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INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO CLÍNICO - LIVRO

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Prévia do material em texto

Indaial – 2019
Introdução ao 
LaboratórIo CLínICo
Ana Paula Vieira
Caroline Sales Pinto
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Ana Paula Vieira
Caroline Sales Pinto
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
P659i
 Pinto, Caroline Sales
 Introdução ao laboratório clínico. / Caroline Sales Pinto; Ana 
Paula Vieira. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 266 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0400-0
1. Laboratório clínico. - Brasil. I. Vieira, Ana Paula. II. Centro 
Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 610
III
apresentação
Olá, acadêmico! Vamos iniciar nossos estudos da disciplina de 
Introdução ao Laboratório Clínico. Este livro didático está dividido em três 
unidades e em cada uma delas serão abordados temas distintos a respeito 
da rotina biomédica. Além disso, este livro introduzirá você, acadêmico, aos 
principais setores que compõem o laboratório de análises clínicas.
Pronto para explorar o universo da Biomedicina e a atuação do 
profissional biomédico? A Biomedicina é um curso consideravelmente novo, 
porém, desde quando foi criado, muitos avanços com relação à atuação no 
mercado de trabalho foram conquistados.
A primeira unidade consiste em uma introdução à Biomedicina. 
Abordaremos a história do curso, estudaremos desde quando o curso foi 
criado, sua regulamentação e evolução, bem como o perfil do profissional 
nos dias atuais. No decorrer dos anos, e depois de muita luta, o Biomédico 
conquistou o direito de atuar em diferentes áreas. Assim, abordaremos 
também as principais áreas de atuação do Biomédico e o código de ética que 
este deve seguir em seu exercício profissional.
A Unidade 2 traz uma revisão dos conhecimentos sobre Sistema 
Métrico, mostrando-nos como utilizá-los e convertê-los quando necessário, 
além de trazer os conhecimentos básicos de química voltados para o preparo 
de soluções usadas em laboratórios clínicos. A partir desse conhecimento, 
vamos aprender sobre os transportes através das membranas celulares e 
porque são tão importantes em nosso organismo. Esta unidade também 
introduzirá dois dos laboratórios clínicos utilizados pelo nosso curso — a 
bioquímica e a parasitologia —, e conheceremos seus funcionamentos, 
técnicas e princípios básicos.
Quando chegarmos à Unidade 3, vamos rever conceitos de pH, 
sua importância em nosso organismo e como o corpo consegue manter o 
equilíbrio através do sistema tampão. A partir dos conhecimentos em 
transporte de membranas já vistos, poderemos estudar como o impulso 
nervoso percorre as células do corpo e sua identificação através de eletrodos, 
como no eletrocardiograma. Para finalizar a unidade, veremos a introdução 
dos laboratórios de hematologia, imunologia e microbiologia, suas técnicas e 
os princípios básicos utilizados nesses laboratórios.
Caro acadêmico, esta será uma jornada de muitos aprendizados e 
ampliação dos conhecimentos relacionados à Biomedicina e de conceitos 
essenciais para o início da formação do profissional analista clínico.
Bons estudos!
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer teu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em tuas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela terás 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar teu crescimento.
Acesse o QR Code, que te levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para teu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nessa caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO 
PROFISSIONAL .............................................................................................................1
TÓPICO 1 – HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA .........................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 O CURSO DE BIOMEDICINA ............................................................................................................3
2.1 A ORIGEM DO CURSO ....................................................................................................................3
2.2 O PERFIL DO PROFISSIONAL BIOMÉDICO...............................................................................9
2.3 A TRAJETÓRIA DA PROFISSÃO ................................................................................................13
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................15
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................16
TÓPICO 2 – REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA PROFISSÃO .....................................17
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................17
2 REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO ........................................................................................17
2.1 LEI Nº 6.684/1979 ............................................................................................................................18
2.2 LEI Nº 6.686/1979 ............................................................................................................................27
2.3 LEI Nº 7.017/1982 .............................................................................................................................28
2.4 DECRETO Nº 88.438/1983 ..............................................................................................................31
2.5 LEI Nº 7.135/1983 .............................................................................................................................35
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................37
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................38
TÓPICO 3 – ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL BIOMÉDICO ..................................391 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................39
2 ATO PROFISSIONAL (RESOLUÇÃO Nº 78 DE ABRIL DE 1979) ..............................................39
2.1 CAPÍTULO I – DO ATO PROFISSIONAL DO BIOMÉDICO....................................................39
2.2 CAPÍTULO II – DO CAMPO DE ATUAÇÃO DAS ATIVIDADES DO BIOMÉDICO ...........40
2.3 CAPÍTULO III – DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA ...........................................................46
3 ATUALIZAÇÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO ........................................................46
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................47
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................48
TÓPICO 4 – CÓDIGO DE ÉTICA BIOMÉDICA, BIOÉTICA E BIODIREITO: PRINCIPAIS 
ASPECTOS .........................................................................................................................49
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................49
2 CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO DE BIOMÉDICOS .........................................................49
2.1 CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS GERAIS .................................................................................50
2.2 CAPÍTULO II – DEVERES PROFISSIONAIS DO BIOMÉDICO ...............................................51
2.3 CAPÍTULO III – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL ...................................................................52
2.4 CAPÍTULO IV – DOS DIREITOS DO BIOMÉDICO ...................................................................53
2.5 CAPÍTULO V – DOS LIMITES PARA DIVULGAÇÃO E PROPAGANDA DA ATIVIDADE 
BIOMÉDICA .....................................................................................................................................54
2.6 CAPÍTULO VI – DAS RELAÇÕES COM OS COLEGAS ...........................................................55
sumárIo
VIII
2.7 CAPÍTULO VII – DAS RELAÇÕES COM A COLETIVIDADE ................................................56
2.8 CAPÍTULO VIII – DAS RELAÇÕES COM O CONSELHO FEDERAL E OS REGIONAIS DE 
BIOMEDICINA ................................................................................................................................56
2.9 CAPÍTULO IX – DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES ..............................................................57
2.10 CAPÍTULO X – COMPETÊNCIA DO PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL, 
REGIONAIS E MEMBROS DED COMISSÕES ............................................................................58
2.11 CAPÍTULO XI – SANÇÕES ÉTICAS E DISCIPLINARES .......................................................58
2.12 CAPÍTULO XII – DISPOSIÇÕES FINAIS ...................................................................................61
3 BIOÉTICA E BIODIREITO: ENTENDENDO OS CONCEITOS ÉTICOS ENVOLVENDO 
 A VIDA HUMANA ..............................................................................................................................61
3.1 CONCEITOS .....................................................................................................................................62
3.2 PRINCÍPIOS .....................................................................................................................................67
3.3 PESQUISA EXPERIMENTAL ENVOLVENDO SERES HUMANOS .......................................67
3.3.1 O projeto genoma humano ....................................................................................................68
3.3.2 A clonagem ..............................................................................................................................69
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................71
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................74
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................75
UNIDADE 2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE QUÍMICA, MEMBRANAS CELULARES 
E CONSTITUINTES – APRESENTAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE 
BIOQUÍMICA E PARASITOLOGIA ........................................................................77
TÓPICO 1 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE QUÍMICA .......................................................................79
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................79
2 SISTEMA DE MEDIDAS ....................................................................................................................79
2.1 SISTEMA MÉTRICO E PREPARO DE SOLUÇÕES....................................................................81
2.2 ALGORITMOS SIGNIFICATIVOS, PRECISÃO E CERTEZA ...................................................83
2.3 CONVERSÃO DE UNIDADES DO SISTEMA MÉTRICO ........................................................84
3 SOLUÇÕES ............................................................................................................................................87
3.1 SOLUÇÕES NA QUÍMICA ............................................................................................................87
3.2 TIPOS DE SOLUÇÃO ......................................................................................................................88
3.3 CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES ..........................................................................................91
3.4 DILUIÇÕES ......................................................................................................................................96
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................99
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................100
TÓPICO 2 – TRANSPORTE ATRAVÉS DE MEMBRANAS CELULARES................................101
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................101
2 ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA ..............................................................................101
3 MODELO DE ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA ..............................................109
4 TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA ............112
4.1 TRANSPORTE PASSIVO ..............................................................................................................112
 4.1.1 Difusão Simples ....................................................................................................................113
4.1.2 Difusão Facilitada .................................................................................................................114
4.1.3 Osmose ...................................................................................................................................117
4.2 TRANSPORTE ATIVO ..................................................................................................................118
4.3 TRANSPORTE DE GRANDES MOLÉCULAS ..........................................................................121
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................123
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................124
IX
TÓPICO 3 – LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA ...........................................................................1271 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................127
2 VIDRARIAS .........................................................................................................................................127
3 TÉCNICAS DE PIPETAGEM ...........................................................................................................131
4 AMOSTRAS BIOLÓGICAS .............................................................................................................133
5 TÉCNICAS UTILIZADAS NO LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA ......................................135
5.1 CROMATOGRAFIA ......................................................................................................................135
5.2 QUÍMICA LÍQUIDA – ESPECTROFOTOMETRIA ..................................................................136
5.3 QUÍMICA SECA ............................................................................................................................140
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................142
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................143
TÓPICO 4 – LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA ...................................................................145
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................145
2 AMOSTRAS BIOLÓGICAS .............................................................................................................145
3 FORMAS PARASITÁRIAS ...............................................................................................................146
4 TÉCNICAS NA PARASITOLOGIA ................................................................................................148
4.1 EXAME DIRETO OU FRESCO ....................................................................................................148
4.2 TÉCNICA DE FAUST ....................................................................................................................149
4.3 TÉCNICA DE HOFFMANN ........................................................................................................149
4.4 TÉCNICA DE WILLIS ...................................................................................................................150
4.5 TÉCNICA DE BAERMANN & MORAES ..................................................................................151
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................152
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................161
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................162
UNIDADE 3 – pH E SISTEMA TAMPÃO, BIOFÍSICA DO IMPULSO NERVOSO, 
VISÃO E AUDIÇÃO –UTILIZAÇÃO DE ELETRODOS NOS EXAMES. 
