Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO SANDRA CAJE DE ARAÚJO MARQUES PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESAS GESTANTES: EM PRESTÍGIO À DIGNIDADE HUMANA DA CRIANÇA. Carapicuíba – SP 2020 SANDRA CAJÉ DE ARAÚJO MARQUES PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESAS GESTANTES:EM PRESTÍGIO À DIGNIDADE HUMANA DA CRIANÇA. Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado para obtenção do grau de bacharela no Curso de Direito da Faculdade Estácio de Carapicuíba. Orientador: Prof. Ulisses Pessoa dos Santos Carapicuíba – SP 2020 SANDRA CAJÉ DE ARAÚJO MARQUES PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESAS GESTANTES: EM PRESTÍGIO À DIGNIDADE HUMANA DA CRIANÇA. Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharela, no Curso de Direito da Faculdade Estácio de Carapícuíba, com Linha de Pesquisa em Processo Penal e prisão domiciliar das presas gestantes. Carapicuíba, de de 2020. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prof. Dr. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prof. Dr. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Dedico este trabalho aos meus pais João Souza e Alaide Cajé, ao meu marido Cleber Marques e aos meus filhos, Bianca , Luiz Eduardo e Antonio Guilherme e aos meus irmãos Benivaldo, Marcos e minha irmã Marilene. AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, por ter cuidado de mim em todos os momentos sempre me abençoando. Aos meus pais João Souza e Alaide Cajé por sempre me mostrar o melhor caminho a seguir e por demonstrar o orgulho que sentem de mim à cada conquista. Ao meu marido Cleber Marques, por ser esse companheiro maravilhoso, estando sempre comigo me fortalecendo e me acolhendo. Aos meus filhos, Bianca, Luiz Eduardo e Antonio Guilherme, por existirem em minha vida, me dando razões de viver e orgulho de ser mãe. Aos meus irmãos Benivaldo, Marcos e minha irmã Marilene, por me apoiarem nesta caminhada sempre juntos comigo. Aos meus amigos Iracema e Ronaldo, por sempre me apoiarem em todas as horas que precisei. Aos meus amigos que estiveram ao meu lado nesta jornada, sempre me ajudando a vencer os obstáculos. À Coordenadora do Curso de Direito Heidy, por sempre contribuir para o melhor na minha formação. Á Coordenadora de Trabalho de Conclusão de Curso Débora Feres, por ser especial em minha vida acadêmica e ter contribuído para o meu sucesso. Aos meus professores, em especial ao meu orientador, pelas correções, orientações e ensinamentos, que me fez apresentar um trabalho de qualidade com os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Por fim, à todos que contribuíram direta ou indiretamente para minha formação. “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.” (Art.1º, Declaração Universal dos Direitos Humanos). RESUMO Este presente artigo tem como objetivo anallisar acerca dos delitos praticados por mulheres e o cumprimento da pena, que muitas vezes chegam gestantes ao cárcere ou se tornam gestante no decorrer da prisão. Tem uma relevância deliberar a cerca da Lei de Execuções Penais, no cumprimento do Código de Processo Penal, pensarmos em discutir, analisar qual foi o resultado estatístico que se vêem tendo com sua vigência.Temos previsão em nosso Código de processo Penal que as presas gestantes não devem ser submetidas ao parto ou puerpério estando algemadas; é esperançosa essa mudança que ocorreu em 2017 para que essas mulheres tenham seus direitos garantidos, cumpra e pague sua pena no limite da mesma, sem alcançar a dignidade humana da mãe e do bebê. Palavras-chave: presas gestantes; prisão domiciliar; dignidade; humana; mães em cárcere. ABSTRACT This article aims to analyze the crimes committed by and the ching the hummexecution of the sentence, which often reach pregnant women in prision or become pregnant during prison. It is relevant to deliberate about the Law of Penal Executions, in compliance with the Code of Criminal Procedure, to think about discussing, analyzing what was the statistical result that they are seeing with its validity. they must not be subjected to childbirth or the puerperium while being handcuffed; this change that occurred in 2017 is hopeful so thst these women have their rights guaranteed, fulfill and pay their sentence within the liimit of it, without reaching the human dignity of the mother and baby. Keywords: pregnant prey; domicileair arrest; dignity; human; mothers in prison. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Filhos das presas por faixa etária de idade .............................................24 Gráfico 2 – Deferimento de Habeas Corpus para mães que estavam presas..........25 Gráfico 3 – Relatório Analítico Nacional de presas gestantes/lactantes e filhos por faixa etária e por estado.............................................................................................26 Gráfico 4 – Quantidade de filhos por Estado nos estabelecimentos..........................27 LISTA DE TABELA TABELA 1 - Relação númerica de filhos das presas por Estado e por faixa etária.........................................................................................................................28 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. CPP – Código de Processo Penal. DPESP – Defensoria Pública do Estado de São Paulo. SISDEPEN - Sistema de Infromação do Departamento Penitenciário Nacional. ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. SUMÁRIO . 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... .12 2 COMO SURGIU A PRISÃO DOMICILIAR NO BRASIL.........................................14 2.1 REQUSITOS PARA PRISÃO DOMICILIAR DAS PRESAS ESTANTES................17 2.2 DOS BENEFÍCIOS PARA AS PRESAS GESTANTES.........................................18 2.3 A CONVIVÊNCIA DAS PRESAS GESTANTES DURANTE OS 9 (NOVE) DE GESTAÇÃO EM CÁRCERE.............. ........................................................................ 19 2.4 A VIOLAÇÃO DA DIGNIDADE DO BEBÊ EM CÁRCERE...................................21 3 PRISÃO DOMICILIAR DE PRESAS GESTANTES NO ÂMBITO NACIONAL......23 3.1 O MEDO E O ESTRESSE DAS PRESAS GESTANTES ............................. ......28 4 O LIMITE DA EXTENSÃO E O ALCANCE DA PENA ......................................... 