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Prova I de Fisiologia FCMMG

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Resumo Prova I de Fisiologia 
Gabriela Picchioni Baeta 
 
1. Organização Funcional do Corpo Humano e o Controle do “Meio Interno” 
 
A célula é a unidade básica do ser vivo composto por uma membrana, um citoplasma 
e um núcleo. As células entre si podem se diferir por sua anatomia ou função, quando 
se especializam. Dentro delas existe o liquido intracelular, que compõe dois terços do 
liquido presente no corpo humano, e nos espaços fora delas se encontra o liquido 
extracelular, que compõe o resto do liquido do organismo. 
O liquido extracelular pode ser o sangue (+- 5L), que fica nos vasos (1/4), ou o 
líquido que fica nos espaços intersticiais (3/4). 
Esse líquido é também chamado de meio interno, ou seja o meio que da condições 
para a célula sobreviver e propicia o funcionamento dela. Nele encontramos uma 
maior concentração de sódio, cloreto e íons bicarbonato, além do dióxido de carbono 
e outros produtos de excreção celulares. 
A concentração de íons, moléculas, e o pH é diferente do líquido intracelular, que 
por sua vez apresenta maiores quantidades de íons potássio magnésio e fosfato. 
 
Essencialmente, todos os órgãos e tecidos do corpo realizam funções que ajudam a 
manter os constituintes do liquido extracelular relativamente estáveis, o que se 
denomina homeostase. Existem certos mecanismos, ou sistemas, que propiciam esse 
equilíbrio: 
 
- O sistema respiratório fornece oxigênio para o corpo e remove o dióxido de 
carbono 
- O sistema gastrointestinal digere os alimentos e facilita a absorção de 
nutrientes diversos 
- O fígado altera a composição química das substancias absorvidas e as converte 
em formas mais uteis e propicias para o organismo 
- O sistema musculoesquelético sustenta e movimenta o corpo 
- O sistema renal excretam os produtos residuais do metabolismo 
- O sistema nervoso direciona e controla a função de diversos órgãos 
- Os sistemas hormonais controlam as funções metabólicas celulares e regulam 
as funções das células 
- O sistema imunológico proporciona ao corpo um mecanismo de defesa contra 
corpos estranhos 
- O sistema reprodutor proporciona a formação de novos seres. 
 
O corpo humano possui, ademais, diversos sistemas de controle: 
- Feedback: podem ser positivos ou negativos e evitam que o corpo seja 
sobrecarregado ou sofra perdas significativas para seu funcionamento. Esses 
feedbacks acontecem devido a reguladores e mecanismos que identificam, por 
exemplo, o excesso de açúcar no corpo através dos glicosensores das ilhotas 
pancreáticas. 
o Negativo: é mais frequente e comum no corpo humano, tendo em vista 
que ele “mantem a média”. Se algo esta em falta ou em excesso, o 
mecanismo age para sanar esse erro. 
Exemplo: Concentração de CO2 alta – ventilação pulmonar aumenta 
(FEEDBACK) – concentração de CO2 diminui. 
o Positivo: é mais rápido e aumenta os estímulos. Tende a instabilidade 
e é mais comum em doenças. Um exemplo de feedback + natural do 
corpo humano acontece no trabalho de parto. 
Exemplo: Contrações no trabalho de parto começam – hormônios 
estimulam mais contrações (FEEDBACK +) – contrações aumentam 
cada vez mais ate o bebe sair. 
 
 
5. Potenciais de Membrana e Potenciais de Ação 
 
Existem potenciais elétricos através das membranas de praticamente todas as células 
do corpo, e esses impulsos ativam e transmitem sinais pelas células. 
O Potencial de Membrana: 
- O que é? Diferenças entre as concentrações iônicas nos dois lados da 
membrana seletivamente permeável ou seja, é a diferença de potencial elétrico 
entre os meios intra e extracelulares. 
O Potencial de Ação 
- O que é? São as rápidas alterações do potencial de membrana, do normal 
negativo para o positivo, que se propagam com grande velocidade por toda a 
membrana. 
- Etapas: ativação da membrana por um estimulo limiar químico, mecânico ou 
elétrico 
1- Estado de repouso: potencial de repouso da membrana antes que 
comece o potencial da ação. 
Diz-se que a membrana está "polarizada", devido à presença de 
grande potencial negativo da membrana. 
2- Etapa de despolarização: entrada de íons sódio variando o potencial 
em direção a positividade. 
A membrana fica subitamente permeável a passagem de Na, com um 
fluxo de grande quantidade de íon Na com carga positiva para o 
interior da célula. O estado "polarizado" de -90 mV, desaparece, com 
o potencial variando rapidamente na direção da positividade. 
3- Etapa de repolarização: saída de potássio retornando ao potencial 
negativo de repouso 
Em alguns décimos de milésimos de segundos, após a membrana ter 
ficado muito permeável ao Na, os canais de Na começam a se fechar, 
enquanto os canais de K abrem mais do que fazem normalmente. Isso 
permite a rápida difusão de ions K para o exterior da fibra, o que 
restabelece o potencial normal negativo de repouso da membrana. 
 
