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eBook da Unidade 3 - Meio Ambiente Desenvolvimento e Sustentabilidade 2

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Prévia do material em texto

Aula 03
Gestão Ambiental
Gabriella Eldereti Machado
Meio Ambiente, 
Desenvolvimento e 
Sustentabilidade
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
GABRIELLA ELDERETI MACHADO
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor 
GABRIELLA ELDERETI MACHADO
Olá. Meu nome é Gabriela Elidirei Machado. Sou formada em 
Licenciatura em Química, com uma experiência técnico-profissional na área 
de Meio ambiente de mais de três anos. Sou pós-graduada em Educação 
Ambiental e Educação. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir 
minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Gestão ambiental ................................................................................ 12
Conceitos norteadores da gestão ambiental .......................................12
Sistema de gestão ambiental ........................................................ 18
Concepção ambiental na gestão pública ................................ 25
Considerações sobre a gestão pública ....................................................25
Políticas públicas ambientais ........................................................29
Bibliografia .............................................................................................40
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 9
UNIDADE
GESTÃO AMBIENTAL
03
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade10
Você conhece o conceito de Gestão ambiental? Já ouviu 
falar sobre Sistemas de gestão ambiental? O princípio norteador da 
Gestão ambiental está relacionado à promoção da administração de 
atividades econômicas e sociais em diálogo com o uso racional dos 
recursos naturais, buscando alcançar a sustentabilidade nos processos 
econômicos. Sendo através dos sistemas de gestão ambiental e das 
iniciativas do poder público, por meio de políticas públicas, que a gestão 
ambiental é possível. Vamos compreender melhor esses conceitos? Ao 
longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo da gestão 
ambiental!
INTRODUÇÃO
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 11
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3 – Gestão Ambiental. Nosso 
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
 • Compreender a relevância do conceito de Gestão Ambiental e 
a sua importância para alcance da sustentabilidade;
 • Conhecer os conceitos fundamentais e o funcionamento dos 
sistemas de gestão ambiental;
 • Entender a atuação e o papel do poder público para promoção 
da gestão ambiental;
 • Conhecer as políticas públicas voltadas ao meio ambiente;
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! A persistência é o caminho para o êxito, 
vamos lá!
OBJETIVOS
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade12
Gestão Ambiental 
O objetivo deste item é permear e conhecer as bases que 
fundamentam a gestão ambiental, fornecendo possibilidades teóricas 
para compreensão dos demais conteúdos. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Conceitos norteadores da gestão ambiental 
Começamos essa unidade contextualizando o cenário histórico no 
qual a gestão ambiental é composta. Partindo do período chamado de 
revolução industrial, cujo contexto se tem a transição entre os processos 
de produção, a partir do desenvolvimento tecnológico nas indústrias. 
VOCÊ SABIA?
Que o avanço industrial acarretou problemas como a 
poluição das águas, do solo e do ar, a geração do lixo e 
superlotação do espaço urbano.
 A poluição gerada nesse período trouxe consequências a 
diversos países, impulsionando o início da discussão sobre os problemas 
ambientais.
A década de 1970 é marcada pelo fervor de discussões progressistas 
que abrangiam desde os direitos das mulheres e movimentos sociais até 
questões ambientais, debates e pautas puxadas pelos ativistas. Desse 
modo, em 1972, ocorre a Conferência de Estocolmo, na Suécia, que foi o 
primeiro grande evento a discutir os problemas ambientais. 
Outro destaque em relação à consolidação da gestão ambiental 
foi a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e 
desenvolvimento, também conhecida com Eco-92, no Rio de Janeiro.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 13
 Nessa reunião houve decisões mais concisas, onde foram 
estabelecidas metas para a diminuição das emissões de carbono na 
atmosfera e elaborados documentos como a Carta da Terra e a Agenda 21. 
Esses acontecimentos citados anteriormente contribuíram para 
consolidação de pesquisas e estudos na área ambiental e a criação de 
novas áreas para contemplar as temáticas, como foi o caso da gestão 
ambiental. 
DEFINIÇÃO:
A Gestão Ambiental é entendida como a área de 
conhecimento que tem como objetivo a resolução de 
problemas em empresas e organizações a partir de normas 
e especificações ambientais, com base na legislação.
A concepção filosófica da gestão ambiental está relacionada ao 
olhar para o meio ambiente, de modo que se entenda o Homem como 
parte da natureza, diferenciando-se da concepção de natureza como 
meio físico (FORNO, 2017). 
Desse modo, a natureza não é simplesmente entendida apenas 
devido aos seus recursos naturais, mas é um meio complexo de relações 
para além da biodiversidade. 
Como menciona Forno (2017) quando a palavra ambiente aparece 
traz a referência das relações do entorno, de cunho social. 
A partir do trecho acima, entendemos que o meio seria o entorno, 
no qual o ambiente estaria em relação naturalizada entre o que se 
produz, é produtor, resultando em tensões ambientais. 
Assim, a gestão ambiental por meio de seus sistemas de 
gestão, que veremos logo, mostra sua relevância no contexto das 
organizações produtivas, empresariais e unidades de produção agrícola 
e agroindustriais (NETTO; GOIS; LUCION, 2017).
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade14
Podemos perceber que a gestão ambiental está alicerçada no 
estabelecimento do ambiente equilibrado como um direito e bem de 
uso comum da população. 
Com o intuito de garantir que se cumpra a Constituição, na medida 
em que impõe a preservação e restauração dos processos ecológicos, 
proteção da fauna e da flora, educação ambiental e a conscientização.