30 5 CONCLUSÃO ............................................................................................. ..........31 REFERÊNCIAS.........................................................................................................33 12 1 – INTRODUÇÃO Atualmente as pessoas tendem a se preocupar mais com o próximo, principalmente no avanço dos delitos praticados por mulheres, e que muitas vezes chegam gestantes ao cárcere ou se tornam gestante no decorrer da prisão.Tem uma relevância deliberar a cerca da Lei de Execuções Penais, no cumprimento do Código de Processo Penal, pensarmos em discutir, analisar qual foi o resultado estatístico que se vêem tendo com sua vigência. Temos previsão em nosso Código de processo Penal que as presas gestantes não devem ser submetidas ao parto ou puerpério estando algemadas; é esperançosa essa mudança que ocorreu em 2017 para que essas mulheres tenham seus direitos garantidos, cumpra e pague sua pena no limite da mesma, sem alcançar a dignidade humana da mãe e do bebê. Destarte que pode possibilitar novas oportunidades, sendo que cumpridos essas legalidades se aproxima da justiça. Temos Leis com benefícios preservados e que são ótimas quando se cumpre, pois precisamso após inserir essas mulheres na sociedade para conviver em harmonia com as regras. O presente artigo se justifica no âmbito acadêmico, pois vislumbra contribuir com o que tem sido debatido, em busca de aumentar as possibilidades de reflexão e diminuição de crimes, preservar a dignidade humana da presa gestante e do seu bebê. Sendo ainda, relevante na esfera social, familiar, porquanto que as instituições utilizam trabalhos e pesquisas desenvolvidas em Universidade com o intuito de melhorar e refletir suas práticas, na medida em que essa pode ser promovida uma análise mais proveitosa especialmente no âmbito jurídico. Este artigo se justifica pesquisando sobre a atuação e aplicação das Leis nos Presídios femininos e consequente busca da concretização valorização da dignidade das presas gestantes. Devido à aproximada escassez de tais benefícios, é que aumentam- se os problemas sociais e no próprio cárcere, o que se almeja 13 constatar os resultados com uma maior aplicação das medidas cautelares, da prisão domiciliar, pois sabemos que essas cidadâs cumprirá sua pena e precisará se reinserir na sociedade almejando uma boa qualidade de vida na sociedade e com sua família. As questões norteadoras em que se baseiam essa pesquisa são: Quais os requisitos eficazes para ter o benefício da prisão domiciliar deferido; Identificar os prejuízos psicológicos, sociais e familiar de uma presa gestante, ao ter o benefício da prisão domiciliar indeferido, e assim a perda do direito em ter um parto humanizado; Quais impactos em ter o benefício da prisão domiciliar indeferido; Qual a implicatura na gestação do bebê, ao crescer no ventre da sua mãe e nascer entre grades; Verificar quais ospontos positivos na duração concessão da prisão domiciliar; Em que se pauta as discrepâncias em concessões dos benefícios para mães de classes sociais diferentes. Os objetivos dessa pesquisa se pautam em : Identificar os prejuizos psicológicos, sociais e familiar de uma presa gestante, ao ter o benefício da prisão domiciliar indeferido, e assim a perda do direito em ter um parto humanizado; refletir sobre o cumprimento da pena em prisão domiciliar; estudar sobre os prejuízos em ter uma infância marcada pelo não acolhimento familiar; analisar estatisticamente a concessão da prisão domiciliar no Brasil; compreender as diferrenças e as implicações, em já se nascer entre grades, mesmo inocente. Compreender os dados quantitativos adquiridos com esta pesquisa, e facilitar o entendimento e clareza das informações sobre como é a vivência e convivência das mães que vivem encarceradas e o que podemos fazer para ajudar. Os problemas de pesquisa se pautam em: 1 - Como identificar a aplicabilidade e concessão do governo, para saber se está ativamente exercendo e cumprindo sua competência no que se refere a punir, exemplificar e ressocializar as presas gestantes, concedendo benefícios da prisão domiciliar para mães que possuem filhos de até 12 anos, garantindo assim um parto humanizado e que a sua culpabilidade se restrinja à sua pessoa, não alcançando o bebê que nasce no cárcere? Partimos da hipótese que se o governo 14 cumprisse integralmente e concedesse os benefícios a todas presas gestantes que se enquadram nos requisitos, teríamos conseguindo garantir que a gestação de um bebê que não cometeu crime algum e seu nascimento fosse em um ambiente acolhedor, com isso a pena não alcançaria o bebê, teríamos inexistência de influências do cárcere na infância desta criança. Enquanto metodologia, utilizamos o método documental, que nos possibilita um amplo entendimento da pesquisa. Enquanto os métodos utilizados serão de muita relevância pois foram feitas consultas em Internet, legislação, obras primárias e secundárias, usando técnicas de investigação de conteúdo, que nos auxilia na delimitação do universo da pesquisa: Pesquisa bibliográfica, documentos, entre outros, sendo utilizado o método documental. A estrutura deste artigo é apresentada, além desta introdução, sendo o primeiro a tratar da introdução, objetivos, problemas, hipóteses e revisão teórica, no qual apresentamos o suporte dos autores que possibilita em basear-se para discussão e elaboração da pesquisa. Subsequente, teremos o tópico da pesquisa discorrerá sobre a base e sujeito da pesquisa, análise de documentos coleta de dados e a discussão e análise da pesquisa. Por fim, apresentar as considerações finais que não objetivam encerrar o assunto. 2- COMO SURGIU A PRISÃO DOMICILIAR NO BRASIL. Surgiu a primeira Constituição em 1824, que foi outorgada pelo Imperador D. Pedro I, sendo que esta foi a que mais permaneceu no poder, onde “começou a ser analisado a reforma do sistema punitivo e a humanização das penas, determinando que as cadeias fossem seguras, limpas e bem arejadas, havendo diversas casas para separação dos réus, conforme suas circunstâncias e natureza dos seus crimes,(GALDINO,2020)”. Com o avanço do sistema de governo, os direitos fundamentais começaram a era uma preocupação e com isso iniciaram uma deliberação para 15 que tivessem um sistema que se punisse com justiça, fazendo uma separação dos réus por sua periculosidade. De acordo com (MARQUES, 2015), A Evolução das Constituições Brasileiras, CONSTITUIÇÃO DE 1824: Outorgada pelo Imperador D. Pedro I.É a primeira Constituição do Brasil. Permaneceu mais tempo em vigor.- Forma de Governo: monarquia constitucional.-Estado Unitário: sem autonomia para as províncias.-Quatro poderes: Moderador, Executivo, Legislativo e Judiciário (MARQUES,2015). Era necessário uma que o sistema prisional instituísse uma prisão mas que preservasse a dignidade da pessoa humana, visto que não deve-se violar os princípios Constitucionais previstos na Constituição Federal de 1988, que está em vigor. Com o surgimento do Código Criminal do Império em 1830, ficou delimitado sobre os crimes e as penas que seriam impostas, bem como os tipos de prisões, vejamos: “Art. 34. A tentativa, á que não estiver imposta pena especial, será punida com as mesmas penas do crime, menos a terça parte em cada um dos gráos.” Ainda de uma forma diversa se a pena não fosse de morte, Se a pena fôr de morte, impôr-se-ha ao culpado de tentativa no mesmo gráo a de galés perpetuas. Se fôr de galés perpetuas, ou de prisão perpetua com trabalho, ou sem elle, impor-se-ha a de galés por vinte annos, ou de prisão com trabalho, ou sem elle por vinte annos. Se fôr de banimento, impôr-se- ha a de desterro para fóra do Imperio por vinte annos. Se fôr de degredo, ou de desterro perpetuo, impôr-se-ha a de degredo, ou desterro por vinte annos.