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Aula 05 – Coerência e Coesão Textual - Texto 
Curso: Português – Resumo + Questões Comentadas 
Professor: Bruno Spencer
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
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Olá amigos! 
Tudo bem??? Vamos à nossa última aula teórica do curso. 
Estudaremos nesta aula dois assuntos importantíssimos para provas de 
concurso. 
Em ambos, a teoria é bastante simples, mas é necessária muita 
prática, para resolvermos as questões sem embaraço. 
Caso tenham dificuldade nas questões de coerência coesão, revisem as 
aulas sobre pronomes, preposições e conjunções. 
Vamos lá pessoal, força nos estudos!!! 
Boa aula!!! 
 
 
Sumário 
 
1 – Coerência e Coesão Textual ................................................................ 3 
2 – Texto ............................................................................................... 4 
3 – Questões Comentadas ..................................................................... 13 
4 – Lista de Exercícios ........................................................................... 63 
5 - Gabarito ......................................................................................... 98 
6 - Referencial Bibliográfico .................................................................... 98 
 
 
 
 
Aula 05 - Resumão 
Coerência e Coesão Textual - Texto 
 
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Resumo + Questões Comentadas 
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Coerência e Coesão Textual - O que é isso? 
São elementos fundamentais à construção textual, pois, para 
escrevermos um bom texto, necessitamos que ele soe como uma unidade. Para 
isso, precisamos utilizar de maneira correta os elementos de coesão textual 
e expor os nossos argumentos de forma coerente. 
 
Coerência 
 
 
 
Coesão 
 
 
Isso é o que chamamos de coesão referencial. 
As informações apresentadas não devem se contradizer, pois isso
provocaria a incoerência do texto.
A falta de coerência deixa o texto sem sentido. É como você dizer que
está feliz porque perdeu o emprego e foi abandonado pela(o)
namorada(o).
•Ex. O impeachment é algo importante para a nossa democracia. Ele
constitui-se em um mecanismo de controle político instituido pela nossa
Constituição.
Quando não utilizamos bem os elementos coesivos (pronomes,
preposições, conjunções, substantivos e etc), o nosso texto fica como
uma colcha de retalhos mal costurada, de difícil entendimento, pois as
informações ficam “soltas” e com muitas repetições desnecessárias.
Os elementos de coesão é que fazem esse papel de “costurar” as
informações, ligando-as de modo a constituir uma unidade textual.
•Ex. O Brasil é um país rico em recursos minerais. Aqui podemos
encontrá-los em abundância.
1 – Coerência e Coesão Textual 
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Note que, tanto o advérbio “aqui”, como o pronome “os” fazem 
referência a termos já citados no texto (referência ANAFÓRICA). É a utilização 
adequada desses recursos que faz um texto coeso. 
Podemos, por meio da coesão referencial nos referir a um termo, um 
período ou mesmo a um parágrafo inteiro. 
Exemplo: 
A dengue, hoje em dia, é um dos grandes problemas da saúde pública no 
Brasil. Ela ocorre principalmente em áreas sem saneamento básico e causa 
grandes transtornos à população mais carente, que é a mais vulnerável. 
Essa situação ocorre devido à falta de investimentos do governo federal, 
estadual e municipal. 
No trecho acima, temos dois exemplos de coesão referencial. O pronome 
“ela” substitui o substantivo “dengue”, enquanto a expressão “essa situação” 
faz referência a todo o parágrafo anterior, fazendo a ligação com o novo 
parágrafo e com as novas informações apresentadas no texto dissertativo. 
 
OBSERVAÇÃO 
A partir de hoje, quando ler um texto, preste bem atenção a esses 
elementos de ligação, que aparecem constantemente, principalmente no início 
de orações, períodos e parágrafos. 
 
 
 
Interpretação Textual 
 Para interpretarmos corretamente um texto, precisamos 
identificar nele dois pontos principais: 
 
 Algo que devemos ter muito cuidado é para não nos empolgarmos e 
EXTRAPOLAR as informações fornecidas pelo texto, pois certamente 
estaremos nos deixando levar pela nossa criatividade, que nesse momento é 
algo perigoso. 
 
Tipologia Textual 
1 - Qual a ideia central?
2 - Qual sua intenção?
2 – Texto 
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Resumo + Questões Comentadas 
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Os tipos textuais são constituídos por diferentes características próprias 
e peculiares que os diferenciam. São eles: 
 
Vamos ver as principais características de cada um deles. Certamente você já 
conhece todos eles, ainda que não ligue o tipo ao nome. 
 
Textos NARRATIVOS 
 
Textos DESCRITIVOS 
 
 
 
Narrativos
Descritivos
Instrucionais
Dissertativos
São utilizados para contar ou narrar estórias ou histórias, fatos e
acontecimentos.
Têm sempre um narrador que pode ser na primeira pessoa (narrador
personagem) ou na terceira (narrador observador).
Por consequência temos sempre a presença de AÇÃO, de
PESONAGENS e por vezes de discurso direto ou indireto.
São exemplos de textos narrativos: contos, fábulas, romances, lendas,
ficções, textos jornalísticos de notícias, biografias, quadrinhos e etc.
•Ex. "Dizem por ai, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica mais 
feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem 
também que é amor, mas isso sim é certeza." (Dom Casmurro, Machado 
de Assis) 
Servem para descrever lugares ou ambientes, pessoas, momentos,
objetos e etc.
Normalmente, são utilizados dentro de um texto narrativo e
caracterizam-se pela ampla utilização de adjetivos, comparações e
recursos linguísticos (metáforas, sinestesia e etc) para que possamos
“visualizar” algo que está sendo descrito ou até mesmo nos
“transportarmos” para um determinado lugar ou um determinado
momento.
•Ex. “A minha alegria acordava a dele, e o céu estava tão azul, e o ar tão 
claro, que a natureza parecia rir também conosco. São assim as boas 
horas deste mundo.” (Dom Casmurro, Machado de Assis) 
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Textos INSTRUCIONAIS 
 
 
Textos DISSERTATIVOS 
 
 
Gêneros Textuais 
 Grande parte dos gêneros textuais são nossos velhos conhecidos. Desde 
crianças, já escutamos contos, lendas, fábulas e à medida que vamos crescendo 
passamos a ler os romances, ficções, artigos científicos, textos jornalísticos e 
etc. Para entrarmos nos pormenores de cada gênero textual, teríamos que fazer 
um curso de literatura, o que não é o nosso objetivo neste momento. Assim, 
vamos fazer uma lista exemplificativa de alguns dos gêneros textuais 
existentes. 
• Romance 
• Ficção 
• Conto 
São utilizados para transmitir ORIENTAÇÕES ou INSTRUÇÕES ao
interlocutor. É característico deste tipo o uso dos verbos no modo
imperativo, a linguagem direta e objetiva, sem uso de
argumentações.
São classificados com INJUNTIVOS quando visam meramente
transmitir orientações ou instruções como em bulas de remédio,
manuais de instrução, receitas culinárias.
Quando possuem caráter COERCITIVO (de obrigar a fazer ou não-
fazer), são chamados de PRESCRITIVOS.
Exemplos de textos prescritivos são as leis, decretos e atos
normativos em geral.
•
Normalmente, contêm uma introdução do tema, um
desenvolvimento (exposição ou argumentação) e uma conclusão.
Podemos subdividi-lo em dois subtipos: os textos dissertativos
EXPOSITIVOS e os textos dissertativos ARGUMENTATIVOS.
Os textos expositivos são utilizados para exposição de um assunto
sem a preocupação de convencer o leitor de determinada opinião,
portanto são IMPARCIAIS, não cabendo impressões pessoais ou pontos
de vistas do autor.
Exemplos desses textos são as aulas, seminários, matérias jornalísticas
informativas.
Já os textos argumentativos, são escritos com a intenção de levar o
leitor a concordar com o ponto de vista do autor por meio de uma
argumentação consistente por ele apresentada.
Normalmente são utilizadas comparações, estatísticas, opiniões de
autoridades no assunto, fatos e etc.
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• Lenda 
• Fábula 
• Poema 
• Artigo de opinião 
• Reportagem 
• Notícia 
• Crônica 
• Receita culinária 
• Lista de compras 
• Curriculum vitae 
• Telefonema 
• Aula expositiva 
• Debate 
• Seminário 
• Conferência 
• E-mail 
• Carta 
• Diário 
• Relato de viagem 
• Biografia 
• Piada 
• Relatório 
• Resumo 
• Resenha 
• Ofício 
• Memorando 
• Lei 
• Decreto 
• Instrução Normativa 
• Portaria 
 