DEFINIÇÃO:
A gestão ambiental é caracterizada pelo conjunto de ações, 
o planejamento, a organização, o controle e a minimizaçãodos impactos ambientais causados pelos processos 
produtivos (NETTO; GOIS; LUCION, 2017).
Sendo um processo dinâmico e completo, devido a isto a gestão 
ambiental se tornou fundamental a preservação do meio ambiente. 
No âmbito empresarial a gestão ambiental é um instrumento 
facilitador dos processos corporativos, levando em conta os cuidados 
com o meio ambiente nas atitudes e decisões em todos os níveis de 
administração de uma organização. 
Trazendo os atributos da gestão ambiental, em sua base o 
conjunto de políticas e ações de caráter social, técnico e produtivo com 
o intento de alcançar um melhor desempenho ambiental (NETTO; GOIS; 
LUCION, 2017).
Podemos ver que a gestão ambiental é alicerçada em uma série 
de requisitos e bases contribuindo para o processo de implementação 
de uma concepção sustentável. 
Os debates atuais estão relacionados ao uso de recursos naturais 
e a redução de custos em diálogo com a minimização dos impactos 
gerados e o uso dos recursos de matérias-primas e recursos hídricos. 
Devido a isto, as empresas e órgãos públicos adotam o sistema de 
gerenciamento ambiental.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 15
Esse sistema de gerenciamento ambiental possui três níveis. O 
primeiro nível de ecogerenciamento que é responsável pela fiscalização 
e possíveis sanções se houver algum dano ambiental. O segundo nível 
é a legislação e seu cumprimento. O terceiro nível é a orientação da 
empresa e dos colaboradores referente às novas tecnologias voltadas 
a atender a demanda dos problemas ambientais. Ou seja, a atuação em 
conjunto da equipe em prol do alcance da sustentabilidade. 
Figura 1: Gestão ambiental
Fonte: Freepik
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade16
Para promover na prática, os processos de gestão ambiental 
dispõem de métodos e objetivos facilitadores, tendo como objetivo 
principal o uso de recursos naturais de forma racional, e para chegar 
a isto deve-se aplicar métodos de manutenção da biodiversidade, 
podendo ser adotado os sistemas de reciclagem de resíduos sólidos; o 
uso sustentável de recursos naturais; o tratamento e reutilização da água; 
a criação de produtos que provoquem o mínimo possível de impacto 
ambiental; o uso de sistemas sem poluição ambiental; formação dos 
funcionários sobe a sustentabilidade da empresa. 
Outro método utilizável é a criação de programas de pós-
consumo para retirar do meio ambiente os produtos, ou partes deles, 
que possam contaminar o solo, rios. 
A ISO 14000 é um conjunto de normas técnicas e administrativas 
que estabelece parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental para as 
empresas dos setores privado e público. 
VOCÊ SABIA?
Que estas normas foram criadas pela International 
Organization for Standardization (ISO) (Organização 
Internacional para Padronização).
Em suma, a gestão ambiental é conceituada como um sistema de 
administração empresarial que prioriza a sustentabilidade, fazendo uso 
de práticas e métodos administrativos que buscam reduzir o impacto 
ambiental das atividades econômicas na natureza.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 17
RESUMINDO:
A Gestão Ambiental é entendida como a área de conhecimento 
que tem como objetivo a resolução de problemas em 
empresas e organizações a partir de normas e especificações 
ambientais, com base na legislação. O cenário histórico no 
qual a gestão ambiental é instalada inicia no período chamado 
de revolução industrial, cujo contexto se tem a transição entre 
os processos de produção, a partir do desenvolvimento 
tecnológico nas indústrias. A poluição gerada nesse período 
trouxe consequências a diversos países, impulsionando o 
início da discussão sobre os problemas ambientais. A década 
de 1970 é marcada pelo fervor de discussões progressistas 
que abrangiam desde os direitos das mulheres e movimentos 
sociais até questões ambientais, debates e pautas puxadas 
pelos ativistas. Desse modo, em 1972, ocorre a Conferência 
de Estocolmo, na Suécia, que foi o primeiro grande evento a 
discutir os problemas ambientais. Em relação à consolidação 
da gestão ambiental foi a Conferência das Nações Unidas 
sobre o meio ambiente e desenvolvimento, também 
conhecida com Eco-92, no Rio de Janeiro, onde foram 
estabelecidas metas para a diminuição das emissões de 
carbono na atmosfera e elaborados documentos como a 
Carta da Terra e a Agenda 21. Desse modo, a gestão ambiental 
está alicerçada no estabelecimento do ambiente equilibrado 
como um direito e bem de uso comum da população. E 
tem como intuito de garantir que se cumpra a Constituição, 
na medida em que impõe a preservação e restauração dos 
processos ecológicos, proteção da fauna e da flora, educação 
ambiental e a conscientização. Sendo um processo dinâmico 
e completo, devido a isto a gestão ambiental se tornou 
fundamental a preservação do meio ambiente. No âmbito 
empresarial a gestão ambiental é um instrumento facilitador 
dos processos corporativos, levando em conta os cuidados 
com o meio ambiente nas atitudes e decisões em todos os 
níveis de administração de uma organização, com destaque 
para a ISO 14000 que é um conjunto de normas técnicas e 
administrativas que estabelece parâmetros e diretrizes para 
a gestão ambiental para as empresas dos setores privado e 
público. A gestão ambiental é conceituada como um sistema 
de administração empresarial que prioriza a sustentabilidade.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade18
Sistema de Gestão Ambiental
A gestão ambiental consciente e eficiente só é possível por 
meio de processos como: gerência, administração, organização, 
planejamento. Esses processos são possíveis por meio dos sistemas de 
gestão ambiental. 