LABORATÓRIO DE HEMATOLOGIA, IMUNOLOGIA E 
 MICROBIOLOGIA.....................................................................................................163
TÓPICO 1 – pH E SISTEMA TAMPÃO ............................................................................................165
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................165
2 IONIZAÇÃO DA ÁGUA ...................................................................................................................165
3 ESCALA DE pH ...................................................................................................................................168
4 DEFINIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS ..................................................................................169
5 DEFINIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS BÁSICAS OU ALCALINAS ...............................................170
6 SISTEMA TAMPÃO ..........................................................................................................................170
7 TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE.............................................................................................................173
8 SISTEMA TAMPÃO BIOLÓGICO BICARBONATO/ÁCIDO CARBÔNICO ......................175
8.1 BICARBONATO NO SANGUE ...................................................................................................176
8.2 AÇÃO DO SISTEMA TAMPÃO BICARBONATO ...................................................................177
8.3 ORGANISMO EM ACIDOSE SANGUÍNEA .............................................................................179
8.4 ORGANISMO EM ALCALOSE SANGUÍNEA .........................................................................180
9 EXAME DE GASOMETRIA ARTERIAL .......................................................................................181
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................183
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................184
TÓPICO 2 – TRANSMISSÃO DO IMPULSO NERVOSO ...........................................................187
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................187
2 SISTEMA NERVOSO ........................................................................................................................187
3 NEURÔNIOS SENSORIAIS ............................................................................................................191
X
4 POTENCIAL DE AÇÃO ....................................................................................................................193
4.1 PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO ..........................................................................194
5 SINAPSE ...............................................................................................................................................197
5.1 SINAPSE ELÉTRICA .....................................................................................................................198
5.2 SINAPSE QUÍMICA ......................................................................................................................198
6 ESTÍMULO SENSORIAL – VISÃO ................................................................................................201
7 ESTÍMULO SENSORIAL – AUDIÇÃO ........................................................................................204
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................205
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................206
TÓPICO 3 – ELETRODOS NOS EXAMES .......................................................................................209
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................209
2 IMPULSO ELÉTRICO NO CORAÇÃO .........................................................................................209
3 ELETROCARDIOGRAMA (ECG) ...................................................................................................211
3.1 PRINCÍPIOS DO ECG ...................................................................................................................212
3.2 INTERPRETAÇÕES DO ECG ......................................................................................................213
4 ELETROENCEFALOGRAMA (EEG) ..............................................................................................2144.1 PRINCÍPIOS DO EEG ...................................................................................................................214
4.2 INTERPRETAÇÕES DO EEG .......................................................................................................215
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................216
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................217
TÓPICO 4 – LABORATÓRIO DE HEMATOLOGIA .....................................................................219
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................219
2 COMPOSIÇÃO DO SANGUE .........................................................................................................219
3 ORIGEM DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS ....................................................................................221
4 MORFOLOGIA DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS ........................................................................222
4.1 SÉRIE VERMELHA/ERITRÓCITOS ...........................................................................................223
4.2 SÉRIE BRANCA/LEUCÓCITOS E PLAQUETAS .....................................................................223
5 AMOSTRA BIOLÓGICA ..................................................................................................................224
6 ESFREGAÇO SANGUÍNEO.............................................................................................................224
6.1 TÉCNICA/COLORAÇÃO ............................................................................................................225
6.2 LEITURA DO ESFREGAÇO SANGUÍNEO ...............................................................................227
7 EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS ........................................................................................228
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................229
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................230
TÓPICO 5 – LABORATÓRIO DE IMUNOLOGIA .........................................................................233
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................233
2 HISTÓRIA DA IMUNOLOGIA ......................................................................................................234
3 SISTEMA IMUNOLÓGICO .............................................................................................................235
3.1 CÉLULAS QUE PARTICIPAM DO SISTEMA IMUNOLÓGICO ...........................................235
4 NATUREZA DOS ANTÍGENOS .....................................................................................................235
5 IMUNIDADE NATURAL/INATA ...................................................................................................236
6 IMUNIDADE ADQUIRIDA .............................................................................................................236
7 AMOSTRAS BIOLÓGICAS .............................................................................................................237
8 TÉCNICAS UTILIZADAS ................................................................................................................237
8.1 METODOLOGIAS COM REAGENTES NÃO MARCADOS ..................................................238
8.2 METODOLOGIAS COM REAGENTES MARCADOS.............................................................240
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................242
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................243
XI
TÓPICO 6 – LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA ..................................................................245
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................245
2 HISTÓRIA DA MICROBIOLOGIA ...............................................................................................245
3 CARACTERÍSTICAS DE FUNGOS E VÍRUS ..............................................................................246
4 CARACTERÍSTICAS DAS BACTÉRIAS ......................................................................................246
5 NORMAS DE TRABALHO EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA ...........................247
6 AMOSTRAS BIOLÓGICAS .............................................................................................................248
7 TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE GRAM ......................................................................................249
8 TÉCNICA DE ZIEHL-NEELSEN .....................................................................................................250
9 MEIOS DE CULTURA .......................................................................................................................251
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................253
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................257
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................258
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................261
XII
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: 
HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E 
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• apresentar a evolução do curso de biomedicina, desde sua formação até 
os dias atuais;
• conhecer a regulamentação da profissão;
• identificar as habilitações do profissional biomédico compreendendo de 
que forma o profissional está inserido em cada habilitação;
• compreender as ações de conselhos, sindicatos e associações; 
• compreender os princípios éticos e bioéticos que regem a profissão;
• estabelecer a interface entre Bioética e Direito, conhecida como Biodireito.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA
TÓPICO 2 – REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA PROFISSÃO
TÓPICO 3 – ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL BIOMÉDICO
TÓPICO 4 – CÓDIGO DE ÉTICA BIOMPEDICA, BIOÉTICA E 
BIODIREITO: PRINCIPAIS ASPECTOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, iniciaremos nossa caminhada para conhecer mais a fundo 
sobre a carreira de biomédico, ainda jovem no cenário da saúde brasileira. Neste 
tópico abordaremos a definição de Biomedicina, além dos aspectos históricos da 
construção do curso e do perfil esperado do profissional Biomédico ao fim da 
graduação.