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Recursos Linguísticos 
Vamos conhecer alguns recursos linguísticos utilizados na produção de 
textos, cujos conceitos podem ser necessários para a resolução de determinada 
questão, ou mesmo nos auxiliarem a chegar a uma melhor compreensão da 
peça textual. 
 
 
 
 
 
 
OBS. Repare que na COMPARAÇÃO existe a presença de termos comparativos: 
como, tal como, tal qual e etc. 
 
 
 
 
 
•Quando uma palavra é utilizada no seu sentido
próprio ou literal.
•Ex. O leão é uma fera selvagem.
DENOTAÇÃO
ou 
SENTIDO 
DENOTATIVO
•Quando uma palavra é utilizada em sentido
figurado.
•Ex. Minha esposa ficou uma fera.
CONOTAÇÃO
ou 
SENTIDO 
CONOTATIVO
•Figura de linguagem utilizada para fazer uma
comparação utilizando-se de uma conotação.
•Ex. Ela é um anjo, de nada reclama.
METÁFORA
•Não confundir a comparação com a metáfora.
•Ex. Ela é meiga como um anjo, de nada
reclama.
COMPARAÇÃO
•Quando se atribui características humanas a
seres inanimados.
•Ex. As pedras vão cantar. Chora viola!
PROSOPOPEIA
OU
PERSONIFICAÇÃO
•Quando utiliza-se uma palavra no lugar de
outra de sentido próximo, relacionado.
•Ex. Ela gosta de ler Paulo Coelho. (os livros
escritos por Paulo Coelho)
•Ex. Bebeu um copo de água. (a água que estava
dentro do copo)
METONÍMIA
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OBS. A ambiguidade é um recurso muito utilizado para causar efeitos 
humorísticos. Deve ser ferrenhamente evitada em textos mais formais e, 
principalmente, quando tratar-se de documentos oficiais. 
 
 
 
 
 
•É um recurso de linguagem utilizado para
suavizar ou amenizar determinadas expressões.
•Ex. Ele faltou com a verdade. = Ele mentiu.
•Ele foi para o além. = Ele morreu.
EUFEMISMO
•É um recurso utilizado com o objetivo de
expressar exagero.
•Ex. Estou morrendo de fome!
•Já repeti isso mil vezes.
HIPÉRBOLE
•É um tipo de metáfora que passou a ser utilizada
como linguagem usual.
•Ex. Pé da mesa, batata da perna, maçã do rosto, 
dente de alho, asa da xícara.
CATACRESE
•É o que conhecemos por duplo sentido.
•Ex. A cachorra da sogra dele ficou doente.
AMBIGUIDADE
•É uma figura que surge do contraste de
opostos.
•Ex."Não existiria som se não houvesse o silêncio."
ANTÍTESE
•Quando dizemos algo oposto ao que realmente é,
com intuito de criticar, ridicularizar ou satirizar
algo.
•Ex. Você está cheiroso como um gambá.
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OBS. O primeiro exemplo é um caso de paralelismo SEMÂNTICO. Note que 
“estudar” e “trabalhar” possuem uma ligação semântica, pois são atividade 
de caráter intelectual que têm uma relação entre si. 
Já o segundo exemplo apresenta um caso simplório de paralelismo 
SINTÁTICO, pois ensinar crianças e comer chocolates não têm uma ligação 
semântica evidente. Porém, evita-se escrever duas frases repetindo-se a 
mesma estrutura: Todos os dias ela ensina crianças. Todos os dias ela come 
chocolate. 
 
 
 
 
 
•Quando substituímos um nome por uma
característica ou fato marcante a ele
relacionados.
•Ex. Fomos ao show do Rei. (= Roberto Carlos)
•Nasceu na Veneza Brasileira. (= Recife)
PERÍFRASE
•Mistura de percepções sensoriais.
•Ex. Seu olhar era quente como brasa. (as
percepções visual e térmica se misturam)
SINESTESIA
•Quando há duas ideias com estruturas idênticas
•Ex. Gosto de trabalhar e de estudar.
•Ex. Todos os dias, ela ensina crianças e come
muito chocolate.
PARALELISMO
•Quando um texto está inserido em
outro de maneira direta ou indireta.
•São exemplos de intertextualidade a
CITAÇÃO, a PARÁFRASE e a PARÓDIA.
INTERTEXTUALIDADE
•É quando mencionamos em nosso texto conteúdooriginário de obra de outro autor. As citações
devem ser acompanhadas da devida referência à
obra e ao autor originais.
CITAÇÃO
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Exemplo: 
Canção do Exílio 
(Gonçalves Dias) 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá; 
As aves que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá 
(...) 
 
Canto de Regresso à Pátria 
(Oswald de Andrade) 
Minha terra tem palmares, 
Onde gorjeia o mar; 
Os passarinhos daqui, 
Não cantam como os de lá 
(...) 
 
 
 
 
OBS. Não confundir inferência com elucubração. A inferência é algo 
logicamente dedutível a partir do texto e não algo acrescentado pela 
criatividade do leitor. 
 
•É quando escreve-se um texto, tomando um outro
como base.
PARÁFRASE
•Quando escreve-se uma obra similar à original,
porém, normalmente com um sentido cômico.
PARÓDIA
•É uma dedução LÓGICA que podemos fazer com
segurança a partir das informações apresentadas.
INFERÊNCIA
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OBS. Repare que o subentendido vai de encontro ao que falamos 
anteriormente: CUIDADO para não EXTRAPOLAR o sentido do texto!!! 
 
 
Vamos praticar pessoal!!! 
 