( Código Criminal do Império em 1830,ART.34). Já se pensavam que os crimes cometidos pelas mulheres não eram tão graves e precisavam ficar em ambientes separados para que assim pudessem evitar também a promiscuidade. Em tal situação, os fatores para a delinquência feminina decorreram de muitas razões como abordado, mas em relação a evolução dos estabelecimentos prisionais femininos, um dos aspectos mais importante seria a necessidade de um local específico e individualizadopara o cumprimento da pena somente por mulheres, pois, as pessoas do sexo masculino e feminino ficavam retidos em um mesmo estabelecimento vivendo em condições insuficientes e precárias (GALDINO,2020). 1 1 Todas as prisões provisórias decretadas deverão ser revistas. Não se trata de uma libertação 16 2 Em 1830 já se pensava em preservar a presa gestante, e oferecer um tratamento diferenciado devido a sua condição à espera de um bebê, mesmo se merecesse ser julgada, de acordo com as penas daquele Código Criminal do Império do Brasil, “Art. 43. Na mulher prenhe não se executará a pena de morte, nem mesmo ella será julgada, em caso de a merecer, senão quarenta dias depois do parto”. Ainda se tivesse que cumprir pena já seria em ambiente de acordo com o seu sexo, “Art. 45. A pena de galés nunca será imposta:1º A's mulheres, as quaes quando tiverem commettido crimes, para que esteja estabelecida esta pena, serão condemnadas pelo mesmo tempo a prisão em lugar, e com serviço analogo ao seu sexo”.(CÓDIGO CRIMINAL DO IMPÉRIO DO BRASIL). Com a evolução chegamos na Constituição Federal de 1988, que prevê expressamente o respeito à dignidade humana e aos princípios fundamentais. Nós representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição Da República Federativa Do Brasil (BRASIL, 2016). Com a instituição do Estado Democrático de Direito, os avanços são muitos e chega-se uma Lei que vai assegurar e Preservar, como também garantir um tratamento justo e respeitável para todos os cidadãos brasileiros, com casos especiais como o da presa gestante que precisa de um tratamento com maiores atenções e cuidados, Assim prevê a Declaração dos Direitos Humanos em seu art.3º “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. automática dos presos, mas condicionada à análise individual, criteriosa e fundamentada dos requisitos legais em cada caso. CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal / Fernando Capez. – 25. ed. – São Paulo 2 O Direito dos Direitos Humanos não rege as relações entre iguais; opera precisamente em defesa dos ostensivamente mais fracos. Nas relações entre desiguais, posiciona-se em favor dos mais necessitados de proteção. PIOVESAN, Flávia .Direitos humanos e o direito constitucional internacional / Flávia Piovesan. p.57. 14. ed., rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2013. 17 2.1 – REQUISITOS PARA PRISÃO DOMICILIAR DAS PRESAS GESTANTES. De acordo com a Lei 12.403 de 4 de maio de 2011, bem como o art. 318 do Código de Processo Penal, podem ter sua prisão preventiva substituída por prisão domiciliar, no caso específico das presas condenadas àquelas que possuírem filhos que necessitem de cuidados especiais, sendo menores de 6 anos ou com deficiência, gestantes a partir do sétimo mês de gravidez ou que seja de alto risco, ou ainda se tiver filho menor de 12 anos. A maioria dos presídios brasileiros possui problemas referentes à superlotação e péssimas condições estruturais e de salubridade, predispondo a proliferação ou agravamento de diversas doenças infectocontagiosas, traumas, doenças crônicodegenerativas, além de transtornos mentais. Em algumas instituições as celas são improvisadas como enfermarias, dispondo de poucos equipamentos e profissionais qualificados. A carência de escolta policial dificulta que as presidiárias sejam levadas para tratamentos de saúde nos hospitais de referência. Há falta contínua de medicamentos e os tratamentos para diversas doenças acabam se reduzindo à 22 prescrição de analgésicos para alívio dos sintomas. Praticamente inexiste o prénatal e os programas voltados à prevenção dos cânceres de colo de útero e de mamas. (GUSTIN, 2011, p. 14). Contudo existem muitas mães condenadas que não conseguem essa conversão e acabam cumprindo sua pena com seu filho nos momentos iniciais da vida do bebê. Ainda na análise do mérito, há o fundamento na política criminal responsável pela discriminatória e seletiva cultura do encarceramento, impactando drasticamente na vida dessas mulheres pobres e de suas famílias. Além disso, vislumbra-se a não aplicação da Lei 13.257/2016 que alterou os artigos 317 e 318 do Código de Processo Penal, que possibilitam a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar para gestantes e mães de crianças com filhos de até 12 anos de idade. O Poder Judiciário vem sendo provocado a decidir sobre a substituição daquela prisão, nos casos especificados pela Lei, porém, em aproximadamente metade dos casos, o pedido foi indeferido. (MUHLEN,2020) 3 3 Ao confinar mulheres grávidas em estabelecimentos prisionais precários e privando as crianças de condições adequadas para o seu desenvolvimento, o Estado torna-se responsável pelo tratamento degradante e cruel, que infringe os princípios constitucionais relacionados à individualização da pena, à vedação de penas cruéis e, ainda, ao respeito à integridade física e moral da presa.(MUHLEN,2020) 18 2.2 - DOS BENEFÍCIOS PARA AS PRESAS GESTANTES. Cumpre salientar que, a presa quando condenada e passa a cumprir sua pena, ao longo dos eternos dias que vão se passando, aumentam-se as expectativas de serem contempladas com uma progressão de regime, com o benefício da prisão domiciliar ou com medidas cautelares, mas essa realidade não tem se tornado rotina entre as presas gestantes. Têm-se combatido essa cultura da pena privativa de liberdade, principalmente por crimes de menores potenciais ofensivos, sendo que possuímos outras alternativas previstas no Art. 319, inciso do I ao IX do Código de Processo Penal, 1941. Todavia há de se ressaltar que, adotando essas medidas o Estado tem a faculdade de fiscalizar o cumprimento e a eficácia dos procedimentos adotados. Têm muito discutido acerca dessas substituições, recente p DPESP ingressou com habeas corpus coletivo, porém obteve êxito em uma quantidade irrisória dos quais foram impetrados. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sessão desta terça-feira (20), por maioria de votos, conceder Habeas Corpus (HC 143641) coletivo para determinar a substituição da prisão preventiva por domiciliar de mulheres presas, em todo o território nacional, que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência, sem prejuízo da aplicação das medidas alternativas previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal (CPP). 