Para ser criado, um curso de graduação deve apresentar objetivos claros 
e consistentes, além de passar por um processo burocrático rígido. Com a 
Biomedicina não foi diferente. Ao passar dos anos, muitos foram os profissionais 
que lutaram para tornar possível sua construção e aprimoramento. Você já se 
perguntou há quantos anos existe a profissão de Biomédico? Quem foram 
as mentes pensantes por detrás da criação do curso? Em qual universidadefoi implantado o primeiro curso de Biomedicina? Esses serão alguns pontos 
abordados neste primeiro tópico desta unidade. Dando sequência à leitura, você 
encontrará informações sobre a trajetória da Biomedicina, desde seu início até os 
dias de hoje.
Pronto para iniciar seus estudos e conhecer mais sobre o curso e sobre o 
profissional Biomédico? Então, vamos lá! Bons estudos!
2 O CURSO DE BIOMEDICINA
O curso de Biomedicina tem como legado a formação de profissionais 
responsáveis pela melhoria da qualidade de vida da população. Dessa forma, 
conta com diretrizes curriculares bem consolidadas abrangendo muitas áreas de 
conhecimento, com intuito de proporcionar a formação global do profissional.
2.1 A ORIGEM DO CURSO
A Biomedicina é um curso considerado novo quando comparado aos 
outros cursos da área da saúde, completando 53 anos de existência neste ano de 
2019. No Brasil, o conceito de Biomedicina começou a surgir em 1950, no período 
pós-guerra, época marcada por grandes avanços científicos e tecnológicos que 
impactaram muitas áreas de maneira significante, entre elas, a da saúde. A 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
4
década de 1950 ficou conhecida como “Anos Dourados” devido à intensa onda de 
revoluções tecnológicas e sociais. Esses eventos refletiram no desenvolvimento 
do senso crítico da população mais jovem, que também passou a ter mais acesso 
ao ensino superior. 
A escolaridade passou a ser cada vez mais acessível, e maiores 
contingentes de alunos chegavam às portas do ensino superior no 
final da década de 60. A televisão e a mídia mostravam as maravilhas 
científicas e tecnológicas dos países do primeiro mundo. Por essas 
razões, as cobranças para que todos acompanhassem o progresso 
não tardaram acontecer. Para seguir todo o desenvolvimento 
científico, cultural e tecnológico que dia a dia era visto pelas imagens 
de televisão, em jornais e revistas era necessária a criação de mais 
cursos de Medicina, Odontologia, Biologia, Direito, Matemática e 
Administração, principalmente (NAOUM, 2015, p. 7).
Em consequência ao aumento de jovens ingressando no ensino superior, 
as universidades sentiram a necessidade de aumentar o número dos cursos de 
graduação. Em cursos na área da saúde como Medicina, Odontologia e Biologia, 
o aumento na demanda de professores capacitados para lecionar em disciplinas 
básicas se tornou um fator preocupante para as instituições de ensino. A 
preocupação adivinha do fato de que os docentes da época eram médicos que 
possuíam habilitações específicas e, por conseguinte, optavam por lecionar em 
disciplinas aplicadas. 
Disciplinas básicas: abordam conceitos introdutórios e são base para 
construção do conhecimento específico sobre determinado assunto. Em cursos da área da 
saúde podemos citar como exemplo Biologia Celular, Fisiologia, Bioquímica entre outras.
Disciplinas aplicadas: abordam assuntos específicos sobre determinado conteúdo. Em 
cursos da área da saúde podemos citar como exemplo Neurologia, Doenças infecciosas, 
Microbiologia Clínica.
NOTA
A exposição a esses problemas que tomavam conta das instituições, 
principalmente as relacionadas com a área da saúde, fez que com que o professor 
Dr. José Leal Prado de Carvalho iniciasse sua idealização sobre a criação de um 
novo curso, voltado para formação de profissionais com capacitação suficiente 
para lecionarem em disciplinas básicas. Diante disso, na reunião da Sociedade 
Brasileira para o Progresso da Ciência, realizada em Curitiba, em 1950, Leal 
Prado apresentou suas ideias iniciais para construção de cursos de graduação e 
pós-graduação em Ciências Biomédicas.
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA
5
FIGURA 1 – PROFESSOR DR. JOSÉ LEAL PRADO DE CARVALHO
FONTE: <https://cfbm.gov.br/historia-da-biomedicina/>. Acesso em: 27 maio 2019.
Posteriormente à exposição das ideias sobre a criação de um novo curso 
de graduação, os professores Leal Prado e José Ribeiro do Vale convocaram uma 
reunião com algumas instituições de ensino e pesquisa do estado de São Paulo 
visando à discussão e ao planejamento para a execução do projeto. Participaram 
desse encontro representantes do Instituto Butantan, Escola Paulista de Medicina 
(EPM) e Universidade de São Paulo (USP).
Se você quiser conhecer mais sobre o Instituto Butantan assista ao vídeo 
Butantan: Tradição e Inovação. Desde 1901, o Instituto Butantan produz produtos voltados 
para a saúde pública, sendo responsável por grande parte das vacinas produzidas no 
Brasil. Seus produtos são enviados ao Ministério da Saúde, que os distribui gratuitamente à 
população. Link: https://www.youtube.com/watch?v=9HSBXkm6Z7w.
DICAS
Caro acadêmico, apesar da exaustiva insistência de Leal Prado e Ribeiro 
do Vale para a abertura de um curso voltado às Ciências Biomédicas, o projeto foi 
concretizado apenas 16 anos depois! Processo demorado, não?
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
6
Tudo isso aconteceu quando a EPM, hoje conhecida como Universidade 
Federal de São Paulo (UNIFESP), foi federalizada e um novo regimento entrou 
em vigor. Tal regimento estabelecia a criação do curso de graduação e pós-
graduação em Ciências Biomédicas, que posteriormente recebeu o nome de 
Ciências Biológicas – Modalidade Médica.
O objetivo do curso de Biomedicina era formar profissionais devidamente 
habilitados e capacitados para atuarem como docentes de disciplinas básicas principalmente 
para os cursos de Medicina e Odontologia. Além disso, por meio da oferta de pós-graduação 
nesta área, visava à formação de pesquisadores científicos especializados nas áreas básicas, 
porém com capacidade de auxílio em pesquisas em áreas específicas.
IMPORTANT
E
Uma vez autorizada a criação deste novo curso de formação, o Conselho 
Federal de Educação emitiu o Parecer nº 571/1966, que estabelecia o conteúdo 
mínimo e a duração do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas – Modalidade 
Médica. Assim, depois de muita luta e dedicação, em março de 1966 ocorreu a 
aula inaugural do curso, ministrada pelo professor Dr. Leal Prado.
Leia um trecho do Discurso do professor Drº José Leal Prado de Carvalho 
proferido na aula inaugural do curso Ciências Biológicas – Modalidade Médica, da Escola 
Paulista de Biomedicina, em 1966.
“Uma instituição ativa, como a Escola Paulista de Medicina, sente-se muito limitada dentro 
da estrutura de um instituto isolado de ensino superior. A criação do curso de Ciências 
Biomédicas tornará mais amplo seu campo de atividade cultural e mais importante sua 
contribuição social. Se tivermos êxito nessa iniciativa, estaremos armazenando uma 
experiência valiosa, ao mesmo tempo que teremos maiores possibilidades para fazer uma 
segunda tentativa no caminho da universidade federal. Só o futuro dirá a melhor conduta 
a seguir”.
