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PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESAS GESTANTES: EM PRESTIGIO A DIGNIDADE HUMANA DA CRIANCA (1)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
SANDRA CAJE DE ARAÚJO MARQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESAS GESTANTES: EM 
PRESTÍGIO À DIGNIDADE HUMANA DA CRIANÇA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carapicuíba – SP 
2020 
 
 
 
 
SANDRA CAJÉ DE ARAÚJO MARQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESAS GESTANTES:EM 
PRESTÍGIO À DIGNIDADE HUMANA DA CRIANÇA. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado 
para obtenção do grau de bacharela no Curso 
de Direito da Faculdade Estácio de Carapicuíba. 
 
 
Orientador: Prof. Ulisses Pessoa dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carapicuíba – SP 
 2020 
 
 
 
 
SANDRA CAJÉ DE ARAÚJO MARQUES 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESAS GESTANTES: EM 
PRESTÍGIO À DIGNIDADE HUMANA DA CRIANÇA. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado 
pela Banca Examinadora para obtenção do 
Grau de Bacharela, no Curso de Direito da 
Faculdade Estácio de Carapícuíba, com 
Linha de Pesquisa em Processo Penal e 
prisão domiciliar das presas gestantes. 
 
 
 
Carapicuíba, de de 2020. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 Prof. Dr. 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 Prof. Dr. 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 Prof. Dr. 
 
 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais João 
Souza e Alaide Cajé, ao meu marido Cleber 
Marques e aos meus filhos, Bianca , Luiz 
Eduardo e Antonio Guilherme e aos meus 
irmãos Benivaldo, Marcos e minha irmã 
Marilene.
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente agradeço a Deus, por ter cuidado de mim em todos os 
momentos sempre me abençoando. 
 
Aos meus pais João Souza e Alaide Cajé por sempre me mostrar o 
melhor caminho a seguir e por demonstrar o orgulho que sentem de mim à 
cada conquista. 
 
Ao meu marido Cleber Marques, por ser esse companheiro 
maravilhoso, estando sempre comigo me fortalecendo e me acolhendo. 
 
Aos meus filhos, Bianca, Luiz Eduardo e Antonio Guilherme, por 
existirem em minha vida, me dando razões de viver e orgulho de ser mãe. 
 
Aos meus irmãos Benivaldo, Marcos e minha irmã Marilene, por me 
apoiarem nesta caminhada sempre juntos comigo. 
 
Aos meus amigos Iracema e Ronaldo, por sempre me apoiarem em 
todas as horas que precisei. 
 
Aos meus amigos que estiveram ao meu lado nesta jornada, sempre 
me ajudando a vencer os obstáculos. 
 
À Coordenadora do Curso de Direito Heidy, por sempre contribuir para 
o melhor na minha formação. 
 
Á Coordenadora de Trabalho de Conclusão de Curso Débora Feres, 
por ser especial em minha vida acadêmica e ter contribuído para o meu 
sucesso. 
 
Aos meus professores, em especial ao meu orientador, pelas 
correções, orientações e ensinamentos, que me fez apresentar um trabalho 
de qualidade com os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. 
 
Por fim, à todos que contribuíram direta ou indiretamente para minha 
formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Todas as pessoas nascem livres e iguais 
em dignidade e direitos. São dotadas de 
razão e consciência e devem agir em 
relação umas às outras com espírito de 
fraternidade.” 
 
(Art.1º, Declaração Universal dos Direitos 
Humanos). 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este presente artigo tem como objetivo anallisar acerca dos delitos praticados por 
mulheres e o cumprimento da pena, que muitas vezes chegam gestantes ao cárcere 
ou se tornam gestante no decorrer da prisão. Tem uma relevância deliberar a cerca 
da Lei de Execuções Penais, no cumprimento do Código de Processo Penal, 
pensarmos em discutir, analisar qual foi o resultado estatístico que se vêem tendo 
com sua vigência.Temos previsão em nosso Código de processo Penal que as 
presas gestantes não devem ser submetidas ao parto ou puerpério estando 
algemadas; é esperançosa essa mudança que ocorreu em 2017 para que essas 
mulheres tenham seus direitos garantidos, cumpra e pague sua pena no limite da 
mesma, sem alcançar a dignidade humana da mãe e do bebê. 
 
 
 
Palavras-chave: presas gestantes; prisão domiciliar; dignidade; humana; mães em 
cárcere. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This article aims to analyze the crimes committed by and the ching the 
hummexecution of the sentence, which often reach pregnant women in prision or 
become pregnant during prison. It is relevant to deliberate about the Law of Penal 
Executions, in compliance with the Code of Criminal Procedure, to think about 
discussing, analyzing what was the statistical result that they are seeing with its 
validity. they must not be subjected to childbirth or the puerperium while being 
handcuffed; this change that occurred in 2017 is hopeful so thst these women have 
their rights guaranteed, fulfill and pay their sentence within the liimit of it, without 
reaching the human dignity of the mother and baby. 
 
 
Keywords: pregnant prey; domicileair arrest; dignity; human; mothers in prison. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1 – Filhos das presas por faixa etária de idade .............................................24 
 
Gráfico 2 – Deferimento de Habeas Corpus para mães que estavam presas..........25 
 
Gráfico 3 – Relatório Analítico Nacional de presas gestantes/lactantes e filhos por 
faixa etária e por estado.............................................................................................26 
Gráfico 4 – Quantidade de filhos por Estado nos estabelecimentos..........................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELA 
 
TABELA 1 - Relação númerica de filhos das presas por Estado e por faixa 
etária.........................................................................................................................28 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 
CPP – Código de Processo Penal. 
 
 
DPESP – Defensoria Pública do Estado de São Paulo. 
 
 
SISDEPEN - Sistema de Infromação do Departamento Penitenciário Nacional. 
 
 
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
 
 
 
SUMÁRIO 
. 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... .12 
2 COMO SURGIU A PRISÃO DOMICILIAR NO BRASIL.........................................14 
2.1 REQUSITOS PARA PRISÃO DOMICILIAR DAS PRESAS ESTANTES................17 
2.2 DOS BENEFÍCIOS PARA AS PRESAS GESTANTES.........................................18 
 2.3 A CONVIVÊNCIA DAS PRESAS GESTANTES DURANTE OS 9 (NOVE) DE 
GESTAÇÃO EM CÁRCERE.............. ........................................................................ 19 
 2.4 A VIOLAÇÃO DA DIGNIDADE DO BEBÊ EM CÁRCERE...................................21 
3 PRISÃO DOMICILIAR DE PRESAS GESTANTES NO ÂMBITO NACIONAL......23 
3.1 O MEDO E O ESTRESSE DAS PRESAS GESTANTES ............................. ......28 
4 O LIMITE DA EXTENSÃO E O ALCANCE DA PENA ......................................... 30 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. ..........31 
 REFERÊNCIAS.........................................................................................................33 
 
 
12 
 
 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 
Atualmente as pessoas tendem a se preocupar mais com o próximo, 
principalmente no avanço dos delitos praticados por mulheres, e que muitas vezes 
chegam gestantes ao cárcere ou se tornam gestante no decorrer da prisão.Tem 
uma relevância deliberar a cerca da Lei de Execuções Penais, no cumprimento do 
Código de Processo Penal, pensarmos em discutir, analisar qual foi o resultado 
estatístico que se vêem tendo com sua vigência. 
 
