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Serviço Social e o SUS: Desafios na prática do Assistente Social.
A área da saúde, para os profissionais de Serviço Social é vista como um desafio profissional por conta das vulnerabilidades sociais e econômicas apresentadas como demandas diárias. É necessário que esse profissional conheça as políticas que norteiam a área e as referências específicas como as principais patologias, para compreender o contexto o qual está inserido.
Segundo Martinelli (2007, p.23) o assistente social trabalha com pessoas vulnerabilizadas que pedem um gesto humano: um olhar, um sorriso, uma palavra, uma escuta atenta, um acolhimento, para que possam se fortalecer na sua própria humanidade.
Abordar sobre o profissional de Serviço Social na saúde é necessário, levando em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação.
O trabalho em saúde, por fazer parte do setor de serviços e ser compreendido como um trabalho que se efetiva no momento do encontro entre trabalhador e usuário, apresenta peculiaridades e o assistente social, inserido nesse processo, se apresenta como profissional que tem uma intervenção de natureza essencialmente política.
A Organização Mundial de Saúde – OMS define a saúde hoje como “o estado completo de bem-estar físico, mental e social”, aumentando o alcance do termo ao inserir aspectos sociais e aceitando o conceito de felicidade que cada um pode dar ao termo completo “bem-estar”, ressaltando as diferentes necessidades do ser humano (Rabelo 1995, p.5).
Para Matos (2004):
“Cabe ao Serviço Social – numa ação necessariamente articulada com outros
segmentos que defendem o aprofundamento do Sistema Único de Saúde (SUS) – formular estratégias que busquem reforçar ou criar experiências nos serviços de saúde que efetivem o direito social à saúde, atentando que o trabalho do assistente social que queira ter como norte o projeto ético-politico tem que, necessariamente, estar articulado ao projeto da reforma sanitária”. (Matos, 2003; Bravo & Matos, 2004).
 Com a criação do Sistema Único de Saúde, ampliaram-se os espaços de atuação do assistente social, sendo o profissional chamado a atuar com as políticas públicas intervindo e orientando sobre direitos sociais
O estudo tem como objetivo analisar os limites e possibilidades do cotidiano profissional do assistente social na operacionalização do Sistema Único de Saúde. Desse modo, procuramos compreender a saúde na perspectiva de política pública, buscando elementos que possibilitem um entendimento no sentido de apreendê-la dentro do contexto neoliberal, considerando os avanços do SUS. O método dialético possibilitou o entendimento da realidade social como uma totalidade constituída por determinantes, incidindo objetivamente na vida dos sujeitos. Os sujeitos foram assistentes sociais registrados no CRESS, lotado sem um Hospital Público de Fortaleza, com experiência há, no mínimo, um ano na saúde. Para coleta utilizamos entrevistas semiestruturadas. Através da análise de conteúdo constatamos que o/a assistente social tem o papel de atuar no enfrentamento das contradições da sociedade capitalista, na viabilização do SUS, contribuindo no processo saúde-doença dos sujeitos, à medida que sua intervenção se volta para a compreensão dos sujeitos não como seres isolados, mas articulados a fenômenos sociais. Concluímos que há a necessidade de uma política de saúde efetiva, e isto alarga os limites operados no cotidiano profissional, dificultando o exercício profissional à luz do projeto hegemônico da profissão, o qual potencializa as mudanças em favor dos interesses da maioria. 
Trata-se de um artigo que visa analisar a política de saúde e o trabalho do assistente social a partir de dois momentos distintos das formas de gestão do trabalho: o modelo fordista e o modelo de acumulação flexível. Esses dois eixos de análise serão discutidos aplicados ao campo da saúde e à inserção do trabalho do assistente social na saúde. Os dois eixos foram escolhidos para apontar um exame sobre tendências dos determinantes sociais à saúde pública e ao processo de trabalho do assistente social neste campo.
A necessidade de escrever sobre o trabalho do assistente social no campo da saúde traz desafios recorrentes desde a inserção do profissional de Serviço Social nesta área de atuação. Temos há muito tempo acúmulo nas discussões produzidas para a saúde pública através das ferramentas que o Serviço Social, juntamente com outros profissionais, desenvolveu e aprimorou ao longo da reforma sanitária e da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), tornando-as coletivas. 
Do conhecimento acumulado nas lutas sociais, o assistente social contribuiu para a politização do campo da saúde. Inseriu o debate sobre os determinantes sociais de forma definitiva e ainda hoje se insere nas frentes de trabalho para demarcar um posicionamento macropolítico que luta por um SUS menos biomédico nas suas mais diversas redes de serviços e especialidades. 
O assistente social é proprietário de sua força de trabalho especializada. Ela é produto da formação universitária que o capacita a realizar um "trabalho complexo", nos termos de Marx. Essa mercadoria, força de trabalho, é uma potência, que só se transforma em atividade — em trabalho, quando aliada aos meios necessários à sua realização, grande parte dos quais se encontra monopolizado pelos empregadores: recursos financeiros, materiais e humanos necessários à realização deste trabalho concreto, que supõe programas, projetos e atendimentos diretos previstos pelas políticas institucionais (Iamamoto, 2007, p. 421).