FONTE: <https://www.unifesp.br/50-anos-do-curso-biomedico>. Acesso em: 27 maio 
2019.
NOTA
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA
7
FIGURA 2 – DOCENTES DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – MODALIDADE MÉDICA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)
FONTE: <https://www.unifesp.br/50-anos-do-curso-biomedico>. Acesso em: 27 maio 2019.
A proposta desse novo curso foi rapidamente implementada por outras 
instituições de ensino, sendo criado, no ano de 1967, na Faculdade de Ciências 
Médicas e Biológicas de Botucatu, (atual Universidade Estadual de São Paulo – 
UNESP), Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro (atual Universidade 
Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), Universidade de São Paulo (USP) e, em 1968, 
na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Quando as primeiras turmas se formavam, notava-se que o profissional 
graduado era rapidamente absorvido pelo mercado de trabalho, tanto como 
docentes – lecionando nas próprias universidades em que se formaram –, 
quanto por outras instituições, e até mesmo ingressando em cursos de mestrado 
e doutorado para atuação em pesquisa científica. Apesar de muitosgraduados 
optarem pela área acadêmica, uma parte atuava em análises clínicas ou em 
indústrias alimentícias e farmacêuticas. Isso mesmo, acadêmico! Apesar do 
curso ser criado a fim de formar docentes ele proporcionou a abertura para o 
profissional formado atuar em outras áreas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
8
FIGURA – FORMATURA DA 1ª TURMA DE GRADUADOS EM CIÊNCIAS BIOMÉDICAS PELA 
EPM (1969)
NOTA
O ano de 1969 foi marco importante na história da biomedicina, pois foi quando a primeira 
turma do curso Ciências Biológicas – Modalidade Médica formou-se na Escola Paulista 
de Medicina (EPM). Muitos dos graduandos dessa turma atuam até os dias de hoje como 
docentes na universidade em que se formaram. 
FONTE: <https://www.unifesp.br/50-anos-do-curso-biomedico>. Acesso em: 27 maio 2019.
No decorrer dos anos, outras instituições federais, estaduais e privadas, 
levando em consideração a grande inserção do profissional Biomédico no 
mercado de trabalho e a abrangência de atuação que o curso proporcionava, 
seguiram o modelo as universidades pioneiras e também criaram o curso de 
Ciências Biológicas – Modalidade Média, que com o passar do tempo recebeu o 
nome de Biomedicina. 
A mudança do nome para Biomedicina ocorreu principalmente como 
resultado da desvinculação do curso da área de Ciências Biomédicas com as 
Ciências Biológicas, uma vez que, inicialmente o curso era considerado uma 
extensão da graduação em Ciências Biológicas já existente na EPM.
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA
9
Assista ao vídeo https://www.youtube.com/watch?v=dodzDBpVxjw e conheça, 
resumidamente, como foi originado o curso de Biomedicina.
DICAS
2.2 O PERFIL DO PROFISSIONAL BIOMÉDICO
Como comentamos até o momento, prezado acadêmico, o objetivo da 
criação do curso de Biomedicina era exclusivamente a formação de um profissional 
com habilidades suficientes para atuação como docente ou pesquisador científico 
em áreas básicas de conhecimento em saúde. Contudo, com o aumento na 
demanda de alunos ingressantes, das novas oportunidades do mercado de 
trabalho e em decorrência da ampliação da atuação profissional, um novo perfil 
profissional para os Biomédicos foi sendo delineado. 
Segundo o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), atualmente, o 
egresso Biomédico deve ser um profissional da área da saúde com formação 
generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar em todos os níveis do 
sistema de saúde sempre respeitando os preceitos éticos, respeito ao ser humano 
e agindo com rigor científico em todas suas atividades.
Multiprofissionalidade e 
Interdisciplinaridade
Trabalhar de maneira integrada com outros 
profissionais da área da saúde bem como de outras 
áreas. Atuando, assim, como agente transformador 
em benefício da coletividade.
Atenção à saúde Desenvolver ações para promoção da saúde, assim 
como para prevenção de doenças sempre atento 
aos princípios Bioéticos e ao controle de qualidade.
Transdisciplinaridade Atuando em um ambiente multiprofissional, 
deve atuar além de suas competências técnico-
científicas. Agindo com iniciativa, atividade, 
empatia, comunicação.
Empreendedorismo Desenvolver capacidade para tornar-se 
empreendedor. 
QUADRO 1 – PERFIL ATUAL DO PROFISSIONAL BIOMÉDICO
FONTE: Adaptado de Conselho Federal de Biomedicina (2009, p. 29)
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
10
Ficou confuso com o termo Bioética? Abordaremos esse assunto 
exclusivamente no Tópico 4 desta Unidade.
ESTUDOS FU
TUROS
Pensando no perfil profissional do Biomédico e no perfil do curso em 
si, a Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação 
do Ministério da Educação (CNE/MEC), estabeleceram Diretrizes Curriculares 
Nacionais para os cursos de graduação em Biomedicina, as quais definem os 
princípios do Biomédico além de fundamentos, condições e procedimentos que 
devem ser seguidos pelas instituições de ensino para formação do profissional. 
Os artigos 3º a 5º apresentam as competências e habilidades que definem o perfil 
do profissional biomédico.
O Artigo 3º apresentado na Resolução CNE/CES 2/2003, que institui as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Biomedicina, aborda o perfil do 
formando/egresso do curso (CNE, 2003, p. 16):
Art. 3º O curso de graduação em Biomedicina tem como perfil do 
formando egresso/profissional o: 
I- Biomédico, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, 
para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor 
científico e intelectual. Capacitado ao exercício de atividades referentes 
às análises clínicas, citologia oncótica, análises hematológicas, 
análises moleculares, produção e análise de bioderivados, análises 
bromatológicas, análises ambientais, bioengenharia e análise por 
imagem, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade 
social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a 
transformação da realidade em benefício da sociedade. 
II- Biomédico com Licenciatura em Biomedicina capacitado para atuar 
na educação básica e na educação profissional em Biomedicina. 
Analisando o conteúdo atribuído no Art. 3º, é perceptível como houve 
expansão das áreas de conhecimento atribuídas ao Biomédico, contundo a essência básica 
do curso ainda está presente, como vemos no inciso II.
ATENCAO
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA
11
Nesse contexto, o Artigo 4º Resolução CNE/CES 2/2003 aborda as 
competências gerais atribuídas ao profissional Biomédico ao fim da graduação. 
Com relação à atenção à saúde, o Biomédico deve exercer e assegurar que as ações 
de promoção, prevenção, proteção e reabilitação da saúde sejam realizadas de 
forma multidisciplinar, de modo a ser capaz de analisar e resolver problemas da 
sociedade com visão crítica e ética nos âmbitos social e coletivo. Tais atribuições 
são vinculadas à capacidade de tomada de decisão do Biomédico, que deve 
visar o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade relacionados à prática da 
profissão, como decisões relacionadas a equipamentos, procedimentos realizados 
e medicamentos utilizados (CNE, 2003). Além disso, comunicação e liderança 
são atributos trabalhados com o acadêmico do curso de Biomedicina visando a 
melhor inserção desse profissional no mercado de trabalho. Segundo os incisos 
III e IV do Artigo 4º, o Biomédico deve ser acessível, desenvolver domínio na 
tangente comunicação e espírito de liderança sempre tendo em vista o bem-estar 
da comunidade.