Temos previsão em nosso Código de processo Penal que as presas 
gestantes não devem ser submetidas ao parto ou puerpério estando algemadas; é 
esperançosa essa mudança que ocorreu em 2017 para que essas mulheres 
tenham seus direitos garantidos, cumpra e pague sua pena no limite da mesma, 
sem alcançar a dignidade humana da mãe e do bebê. 
 
Destarte que pode possibilitar novas oportunidades, sendo que cumpridos 
essas legalidades se aproxima da justiça. Temos Leis com benefícios preservados 
e que são ótimas quando se cumpre, pois precisamso após inserir essas mulheres 
na sociedade para conviver em harmonia com as regras. 
 
O presente artigo se justifica no âmbito acadêmico, pois vislumbra 
contribuir com o que tem sido debatido, em busca de aumentar as possibilidades 
de reflexão e diminuição de crimes, preservar a dignidade humana da presa 
gestante e do seu bebê. 
 
Sendo ainda, relevante na esfera social, familiar, porquanto que as 
instituições utilizam trabalhos e pesquisas desenvolvidas em Universidade com o 
intuito de melhorar e refletir suas práticas, na medida em que essa pode ser 
promovida uma análise mais proveitosa especialmente no âmbito jurídico. 
 
Este artigo se justifica pesquisando sobre a atuação e aplicação das Leis 
nos Presídios femininos e consequente busca da concretização valorização da 
dignidade das presas gestantes. Devido à aproximada escassez de tais benefícios, 
é que aumentam- se os problemas sociais e no próprio cárcere, o que se almeja 
13 
 
 
 
constatar os resultados com uma maior aplicação das medidas cautelares, da 
prisão domiciliar, pois sabemos que essas cidadâs cumprirá sua pena e precisará 
se reinserir na sociedade almejando uma boa qualidade de vida na sociedade e 
com sua família. 
As questões norteadoras em que se baseiam essa pesquisa são: Quais os 
requisitos eficazes para ter o benefício da prisão domiciliar deferido; Identificar os 
prejuízos psicológicos, sociais e familiar de uma presa gestante, ao ter o benefício 
da prisão domiciliar indeferido, e assim a perda do direito em ter um parto 
humanizado; Quais impactos em ter o benefício da prisão domiciliar indeferido; 
Qual a implicatura na gestação do bebê, ao crescer no ventre da sua mãe e nascer 
entre grades; Verificar quais ospontos positivos na duração concessão da prisão 
domiciliar; Em que se pauta as discrepâncias em concessões dos benefícios para 
mães de classes sociais diferentes. 
Os objetivos dessa pesquisa se pautam em : Identificar os prejuizos 
psicológicos, sociais e familiar de uma presa gestante, ao ter o benefício da prisão 
domiciliar indeferido, e assim a perda do direito em ter um parto humanizado; 
refletir sobre o cumprimento da pena em prisão domiciliar; estudar sobre os 
prejuízos em ter uma infância marcada pelo não acolhimento familiar; analisar 
estatisticamente a concessão da prisão domiciliar no Brasil; compreender as 
diferrenças e as implicações, em já se nascer entre grades, mesmo inocente. 
Compreender os dados quantitativos adquiridos com esta pesquisa, e 
facilitar o entendimento e clareza das informações sobre como é a vivência e 
convivência das mães que vivem encarceradas e o que podemos fazer para ajudar. 
Os problemas de pesquisa se pautam em: 
1 - Como identificar a aplicabilidade e concessão do governo, para saber 
se está ativamente exercendo e cumprindo sua competência no que se refere a 
punir, exemplificar e ressocializar as presas gestantes, concedendo benefícios da 
prisão domiciliar para mães que possuem filhos de até 12 anos, garantindo assim 
um parto humanizado e que a sua culpabilidade se restrinja à sua pessoa, não 
alcançando o bebê que nasce no cárcere? Partimos da hipótese que se o governo 
14 
 
 
 
cumprisse integralmente e concedesse os benefícios a todas presas gestantes que 
se enquadram nos requisitos, teríamos conseguindo garantir que a gestação de um 
bebê que não cometeu crime algum e seu nascimento fosse em um ambiente 
acolhedor, com isso a pena não alcançaria o bebê, teríamos inexistência de 
influências do cárcere na infância desta criança. 
Enquanto metodologia, utilizamos o método documental, que nos 
possibilita um amplo entendimento da pesquisa. 
Enquanto os métodos utilizados serão de muita relevância pois foram feitas 
consultas em Internet, legislação, obras primárias e secundárias, usando técnicas 
de investigação de conteúdo, que nos auxilia na delimitação do universo da 
pesquisa: Pesquisa bibliográfica, documentos, entre outros, sendo utilizado o 
método documental. 
A estrutura deste artigo é apresentada, além desta introdução, 
sendo o primeiro a tratar da introdução, objetivos, problemas, hipóteses e revisão 
teórica, no qual apresentamos o suporte dos autores que possibilita em basear-se 
para discussão e elaboração da pesquisa. Subsequente, teremos o tópico da 
pesquisa discorrerá sobre a base e sujeito da pesquisa, análise de documentos 
coleta de dados e a discussão e análise da pesquisa. Por fim, apresentar as 
considerações finais que não objetivam encerrar o assunto. 
2- COMO SURGIU A PRISÃO DOMICILIAR NO BRASIL. 
 