 
•É uma informação implícita no texto que
podemos inferir com segurança, pois há
informações suficientes para isso.
•Ex. Pedro deixou de fumar. (pressuposto: Pedro
fumava)
PRESSUPOSTO
•Semelhante ao pressuposto, também é uma
informação implícita. Porém, há de se tomar
muito cuidado com eles, pois não há
garantias que sejam verdadeiros, são
hipóteses.
•Ex. Ela disse: Aqui está muito quente!
(subentendido: ela quer que abra as janela, que
ligue um ventilador ou ar condicionado; ela
quer tomar um banho de piscina; ela quer tirar
as roupas e etc.)
SUBENTENDIDO
•É uma redundância, que pode ser um vício ou
uma figura de linguagem, dependendo da maneira
como for utilizado.
•Ex. Todos saíram para fora. (vício de linguagem) 
•Eu canto o meu canto de paz. (figura de 
linguagem)
PLEONASMO
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1) CESPE/Ag. Adm./PF/2014 
Embora não tivessem ficado claras as fontes geradoras de quebras da paz 
urbana, o fenômeno social marcado pelos movimentos populares que tomaram 
as ruas das grandes cidades brasileiras, em 2013, parecia tendente a se 
agravar. 
As vítimas das agressões pessoais viram desprotegidas a paz e a segurança, 
direitos sagrados da cidadania. Todos foram prejudicados. 
Pôde-se constatar que, em outras partes do mundo, fenômenos sociais 
semelhantes também ocorreram. Lá como cá, diferentes tipos de ação atingiram 
todo o grupo social, gerando vítimas e danos materiais. Nem sempre a 
intervenção das forças do Estado foi suficiente para evitar prejuízos. 
Do ponto de vista global, notou-se que a quebra da ordem foi provocada em 
situações diversas e ora tornou mais graves as distorções do direito, ora 
espalhou a insegurança coletivamente. Em qualquer das hipóteses, a população 
dos vários locais atingidos viu-se envolvida em perdas crescentes. 
Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações). 
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue o item. 
Os termos “Lá” e “cá” são utilizados como recursos para expressar circunstância 
de lugar, o primeiro referindo-se a “outras partes do mundo” e o segundo, ao 
Brasil. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Os advérbios “lá” e “cá” são elementos de coerência referencial anafórica 
(referem-se a termos citados anteriormente). 
Como estamos “cá” no Brasil, o que está em “outras partes do mundo”, pode, 
perfeitamente, ser substituído por “lá”. 
Tranquilo??? Sem mistério! 
Gabarito: Certo 
 
2) CESPE/AUFC/TCU/Cont. Externo/Auditoria Governamental/2013 
O crescimento populacional e econômico, aliado à evolução dos mercados e à 
complexidade das relações sociais, traduz-se em demandas por serviços 
públicos mais sofisticados, em maior quantidade e com mais qualidade. Para 
estar à altura das exigências da sociedade do século XXI, o desafio que se coloca 
3 – Questões Comentadas 
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ao país é a construção de um Estado “inteligente”, que incorpore os avanços 
tecnológicos, a rapidez e as facilidades da era digital. 
Em um país de dimensões continentais e com mais de cinco mil municípios, 
como o Brasil, a boa gestão pública é condição necessária para o 
desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão social. É por meio de uma 
gestão eficaz que o governo reúne instrumentos para melhor atender às 
demandas por políticas inclusivas e por serviços públicos em um ambiente de 
crescimento e de fortes demandas sociais, com maior conscientização e 
participação de uma sociedade plural. 
Nesse cenário, fez-se necessário repensar o modelo de administração da 
máquina pública. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em vigor desde maio 
de 2000, estabelece, entre outras exigências, o equilíbrio das contas 
governamentais, que possibilita ao Estado assumir o compromisso de investir 
na melhoria da sua capacidade de execução e, assim,prestar serviços 
adequados e implementar políticas públicas eficazes e eficientes, garantindo, ao 
mesmo tempo, transparência na execução de programas governamentais e 
acesso desimpedido às informações solicitadas pelo cidadão. 
Por dentro do Brasil. Modernização da gestão pública. Internet: 
<http://www.brasil.gov.br> (com adaptações). 
No que se refere às informações e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o 
próximo item. 
No terceiro parágrafo, a expressão “Nesse cenário” retoma, por coesão, o 
contexto anteriormente descrito: o do Brasil no século XXI, caracterizado por 
um “ambiente de crescimento e de fortes demandas sociais, com maior 
conscientização e participação de uma sociedade plural”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Expressões como “nesse cenário”, nesse contexto, nessa situação são utilizadas, 
normalmente, para iniciar parágrafos fazendo uma ligação com o parágrafo 
anterior no qual foi descrito uma determinada situação. Certamente esse é o 
caso do trecho que estamos analisando. 
Aproveitamos para ressaltar a importância de manter-se a coesão textual na 
mudança de parágrafos, pois o texto deve ser uma unidade sempre dotada 
de elementos de ligação entre as ideias e argumentos nele apresentados. 
Gabarito:Certo 
 
3) CESPE/Tec/INSS/2016 
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Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais 
deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes 
de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados 
diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após 
o terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços, 
terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de 
joia maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da partida para o 
Brasil, não se esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca 
aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa. 
Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações). 
 
Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item que 
se segue. 
A expressão “essas coleções” retoma, por coesão, o termo “Bibliotecas”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais 
deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes 
de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados 
diplomáticos versaram sobre essas coleções.” 
Todos os termos grifados acima referem-se a “bibliotecas” a fim de evitar a 
repetição daquele termo, o que tornaria o texto pobre e redundante. 
Trata-se de um mecanismo de coesão textual, chamado coesão referencial. 
Note que “biblioteca” significa um conjunto de livros ou mesmo uma coleção 
deles. 
Gabarito: Certo 
 
4) CESPE/AFCE/TCE SC/Controle Externo/Administração/2016 
É inegável que o Estado representa um ônus para a sociedade, já que, para 
assegurar o seu funcionamento, consome riquezas da sociedade. Representa, 
porém, um mal necessário, pois até agora não se conseguiu arquitetar 
mecanismo distinto para catalisar a vida em comunidade. Então, se do Estado 
ainda não pode prescindir a civilização, cabe-lhe aprimorá-lo, buscando otimizar 
o seu funcionamento, de modo a torna-lo menos oneroso, mais eficiente e 
eficaz. 
O bom funcionamento do Estado, que inclui também o bom funcionamento de 
suas estruturas encarregadas do controle público (Ministério Público, Poder 
Legislativo e tribunais de contas, entre outros), vem sendo alçado à condição 
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de direito fundamental dos indivíduos. Pressupõe, notadamente sob as luzes do 
princípio constitucional da eficiência, os deveres de cuidado e de cooperação. 
O dever de cuidado é consequência direta do postulado da indisponibilidade do 
interesse público. Em decorrência desse postulado, todo agente público tem o 
dever de, no cumprimento fiel de suas atribuições, perseguir o interesse público 
manifesto na Constituição Federal e nas leis. Conduz, portanto, à ideia de 
vedação da omissão, já que deixar de cumprir tais atribuições evidenciaria 
conduta ilícita. 
O dever de cuidado conduz, ainda, a uma ampla interação entre as estruturas 
públicas de controle, ou seja, é um dever de cooperação, não como faculdade, 
mas como obrigação que, em regra, dispensa formas especiais, como previsões 
normativas específicas, convênios e acordos. 
Sob essa perspectiva, o controle público do Estado deve incorporar à sua cultura 
institucional o compromisso com o direito fundamental ao bom funcionamento 
do Estado. 
Nesse contexto, os deveres de cuidado e de cooperação se impõem a todas as 
estruturas do Estado destinadas a promover o controle da máquina estatal. 
A observância do dever de cuidado e do de cooperação — traduzida, portanto, 
na atuação comprometida e concertada das estruturas orientadas para a função 
de controle da gestão pública — deve promover, entre os agentes e órgãos de 
controle, comportamentos de responsabilidade e responsividade. Por 
responsabilidade entenda-se o genuíno compromisso com a integralidade do 
ordenamento jurídico, o que pressupõe, acima de tudo, o reconhecimento de 
um regime de vedação da omissão. Responsividade, por sua vez, traduz o 
comportamento orientado a oferecer respostas rápidas e proativas, 
impregnadas de verdadeiro compromisso com a ideia-chave de promover o bom 
funcionamento do Estado. 
Diogo Roberto Ringenberg. Direito fundamental ao bom funcionamento do 
controle público. In: Controle Público, n.º 10, abr./2011, p. 55 (com 
adaptações). 
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto CB2A2AAA, julgue o item a 
seguir. 
No terceiro período do texto, as formas pronominais “lo”, em suas duas 
ocorrências — “aprimorá-lo” e “torna-lo” —, e “seu” referem-se a “Estado”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
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“Então, se do Estado ainda não pode prescindir a civilização, cabe-lhe 
aprimorá-lo, buscando otimizar o seu funcionamento, de modo a torná-lo menos 
oneroso, mais eficiente e eficaz.” 
Isso pessoal, se a civilização ainda não pode abrir mão (prescindir) do Estado, 
deve buscar a melhoria dele (do Estado). 
Novamente, temos um caso de coesão referencial anafórica. 
Gabarito: Certo 
 