4. É nítido que traz benefícios para a presa, seu bebê e para a sociedade, pois terá uma presa cumprindo sua pena, sem o estresse de passar uma gravidez 4E assim continua. A decisão será comunicada aos presidentes dos tribunais estaduais e federais, inclusive da Justiça Militar estadual e federal, para que, no prazo de 60 dias, sejam analisadas e implementadas de modo integral as determinações fixadas pela Turma. Para o Coletivo de Advogados em Direitos Humanos, impetrante do habeas corpus, a prisão preventiva, ao confinar mulheres grávidas em estabelecimentos prisionais precários, tira delas o acesso a programas de saúde pré-natal, assistência regular na gestação e no pós-parto, e ainda priva as crianças de condições adequadas ao seu desenvolvimento, constituindo-se em tratamento desumano, cruel e degradante, que infringe os postulados constitucionais relacionados à individualização da pena, à vedação de penas cruéis e, ainda, ao respeito à integridade física e moral da presa4. (Habeas Corpus (HC 143641), 2018)19 entre grades, pois a situação em natural já necessita de cuidados, imagine se pudermos evitar uma gravidez sob estresse, possivelmente poderíamos evitar o nascimento de uma criança sem riscos de desenvolver nenhum prejuízo emocional ou psicológico por falta de vínculos familiares. O defensor público-geral federal citou precedentes do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para defender, da tribuna, o cabimento de habeas corpus coletivo. Quanto ao mérito,destacou que “não é preciso muita imaginação” para perceber os impactos do cárcere em recém- nascidos e em suas mães: a criança nascida ou criada em presídios fica afastada da vida regular.Advogadas do Coletivo de Advogados em Direitos Humanos defenderam também o cabimento do habeas coletivo, afirmando que apenas um instrumento com esta natureza pode fazer frente a violências que se tornaram coletivizadas. Para elas, trata-se do caso mais emblemático de violência prisional com violação aos direitos humanos.Também se manifestaram durante a sessão defensores públicos de São Paulo e do Rio de Janeiro e representantes da Pastoral Carcerária, do Instituto Alana, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e do Instituto de Defesa do Direito de Defesa. (Habeas Corpus (HC 143641), 2018) 2.3 - A CONVIVÊNCIA DAS PRESAS GESTANTES DURANTE OS 9 (NOVE) MESES DE GESTAÇÃO EM CÁRCERE. Insta salientar acerca do direito da presa gestante em ter um parto humanizado, sem algemas e com todos os cuidados que a situação precisa, mas nem sempre é o que acontece, mesmo com a previsão legal ainda ocorre o descumprimento da previsão no Código de Processo Penal, art. 292, § único da Lei 13.434/2017. É o princípio da legalidade, portanto, o p ilar fundamental que sustenta o chamado Estado de D ireito, onde todos serão tratados de maneira igual perante a lei, onde ricos e pobres, cultos e analfabetos, independentemente de raça, cor, religião, sexo, serão tratados igualmente, de acordo com suas desigualdades.(GRECO, P.29.2015). In casu, era de se esperar que esse parágrafo de artigo de Lei, alcançasse todas as unidades prisionais e que as presas gestantes tivessem seus direitos resguardados, mas não temos essa realidade em todos os lugares, mas têm se buscado melhorias nas Unidades prisionais do País.i Durante as visitas, foram constatadas realidades contrastantes: presídios com boa estrutura física que não oferecem atendimento adequado às mulheres e unidades penitenciárias precárias, mas em cujas instalações as detentas lactantes e grávidas são bem assistidas.(BANDEIRA, 20 REGINA, AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS).5 Resta cristalino que possuímos as vezes uma boa estrutura, mas que nem com essa estrutura os cuidados precisos são oferecidos ou garantidos, o que nos ratifica que a concessão do benefício da prisão domiciliar para estas mães é necessário e recomendado para termos um avanço na valorização da vida, da dignidade e do cumprimento dos preceitos legais. Cumpre salientar que o Brasil possui Leis excelentes que sendo fiscalizadas teremos o cumprimento integral com os bebês que nascem em cárcere tenha sua dignidade em parte preservada e garantida, já que não conseguem nascer no âmbito de sua família, é o mínimo que se possa fazer, a Lei 13.257, de 08 de março de 2016, prevê em seu artigo 3º a proteção integral da crinça por parte do Estado.” É desde o aleitamento que a educação moral da criança começa. (Santos, 1857,p.57). Seguindo o raciocínio da necessidade de educação moral da mulher pecadora, não apenas a criança, mas também os adultos responsáveis por ela foram invadidos por inúmeras regras higiênicas e educacionais, visando principalmente à profilaxia dos males que a sociedade, ainda rudimentar, longe dos patamares civilizados, podia acarretar. As recomendações diziam respeito não só ao controle de fatores ambientais nocivos, mas também à regulação da vida das mães e amas, visto que, além de doenças, também as características perniciosas e os maus hábitos poderiam ser transmitidos tanto geneticamente quanto através do aleitamento. Exemplo disso é a nota presente na tese de Ubatuba: “Al- Doune nos seus conselhos às Mães, recomenda-lhes, que não dêem seu peito quando tenham algum motivo de cólera senão passados alguns minutos” (Ubatuba, 1845, p. 23 – nota de rodapé). Ubatuba reproduz um pensamento expresso por muitos outros autores: a idéia de que os estados emocionais, mesmo aqueles circunstanciais, provocados, por exemplo, por um susto, influenciavam a qualidade do leite, prejudicando a nutrição da criança pela transmissão de caracteres nocivos.( ADRIANA AMARAL DO ESPÍRITO SANTOI; ANA MARIA JACÓ-VILELAII; MARCELO DE ALMEIDA FERRERIIII,2005). 4Relatos de medo Boa parte das crianças que estão vivendo no interior do presídio com suas mães não têm sido acompanhadas pela Justiça da Infância e Juventude. A juíza do CNJ também relatou que algumas mães chegam a esconder que possuem outros filhos, por medo de que a situação precária em que vivem as crianças legitime a entrega delas para a adoção. 4BANDEIRA, Regina. Agência CNJ de notícias. (https://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e- lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) (LEI Nº 13.434, DE 12 DE ABRIL DE 2017., 2017) Acesso em 20 de outubro de 2020. http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) 21 Podemos observar que segundo estudos as primeiras imagens das crianças ainda em sua fase de recém-nascidas podem perdurar para uma vida, causando impactos positivos e ou negativos na vida dessa criança. Insta ainda observar que um bebê precisa de um leite saudável para se alimentar e o quão é importante para o desenvolvimento do bebê o leite materno, que em um ambiente de estresse perdem a qualidade e interfere no desenvolvimento da criança.6 Ademais cumpre destacar que possuem autoridades que se investem em buscas que esses direitos sejam garantidos e preservados, o que em tempos atuais é de esperança para estas mães que estão gestantes e a espera de ter um benefício de prisão domiciliar deferido. Idealizadora do cadastro, a ministra Cármem Lúcia defende que, se o Judiciário não tiver condições de deferir a prisão domiciliar nesses casos, o Estado devee providenciar um local adequado para que a mãe possaa ficar custodiada até o término da gestação, assim como durante o período de amamentação de seu filho. “ Nascer dentro e uma penitenciária é condição de absoluta inidignidade, diz a Presidente do CNJ.(BANDEIRA, REGINA, AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS). Podemos comprovar a preocupação da autoridades em fiscalizar e buscar melhorias para o sistema prisional feminino compostos por presas gestantes, visto que essa situação engloba muitos fatores, e que torna em um direito violado da criança ao nascer e ser mantido em cárcere, muitas vezes sem os cuidados garantidos por precariedade da aplicação e por falta de condições de manutenção. 