Os sistemas de gestão ambiental são criados no Brasil a partir 
de 1980, impulsionados pelas ocorrências de conferências e eventos na 
área e fruto de pesquisas acadêmicas que contribuíram para a criação 
(FORNO, 2017).
Na década de 1980 ocorre em nível mundial à mobilização de 
diversos setores da sociedade em prol da resolução dos problemas 
ambientais, originando sistemas de gestão ambiental como é citado 
anteriormente. 
 Em conjunto aos sistemas de gestão ambiental são criadas 
também políticas públicas na área ambiental, como: 
IMPORTANTE:
A lista de políticas ambientais: Política Nacional do Meio 
Ambiente (PNMA); Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA); Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA).
A partir dos anos 1990 a concepção de que o sistema de gestão 
ambiental deveria estar atrelado às políticas públicas se modificam, e se 
tem a ideia de que os empreendimentos estariam fazendo seu trabalho 
de casa e cumprindo as exigências impostas pela legislação ambiental 
(FORNO, 2017).
O que é expresso acima tem haver com o fortalecimento dos 
sistemas de gestão na década de 1990, visto que já estavam em vigor 
desde 1980. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 19
IMPORTANTE:
Os sistemas de gestão ambiental tem como prioridade 
a destinação de resíduos a seguinte ordem: redução; 
reutilização; reciclagem; tratamento dos resíduos sólidos.
O primeiro item a ser observado pelo aplicador do sistema de 
gestão ambiental é a ponderação das possibilidades disponíveis do 
ponto de vista do meio ambiente em comparação com as possibilidades 
de mercado (FORNO, 2017).
E desse modo, ocorre à articulação imediata entre geração de 
impactos ambientais e sistemas de gestão ambientais.
O sistema de gestão ambiental contempla a questão da destinação 
adequada dos resíduos sólidos ou líquidos. 
As formas mais conhecidas de disposição de resíduos sólidos 
são: o aterro sanitário, que é a disposição final correta a se fazer, possui 
tratamento do chorume e do gás metano.
Figura 2: Aterro sanitário
Fonte: freepik
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade20
O seguinte modo de armazenamento e destinação dos resíduos 
são os aterros controlados, que é o meio termo entre o aterro sanitárioe o lixão, contendo cobertura de terra. O lixão a céu aberto, possui 
os resíduos a céu aberto, sem nenhum projeto de destinação e sem 
proteção de solo e do ar. 
O processo de logística reversa é o instrumento de 
desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto 
de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a 
restituição dos resíduos sólidos para reaproveitamento, aproveitando ao 
máximo seu ciclo produtivo antes da destinação final.
Figura 3: Logística reversa
Fonte: Freepik
Para realizar o funcionamento ativo da gestão ambiental por meio 
dos sistemas de gestão ambiental, esses processos ocorrem por meio 
de planejamento com o objetivo de conquista do selo verde. O selo 
verde é fornecido pela International Organization for Standardization – 
ISO. 
A partir dos processos de gestão ambiental foram criados sistemas 
como o ciclo APVE – Agir, Planejar, Verificar, Executar, os quais contém 
uma metodologia para execução e avaliação dos processos do sistema. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 21
DEFINIÇÃO:
O processo de sistemas de gestão ambiental começa com 
a certificação, no qual esse processo auxilia as organizações 
na identificação e no gerenciamento dos impactos 
ambientais oriundos de seus processos produtivos. 
As ações dos sistemas de gestão ambiental estão voltadas à 
redução dos riscos ambientais e a gestão empresarial. A partir disto 
pode ocorrer a certificação dos produtos e serviços da empresa que 
adota o sistema de gestão ambiental, passando a ser reconhecida 
internacionalmente.
Os benefícios com a implementação de um SGA estão 
intimamente ligados a uma mudança de comportamento. Seguindo os 
seguintes itens: 
IMPORTANTE:
Melhoria na organização interna; Melhoria da imagem; 
Aumento da satisfação e confiança dos clientes; Aumento 
da motivação e envolvimento no sistema, por parte dos 
colaboradores internos; confiança no sistema e reflexão 
sobre o mesmo; Melhoria da posição competitiva, face 
aos concorrentes não certificados; Redução de custos; 
Acesso a determinados mercados e concursos, em face 
de um sistema com base em critérios internacionalmente 
aceitos; Minimização do impacto ambiental das atividades 
(disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reget/article/
viewFile/15206/pdf)
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/15206/pdf
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/15206/pdf
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade22
Com base no modelo ISO14001, que contempla requisitos 
necessários para a incorporação de um sistema de gestão ambiental.