5) CESPE/Tec GT/TELEBRAS/Assistente Técnico/2015 
Apesar de motivar uma revolução econômica sem precedentes na história 
mundial, a instalação das primeiras máquinas a vapor nas fábricas inglesas no 
início do século XIX gerou polêmica. Revoltados contra a mecanização, que 
diminuiria empregos e pioraria as condições de trabalho, movimentos 
organizados de trabalhadores ingleses calcularam que o melhor a fazer era 
destruir as máquinas das indústrias. 
Mais de um século depois, analistas de uma empresa de consultoria inglesa 
relacionaram a expansão tecnológica com a criação de postos de trabalho. 
Dessa relação, concluíram que, na realidade, o desenvolvimento de recursos 
para dinamizar a produção não só melhorou a qualidade de vida dos 
trabalhadores e expandiu a economia, como também criou mais ofertas de 
emprego. 
A partir de dados coletados com base em censos do Reino Unido, os 
pesquisadores verificaram diminuição de empregos que envolviam grande 
esforço, como trabalho em minas de carvão e agricultura, e crescimento nas 
profissões ligadas a serviços e conhecimento, como magistério e medicina. 
“Historicamente, a tecnologia destrói empregos em um momento para 
reconstruí-los em uma segunda etapa, mas esse não é um processo rápido nem 
simpático”, afirma um dos pesquisadores. 
Tecnologia gera emprego. Revista Galileu, out./2015 (com adaptações). 
 
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto Tecnologia gera 
emprego, julgue o item subsequente. 
No trecho ‘esse não é um processo’, o elemento‘esse’ faz referência ao processo 
de extinção e ressurgimento de empregos que decorre da expansão tecnológica. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
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““Historicamente, a tecnologia destrói empregos em um momento para 
reconstruí-los em uma segunda etapa, mas esse não é um processo rápido nem 
simpático”, afirma um dos pesquisadores.” 
O pronome demonstrativo ESSE tem no texto a função de fazer referência 
anafórica, ou seja, referir-se a termos citados anteriormente. 
No início do período, menciona-se um mecanismo (processo) de destruição 
e reconstrução de empregos, o qual é retomado pelo pronome “isso”. 
Gabarito: Certo 
 
6) CESPE/ATA/DPU/2016 
Texto para o item. 
No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou 
justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O 
surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então 
existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já 
dava início a situações em que constantemente as partes se viam 
impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas. A 
partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto com 
o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela passou a ser 
garantida nas cartas constitucionais. 
No século XX, o texto constitucional de 1934, no capítulo II, “Dos direitos e das 
garantias individuais”, em seu art. 113, fez menção a essa proteção, ao prever 
que “A União e os estados concederão aos necessitados assistência judiciária, 
criando para esse efeito órgãos especiais e assegurando a isenção de 
emolumentos, custas, taxas e selos”. Por sua vez, a Constituição de 1946 
previu, no mesmo capítulo que a de 1934, em seu art. 141, § 35, que “O poder 
público, na forma que a lei estabelecer, concederá assistência judiciária aos 
necessitados”. A lei extravagante veio em 1950, materializada na Lei n.º 1.060, 
que especifica normas para a concessão de assistência judiciária aos 
necessitados. No art. 4.º dessa lei, havia menção ao “rendimento ou vencimento 
que percebe e os encargos próprios e os da família” e constava a exigência de 
atestado de pobreza, expedido pela autoridade policial ou pelo prefeito 
municipal. Foi o art. 1.º, § 2.º, da Lei n.º 5.478/1968 que criou a simples 
afirmação (da pobreza), ratificado pela Lei n.º 7.510/1986, que deu nova 
redação a dispositivos da Lei n.º 1.060/1950. 
Em 1988, a Carta Cidadã ampliou o escopo da assistência judiciária ao empregar 
o termo assistência jurídica integral e gratuita, que é mais abrangente e que 
abarca o termo usado anteriormente, restrito apenas à assistência de demanda 
judicial já proposta ou a ser interposta. O termo atual também engloba atos 
jurídicos extrajudiciais, aconselhamento jurídico, patrocínio da causa, além de 
ações coletivas e mediação. 
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Hoje, portanto, alguém que se vê incapaz de arcar com os custos que uma lide 
judicial impõe, mas necessita da imediata prestação jurisdicional, pode, 
mediante simples afirmativa, postular as benesses dessa prerrogativa, 
garantida pela Constituição Federal vigente. 
Uma história para a gratuidade jurídica no Brasil. Internet: 
<http://jus.com.br> (com adaptações) 
 
Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item 
subsecutivo. 
A substituição de “ratificado” por confirmada manteria a coerência do texto, 
embora seu sentido fosse alterado. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“Foi o art. 1.º, § 2.º, da Lei n.º 5.478/1968 que criou a simples afirmação (da 
pobreza), ratificado pela Lei n.º 7.510/1986, que deu nova redação a 
dispositivos da Lei n.º 1.060/1950.” 
Note o detalhe que o termo “ratificado” está no masculino, por isso podemos 
concluir que ele se refere ao termo “art. 1.º, § 2.º”, que também é masculino. 
Ao trocarmos o adjetivo por “confirmada” (feminino), por uma questão de 
concordância, este irá referir-se a outro termo, qual seja, “Lei n.º 5.478/1968” 
que é feminino. 
Assim, o sentido do período será modificado, embora o texto não fique 
gramaticalmente incorreto. 
Gabarito: Certo 
 
7) CESPE/ATA/DPU/2016 
Texto para o item. 
No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou 
justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O 
surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então 
existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já 
dava início a situações em que constantemente as partes se viam 
impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas. A 
partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto com 
o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela passou a ser 
garantida nas cartas constitucionais. 
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No século XX, o texto constitucional de 1934, no capítulo II, “Dos direitos e das 
garantias individuais”, em seu art. 113, fez menção a essa proteção, ao prever 
que “A União e os estados concederão aos necessitados assistência judiciária, 
criando para esse efeito órgãos especiais e assegurando a isenção de 
emolumentos, custas, taxas e selos”. Por sua vez, a Constituição de 1946 
previu, no mesmo capítulo que a de 1934, em seu art. 141, § 35, que “O poder 
público, na forma que a lei estabelecer, concederá assistência judiciária aos 
necessitados”. A lei extravagante veio em 1950, materializada na Lei n.º 1.060, 
que especifica normas para a concessão de assistência judiciária aos 
necessitados. No art. 4.º dessa lei, havia menção ao “rendimento ou vencimento 
que percebe e os encargos próprios e os da família” e constava a exigência de 
atestado de pobreza, expedido pela autoridade policial ou pelo prefeito 
municipal. Foi o art. 1.º, § 2.º, da Lei n.º 5.478/1968 que criou a simples 
afirmação (da pobreza), ratificado pela Lei n.º 7.510/1986, que deu nova 
redação a dispositivos da Lei n.º 1.060/1950. 
Em 1988, a Carta Cidadã ampliou o escopo da assistência judiciária ao empregar 
o termo assistência jurídica integral e gratuita, que é mais abrangente e que 
abarca o termo usado anteriormente, restrito apenas à assistência de demanda 
judicial já proposta ou a ser interposta. O termo atual também engloba atos 
jurídicos extrajudiciais, aconselhamento jurídico, patrocínio da causa, além de 
ações coletivas e mediação. 
Hoje, portanto, alguém que se vê incapaz de arcar com os custos que uma lide 
judicial impõe, mas necessita da imediata prestação jurisdicional, pode, 
mediante simples afirmativa,postular as benesses dessa prerrogativa, 
garantida pela Constituição Federal vigente. 
Uma história para a gratuidade jurídica no Brasil. Internet: 
<http://jus.com.br> (com adaptações) 
 
Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item 
subsecutivo. 
A supressão da vírgula empregada logo após “prerrogativa” manteria a 
coerência do texto, embora alterasse o seu sentido. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O trecho “garantida pela Constituição Federal vigente” consiste em uma oração 
subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio, pois é separada por 
vírgula. 
Ao retirarmos essa pontuação, a oração deixa de ter caráter explicativo e 
passa a ter um caráter restritivo em relação ao sentido do termo 
“prerrogativa”. 
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Gabarito: Certo 
 
8) CESPE/AFCE/TCE SC/Controle Externo/Administração/2016 
Texto CB2A2BBB 
O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial 
danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação 
preventiva do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço 
público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse 
público. 
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um 
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido 
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e 
valores públicos. 
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve 
aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da 
administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende 
um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de 
gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da 
integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os 
princípios éticos. 
Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas 
para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e 
outros desvios dentro de determinada organização. 
Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações). 
 
Julgue o item, relativo a aspectos linguísticos e às ideias do texto CB2A2BBB. 
A coerência e a coesão do texto seriam mantidas caso o seguinte trecho fosse 
incluso como continuação do segundo parágrafo: 
Assim sendo, a integridade pública pode ser compreendida como uma virtude 
ou qualidade dos agentes que atuam, em uma determinada organização, de 
maneira proba, em favor do interesse público e em conformidade com os 
princípios, normas ou valores que norteiam a administração pública. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
A questão é dirigida à análise semântica dos dois parágrafos, a fim de 
verificarmos a coerência entre os dois. 
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Podemos notar que o parágrafo proposto, faz apenas uma releitura, ou mesmo, 
propõe uma explicação do segundo parágrafo, trazendo os mesmos elementos 
do anterior, mas, explicando de maneira um pouco diferente, a fim de dar maior 
clareza e ênfase ao que já fora afirmado. 
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um 
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido 
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e 
valores públicos. 
Assim sendo, a integridade pública pode ser compreendida como uma virtude 
ou qualidade dos agentes que atuam, em uma determinada organização, de 
maneira proba, em favor do interesse público e em conformidade com os 
princípios, normas ou valores que norteiam a administração pública. 
Gabarito: Certo 
 
9) CESPE/TBN/CEF/Administrativa/2014 
A moeda, como hoje é conhecida, é o resultado de uma longa evolução. No 
início, não havia moeda, praticava-se o escambo. Algumas mercadorias, pela 
sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, 
assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros 
produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas-mercadorias. O 
gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados. O sal foi outra moeda-
mercadoria; de difícil obtenção, era muito utilizado na conservação de 
alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca no 
vocabulário português, em palavras como pecúnia e pecúlio, capital e salário. 
Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às 
transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem 
fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, o que não permitia o acúmulo 
de riquezas. Surgiram, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com 
características semelhantes às das atuais: pequenas peças de metal com peso 
e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem 
as emitiu e garante o seu valor. 
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. 
O emprego desses metais se impôs, não só por sua raridade, beleza, imunidade 
à corrosão e por seu valor econômico, mas também por antigos costumes 
religiosos. Durante muitos séculos, os países cunharam em ouro suas moedas 
de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores menores. Esses 
sistemas se mantiveram até o final do século XIX, quando o cuproníquel e, 
posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser empregados e a moeda 
passou a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua 
face, que independe do metal nela contido. 
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Na Idade Média, surgiu o costume de guardar os valores com um ourives, 
pessoa que negociava objetos de ouro e prata e que, como garantia, entregava 
um recibo. Esse tipo de recibo passou a ser utilizado para efetuar pagamentos, 
circulando de mão em mão, e deu origem à moeda de papel. Com o tempo, da 
forma como ocorreu com as moedas, os governos passaram a conduzir a 
emissão de cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de 
pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem bancos centrais, 
encarregados das emissões de cédulas e moedas. 
Internet: <www.bcb.gov.br> (com adaptações). 
 
Julgue o próximo item, relativo às ideias expressas no texto ao lado e a aspectos 
linguísticos desse texto. 
Em “servindo para avaliar-lhes o valor”, o pronome “lhes”, que retoma “outros 
produtos”, equivale, em sentido, ao pronome seu. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor”Se o verbo “avaliar” é transitivo direto, como seria possível a utilização do 
pronome “lhes” que é utilizado como objeto indireto??? 
O pronome lhe(s) pode servir como pronome possessivo, sendo equivalente 
a seu(s), sua(s), dele(s), dela(s). 
Dessa forma, o sentido da oração é o seguinte: 
servindo para avaliar o valor de outros produtos 
servindo para avaliar os seus valores (de outros produtos) 
servindo para avaliar os valores deles (de outros produtos) 
Gabarito: Certo 
 
10) CESPE/TA/ICMBio/2014 
O ABCerrado e a Matomática (“matemática do mato”), metodologias criadas por 
um professor da UnB, apoiam-se em dois princípios: o da elevação da 
autoestima de alunos e professores e o do envolvimento com o meio ambiente 
para a construção, de forma lúdica e interdisciplinar, da cidadania e do respeito 
mútuo. “Fazemos a aproximação por meio de elementos do contexto onde as 
crianças estão inseridas. As atividades de leitura, interpretação e escrita 
associam-se ao tema do cerrado na forma de poesias, música, desenho, pintura 
e jogos”, explica uma professora da Faculdade de Educação da UnB. 
Atualmente, a universidade trabalha para expandir a aplicação do ABCerrado na 
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rede de ensino do DF. “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre o que é 
educação”, conta a professora. “A natureza possui uma dimensão formadora. 
Isso subverte a forma de se tratar a relação entre o ser humano e o meio 
ambiente no cerne de um processo educativo. Não se trata de educar o ser 
humano para o domínio e a apropriação da natureza, mas de educar a 
humanidade para ser capaz de trocar e de aprender com ela”, completa. 
João Campos. O ABC do cerrado. In: Revista Darcy, jun./2012 (com 
adaptações) 
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o 
item subsequente. 
O termo ‘Isso’ (l.12) refere-se à expressão ‘visão conservadora’ (l.10). 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O pronome “isso” é um elemento coesivo muito importante, pela sua 
capacidade de fazer referência a termos ou até orações já mencionadas no 
texto. 
No trecho em análise, o autor menciona uma dualidade entre a “visão 
conservadora” e a “dimensão formadora”. Esta é referenciada pelo pronome 
“isso”. 
Podemos percebê-lo no trecho “subverte a forma de se tratar a relação entre o 
ser humano e o meio ambiente”, que indica a existência de uma nova 
perspectiva (“a dimensão formadora”) em oposição ao pensamento tradicional 
(“visão conseradora”). 
“...“Ainda prevalece uma visão conservadora sobre o que é educação”, conta a 
professora. “A natureza possui uma dimensão formadora. Isso subverte a 
forma de se tratar a relação entre o ser humano e o meio ambiente no cerne de 
um processo educativo. Não se trata de educar o ser humano para o domínio e 
a apropriação da natureza, mas de educar a humanidade para ser capaz de 
trocar e de aprender com ela”...” 
Gabarito: Errado 
 
