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SEMIÓTICA unidade 1

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20/03/2021 Ead.br
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SEMIÓTICA ESEMIÓTICA E 
PERCEPÇÃO VISUALPERCEPÇÃO VISUAL
Me. Luís Gustavo Luz
I N I C I A R
20/03/2021 Ead.br
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introdução
Introdução
Caro aluno, seja bem-vindo à disciplina de Semiótica e Percepção visual. Nesta
unidade, apresentaremos uma visão preliminar acerca da percepção, com
ênfase na visual, tratando-a como meio para obtenção de conhecimentos do
mundo que nos rodeia; introduziremos noções gerais sobre a semiótica,
explicando do que se trata essa jovem ciência e demonstrando sua importância
prática para o desenvolvimento de projetos em design; faremos um breve
apanhado sobre a vida e a obra do semioticista Charles Sanders Peirce; por �m,
apresentaremos conceitos próprios da semiótica peirceana, essenciais para a
compreensão de seu sistema de pensamento.
20/03/2021 Ead.br
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A percepção é uma função que faz a mediação entre a consciência e um
pressuposto mundo exterior, por meio da interpretação de dados sensoriais.
Assim, a visão de um objeto seria a recriação mental de sua imagem a partir dos
dados fornecidos pelo olho.
O que é Percepção?O que é Percepção?
20/03/2021 Ead.br
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Sob uma perspectiva empirista, a percepção ocorreria de maneira semelhante à
descrita no trecho a seguir:
A luz é re�etida pela superfície dos objetos no ambiente físico e atinge
os olhos, onde irrita as células das retinas de tal modo que provoca
impulsos nos nervos óticos. Os nervos óticos transmitem esses
impulsos para a região do córtex cerebral, que processa os dados
visuais, onde estimulam certos tipos de atividades. Como resultado, de
maneira ainda misteriosa para a ciência e a �loso�a, “quadros móveis”
coloridos surgem na consciência do sujeito, representando o mundo
externo. Essa operação é repetida, mutatis mutandis, nas outras
modalidades sensoriais, audição, olfato, paladar e tato, suscitando
percepções de harmonias e melodias, perfumes e sabores picantes,
suavidade, maciez, calor - e assim por diante (GRAYLING, 2010, p. 52).
Podemos, de fato, saber se os dados fornecidos pelos sentidos correspondem
aos objetos do mundo? O reconhecimento do processo descrito no exemplo
não garante que o que percebemos corresponda ao mundo exterior. É sabido,
por exemplo, que a correspondência é falsa quando estamos sonhando ou
sofrendo alucinações. Tal argumento, inclusive, é um modelo recorrente às
objeções dos céticos à possibilidade de conhecer por meio dos sentidos.
Simon Blackburn aponta algumas propriedades atribuídas à percepção que são
problemáticas, mas que costumamos tomar por verdadeiras, dentre elas, a ideia
de que “estamos conscientes das suas “qualidades sensíveis”: as cores, os sons,
os sabores, os cheiros, o calor que sentimos e as formas e posições dos objetos
que nos rodeiam” (BLACKBURN, 1997, p. 293). A cor existe no mundo exterior ou
é apenas uma criação da nossa forma de percebê-la? E os sons, sabores e
cheiros, existem fora da percepção?
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Percepção Visual: as cores
Diferente do que a nossa percepção da cor indica, na física, a progressão do
comprimento de onda é contínua, sem que haja nenhuma demarcação entre as
faixas de frequência que interpretamos como passagens entre um tom e outro.
A distinção que fazemos entre uma cor e outra consiste em fronteiras
inexistentes fora do campo da percepção.
A percepção é uma função complexa. Além de ser um processo determinado
biologicamente pela seleção do aparato perceptivo da espécie humana. Há
ainda o condicionamento dessa percepção pelas experiências culturais vividas
pelo sujeito.
Falantes de diferentes línguas unanimemente consideram esses tons os
melhores exemplos de suas palavras para cor, desde que a língua
tenha uma palavra para a cor desse setor do espectro. E, quando as
línguas diferem nas suas palavras para as cores, diferem de forma
previsível, e não de acordo com o gosto idiossincrático de algum
cunhador de palavras (PINKER, 2004, p. 68).
20/03/2021 Ead.br
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Então, a percepção da cor não se restringe à sensação da cor, ela é ampliada
pela capacidade do homem de distingui-la das demais, o que advém do
ambiente cultural que o indivíduo está inserido. Contudo, não estamos nos
referindo à uma suposta primazia da linguagem verbal na formação da
percepção. Como observa Pinker (2004, p. 69), “a maneira como vemos cores
determina como aprendemos as palavras para elas e não o contrário”.