Como órgão normativo se tem a ABNT – Associação Brasileira de 
Normas Técnicas, no qual institui a ISSO, constituindo a série de normas 
ISO, que são descritas a seguir:
 • ISO 14001:1996- Sistemas de Gestão Ambiental - Especificação 
e diretrizes para uso;
 • ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão ambiental;
 • ISO 14004:1996- Sistemas de Gestão Ambiental - Diretrizes 
gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio;
 • ISO 19011:2002 – Diretrizes para auditoria em sistema de 
gestão da qualidade e ou ambiental;
 • ISO 14015:2001 - Gestão Ambiental - Análise ambiental de 
lugares e organizações;
 • ISO 14020:2000- Rotulagem e declarações ambientais - 
Princípios gerais;
 • ISO 14021:1999- Rotulagem e declarações ambientais - Auto 
declaração das exigências ambientais;
 • ISO 14024:1999- Rotulagem e declarações ambientais - Tipo 
I Rotulagem ambiental - princípios e procedimentos ISO/DIS 14025 - 
Rotulagem e declarações ambientais - Tipo III Declarações ambientais 
– princípios e procedimentos; 
 • ISO 14031:1999- Gestão Ambiental- Avaliação do desempenho 
ambiental- Diretrizes ISO/TR 14032:1999- Gestão Ambiental - Exemplos 
de avaliação de desempenho ambiental- (EPE); 
 • ISO 14040:1997- Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- 
Princípios e estrutura;
 • ISO/DIS 14040 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- 
Princípios e estrutura;
 • ISO 14041:1998- Gestão Ambiental - Análise do ciclo de vida - 
Objetivos, definição do escopo e análise do inventário;
 • ISO 14042:2000- Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida - 
Análise dos impactos;
 • ISO 14043:2000- Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- 
Interpretação do ciclo de vida;
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 23
 • ISO/DIS 14044 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida – 
Requerimentos e diretrizes;
 • ISO/TR 14047: 2003 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de 
vida- Exemplos de aplicação da ISO 14042;
 • ISO/TS 14048:2002 - Gestão Ambiental - Análise do ciclo de 
vida - Formato dos dados da documentação;
 • ISO/TR 14049:2000 - Gestão Ambiental - Análise do ciclo de 
vida - Exemplos de aplicação da ISO 14041, definição de metas e escopo 
e analise do inventário;
 • ISO 14050:2002 - Gestão Ambiental- vocabulário;
 • ISO/AWI 14050 - Gestão Ambiental- vocabulário;
 • ISO/TR 14062: 2002 - Gestão ambiental - Integrando dos 
aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos;
 • ISO/DIS 14063- Gestão ambiental – Comunicações ambiental 
– Diretrizes e exemplos; 
 • ISO/DIS 14064 - Diretrizes para medição, verificação e relatório 
de entidades e projetos emissões de gás da estufa (Greenhouse 
gases - Part 1: Specification with guidance at the organization level for 
quantification and reporting of greenhouse gas emissions and removals).
Desse modo, o sistema de gestão ambiental se constrói por 
meio do esforço integrado e contínuo de toda a organização de um 
empreendimento ou órgão. Possibilitando a excelência ambiental na 
medida em que atua no quadro da prevenção e da melhoria contínua do 
seu desempenho em relação ao desenvolvimento sustentável. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade24
RESUMINDO:
A gestão ambiental consciente e eficiente ocorre por meio 
de processos como: gerência, administração, organização, 
planejamento. Esses processos são possíveis por meio 
dos sistemas de gestão ambiental, que são criados no 
Brasil a partir de 1980, impulsionados pelas ocorrências 
de conferências e eventos na área e fruto de pesquisas 
acadêmicas que contribuíram para a criação (FORNO, 2017). 
Na década de 1980 ocorre em nível mundial à mobilização 
de diversos setores da sociedade em prol da resolução 
dos problemas ambientais, originando sistemas de gestão 
ambiental como é citado anteriormente. O fortalecimento dos 
sistemas de gestão ocorre na década de 1990. Os sistemas 
de gestão ambiental tem como prioridade a destinação de 
resíduos a seguinte ordem: redução; reutilização; reciclagem; 
tratamento dos resíduos sólidos. As formas mais conhecidas 
de disposição de resíduos sólidos são: o aterro sanitário, que 
é a disposição final correta a se fazer, possui tratamento do 
chorume e do gás metano. Os aterros controlados são o 
modo de armazenamento que é o meio termo entre o aterro 
sanitário e o lixão, contendo cobertura de terra. O processo 
de logística reversa é o instrumento de desenvolvimento 
econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, 
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e 
a restituição dos resíduos sólidos para reaproveitamento, 
aproveitando ao máximo seu ciclo produtivo antes da 
destinação final. Com destaque ao selo verde é fornecido pela 
International Organization for Standardization – ISO. A partir 
dos processos de gestão ambiental foram criados sistemas 
como o ciclo APVE – Agir, Planejar, Verificar, Executar. O 
processo de sistemas de gestão ambiental começa com a 
certificação, no qual esse processo auxilia as organizações na 
identificação e no gerenciamento dos impactos ambientais 
oriundos de seus processos produtivos. As ações dos sistemas 
de gestão ambiental estão voltadas à redução dos riscos 
ambientais e a gestão empresarial. A partir disto pode ocorrer 
a certificação dos produtos e serviços da empresa que adota 
o sistema de gestão ambiental, passando a ser reconhecida 
internacionalmente.Com base no modelo ISO14001, que 
contempla requisitos necessários para a incorporação de um 
sistema de gestão ambiental.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 25
Concepção ambiental na gestão pública
Neste item a concepção ambiental voltada à gestão pública 
será permeada pelo contexto da evolução das medidas de proteção 
ambiental. Essa consciência tem início com a capacidade que os seres 
humanos têm de interferirem na natureza, baseada em somente usufruir 
dos recursos. Nesse pensamento se tem a retirada dos recursos para 
sustento e sobrevivência, ou seja, a exploração e consumo de recursos 
sem o pensamento da conservação.