11) CESPE/AnaTA/CADE/2014 
Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países 
— incluindo Brasil, Argentina e Venezuela — com acesso ao Oceano Atlântico, 
que confere ao Estado grande papel na economia. A segunda — composta por 
países de frente para o Pacífico, como México, Peru, Chile e Colômbia — adota 
o livre comércio e o mercado livre. 
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Os dois grupos de países compartilham de uma geografia, de culturas e de 
histórias semelhantes, entretanto, por quase dez anos, a economia dos países 
do Atlântico cresceu mais rapidamente, em grande parte graças ao aumento 
dos preços das commodities no mercado global. Atualmente, parece que os anos 
vindouros são mais promissores para os países do Pacífico. Assim, a região 
enfrenta, de certa forma, um dilema sobre qual modelo adotar: o do Atlântico 
ou o do Pacífico? 
Há razões para pensar que os países com acesso ao Pacífico estão em vantagem, 
como, por exemplo, o fato de que, em 2014, o bloco comercial Aliança do 
Pacífico (formado por México, Colômbia, Peru e Chile) provavelmente crescerá 
a uma média de 4,25%, ao passo que o grupo do Atlântico, formado por 
Venezuela, Brasil e Argentina — unidos pelo MERCOSUL —, crescerá 2,5%. O 
Brasil, a maior economia da região, tende a crescer 1,9%. 
Segundo economistas, os países da América Latina que adotam o livre comércio 
estão mais preparados para crescer e registram maiores ganhos de 
produtividade. Os países do Pacífico, mesmo aqueles como o Chile, que ainda 
dependem de commodities como o cobre, também têm feito mais para 
fortalecer a exportação. No México, a exportação de bens manufaturados 
representa quase 25% da produção econômica anual (no Brasil, representa 
4%). As economias do Pacífico também são mais estáveis. Países como México 
e Chile têm baixa inflação e consideráveis reservas estrangeiras. 
Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos 
econômicos sem solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano — igual 
à da Síria, país devastado pela guerra. 
David Juhnow. Duas Américas Latinas bem diferentes. The Wall Street Journal. 
In: Internet: <http://online.wsj.com> (com adaptações). 
Julgue o próximo item, a respeito de aspectos linguísticos do texto de David 
Juhnow. 
No trecho “o do Atlântico ou o do Pacífico”, subentende-se a palavra “modelo”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“... qual modelo adotar: o do Atlântico ou o do Pacífico?” 
Veja que isso é algo bem usual em nossa linguagem falada. 
Podemos perfeitamente utilizar o pronome demonstrativo “o” para nos 
referirmos a “modelo”, a fim de evitar a repetição desnecessária dessa 
palavra. 
Poderíamos também utilizar, por exemplo, o pronome demonstrativo aquele 
para tal função. 
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... qual modelo adotar: aquele do Atlântico ou aquele do Pacífico? 
Gabarito: Certo 
 
12) CESPE/Cont/MTE/2014 
Saiu finalmente a conta da contribuição da nova classe média brasileira — 
aquela que, na última década, ascendeu ao mercado de consumo, como uma 
avalanche de quase 110 milhões de cidadãos. Uma pesquisa do Serasa Experian 
mostrou que o pelotão formado por essa turma, que se convencionou chamar 
de classe C, estaria no grupo das 20 maiores nações no consumo mundial, caso 
fosse classificado como um país. Juntos, os milhares de neocompradores 
movimentam quase R$ 1,2 trilhão ao ano. Isso é mais do que consome a 
população inteira de uma Holanda ou uma Suíça, para ficar em exemplos do 
primeiro mundo. Não por menos, tal massa de compradores se converteu na 
locomotiva da economia brasileira e em alvo preferido das empresas. Com mais 
crédito e programas sociais,em especial o Bolsa Família, os emergentes daqui 
saíram às lojas e estão gradativamente se tornando mais e mais criteriosos em 
suas aquisições. 
Carlos José Marques. A classe C é G20. Internet: <www.istoedinheiro.com.br> 
(com adaptações). 
No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto acima, julgue o 
próximo item. 
O vocábulo “aquela” refere-se à expressão “nova classe média brasileira”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“Saiu finalmente a conta da contribuição da nova classe média brasileira — 
aquela que, na última década, ascendeu ao mercado de consumo...” 
O pronome demonstrativo “aquela” tem função referencial, que serve para dar 
maior coesão ao texto, por meio da substituição de termos anteriormente 
citados (função anafórica). 
Gabarito: Certo 
 
13) CESPE/Cont/MTE/2014 
“Passe lá no RH!”. Não são poucas as vezes em que os colaboradores de uma 
empresa recebem essa orientação. Não são poucos os chefes que não sabem 
como tratar um tema que envolve seus subordinados, ou não têm coragem de 
fazê-lo, e empurram a responsabilidade para seus colegas da área de recursos 
humanos. Promover ou comunicar um aumento de salário é com o chefe 
mesmo; resolver conflitos, comunicar uma demissão, selecionar pessoas, 
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identificar necessidades de treinamento é “lá com o RH”. Em pleno século XXI, 
ainda existem empresas cujos executivos não sabem quem são os reais 
responsáveis pela gestão de seu capital humano. Os responsáveis pela gestão 
de pessoas em uma organização são os gestores, e não a área de RH. Gente é 
o ativo mais importante nas organizações: é o propulsor que as move e lhes dá 
vida. Portanto, os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser 
tratados como parte de uma política de valorização desse ativo, na qual gestores 
e RH são vasos comunicantes, trabalhando em conjunto, cada um 
desempenhando seu papel de forma adequada. 
José Luiz Bichuetti. Gestão de pessoas não é com o RH! In: Harvard Business 
Review Brasil. (com adaptações). 
Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue o item 
a seguir. 
A forma pronominal “lo”, em “fazê-lo”, refere-se a “tema”, e as formas “as” e 
“lhes” referem-se a “organizações”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Vamos analisar os trechos: 
“ Não são poucos os chefes que (sujeito) não sabem (VTD) como tratar um tema 
que envolve seus subordinados (OD = ISSO), ou não têm coragem de fazê-
lo...” 
Acima fizemos uma pequena análise sintática, agora vamos analisar o período 
em sua semântica. 
Quem não sabe como tratar um tema que envolve seus subordinados? 
Os chefes. 
Quem não tem coragem de fazê-lo? 
Os chefes! 
O que os chefes não sabem ou não têm coragem de fazer? 
Tratar um tema que envolve seus subordinados. 
Se não fosse pelo brilhante auxílio do pronome “o” (em “fazê-lo”), poderíamos 
escrever o período da seguinte maneira: 
Não são poucos os chefes que não sabem como ou não têm coragem de tratar 
um tema que envolve seus subordinados. 
Portanto a primeira afirmativa esta errada, pois a forma pronominal “lo” não se 
refere ao termo “tema”, porém, juntamente com o verbo fazer referem-se à 
oração “tratar um tema que envolve seus subordinados”. 
Segundo trecho: 
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“Gente é o ativo mais importante nas organizações: é o propulsor que as move 
e lhes dá vida.” 
Poderíamos reescrever a segunda oração do trecho acima da seguinte maneira: 
Gente é o propulsor que move e dá vida às organizações. Concorda? 
Ou seja, gente move as organizações e gente dá vida às organizações. 
Portanto a segunda afirmativa está correta. 
Repare que grande utilidade dos pronomes “as” e “lhes”, simplificando 
bastante o nosso texto e novamente evitando repetições desnecessárias. 
Gabarito: Errado 
 