Ainda com relação à formação do profissional Biomédico, o Conselho 
Nacional de Educação (2003, p. 16) aborda o desenvolvimento de competências 
específicas que a graduação objetiva: 
Art. 5º A formação do biomédico tem por objetivo dotar o profissional 
dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes 
competências e habilidades específicas: 
I- respeitar os princípios éticos inerentes ao exercício profissional; 
II- atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se 
em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e 
recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser 
humano, respeitando-o e valorizando-o; 
III- atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e 
transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da 
saúde baseado na convicção científica, de cidadania e de ética; 
IV- reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e 
atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida 
como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos 
e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos 
os níveis de complexidade do sistema; 
V- contribuir para a manutenção da saúde, bem-estar e qualidade 
de vida das pessoas, famílias e comunidade, considerando suas 
circunstâncias éticas, políticas, sociais, econômicas, ambientais e 
biológicas; 
VI- exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, 
entendendo-acomo uma forma de participação e contribuição social; 
VII- emitir laudos, pareceres, atestados e relatórios; 
VIII- conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de 
trabalhos acadêmicos e científicos;
IX- realizar, interpretar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se 
tecnicamente por análises clínico-laboratoriais, incluindo os exames 
hematológicos, citológicos, citopatológicos e histoquímicos, biologia 
molecular, bem como análises toxicológicas, dentro dos padrões de 
qualidade e normas de segurança; 
X- realizar procedimentos relacionados à coleta de material para 
fins de análises laboratoriais e toxicológicas; XI - atuar na pesquisa 
e desenvolvimento, seleção, produção e controle de qualidade de 
produtos obtidos por biotecnologia; 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
12
XII- realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse 
para o saneamento do meio ambiente, incluídas as análises de água, 
ar e esgoto; 
XIII- atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e 
controle de qualidade de hemocomponentes e hemoderivados, 
incluindo realização, interpretação de exames e responsabilidade 
técnica de serviços de hemoterapia; XIV- exercer atenção individual e 
coletiva na área das análises clínicas e toxicológicas; 
XV- gerenciar laboratórios de análises clínicas e toxicológicas; 
XVI- atuar na seleção, desenvolvimento e controle de qualidade de 
metodologias, de reativos, reagentes e equipamentos; 
XVII- assimilar as constantes mudanças conceituais e evolução 
tecnológica apresentadas no contexto mundial; 
XVIII- avaliar e responder com senso crítico as informações que estão 
sendo oferecidas durante a graduação e no exercício profissional; 
XIX- formar um raciocínio dinâmico, rápido e preciso na solução de 
problemas dentro de cada uma de suas habilitações específicas; 
XX- ser dotado de espírito crítico e responsabilidade que lhe permita 
uma atuação profissional consciente, dirigida para a melhoria da 
qualidade de vida da população humana; 
XXI- exercer, além das atividades técnicas pertinentes a profissão, o 
papel de educador, gerando e transmitindo novos conhecimentos para 
a formação de novos profissionais e para a sociedade como um todo. 
Parágrafo único. A formação do biomédico deverá atender ao sistema 
de saúde vigente no país, a atenção integral da saúde no sistema 
regionalizado e hierarquizado de referência e contra referência e o 
trabalho em equipe.
É perceptível o fato de que muitas atribuições são designadas para a 
construção do perfil do profissional Biomédico e, deve ficar claro, acadêmico, que 
todas elas são trabalhadas no decorrer da graduação.
O juramento do Biomédico é realizado no momento da colação de grau, 
consistindo em um dos momentos mais importantes da cerimônia. Nesse pronunciamento, 
o jovem profissional se compromete a se dedicar e exercer sua profissão de forma ética e 
competente. 
JURAMENTO DO BIOMÉDICO
“Juro, por toda minha existência, cumprir com zelo e probidade todas as atividades inerentes 
à profissão de biomédico que me forem confiadas. Juro, diante de deus e dos homens, 
não medir esforços para exercer com dignidade e ética a Biomedicina. Juro estar atento à 
evolução científica para empregá-la em prol da humanidade. Juro cumprir esses preceitos 
para poder usufruir da benevolência de deus e da confiança dos homens”.
FONTE: <https://www.biomedicinapadrao.com.br/2009/11/juramento-do-biomedico.
html>. Acesso em: 2 set. 2019.
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA BIOMEDICINA
13
2.3 A TRAJETÓRIA DA PROFISSÃO 
Caro acadêmico, vimos até o momento a história do curso de biomedicina, 
as primeiras universidades que o ofertaram e também o perfil do que se almeja de 
um profissional biomédico na atualidade.
Como percebemos, comparando os primeiros cursos de Biomedicina 
com os atuais, muitas mudanças ocorreram; hoje em dia, o cenário em que nos 
encontramos é muito diferente daquele da época do início do curso, principalmente 
quando considerados os avanços na ciência e tecnologia.
À medida que a demanda de alunos interessados em cursar Biomedicina 
foi aumentando, (principalmente em decorrência da ampliação das atividades do 
profissional biomédico para outros exercícios além da área acadêmica), houve 
motivação, a partir do ano de 1972, para abertura de vários cursos de Biomedicina 
em diferentes regiões do Brasil, sendo que a predominância foi em instituições 
particulares.
Hoje, a estimativa nacional é de que 19 mil estudantes estejam matriculados 
em Biomedicina, sendo que, segundo o CFBM, cerca de 70 mil profissionais estão 
registrados no Conselho da Classe, número que nos remete indiretamente os 
biomédicos ativos na área. No Brasil, existem mais de 400 instituições de ensino 
que oferecem o curso de Biomedicina, sendo que mais de 80% correspondem a 
instituições privadas.
FIGURA 3 – BIOMEDICINA EM NÚMEROS
FONTE: <http://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/Vers%C3%A3o-final-01.pdf>. Acesso 
em: 27 maio 2019.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
14
Como reflexo de um crescimento contínuo, a Biomedicina do Brasil serve 
como base de referência para o mundo todo. Na América do Sul foi criada a 
Rede Sulmericana de Diagnósticos (RedSud), que proporciona a integração entre 
profissionais que trabalham com diagnósticos, entre eles o Biomédico, abrangendo 
toda América do Sul. Nesse contexto, podemos observar que, apesar de se tratar 
de uma profissão relativamente jovem, a Biomedicina vem se destacando dentro 
do mercado de trabalho e na área científica. 
O presidente do Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região (CRBM1), 
Marcus Antônio Abrahão, em poucas palavras, abordou os desafios enfrentados 
durante a trajetória para construção sólida da Biomedicina: 
“Estamos satisfeitos porque temos cumprido nossos objetivos bem 
antes do que esperávamos, o que nos permite pensar no futuro e 
fixar outros desafios. Queremos avançar, obter novas conquistas para 
a categoria, facilitar a atuação de novos biomédicos e sensibilizar a 
sociedade sobre a real importância da Biomedicina no contexto da 
Saúdo do país” (CFBM/CRBM, 2009, p. 44).
Você sabia? Alguns países ofertam cursos de formação similares à Biomedicina.
FONTE: <https://cfbm.gov.br/biomedicina-no-brasil-e-no-mundo/>. Acesso: 27 maio 2019.
NOTA
Austrália
O curso é chamado de Bachelor of Biomedicine
Objetivo: entendimento das estruturas e funções do 
organismo humano e fatores determinantes de doenças.
Duração: 3 anos em período integral.
Inglaterra
O curso é chamado de Biomedical Science
Objetivo: entendimento de patologias e do laboratório 
de análises clínicas.
Duração: de 3 a 4 anos em período integral.
Estados Unidos
O curso é chamado de Biomedical Science – Bachelor 
of Science
Objetivo: funcionamento do corpo humano e patologias. 
Conhecimento de metodologias de diagnóstico 
avançadas e estratégias terapêuticas.
Duração: 4 anos em período integral.
15
Neste tópico, você aprendeu que:
• Biomedicina é um curso da área da saúde consideravelmente novo, com pouco 
mais de 50 anos.