Surgiu a primeira Constituição em 1824, que foi outorgada pelo Imperador 
D. Pedro I, sendo que esta foi a que mais permaneceu no poder, onde “começou a 
ser analisado a reforma do sistema punitivo e a humanização das penas, 
determinando que as cadeias fossem seguras, limpas e bem arejadas, havendo 
diversas casas para separação dos réus, conforme suas circunstâncias e natureza 
dos seus crimes,(GALDINO,2020)”. 
Com o avanço do sistema de governo, os direitos fundamentais 
começaram a era uma preocupação e com isso iniciaram uma deliberação para 
15 
 
 
 
que tivessem um sistema que se punisse com justiça, fazendo uma separação dos 
réus por sua periculosidade. 
De acordo com (MARQUES, 2015), A Evolução das Constituições Brasileiras, 
CONSTITUIÇÃO DE 1824: 
Outorgada pelo Imperador D. Pedro I.É a primeira Constituição do Brasil. 
Permaneceu mais tempo em vigor.- Forma de Governo: monarquia 
constitucional.-Estado Unitário: sem autonomia para as províncias.-Quatro 
poderes: Moderador, Executivo, Legislativo e Judiciário 
(MARQUES,2015). 
Era necessário uma que o sistema prisional instituísse uma prisão mas que 
preservasse a dignidade da pessoa humana, visto que não deve-se violar os 
princípios Constitucionais previstos na Constituição Federal de 1988, que está em 
vigor. 
Com o surgimento do Código Criminal do Império em 1830, ficou delimitado 
sobre os crimes e as penas que seriam impostas, bem como os tipos de prisões, 
vejamos: 
“Art. 34. A tentativa, á que não estiver imposta pena especial, será punida 
com as mesmas penas do crime, menos a terça parte em cada um dos 
gráos.” Ainda de uma forma diversa se a pena não fosse de morte, Se a 
pena fôr de morte, impôr-se-ha ao culpado de tentativa no mesmo gráo a 
de galés perpetuas. Se fôr de galés perpetuas, ou de prisão perpetua com 
trabalho, ou sem elle, impor-se-ha a de galés por vinte annos, ou de prisão 
com trabalho, ou sem elle por vinte annos. Se fôr de banimento, impôr-se-
ha a de desterro para fóra do Imperio por vinte annos. Se fôr de degredo, 
ou de desterro perpetuo, impôr-se-ha a de degredo, ou desterro por vinte 
annos.( Código Criminal do Império em 1830,ART.34). 
Já se pensavam que os crimes cometidos pelas mulheres não eram tão 
graves e precisavam ficar em ambientes separados para que assim pudessem 
evitar também a promiscuidade. 
Em tal situação, os fatores para a delinquência feminina decorreram de 
muitas razões como abordado, mas em relação a evolução dos 
estabelecimentos prisionais femininos, um dos aspectos mais importante 
seria a necessidade de um local específico e individualizadopara o 
cumprimento da pena somente por mulheres, pois, as pessoas do sexo 
masculino e feminino ficavam retidos em um mesmo estabelecimento 
vivendo em condições insuficientes e precárias (GALDINO,2020). 
1 
 
1 Todas as prisões provisórias decretadas deverão ser revistas. Não se trata de uma libertação 
16 
 
 
 
2 
Em 1830 já se pensava em preservar a presa gestante, e oferecer um 
tratamento diferenciado devido a sua condição à espera de um bebê, mesmo se 
merecesse ser julgada, de acordo com as penas daquele Código Criminal do 
Império do Brasil, “Art. 43. Na mulher prenhe não se executará a pena de morte, 
nem mesmo ella será julgada, em caso de a merecer, senão quarenta dias depois 
do parto”. Ainda se tivesse que cumprir pena já seria em ambiente de acordo com 
o seu sexo, “Art. 45. A pena de galés nunca será imposta:1º A's mulheres, as 
quaes quando tiverem commettido crimes, para que esteja estabelecida esta pena, 
serão condemnadas pelo mesmo tempo a prisão em lugar, e com serviço analogo 
ao seu sexo”.(CÓDIGO CRIMINAL DO IMPÉRIO DO BRASIL). 
Com a evolução chegamos na Constituição Federal de 1988, que prevê 
expressamente o respeito à dignidade humana e aos princípios fundamentais. 
Nós representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o 
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, 
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e 
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, 
sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição Da República Federativa 
Do Brasil (BRASIL, 2016). 
Com a instituição do Estado Democrático de Direito, os avanços são muitos 
e chega-se uma Lei que vai assegurar e Preservar, como também garantir um 
tratamento justo e respeitável para todos os cidadãos brasileiros, com casos 
especiais como o da presa gestante que precisa de um tratamento com maiores 
atenções e cuidados, Assim prevê a Declaração dos Direitos Humanos em seu 
art.3º “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. 
 
automática dos presos, mas condicionada à análise individual, criteriosa e fundamentada dos 
requisitos legais em cada caso. 
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal / Fernando Capez. – 25. ed. – São Paulo 
 
2 O Direito dos Direitos Humanos não rege as relações entre iguais; opera precisamente em defesa 
dos ostensivamente mais fracos. Nas relações entre desiguais, posiciona-se em favor dos mais 
necessitados de proteção. 
 
PIOVESAN, Flávia .Direitos humanos e o direito constitucional internacional / Flávia Piovesan. p.57. 
14. ed., rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2013. 
17 
 
 
 
2.1 – REQUISITOS PARA PRISÃO DOMICILIAR DAS PRESAS 
GESTANTES. 
De acordo com a Lei 12.403 de 4 de maio de 2011, bem 
como o art. 318 do Código de Processo Penal, podem ter sua prisão preventiva 
substituída por prisão domiciliar, no caso específico das presas condenadas 
àquelas que possuírem filhos que necessitem de cuidados especiais, sendo 
menores de 6 anos ou com deficiência, gestantes a partir do sétimo mês de 
gravidez ou que seja de alto risco, ou ainda se tiver filho menor de 12 anos. 
A maioria dos presídios brasileiros possui problemas referentes à 
superlotação e péssimas condições estruturais e de salubridade, 
predispondo a proliferação ou agravamento de diversas doenças 
infectocontagiosas, traumas, doenças crônicodegenerativas, além de 
transtornos mentais. Em algumas instituições as celas são improvisadas 
como enfermarias, dispondo de poucos equipamentos e profissionais 
qualificados. A carência de escolta policial dificulta que as presidiárias 
sejam levadas para tratamentos de saúde nos hospitais de referência. Há 
falta contínua de medicamentos e os tratamentos para diversas doenças 
acabam se reduzindo à 22 prescrição de analgésicos para alívio dos 
sintomas. Praticamente inexiste o prénatal e os programas voltados à 
prevenção dos cânceres de colo de útero e de mamas. (GUSTIN, 2011, p. 
14). 
Contudo existem muitas mães condenadas que não conseguem essa 
conversão e acabam cumprindo sua pena com seu filho nos momentos iniciais da 
vida do bebê. 
Ainda na análise do mérito, há o fundamento na política criminal 
responsável pela discriminatória e seletiva cultura do encarceramento, 
impactando drasticamente na vida dessas mulheres pobres e de suas 
famílias. Além disso, vislumbra-se a não aplicação da Lei 13.257/2016 que 
alterou os artigos 317 e 318 do Código de Processo Penal, que 
possibilitam a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar para 
gestantes e mães de crianças com filhos de até 12 anos de idade. O 
Poder Judiciário vem sendo provocado a decidir sobre a substituição 
daquela prisão, nos casos especificados pela Lei, porém, em 
aproximadamente metade dos casos, o pedido foi indeferido. 
(MUHLEN,2020) 
 