 
 
 
 
6. Contração do Músculo Esquelético 
 
Anatomia Fisiológica do Músculo Esquelético: 
 
 
 
 
Passo a passo da contração muscular: os íons e potenciais 
 
1) Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas 
terminações nas fibras musculares; 
2) Em cada terminação o nervo secreta pequenas quantidades de 
neurotransmissores (acetilcolina); 
3) A acetilcolina atua sobre a membrana da fibra muscular, abrindo canais 
acetilcolina dependente; 
4) A abertura dos canais de acetilcolina-dependentes permite que grandes 
quantidade de íons Na flua para dentro da fibra muscular, desencadeando 
um potencial de ação; 
5) O potencial de ação cursa ao longo da fibra muscular do mesmo modo que 
acontece nas fibras nervosas; 
6) O potencial de ação despolariza a membrana da fibra e passa para o 
sarcoplasma, onde faz com que o reticulo sarcoplasmático libere para as 
miofibrilas grande quantidade de íons Ca; 
7) Os íons Ca provocam grande força atrativa entre os filamentos de actina e 
miosina, fazendo com que elas deslizem entre si (contração); 
8) Após um tempo, os íons Ca são bombeados de volta para o retículo 
sarcoplasmático, onde ficam armazenados até um novo potencial de ação 
muscular. 
A contração muscular ocorre por um mecanismo de deslizamento dos filamentos de 
actina e miosina. Um potencial de ação passa pela fibra muscular faz com o retículo 
sarcoplasmático libera grande quantidade de íons Ca que, rapidamente, atinge as 
miofibrilas. Quando há a liberação desses íons Ca2+, eles mudam a configuração da 
troponina, levando à exposição dos locais de ligação entre a actina e a miosina. 
Sarcolema: membrana celular das fibras 
musculares 
 
Miofibrilas: compõem a fibra muscular e são 
formadas por filamentos finos (actina) e grossos 
(miosina). 
- Molécula de miosina: possui uma cabeça e 
uma cauda. 
- Molécula de actina: se assemelha a uma 
hélice de perolas. 
 
Sarcoplasma: onde as miofibrilas estão suspensas 
no interior da fibra muscular por uma matriz 
formada pelos constituintes intracelulares usuais 
	
Ocorrendo a interação entre as proteínas, é liberada energia e observa-se uma 
deformação na cabeça da miosina que se curva e acaba empurrando o filamento de 
actina, causando o deslizamento dessas proteínas. 
Hipertrofia e Hiperplasia: 
Hipertrofia: desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele 
devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. (Formação de novas 
miofibrilas, aumento do diâmetro das fibras). 
Hiperplasia: aumento benigno de um tecido devido à multiplicação das células que o 
compõem; hipertrofia numérica (proliferação celular do músculo liso). 
Tônus muscular: 
 
Mesmo quando os músculos estão em repouso persiste certo grau de resistência à 
palpação, isso é chamado de tônus muscular. Dado que os músculos esqueléticos não 
se contraem sem um potencial de ação para estimular suas fibras o tônus do músculo 
esquelético, resulta inteiramente de uma baixa frequência de impulsos nervosos 
oriundos da medula espinhal. 
 
 
7.Excitação do Musculo Esquelético: Transmissão Neuromuscular e 
Acoplamento Excitação-ContraçãoA junção neuromuscular: é a junção entre a parte terminal de um axónio motor com 
uma placa motora. 
 
A fibra muscular nervosa ramifica-se, próximo a sua extremidade, para formar um 
complexo de radicais nervosos ramificados que se invaginam na fibra muscular, 
embora permaneçam por fora da membrana plasmática da fibra muscular, essa 
estrutura em seu conjunto é chamada de placa motora. O espaço entre o terminal 
nervoso e a membrana da fibra muscular é a fenda sináptica, no qual se difunde 
líquidos extracelulares e tem constituição de fibras reticulares esponjosas (chamada 
de lâmina basal). Além disso, nessas goteiras possuem numerosas pregas menores da 
membrana da célula muscular, chamadas de fendas subneurais, que aumenta muito a 
área de superfície sobre a qual vai atuar o transmissor sináptico. 
No terminal axônico, existem muitas mitocôndrias, fornecedoras de energia para a 
síntese do transmissor acetilcolina. Esse transmissor é produzido no citoplasma do 
terminal axònico e é colocado em vesículas que posteriormente são secretadas na 
membrana muscular, dando sinal para que a contração aconteça. 
 