• Em 1966 foi criado o primeiro curso de Biomedicina na Escola Paulista de 
Biomedicina, atual Universidade Federal de São Paulo, pelo professor Drº José 
Leal Prado de Carvalho.
• Antes de receber o nome de Biomedicina, o curso de graduação recebeu o nome 
de Ciências Biológicas – Modalidade Médica.
• O objetivo principal dos primeiros cursos de biomedicina era formar 
profissionais aptos a lecionar disciplinas básicas, principalmente para os cursos 
de Medicina e Odontologia, bem como para seguirem a área da pesquisa 
científica.
• O Biomédico deve ser um profissional da área da saúde com formação 
generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar em todos os níveis 
do sistema de saúde.
• O perfil atual do Biomédico envolve: multiprofissionalidade e 
interdisciplinaridade; atenção à saúde; transdisciplinaridade; 
empreendedorismo.• No Brasil atualmente existem mais de 200 instituições de ensino que oferecem 
o curso de Biomedicina, sendo que mais de 80% correspondem a instituições 
privadas.
RESUMO DO TÓPICO 1
16
1 A Biomedicina é considerada um curso relativamente novo, com apenas 53 
anos. Apesar de algum tempo ter se passado para que realmente o curso fosse 
consolidado, o curso, desde sua origem, passou por diversas modificações 
curriculares, ampliando as suas habilitações e qualificando seus profissionais 
na área de saúde. Com relação à origem e estruturação inicial do curso de 
biomedicina, julgue as sentenças a seguir como verdadeira (V) ou falsa (F):
( ) Inicialmente, o curso de Biomedicina foi criado para suprir a falta de 
docentes que lecionassem disciplinas específicas para os cursos na área da 
saúde.
( ) Em 1950, na Reunião anual da Sociedade Brasileira para Progresso da 
Ciência, o professor Ribeiro do Vale (Escola Paulista de Medicina) elaborou 
as ideias básicas que deveriam orientar os cursos de graduação e pós-
graduação em Ciências Biomédicas.
( ) O curso de Ciências Biológicas – Modalidade Médica, foi o nome atribuído 
ao novo curso da Escola Paulista de Medicina (EPM) e, diferentemente 
dos outros cursos da área da saúde, não tinha como objetivo formar 
pesquisadores científicos nas áreas de Ciências Básicas.
( ) Em 1966 foi criado o primeiro curso de Bacharelado em Biomedicina, na 
época conhecido como Ciências Biológicas – Modalidade Médica, na Escola 
Paulista de Biomedicina (EPM).
2 Qual o perfil atual do biomédico?
3 No que consiste a RedSud?
AUTOATIVIDADE
17
TÓPICO 2
REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA PROFISSÃO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Como já comentamos, a maioria dos profissionais Biomédicos recém-
formados optava por seguir carreira na área acadêmica. Porém, com o decorrer 
dos anos, novos cursos de Biomedicina passaram a ser oferecidos e, com mais 
liberdade e sem pressão de outras áreas, aumentaram o leque e a carga horária 
das disciplinas, o que abriu novas habilitações aos profissionais antes limitados à 
pesquisa e docência. Entretanto, esse profissional ainda encontrava dificuldades 
para inserção no mercado de trabalho, pois a Biomedicina demorou alguns anos 
para se tornar uma profissão regulamentada. Apenas na década de 70 houve sua 
regulamentação, além do estabelecimento do campo de trabalho.
Este tópico, prezado acadêmico, apresentará as leis que regulamentam a 
profissão de Biomédico, além das legislações que regem a Biomedicina.
Agora, vamos aos estudos!
2 REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
Regulamentar uma profissão significa definir legalmente os contornos do 
seu exercício, ou seja, estabelecer competências e habilidades que o profissional 
deve possuir para exercer uma profissão específica. Por um período considerável, 
a profissão de Biomédico não possuía reconhecimento social e jurídico, não lhe 
sendo atribuída direitos e obrigações perante a sociedade. 
Na década de 1970, houve um crescimento expressivo de instituições de 
ensino, principalmente privadas, que ofereciam o curso de Biomedicina. Essa 
profissão inovadora logo chamou a atenção da população jovem da época e, em 
consequência, o número de Biomédicos no mercado aumentou. Assim, frente a 
esses eventos, a questão da regulamentação da profissão e o estabelecimento do 
campo de trabalho para o Biomédico adquiriu uma grande importância e se tornou 
motivo para mobilização de muitos graduandos, profissionais e instituições de 
ensino.
A luta foi árdua, caro acadêmico! Contudo, em 3 de setembro de 1979, o 
Congresso Nacional, por meio da Lei 6.684/1979, aprovou a regulamentação da 
profissão de Biomédico e estabeleceu seu campo de trabalho.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
18
2.1 LEI Nº 6.684/1979 
A Lei nº 6.684 de 3 de setembro de 1979, criada pelo Congresso Nacional, 
regulamenta a profissão de Biomédico. É importante salientar que os cursos de 
Biomedicina e Biologia caminharam juntos para a regulamentação, dessa forma, 
essa Lei foi atribuída a ambas, pois até então a profissão de Biólogo não era 
reconhecida. 
Junto com a regulamentação, a Lei nº 6.684/1979 cria o Conselho Federal 
e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina, como intuito de orientar, 
fiscalizar e disciplinar o exercício dessas duas profissões: 
CAPÍTULO I: Da Profissão de Biólogo
CAPÍTULO II: Da Profissão de Biomédico
CAPÍTULO III: Dos Órgãos de Fiscalização
CAPÍTULO IV: Do Exercício Profissional
CAPÍTULO V: Das Anuidades
CAPÍTULO VI: Das Infrações e Penalidades
CAPÍTULO VII: Disposições Gerais
CAPÍTULO VIII: Disposições Transitórias
 
O Capítulo II é atribuído exclusivamente ao Biomédico, composto pelos 
Artigos 3º, 4º e 5º, faz referência aos requisitos e regulamentação para o exercício 
da profissão:
Art. 3º O exercício da profissão de Biomédico é privativo dos 
portadores de diploma:
I- devidamente registrado, de bacharel em curso oficialmente 
reconhecido de Ciências Biológicas, modalidade médica;
II- emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, 
devidamente revalidado e registrado como equivalente ao diploma 
mencionado no inciso anterior.
Art. 4º Ao Biomédico compete atuar em equipes de saúde, a nível 
tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos.
Art. 5º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros 
profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, 
o Biomédico poderá:
I- realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para 
o saneamento do meio ambiente;
II- realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação;
III- atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de 
radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado;
IV- planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e 
privadas, na área de sua especialidade profissional.
Parágrafo único. O exercício das atividades referidas nos incisos I a IV 
deste artigo fica condicionado ao currículo efetivamente realizado que 
definirá a especialidade profissional (BRASIL, 1979a, s.p.).
TÓPICO 2 | REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA PROFISSÃO
19
No Capítulo III encontramos dispostas as informações referentes ao 
Conselho Federal e aos Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina (CFBB/
CRBB). A principal função atribuída a essas instituições, segundo o Art. 6º, é 
fiscalizar o exercício das profissões definidas pela Lei. De acordo com esse artigo, 
o Conselho é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho, de 
modo que define o Distrito Federal como sede do Conselho Federal e lhe atribui 
jurisdição em todo o país. Assim, os Conselhos Regionais terão sede e foro nas 
Capitais dos Estados, dos Territórios e no Distrito Federal. 
As autarquias são entidades criadas por leis específicas, que desempenham 
funções típicas do Estado (educação e pesquisa, serviços previdenciários, entre outros). Seu 
patrimônio é considerado de natureza pública. Possuem personalidade jurídica e receita 
própria para executar atividades típicas da Administração Pública. As autarquias respondem 
pelo prejuízo que seus agentes causarem a terceiros. FONTE: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto-lei/del0200.htm>. Acesso em: 12 nov. 2019.