3 
 
3 Ao confinar mulheres grávidas em estabelecimentos prisionais precários e privando as crianças de 
condições adequadas para o seu desenvolvimento, o Estado torna-se responsável pelo tratamento 
degradante e cruel, que infringe os princípios constitucionais relacionados à individualização da 
pena, à vedação de penas cruéis e, ainda, ao respeito à integridade física e moral da 
presa.(MUHLEN,2020) 
18 
 
 
 
2.2 - DOS BENEFÍCIOS PARA AS PRESAS GESTANTES. 
 
Cumpre salientar que, a presa quando condenada e passa a cumprir sua 
pena, ao longo dos eternos dias que vão se passando, aumentam-se as 
expectativas de serem contempladas com uma progressão de regime, com o 
benefício da prisão domiciliar ou com medidas cautelares, mas essa realidade não 
tem se tornado rotina entre as presas gestantes. 
 
Têm-se combatido essa cultura da pena privativa de liberdade, 
principalmente por crimes de menores potenciais ofensivos, sendo que possuímos 
outras alternativas previstas no Art. 319, inciso do I ao IX do Código de Processo 
Penal, 1941. 
 
Todavia há de se ressaltar que, adotando essas medidas o Estado tem a 
faculdade de fiscalizar o cumprimento e a eficácia dos procedimentos adotados. 
Têm muito discutido acerca dessas substituições, recente p DPESP ingressou 
com habeas corpus coletivo, porém obteve êxito em uma quantidade irrisória dos 
quais foram impetrados. 
 
 
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na 
sessão desta terça-feira (20), por maioria de votos, conceder Habeas 
Corpus (HC 143641) coletivo para determinar a substituição da prisão 
preventiva por domiciliar de mulheres presas, em todo o território 
nacional, que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos ou 
de pessoas com deficiência, sem prejuízo da aplicação das medidas 
alternativas previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal (CPP). 
4. 
 
É nítido que traz benefícios para a presa, seu bebê e para a sociedade, 
pois terá uma presa cumprindo sua pena, sem o estresse de passar uma gravidez 
 
4E assim continua. A decisão será comunicada aos presidentes dos tribunais estaduais e federais, 
inclusive da Justiça Militar estadual e federal, para que, no prazo de 60 dias, sejam analisadas e 
implementadas de modo integral as determinações fixadas pela Turma. 
Para o Coletivo de Advogados em Direitos Humanos, impetrante do habeas corpus, a prisão 
preventiva, ao confinar mulheres grávidas em estabelecimentos prisionais precários, tira delas o 
acesso a programas de saúde pré-natal, assistência regular na gestação e no pós-parto, e ainda 
priva as crianças de condições adequadas ao seu desenvolvimento, constituindo-se em tratamento 
desumano, cruel e degradante, que infringe os postulados constitucionais relacionados à 
individualização da pena, à vedação de penas cruéis e, ainda, ao respeito à integridade física e 
moral da presa4. (Habeas Corpus (HC 143641), 2018)19 
 
 
 
entre grades, pois a situação em natural já necessita de cuidados, imagine se 
pudermos evitar uma gravidez sob estresse, possivelmente poderíamos evitar o 
nascimento de uma criança sem riscos de desenvolver nenhum prejuízo 
emocional ou psicológico por falta de vínculos familiares. 
O defensor público-geral federal citou precedentes do STF e do Superior 
Tribunal de Justiça (STJ) para defender, da tribuna, o cabimento de 
habeas corpus coletivo. Quanto ao mérito,destacou que “não é preciso 
muita imaginação” para perceber os impactos do cárcere em recém-
nascidos e em suas mães: a criança nascida ou criada em presídios fica 
afastada da vida regular.Advogadas do Coletivo de Advogados em 
Direitos Humanos defenderam também o cabimento do habeas coletivo, 
afirmando que apenas um instrumento com esta natureza pode fazer 
frente a violências que se tornaram coletivizadas. Para elas, trata-se do 
caso mais emblemático de violência prisional com violação aos direitos 
humanos.Também se manifestaram durante a sessão defensores públicos 
de São Paulo e do Rio de Janeiro e representantes da Pastoral 
Carcerária, do Instituto Alana, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva 
e do Instituto de Defesa do Direito de Defesa. (Habeas Corpus (HC 
143641), 2018) 
2.3 - A CONVIVÊNCIA DAS PRESAS GESTANTES DURANTE OS 9 
(NOVE) MESES DE GESTAÇÃO EM CÁRCERE. 
 
 
Insta salientar acerca do direito da presa gestante em ter um parto 
humanizado, sem algemas e com todos os cuidados que a situação precisa, mas 
nem sempre é o que acontece, mesmo com a previsão legal ainda ocorre o 
descumprimento da previsão no Código de Processo Penal, art. 292, § único da 
Lei 13.434/2017. 
É o princípio da legalidade, portanto, o p ilar fundamental que sustenta o 
chamado Estado de D ireito, onde todos serão tratados de maneira igual 
perante a lei, onde ricos e pobres, cultos e analfabetos, 
independentemente de raça, cor, religião, sexo, serão tratados 
igualmente, de acordo com suas desigualdades.(GRECO, P.29.2015). 
 
In casu, era de se esperar que esse parágrafo de artigo de Lei, 
alcançasse todas as unidades prisionais e que as presas gestantes tivessem seus 
direitos resguardados, mas não temos essa realidade em todos os lugares, mas 
têm se buscado melhorias nas Unidades prisionais do País.i 
 
Durante as visitas, foram constatadas realidades contrastantes: presídios 
com boa estrutura física que não oferecem atendimento adequado às 
mulheres e unidades penitenciárias precárias, mas em cujas instalações 
as detentas lactantes e grávidas são bem assistidas.(BANDEIRA, 
20 
 
 
 
REGINA, AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS).5 
 
 
Resta cristalino que possuímos as vezes uma boa estrutura, mas que 
nem com essa estrutura os cuidados precisos são oferecidos ou garantidos, o que 
nos ratifica que a concessão do benefício da prisão domiciliar para estas mães é 
necessário e recomendado para termos um avanço na valorização da vida, da 
dignidade e do cumprimento dos preceitos legais. 
 
