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É uma célula mononucleada, grande, com núcleo em forma de rim ou de U. Membrana lisa, citoplasma transparente. É uma célula do sangue circulante precursora de macrófagos teciduais. São recrutados ativamente para locais de reação inflamatória, onde se diferenciam em macrófagos. Se origina na medula óssea através de uma célula precursora que tem como sua principal característica a autorrenovação através da hematopoese. O precursor mieloide dá origem a um outro precursor ligado a via de diferenciação dos megacariócitos e eritrócitos. Esse mesmo precursor mieloide dará origem a uma outra célula que dará origem aos granulócitos e a uma célula que dará origem a outra célula que dará origem aos monócitos. As proteínas que existem dentro da matriz da medula óssea sinalizam tudo o que deve acontecer na hematopoese. Ao contrário dos granulócitos, que são células diferenciadas e terminais, as quais não mais se dividem, os monócitos são células intermediárias, destinadas a formar os macrófagos dos tecidos. Sua origem é a célula mieloide multipotente que origina todos os outros leucócitos, exceto os linfócitos. A célula mais jovem da linhagem é o promonócito, encontrado somente na medula óssea, virtualmente idêntica morfologicamente ao mieloblasto. O promonócito é uma célula que mede aproximadamente 20 μm de diâmetro. Sua cromatina é delicada, e o citoplasma, basófilo, apresentando complexo de Golgi grande e retículo endoplasmático desenvolvido. Mostra também numerosos grânulos azurófilos finos (lisossomos). Os promonócitos dividem-se 2 vezes e se transformam em monócitos que passam para o sangue, no qual permanecem cerca de 8 horas. Depois, migram para o tecido conjuntivo, atravessando a parede das vênulas e dos capilares, e se diferenciam em macrófagos. Alguns fatores relevantes para o desenvolvimento dos monócitos na medula óssea são GM-CSF, M-CSF e SCF. Os monócitos são recrutados ativamente para tanto em situações normais como em locais de reação inflamatória, onde se diferenciam em macrófagos. São, portanto, uma ponte entre a medula óssea e o sangue periférico e determinados tecidos. Essas células saem dos vasos sanguíneos por diapedese e ganham o estroma ou tecido conjuntivo dos órgãos como intestino. Lá, o monócito se diferencia em outras células mediante recebimento de informações específicas que dizem que ele deve se transformar em outros elementos que possuem uma ação específica naquele tecido. Existem três classes de monócitos, que se diferenciam em um aparelho de citometria de fluxo através de clusters de diferenciação por marcadores de membranas chamados CD14 e CD16. 1. Monócitos clássicos: CD14+ e CD16- 2. Monócitos não-clássicos: CD14- e CD16+ 3. Monócitos intermediários: CD14+ e CD16+ Apresentação de antígenos dentro da resposta imune. Importante na distinção de programas que fazem a transcrição das células dendríticas que são APCs localizadas na pele ou na região intra e inter folicular dos linfonodos. Treinamento da imunidade – o monócito auxilia no processo de memória imunológica através da produção de citocina. Auxilia no aumento do número de monócitos em tecidos que mais precisam de células fagocíticas. Patrulhamento e manutenção da integridade dos vasos. Os monócitos ao realizarem diapedese entre tecidos se diferenciam em macrófagos. Ajudam na retenção e residência de macrófagos nos tecidos. Ajudam e participam na reparação de tecidos. Funciona como reservatório em órgãos como na polpa vermelha do baço. Essa reserva é importante para o resgate rápido da resposta inflamatória do organismo. Fazem parte do sistema fagocítico-mononuclear, cuja função principal é a fagocitose de partículas estranhas ao organismo. Possuem uma participação ativa na resposta imunológica, identificando, ingerindo e destruindo antígenos e microrganismos. Os macrófagos são sempre teciduais, mas não estar circulando – a forma do macrófago circular é na forma de monócito. Dentro dos tecidos, os monócitos se diferenciam em macrófagos através de informações específicas – seja fisiológica ou inflamatória – de que ele deve se diferenciar. O macrófago mantém a irregularidade nuclear, com cromatina bem distribuída e mais clara que a cromatina do monócito, tem citoplasma maior e possui pseudópodes – ajudam na fagocitose e na apresentação dos antígenos para os linfócitos T. Possui nucléolo evidente, por ser uma célula em grande atividade e possui vacúolos citoplasmáticos. A origem dos macrófagos é através dos monócitos que surgem na medula óssea após o nascimento, mas no saco vitelino na vida embrionária. Os macrófagos reconhecem o antígeno através de receptores que leva a formação do fagossomo. Receptores TOOL-like, integrinas, selectinas e receptores de fatores de crescimento. Para se diferenciar, as células precisam de fatores de crescimento que desencadeiam o processo de diferenciação e atuação delas. Temos mais e maiores prolongamentos citoplasmáticos nos macrófagos. Temos mais lisossomos no macrófago e complexo de Golgi mais fácil de visualizar. Os macrófagos também são divididos em classes, e o que define essa classificação são os indutores de cada fenótipo de macrófago. M1 IFN-𝛾, TLR, LPS M2a IL-4, IL-13 M2b TLR, complexos imunes M2c IL-10, glicocorticoides Deve-se manter um equilíbrio na quantidade de macrófagos de cada classe no organismo. Caso haja um desequilíbrio entre as classes, pode haver o surgimento de determinadas doenças – seja doenças inflamatórias crônicas, seja doenças outras degenerativas. Fagocitose de restos de bactérias, restos de células e microrganismos. Apoptose – o macrófago contribui com a degradação das hemácias no baço, em um processo onde eles ficam repletos de um pigmento chamado de hemossiderina. Resposta imune mediante fagocitose e apresentação de antígenos. Os macrófagos em determinados tecidos têm denominações diferentes. Células de Küpffer Fígado Macrófagos alveolares Pulmão Osteoclastos Tecido ósseo Células da Glia Sistema Nervoso Central Histiócitos Tecido conjuntivo As células de Küpffer revestem o endotélio dentro dos sinusóides hepáticos. Muitas vezes os histiócitos a depender do agente indutor da ativação dos macrófagos, eles podem possuir um citoplasma tão amplo que se assemelha a células epiteliais (células epitelioides). Interleucinas liberadas específicas ganham o citoplasma e tornam-se uma célula com citoplasma maior. Os macrófagos podem adquirir múltiplas morfologias a depender do antígeno e do estágio de imunidade do indivíduo: 1. Células gigantes multinucleadas formadas pela fusão de macrófagos. 2. Macrófagos espumosos, com citoplasma de aspecto espumoso. 3. Histiócitos epitelióides Outros cortes histológicos: Corte da polpa vermelha do baço mostrando macrófagos com acúmulo de hemossiderina. Corte histológico de pulmão evidenciando macrófagos alveolares com pigmentos do conteúdo de fumaça, cigarro que é fagocitado da parede dos alvéolos. Os macrófagos ou conseguem eliminar essas substâncias ou acumulam elas até sofrer apoptose. Os macrófagos fagocitam restos de bile eventualmente extravasados no fígado. Granuloma formado pela coesão de histiócitos, formada na reação granulomatosa do processo inflamatório crônico dos nossos macrófagos quando eles reagem a diferentes agentes infecciosos, principalmente o bacilo da tuberculose.
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