Considerações sobre a gestão pública
O contexto da gestão pública muda após décadas de exploração 
devido à ocorrência de catástrofes ambientais e o aumento dos 
índices de poluição. Os estágios de concepção ambiental ajudam a 
compreender de que modo esse contexto se modifica, se tem então os 
seguintes estágios: 
 • Primeiro estágio - é caracterizado pela preocupação com as 
forças da natureza e a consciência de segurança e respeito ao meio 
ambiente; 
 • O segundo estágio - é definido como crescimento da confiança 
dos seres humanos em relação à adaptação do meio às necessidades. 
Nesse contexto se tem o aparecimento da agricultura e o avanço 
populacional das cidades;
 • O terceiro estágio está focado no desenvolvimento, 
urbanização, industrialização e mineração com a premissa de progresso 
a qualquer custo;
 • O quarto estágio - é o da responsabilidade social, ética 
ambiental e consciência coletiva, com o objetivo de retornar os recursos 
ameaçados. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade26
O poder público toma a frente para remediar ou melhorar a 
situação do meio ambiente no momento em que percebe necessário 
arcar com as consequências desse uso desenfreado. 
Com isso, temos nos anos 1970 a implementação do processo 
de saneamento básico principalmente em áreas do chamado países 
subdesenvolvidos. Porém, nesse contexto, os conhecimentos sobre 
as possíveis soluções e ações para remediar os problemas ambientais 
eram poucos.
A década de 1970 foi configurada como o período de controle ou 
remediação dos problemas, com o controle da Poluição industrial e a 
gestão reativa frente os problemas. 
A década de 1980, temos o foco no planejamento e a prevenção, 
com os seguintes itens:
 • Estudos de Impactos Ambientais;
 • Gerenciamento de resíduos sólidos;
 • Controle da poluição do Solo;
 • Minimização de resíduos.
Já nos anos de 1990, é implementado o sistema de conceitos 
com a inserção da sustentabilidade, com isso temos a relevância das 
seguintes ações:
 • Atuação responsável; 
 • Gerenciamento Integrado;
 • Auditoria Ambiental;
 • Avaliação do Ciclo de Vida do Produto;
 • Sistema de Gerenciamento Ambiental.
A partir dessas premissas, o poder público toma algumas 
normativas como regras a serem cumpridas nos setores, com base no 
sistema de gestão ambiental, visto anteriormente. São elas: 
 • A inserção efetiva da Política Ambiental, no qual a administração 
se compromete com a melhoria ambiental;
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 27
 • O Planejamento nos setores conduzindo a orientação das 
ações, operações e identificação dos aspectos e impactos com base 
nas premissas legais do meio ambiente. 
A partir disso, é possível avaliar e propor alternativas, assim como 
definir metas por meio da elaboração de plano e propostas.
Com a etapa de implementação e operação, o setor inicia o 
desenvolvimento do plano de ação abrangendo seus objetivos. A 
verificação é o processo de avaliação e monitoramento das operações e 
metas a serem alcançadas. 
Diante da análise é verificado o processo que o setor ou instituição 
está a percorrer, prevendo sua melhoria e aprimoramento. 
Conclui-se que é a partir de uma organização e empenho do 
poder público que é possível fortalecer e construir sistemas de gestão 
ambiental em diversos espaços, fazendo com que o meio ambiente seja 
uma prioridade da organização.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade28
RESUMINDO:
Neste item você conheceu o contexto da gestão pública e sua 
contribuição à gestão ambiental. O poder público muda sua 
concepção e atuação frente ao meio ambiente impulsionado 
pela mudança nas ações diante da exploração, devido 
à ocorrência de catástrofes ambientais e o aumento dos 
índices de poluição. Desse modo, os estágios de concepção 
ambiental ajudam a compreender de que modo esse 
contexto se modifica, se tem então os seguintes estágios. O 
primeiro estágio é caracterizado pela preocupação com as 
forças da natureza e a consciência de segurança e respeito 
ao meio ambiente. O segundo estágio é definido como 
crescimento da confiança dos seres humanos em relação à 
adaptação do meio às necessidades. O terceiro estágio está 
focado no desenvolvimento, urbanização, industrialização e 
mineração com a premissa de progresso a qualquer custo. O 
quarto estágio é o da responsabilidade social, ética ambiental 
e consciência coletiva, com o objetivo de retornar os recursos 
ameaçados. Nos anos 1970 ocorre a implementação do 
processo de saneamento básico principalmente em áreas do 
chamado países subdesenvolvidos. Porém, nesse contexto, 
os conhecimentos sobre as possíveis soluções e ações 
para remediar os problemas ambientais eram poucos. Na 
década de 1970 foi configurada como o período de controle 
ou remediação dos problemas, com o controle da Poluição 
industrial e a gestão reativa frente os problemas. A década 
de 1980, temos o foco no planejamento e a prevenção, 
com os seguintes itens: Estudos de Impactos Ambientais; 
Gerenciamento de resíduos sólidos; Controle da poluição 
do Solo; Minimização de resíduos. Já nos anos de 1990, é 
implementado o sistema de conceitos com a inserção da 
sustentabilidade, com isso temos a relevância das seguintes 
ações: Atuação responsável; Gerenciamento Integrado; 
Auditoria Ambiental; Avaliação do Ciclo de Vida do Produto; 
Sistema de Gerenciamento Ambiental. É possível concluir 
ao final deste item que é a partir de uma organização e 
empenho do poder público que é possível fortalecer e 
construir sistemas de gestão ambiental em diversos espaços, 
tornando o meio ambiente uma prioridade da organização.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 29
Políticas públicas ambientais
As políticas públicas voltadas ao meio ambiente emergem do 
uso descontrolado dos recursos naturais renováveis e não renováveis. 