Cumpre salientar que o Brasil possui Leis excelentes que sendo 
fiscalizadas teremos o cumprimento integral com os bebês que nascem em 
cárcere tenha sua dignidade em parte preservada e garantida, já que não 
conseguem nascer no âmbito de sua família, é o mínimo que se possa fazer, a Lei 
13.257, de 08 de março de 2016, prevê em seu artigo 3º a proteção integral da 
crinça por parte do Estado.” É desde o aleitamento que a educação moral da 
criança começa. (Santos, 1857,p.57). 
Seguindo o raciocínio da necessidade de educação moral da mulher 
pecadora, não apenas a criança, mas também os adultos responsáveis 
por ela foram invadidos por inúmeras regras higiênicas e educacionais, 
visando principalmente à profilaxia dos males que a sociedade, ainda 
rudimentar, longe dos patamares civilizados, podia acarretar. As 
recomendações diziam respeito não só ao controle de fatores ambientais 
nocivos, mas também à regulação da vida das mães e amas, visto que, 
além de doenças, também as características perniciosas e os maus 
hábitos poderiam ser transmitidos tanto geneticamente quanto através do 
aleitamento. Exemplo disso é a nota presente na tese de Ubatuba: “Al-
Doune nos seus conselhos às Mães, recomenda-lhes, que não dêem seu 
peito quando tenham algum motivo de cólera senão passados alguns 
minutos” (Ubatuba, 1845, p. 23 – nota de rodapé). Ubatuba reproduz um 
pensamento expresso por muitos outros autores: a idéia de que os 
estados emocionais, mesmo aqueles circunstanciais, provocados, por 
exemplo, por um susto, influenciavam a qualidade do leite, prejudicando a 
nutrição da criança pela transmissão de caracteres nocivos.( ADRIANA 
AMARAL DO ESPÍRITO SANTOI; ANA MARIA JACÓ-VILELAII; 
MARCELO DE ALMEIDA FERRERIIII,2005). 
 
 
4Relatos de medo 
Boa parte das crianças que estão vivendo no interior do presídio com suas mães não têm sido 
acompanhadas pela Justiça da Infância e Juventude. A juíza do CNJ também relatou que 
algumas mães chegam a esconder que possuem outros filhos, por medo de que a situação 
precária em que vivem as crianças legitime a entrega delas para a adoção. 
 
4BANDEIRA, Regina. Agência CNJ de notícias. (https://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-
lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/) (LEI Nº 13.434, DE 12 DE ABRIL DE 2017., 2017) Acesso 
em 20 de outubro de 2020. 
 
http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/)
http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/)
http://www.cnj.jus.br/cadastro-de-gravidas-e-lactantes-do-cnj-mostra-514-presas/)
21 
 
 
 
Podemos observar que segundo estudos as primeiras imagens das 
crianças ainda em sua fase de recém-nascidas podem perdurar para uma vida, 
causando impactos positivos e ou negativos na vida dessa criança. Insta ainda 
observar que um bebê precisa de um leite saudável para se alimentar e o quão é 
importante para o desenvolvimento do bebê o leite materno, que em um ambiente 
de estresse perdem a qualidade e interfere no desenvolvimento da criança.6 
Ademais cumpre destacar que possuem autoridades que se investem em buscas 
que esses direitos sejam garantidos e preservados, o que em tempos atuais é de 
esperança para estas mães que estão gestantes e a espera de ter um benefício de 
prisão domiciliar deferido. 
Idealizadora do cadastro, a ministra Cármem Lúcia defende que, se o 
Judiciário não tiver condições de deferir a prisão domiciliar nesses 
casos, o Estado devee providenciar um local adequado para que a mãe 
possaa ficar custodiada até o término da gestação, assim como durante 
o período de amamentação de seu filho. “ Nascer dentro e uma 
penitenciária é condição de absoluta inidignidade, diz a Presidente do 
CNJ.(BANDEIRA, REGINA, AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS). 
 
 Podemos comprovar a preocupação da autoridades em fiscalizar e 
buscar melhorias para o sistema prisional feminino compostos por presas 
gestantes, visto que essa situação engloba muitos fatores, e que torna em um 
direito violado da criança ao nascer e ser mantido em cárcere, muitas vezes sem os 
cuidados garantidos por precariedade da aplicação e por falta de condições de 
manutenção. 
2.4– A VIOLAÇÃO DA DIGNIDADE DO BEBÊ EM CÁRCERE. 
 
Nas prisões com suas mães os beb~es já nascem com seus direitos 
violados, ferindo sua dignidade humana ao ser alcançado por uma condenação em 
 
6 Este pensamento está presente também na tese de Santos (1858), para quemas afecções morais 
e a irritação nervosa das amas têm uma grande influência sobre a nutrição das crianças; mas esta 
influência, longe de ser constante, é considerada como excepcional. As emoçõesde toda sorte, as 
contrariedades violentas, os profundos desgostos, em geral todas as paixões, modificam 
rapidamente a composição do leite e o tornam nocivo (Santos, 1858, p. 44). 
 
22 
 
 
 
que não é culpado, contrariando a legalidade de que a pena só alcança o 
condenado, em que só será punido no limite da sua culpabilidade.Recomendado que o bebê fique com a mãe durante os meses que dura o 
aleitamento, variando entre 6 meses a 6 anos, são poucas as instituições 
prisionais no Brasil que oferecem unidades com condições adequadas a 
abrigar lactantes e recém-nascidos, trazendo uma problemática pouco 
suscitada nas já parcas pesquisas sobre cárcere 
feminino.(QUEIROZ,2017). 
 
os benefícios psicológicos, sociais e familiares para mães e filhos ao 
terem seu benefício da prisão domiciliar concedido são inúmeras, pois com a 
análise se verifica que o local onde a mãe está não oferece os cuidados 
necessários para nascimento dessa criança, sendo que o ideal é que nasça em ao 
redor de sua família, para criar vínculos, sentimentos e emoções saudáveis e sem o 
estresse . 
Além do mais, é interesse do Estado que tenhamos menos adolescentes 
com problemas, menos custos para o Estado ao serem analisados e essas mães 
poderem cumprir suas penas em prisão domiciliar, sem que sua condenação 
alcance o seu bebê, inocente e incapaz. 
De acordo com a Lei de Execução Penal, em seus arts. 88 e 89, preveêm 
que o condenado terá um ambiente com sanitário, dormitório e lavatório individual; 
continua no art. 89 que as penitenciárias femininas terá seção de gestante e 
parturiente e creche para abrigar crianças maiores de 6(seis) meses e menores de 
7(sete) anos, com o objetivo de assistir a criança desamparada, que sua 
responsável estiver presa.(LEP, Nº 7.210,1984,ART. 88 E 89). 
Conforme previsão ainda no art. 10 da referida Lei de execução Penal é 
dever do Estado dar assistência ao preso e ao internado, com o intuito de prevenir o 
crime e orientar o reingresso na sociedade. .(LEP, Nº 7.210,1984,ART. 88 E 89). 
 Ficou clara a necessidade de estabelecermos padrões de procedimentos 
em relação aos cuidados com grávidas, lactantes e seus filhos a serem 
adtados no sistema prisional”, diz Andremara dos Santos. A equipe do 
CNJ também constatou que o acesso à existência médica continua um 
problema ainda a ser solucionado nos presídios femininos: o descaso com 
saúde e alimentação de grávidas e crianças.(BANDEIRA, REGINA, 
AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS). 
 