O potencial de ação muscular: 
A fibra muscular esquelética é tão grossa que os potenciais de ação que se propagam 
ao longo de sua membrana superficial quase não produzem fluxo de corrente na 
profundidade da fibra. Para que ocorra a contração, devem penetrar até a vizinhança 
das miofibrilas e isso é realizado pela transmissão dos potenciais de ação pelos 
túbulos transversais (túbulos T). Os potenciais de ação desses túbulos fazem com que 
o reticulo sarcoplasmático libere íons cálcio imediatamente na sua vizinhança de 
todas as miofibrilas e esses Ca provocam a contração. 
 
61. O Sistema Nervoso Autônomo e a Medula Adrenal 
 
O Sistema Nervoso Autônomo é a porção do SNC que controla a maioria das funções viscerais 
do organismo, inteira ou parcialmente de maneira rápida e intensa. 
É ativado principalmente por centros localizados na medula, tronco cerebral e hipotálamo, 
operando por meio de reflexos viscerais, ou seja: sinais subconscientes de órgãos que chegam 
aos gânglios e retornam como respostas reflexas subconscientes, controlando a atividade do 
organismo. 
 
Pode ser dividido em: 
- Sistema Nervoso Simpático (toracolombar) 
FIGHT OR FLIGHT 
É ergotrófico, ou seja, capacita para o trabalho físico ou mental. Suas fibras nervosas se 
localizam na medula, de T1 a L2. 
Possui neurônios pré e pós ganglionares com a seguinte morfologia: 
 
 
 
Efeitos: 
! Inotrópico positivo: aumenta a força de contração do coração 
! Batmotropico positivo: aumenta a excitabilidade 
! Dromotrópico positivo: aumenta a velocidade de condução das fibras 
! Cronotrópico positivo: aumenta a frequência cardíaca 
! Arterioloconstriçao e Venoconstriçao, Vasodilatação Muscular. 
! Aumento da ventilação pulmonar, da glicogenolise e lipólise, do consumo de O2 
 
Locais exclusivos: Musculo liso da parede dos vasos, musculo pilo-eretor, miocárdio e 
glândulas sudoríparas. 
 
OBS: Acetilcolina: degradada pelo acetilcolinesterase após ser liberada Adrenalina e 
noradrenalina: Captação por transporte ativo, difusão para líquidos corporais e para o 
sangue ou destruição pela MAO (monoamina oxidase) e pela COMT (catecol-o-
metiltransferase) 
Mediadores: noradrenalina (alfa) e 
adrenalina (alfa e beta). 
 
Possui também nos na sinapse entre as 
Fibras pré e pós ganglionares o receptor 
nicotínico para a acetilcolina 
 
Conceitos básicos sobre os receptores do 
simpático 
Alfa: circulação geral 
Beta 1: miocárdio 
Beta 2: músculos lisos 
 
 
	
- Sistema Nervoso Parassimpático (craniosacral) 
REST AND DIGEST 
É trofotrópico ou seja, desencadeia um conjunto de ações que resulta em reposição 
metabólica e reconstrução. Suas fibras nervosas deixam a medula pelos 3º,7º,9º e 10º 
nervos cranianos e pelo 2º e 3º nervos espinais. A maioria cursa pelos nervos vagos. 
 Possui neurônios pré e pós ganglionares com a seguinte morfologia: 
 
 
Efeitos: 
! Aumento da salivação, da secreção e motilidade gástrica, da glicogênese e da 
secreção de insulina. 
 
A Medula Adrenal: 
A estimulação dos nervos simpáticos gera grande liberação de epinefrina e nora no sg 
.80% é epinefrina e 20% é nora , sendo que o efeito desses hormônios quando liberados 
pela adrenal dura de 5 a 10 vezes mais do que quando são liberados pelo simpático, visto 
que são removidos lentamente do sg. A nora causa vasoconstrição, aumento de FC e da 
contratibilidade do coração, inibindo o trato gastrintestinal e dilatando as pupilas. A 
epinefrina causa fraca constrição dos vasos e músculos , resultando em ligeiro aumento da 
PA e aumentando o DC. A epinefrina por estimular os receptores beta exerce maior efeito 
sobre o coração do que a NORA. Ambas são liberadas pela medula adrenal ao mesmo 
tempo que os órgãos são estimulados pelo simpático de maneira geral. 
 
Observações importantes: 
 
 
Mediador: acetilcolina 
Nos gânglios: acontece sobre receptores nicotínicos 
Nos órgãos: acontece sobre receptores muscarínicos

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