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RECUPERAÇÃO AGROMETEOROLOGIA PARTE 1: FOTOSSÍNTESE (Apresentação 1) - FORMAS DE INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM OS ORGANISMOS (VEGETAIS) 1 – troca de energia entre as plantas e o ambiente – A radiação é a principal forma de troca de energia entre as plantas e o ambiente em seu redor (ondas curtas e ondas longas); 2 – Fotossíntese – Parte da radiação solar é absorvida pelas plantas e convertida em compostos químicos de alta energia, que são estocados e utilizados para crescimento (ondas curtas); 3 – Fotomorfogênese – A radiação solar pode induzir a formação de novas estruturas (ou órgãos) pelas plantas (ondas curtas e longas); 4 – Mutagênese – A radiação de alta energia pode destruir moléculas importantes (DNA, RNA) e assim provocar alterações significativas na estrutura e função dos órgãos vegetais, levando à morte (ondas curtíssimas). - FOTOSSÍNTESE Características associadas à limitação da assimilação do CO2 via Mecanismo C3 ➢ Disponibilidade de O2 em relação ao CO2, o que vai determinar a inibição competitiva da fotossíntese. ➢ Disponibilidade de CO2, C3 evoluiu sob uma concentração mais alta de CO2. ➢ Estado de ativação da RUBISCO parece ser regulado por outras limitações da assimilação do CO2. ➢ Regeneração da RUBP, controlada pela disponibilidade de ATP e NADPH2. ➢ Taxa de turnover do fosfato inorganico (Pi). - FOTOINIBIÇÃO • Excesso de luz pode ser danosa - Fotoinibição • Evitamento • Foto-proteção (ciclo da xanthofila) • Resposta a alterações espectrais • Excesso de luz pode levar à FOTOINIBIÇÃO. (Redução foto-dependente das reações luminosas da fotossíntese) • O estresse luminoso não vem da luz per se • Potencial para estresse luminoso quando a captura de luz é mais eficiente do que o Ciclo de Calvin • Fotoinibição crônica: • Foto dano, baixa e Amax devido a Centros PSII menos funcionais • Fotoinibição dinâmica: • Fotoproteçãpo, menor , mas não Amax – devido à reduzida eficiência dos centros PSII FOTOSSÍNTESE C3 E C4 C3 C4 Primeiro receptor de CO2: RuBP Primeiro receptor de CO2: PEP Principais enzimas de carboxicilação: Rubisco (céls. Mesofólio) Principais enzimas de carboxicilação: PEP-case (cél. Mesofólio) e Rubisco (céls. Bainha Kranz) Primeiro composto estável formado: PGA (3C) Primeiro composto estável formado: AOA (4C) Baixa [CO2] nos sítios da Rubisco = alta fotorrespiração Alta [CO2] nos sítios da Rubisco = redução da fotorrespiração Regiões temperadas e frias Solos pobres e salinos Estações climáticas com temperaturas amenas e mais úmidas Regiões tropicais e subtropicais Estações climáticas quentes, secas e com alta radiação solar. - COMUNIDADES VEGETAIS: IAF: Área de folhas (verdes) / área de terreno ocupada pela planta (cultura) TCC= dw/dt = W1-W2 / t1-t2 TAL= dw/dt*1/IAF IAF ótimo: IAF onde 95% da radiação é interceptada. Máxima TCC, Para aumentar TCC só havendo aumento da radiação solar. IAF crítico: Folhas inferiores não param (abscisão) Rendimento da cultura não diminui (regra, IAF ótimo é a exceção) - Em termos da radiação solar incidente sobre o dossel, as plantas vão alterar não somente a quantidade de radiação que chega ao solo, mas também a qualidade desta radiação. - A maioria das folhas é transparente ao infravermelho próximo, a PAR é muito mais fortemente absorvida pela vegetação redução maior desta faixa de comprimentos de onda em relação ao NIR. - Fatores que influenciam a absorção da radiação solar pelas folhas de um dossel são: 1 - Estrutura do dossel (inclui, LAI (IAF), distribuição dos ângulos e azimutes foliares (geralmente tidos como aleatórios). 