2.4– A VIOLAÇÃO DA DIGNIDADE DO BEBÊ EM CÁRCERE. Nas prisões com suas mães os beb~es já nascem com seus direitos violados, ferindo sua dignidade humana ao ser alcançado por uma condenação em 6 Este pensamento está presente também na tese de Santos (1858), para quemas afecções morais e a irritação nervosa das amas têm uma grande influência sobre a nutrição das crianças; mas esta influência, longe de ser constante, é considerada como excepcional. As emoçõesde toda sorte, as contrariedades violentas, os profundos desgostos, em geral todas as paixões, modificam rapidamente a composição do leite e o tornam nocivo (Santos, 1858, p. 44). 22 que não é culpado, contrariando a legalidade de que a pena só alcança o condenado, em que só será punido no limite da sua culpabilidade.Recomendado que o bebê fique com a mãe durante os meses que dura o aleitamento, variando entre 6 meses a 6 anos, são poucas as instituições prisionais no Brasil que oferecem unidades com condições adequadas a abrigar lactantes e recém-nascidos, trazendo uma problemática pouco suscitada nas já parcas pesquisas sobre cárcere feminino.(QUEIROZ,2017). os benefícios psicológicos, sociais e familiares para mães e filhos ao terem seu benefício da prisão domiciliar concedido são inúmeras, pois com a análise se verifica que o local onde a mãe está não oferece os cuidados necessários para nascimento dessa criança, sendo que o ideal é que nasça em ao redor de sua família, para criar vínculos, sentimentos e emoções saudáveis e sem o estresse . Além do mais, é interesse do Estado que tenhamos menos adolescentes com problemas, menos custos para o Estado ao serem analisados e essas mães poderem cumprir suas penas em prisão domiciliar, sem que sua condenação alcance o seu bebê, inocente e incapaz. De acordo com a Lei de Execução Penal, em seus arts. 88 e 89, preveêm que o condenado terá um ambiente com sanitário, dormitório e lavatório individual; continua no art. 89 que as penitenciárias femininas terá seção de gestante e parturiente e creche para abrigar crianças maiores de 6(seis) meses e menores de 7(sete) anos, com o objetivo de assistir a criança desamparada, que sua responsável estiver presa.(LEP, Nº 7.210,1984,ART. 88 E 89). Conforme previsão ainda no art. 10 da referida Lei de execução Penal é dever do Estado dar assistência ao preso e ao internado, com o intuito de prevenir o crime e orientar o reingresso na sociedade. .(LEP, Nº 7.210,1984,ART. 88 E 89). Ficou clara a necessidade de estabelecermos padrões de procedimentos em relação aos cuidados com grávidas, lactantes e seus filhos a serem adtados no sistema prisional”, diz Andremara dos Santos. A equipe do CNJ também constatou que o acesso à existência médica continua um problema ainda a ser solucionado nos presídios femininos: o descaso com saúde e alimentação de grávidas e crianças.(BANDEIRA, REGINA, AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS). Em conforrmidade com a Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da criança e do adolescente, a crinça tem prioridade em ter seus direitos resguardados e garantidos, bem como sua dignidade humana livre de 23 violações,” Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.(LEI Nº 8.069,1990, ART.3º). A dignidade é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos.(ANTUNES,2004). Insta salientar com notável relevãncia falarmos sobre o princípio da proteção integral da criança, o qual está previsto na Constituição Federal de 1988 prevê: “Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010), (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, ART. 227). 3- A PRISÃO DOMICILIAR DE PRESAS GESTANTES NO ÂMBITO NACIONAL. O sistema prisional possui uma dificuldade na identificação de todas as presas que estão gestantes á nível de Brasil, é preciso uma força tarefa de organização e publicidade para que possam ser analisados as presas que tiveram prisão preventiva se cabe a substituição por prisão domiciliar. Para que possamos identificar quem são todas as mulheres gestantes hoje encarceradas no Brasil que tiveram prisão preventiva decretada e que poderiam ter essa prisão convertida em prisão domiciliar, como prevê a decisão proferida no HC, é preciso que existam dados, a nível nacional, organizados e públicos, sobre os processos de execução penal dessas mulheres. Tais dados devem ser associados a informações completas e confiáveis sobre seus perfis demográficos. (SANTOS, THANDARA, 2020). 24 De acordo com o STF, 3.527 mulheres foram beneficiadas com decisões da Corte, onde permitiu que mulheres que tiveram a prisão preventiva fosse substituída por prisão domiciliar, se enquadrando em mães de crianças de até 12 anos ou com pessoas com deficiência, o que irá agregar uma notável relevância no âmbito familiar destas mães, poderem acompanhar a infância dos seus filhos em um ambiente acolhedor, com sua dignidade preservada. 7 Em conformidade com o relatório analítico levantado pelo Sistema Penitenciário Nacional – INFOPEN, no ano de 2019 no período de julho a dezembro de 2019, maternidade por faixa etária dos filhos que estão no estabelecimento. Gráfico 1 – Filhos por faixa etária no estabelecimento. FONTE: IFOPEN – Levantado pelo Sistema Penitenciário Nacional de julho à dez. 2019. 77 Hoje, existem 10 mulheres grávidas no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, localizado na zona sul de Porto Alegre. Independentemente do motivo de estarem encarceradas, durante o período de gestação e, eventualmente, na hora do parto, o médico Marcelo Lucho, chefe da obstetrícia do Hospital Presidente Vargas, afirma que dentro do hospital não há distinção médica entre as pacientes livres e as encarceradas. Porém, esse cenário nem sempre foi assim. Por decisão judicial, em 13 de abril de 2017, o Código de Processo Penal foi alterado, proibindo o uso de algemas em mulheres grávidas durante o trabalho de parto, assim como durante o puerpério imediato (período de 10 dias após o trabalho de parto). Antes disso, muitas mulheres realizavam o trabalho de parto algemadas à cama do hospital, em condições classificadas pelas Nações Unidas como desumanas no tratado de direitos humanos, “Regras de Bangkok” do qual o Brasil participou da elaboração e da aprovação, ainda em 2010. MATILDE, Deborah; BARCELLOS, Paula. https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae- mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe é mãe: mulheres encarceradas e direitos à maternidade, 09 de outubro de 2018.Acesso em 28 de outubro de 2020. 