Ao assistente social que atua no campo da saúde torna-se importante trazer à tona que talvez a saúde seja uma das políticas sociais que manifestam uma diversidade enorme de demandas e necessidades da vida humana. Não é possível realizar ações estanques e padronizadas em políticas públicas que atuam diretamente sobre a vida. Tomar a análise de Iamamoto (2007) representa repensar as ferramentas de trabalho, seu objeto, mas principalmente repensar o próprio trabalho do assistente social como potência, constituinte — um trabalho que trará à tona manifestações da questão social que se conectam na sua dimensão micro e macropolítica na rotina de atuação desse profissional.
Decifrar as novas mediações por meio por meio das quais se expressa a questão social, hoje, é de fundamental importância para o serviço social em uma dupla perspectiva para que se possa tanto apreender as várias expressões que assumem, na atualidade, as desigualdades sociais — sua produção e reprodução ampliada — quanto projetar e forjar formas de resistência e de defesa da vida. (Iamamoto, 2001, p. 28)
O SUS, modelo brasileiro que nasceu das lutas sociais, tem servido de parâmetro para esse debate em toda a América Latina. As respostas e as formas de resistência ao capital mundializado também têm sido manifestadas de forma mundializada. Os movimentos sociais atuais têm apontado para isso. Se o neoliberalismo pautou a focalização, a agenda dos movimentos é formada de novas formas de luta que transcendam as fronteiras dos Estados nacionais. E não se trata de mais um discurso de "solidariedade" ou a busca por um prêmio Nobel; refere-se a estar atento às estratégias do capital em se disseminar como ordem única, parasitária, apropriando-se unicamente do trabalho humano em todo o planeta.
IAMAMOTO, M. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.   
O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001. p. 63
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-161/a-politica-nacional-de-saude-o-assistente-social-e-os-desafios-de-uma-acao-interdisciplinar/
ODireito à Comunicação Pública das/osUsuárias/os da Política de Assistência Social: uma Urgênciaacirrada pelo COVID-19
A urgência ao direito à Comunicação Pública das/os usuários/as da política de Assistência Social tem relação com as precárias condições de vida e desinformação as quais as/os trabalhadores sem renda ou debaixa renda tem sido submetidos, em tempos dehegemonia neoliberal e que se acirram com a pandemia do COVID-19. Embora o Sistema Único de Assistência Social –SUAS venha recebendo constantes ataques do governo federal ele se configura como uma possibilidade real para a formação cidadã desse segmento das/os trabalhadores e para o fortalecimento da democracia como demonstra os dados apurados por meio de pesquisa de campo acerca da comunicação pública junto aos/às usuários/as da Assistência Social, no Distrito Federal, realizada entre agosto de 2016 a julho de 2018.
A urgênciaao direito à Comunicação Pública das/osusuários/as da política de Assistência Social tem relação com asprecárias condições de vidae desinformação, acirrada pela pandemia do COVID-19a qual as/os trabalhadores sem renda ou de baixa renda, em tempos de hegemonia neoliberalestão submetidos, em que pese ser competência do Estado assegurar proteçãosocial, conforme prevê a Constituição Federal de 1988 e outras leis sociais complementares. Por meio de pesquisas documentais e de campo reconhecemos que desde 2016 o Sistema Único de Assistência Social -Suas vem sendo desconsiderado em suas atribuições e objetivos, sofrendo desfinanciamento3, além de negligencias com as instancias de debate e deliberação–controle social, o que torna a população usuáriadessa políticaainda mais vulnerável.
A Comunicação Pública é um recurso de trabalho que qualifica a linguagem, um instrumento de trabalho do assistente social pouco aprofundado pela categoria, mas igualmente importante principalmente visto ser este período de informação fácil, com múltiplas possibilidades, mas de pouca densidade nas comunicações. Importa qualifica-la como um direito humano fundamental com vistas ao fortalecimento da democracia por sê-la um valor instrumental estratégico (NETTO, 1996); um valor universal (COUTINHO, 2000) e ainda de acordo com Gramsci (2001) serem as transformações construídas de forma gradativa, através de reformas profundas, não se tratando de um mero reformismo melhorista, que vise apenas melhorar o capitalismo. Daí que cada informação compreendida como um instrumento para a inclusão política, econômica e social dos/as trabalhadores/as que atendemos é de vital importância para a vida dessas pessoas e para a resistência.
Comunicar é preciso! E pensar “[...] o direito humano à comunicação é resgatar uma unidade dialética entre a dimensão humana e técnica da comunicação” (GOMES, 2007, p.158). Isso nos atualiza enquanto categoria e colabora para nos mantermos coerentes com oprojeto ético político do Serviço Social.
Lutas sociais e desafios da classe trabalhadora: reafirmar o projeto profissional do serviço social brasileiro