2 - Elevação solar. - Monsi e Saeki (1953) definiram um modelo de dossel onde cada camada é considerada uniforme (meio homogêneo). A superfície composta de folhas horizontais, opacas, sem sobreposição, e a radiação decai mais ou menos exponencialmente dentro do dossel. I= I0 * e-L (decaimento exponencial, lei de Beer) L = IAF acima de I IAF é o unico efeito na redução da radiação - Na realidade existem folhas sombreadas e ensolaradas. Para levar isto em consideração temos que: Lsun= 1 - (I/I0) = 1 - e-L Lsun=1, em altos IAFs. Indica que o máximo IAF que pode estar Sol pleno, num dossel com folhas horizontais, é igual a 1. Acima de 1 haverá sombreamento mútuo. Para considerar folhas em diferentes ângulos, temos de considerar a razão entre a área de sombra e a área foliar. Sombra/AF= k (coeficiente de extinção). I = I0 * e-kL - Se considerarmos que a taxa de crescimento de uma cultura é proporcional a quantidade de radiação interceptada pela cultura, e que a fração da radiação transmitida pela cultura () obedece a lei de Beer, com IAF sendo uma medida do comprimento do caminho ótico dentro do dossel, o aumento em matéria seca (dW) em um certo intervalo de tempo (dt) [TCC], pode ser descrito por: dW/dt = C[1-e-KL] Onde: C= Taxa de crescimento máximo possível 1) Fração de PAR interceptada pela cultura. Depende da estrutura do dossel; 2) Quantidade de matéria seca por unidade de radiação interceptada pela cultura, chamado (eficiência). A biomassa de uma cultura Integrada no tempo pode então ser considerada como um produto de 3 fatores: W= (i.Q.dt) onde: Q= Quantidade de radiação diária (PAR) incidente no topo do dossel; t= dias; i pode ser obtido atraves do balanço de radiação (i= PARinc - PARt - PARsc + PARrs) ou expresso como uma função exponencial em função do IAF e K: i=(1-e-KL). FENOLOGIA (Apresentação 2) - FENOLOGIA: relação entre o clima e os fenômenos biológicos periódicos; respostas dos organismos vivos a mudanças climáticas e sazonais no ambiente onde vivem. - DESENVOLVIMENTO: variações de volume, forma, peso e estrutura. (Diferente de crescimento). * Ciclo: início – meio – fim – início... (semente, germinação, crescimento, reprodução, semente,...) * Anuais: completam o ciclo dentro do período de um ano * Perenes: indivíduos permanecem vivos por diversos anos - PRINCIPAIS CAUSAS DOS FENÔMENOS PERIÓDICOS: - FOTOPERÍODO - TEMPERATURA - REGIME PLUVIOMÉTRICO - FRIO** - APLICAÇÕES NA AGRONOMIA: - Subdivisão do Ciclo - Exigências Ecoclimáticas - Períodos Críticos - Classificação de Cultivares - Zoneamentos Agrícolas - Manejo de Culturas VC - Abertura da folha cotiledonária (FC): a FC é considerada aberta quando o nó acima dela contém uma folha completamente expandida (não enrolada). V1... Vn: numerados de acordo com o número de nós no eixo principal com uma folha completamente desenvolvida, ou seja, que contém acima dela um nó com uma folha completamente expandida. V1 é o estágio onde a primeira folha verdadeira (unifoliaolada) possui um nó acima dela com uma folha completamente expandida. R1 – uma flor aberta em qualquer nó do eixo principal. R2 – uma flor aberta em uma dos dois nós mais altos do eixo principal. R3 – Fruto com 5 mm em um dos quatro nós mais elevados do eixo principal R4 – Fruto com 2 cm em um dos quatro nós mais elevados do eixo principal R5 – Semente dentro do fruto atinge 3 mm em um dos quatro nós mais elevados do eixo principal R6 – A semente enche toda a cavidade do fruto em um dos quatro nós mais elevados do eixo principal R7 – Um fruto atinge a coloração madura normal em um dos quatro nós mais elevados do eixo principal R8 – 95% dos frutos atingem a coloração madura normal - Fotoperíodo: Soja é uma planta de dia curto, ou seja, floresce mais cedo em dias curtos. Outros estágios de desenvolvimento além do florescimento são sensíveis ao comprimento do dia. Por exemplo, o enchimento dos grãos e por conseqüência o tempo para atingir a maturidade de colheita também são sensíveis ao fotoperíodo. - Temperatura: A duração do ciclo e as fases de desenvolvimento