Em conforrmidade com a Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, que dispõe 
sobre o Estatuto da criança e do adolescente, a crinça tem prioridade em ter seus 
direitos resguardados e garantidos, bem como sua dignidade humana livre de 
23 
 
 
 
violações,” Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de 
que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, 
moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.(LEI Nº 
8.069,1990, ART.3º). 
A dignidade é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se 
manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável 
da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das 
demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo 
estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente 
excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos 
fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que 
merecem todas as pessoas enquanto seres humanos.(ANTUNES,2004). 
 
Insta salientar com notável relevãncia falarmos sobre o princípio da 
proteção integral da criança, o qual está previsto na Constituição Federal de 1988 
prevê: 
“Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à 
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à 
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (Redação 
dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010), (CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, 1988, ART. 227). 
3- A PRISÃO DOMICILIAR DE PRESAS GESTANTES NO ÂMBITO 
NACIONAL. 
 
O sistema prisional possui uma dificuldade na identificação de todas as 
presas que estão gestantes á nível de Brasil, é preciso uma força tarefa de 
organização e publicidade para que possam ser analisados as presas que tiveram 
prisão preventiva se cabe a substituição por prisão domiciliar. 
 
Para que possamos identificar quem são todas as mulheres gestantes 
hoje encarceradas no Brasil que tiveram prisão preventiva decretada e 
que poderiam ter essa prisão convertida em prisão domiciliar, como prevê 
a decisão proferida no HC, é preciso que existam dados, a nível nacional, 
organizados e públicos, sobre os processos de execução penal dessas 
mulheres. Tais dados devem ser associados a informações completas e 
confiáveis sobre seus perfis demográficos. (SANTOS, THANDARA, 2020). 
 
24 
 
 
 
 
De acordo com o STF, 3.527 mulheres foram beneficiadas com decisões 
da Corte, onde permitiu que mulheres que tiveram a prisão preventiva fosse 
substituída por prisão domiciliar, se enquadrando em mães de crianças de até 12 
anos ou com pessoas com deficiência, o que irá agregar uma notável relevância no 
âmbito familiar destas mães, poderem acompanhar a infância dos seus filhos em 
um ambiente acolhedor, com sua dignidade preservada. 
7 Em conformidade com o relatório analítico levantado pelo Sistema 
Penitenciário Nacional – INFOPEN, no ano de 2019 no período de julho a 
dezembro de 2019, maternidade por faixa etária dos filhos que estão no 
estabelecimento. 
Gráfico 1 – Filhos por faixa etária no estabelecimento. FONTE: IFOPEN – Levantado 
pelo Sistema Penitenciário Nacional de julho à dez. 2019. 
 
 
 
77 
Hoje, existem 10 mulheres grávidas no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, localizado na 
zona sul de Porto Alegre. Independentemente do motivo de estarem encarceradas, durante o 
período de gestação e, eventualmente, na hora do parto, o médico Marcelo Lucho, chefe da 
obstetrícia do Hospital Presidente Vargas, afirma que dentro do hospital não há distinção médica 
entre as pacientes livres e as encarceradas. Porém, esse cenário nem sempre foi assim. Por 
decisão judicial, em 13 de abril de 2017, o Código de Processo Penal foi alterado, proibindo o uso de 
algemas em mulheres grávidas durante o trabalho de parto, assim como durante o puerpério 
imediato (período de 10 dias após o trabalho de parto). Antes disso, muitas mulheres realizavam o 
trabalho de parto algemadas à cama do hospital, em condições classificadas pelas Nações Unidas 
como desumanas no tratado de direitos humanos, “Regras de Bangkok” do qual o Brasil participou da 
elaboração e da aprovação, ainda em 2010. 
 
MATILDE, Deborah; BARCELLOS, Paula. https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-
mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe é mãe: mulheres encarceradas e direitos à 
maternidade, 09 de outubro de 2018.Acesso em 28 de outubro de 2020. 
 
6 meses a 1 ano
1 ano a 2 anos
2 a 3 anos
mais de 3 anos
297
0
200
400
600
800
47
6 meses a 1 ano 1 ano a 2 anos 2 a 3 anos mais de 3 anos
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/84641-mulher-presa-nao-pode-estar-algemada-durante-o-periodo-do-parto
http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/03/a858777191da58180724ad5caafa6086.pdf
https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe
https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe
25 
 
 
 
 
Gráfico 2 – Deferimento de Habeas Corpus para mães que estavam presas. Fonte: G1. 
Secretarias de Administração Penitenciária, Tribunais de Justiça e Defensorias Públicas dos 
Estados. 
 Na sentença (cominação da pena em concreto), o juiz aplica a pena 
buscando a finalidade retributiva e a preventiva especial (esta acontece depois do 
crime visando evitar a reincidência do delinquente), (CURSO INTENSIVO II DAREDE DE ENSINO LFG – PROFESSOR ROGÉRIO SANCHES)”. 
 8É relevante acompanharmos os números coletados para podermos fazer 
uma análise e verificar se a cultura do encarceramento o quão está diminuindo no 
Brasil, por ser um país com inúmeras opções de conversões das prisões por 
domiciliares ou medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo 
Penal, e com isso poder chegar mais perto de alcançar a finalidade da pena, que é 
 
88 A promiscuidade sexual em ambientes nos quais juntos; a precariedade dos espaços que 
sobravam para as mulheres nas penitenciárias e cadeias; e a promiscuidade das próprias detentas 
entre si, pois além dos possíveis envolvimentos sexuais entre elas, e de estarem juntas condenadas 
e mulheres aguardando julgamento, eram presas na mesma cela “mulheres honestas” e as 
“criminosas mais sórdidas”(ANGOTTI, 2018,P.138). 
 