14) CESPE/AnaTA/MDIC/2014 
Os municípios do Brasil alcançaram, em média, um índice de desenvolvimento 
humano municipal (IDHM) alto, graças a avanços em educação, renda e 
expectativa de vida nos últimos vinte anos. 
Mas o país ainda registra consideráveis atrasos educacionais, de acordo com 
dados divulgados pela Organização das Nações Unidas e pelo Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplicada. 
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 aponta que o IDHM médio 
do país subiu de 0,493, em 1991, para 0,727, em 2010 — quanto mais próximo 
de 1, maior é o desenvolvimento. Com isso, o Brasil passou de um patamar 
“muito baixo” para um patamar “alto” de desenvolvimento social. O que mais 
contribuiu para esse índice foi o aumento na longevidade, que subiu de 64,7 
anos para 73,9 anos. Também houve aumento de 14,2% ou (R$ 346,31) na 
renda nesse período. 
Os maiores desafios concentram-se na educação, o terceiro componente do 
IDHM. Apesar de ter crescido de 0,279 para 0,637 em vinte anos, o IDHM 
específico de educação é o mais distante da meta ideal, de 1. Em 2010, pouco 
mais da metade dos brasileiros com dezoito anos de idade ou mais havia 
concluído o ensino fundamental; e só 57,2% dos jovens entre quinze e 
dezessete anos de idade tinham o ensino fundamental completo. O ministro da 
Educação admitiu um “imenso desafio” na área, mas destacou que a educação 
é o componente que, tendo partido de um patamar mais baixo, registrou os 
maiores avanços, graças ao aumento no fluxo de alunos matriculados nas 
escolas. O índice de crianças de cinco e seis anos de idade que entraram no 
sistema de ensino passou de 37,3%, em 1991, para 91,1%, em 2010. 
Conforme o atlas, dois terços dos 5.565 municípios brasileiros estão na faixa de 
desenvolvimento humano considerada alta ou média. Ao mesmo tempo, a 
porcentagem de municípios na classificação “muito baixa” caiu de 85,5%, em 
1991, para 0,6%, em 2010. O relatório identificou uma redução nas 
disparidades sociais entre Norte e Sul do Brasil, mas confirmou que elas 
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continuam a existir. Um exemplo disso é que 90% dos municípios das regiões 
Norte e Nordeste têm baixos índices de IDHM em educação e renda. 
Internet: <www.bbc.co.uk> (com adaptações). 
No que se refere às ideias e expressões linguísticas contidas no texto, julgue o 
item que se segue. 
O pronome “isso” retoma apenas a ideia expressa em “quanto mais próximo de 
1, maior é o desenvolvimento”.. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 aponta que o IDHM médio 
do país subiu de 0,493, em 1991, para 0,727, em 2010 — quanto mais próximo 
de 1, maior é o desenvolvimento. Com isso, o Brasil passou de um patamar 
“muito baixo” para um patamar “alto”...” 
O pronome “isso” refere-se a todo o período anterior,refere-se a ideia 
completa de que o Atlas do Desenvolvimento Humano 2013 apontou que o IDHM 
do país subiu e aproxima-se de 1. 
Note que a questão aborda o tema da coesão textual, porém também exige do 
candidato uma interpretação semântica. 
Gabarito: Errado 
 
15) CESPE/Ag Adm/MDIC/2014 
Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou 
que ele não se chamava de “operário” e sim de “metalúrgico”. Macabéa ficava 
contente com a posição social dele porque também tinha orgulho de ser 
datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico 
eram alguém no mundo. 
“Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe. A tarefa de Olímpico 
tinha o gosto que se sente quando se fuma um cigarro acendendo-o do lado 
errado, na ponta da cortiça. O trabalho consistia em pegar barras de metal que 
vinham deslizando de cima da máquina para colocá-las embaixo, sobre uma 
placa deslizante. Nunca se perguntara por que colocava a barra embaixo. A vida 
não lhe era má e ele até economizava um pouco de dinheiro: dormia de graça 
numa guarita em obras de demolição por camaradagem do vigia. 
Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 45. 
Tendo como referência o texto acima, julgue o item que se segue. 
O sentido original do texto e a sua clareza seriam mantidos caso o pronome 
“dele” fosse substituído por sua. 
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Certo 
Errado 
Comentários: 
“Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou 
que ele não se chamava de “operário” e sim de “metalúrgico”. Macabéa ficava 
contente com a posição social dele...” 
Há situações que o uso dos pronomes possessivos seu(s), sua(s), pode gerar 
certa ambiguidade quanto a quem ou a que se referem. 
Exemplo: 
O cachorro comeu o seu almoço. 
Nesse caso devemos usar os termos dele(s), dela(s). 
O cachorro comeu o almoço dele. 
Nesse trecho, há dois personagens (um marcado em azul e um em vermelho), 
portanto o uso de “sua”, provocaria uma falta de clareza no texto e uma 
duplicidade de sentido (ambiguidade), pois não saberíamos ao certo a quem 
o pronome estaria referindo-se. 
Gabarito: Errado 
 
16) CESPE/Ag Adm/SUFRAMA/2014 
A Portaria Interministerial n.º 12 estabelece o Processo Produtivo Básico (PPB) 
para motos aquáticas e similares. Esse PPB é composto por oito etapas, que 
deverão ser realizadas na ZFM, com exceção da primeira, relacionada à 
moldagem do casco, que poderá ser dispensada, caso a empresa fabricante 
adquira partes dele e peças no mercado regional ou nacional nas quantidades 
mínimas indicadas na portaria. “A moto aquática, conhecida popularmente como 
jet ski, é hoje um produto inteiramente importado. O que fizemos foi simplificar 
o PPB, sem prejuízos dos níveis de investimento e mão de obra, e com isso 
vamos trazer essa produção para o PIM. Pelo menos quatro grandes empresas 
participaram das discussões visando ao estabelecimento do PPB e já 
demonstraram interesse em fabricar o produto em Manaus”, disse o 
superintendente da ZFM. 
Internet: <www.suframa.gov.br/suf_pub_noticias> (com adaptações). 
No que diz respeito ao texto, julgue o item. 
Mantêm-se as informações originais e a correção gramatical do período ao se 
substituir “caso” por qualquer um dos termos a seguir: desde que; contanto 
que. 
Certo 
Errado 
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Comentários: 
As três conjunções são classificadas como condicionais, pois têm esse mesmo 
valor semântico, qual seja, de estabelecer uma condição. 
 