são também influenciadas pela temperatura. A taxa de desenvolvimento é geralmente mais lenta em temperaturas frias e mais rápida sob temperaturas elevadas, o que resulta em fases de crescimentomais ou menos longas (Soma de temperaturas = soma térmica) - FOTOPERIODISMO O fotoperiodismo ou a capacidade de um organismo de detectar o comprimento do dia torna possível para um evento ocorrer em um determinado momento do ano, permitindo, desse modo, uma resposta sazonal - Ritmos Circadianos: Sob condições naturais, o oscilador endógeno é sincronizado com um período verdadeiro de 24 horas por sinais ambientais, o mais importante dos quais são as transições luz — escuro ao entardecer e a transição escura — luz ao amanhecer. Estes sinais ambientais são chamados zeitgebers (do alemão, para “fornecedores do tempo”) - Um ritmo circadiano típico. O período é o tempo entre pontos comparáveis no ciclo repetitivo; A fase é qualquer ponto no ciclo reconhecível por seu relacionamento com o resto do ciclo; A amplitude é a distância entre um pico e um vale. - Um ritmo circadiano sincronizado a um ciclo de 24 horas de luz – escuro e sua reversão para o período de curso livre (26 por exemplo) após a transferência para o escuro contínuo - Típica mudança de fase em resposta a um pulso de luz aplicado logo após a transferência para o escuro. O ritmo é tem sua fase alterada (atrasado) sem alteração no período. - Plantas de dias curtos (SDPs; do inglês, Short-day plants) florescem apenas em dias curtos (SDPs qualitativas) ou têm florescimento acelerado por dias curtos (SDPs quantitativas). - Plantas de dias longos (LDPs; do inglês, Long-day plants) florescem somente em dias longos (LDPs qualitativas) ou têm florescimento acelerado por dias longos (LDPs quantitativas). A distinção essencial entre plantas de dias longos e plantas de dias curtos é que o florescimento nas LDPs é estimulado somente quando o comprimento do dia excede uma certa duração, chamada de comprimento crítico do dia, em cada ciclo de 24 horas, enquanto a estimulação do florescimento nas SDPs requer um comprimento de dia menor do que o comprimento crítico do dia - O comprimento do dia isoladamente se constitui em um sinal ambíguo, porque não é possível distinguir entre primavera e outono. As plantas exibem várias adaptações para evitar a ambigüidade do sinal do comprimento do dia. Uma delas é a presença de uma fase juvenil que impede a planta de responder ao comprimento do dia durante a primavera Um outro mecanismo que evita a ambigüidade do comprimento do dia é a ligação da exigência de temperatura a uma resposta fotoperiódica. Outras plantas evitam a ambigüidade sazonal, por meio da distinção entre dias que estão encurtando e alongando. - Plantas de dias longo-curtos (LSDPs; do inglês, Long-short-day plants) florescem somente após uma seqüência de dias longos seguida por dias curtos. LSDPs, tais como Bryophyllum, Kalanchoe e Cestrum nocturnum (jasmim-da-noite), florescem no final do verão e outono, quando os dias estão encurtando. - Plantas de dias curto-longos (SLDPs; do inglês, Short-long-day plants) florescem apenas após uma seqüência de dias curtos seguida por dias longos. SLDPs, tais como Trifolium repens (trevo branco), Campanula medium (campainha) e Echeveria harmsii, florescem no início da primavera em resposta ao aumento do comprimento dos dias. Efeitos da duração do período escuro sobre o florescimento de plantas de dias curtos e plantas de dias longos. PDC florescem com noites longas e PDL florescem com noites curtas - Efeitos da luz vermelha (650-680 nm) sobre a morfogênese poderiam ser revertidos por uma irradiação subseqüente com luz vermelho-distante (710-740 nm). - As repostas não simplesmente opostas. Elas são ANTAGÔNICAS Duas Interpretações: 1) Dois pigmentos: - Um absorve no vermelho - Outro no vermelho-distante 