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1 01 - (Famerp) A independência foi, desse modo, ruptura e continuidade. (Miriam Dolhnikoff. História do Brasil Império, 2019.) Na independência brasileira, uma ruptura e uma continuidade podem ser exemplificadas, respectivamente, a) pelo esforço de unificação nacional e pelo respeito aos direitos trabalhistas. b) pelo afastamento da Grã-Bretanha e pela aproximação com os Estados Unidos. c) pela fragmentação política do território e pela hegemonia política das elites rurais. d) pelo rompimento em relação ao império português e pela preservação da escravidão. e) pela implantação do sistema republicano e pelo estímulo à produção agrícola. 02 - (Ifpe) A Confederação do Equador de 1824 é um marco na luta social contra o absolutismo monárquico. Amplas camadas da população local participaram do conflito. Comerciantes, padres, militares, negros e pardos, e até senhores de engenho se envolveram no conflito que opôs setores da população pernambucana à Monarquia de D. Pedro I. Sobre os pensamentos que fundamentaram a luta dos revoltosos, é CORRETO afirmar que foram ideias a) liberais e constitucionalistas, oriundas dos princípios iluministas então em expansão na Europa e nos Estados Unidos. b) absolutistas moderadas, uma vez que os revoltosos ainda pensavam em manter a monarquia, desde que constitucional e respeitando a autonomia provincial. c) socialistas, o que justifica a presença expressiva de negros e pardos e de padres sensíveis às injustiças sociais e ao racismo. d) inspiradas na Igreja Católica Romana, instituição que, naquele momento, procurava distanciar-se das monarquias europeias, o que justifica a participação de padres. e) anarquistas, por isso defendiam, além da derrubada do governo monárquico e absolutista, o fim da escravidão em terras pernambucanas. 03 - (Ifce) Sobre a Confederação do Equador é correto afirmar-se que a) limitou-se à ação de lideranças e populares pernambucanos, causa maior do seu insucesso. b) insatisfeitos com as tentativas de negociação do império, os revoltosos buscaram criar uma nova constituição mais democrática, mas que continuava reafirmando seu caráter monarquista. c) foi uma das mais significativas revoltas do Segundo Reinado. d) buscava a construção de um estado independente, com capital em Recife, criticava a escravidão e a centralização do poder exaltados pelo absolutismo, conservadorismo e autoritarismo do monarca. e) Frei Caneca foi um grande aliado de D. Pedro I, o que contribuiu para o fim do movimento separatista e a vitória do imperador. 04 - (Espm) O Brasil agora é feito para a democracia, ou para o despotismo – errei em querer dar-lhe uma monarquia constitucional. Onde está uma aristocracia rica e instruída? Onde está um corpo de magistratura honrado e independente? E que pode um clero imoral e ignorante, sem crédito e sem riqueza? Que resta pois? (José Bonifácio de Andrada e Silva) A sociedade civil tem por base primeira a justiça, e por fim principal a felicidade dos homens. Mas que justiça tem um homem para roubar a liberdade de outro homem e o que é pior, dos filhos deste homem, e dos filhos destes filhos? (José Bonifácio de Andrada e Silva) (Adriana Lopes e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: Uma Interpretação) Os textos revelam posições de José Bonifácio de Andrada e Silva, constituinte reformista e monarquista constitucional, que apresentou o projeto mais importante e radical a respeito da abolição do tráfico e da escravidão. Quanto às ideias contidas nos textos e ao cenário da Assembleia Constituinte de 1823 é correto assinalar: www.professorferretto.com.br ProfessorFerretto ProfessorFerretto Brasil Império – Primeiro Reinado 2 a) O projeto de Constituição apresentado por Antonio Carlos de Andrada, irmão de José Bonifácio, foi promulgado com apoio unânime da Constituinte; b) O projeto de Constituição, apelidado de “Constituição da Mandioca”, desagradou a D. Pedro I e, por isso, ele recorreu à força para fechar a Constituinte; c) Os jornais A Sentinela e Tamoio, vinculados aos irmãos Andrada, conseguiram consagrar na Constituição de 1824 os planos de abolição do tráfico e da escravidão; d) Os textos revelam a satisfação de José Bonifácio, bem como sua comunhão de ideias e projeto com a aristocracia rural; e) Os textos revelam o projeto de incluir na Constituição o direito de preservação da escravidão, pilar da sociedade civil no Brasil. 