
a ausência de qualquer cultura ou sistema de pensamento alternativo. 
Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos 
escapar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com as 
premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma 
dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, 
aproximadamente. 
A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso 
extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um "argumento". Parece 
realmente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais sentido e 
fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em 
suma, a globalização representa a realização acabada e a perfeição do projeto 
de modernidade e de seu paradigma de progresso. 
G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma moderno: 
uma estratégia possível para sobreviver à coerência do processo. Trad. Luís 
Cláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). Os 
sentidos da democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 2.ª ed. 
Petrópolis RJ: Vozes; Brasília: NEDIC, 1999, p. 1389 (com adaptações). 
 
Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto, julgue o item 
seguinte. 
A forma verbal "têm" em "têm se afirmado" estabelece relação de concordância 
com o termo antecedente "ideologia". 
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Comentários: 
“… o processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica 
que têm se afirmado” 
Considerando que não há erros no texto, podemos observar que o verbo TER 
na forma “têm” está no plural porque concorda com algum termo também no 
plural, que no caso é “as premissas” OK? 
Lembre-se de que a regra geral é que o verbo concorda com o sujeito, pois 
é este quem pratica a ação. 
Se o verbo estivesse no singular poderíamos inferir que ele estaria referindo-se 
aum termo que está no singular (“ideologia econômica” por exemplo). 
Gabarito: E 
 
14) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria 
Governamental/2008 
Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e 
cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. Duas forças serviram 
principalmente à empresa de as congregar: o emprego da língua delas, desde 
que pude discerni-la um pouco, e o sentimento de terror que lhes infundi. A 
minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmo idioma fizeram-lhes crer que 
eu era o deus das aranhas, e desde então adoraram-me. E vede o benefício 
desta ilusão. Como as acompanhasse com muita atenção e miudeza, lançando 
em um livro as observações que fazia, cuidaram que o livro era o registro dos 
seus pecados, e fortaleceram-se ainda mais nas práticas das virtudes. (...) 
Não bastava associá-las; era preciso dar-lhes um governo idôneo. Hesitei na 
escolha; muitos dos atuais pareciam-me bons, alguns excelentes, mas todos 
tinham contra si o existirem. Explico-me. Uma forma vigente de governo ficava 
exposta a comparações que poderiam amesquinhá-la. Era-me preciso ou achar 
uma forma nova ou restaurar alguma outra abandonada. Naturalmente adotei 
o segundo alvitre, e nada me pareceu mais acertado do que uma república, à 
maneira de Veneza, o mesmo molde, e até o mesmo epíteto. Obsoleto, sem 
nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo, 
cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado, o que era meter à 
prova as aptidões políticas da jovem sociedade. 
A proposta foi aceita. Sereníssima República pareceu-lhes um título magnífico, 
roçagante, expansivo, próprio a engrandecer a obra popular. 
Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão 
cedo. Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de 
Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das 
nações seculares. Nem o tempo é operário que ceda a outro a lima ou o alvião; 
ele fará mais e melhor do que as teorias do papel, válidas no papel e mancas 
na prática. 
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Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). 
In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José 
Aguilar, 1959, p. 3378. 
 
Julgue o seguinte item, que se refere a aspectos lingüísticos do texto. 
O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se 
no singular, sem concordar com o sujeito da oração "vinte aranhas". 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“ ...(eu) tinha (VTD) comigo (AAV) vinte aranhas (OD)” 
Na verdade, o verbo TER está empregado no seu sentido usual de possuir, 
devendo concordar normalmente com o seu sujeito (eu) que está oculto. 
Exemplo de TER impessoal (sentido de HAVER): Tinha crianças na rua. 
Observe que não há sujeito na oração. 
Gabarito: E 
 
15) CESPE/ACE/TCDF/2012 
A Teoria Geral do Estado mostra como surgiu e se organizou, ao longo do tempo, 
o Estado. Nas formas primitivas de organização social, ainda tribais, o poder era 
concentrado nas mãos de um único chefe, soberano e absoluto, com poder de 
vida e morte sobre seus subordinados, fazendo e executando as leis. 
Na Antiguidade Clássica, as civilizações grega e romana foram as que primeiro 
fizeram uma tentativa de compartilhar o poder, criando instituições como a 
Eclésia e o Senado. Contudo, essa experiência foi posta de lado quando as 
trevas medievais tomaram conta da Europa, fazendo-a mergulhar em mil anos 
de estagnação, sob as mãos de senhores feudais, reis e papas, que não 
conheciam outro limite senão seu próprio poder. 
O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cidades, no período 
renascentista, representaram profundas mudanças para a sociedade da época, 
mas, do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do 
poder nas mãos dos soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua 
autoridade, unificaram os diversos feudos e formaram vários dos Estados 
modernos que hoje conhecemos. Exceção a essa regra foi a Inglaterra, onde, já 
em 1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres, que o 
obrigaram a pedir autorização a um conselho constituído por vinte e cinco 
barões para aumentar os impostos. A fim de fazer valer essa exigência, foi 
assinada a Magna Carta. Nascia o embrião do parlamento moderno, com a 
finalidade precípua de limitar o poder do rei. 
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Elton E. Polveiro Júnior. Desafios e perspectivas do poder legislativo no século 
XXI. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações). 
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue. 
A forma verbal "representaram" está no plural para concordar com o sujeito 
composto da oração, cujos núcleos são "fim", "século" e "ressurgimento". 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cidades, no 
período renascentista, representaram profundas mudanças” 
Olha a pegadinha! 
O termo “no século XV” não é sujeito e sim AAV de tempo. 
Os outros dois termos em azul são os núcleos do sujeito. 
ATENÇÃO: 
Observe a preposição “em” antes de “o século” e lembre-se de que o sujeito 
não pode vir preposicionado. 
Gabarito: E 
 
16) CESPE/Técnico/INSS/2016 
Texto 
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um 
escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para 
armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os 
livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam 
todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro 
que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre. 
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio 
onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, 
hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o 
número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de 
encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de 
hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228, 
o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir 
ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário, 
havia uma diferença na numeração. 
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na 
nota. 
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― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante. 
― Um mês, seu Joaquim!

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