2) Um único pigmento com duas formas interconversíveis O “pool” de fitocromo nunca está totalmente na forma Pr ou PFr (em função da sobreposição dos espectros de absorção): A proporção de PFr após uma exposição a radiação vermelha saturante é 85% (em função da absorção de luz vermelha pelo PFr) ➔ da mesma forma a absorção de luz vermelho-distante pelo Pr não permite que a totalidade do PFr seja convertido à Pr após irradiação com luz vermelho distante. Desta forma o chamado equilíbrio fotoestacionário é atingido com uma proporção de 97% Pr e 3% PFr. Respostas podem ser agrupadas em dois tipos: • Eventos bioquímicos rápidos ➔ Transdução de sinais (cascata de respostas) • Mudanças morfológicas mais lentas ➔ incluem movimentos e crescimento (planta inteira) • Fluência: número de fótons atingindo uma unidade de área de superfície (μmol m–2) • Irradiância*, ou taxa de fluência, da luz. Em termos de fótons, as unidades são micromoles de quanta por metro quadrado por segundo (μmol m–2 s–1). • Lei da reciprocidade: a magnitude da resposta (se, por exemplo, for o percentual de germinação o grau de inibição do alongamento do hipocótilo) é dependente do produto entre a taxa de fluência e o tempo de irradiação. • Irradiância em alguns casos referida como intensidade luminosa. O termo intensidade, entretanto, refere-se à luz que é emitida pela fonte luminosa, enquanto que irradiância concerne a luz que incide sobre o objeto. A TEMPERATURA E AS PLANTAS (Apresentação 3) - EFEITOS DA TEMPERATURA SOBRE PLANTAS Germinação-emergência → Temperatura do solo Crescimento e desenvolvimento da planta → Temperatura do solo e Temperatura do ar Temperaturas: Elevadas – aceleração do metabolismo Baixas – reduzem o crescimento e prolongam o ciclo 1. EFEITO DIRETO SOBRE O DESENVOLVIMENTO - TEMPO TÉRMICO (diferentes ambientes) - UNIDADES TÉRMICAS, GRAUS-DIA - SOMA TÉRMICA E GRAUS-DIA 1. Método direto Acúmulo de soma térmica acima de 0ºC (limitado e impreciso) – culturas de clima quente 2. Método residual (soma das temperaturas efetivas) Acúmulo acima de uma temperatura base (Tb) (mais usado e mais simples) GD: total de graus-dia acumulado Tmáx: temperatura do ar máxima diária (ºC) Tmín: temperatura do ar mínima diária (C) Tb: temperatura-base (ºC) n: número de dias do período de semeadura-colheita 3. Método de graus-dia (5 casos) Integração no tempo, acima de Tb e abaixo de TB (mais preciso, exige mais dados e cálculos) Limitações do método de graus-dia 1. Retrições à lei de Van’t Hoff (efeito não linear da temperatura) 2. Necessidades térmicas variam durante o ciclo (diferentes processos) Outros fatores que interagem com graus-dia 1. Radiação solar – atua no metabolismo e altera o efeito da temp. ar 2. Fotoperíodo – indução fotoperiódica modifica necess. de graus-dia 3. Oscilação térmica (termoperiodismo) – amplit. térmica (frio) interfere 4. Temperatura do solo – principalmente na primavera (solo frio) 5. Água – déficit hídrico pode acelerar ciclo (ou impedir finalização) 6. Nutrientes no solo – N acelera crescimento, ou pode prolongar o ciclo = − + = n i b mínmáx T TT GD 1 2 Aplicações de graus-dia 1. Estimar eventos fenológicos: florescimento, maturação, colheita, etc. 2. Planejar cultivos, escalonar períodos críticos e práticas de manejo 3. Zoneamentos e introdução de genótipos (necessidades térmicas x disponibilidades climáticas) 4. Simulações (modelagem) (fenologia, área foliar, crescimento, manejo) 2. EFEITOS DE TEMPERATURAS EXTREMAS - DANOS POR FRIO E CALOR - NECESSIDADE DE FRIO - VERNALIZAÇÃO - QUEBRA DE DORMÊNCIA DE GEMAS Estresses por baixas temperaturas 1. Resfriamento (chilling) [ 0 ºC < T ar < 10 ºC (ou Tb) ] Em geral, é reversível Alguns casos - irreversíveis (plantas de baixa resistência) Inanição: metabolismo negativo (consumo de reservas e acumulo de substâncias