05 - (Fmp) No contexto da independência brasileira, a charge ironiza o(a) a) influência econômica inglesa sobre o Brasil b) imperialismo dos EUA sobre a América do Sul c) controle napoleônico sobre Portugal d) domínio brasileiro sobre a Província Cisplatina e) vigência da União Ibérica 06 - (Enem) Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral, e dos membros dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de província, e estes, os representantes da nação e província. Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais: I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados, os oficiais militares, que forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras. II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofícios públicos. III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de comércio, os criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das fazendas rurais e fábricas. IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral. V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio, ou emprego. BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado). De acordo com os artigos do dispositivo legal apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do Império é marcado pelo(a) a) representação popular e sigilo individual. b) voto indireto e perfil censitário. c) liberdade pública e abertura política. d) ética partidária e supervisão estatal. e) caráter liberal e sistema parlamentar. 07 - (Uece) Durante o segundo reinado, havia, no Brasil, cerca de 20 mil pessoas que podiam ser eleitores e escolher deputados e senadores (0,4% da população), eles eram homens, católicos e com renda anual superior a 200 mil-réis. Havia ainda no Brasil 2,2 milhões de mulheres livres, 1,8 milhão de homens livres pobres, algo em torno de 1,7 milhão de escravos e escravas e outro grande número de pessoas sem acesso ao voto (praças, estrangeiros, religiosos em regime de clausura, mendigos e não católicos em geral). Fonte: Brasil 500 anos. IstoÉ, p.72. Estabilização no Império. Considerando esse aspecto da política brasileira, durante o império, explícito nos dados citados, é correto afirmar que a) havia uma representação proporcional dos variados grupos sociais na política e no poder durante a monarquia no Brasil, daí poder-se dizer que se tratava de um sistema democrático. b) se estabelecia uma participação política de caráter censitário, ou seja, usava-se um critério, o do rendimento anual, para restringir o direito a votar e a ser votado. c) apenas o homem, com qualquer renda, poderia ser candidato nas eleições durante a monarquia; a exclusão das mulheres era fator comum a todas as nações do mundo. d) a restrição do direito ao voto aos estrangeiros, praças, mendigos e analfabetos que havia no império tem sido mantida até hoje no Brasil. 08 - (Enem) Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, MariaQuitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, 3 decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros. GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a a) rigidez hierárquica da estrutura social. b) inserção feminina nos ofícios militares. c) adesão pública dos imigrantes portugueses. d) flexibilidade administrativa do governo imperial. e) receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios. 09 - (Ufrgs) Sobre a sociedade brasileira no século XIX e a construção do Estado imperial, considere as seguintes afirmações. I. O liberalismo, marcado pela defesa da propriedade privada e livre comércio, foi uma das correntes de pensamento adotadas pelas elites escravocratas brasileiras. II. A unidade nacional, a integridade territorial e a escravidão estão entre os principais pilares da monarquia. III. A nobreza imperial, definida como uma classe social distinta, era um segmento restrito reservado àqueles que possuíam vínculos de consanguinidade com a aristocracia europeia. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 10 - (Mackenzie) “(...). Conquistar a emancipação definitiva e real da nação, ampliar o significado dos princípios constitucionais foi tarefa delegada aos pósteres”. COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo; Livraria Editora Ciências Humanas, 1979. P.50. A análise acima, da historiadora Emília Viotti da Costa, refere-se à proclamação da independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. A análise da autora, a respeito do fato histórico, aponta que a) apesar dos integrantes da elite nacional terem alcançado seu objetivo: o de romper com os estatutos do plano colonial, no que diz respeito às restrições à liberdade de comércio, e à conquista da autonomia administrativa, a estrutura social do país, porém, não foi alterada. b) a independência do Brasil foi um fato isolado, no contexto americano de luta pela emancipação das metrópoles. Isso se deu porque era a única colônia de língua portuguesa, e porque adotava, como regime de trabalho, a escravidão africana. c) caberia, às futuras gerações de brasileiros, o esforço no sentido de impor seus valores para Portugal, rompendo, definitivamente, os impasses econômicos impostos à Colônia pela metrópole portuguesa desde o início da colonização. d) apesar de alguns setores da elite nacional possuírem interesses semelhantes à burguesia mercantil lusitana e, portanto, afastando-se do processo emancipatório nacional, com a eminente vinda de tropas portuguesas para o país, passaram a apoiar a ideia de independência. e) assim como Portugal passava por um processo de reestruturação, após a Revolução Liberal do Porto; no Brasil, esse movimento emancipatório apenas havia começado e só fora concluído, com a subida antecipada ao trono, de D. Pedro II, em 1840. 11 - (Unesp) A primeira Constituição brasileira, de 1824, foi a) aprovada pela Câmara dos Deputados e estabeleceu o voto censitário. b) imposta por Portugal e determinou o monopólio português do comércio colonial. c) outorgada pelo imperador e definiu a existência de quatro poderes. d) promulgada por uma Assembleia Constituinte e concentrou a autoridade no Poder Executivo. e) determinada pela Inglaterra e estabeleceu o fim do tráfico de escravos. 12 - (Mackenzie) “A cena de uma rua é, a um só tempo, a mesma de todo o quarteirão. Os pés de chumbo (portugueses) deixam que a cabralhada (brasileiros) se aproxime o mais possível. E inesperadamente, de todas as portas, chovem garrafas inteiras e aos pedaços sobre os invasores. O sangue espirra, testas, cabeças, canelas... Gritos, gemidos, uivos, guinchos. É inverossímil. E a raça toda, de cacete em punho, vai malhando... E os corpos a cair ensanguentados sobre os cacos navalhantes das garrafas.” (Correia, V.,1933, p. 42) O episódio, descrito acima, relata o enfrentamento entre portugueses e brasileiros, em 13/03/1831, no Rio de Janeiro, conhecido como Noite das Garrafadas. Essa manifestação assemelhava-se às lutas liberais travadas na Europa, após as decisões tomadas pelo Congresso de Viena. 4 A respeito dessa insatisfação popular, presente tanto na Europa, após 1815, quanto nos conflitos nacionais, durante o I Reinado, é correto afirmar que a) D. Pedro II adota a mesma política praticada por monarcas europeus; quando, ao outorgar uma carta constitucional, contrariou os interesses, tanto da classe oligárquica, fiel ao trono, quanto das classes populares, as quais permaneceram sem direito ao voto. b) o governo brasileiro também se utilizou de empréstimos junto à Inglaterra, aumentando a dívida externa e fortalecendo a economia inglesa, a fim de sanar o deficit orçamentário e suprir os gastos militares em campanhas contra os levantes populares. c) D. Pedro I, buscando recuperar sua popularidade, iniciou uma série de visitas às províncias revoltosas do país, adotando a mesma estratégia diplomática que alguns regentes europeus, nessa época, praticaram, sem contudo, lograrem nenhum sucesso político. d) as guerras travadas contra o exército napoleônico, na Europa, e o envolvimento do Brasil, na Guerra da Cisplatina, provocaram, em ambos os casos, a enorme insatisfação popular e revolta, diante do elevado número de combatentes mortos. e) a retomada de políticas absolutistas, como o estabelecimento do Poder Moderador, no Brasil, dando plenos poderes a D. Pedro I e, na Europa, a dura repressão contra as ideias liberais, deflagradas pela Revolução Francesa, ocasionaram uma enorme insatisfação popular. 