Gabarito: Certo 
 
17) CESPE/AnaTA/MJ/2013 
Texto para o item 
Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para a classe dominante brasileira 
(os “liberais”), democracia é o regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no 
entanto, a democracia é “o único regime político no qual os conflitos são 
considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”: impedir a expressão 
dos conflitos sociais seria destruir a democracia. O filósofo francês Jacques 
Rancière critica a ideia de democracia que tem estruturado nossa vida social — 
regida por uma ordem policial, segundo ele —, devido ao fato de ela se 
distanciar do que seria sua razão de ser: a instituição da política. Estamos 
acomodados por acreditar que a política é isso que está aí: variadas formas de 
acordo social a partir das disputas entre interesses, resolvidas por um conjunto 
de ações e normas institucionais. Essa ideia empobrecida do que seja a política 
está, para o autor, mais próxima da ideia de polícia, já que diz respeito ao 
controle e à vigilância dos comportamentos humanos e à sua distribuição nas 
diferentes porções do território, cumprindo funções consideradas mais ou 
menos adequadas à ordem vigente. Estamos geralmente tão hipnotizados pela 
“necessidade de um compromisso para se alcançar o bem comum” e pela 
opinião de que “as instituições sociais já estão fazendo todo o possível para 
isso”, que não conseguimos perceber nossa contribuição na legitimação dessa 
política policial que administra alguns corpos e torna invisíveis outros. 
O conceito de política trabalhado pelo autor traz como princípio a igualdade. 
Uma igualdade que não está lá como sonho a ser alcançado um dia, mas que é 
uma potencialidade que “só ganha realidade se é atualizada no aqui e agora”. E 
essa atualização se dá por ações que irão construir a possibilidade de os “não 
contados” serem levados em conta, serem considerados nesse princípio básico 
e radical de igualdade. Para além dos movimentos sociais, existem os ainda-
sem-nome e ainda-sem-movimento. Diz o autor que a política é a reivindicação 
da parte daqueles que não têm parte; política se faz reivindicando “o que não é 
nosso” pelo sistema de direitos dominantes, criando, assim, um campo de 
contestação. Em uma sociedade em que os que não têm parte são a maior parte, 
é preciso fazer política. 
Marco Antonio Sampaio Malagodi. Geografias do dissenso: sobre conflitos, 
justiça ambiental e cartografia social no Brasil. In: Espaço e economia: Revista 
•contanto que - se - caso - a menos que -
salvo se - a não ser que - desde que
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Brasileira de Geografia Econômica. jan./2012. Internet: 
<http://espacoeconomia.revues.org/136> (com adaptações). 
Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto. 
A expressão ‘no qual’ poderia ser substituída pelo vocábulo onde, sem prejuízo 
para a correção e para as ideias do texto. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“... a democracia é o único regime político no qual os conflitos são considerados 
o princípio ...” 
A forma pronominal “noqual” é equivalente à “em que” (no qual = em que). 
Em determinados casos, em que nos referimos a LUGARES, podemos utilizar o 
pronome ONDE. 
Ou seja: 
• O pronome QUEM é usado apenas para PESSOAS. 
• O pronome ONDE é usado apenas para LUGARES. 
Exemplo: 
O Rio de Janeiro é a cidade onde nasci. 
Gabarito: Errado 
 
18) CESPE/AFT/MTE/2013 
Texto para o item 
Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham 
possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, elas não foram 
suficientes para que essa condição se verificasse na prática. A mera declaração 
formal das liberdades nos documentos e nas legislações esboroava diante da 
inexorável exclusão econômica da maioria da população. Em vista disso, já no 
século XIX, buscaram-se os direitos sociais com ações estatais que 
compensassem tais desigualdades, municiando os desvalidos com direitos 
implantados e construídos de forma coletiva em prol da saúde, da educação, da 
moradia, do trabalho, do lazer e da cultura para todos. 
No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a afirmação da 
cidadania se completou, haja vista que só então se percebeu a necessidade de 
se valorizar a vontade da maioria, respeitando-se, sobretudo, as minorias, em 
suas necessidades e peculiaridades. Em outras palavras, verificou-se 
claramente que a maioria pode ser opressiva, a ponto de conduzir 
legitimamente ao poder o nazismo ou o fascismo. Para que fatos como esse não 
se repetissem, fez-se premente a criação de salvaguardas em prol de todas as 
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minorias, uma vez que a soma destas empresta legitimidade e autenticidade à 
vontade da maioria. 
Eis aí o fundamento primeiro das políticas em favor de quaisquer minorias. No 
que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés 
assistencialista e caridosamente excludente que orientava as ações 
governamentais tem sido substituído por programas de efetiva inclusão, que 
visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não mais meros 
beneficiários de políticas de assistência social. O direito de ir e vir, de trabalhar 
e de estudar é a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão e, para que se 
concretize em face das pessoas com deficiência, há que se exigir do Estado a 
construção de uma sociedade livre, justa e solidária (como prevê o artigo 3.º 
da Constituição Federal), por meio da implementação de políticas públicas 
compensatórias e eficazes. 
A obrigação, porém, não se esgota nas ações estatais. Todos nós somos 
igualmente responsáveis pela efetiva compensação de que se cuida. As 
empresas, por sua vez, devem primar pelo respeito ao princípio constitucional 
do valor social do trabalho e da livre iniciativa, para que se implementem a 
cidadania plena e a dignidade do trabalhador com ou sem deficiência (previstas 
nos artigos 1.º e 170 da Constituição Federal). Nesse diapasão, a contratação 
de pessoas com deficiência deve ser vista como qualquer outra. Desses 
trabalhadores, espera-se profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim, 
atributos ínsitos a qualquer empregado. Não se quer assistencialismo, e sim 
oportunidades. 
Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho. 
A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 2.ª ed., 
Brasília, 2007. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações). 
Com base na estrutura linguística do texto, julgue o item que se segue. 
A expressão “tais desigualdades”, empregada, no período em que ocorre, sem 
um referente explícito, está associada à “inexorável exclusão econômica da 
maioria da população”. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações 
esboroava diante da inexorável exclusão econômica da maioria da população. 
Em vista disso, já no século XIX, buscaram-se os direitos sociais com ações 
estatais que compensassem tais desigualdades, municiando os desvalidos com 
direitos implantados e construídos de forma coletiva em prol da saúde, da 
educação, da moradia, do trabalho, do lazer e da cultura para todos.” 
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Questão de caráter bastante semântico, na qual temos que perceber a relação 
de correspondência entre as expressões: “inexorável exclusão econômica da 
maioria da população” e “tais desigualdades”. 
Veja que o enunciado não diz que as expressões são equivalentes, mas fala em 
“sem um referente explícito” ou “está associada”. 
De fato, há uma associação entre as duas expressões, pois a primeira leva à 
segunda. 
Ou seja, a “inexorável exclusão econômica da maioria da população” implica 
que haja “desigualdades”. Se há um, então há o outro. 
Gabarito: Certo 
 
19) CESPE/EPF/PF/2013 
O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal onde foi julgado um dos 
mais famosos casais acusados de assassinato no país? Torcer pela justiça, sim: 
as evidências permitiam uma forte convicção sobre os culpados, muito antes do 
encerramento das investigações. Contudo, para torcer pela justiça, não era 
necessário acampar na porta do tribunal, de onde ninguém podia pressionar os 
jurados. Bastava fazer abaixo-assinados via Internet pela condenação do pai e 
da madrasta da vítima. O que foram fazer lá, ao vivo? Penso que as pessoas 
não torceram apenas pela condenação dos principais suspeitos. Torceram 
também para que a versão que inculpou o pai e a madrasta fosse verdadeira. 
O relativo alívio que se sente ao saber que um assassinato se explica a partir 
do círculo de relações pessoais da vítima talvez tenha duas explicações. 
Primeiro, a fantasia de que em nossas famílias isso nunca há de acontecer. Em 
geral temos mais controle sobre nossas relações íntimas que sobre o acaso dos 
maus encontros que podem nos vitimar em uma cidade grande. Segundo, 
porque o crime familiar permite o lenitivo da construção de uma narrativa. Se 
toda morte violenta, ou súbita, nos deixa frente a frente com o real traumático, 
busca-se a possibilidade de inscrever o acontecido em uma narrativa, ainda que 
terrível, capaz de produzir sentido para o que não tem tamanho nem nunca 
terá, o que não tem conserto nem nunca terá, o que não faz sentido. 
Maria Rita Khel. A morte do sentido. Internet: <www.mariaritakehl.psc.br> 
(com adaptações). 
Com base no texto acima, julgue o item. 
As expressões nominais “os culpados”, “os jurados”, “principais suspeitos” e o 
“o pai e a madrasta” formam uma cadeia coesiva, referindo-se a “um dos mais 
famosos casais acusados de assassinato no país”. “os jurados”, 
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