tóxicas) Tolerância depende de: - Metabolismo (temperaturas cardeais) e taxa de respiração - Reservas acumuladas e estado de nutrição - Estádio fenológico (ex: arroz na floração – 15oC) 2. Congelamento (freezing) [ T ar < 0 °C ]Estresse irreversível Tipo de dano: Mecânico? Pouco provável Desidratação das células, por congelamento no apoplasto Depende de: Estádio (ex. primavera) Intensidade do estresse (temper. mínima) Duração do frio Endurecimento (hardening) Estresses por altas temperaturas Limites superiores de adaptação Tar > Temperatura base superior → metabolismo negativo acima (reversível) Tar > Temperatura letal → morte rápida dos tecidos (irreversível) Natureza dos danos (complexa) - Efeito conjunto com déficit hídrico, no campo (baixa transpiração → eleva temperatura das folhas) - Estresse metabólico reversível, pode progredir a irreversível - Em temperaturas letais há destruição de proteínas, lipídios, etc. (ex. fogo ...) TERMOPERIODISMO: Respostas das plantas ao termoperíodo Tipos de termoperiodismo que interessam na agricultura brasileira: ➢ Vernalização (plantas anuais) Tratamento de frio no início do ciclo → redução da necessidade térmica Em países frios: variedades de inverno (vernalizam com -2ºC a 10ºC) variedades de primavera (variedades brasileiras) (têm pouca resposta) - O tratamento de frio é dado à semente (pré-germinada) ou plântula - A vernalização pode ser dada promovida pelo homem - Umedecimento e germinação (10 a 15ºC) - Vernalização – escuro e frio (4 a 5ºC) por 20 - 25 dias - Semeadura na primavera - Altas temperaturas (> 20ºC) podem reverter a vernalização ➢ QUEBRA DE DORMÊNCIA DAS GEMAS Espécies perenes → REPOUSO (dormência) no inverno ↓ Necessidade de frio no inverno para superar a dormência de gemas florais e vegetativas ↓ Tratamento de frio visa intensificar e uniformizar a produção de flores e frutos na primavera (Exemplo, fruteiras de clima temperado) - Medidas que tornam viável cultivar fruteiras de clima temperado no RS 1. Cultivares mais precoces - menor necessidade de frio (mas, necessitam menos calor para brotar – problema com veranicos) • Zoneamento – regiões com maior frio natural • Manejo: poda + produtos p/ quebra de dormência. (incisão anelar e arqueamento de ramos – podem auxiliar) ÁGUA (Apresentação 4) Transpiração: Força dominante na captação e movimento da água. A continuidade do SPAC vai servir de controle de feedback entre a transpiração e a absorção. Diario: E → f → x → r → absorção - O que aconteceria em caso de excesso de água? - Hypoxia: Ocorre em níveis baixos de oxigênio, devido a má drenagem ou alagamentos periódicos. - Estimula a síntese de etileno - Anoxia: Ocorre na ausência completa de oxigênio. - Bloqueia a respiração aeróbica e a síntese de ATP na mitocôndria - Epinastia: É uma curvatura da folha para baixo causada pelo crescimento das células na face superior do pecíolo. - Requer tugor e alongamento celular - O etileno é o sinalizador primário na indução da epinastia PARTE 2: NEVOEIROS E NUVENS **Condensação (gasoso para líquido) do vapor d´água Superfícies de contato • O que são? ✓ Partículas sólidas suspensas no ar • Núcleos de condensação: ✓ Neutros: poeiras ✓ Moderadamente higroscópicos: sal marinho (UR 98%) ✓ Altamente higroscópicos: poluentes industriais (UR 80%) → (Ac. Sulfúrico, Ac. Nítrico) - NEVOEIROS: Conjunto de partículas microscópicas de água líquida em suspensão na atmosfera capazes de reduzir a visibilidade. • Tipos e visibilidade: ✓ Leve ≥ 1.000 m ✓ Moderado 500 – 1.000 m ✓ Denso 300 – 500 m ✓ Forte ≤ 300m • Processo de formação do nevoeiro: ✓ Por resfriamento do ar: o Radiação - “Cerração baixa, sol que racha; o Advecção - Somente na superfície, não na água; o Encosta - Ao subir a serra ✓ Por adição de vapor: o Evaporação - Somente em cima da água o Frontal - Após chuva fraca’ - NUVENS: Conjunto