Acrescido de problemas sociais como a explosão demográfica, as 
políticas públicas tiveram que se adaptar ao novo contexto. 
Permearemos alguns momentos históricos que culminam na 
construção de políticas públicas. Iniciando na década de 1940, auge da 
II Guerra Mundial. Esse momento possibilitou a criação de um sistema 
econômico internacional e a fundação das primeiras associações de 
proteção ambiental. 
No contexto dos anos 50, na Inglaterra, em meio à poluição 
atmosférica oriunda da indústria, que culminou na morte de pessoas 
marcando, sendo um dos primeiros efeitos da poluição industrial, é 
estimulado diversos debates sobre a qualidade do ar e a aprovação da 
lei do ar puro em, que foi em 1956.
Já na década de 1960 essa preocupação da comunidade 
internacional frente aos limites do desenvolvimento do planeta começa 
a tomar maior espaço no contexto mundial. E nos Estados Unidos, tem-
se a criação da Agência de Proteção ambiental (EPA) e a aprovação das 
Leis: Clean Air Act, Clean Water Act, Toxic Substance Control Act. 
VOCÊ SABIA?
O marco dessa nova conduta em relação ao meio 
ambiente, em 1962, foi impulsionado pela publicação do 
livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, esse livro 
desencadeou o processo de discussão sobre os efeitos das 
ações humanas no ambiente. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade30
No Brasil, em meados de 1965, é promulgada a lei federal do 
código florestalbrasileiro, consequentemente em 1967 a Lei da proteção 
da fauna.
Já na década de 70, em meio à crise do petróleo e do modelo 
energético da época, resulta na procura de novas fontes de energia e 
de uma utilização mais racional, por meio de discussões na ONU e a 
promoção da discussão dessas questões na Conferência sobre o Meio 
Ambiente Humano em 1972. Essa conferência gerou a Declaração sobre 
o Ambiente Humano e estabeleceu o Plano de Ação Mundial com 
o objetivo de inspirar e orientar a humanidade para a preservação e 
melhoria do ambiente humano. 
As recorrentes preocupações da época eram: crescimento 
populacional e o aumento dos níveis de poluição e o esgotamento dos 
recursos naturais.
Em 1973, surge o conceito de eco desenvolvimento, referia-
se principalmente às regiões subdesenvolvidas, trazendo a crítica à 
sociedade industrial, sendo a precursora do conceito de desenvolvimento 
sustentável.
Foram estipulados alguns itens como caminho para chegar ao 
eco desenvolvimento, sendo eles: 
IMPORTANTE:
 • Satisfação das necessidades básicas; 
 • Solidariedade com as gerações futuras; 
 • Participação da população envolvida;
 • Preservação dos recursos naturais e do meio 
ambiente; 
 • Elaboração de um sistema social que garanta 
emprego;
 • Segurança social e respeito a outras culturas;
 • Programas de educação ambiental. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 31
A partir desse contexto é formulado no Brasil o primeiro setor 
público a abarcar as questões ambientais, que foi a Secretaria Especial 
do Meio Ambiente - SEMA. 
Temos os fatos marcantes na evolução das regulamentações no 
Brasil como a Lei 6.938, Política Nacional de Meio Ambiente Brasileira, 
instituída no ano de 1981. E posteriormente, nesta mesma década, a 
fundação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). 
DEFINIÇÃO:
As Políticas Públicas são definidas como diretrizes e 
princípios norteadores da ação do poder público.
DEFINIÇÃO:
O CONAMA é um colegiado representativo dos setores 
federais, estaduais e municipais, empresarial e sociedade 
civil. É presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e 
composto pelas seguintes instâncias: Plenário, Câmaras 
Técnicas e Grupos de Trabalho.
A Política Pública Ambiental é o documento estratégico da gestão 
ambiental e transcende o debate sobre os problemas de preservação 
ambiental.
Em esfera nacional temos: 
Como órgão superior, o Conselho de Governo, formado pela Casa 
Civil e todos os Ministros, que tem como função assessorar o Presidente 
da República na formulação da Política Nacional do Meio Ambiente.
Como Órgão Consultivo e Deliberativo, o Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (CONAMA) reúne os diferentes setores da sociedade 
e tem caráter normatizado dos instrumentos da Política Ambiental. O 
CONAMA é a entidade que estabelece padrões e normas federais.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade32
Ainda há o Órgão Central, que contempla o Ministério do Meio 
Ambiente (MMA), que é o agente formulador de Políticas Públicas 
Ambientais. E o Órgão Executor, que abrange o Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), com a 
tarefa de executar e fazer executar as Políticas Ambientais.
Em esfera Estadual, se tem as Secretarias e Fundações Estaduais 
do Meio Ambiente com a função de executar a Política Ambiental, para 
monitorar o meio ambiente e realizar educação ambiental.
Na esfera Municipal, com Secretarias e Fundações Municipais do 
Meio Ambiente, responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades 
de proteção e melhoria da qualidade ambiental. Desse modo, temos a 
ação em conjunto das políticas públicas como mediadoras para a solução 
dos conflitos ambientais, atendendo às demandas socioambientais.
Nesse contexto, se tem a inserção da educação ambiental como 
uma forma de conscientização sobre os problemas ambientais. Vamos 
conhecer melhor essa área e suas políticas públicas!
As temáticas que envolvem os estudos sobre Educação Ambiental 
são diversificadas e abrangentes em relação aos contextos envolvidos, 
sendo importante ressaltar os deslocamentos dos espaços educativos, 
ou seja, a Educação Ambiental pode ser debatida e problematizada em 
diversos espaços na escola, ampliando e popularizando-a.