. 
138
0
0
0
0
0
2570 320 89 21300 268 401365510 304 11211600240 1.564 043
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
SEM DADOS
0
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Título do Eixo
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HABEAS CORPUS COLETIVO: MÃES PRESAS
ALAGOAS AMAPÁ AMAZONAS
BAHIA CEARÁ DISTRITO FEDERAL
ESPIRÍTO SANTO GOIÁS MARANHÃO
MATO GROSSO DO SUL MINAS GERAIS PARÁ
PARAÍBA PARANÁ PERNAMBUCO
PIAUÍ RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO NORTE
RIO GRANDE DO SUL RONDÔNIA RORAIMA
SÃO PAULO SERGIPE TOCANTINS
26 
 
 
 
“A finalidade preventiva geral ocorre no momento da cominação da pena em 
abstrato pelo legislador e visa a sociedade. 
FAIXA ETÁRIA QUE ESTÃO NO ESTABELECIMENTO DE JULHO A 
DEZEMBRO DE 2019. 
 
GRÁFICO 3 – Relatório Analítico Nacional de presas gestantes e com filhos. Fonte: G1. 
Secretarias de Administração Penitenciária, Tribunais de Justiça e Defensorias Públicas dos 
Estados. 
Podemos constatar que muitas crianças estão no com seus direitos 
fundamentais e com sua dignidade violada, é dever do Estado. 
 Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do 
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade 
e à convivência familiar e comunitária.(LEI Nº 8.069,1990, ART.3º). 
É nítido observarmos que dentre outros deveres o Poder Público precisa 
assegurar dentre outros direitos da criança, o direito à liberdade, resta cristalino 
que precisa executar e fiscalizar a aplicação da Lei de Execução Penal, entre 
outras respeitando e garantindo o direito da criança, em ter uma vida digna. 
-200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
ACRE
AMAPÁ
BAHIA
DISTRITO FEDERAL
GOIÁS
MATO GROSSO DO SUL
SANTA CATARINA
PARAÍBA
PERNAMBUCO
RIO DE JANEIRO
RIO GRANDE DO SUL
RORAIMA
SERGIPE
TOTAL
Coluna1 GESTANTES/PARTURIENTES LACTANTES
TOTAL DE FILHOS Linear (TOTAL DE FILHOS)
27 
 
 
 
Esses dados foram coletados do IFOPEN – Sistema Penitenciário Nacional 
dentro de um período curto, e já é tão impactante ver a quantidade imensa de 
crianças que não estão onde deveriam esta, ou seja, em suas casas, sem está 
cumprindo pena com suas mães encarceradas. 
Neste gráfico, iremos visualizar a faixa etária dessas crianças por Estado. 
9 
10 
CRIANÇAS QUE ESTÃO NO ESTABELECIMENTO – PERÍODO DE 
JULHO A DEZEMBRO – 2019. INFOPEN. 
 GRÁFICO 4 – Quantidade de filhos por Estado. Fonte: G1. Secretarias de Administração 
Penitenciária, Tribunais de Justiça e Defensorias Públicas dos Estados. 
 
9 Quer em nome dos efeitos da prisão que já pune os que ainda não estão condenados, que 
comunica e generaliza o mal que deveria prevenir e que vai contra o princípio da individualização da 
pena, sancionando toda uma família. 
 
 FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir Nascimento da Prisão. Editora Vozes: Petrópolis, 1999, 20ª ed. 
 
 
 
10 _____. Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional. Sistema de Informações do 
Departamento Penitenciário Nacional - SISDEPEN, Jul-Dez, 2019, Nacional. Disponível em: 
antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen. Acesso em: 29 de outubro de 2020. 
 
 
 
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
A
C
R
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Título do Gráfico
FILHOS 0 a 6 meses De 6 meses a 1 ano
De 1 ano a 2 anos De 2 a 3 anos Mais de 3 anos
28 
 
 
 
 
ESTADO FILHOS 
0 a 6 
DEeses 
De 6 meses 
a 1 ano 
De 1 ano a 2 
anos 
De 2 a 3 
anos 
Mais de 3 
anos 
ACRE 1 1 
ALAGOAS 1 1 
AMAPÁ 0 
AMAZONAS 0 
BAHIA 1 1 
CEARÁ 18 14 4 
DISTRITO FEDERAL 14 14 
ESPÍRITO SANTO 706 5 3 189 211 298 
GOIÁS 158 105 13 5 15 20 
MARANHÃO 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO EM BRANCO 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO 
MATO GROSSO DO 
SUL 14 9 4 1 
MINAS GERAIS 35 14 6 2 13 
PARÁ 12 12 
PARAÍBA 0 
PARANÁ 9 8 1 
PERNAMBUCO 6 6 
PIAUÍ 54 1 2 4 5 42 
RIO DE JANEIRO 10 10 
RIO GRANDE DO 
NORTE 0 
RIO GRANDE DO SUL 20 4 5 2 1 8 
RONDÔNIA 16 4 6 6 
RORAIMA 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO EM BRANCO 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO 
SÃO PAULO 227 77 0 2 1 147 
SANTA CATARINA 7 7 
SERGIPE 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO EM BRANCO 
EM 
BRANCO 
EM 
BRANCO 
TOCANTINS 29 0 1 1 4 23 
MAT GROSSO 108 4 9 13 14 68 
TOTAL DE FILHOS 1446 297 47 219 270 613 
 
Tabela 1 – Quantidade de filhos por Estado e por faixa etária de idade. 
 
3.1 – O MEDO E O ESTRESSE DAS PRESAS GESTANTES. 
 
29 
 
 
 