Percepção Visual: luz e sombra
Ao contrário da percepção da cor, a presença ou ausência de luz é um
fenômeno físico veri�cável experimentalmente. Portanto, a percepção de claro e
escuro coincidem com a presença em maior ou menor intensidade de radiação
luminosa, sendo re�etida pelo objeto observado — o que, contudo, não impede
que essas representações possam provocar enganos no indivíduo.
Percepção Visual: visão estereoscópica
A distância entre os nossos olhos permitem que enxerguemos o mesmo objeto
a partir de perspectivas diferentes. Essa diferença serve para que possamos ter
uma melhor noção de profundidade de um objeto.
Como notou Charles Wheatstone, o descobridor da estereoscopia:
[...] É impossível para o artista obter uma representação �el de
qualquer objeto sólido próximo, ou seja, produzir uma pintura que
não se distinga, na mente, do próprio objeto. Quando a pintura e o
objeto são vistos com os dois olhos, no caso da pintura duas imagens
semelhantes projetam-se sobre a retina, no caso do objeto sólido as
duas imagens são dessemelhantes; existe, portanto, uma diferença
essencial entre as impressões nos órgãos dos sentidos nos dois casos e,
em consequência, entre as percepções formadas na mente; por isso, a
pintura não pode ser confundida com o objeto sólido. (WHEATSTONE
apud PINKER, 2012, p. 236).
20/03/2021 Ead.br
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Quem já assistiu a um �lme em 3D ou observou uma imagem estereoscópica
experimentou uma ilusão de tridimensionalidade forjada com recursos
bidimensionais. Recurso que consiste em apresentar imagens diferentes para
cada um dos olhos, de modo que o cérebro as interprete como profundidade.
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praticar
Vamos Praticar
Em seus estudos, você teve contato com noções básicas acerca da percepção e de
como esse problema se relaciona com a possibilidade de termos acesso à realidade
objetiva.
A partir dos conteúdos estudados sobre percepção, assinale (v) para as a�rmações
verdadeiras e (f) para as falsas.
(  ) É consenso entre os �lósofos que a realidade objetiva é representada com exatidão
pelos sentidos, o que nos fornece uma visão inequívoca acerca do mundo exterior.
(  ) As cores são encontradas no mundo da mesma maneira que as percebemos,
portanto, é correto dizer que um indivíduo que sofre de daltonismo é alguém que
enxerga as cores de forma incorreta.
(  ) A única função para termos dois olhos é a de evitar a cegueira total, caso
sofrêssemos uma lesão em um deles. Com a perda de um dos olhos, a única alteração
em nossa percepção é a diminuição do campo de visão.
(  ) Nossossentidos podem ser enganados, portanto, podemos presumir que o nosso
acesso ao mundo para além do que percebemos é, no mínimo, impreciso.
Agora assinale a sequência que corresponde às respostas assinaladas:
V, V, V, V.
F, F, V, V.
20/03/2021 Ead.br
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V, V, F, F.
F, F, F, V.
F, V, F, F.
20/03/2021 Ead.br
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Você já deve ter ouvido falar em linguística, certo? Linguística é uma área da
ciência que estuda as línguas e a linguagem verbal. A semiótica, por sua vez,
pode ser entendida como uma linguística expandida, que trata não somente de
signos verbais (palavra falada e escrita), mas também dos não verbais (imagens,
sons, formas, cheiros e tudo o que se apresenta à consciência). Portanto, a
semiótica pode ser compreendida como “a ciência geral de todas as linguagens”
(SANTAELLA, 1983, p. 1).
Para compreender melhor ao que nos referimos quando falamos em “todas as
linguagens”, é preciso introduzir a noção de linguagem não verbal. A linguagem
não verbal é aquela que se manifesta por meio de outros signos que não
palavras - pode ser um gesto, um desenho, uma melodia, uma placa de trânsito
etc. Então, quando falamos em semiótica, falamos em uma ciência que trata da
comunicação de forma irrestrita, abarcando não só a linguagem falada e escrita,
como outras formas de linguagem.
O que é Semiótica e para que elaO que é Semiótica e para que ela
Serve?Serve?
20/03/2021 Ead.br
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Alguns autores têm objeções quanto a essa de�nição, com alusões à linguística,
contudo, como forma de introduzir a matéria, penso que seja válido apresentar-
lhes um conceito preliminar, que depois possa ser desconstruído e
problematizado de acordo com as necessidades que surgirem. 
A placa que se vê na Figura 1.3 indica que é proibido buzinar no local em que ela
é colocada, sem que seja necessário o uso de nenhuma palavra. Para que se
tornem compreensíveis, basta que haja uma convenção de que placas que
sigam esse padrão deverão ser lidas dessa maneira.