de gotículas de água ou partículas de gelo (ou ambas simultaneamente) suspensas na atmosfera. - TIPO DE NUVENS (Processo de formação) **Resfriamento adiabático do ar: -1000m: 13,5ºC -2000m: 7,0ºC -3000m: 0,5º C - CLASSIFICAÇÃO DE NUVENS Formas básicas: •Cirrus: nuvens filamentosas •Cumulus: nuvens compactas •Stratus: nuvens estendidas Variantes: •alto: níveis elevados •nimbus:nuvens de chuva NUVENS ALTAS: - Cirrus: - Nuvens isoladas com aspecto fibroso sem sombra. - Indicador de mudança de tempo - Cirrocumulus: Pequenos flocos brancos ou massas globulares delgadas sem sombra. O sol pode ser visto através. - Cirrostratus: Camada transparente esbranquiçada de grande extensão e sem sombra. Formação de halo ao redor do sol. NUVENS MÉDIAS: - Altocumulus: Bancos brancos com ou sem sombra. "Céu encarneirado". - Altostratus: - Camadas acinzentadas com aspecto estriado. - Cobrem inteira ou parcialmente o céu. NUVENS BAIXAS: - Stratus: - Camada acinzentada uniforme (semelhante a nevoeiro). - Obscurecem totalmente o céu. - Stratocumulus: Bancos ou camadas de elementos globosos em grupos ou quando unidos cobrem totalmente o céu. - Nimbostratus: Camada acinzentada espessa. Ocultam completamente o sol. - Cumulus: Nuvens isoladas, densas com contornos bem definidos (cumulus de bom tempo). NUVENS DE GRANDE DESENVOLVIMENTO VERTICAL: - Cumulonimbus: Nuvens densas com topos em forma de torres com extremidade superior em bigorna. PRECIPITAÇÃO: Processo pelo qual a água condensada na atmosfera atinge gravitacionalmente a superfície TIPOS: - Orográfico - Convectivo - Frontal FORMAS: - Líquida (chuva, garoa) - Sólida (Granizo, neve) **PRECIÍTAÇÕES DE NUVENS QUENTES: Chuva - Condensação - Colisão **PRECIPITAÇÕES DE NUVENS FRIAS: Granizo / Neve -Condensação -Colisão **Modificação artificial da precipitação PROVOCAR CHUVA -“semeadura de nuvens” -Mecanismo : Acelerar o desenvolvimento da nuvem • Adição de núcleos de condensação (gelo seco, iodeto de prata, cloreto de sódio): -Absorção das gotículas existentes -Aumento do diâmetro das gotas -Precipitação Tipo de nuvem: cumulus (temperatura do topo < -7ºC; espessura > 1.200m) - SUPRIMIR GRANIZO: - Mecanismo: Aumento do número de núcleos de condensação - Adição de núcleos de condensação (gelo seco, iodeto de prata, cloreto de sódio): - Aumento no número e diminuição do diâmetro dos grânulos - Antecipação da precipitação - Tipo de nuvem: cumulonimbus - Sistemas: - Foguetes anti-granizo(experiência em SC -Fraiburgo) - Geradores de solo - Telas Antigranizo (Pomares SC) - DISSIPAÇÃO DE NEVOEIROS - Mecanismo: Aumento da gota –precipitação - Adição de núcleos de condensação (gelo seco, iodeto de prata, cloreto de sódio): - Aumento do diâmetro da gota - Precipitação - Experiências: Aeroportos de países frios Pluviômetro: aparelho utilizado para medições das precipitações de chuvas, neve, granizo Pluviógrafo: faz o gráfico da precipitação Heliográfo: mede a chuva EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO Importância (No contexto agronômico) - Na agricultura irrigada: Quando e quanto irrigar - Na agricultura não irrigada: Zoneamento agroclimático Ajuste de épocas de semeadura DEFINIÇÕES BÁSICAS •EVAPORAÇÃO (Eo):É o processo físico pelo qual um líquido (água, provenientes de oceanos, lagos, rios, do solo e da vegetação úmida), passa para o estado gasoso a temperatura ambiente. •TRANSPIRAÇÃO (T):É a perda da água na forma de vapor pelas plantas, predominantemente através das folhas (estômatos). •EVAPOTRANSPIRAÇÃO (ET):É o processo simultâneo de transferência da água para a atmosfera por evaporação da água do solo e por transpiração das plantas num dado período de tempo. - EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL (ETP): É a perda de água em uma extensa superfície vegetada, de altura uniforme entre 8 e 15 cm, em crescimento