6 meses a 1 ano 1 ano a 2 anos 2 a 3 anos mais de 3 anos 297 0 200 400 600 800 47 6 meses a 1 ano 1 ano a 2 anos 2 a 3 anos mais de 3 anos http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/84641-mulher-presa-nao-pode-estar-algemada-durante-o-periodo-do-parto http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/03/a858777191da58180724ad5caafa6086.pdf https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe 25 Gráfico 2 – Deferimento de Habeas Corpus para mães que estavam presas. Fonte: G1. Secretarias de Administração Penitenciária, Tribunais de Justiça e Defensorias Públicas dos Estados. Na sentença (cominação da pena em concreto), o juiz aplica a pena buscando a finalidade retributiva e a preventiva especial (esta acontece depois do crime visando evitar a reincidência do delinquente), (CURSO INTENSIVO II DAREDE DE ENSINO LFG – PROFESSOR ROGÉRIO SANCHES)”. 8É relevante acompanharmos os números coletados para podermos fazer uma análise e verificar se a cultura do encarceramento o quão está diminuindo no Brasil, por ser um país com inúmeras opções de conversões das prisões por domiciliares ou medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, e com isso poder chegar mais perto de alcançar a finalidade da pena, que é 88 A promiscuidade sexual em ambientes nos quais juntos; a precariedade dos espaços que sobravam para as mulheres nas penitenciárias e cadeias; e a promiscuidade das próprias detentas entre si, pois além dos possíveis envolvimentos sexuais entre elas, e de estarem juntas condenadas e mulheres aguardando julgamento, eram presas na mesma cela “mulheres honestas” e as “criminosas mais sórdidas”(ANGOTTI, 2018,P.138). . 138 0 0 0 0 0 2570 320 89 21300 268 401365510 304 11211600240 1.564 043 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% SEM DADOS 0 0 Título do Eixo d e a co rd o c o m o s tf , 3 .5 2 7 m u lh e re s b e n e fi ci ad as HABEAS CORPUS COLETIVO: MÃES PRESAS ALAGOAS AMAPÁ AMAZONAS BAHIA CEARÁ DISTRITO FEDERAL ESPIRÍTO SANTO GOIÁS MARANHÃO MATO GROSSO DO SUL MINAS GERAIS PARÁ PARAÍBA PARANÁ PERNAMBUCO PIAUÍ RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO NORTE RIO GRANDE DO SUL RONDÔNIA RORAIMA SÃO PAULO SERGIPE TOCANTINS 26 “A finalidade preventiva geral ocorre no momento da cominação da pena em abstrato pelo legislador e visa a sociedade. FAIXA ETÁRIA QUE ESTÃO NO ESTABELECIMENTO DE JULHO A DEZEMBRO DE 2019. GRÁFICO 3 – Relatório Analítico Nacional de presas gestantes e com filhos. Fonte: G1. Secretarias de Administração Penitenciária, Tribunais de Justiça e Defensorias Públicas dos Estados. Podemos constatar que muitas crianças estão no com seus direitos fundamentais e com sua dignidade violada, é dever do Estado. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.(LEI Nº 8.069,1990, ART.3º). É nítido observarmos que dentre outros deveres o Poder Público precisa assegurar dentre outros direitos da criança, o direito à liberdade, resta cristalino que precisa executar e fiscalizar a aplicação da Lei de Execução Penal, entre outras respeitando e garantindo o direito da criança, em ter uma vida digna. -200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 ACRE AMAPÁ BAHIA DISTRITO FEDERAL GOIÁS MATO GROSSO DO SUL SANTA CATARINA PARAÍBA PERNAMBUCO RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO SUL RORAIMA SERGIPE TOTAL Coluna1 GESTANTES/PARTURIENTES LACTANTES TOTAL DE FILHOS Linear (TOTAL DE FILHOS) 27 Esses dados foram coletados do IFOPEN – Sistema Penitenciário Nacional dentro de um período curto, e já é tão impactante ver a quantidade imensa de crianças que não estão onde deveriam esta, ou seja, em suas casas, sem está cumprindo pena com suas mães encarceradas. Neste gráfico, iremos visualizar a faixa etária dessas crianças por Estado. 9 10 CRIANÇAS QUE ESTÃO NO ESTABELECIMENTO – PERÍODO DE JULHO A DEZEMBRO – 2019. INFOPEN. GRÁFICO 4 – Quantidade de filhos por Estado. Fonte: G1. Secretarias de Administração Penitenciária, Tribunais de Justiça e Defensorias Públicas dos Estados. 9 Quer em nome dos efeitos da prisão que já pune os que ainda não estão condenados, que comunica e generaliza o mal que deveria prevenir e que vai contra o princípio da individualização da pena, sancionando toda uma família. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir Nascimento da Prisão. Editora Vozes: Petrópolis, 1999, 20ª ed. 10 _____. Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional. Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional - SISDEPEN, Jul-Dez, 2019, Nacional. Disponível em: antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen. Acesso em: 29 de outubro de 2020. 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 A C R E A LA G O A S A M A P Á A M A ZO N A S B A H IA C EA R Á D IS TR IT O … ES P ÍR IT O S A N TO G O IÁ S M A R A N H Ã O M A TO G R O SS O … M IN A S G ER A IS P A R Á P A R A ÍB A P A R A N Á P ER N A M B U C O P IA U Í R IO D E JA N EI R O R IO G R A N D E… R IO G R A N D E… R O N D Ô N IA R O R A IM A SÃ O P A U LO SA N TA C A TA R IN A SE R G IP E TO C A N TI N S M A T G R O SS O TO TA L D E FI LH O S Título do Gráfico FILHOS 0 a 6 meses De 6 meses a 1 ano De 1 ano a 2 anos De 2 a 3 anos Mais de 3 anos 28 ESTADO FILHOS 0 a 6 DEeses De 6 meses a 1 ano De 1 ano a 2 anos De 2 a 3 anos Mais de 3 anos ACRE 1 1 ALAGOAS 1 1 AMAPÁ 0 AMAZONAS 0 BAHIA 1 1 CEARÁ 18 14 4 DISTRITO FEDERAL 14 14 ESPÍRITO SANTO 706 5 3 189 211 298 GOIÁS 158 105 13 5 15 20 MARANHÃO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO MATO GROSSO DO SUL 14 9 4 1 MINAS GERAIS 35 14 6 2 13 PARÁ 12 12 PARAÍBA 0 PARANÁ 9 8 1 PERNAMBUCO 6 6 PIAUÍ 54 1 2 4 5 42 RIO DE JANEIRO 10 10 RIO GRANDE DO NORTE 0 RIO GRANDE DO SUL 20 4 5 2 1 8 RONDÔNIA 16 4 6 6 RORAIMA EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO SÃO PAULO 227 77 0 2 1 147 SANTA CATARINA 7 7 SERGIPE EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO EM BRANCO TOCANTINS 29 0 1 1 4 23 MAT GROSSO 108 4 9 13 14 68 TOTAL DE FILHOS 1446 297 47 219 270 613 Tabela 1 – Quantidade de filhos por Estado e por faixa etária de idade. 3.1 – O MEDO E O ESTRESSE DAS PRESAS GESTANTES. 29 Esse período de gestação para as mães encarcerada é um momento de muita insegurança, pois não tem um ambiente acolhedor, familiar para que possa lhe acolher nos momentos de angústias, de medo e incertezas. A condição de gestante traz algumas alterações hormonais provenientes da gravidez que o aprisionamento fará mais cruel: enjoos, desejos, inapetência, oscilações na pressão arterial, anemias e outros cuidados decorrentes do estado gravídico. As celas são ambientes frios, cinzas, inóspitos, sujos. Pensar uma gestante neste cenário é lembrar de como a barbárie institucionalizada é seletiva e de como os mecanismos de sanções são duplamente violentos quando exercidos contra elas. (QUEIROZ,2017). Durante o encarceramento, a maternidade encontra-se longe de ser prazerosa e amparada pelo Estado como deve ser, ficando as mulheres expostas a inúmeras violências (DIUNA; CORRÊA; VENTURA, 2017). A falta de assistência necessária para a geração de uma criança em condições adequadas, bem como, o fato de sofrerem com um ambiente insalubre após nascerem, caracteriza a realidade das gestantes e mães detentas.