13 - (Uece) Atente ao seguinte fragmento da obra da historiadora Emília Viotti da Costa, a respeito do processo de independência do Brasil: “A ordem econômica seria preservada, a escravidão mantida. A nação independente continuaria subordinada à economia colonial, passando do domínio português à tutela britânica. A fachada liberal construída pela elite europeizada ocultava a miséria e a escravidão da maioria dos habitantes do país. Conquistar a emancipação definitiva da nação, ampliar o significado dos princípios constitucionais seria tarefa relegada aos pósteros”. COSTA, Emília Viotti da. Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil. In: MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Brasil em perspectiva. 16. ed. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1987. p.125. Considerando o processo de independência do Brasil, assinale a afirmação verdadeira. a) Não ocorreu nenhuma ocultação dos reais problemas sociais e econômicos do país após a independência, já que a elite local buscou solucioná-los imediatamente. b) Apenas ocorreu a independência econômica do Brasil, mas não a política, pois a elite nacional europeizada submeteu-se aos interesses da Inglaterra. c) Pelo fato de a monarquia ter sido logo adotada como forma de governo, a independência não representou mudanças sociais significativas, pois estas ficariam a cargo de gerações futuras. d) Não houve acordo de independência com os Britânicos, que reagiram o quanto puderam à independência do Brasil, já que ela representaria a real autonomia econômica do país. 14 - (Fac. Pequeno Príncipe) Na interpretação mais conhecida sobre a História do Brasil, a data de 7 de setembro de 1822 representou um marco, pois, nesse dia, D. Pedro proclamou oficialmente a separação da Colônia da metrópole portuguesa. Sobre o processo de Independência do Brasil, assinale a alternativa CORRETA. a) As relações entre a Coroa portuguesae o Brasil melhoraram quando Dom João VI, de Portugal, apoiado pela Corte portuguesa, assinou um decreto concedendo o título de Regente do Brasil a seu filho Dom Pedro. Entretanto, aproveitando-se da autoridade que lhe foi concedida, no dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro rompeu politicamente com Portugal e proclamou a Independência do Brasil. b) A Independência brasileira foi um processo liderado, em grande parte, pelos setores sociais que mais se beneficiavam com a ruptura dos laços coloniais: os grandes proprietários de terra e os grandes comerciantes, pois a separação tinha como objetivo preservar a liberdade de comércio e a autonomia administrativa. A maioria da população permaneceu na situação anterior à proclamação da Independência. c) Após o processo de Independência, a economia brasileira tornou-se competitiva no mercado internacional, pois devido ao apoio econômico inglês o Brasil começou a desenvolver a atividade industrial, o que era proibido pelo governo metropolitano. d) A mudança mais significativa após a Independência do Brasil ocorreu no âmbito econômico-social, pois com o desenvolvimento econômico surgiram novas classes sociais urbanas ligadas ao processo industrial. e) A Inglaterra, interessada em manter os benefícios comerciais garantidos pelos tratados de comércio e navegação de 1810, foi a primeira nação a reconhecer a Independência do Brasil. 15 - (Ifmg) A classe dominante brasileira era, em sua maioria, conservadora (...). Desejava manter as estruturas econômicas e sociais coloniais baseadas no sistema agrícola, na escravidão e na exportação de produtos agrícolas tropicais para o mercado europeu. 5 Contudo, havia nas cidades (...) alguns liberais que esperavam mudanças mais profundas na política e na sociedade: soberania popular, democracia e mesmo uma república. (BETHELL, Leslie. A independência do Brasil. In: História da América Latina. São Paulo: EDUSP, 2009. V. 3, p. 213.) A aceitação de D. Pedro pela elite senhorial, como líder do processo de independência do Brasil, eclodido em 1822, visava a a) manter nosso país sob a tutela da metrópole lusitana. b) evitar transformações mais bruscas na ordem social e política. c) defender a República como sistema de governo para o novo país. d) impossibilitar a escolha do regime monárquico após a emancipação. 