ativo, cobrindo totalmente a superfície do solo e sem restrição hídrica. Quando a superfície é grama,ETP é sinônimo de ETo(ET de referência). É um valor indicativo da demanda evaporativa da atmosfera - EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE CULTURA (ETc): É a quantidade de água utilizada por uma cultura qualquer, em condições ótimas de densidade de plantas e fertilidade do solo, sem limitação de água no solo e em qualquer estádio de desenvolvimento. É também denominada de ETm(evapotranspiraçãomáxima), ou ainda, como sinônimo de consumo de água da cultura. - EVAPOTRANSPIRAÇÃO REAL (ETR): É a perda de água que ocorre em qualquer condições de umidade no solo, de tipo e desenvolvimento de plantas e condição de demanda evaporativa da atmosfera. FATORES DETERMINANTES: - CARACTERÍSTICAS DA ATMOSFERA: * Radiação solar * Umidade do ar * Velocidade do vento - CARACTERÍSTICAS DO PLANETA: •Espécie; •Estádio de desenvolvimento; •Altura da planta; •Índice de área foliar; •Profundidade do sistema radicular - CARACTERÍSTICAS DO SOLO * Capacidade de armazenamento de água * Características do espaço poroso * Impedimentos físicos/químicos MEDIÇÃO DA EVAPORAÇÃO •Evaporímetro de Piche: Mede evaporação (mm) a partir de uma superfície porosa mantida permanentemente umedecida por água. Instalado em abrigo meteorológico padrão. Mede o “poder evaporante do ar” •Tanque de evaporação Classe A: Mede a evaporação (mm) -numa superfície livre de água. BALANÇO HÍDRICO METEOROLÓGICO Importância •Definição da magnitude e do período de ocorrência de deficiência ou excesso hídrico; •Determinação da dose de rega; •Adoção de práticas conservacionistas visando o controle da erosão; •Simulação para verificação dos efeitos do fator água sobre a expressão dos rendimento agrícola. PRESSÃO atmosférica Determinante dos movimentos verticais e horizontais das massas de ar DIFERENÇAS DE PRESSÃO VENTOS “ar em movimento” Efeito do vento sobre as plantas Efeitos Favoráveis Redistribuição do calor Evaporação Dispersão de gases poluentes Suprimento de CO2para a fotossíntese Transpiração Dispersão de sementes e pólen Efeitos Desfavoráveis Acamamento de plantas Prejudica a atividade de insetos polinizadores Desconforto animal (frio) Aumento da transpiração Fechamento dos estômatos Redução da área foliar Definição do Vento Ventos→diferençadepressãoatmosféricaentreduasregiões. Fatoresdamacroescala→responsáveispelaformaçãodosventospredominantes, Fatoresdatopoedamicroescala→influêncianaformaçãodosventoslocais. Medição do vento Cata-ventode Wild (Estações convencionais) Anemômetro de conchas tipo totalizador (Estações convencionais) AnemógrafoUniversal (Estações convencionais) Anemômetros sônicos (Estações automáticas) Anemômetros modernos (Estações automáticas) Uma isóbara ou pressão é uma isógrama, uma linha de igual ou de uma pressão constante sobre um gráfico, mapa ou rota. Salvo eventuais casos especiais, o isóbaras são apenas referentes a linhas de um mapa que ligam pontos de igual pressão atmosférica, medido em bars, por isso é um termo meteorológico. Mas um mapa isóbaras pode dar informações sobre a força do vento e direção do presente, em uma determinada área. A Pressão é indicada nas Cartas Meteorológicas por linhas chamadas "Isóbaras". As "Isóbaras" caracterizam-se por ao longo delas, a pressão ser sempre igual. Em certos casos, as Isóbaras cercam totalmente zonas de Altas ou Baixas Pressões, que são respectivamente Anticiclones (A ou H) e Depressões (L ou B). O espaço entre as Isóbaras representam a mudança horizontal das Pressões. Quanto mais próximas estão as Isóbaras mais a Pressão aumenta e mais fortes são os ventos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica https://pt.wikipedia.org/wiki/Bar_(unidade) FASES DO ENOS EL NIÑO –Anomalia positiva da TSM IOS negativo (Evento quente) LA NIÑA –Anomalia negativa da TSM IOS positivo (Evento frio) MASSA DE AR E PERTURBAÇÕES ATMOSFÉRICAS Massas de ar: Grande porção da atmosfera cobrindo milhares de km da superfície terrestre e que apresenta uma distribuição vertical aproximadamente uniforme (temperatura e umidade) Formação →contato prolongado com uma vasta região da superfície, que possui características aproximadamente homogêneas Classificação (Região de origem) Temperatura: – Polar –P – Tropical –T – Equatorial –E – Ártica/Antártica -A Umidade –Continental – c –Marítima – m TEMPO E PERTURBAÇÕES Tempo predominante: massa de ar na região Perturbações atmosféricas: movimentos das massas de ar FRENTES POLARES - Frentes – superfície de descontinuidade no encontro de duas massas de ar, ou – zona de transição onde elementos meteorológicos variam abruptamente Ciclones: São núcleos em que o ar apresenta circulação ciclônica (associados a centros de baixa pressão) e que são formados nas superfícies de descontinuidades frontais. - Apresentam estrutura em constante evolução e possuem vida de apenas alguns dias. DEFINIÇÕES BÁSICAS - Tempo: É a soma total das condições atmosféricas de um dado local num determinado período - Clima: É uma integração ou generalização das condições do tempo para um período longo em uma determinada área. - Climatologia: É o estudo científico do clima com o intuito de descobrir, explicar e explorar o comportamento normal de fenômenos atmosféricos visando o bem do homem. É importante ter em mente que a irregularidade dos fenômenos é a regra geral e não a exceção. FATORES CLIMATOLÓGICOS •Latitude •Altitude •Exposição •Continentalidade •Rotação da Terra •Correntes Oceânicas Características fixas e determinantes, em cada lugar, dos valores dos elementos climatológicos ELEMENTOS CLIMATOLÓGICOS •Radiação •Temperatura •Umidade •Vento •Precipitação •Nuvens •Evaporação •Orvalho •Geada Características Variáveis ESCALA ESPACIAL DOS FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS NORMAIS E MÉDIAS (OMM) Média Médias de ocorrência dos elementos meteorológicos por períodos de no mínimo 10 anos de observações Normal climatológica Valor padrão reconhecido de um elemento meteorológico considerando a média de sua ocorrência em um determina do local por um período geralmente não inferior a 30 anos Normal climatológica padrão Médias de ocorrência dos elementos meteorológicos por períodos de exatamente 30 anos pré definidos (1901-30, 1931-60, 1961-90, 1991-2020) Regiões Climáticas Áreas da superfície da terra sobre as quais os efeitos combinados de diversos fatores resultam em um conjunto de condições climáticas homogêneas Objetivo: Ordenar a grande quantidade de informações Facilitar a recuperação das informações Facilitar a comunicação Classificação Climática de KÖPPEN (1918 a 1930) Wladimir Köppen(1846-1940) foi um biólogo nascido na Rússia, que dedicou a maior parte de sua vida aos estudos climáticos. Ele utilizou de mapas de vegetação mundial de um fisiologista francês, aceitando a vegetação natural como a melhor expressão do clima. Mapas básicos: •Total anual de chuva •Fração de insolação média anual •Temperatura média anual •Temperatura média do mês mais quente •Temperatura média do mês mais frio •Número de meses com temperatura superior a 10 oC •Amplitude térmica entre o mês mais frio e o mais quente •Distribuições das chuvas •MAPA DA VEGETAÇÃO NATURAL Grupos principais: A-Clima Tropical chuvoso sem estação fria B-Clima seco C-Clima úmido de latitudes médias com inverno ameno D-Clima úmido de latitudes médias com invernos severos E-Clima Polar sem estação quente Tipos principais: f -sem estação seca s-com estação seca no verão w-com estação seca no inverno S-semi-áridoou de estepe T-tundra F-gelo (capa permanente de gelo) m-intermediário entre f e w
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