(GALDINO,2020). A criança tem o direito ao aleitamento materno de maneira saudável, mas diante das circunstâncias da mãe, nem sempre é possível o que torna ainda mais difícil a vida desses bebês que nascem no cárcere. A questão do aleitamento é algo particularmente complicado de lidar na situação carcerária. Normalmente, o bebê é mantido com a mãe, mesmo após seu retorno ao presídio. Isso teoricamente facilita a continuação do aleitamento, que idealmente deve ser mantido como único alimento durante os primeiros seis meses de vida da criança, porém, como afirma Annelise, não há confirmações ou estudos sobre o real estado psicológico da mãe encarcerada, e isso pode influenciar em sua produção natural de leite.( MATILDE; BARCELLOS, 2020). O poder público com o seu dever obrigacional e oferecer e garantir que a criançatenha seus direitos garantidos e que sua dignidade não seja violada, precisa intensificar a execução e fiscalização de políticas públicas já existentes, como também novas. Já bastava por ora, se todas as Penitenciárias femininas pudessem oferecer o básico que está previsto na LEP , Constituição Federal para que a vida dessas mulheres se tornassem menos violada e os bebês com uma vida menos cruel. 30 4 - O LIMITE DA EXTENSÃO E O ALCANCE DA PENA. O Estado tem o poder de punir, dentro de sua competência, porém essa punição não pode ultrapassar a pessoa do condenado indo ao alcance de seus familiares. Assim, é o que ocorre quando o bebê sendo um inocente e incapaz , sem nenhuma culpabilidade cumpre pena com sua mãe condenada; Podemos observar nos dados da tabela uma grande quantidade de bebês e crianças que estão acompanhado sua mãe na prisão e assim cumprindo pena, tendo sua dignidade humana ferida e violada bem como sua liberdade e todos os seus direitos previstos em Leis. É necessário que o Estado brasileiro passe a adotar uma aplicação das penas de forma mais humanizada, com vinculação aos princípios constitucionais, tendo por objetivo à recuperação social do segregado, pois uma condição que achamos fundamental para a não reincidência é, além de garantia de direitos fundamentais do segregado, um interesse geral de toda a sociedade brasileira.Uma pessoa condenada por um crime é merecedora que lhe respeitem suas garantias e direitos individuais, como um cidadão que não cometeu crimealgum.(ZENI,2020). Quando o juiz está analisando o comportamento e as circunstâncias do condenado, se baseia neste artigo, onde trata sobre a culpabilidade, dentre outros aspectos pra dosar a pena, o que nos confirma a inconstitucionalidade e a violação de um bebê inocente e incapaz cumprir pena, “Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:” (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).11 11 Não se pune portanto para apagar um crime, mas para transformar um culpado (atual ou virtual); o castigo deve levar em si uma certa técnica corretiva. Ainda nesse ponto, Rush está bem próximo dos juristas reformadores — não fora, talvez, a metáfora que utiliza — quando diz: inventaram-se sem dúvida máquinas que facilitam o trabalho; bem mais se deveria louvar aquele que inventasse. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir Nascimento da Prisão. Editora Vozes: Petrópolis, 1999, 20ª ed. 31 5– CONCLUSÃO. Com os avanços dos sistemas de governo, foi-se instaurado uma preocupação acerca do cumprimenot da pena por parte da mulher, no que fosse em local separado e de acordo com o seu gênero. Ainda se estivesse condenada ou merecesse, não seria julgada se estivesse gestante, nem sofreria pena de morte nem antes e nem depois de passar o seu período puérprio. Com as garantias fundamentais e da dignidade humana, com o advento da Constituição Federal de 1988 e a Declaração dos Direitos Humanos ratificando o direito à dignidade, temos uma legislação justa que carece de uma executorriiedade com maior eficiência, para que tais direitos sejam veementemente garantidos sem serem violados. No âmbito Nacional tivemos avanços, com deferimentos de Habeas Corpus converrtendo prisões preventivas em prisões domiciliares, ademais é necessário enfatizar para que seja alcançada um número plausível diante da população carceraria feminina gestantes e lactantes, em buusca de maiores deferimentos. É Inaceitável que bebês sejam submetidos à falta de cuidados< à ausência de uma convivêencia saudavel no seio familiar, porém podemos coonstatar que bebês cumprem pena com suas mães, ferindo os seus direitos previstos pelo ECA e Constituição Federal de 1988, onde asseguram que é dever do Esttado e de todos oferecer e garantir o melhor para a criança. A enigmática da pesquisa foi confirmada, somos detentores de uma legislação justa, que assegura os direitos e a dignidade humana, porém por ineficácia na executoriedade, não temos alcançado muito sucesso nos resultados. Ademais, insta salientar que a pena não deve passar do condenado para alcançar seus familiares , ainda mais contraditório é alcançar crianças, que são detentoras legalmente a prioridade integral do Estado, mas que estão sendo privadas de sua liberdadde, de ser amamentada saudavelmente em um ambiente faamiliar, sem estresse, sem inseguranças por parte de sua mãe que sofre com a chegada da separação. Por fim, nesta pesquisa foi utilizado o método documental, que foi dde notável relevância para o esclarecimento e confirmação da problemática 32 arguida.Sempre nos permitindo afirmar que os direitos fundamentais, à liberdade , á dignidade estão assegurados em Leis e precisam ser executados com prioridades, para que essas crianças que nascem em cárcere estejam em ambientes saudaveis, ou no mais ideal desse contexto, que sua mãe alcance a concessão do benefício da prisão domiciliar para acompanhar a infância de seus filhos, tendo mãe e filhos dignidade humana preservada. 33 REFERÊNCIAS PIOVESAN, Flávia .Direitos humanos e o direito constitucional internacional / Flávia Piovesan. – p.57. 14. ed., rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2013. Bibliografia. 1. Direito constitucional 2. Direitos humanos (Direito internacional) I. Título. CDU-347.121.1:341:34 UNICEF, Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos Acesso em: 30 de outubro. de 2020. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Rogério Greco - 17. ed. Niteróri, RJ: Impetus, 2015. CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal / Fernando Capez. – 25. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018. 1. Processo penal 2. Processo penal - Jurisprudência - Brasil I. Tı́tulo. 17-1251 CDU 343.1 MIRABETE, Julio Fabbrini.; FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal. Volume 1: parte geral, arts. 1º a 120 do CP. 31. ed. São Paulo: Atlas, 2015. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir Nascimento da Prisão. Editora Vozes: Petrópolis, 1999, 20ª ed. BANDEIRA, Regina. Agência CNJ de notícias. (https://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e- lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) (LEI Nº 13.434, DE 12 DE ABRIL DE 2017., 2017) Acesso em 20 de outubro de 2020. CHERNICHARO, L.P; PANCIERI, A. C; SILVA, B. B. M. Mulheres encarceradas, seletividade penal e tráfico de drogas no Rio de Janeiro. GT – Sistema Penitenciário e Direitos Humanos. Anais do VII I Encontro da Andhep, 2014. BRASIL. Constituição Política do Império do Brasil, 25 de março de 1824. Rio de Janeiro, RJ [1824]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao24.htm. Acesso em: 27 de outubro de 2020. _____. Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional. Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional - SISDEPEN, Jul-Dez, 2019, Nacional. Disponível em: antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen. Acesso em: 29 de outubro de 2020. ______. Decreto lei nº 3.689, 03 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Rio de Janeiro: RJ, [1941]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm. Acesso em: 28 de outubro. 2020. ______. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 18 de mar. de 2020. _______Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 13 de julho de 1990. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.Acesso em 28 de outubro de 2020. ______. Código Criminal do Império do Brazil, 08 de janeiro de 1831. Rio de Janeiro, RJ [1830]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim-16-12-1830.htm. Acesso em: 02 de abr. de 2020. _____LEI 13.257 DE 08 DE MARÇO DE 2016.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm 34 2018/2016/Lei/L13257.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. ______. Supremo Tribunal Federal. Habeas Corpus nº 143.641. Brasília, DF: Supremo Tribunal Federal, [2018]. Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/HC143641final3pdfVoto.pdf.Acesso em: 26 outubro. 2020 ______. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República [2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso: 25 de outubro. 2020. GALDINO, Ana Beatriz Carioca. A prisão domiciliar como garantia de dignidade humana da mãe ou gestante no cárcere Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 27 out 2020. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/54567/a-priso-domiciliar-como-garantia-de- dignidade-humana-da-me-ou-gestante-no-crcere. Acesso em: 27 out 2020. ANGOTTI, Bruna. Entre as Leis da Ciência, do Estado e de Deus: O surgimento dos presídios femininos no Brasil. 2ª ed. San Miguel de Tucumán: Universidad Nacional de Tucumán. Instituto de Investigaciones Históricas Leoni Pinto, 2018. SANTO, Adriana Amaral do Espírito; JACÓ-VILELLA Ana Mari; FERRERI, Marcelo de Almeida. A imagem da infância nas teses da faculdade de medicina do Rio de Janeiro - (1832-1930)1, 2005. Acesso em 27 de outubro de 2020. ANTUNES, Flávia Cardoso. Os Direitos Humanos do Preso no Sistema Prisional Brasileiro: É possível a ressocialização? Letras Jurídicas. n. 6, 2016. Disponível em: http://npa.newtonpaiva.br/letrasjuridicas/wp-content/uploads/2017/03/LJ-06-19.pdf. Acesso em: 29 de outubro. de 2020. MARQUES, Sandra Cajé de Araújo. A Evolução das Constituições Brasileiras, São Paulo 05/2015.https://jus.com.br/artigos/38712/constituicoes-do-brasil-a-evolucao-historica-das- constituicoes-brasileiras# Acesso em 27/10/2020. LIMA, L. A. F. S. S. (1927). Higiene mental e educação. Tese de Doutorado Não-Publicada, Tipografia do Jornal do Commercio, Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. [ Links ] SANTOS, J. V. (1858). Que regimene será mais conveniente para a creação dos expostos da Santa Casa de Misericórdia...? Tese de Doutorado Não-Publicada, Tip. de J. X. de Souza Menezes, Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. [ Links ] MUHLEN,ÉLEN ANDREIA VON. Análise histórica sobre o encarceramento feminino e o habeas Corpus Coletivo 143.641/SP. https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/6893/%c3%89LEN%20ANDR EIA%20VON%20M%c3%9cHLEN.pdf?sequence=1&isAllowed=yTrês Passos (RS), 2020. Acesso em 28 de outubro de 2020. ZENI, Maycky Fernando. A finalidade da pena e sua efetividade no cenário atual Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 29 out 2020. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/53354/a- finalidade-da-pena-e-sua-efetividade-no-cenrio-atual. Acesso em: 29 out 2020. QUEIROZ, KAREN EMÍLIA FORMIGA DE. Maternidade no cárcere: Uma Análise das Violações de Direitos e Condições de Encarceramento Feminino. Santa Rita, 2017. Acesso em 28 de outubro de 2020. Curso Intensivo II da Rede de ensino LFG - Professor Rogério Sanches. https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2183645/no-tocante-a-teoria-geral-da-pena-qual-a-finalidade- https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/54567/a-priso-domiciliar-como-garantia-de-dignidade-humana-da-me-ou-gestante-no-crcere https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/54567/a-priso-domiciliar-como-garantia-de-dignidade-humana-da-me-ou-gestante-no-crcere https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722006000100003#n01 javascript:void(0); javascript:void(0); https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/53354/a-finalidade-da-pena-e-sua-efetividade-no-cenrio-atual https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/53354/a-finalidade-da-pena-e-sua-efetividade-no-cenrio-atual https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2183645/no-tocante-a-teoria-geral-da-pena-qual-a-finalidade-desta-sancao-penal-no-brasil-denise-cristina-mantovani-cera#comments.Acesso 35 desta-sancao-penal-no-brasil-denise-cristina-mantovani-cera#comments.Acesso em 28 de outubro de 2020. Em dois anos, 3,5 mil mulheres grávidas ou com filhos pequenos deixam prisão após decisão do STF. https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/02/19/em-dois-anos-35-mil-mulheres- gravidas-ou-com-filhos-pequenos-deixam-prisao-apos-decisao-do-stf.ghtml. Acesso em 28 de outubro de 2020. MABILDE, Deborah; BARCELLOS Paula.https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae- mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe é mãe: mulheres encarceradas e direitos à maternidade, 09 de outubro de 2018.Acesso em 28 de outubro de 2020. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13434.htm, 2017).Acesso em 28 de outubro de 2020. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2011/lei/l12403.htm#:~:text=Altera%20dispositivos%20do%20Decreto%2DLei,cautelares%2C% 20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Lei 12.403 de 04 de maio de 2011. Acesso em 28 de outubro de 2020. MANUAL DE CONCURSOS E VESTIBULARES, ÍCONE EDITORA LTDA. NOTAS: [1] Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Carapicuíba – Estácio de Carapicuíba. E-mail: (sandra_caje@hotmail.com) [2] Professor Orientador do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Sá –. E-mail: [3] Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Faculdade Estácio de Carapicuíba – Estácio de Carapicuíba, Carapicuíba – SP. https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2183645/no-tocante-a-teoria-geral-da-pena-qual-a-finalidade-desta-sancao-penal-no-brasil-denise-cristina-mantovani-cera#comments.Acesso https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/02/19/em-dois-anos-35-mil-mulheres-gravidas-ou-com-filhos-pequenos-deixam-prisao-apos-decisao-do-stf.ghtml https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/02/19/em-dois-anos-35-mil-mulheres-gravidas-ou-com-filhos-pequenos-deixam-prisao-apos-decisao-do-stf.ghtml https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13434.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13434.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
Compartilhar