16 - (Udesc) Em 25 de março de 1824, Dom Pedro I outorgou a Constituição Política do Império do Brasil. Em relação à Constituição de 1824, assinale a alternativa correta. a) O Texto Constitucional foi construído coletivamente pela Câmara de Deputados, votado e aprovado em 25 de março de 1824. Expressava os interesses tanto do partido liberal quanto do partido conservador, para o futuro na nação que recém conquistara sua independência. b) A Constituição de 1824 instaurava a laicidade no território nacional, extinguindo a religião católica como religião oficial do império e expressando textualmente que “todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo”. c) A organização política instaurada pela Constituição de 1824 dividia-se em 4 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, sendo que este último determinava a pessoa do imperador como inviolável e sagrada. d) A Constituição de 1824 determinou a cidadania amplificada e o direito ao voto para todos os nascidos em solo brasileiro, independentemente de gênero, raça ou renda. e) A Constituição de 1824 promoveu, em diversos artigos, ideais de cunho abolicionista. Tais ideais foram respaldo para movimentos políticos posteriores, tais como a Revolta dos Farrapos e a Revolta dos Malês. 17 - (Enem) Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 1824) Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado). A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da norma constitucional citada tinha o objetivo de a) expandir os limites das fronteiras nacionais. b) assegurar o monopólio do comércio externo. c) legitimar o autoritarismo do aparelho estatal. d) evitar a reconquista pelas forças portuguesas. e) atender os interesses das oligarquias regionais. 18 – (Espm) Vossa majestade verá que fiz de minha parte tudo quanto podia e, por mim, no dito tratado, está feita a paz. É impossível que vossa majestade, havendo alcançado suas reais pretensões negue ratificar um tratado que lhe felicita seus reinos, abrindo-lhe os portos ao comércio estagnado, e que vai pôr em paz tanto a nação portuguesa, de que vossa majestade é tão digno rei, como a brasileira, de que tenho a ventura de ser imperador. Paulo Rezzuti. D. Pedro: a história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos. O fragmento é parte da carta de D. Pedro a D. João VI, versando sobre o tratado por meio do qual Portugal reconhecia a independência do Brasil, mediante: a) a renovação dos tratados comerciais de 1810; b) a concessão aos portugueses da Ilha de Trindade; c) a assinatura de um acordo de reciprocidade; d) o compromisso assumido pelo Brasil de cessar o tráfico negreiro; e) o pagamento pelo Brasil de uma indenização de 2 milhões de libras. 19 - (Udesc) “A unidade básica de resistência no sistema escravista, seu aspecto típico, foram as fugas. (...) Fugas individuais ocorrem em reação a maus tratos físicos ou morais, concretizados ou prometidos, por senhores ou prepostos mais violentos. Mas outras arbitrariedades, além da chibata, precisam ser computadas. Muitas fugas tinham por objetivo refazer laços afetivos rompidos pela venda de pais, esposas e filhos. (...) No Brasil, a condenação [da escravidão] só ganharia força na segunda metade do século, quando o país independente, fortemente penetrado por ideias e práticas liberais, se integra ao mercado internacional capitalista. (...) “Tirar cipó” – isto é, fugir para o mato – continuou durante muito tempo como sinônimo de evadir-se, como aparece no romance A carne, de Júlio Ribeiro. Mas as fugas, como tendência, não se dirigem mais simplesmente para fora, como antes; se voltam para dentro, isto é, para o interior da própria sociedade escravista, onde encontram, finalmente, a dimensão 6 política de luta pela transformação do sistema. “O não quero dos cativos”, nesse momento, desempenha papel decisivo na liquidação do sistema, conforme analisou o abolicionista Rui Barbosa”. REIS, João José. SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 62-66-71. De acordo com os autores do texto, João José Reis e Eduardo Silva, assinale a alternativa incorreta. a) As fugas de escravos entre os séculos XVI e XIX tiveram motivações diversas, entre elas o tráfico interprovincial. b) Durante o século XIX, a luta dos escravos pela liberdade não se dava somente pela fuga coletiva para a formação de quilombos. c) As cidades, no século XIX, tornaram-se espaços significativos para as lutas pela abolição. d) Os escravos foram agentes da história, e não apenas força de trabalho. e) A naturalização do sistema escravista se manteve estável durante o período colonial e o imperial. 