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DIAGNÓSTICO E MANEJO DA HANSEANÍSE NA ATENÇÃO BÁSICA INTRODUÇÃO HANSENÍASE – Problema de Saúde Pública A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa. O agente etiológico da doença é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool- ácido resistente, que infecta os nervos periféricos e, mais especificamente, as células de Schwann. (BRASIL, 2017). A hanseníase acomete principalmente os nervos superficiais da pele, troncos e nervos periféricos (localizados na face, pescoço, terço médio do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos), mas também pode afetar os olhos e órgãos internos (mucosas, testículos, ossos, baço, fígado, etc.). Se não tratada na forma inicial, a doença na maioria dos casos evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos. A evolução geralmente é lenta e progressiva, e pode levar a incapacidades físicas. RESULTADOS O estigma, o preconceito em relação à hanseníase não esta apenas fora do ambiente assistencial, na verdade é muito presente nos serviços de saúde, muitas vezes pelos próprios profissionais de saúde. Posturas que contradizem a política de humanização do SUS. Pereira et al (2011) também destaca aspectos do preconceito do profissional de saúde na abordagem e manejo da doença e enfatiza a necessidade e a importância das ações de capacitação. A assistência aos portadores da hanseníase segue pressupostos do plano nacional de eliminação da hanseníase, estabelecida pelo Ministério da Saúde a fim de sustentar a eliminação da hanseníase enquanto problema de saúde publica implica na qualificação da mão de obra. Arco et al (2016) identificou que os pacientes abandonam o tratamento da hanseníase devido a seus efeitos colaterais, por se tratar de esquemas de tratamento antigos a quantidade de medicamentos, o tempo de tratamento são fatores contributivos para essa realidade. No entanto, o tratamento é de baixo custo e de fácil acesso nos serviços público de saúde. Silva et. al (2010), chamam atenção para a importância e necessidade de ações de busca ativa de novos casos de hanseníase. Grupos, visitas domiciliares, salas de espera das unidades e mesmo os atendimentos dos diferentes profissionais podem ser utilizados para a busca de casos. A capacitação da equipe para o diagnóstico e manejo da hanseníase deve compor o conjunto de temas de educação permanente com vistas à realização das ações de busca ativa, acompanhamento do tratamento e dos comunicantes com vistas a romper a cadeia de transmissão da doença. Rosimeire Neves de Souza Silva¹ ¹Aluna do Curso Pós- Graduação em Saúde da Família ²Profª Orientadora: Drª Raquel Xavier de Souza Saito Ao analisar os diferentes artigos com o objetivo de conhecer as estratégias e organização da Atenção Básica para diagnóstico e manejo da hanseníase, considera-se que as ações básicas para o controle da hanseníase envolvem atividades que são aparentemente simples, entretanto, demandam mobilizações constantes das equipes no sentido de identificar novos casos, qualificar o tratamento e avaliar contatos próximos. É fundamental que os profissionais de saúde estejam capacitados para acolher os portadores da doença de modo a evitar abandono e reduzir o preconceito. Vale ressaltar que os profissionais de saúde deveriam ter conhecimento prévio no assunto, o que na maioria das vezes não acontece, a educação permanente voltada para os profissionais de saúde devem envolver toda a equipe. Além disso, não deve ser uma ação eventual ou pontual, só assim teremos um grupo que acolha e que assegure atenção qualificada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, Zenaide Neto; RIBEIRO, Maria Celeste Soares (orgs.). Vigilância e controle das doenças transmissíveis. 3.Ed. São Paulo: Martinari, 2009. ARCO, Rogerio Del et al. Diagnosis and medical treatment of neuropathic pain in leprosy. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 24, e 2731, 2016. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692016000100361&lng=en&nrm=iso>. access on 27 Cot. 2018. Epub Aug 08, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.0676.2731. ALENCAR, Carlos Henrique Morais de et al. Diagnóstico da hanseníase fora do município de residência: uma abordagem espacial, 2001 a 2009. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 9, p. 1685-1698, set. 2012. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2012000900008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 27 out. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000900008. Brasil. Ministério da saúde. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde publica ed. 1° Brasília, 2016.11,17p. FREITAS, Bruna Hinnah Borges Martins de; CORTELA, Denise da Costa Boamorte; FERREIRA, Silvana Margarida Benevides. Tendência da hanseníase em menores de 15 anos em Mato Grosso (Brasil), 2001-2013. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 51, 28, 2017. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102017000100226&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 27 out. 2018. Epub 10-Abr-2017. http://dx.doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006884. CONSIDERAÇÕES FINAIS ________________________________ METODOLOGIA Trata de um estudo exploratório de revisão da literatura de abordagem qualitativa, com recorte transversal. Com as buscas realizadas utilizando os descritores escolhidos, foi possível encontrar 09 artigos no período de 2010 a 2017, que tratam do tema: e uma cartilha de vigilância em saúde 2008. OBJETIVO Conhecer as estratégias e organização da Atenção Básica para diagnóstico e manejo da hanseníase. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.0676.2731 http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.0676.2731 http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.0676.2731 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000900008 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000900008 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000900008 http://dx.doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006884 http://dx.doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006884 http://dx.doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006884
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