Esse período de gestação para as mães encarcerada é um momento de 
muita insegurança, pois não tem um ambiente acolhedor, familiar para que possa 
lhe acolher nos momentos de angústias, de medo e incertezas. 
A condição de gestante traz algumas alterações hormonais provenientes 
da gravidez que o aprisionamento fará mais cruel: enjoos, desejos, 
inapetência, oscilações na pressão arterial, anemias e outros cuidados 
decorrentes do estado gravídico. As celas são ambientes frios, cinzas, 
inóspitos, sujos. Pensar uma gestante neste cenário é lembrar de como a 
barbárie institucionalizada é seletiva e de como os mecanismos de 
sanções são duplamente violentos quando exercidos contra elas. 
(QUEIROZ,2017). 
Durante o encarceramento, a maternidade encontra-se longe de ser 
prazerosa e amparada pelo Estado como deve ser, ficando as mulheres expostas a 
inúmeras violências (DIUNA; CORRÊA; VENTURA, 2017). A falta de assistência 
necessária para a geração de uma criança em condições adequadas, bem como, o 
fato de sofrerem com um ambiente insalubre após nascerem, caracteriza a 
realidade das gestantes e mães detentas.(GALDINO,2020). 
A criança tem o direito ao aleitamento materno de maneira saudável, mas 
diante das circunstâncias da mãe, nem sempre é possível o que torna ainda mais 
difícil a vida desses bebês que nascem no cárcere. 
A questão do aleitamento é algo particularmente complicado de lidar na 
situação carcerária. Normalmente, o bebê é mantido com a mãe, mesmo 
após seu retorno ao presídio. Isso teoricamente facilita a continuação do 
aleitamento, que idealmente deve ser mantido como único alimento 
durante os primeiros seis meses de vida da criança, porém, como afirma 
Annelise, não há confirmações ou estudos sobre o real estado psicológico 
da mãe encarcerada, e isso pode influenciar em sua produção natural de 
leite.( MATILDE; BARCELLOS, 2020). 
O poder público com o seu dever obrigacional e oferecer e garantir que a 
criançatenha seus direitos garantidos e que sua dignidade não seja violada, 
precisa intensificar a execução e fiscalização de políticas públicas já existentes, 
como também novas. Já bastava por ora, se todas as Penitenciárias femininas 
pudessem oferecer o básico que está previsto na LEP , Constituição Federal para 
que a vida dessas mulheres se tornassem menos violada e os bebês com uma vida 
menos cruel. 
 
30 
 
 
 
4 - O LIMITE DA EXTENSÃO E O ALCANCE DA PENA. 
 
O Estado tem o poder de punir, dentro de sua competência, porém essa 
punição não pode ultrapassar a pessoa do condenado indo ao alcance de seus 
familiares. 
Assim, é o que ocorre quando o bebê sendo um inocente e incapaz , sem 
nenhuma culpabilidade cumpre pena com sua mãe condenada; Podemos observar 
nos dados da tabela uma grande quantidade de bebês e crianças que estão 
acompanhado sua mãe na prisão e assim cumprindo pena, tendo sua dignidade 
humana ferida e violada bem como sua liberdade e todos os seus direitos previstos 
em Leis. 
É necessário que o Estado brasileiro passe a adotar uma aplicação das 
penas de forma mais humanizada, com vinculação aos princípios 
constitucionais, tendo por objetivo à recuperação social do segregado, 
pois uma condição que achamos fundamental para a não reincidência é, 
além de garantia de direitos fundamentais do segregado, um interesse 
geral de toda a sociedade brasileira.Uma pessoa condenada por um crime 
é merecedora que lhe respeitem suas garantias e direitos individuais, 
como um cidadão que não cometeu crimealgum.(ZENI,2020). 
Quando o juiz está analisando o comportamento e as circunstâncias do 
condenado, se baseia neste artigo, onde trata sobre a culpabilidade, dentre outros 
aspectos pra dosar a pena, o que nos confirma a inconstitucionalidade e a violação 
de um bebê inocente e incapaz cumprir pena, “Art. 59 - O juiz, atendendo à 
culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos 
motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime:” (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984).11
 
11 Não se pune portanto para apagar um crime, mas para transformar um culpado (atual ou virtual); 
o castigo deve levar em si uma certa técnica corretiva. Ainda nesse ponto, Rush está bem próximo 
dos juristas reformadores — não fora, talvez, a metáfora que utiliza — quando diz: inventaram-se 
sem dúvida máquinas que facilitam o trabalho; bem mais se deveria louvar aquele que inventasse. 
 
 FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir Nascimento da Prisão. Editora Vozes: Petrópolis, 1999, 20ª ed. 
 
 
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5– CONCLUSÃO. 
 
Com os avanços dos sistemas de governo, foi-se instaurado uma 
preocupação acerca do cumprimenot da pena por parte da mulher, no que fosse em 
local separado e de acordo com o seu gênero. 
Ainda se estivesse condenada ou merecesse, não seria julgada se estivesse 
gestante, nem sofreria pena de morte nem antes e nem depois de passar o seu 
período puérprio. 
Com as garantias fundamentais e da dignidade humana, com o advento da 
Constituição Federal de 1988 e a Declaração dos Direitos Humanos ratificando o 
direito à dignidade, temos uma legislação justa que carece de uma executorriiedade 
com maior eficiência, para que tais direitos sejam veementemente garantidos sem 
serem violados. 
No âmbito Nacional tivemos avanços, com deferimentos de Habeas Corpus 
converrtendo prisões preventivas em prisões domiciliares, ademais é necessário 
enfatizar para que seja alcançada um número plausível diante da população 
carceraria feminina gestantes e lactantes, em buusca de maiores deferimentos. 
É Inaceitável que bebês sejam submetidos à falta de cuidados< à ausência 
de uma convivêencia saudavel no seio familiar, porém podemos coonstatar que 
bebês cumprem pena com suas mães, ferindo os seus direitos previstos pelo ECA e 
Constituição Federal de 1988, onde asseguram que é dever do Esttado e de todos 
oferecer e garantir o melhor para a criança. 
A enigmática da pesquisa foi confirmada, somos detentores de uma 
legislação justa, que assegura os direitos e a dignidade humana, porém por 
ineficácia na executoriedade, não temos alcançado muito sucesso nos resultados. 
Ademais, insta salientar que a pena não deve passar do condenado para 
alcançar seus familiares , ainda mais contraditório é alcançar crianças, que são 
detentoras legalmente a prioridade integral do Estado, mas que estão sendo 
privadas de sua liberdadde, de ser amamentada saudavelmente em um ambiente 
faamiliar, sem estresse, sem inseguranças por parte de sua mãe que sofre com a 
chegada da separação. 
Por fim, nesta pesquisa foi utilizado o método documental, que foi dde 
notável relevância para o esclarecimento e confirmação da problemática 
32 
 
 
 
arguida.Sempre nos permitindo afirmar que os direitos fundamentais, à liberdade , á 
dignidade estão assegurados em Leis e precisam ser executados com prioridades, 
para que essas crianças que nascem em cárcere estejam em ambientes saudaveis, 
ou no mais ideal desse contexto, que sua mãe alcance a concessão do benefício da 
prisão domiciliar para acompanhar a infância de seus filhos, tendo mãe e filhos 
dignidade humana preservada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOTAS: 
[1] Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Carapicuíba – Estácio de 
Carapicuíba. E-mail: (sandra_caje@hotmail.com) 
 
[2] Professor Orientador do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Sá –. E-mail: 
 
[3] Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Faculdade Estácio de Carapicuíba – 
Estácio de Carapicuíba, Carapicuíba – SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.ufrgs.br/humanista/2018/10/09/mae-e-mae-mulheres-encarceradas-e-direito-a-maternidade/.Mãe
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