20 - (Enem) É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviamficado a cargo de um povo estranho. Gazeta de Notícias, 7 set. 1883. As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente relacionada com a) a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional. b) o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após 1882. c) os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da escravidão. d) o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros do país. e) a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência da Corte para o Rio de Janeiro. notas 7 Gabarito: Questão 1: D O processo de independência do Brasil ocorreu entre 1808-1831. Em 1808, com a Abertura dos Portos, acabou o pacto colonial, foi o primeiro passo rumo à independência. Em 1815, o Brasil tornou-se Reino a Portugal e Algarves perdendo o estatuto de colônia. Em 1822, ocorreu à independência liderada por D. Pedro I, rompendo a relação entre Brasil e Portugal, embora o jovem imperador fosse português. Manteve-se o sistema de plantation: escravidão, monocultura e latifúndio. A independência do Brasil só foi completada em 07/04/1831 quando D. Pedro I abdicou. Gabarito D. Questão 2: A A independência do Brasil ocorrida em 1822, se deu de cima para baixo e a partir da aliança entre a elite agrária brasileira e D. Pedro I. Dois anos depois, a constituição outorgada de 1824, concedeu amplos poderes ao imperador através do poder moderador gerando um atrito entre a elite agrária e o jovem D. Pedro I. A Confederação do Equador, Pernambuco 1824, é produto desse descontentamento. Diversos segmentos sociais atuaram juntos inspirados nas ideias liberais-iluministas oriundas da Europa e EUA. Gabarito A. Questão 3: D A constituição outorgada em 1824 no Brasil foi centralizadora, concedeu muito poder ao imperador graças ao quarto poder, o Moderador. Cabia ao monarca nomear os presidentes de província. Dessa forma, as elites locais criticaram muito a nova Magna Carta. No mesmo ano, ocorreu um movimento em Pernambuco com caráter separatista e republicano. Esse movimento ficou conhecido como Confederação do Equador. Gabarito D. Questão 4: B Em 1823 foi criada a Assembleia Nacional Constituinte, formado pela elite agrária, cujo objetivo era elaborar um projeto de constituição. O projeto ganhou o apelido de “Mandioca”, era profundamente xenófobo, isto é, contrário aos interesses dos portugueses que moravam no Brasil e, ainda, limitava o poder do imperador D. Pedro I. Totalmente desconte com o teor do projeto da Mandioca, o jovem imperador dissolveu a Assembleia Nacional Constituinte em novembro de 1823, era a Noite da Agonia. Gabarito B. Questão 5: A A independência da América Latina ocorreu nas primeiras décadas do século XIX, no contexto da transição do capitalismo comercial-mercantil para o capitalismo liberal-industrial, o que significa que a Península Ibérica perdeu espaço para a ponderosa Inglaterra. Dessa forma, em 1822, o Brasil trocou Lisboa por Londres, ou seja, deixou de ser colônia de Portugal para ser explorado pelo capitalismo industrial inglês. Gabarito A. Questão 6: B A Constituição de 1824 instituiu no Brasil o voto indireto (eleitores de paróquia elegem eleitores de província e estes elegem Deputados e Senadores) e o voto censitário (aquele baseado na renda mínima anual). Questão 7: B A principal regra para participação eleitoral no Brasil, que vigorava desde 1824, era censitária. Uma renda anual mínima era exigida tanto para candidatos quanto para eleitores. Questão 8: A A estrutura social brasileira (desde os tempos coloniais até o Império) aproximava-se do padrão militar utilizado mundo afora a partir da exclusividade da participação masculina no combate militar, uma vez que nossa sociedade era patriarcal. Por isso, a história de Maria Quitéria de Jesus contradiz a rigidez hierárquica da nossa estrutura social. Questão 9: D A afirmativa III está incorreta porque a elite ou nobreza imperial não tinha, necessariamente, vínculos sanguíneos com os europeus. O status quo era, basicamente, um valor econômico, medido por terras e escravos. Questão 10: A Somente a proposição A está correta. O excerto da historiadora Emília Viotti da Costa sobre a independência do Brasil aponta que o ano de 1822 significou apenas o rompimento com o pacto colonial, porém