Mas nem toda linguagem não verbal depende de convenções para ser
compreendida. O desenho de um cachorro, por exemplo, representa o animal
sem que seja necessário estabelecer qualquer tratado linguístico. A �gura se
reconhece no animal pela semelhança visual entre os dois.
As expressões faciais de uma pessoa também têm capacidade de comunicar
sem que seja necessário estabelecer um código de maneira formal. Expressões
espontâneas, como o sorriso, foram selecionadas em nossa história evolutiva e
podem ser observadas em várias populações humanas ao redor do mundo
(DARWIN, 2009, p. 116), mesmo aquelas que não tiveram contato entre si, o que
sugere que essas expressões possam ser comportamentos inatos. 
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Para que serve a Semiótica?
Como ciência geral das linguagens, a semiótica serve para compreensão destas
nos mais diversos �ns. Uma boa análise semiótica permite que se compreenda
textos a partir dos diversos tipos de signos que os compõem.
No design, a análise semiótica é importante para que o designer possa planejar
os signos que está produzindo, de modo que o produto por ele criado
comunique adequadamente o que se propõe. A semiótica não fornece regras
para a elaboração de produtos, apenas dá ao designer ferramentas para que ele
tenha consciência das decisões que toma. 
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praticar
Vamos Praticar
A linguística trata exclusivamente da linguagem verbal, enquanto a semiótica abarca
as linguagens não verbais, o que inclui desenhos, músicas, artes diversas, objetos,
sinalizações etc.
Analise as asserções a seguir:
I - Semiótica é a ciência geral das linguagens.
Porque
II - Contudo, as linguagens verbais não são objetos da semiótica, pois são tratados
exclusivamente pelo campo da linguística.
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção II é uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições falsas.
20/03/2021 Ead.br
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Nascido em Cambridge, Massachusetts, no ano de 1839, �lho do professor de
matemática em Harvard, Benjamin Peirce, Charles Sanders Peirce foi um
polímata, com contribuições importantes para diversas áreas do conhecimento,
dentre elas a matemática e lógica, destacando-se, sobretudo, por ter sido o
fundador do pragmatismo (LECHTE, 2002, p. 166). 
Sobre Charles Sanders PeirceSobre Charles Sanders Peirce
20/03/2021 Ead.br
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[Sua casa era] uma espécie de centro de reuniões para onde
naturalmente convergiam os mais renomados artistas e cientistas.
Portanto, desde criança, o pequeno Charles já conduzia sua existência
num ambiente de acentuada respiração intelectual. É por isso que
químico ele já era, desde os seis anos de idade. Aos 11 anos escreveu
uma História da Química; e em Química se bacharelou na
Universidade de Harvard. (SANTAELLA, 1983, p. 3).
Apesar de ter uma produção textual intensa, com mais de dez mil páginas
impressas, Peirce “jamais publicou um livro técnico de fôlego sobre qualquer
dos seus assuntos favoritos. [...] Não existe, em suma, nenhum documento
peirceano sistemático e de�nido sobre a natureza dos signos” (LECHTE, 2002, p.
167).
Pragmatismo
Um dos feitos notáveis de Peirce é criação do pragmatismo, uma �loso�a do
signi�cado e da verdade (BLACKBURN, 1997), que visava resolver o problema da
articulação entre teoria e prática (GRANDIM, 2008, p. 92). O pragmatismo parte
de uma concepção de verdade baseada na noção de falibilismo, isto é, na noção
de que o alicerçamento de nossas crenças em verdades últimas é
desnecessário.
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Em suma, o pragmatismo é a concepção de que podemos adotar verdades,
assumindo que elas podem não ser tão corretas como gostaríamos. Essa
posição se coloca entre o dogmatismo, que assume uma noção rígida de
verdade, e o ceticismo, que é a negação de que o conhecimento racional seja
possível. 
praticar
Vamos Praticar
Leia o excerto a seguir:
“Podemos, justi�cadamente, �car satisfeitos com nossas crenças, mesmo que exista a
possibilidade de novos dados nos forçarem a rever a nossa opinião. Na verdade, como
estamos sempre nessa posição, seremos conduzidos ao ceticismo se não a
aceitarmos” (BLACKBURN, 1997, p. 142).
À concepção descrita anteriormente damos o nome de:
Semiótica.
Falsificabilidade.
Falibilismo.
Ceticismo.
Nominalismo.
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Neste capítulo, faremos um breve apanhado de conceitos-chave para a
compreensão da semiótica peirceana. Introduziremos os conceitos sem nos
aprofundarmos muito em cada um deles, apenas para estabelecer um
panorama das classi�cações da semiótica peirceana.
Signos
Um signo é algo que representa um objetopara um interpretante. Na
concepção peirceana, tudo é signo, uma vez que tudo o que é percebido é a
representação de algo à consciência.