ATENCAO
Os Artigos 7º e 8º dispõem da composição dos Conselhos, atribuindo que 
tanto o Conselho Federal de Biologia e Biomedicina quanto os Regionais deverão 
ser compostos por 10 membros efetivos e 10 suplentes, com duração de 4 anos de 
mandato. Vejamos o conteúdo disposto nos Artigos 7º e 8º da Lei nº 6.684/1976: 
Art. 7º O Conselho Federal será constituído de dez membros efetivos e 
respectivos suplentes eleitos pela forma estabelecida nesta Lei.
§ 1º Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes, com 
mandato de quatro anos, serão eleitos por um Colégio Eleitoral 
integrado de um representante de cada Conselho Regional, por este 
eleito em reunião especialmente convocada.
§ 2º O Colégio Eleitoralconvocado para a composição do Conselho 
Federal reunir-se-á, preliminarmente, para exame, discussão, 
aprovação e registro das chapas concorrentes, realizando as eleições 
vinte e quatro horas após a sessão preliminar.
§ 3º Competirá ao Ministro do Trabalho baixar as instruções 
reguladoras das eleições dos Conselhos Federal e Regionais.
Art. 8º Os membros dos Conselhos Regionais e os respectivos 
suplentes, com mandato de quatro anos, serão eleitos pelo sistema 
de eleição direta, através do voto pessoal, secreto e obrigatório dos 
profissionais inscritos no Conselho, aplicando-se pena de multa, em 
importância não excedente ao valor da anuidade, ao que deixar de 
votar sem causa justificada.
§ 1º Na composição dos Conselhos assegurar-se-á a representação 
proporcional das duas modalidades.
§ 2º O descumprimento do critério de proporcionalidade previsto no 
parágrafo anterior, no intuito de favorecer determinada modalidade, 
poderá ensejar intervenção do Ministério do Trabalho no órgão 
infrator (BRASIL, 1979a, s.p.).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
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Acadêmico, note que a votação para escolha dos membros do Conselho 
Federal de Biologia e Biomedicina, segundo a lei, deve ser realizada por um representante 
previamente escolhido de cada Conselho Regional. Contudo, os membros que compõem 
os Conselhos Regionais são selecionados por eleição direta obrigatória, realizada 
individualmente pelos profissionais inscritos no próprio Conselho.
IMPORTANT
E
Como se trata de uma autarquia, o candidato eleito deve preencher as 
exigências estabelecidas no Artigo nº 530 da Consolidação das Leis do Trabalho 
para assumir o cargo de membro do Conselho. Essas atribuições são também 
apresentadas no parágrafo 3º do Art. 8º. Em complementação, o Artigo 9º traz os 
possíveis atos que podem levar à renúncia ou perda de mandato como membro 
do Conselho Federal ou dos Regionais. 
Requisitos para assumir o cargo
• Cidadania brasileira
• Habilitação profissional 
na forma da legislação em 
vigor;
• Pleno gozo dos direitos 
profissionais, civis e 
políticos;
• Inexistência de condenação 
por crime contra a 
segurança nacional.
Causas de extinção ou perda de mandato
• Renúncia
• Superveniência de causa, resultando na 
inabilitação para o exercício da profissão;
• Condenação por pena superior a dois 
anos, em face de sentença transitada em 
julgado;
• Destituição de cargo, função ou 
emprego relacionada à prática de ato de 
improbidade na administração pública ou 
privada, em face de sentença transitada 
em julgado;
• Conduta incompatível com a dignidade 
do órgão ou por falta de decoro;
• Ausência, sem motivo justificado, a três 
sessões consecutivas ou a seis intercaladas 
em cada ano.
QUADRO 2 – REQUISITOS PARA ASSUMIR E CAUSAS PARA PERDA DE MANDATO NO CFBM E 
CRBM
FONTE: Adaptado de <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm>. 
Acesso em: 27 maio 2019.
TÓPICO 2 | REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA PROFISSÃO
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Como vimos, o Conselho Federal é hierarquicamente superior aos 
Conselhos Regionais. Porém, algumas atribuições estabelecidas são as mesmas 
para as duas instituições, como a criação de novas regulamentações e fiscalização 
da atividade ética do profissional Biólogo e Biomédico. Neste contexto, os 16 
incisos do Art. 10º expõem as competências do Conselho Federal de Biologia e 
Biomedicina e os 22 incisos do Art. 12 trazem as competências atribuídas aos 
Conselhos Regionais: 
Art. 10 - Compete ao Conselho Federal:
I- eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu 
Presidente e o Vice-Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto 
comum, o de qualidade;
II- exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação 
e execução do disposto nesta Lei e à fiscalização do exercício 
profissional, adotando providências indispensáveis à realização dos 
objetivos institucionais;
III- supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o 
território nacional;
IV- organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos 
Regionais, fixar-lhes jurisdição, e examinar suas prestações de contas, 
neles intervindo desde que indispensável ao restabelecimento da 
normalidade administrativa ou financeira ou à garantia da efetividade 
ou princípio da hierarquia institucional;
V- elaborar e aprovar seu Regimento, ad referendum do Ministro do 
Trabalho;
VI- examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, 
modificando o que se fizer necessário para assegurar unidade de 
orientação e uniformidade de ação;
VII- conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais 
e prestar-lhes assistência técnica permanente;
VIII- apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos 
Conselhos Regionais;
IX- fixar o valor das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidos 
pelos profissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam 
jurisdicionados;
X- aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais, bem como operações referentes a mutações patrimoniais;
XI- dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais, sobre 
o Código de Ética Profissional, funcionando como Conselho Superior 
de Ética Profissional;
XII- estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo 
prestígio e bom nome dos que a exercem;
XIII- instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade 
profissional;
XIV- autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis;
XV- emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja 
obrigado;
XVI- publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos 
adicionais, os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas 
atividades (BRASIL, 1979a, s.p.).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
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Em meio a tantas atribuições é incontestável que uma das principais 
funções do Conselho Federal é a de fiscalizar e disciplinar o profissional, além 
de orientar e inspecionar os Conselhos Regionais que por hierarquia respondem 
estes. As competências que cabem aos Conselhos Regionais, em resumo, são de 
orientar, fiscalizar e disciplinar os profissionais, cada um dentro de sua área de 
jurisdição, observe: 
Art. 12 - Compete aos Conselhos Regionais:
I- eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu 
Presidente e o seu Vice-Presidente;
II- elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alterações, 
submetendo à aprovação do Conselho Federal;
III - criar as Câmaras Especializadas, atendendo às condições de maior 
eficiência da fiscalização estabelecida na presente Lei;
IV- julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração 
à presente Lei e ao Código de Ética, enviados pelas Câmaras 
Especializadas;
V- agir, com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou 
faculdades de Biologia, nos assuntos relacionados com a presente Lei;
VI- deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos e 
sobre os casos comuns às duas ou mais modalidades;
VII- julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição ou competência 
das Câmaras Especializadas, quando não possuir o Conselho Regional 
número suficiente de profissionais da mesma modalidade para 
constituir a respectiva Câmara;
VIII - expedir a carteira de identidade profissional e o cartão de 
identificação aos profissionais registrados, fazendo constar a 
modalidade do interessado, de acordo com o currículo efetivamente 
realizado;
IX- organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos 
profissionais e pessoas jurídicas que, nos termos desta Lei, se inscrevam 
para exercer atividades de Biologia na Região;
X- publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos profissionais e 
firmas registrados;
XI- estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo prestígio 
e bom conceito dos que a exercem;
XII- fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, 
representando, inclusive, às autoridades competentes, sobre os fatos 
que apurar e cuja soluçãoou repressão não seja de sua alçada;
XIII- cumprir e fazer cumprir as disposições desta Lei, das resoluções 
e demais normas baixadas pelo Conselho Federal;
XIV - funcionar como Conselhos Regionais de Ética, conhecendo, 
processando e decidindo os casos que lhes forem submetidos;
XV- julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas nesta Lei e 
em normas complementares do Conselho Federal;
XVI - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao 
aprimoramento dos serviços e do sistema de fiscalização do exercício 
profissional;
XVII- aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de 
créditos adicionais e as operações referentes a mutações patrimoniais;
XVIII- autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens 
imóveis;
XIX- arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar 
todas as medidas destinadas à efetivação de sua receita, destacando 
e entregando ao Conselho Federal as importâncias referentes à sua 
participação legal;
TÓPICO 2 | REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA PROFISSÃO
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XX- promover, perante o juízo competente, a cobrança das 
importâncias correspondentes às anuidades, taxas, emolumentos e 
multas, esgotados os meios de cobrança amigável;
XXI- emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja 
obrigado;
XXII- publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos 
adicionais, os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas 
atividades (BRASIL, 1979a, s.p.).