a emancipação da nação deveria ser conquistada posteriormente. A vida dos homens pobres não mudou com a independência, manteve-se a escravidão e a dependência em relação ao 8 capitalismo internacional, no caso a Inglaterra. A economia permaneceu agrária exportadora importando manufaturados ingleses e exportando matéria prima. Questão 11: C Após fechar a Assembleia Nacional Constituinte de 1823, d. Pedro I encomendou a escritura do texto constitucional à dez brasileiros ilustres e outorgou o mesmo, impondo a Constituição à sociedade. Dentre os destaques do texto constitucional estava a implantação de quatro poderes políticos: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. Questão 12: E Somente a alternativa E está correta. Em 1815 ocorreu na Europa o Congresso de Viena com o objetivo de retornar a velha ordem. Isso contribuiu para a ascensão do rei da França Carlos X, 1824-1830, implantar um regime similar ao velho absolutismo. No Brasil, no contexto do Primeiro Reinado, 1822-1831, D. Pedro I contribuiu para a solidificação de um regime monárquico caracterizado pela centralização do poder nas mãos do imperador através do Poder Moderador estabelecido na constituição de 1824. Em 1830, ocorreu um movimento na França que culminou com a derrubada do rei Carlos X e no Brasil intensificaram as críticas ao governo de Pedro I que, após a Noite das Garrafadas, abdicou ao trono em 1831. Questão 13: C O texto é bastante claro no aspecto da opinião da autora: nossa Independência, nos moldes em que ocorreu, e a adoção da Monarquia como forma de governo a partir dela, não provocou mudanças significativas na estrutura do país, além da autonomia política. Questões como a manutenção do privilégio econômico das elites agrárias e a continuidade da escravidão foram problemas que ficaram para as gerações futuras. Questão 14: B A partir do momento em que as Cortes Portuguesas deixaram clara a intenção de recolonizar o Brasil, a elite colonial, parcela da população que mais se beneficiou com as liberdades adquiridas com a presença da Corte Joanina no Brasil, manifestou-se favorável à Independência. As classes mais baixas e os escravos não participaram da Independência e não tiveram suas vidas modificadas por ela. Questão 15: B Somente a alternativa B está correta. O processo de independência do Brasil começou em 1808 com a Abertura dos Portos que acabou com o pacto colonial, um esteio do sistema colonial. Em 1822, a elite agrária de viés conservador se aliou ao jovem D. Pedro I rompendo com a metrópole portuguesa. Era o 07 de setembro de 1822. A proposta da elite era consolidar a independência mantendo a estrutura colonial de dominação evitando convulsão social e política. Questão 16: C A Constituição de 1824 instituía a divisão do poder político brasileiro em quatro. Além dos três poderes tradicionais (executivo, legislativo e judiciário), houve a adoção do Poder Moderador. De atribuição exclusiva do Imperador, tal poder interferia nos três demais poderes. Questão 17: C O Poder Moderador centralizava todos os poderes da Nação nas mãos de d. Pedro I, uma vez que dava a ele o direito de interferir no Legislativo e no Judiciário. Sendo assim, era um mecanismo de autoritarismo.Questão 18: E Somente a alternativa E está correta. A carta de D. Pedro I a seu pai, D. João VI, que estava reinando em Portugal remete ao contexto da independência do Brasil em 1822. Para realizar o comércio internacional, o país precisava do reconhecimento externo dos principais países em especial de Portugal. Com o intermédio da Inglaterra, Portugal reconheceu a independência do Brasil em 1825, mediante uma indenização de dois milhões de libras esterlinas. Questão 19: E O trecho do texto que afirma que “(...) no Brasil, a condenação [da escravidão] só ganharia força na segunda metade do século, quando o país independente, fortemente penetrado por ideias e práticas liberais, se integra ao mercado internacional capitalista. (...)” confirma o indicado na alternativa E. Questão 20: A A exaltação da Independência está atrelada à formação de um ideal de nacionalidade e patriotismo que precisou ser construído ao longo de todo o período imperial brasileiro, uma vez que nossa Independência não foi fruto de uma mobilização conjunta da população brasileira
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