Conceitos Elementares daConceitos Elementares da
Semiótica PeirceanaSemiótica Peirceana
20/03/2021 Ead.br
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Quanto à classi�cação dos signos, Peirce de�niu três tricotomias (divisões em
três partes). A primeira tricotomia é relativa à propriedade do signo em si
mesmo; a segunda tricotomia diz respeito à relação do signo com seu objeto e a
terceira tricotomia trata da relação do signo com o interpretante.
Quadro 1.1 - As três tricotomias dos signos de Peirce (2012). 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Na primeira tricotomia, temos o qualisigno, que é uma qualidade; o sinsigno,
que é um evento real e único; e o legisigno que é uma lei. Na segunda
tricotomia, temos o ícone, que representa o objeto por semelhança; o índice,
que dá indício da existência do objeto; e o símbolo, que é estabelecido por
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convenção. E na terceira tricotomia, temos o rema, que é uma possibilidade
qualitativa para o seu interpretante; o signo dicente, que remete à uma
existência real; e o argumento, que é o signo da lei para o interpretante
(PEIRCE, 2012, p. 53).
praticar
Vamos Praticar
Peirce dividiu suas categorias de signos em três tricotomias. A primeira refere-se à
propriedade do signo em si; a segunda, à relação do signo com o seu objeto, e a
terceira, a relação do signo com o seu interpretante.
São signos da segunda tricotomia:
Qualisigno, sinsigno e legisigno
Ícone, índice e símbolo.
Rema, signo dicente e argumento.
Qualisigno, ícone e rema.
Sinsigno, índice e signo dicente.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
“Semiótica Aplicada”
Lúcia Santaella
Editora: Thomsons Learning
ISBN: 8522102767
Comentário: no livro “Semiótica Aplicada”, da editora
Thomson, Lúcia Santaella dá orientações importantes
para os designers que pretendem realizar projetos ou
para aqueles que querem realizar a análise semiótica de
produtos. O desenvolvimento da compreensão a partir
da perspectiva semiótica é parte essencial da formação
20/03/2021 Ead.br
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do designer, que precisa ter consciência acerca dos
signos que cria em sua atividade projetual.
FILME
The Witness” (curta da série Love, Death
+Robots, da Net�ix)
Ano: 2019
 Comentário: indico esse curta em função da análise feita
pelo canal do YouTube Mimimidias, que faz uma análise
do olhar a partir da obra, analisando-a com base em
textos de Bell Hooks e John Berger. Assista à análise feita
pelo canal no link abaixo e, se possível,  assista também
ao curta na Net�ix.
T R A I L E R
20/03/2021 Ead.br
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conclusão
Conclusão
As noções básicas de semiótica e de percepção visual apresentadas nessa
unidade são fundamentais para a compreensão dos desenvolvimentos que
delas decorrem.
A semiótica peirceana não pode ser compreendida sem a devida
contextualização, que inclui re�exões acerca da sua concepção realista de
verdade. A retomada de conceitos �losó�cos que estavam em discussão quando
Peirce desenvolvia suas ideias contribui para a compreensão do que estava em
jogo naquele momento, bem como a emergência do problema do conhecimento
é importante quando tratamos de percepção.
O estudante, munido das noções básicas aqui apresentadas, tem uma espécie
de bússola para orientá-lo em incursões mais profundas nas teorias
apresentadas.
referências
Referências Bibliográ�cas
20/03/2021 Ead.br
https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671595_1&PARENT_ID=_1… 23/27
BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de �loso�a. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1997.
DARWIN, C. A expressão das emoções no homem e nos animais. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009.
GRANDIM, A. Comunicação e ética: o sistema semiótico de Charles S. Peirce.
Covilhã: Lusoso�a, 2008.
GRAYLING, A. C. Epistemologia. In: BUNIN, N.; TSUI-JAMES, E.P. Compêndio de
Filoso�a. 3 ed. São Paulo: Loyola, 2010.
LECHTE, J. Cinquenta pensadores contemporâneos essenciais: do
estruturalismo à pós-modernidade. 2 ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002.
PEIRCE, C. S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2012.
PINKER, S. Como a mente funciona. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
PINKER, S. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. São Paulo:
Martins Fontes, 2004.
SANTAELLA, L. O que é semiótica? São Paulo: Brasiliense, 1983.
SANTAELLA, L. Semiótica Aplicada. São Paulo: Thomsons Learning, 2007.
IMPRIMIR
20/03/2021 Ead.br
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20/03/2021 Ead.br
https://fmu.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671595_1&PARENT_ID=_1… 25/27
20/03/2021 Ead.br
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20/03/2021 Ead.br
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