As relações entre o Conselho Federal e os Conselhos Regionais deverão 
pautar-se pela mais ampla colaboração, levando-se em conta que sua missão 
institucional exige que atuem efetivamente como um sistema integrado, de 
modo que um complemente as funções do outro. Contudo, não se esqueça: os 
Conselhos Regionais estão legalmente abaixo do Conselho Federal, e por essa 
razão, devem reportar todas suas ações e solicitar autorização para realização de 
algumas destas. 
A fim de promover o auxílio da fiscalização do profissional Biólogo e 
Biomédico, a presente Lei atribui ao Conselho Regional a criação de Câmaras 
Especializadas. Esses órgãos são encarregados de julgar e decidir sobre assuntos 
pertinentes à cada modalidade, ou seja, específicos para profissionais formados em 
Ciências Biológica ou Ciência Biológica – Modalidade Médica, atual Biomedicina 
(Art. 14 e Art. 15). 
A renda de cada um dos Conselhos será constituída: da arrecadação de 
anuidades; taxas, multas e emolumentos; de legados, doações e subvenções e; 
de rendas patrimoniais. No entanto, a porcentagem de arrecadação obtida pelo 
Conselho Federal e pelos Regionais é distinta, de modo que o primeiro fica com a 
quantia de 20% do arrecadado de cada um dos Conselhos Regionais e o segundo 
com 80% da arrecadação obtida em sua jurisdição (Art. 17 e Art. 18). 
Conselho Federal (CFBM) Conselhos Regionais (CRBM)
Examinar e aprovar os Regimentos dos 
Conselhos Regionais.
Elaborar proposta de Regimento e 
alterações, submetendo ao Conselho 
Federal.
Fixar o valor das anuidades, taxas e multas. Arrecadar anuidades, taxas e multas.
Definir o modelo das carteiras de identidade 
profissional.
Expedir a carteira de identidade 
profissional.
Funcionam como conselho Superior de 
Ética, tomando decisão sobre penalidades, 
quando necessário.
Funcionam como Conselhos Regionais 
de Ética, julgando possíveis infrações e 
possíveis penalidades.
Respondem ao Ministério do Trabalho. Respondem ao Conselho Federal.
Renda: 20% da arrecadação de anuidades, 
taxas e multas de cada Conselho Regional.
Renda: 80% da arrecadação de anuidades, 
taxas e multas.
QUADRO 3 – COMPETÊNCIAS CABÍVEIS AO CFBM E AOS CRBM
FONTE: Adaptado de <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm>. 
Acesso em: 27 maio 2019.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA: HISTÓRIA, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
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Uma vez formado em Ciências Biológicas ou Ciências Biológicas – 
Modalidade Médica, o egresso só poderá exercer a profissão se seguir o exposto no 
Capítulo IV – do Exercício Profissional. Caso esteja exercendo fora dos requisitos 
impostos pela Lei, estará sujeito a sofrer penalidade. Vamos ver o que o exposto 
nesse Capítulo diz: 
Art. 20 - O exercício das profissões de que trata a presente Lei, em 
todo o território nacional, somente é permitido ao portador de carteira 
profissional expedida por órgãos competentes.
Parágrafo único. É obrigatório o registro nos Conselhos Regionais das 
empresas cujas finalidades estejam ligadas às Ciências Biológicas, na 
forma estabelecida em Regulamento.
Art. 21 - Para o exercício de qualquer das atividades relacionadas nos 
arts. 2º e 5º desta Lei, em qualquer modalidade de relação trabalhista 
ou empregatícia, será exigida, como condição essencial, a apresentação 
da carteira profissional emitida pelo respectivo Conselho.
Parágrafo único. A inscrição em concurso público dependerá de prévia 
apresentação da carteira profissional ou certidão do Conselho Regional 
de que o profissional está no exercício de seus direitos.
Art. 22 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da profissão, 
em área de jurisdição de dois ou mais Conselhos Regionais, submeterá 
o profissional de que trata esta Lei às exigências e formalidades 
estabelecidas pelo Conselho Federal (BRASIL, 1979a, s.p.).
É importante salientar que além do profissional, empresas que de 
qualquer forma estejam ligadas a atividades relacionadas às Ciências Biológicas – 
Modalidade Médica também devem realizar sua inscrição no Conselho Regional 
de sua região, porém como pessoa jurídica.
FONTE: <http://crbm5.gov.br/site/crbm-5-adota-nova-carteira-de-identidade-profissional2/>. 
Acesso em: 27 maio 2019.
FIGURA 4 – MODELO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE PROFISSIONAL
TÓPICO 2 | REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA PROFISSÃO
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Caro acadêmico, 
Para se tornar legalmente habilitado ao exercício de sua profissão, o profissional deve 
realizar a inscrição no Conselho Regional de sua devida classe, independentemente da área 
de atuação. Para isso, após colação de grau, o Biomédico deverá solicitar sua inscrição 
profissional ao CRBM de sua região. Neste momento, receberá uma declaração que valerá 
até a chegada da Carteira Profissional definitiva. 
Para obter mais informações, acesse este documento que explica os procedimentos para 
a inscrição no CRBM: http://crbm5.gov.br/site/wp-content/uploads/2018/11/Procedimento-
para-Inscri%C3%A7%C3%A3o-de-Biom%C3%A9dico-PF.pdf.
ATENCAO
Acadêmico, uma vez inscrito no seu respectivo Conselho Regional, 
profissional e empresa passam, obrigatoriamente, a pagar uma taxa anual. Seu ato 
constitui condição de legitimidade do exercício da profissão. Desse modo, segundo 
o Art. nº 23 da presente Lei, a anuidade deverá ser paga até 31 de março de cada 
ano, caso for realizado fora do prazo sujeitará o devedor a multa (Art. nº 26).
A Lei nº 6.684/1979 nos traz, em seu penúltimo capítulo, quais atos devem 
ser considerados infrações disciplinares e quais possíveis penalidades podem ser 
atribuídas frente tais infrações, observe como está descrito:
Art. 24 - Constitui infração disciplinar:
I- transgredir preceito do Código de Ética Profissional;
II- exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por 
qualquer meio, o seu exercício aos não registrados ou aos leigos;
III- violar sigilo profissional;
IV- praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina 
como crime ou contravenção;
V- não cumprir, no prazo assinalado, determinação emanada de órgãos 
ou autoridade do Conselho Regional, em matéria de competência 
deste, após regularmente notificado;
VI- deixar de pagar, pontualmente ao Conselho Regional, as 
contribuições a que está obrigado;
VII- faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei;
VIII- manter conduta incompatível com o exercício da profissão.
Parágrafo único. As faltas serão apuradas levando-se em conta a 
natureza do ato e as circunstâncias de cada caso (BRASIL, 1979a, s.p.)
Tendo o profissional cometido infrações disciplinares previamente

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