Atendendo aos apontamentos da Lei 9.795 (27 de abril de 
1999, Capítulo I. Art. I), onde menciona que a Educação Ambiental 
é contextualizada por meio de processos em que o indivíduo e a 
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, 
atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente, ao 
uso comum do povo, e a qualidade de vida e sustentabilidade. 
DEFINIÇÃO:
A Educação Ambiental é definida como transformação 
social, que vai além das compreensões e cuidados com o 
meio ambiente e a biodiversidade, mas realiza um processo 
de construção de valores sociais. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 33
Onde suas reflexões ocorrem por meio da participação dos 
sujeitos em ações coletivas concretizadas em diversos setores da 
sociedade, como ressalta Loureiro (2005, p.69):
A Educação Ambiental é práxis educativa e social que tem por 
finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e 
atitudes que possibilitem o entendimento da realidade de vida 
e atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e 
coletivos no ambiente (LOUREIRO, 2005, p.69). 
Desse modo, a educação ambiental ocorre na prática educativa, 
seja nas escolas ou na comunidade, através do ensino formal ou no 
ensino informal, nos chamados saberes tradicionais, carregados por 
cada cultura sobre o meio ambiente. 
A Educação Ambiental é caracterizada como um tema transversal , 
que deve ser trabalhada de forma interdisciplinar, abordando temas como 
a saúde, orientação sexual, cultura, meio ambiente, desfragmentando a 
imagem pré-concebida da Educação Ambiental e com isto podendo-se 
dinamizar a gama de conhecimentos, como menciona Medina (1996, p.20):
A educação ambiental, como tema transversal, possibilita 
a opção por diferentes situações desejadas, balizadas por valores 
como responsabilidade, cooperação, solidariedade e respeito à vida, 
integrando os conteúdos disciplinares e os temas transversais.
A Educação Ambiental incentiva à autonomia, participação e 
responsabilidade dos cidadãos, através de uma perspectiva planetária, 
expressão do autor Sorrenti no (2005). Caracterizada como:
Em uma perspectiva planetária, não basta contemplar o olhar 
do homem branco ocidental. É necessário incluir as mulheres, 
os negros, os jovens, os idosos, as crianças, os homossexuais, 
os países do sul, o interior, a periferia, os artistas, os pacifistas e 
outras minorias étnicas, ouvindo-os em suas especificidades e 
aprendendo a expressar seus sonhos, demandas e propostas 
(SORRENTINO, 2005, p.16).
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade34
O autor fornece subsídios que facilitam o entendimento da 
complexidade das relações que permeiam o meio ambiente e a 
possibilidade de discussão desses temas através da educação ambiental 
devido ao seu potencial de ser multidisciplinar. 
As reflexões sobre a Educação Ambiental e o processo educativo 
tornam-se relevantes atualmente na medida em que se discute a 
proposta de uma educação voltada para a mediação do conhecimento, 
e não para o depósito de conteúdos, ou seja, a prática educativa a partir 
das vivências cotidianas, abrangendo assim relações entre a educação e 
os outros âmbitos sociais, econômicos, políticos e culturais (RAYS, 2009).
Desse modo, a educação ambiental é resultado dos processos 
educativos de ensino e aprendizagem que possibilitam a conscientização 
dos indivíduos sobre os problemas ambientais. 
Figura 4: Educação ambiental na prática
Fonte:.Freepik
Sendo assim, em complemento as reflexões anteriores, temos 
o significado da constituição cidadã por meio da educação ambiental, 
como a ação de cadaindivíduo como um agente do conhecimento, e se 
constituindo em uma nova construção das relações dos seres humanos 
com o seu ambiente natural e social (MEDINA, 2002).
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 35
Sendo relevante para a efetuação da Educação Ambiental o 
contexto crítico e dialógico, e a adoção de posturas éticas, pessoais e 
de coletividade dinâmicas, como resultado desse processo de formação 
em que cada um torna-se sujeito principal de sua aprendizagem.
É a partir do cotidiano que se devem chegar às problemáticas 
a serem debatidas, visto que a realidade do contexto em que se vive 
é um ponto a destacar-se em qualquer abordagem sobre Educação 
Ambiental, como menciona Moraes (2008, p.21):
O cotidiano das pessoas é definido pelo contexto, pelo 
discurso cultural e pela linguagem que já dominam (MORAES, 
2008, p.21). 
Desse modo, podemos considerar que um processo educativo no 
sentido da preservação ambiental leva em conta a educação que ensine 
a pensar e contextualizar o conhecimento para estabelecer relações 
com a realidade, por meio da crítica e do questionamento. 
Figura 5: Educação ambiental e a prática educativa
Fonte:Freepik
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade36
Por sua vez, Edgar Morim (1995), destaca que é necessário propor 
interrogações sobre as possibilidades dos indivíduos em conhecer, 
colocando o sujeito no centro de todos os conhecimentos e saberes, 
fato que se opõe ao princípio redutor de aprendizagem do paradigma 
tradicional, ressaltando que é necessário reintegrar a relação sujeito e 
objeto (MORIN, 1998). 
Este autor ajuda a pensar sobre a natureza como um sistema 
complexo, devido as suas relações com a sociedade e cultura. 
Começaremos agora a conhecer os programas ambientais que 
incentivam a educação ambiental desenvolvidos com o fomento do 
Ministério do Meio Ambiente.
A agenda 21 propõe o planejamento para a construção de 
sociedades sustentáveis em diferentes bases geográficas, que concilia 
métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
O programa Água Doce, que visa o acesso à água de boa qualidade 
para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, 
a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambiental e 
socialmente sustentáveis para atender, prioritariamente, as populações 
de baixa renda em comunidades difusas do semiárido.
O programa Águas Subterrâneas, voltado para os mecanismos 
de articulação entre os entes envolvidos com as águas subterrâneas 
e a gestão integrada deste recurso, haja vista que os aquíferos quase 
sempre extrapolarem os limites das bacias hidrográficas, estados e 
países, embora a legislação determine que o domínio seja dos estados. 
O Programa Áreas Protegidas da Amazônia é o maior de 
conservação de florestas tropicais do Planeta e tem como objetivo 
proteger 60 milhões de hectares da Amazônia brasileira. 
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 37
Figura 6: Amazônia
Fonte: Freepik
A bolsa verde, que é o Programa de Apoio à Conservação 
Ambiental Bolsa Verde concede, a cada trimestre, um benefício de R$ 
300 às famílias em situação de extrema pobreza que vivem em áreas 
consideradas prioritárias para conservação ambiental. 
O cadastro ambiental rural, que é um registro eletrônico, 
obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as 
informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação 
Permanente - APP, das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos 
remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das 
áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país. 
 
O cadastro ambiental rural é criado pela Lei 12.651/2012 
no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio 
Ambiente - SINIMA, e se constitui em base de dados estratégica 
para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento 
das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, 
bem como para planejamento ambiental e econômico dos 
imóveis rurais (ABRAPA, disponível em: https://www.abrapa.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade38
com.br/EN-US/Paginas/sustentabilidade/car-cadastro-
ambiental-rural.aspx).
Desse modo, por meio desses programas, pode-se assegurar 
a integração equilibrada das múltiplas dimensões da sustentabilidade 
com o meio ambiente.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste material, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que as políticas públicas voltadas ao meio ambiente 
emergem do uso descontrolado dos recursos naturais 
renováveis e não renováveis. Acrescido de problemas 
sociais como a explosão demográfica, as políticas públicas 
tiveram que se adaptar ao novo contexto. Permeamos 
alguns momentos históricos que culminam na construção 
de políticas públicas, iniciamos na década de 1940, auge 
da II Guerra Mundial, esse momento possibilitou a criação 
de um sistema econômico internacional e a fundação das 
primeiras associações de proteção ambiental. Nos anos 50, 
na Inglaterra, em meio à poluição atmosférica oriunda da 
indústria, que culminou na morte de pessoas marcando, 
sendo um dos primeiros efeitos da poluição industrial, 
foi estimulado diversos debates sobre a qualidade do ar 
e a aprovação da lei do ar puro em, que foi em 1956. Já 
na década de 1960 essa preocupação da comunidade 
internacional frente aos limites do desenvolvimento 
do planeta começa a tomar maior espaço no contexto 
mundial. No Brasil, em meados de 1965, é promulgada a 
lei federal do código florestal brasileiro, consequentemente 
em 1967 a Lei da proteção da fauna. Na década de 70, 
em meio à crise do petróleo e do modelo energético da 
época, resulta na procura de novas fontes de energia e 
de uma utilização mais racional, por meio de discussões 
na ONU e a promoção da discussão dessas questões na
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 39
Conferência sobre o Meio Ambiente Humano em 1972. 
Essa conferência gerou a Declaração sobre o Ambiente 
Humano e estabeleceu o Plano de Ação Mundial com 
o objetivo de inspirar e orientar a humanidade para a 
preservação e melhoria do ambiente humano. Em 1973, 
surge o conceito de eco desenvolvimento, referia-se 
principalmente às regiões subdesenvolvidas, trazendo 
a crítica à sociedade industrial, sendo a precursora do 
conceito de desenvolvimento sustentável. As temáticas 
que envolvem os estudos sobre Educação Ambiental são 
diversificadas e abrangentes em relação aos contextos 
envolvidos, sendo importante ressaltar os deslocamentos 
dos espaços educativos, ou seja, a Educação Ambiental 
pode ser debatida e problematizada em diversos espaços 
na escola, ampliando e popularizando-a. A Educação 
Ambiental é definida como transformação social, que vai 
além das compreensões e cuidados com o meio ambiente 
e a biodiversidade, mas realiza um processo de construção 
de valores sociais. Desse modo, podemos considerar 
que um processo educativo no sentido da preservação 
ambiental leva em conta a educação que ensine a pensar 
e contextualizar o conhecimento para estabelecer relações 
com a realidade, por meio da crítica e do questionamento.
Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade40
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Amália Reinehr Dal Forno; coordenado pelo SEAD/UFRGS. – Dados 
eletrônicos. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017.
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Dal Forno; coordenado pelo SEAD/UFRGS. – D ados eletrônicos. – Porto 
Alegre: Editora da UFRGS, 2017.
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Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. 146p.
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ambiental: repensando o espaço de cidadania. Carlos Frederico Bernardo 
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3.ed. – São Paulo: Cortez, 2005.
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Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade 41
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 
São Paulo, Cortez, 1995.
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Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
SILVA, A. C. da; INFANTE-MALACHIAS, M. E. Reflexão sobre 
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Pelotas [42]: 223-242, maio/junho/julho/agosto 2012.
SORRENTINO, M. Desenvolvimento sustentável e participação: 
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o espaço de cidadania. Carlos Frederico Bernardo Loureiro; Philippe 
Pomier Layrarques; Ronaldo Souza de Castro (Orgs.). – 3.ed. – São Paulo: 
Cortez, 2005.
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