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manual não tem intenção de ensinar ou de falar de tudo, mas pode ajudar estas pessoas a acharem um melhor caminho. 2 – Manuais BMLP de maricultura Série Maricultura Cultivo de Mexilhões Edição Lúcia Valente Baseado em textos originais do Manual Biologia e Cultivo de Mexilhões, EPAGRI –UFSC, ROSA, R. de C.; FERREIRA, J.F.; PEREIRA, A.; MAGALHÃES, A. R. M.; NETO, F. M. de O.; GUZENSKI, J.; ANTONIOLLI, M. A.; FILLIPPI, L. M. N.; RODRIGUES, P. de T. R.; OGLIARI, R.O., Florianópolis, 2000. Manual de Mitilicultura, SEBRAE/ES, BANDES e CTA (Centro de Tecnologia em Aqüicultura), Vitória, 2001. Agradecimentos Jaime Fernando Ferreira, LCMM/UFSC Francisco de Oliveira Neto, EPAGRI Produção e Editoração Multitarefa (Marisis Kallfelz, Paula Arend Laier, Sinuê Giacomini e Vinícius Carvalho) Capa Elpídio Patrocínio de Souza, maricultor em Governador Celso Ramos, SC. Foto de Lúcia Valente. Ilustrações Ilustrativa (André Valente, Eduardo Belga, Paulo Faria e Santiago Mourão) Projeto Gráfico Cesar Valente Impressão Gráfica Agnus A série Maricultura compõe-se de cinco manuais, publicada pelo BMLP (Brazilian Mariculture Linkage Program – Programa Brasileiro de Intercâmbio em Maricultura) Jack Littlepage – Diretor Geral Patricia Summers – Gerente de Projetos Carlos Rogério Poli – Diretor no Brasil e responsável técnico editorial da coleção multitarefa@terra.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – VENDA PROIBIDA 2003 Cultivo de mexilhões – 3 1. Introdução Este manual foi feito para ajudar pessoas que querem iniciar uma produção de mexilhões ou que já estão pro- duzindo, mas que com alguma orientação, podem melho- rar seu negócio. Algumas pessoas estudam e descobrem um jeito de fazer as coisas. Outras pessoas aprendem, na prática, uma outra maneira de como trabalhar. Quando estas pessoas se encontram, podem trocar idéias e tentar melhorar. Este manual não tem intenção de ensinar ou de falar de tudo, mas pode ajudar estas pessoas a acharem um melhor caminho. Cultivo de mexilhões – 1 Sumário 1. Introdução...................................................................................3 Espécies ...................................................................................................... 4 Como é a vida do mexilhão ......................................................................... 5 O desenvolvimento da larva ........................................................................ 6 Fixação da larva ........................................................................................... 7 2. Seleção do local ..........................................................................8 Cuidados na escolha .................................................................................... 8 O que você precisa para começar ................................................................ 9 O que diz a lei .......................................................................................... 10 3. Obtenção de sementes .............................................................. 11 Produção em laboratório ............................................................................ 11 Repicagem das sementes ou das pencas .................................................... 11 Dos estoques naturais (costões) ................................................................. 12 Coletores artificiais .................................................................................... 12 4. Métodos de cultivo .................................................................... 18 5. Manutenção do cultivo .............................................................. 19 Seleção e separação por tamanho .............................................................. 19 Organismos associados ou incrustantes – a vida ao redor do cultivo ........... 23 6. Colheita .................................................................................... 28 Comercialização ........................................................................................ 28 Manejo ...................................................................................................... 29 Transporte ................................................................................................. 30 7. Desenvolvimento de um plano de negócio ................................ 31 4 – Manuais BMLP de maricultura Espécies Moluscos: animais de corpo mole. O corpo é coberto por um tecido denominado manto, que é como uma pele, e alguns possuem uma concha que protege este corpo. Vivem na terra e na água (que pode ser água doce, salobra e salgada). O polvo, a lula, o mexilhão e o caracol são moluscos. Bivalves: bi = dois, valves = conchas. Conchas for- madas por duas partes ligadas. Mexilhão é a palavra usada em português para dar o nome a diversas espécies de moluscos bivalves. Mexilhão também é conhecido no Brasil como ma- risco, marisco-preto, marisco da pedra, ostra-de-pobre e sururu da pedra. Na ciência, os animais têm nome e sobreno- me. No Brasil os nomes dos mexilhões mais co- muns para consumo humano são: Perna perna e Mytela falcata. Cultivo de mexilhões – 5 Os mexilhões são importantes para as pessoas por- que além de sua carne ser um ótimo alimento, têm mui- tas proteínas. Como é a vida do mexilhão Existem mexilhões machos e fêmeas. Nota-se a dife- rença, internamente, pela cor laranja nas fêmeas e branca nos machos. O ciclo reprodutivo dos animais maduros divide-se em três fases: cheios ou repletos (manto espesso e animal pronto para eliminação de gametas - desova) vazio (manto pouco espesso, quase trans- parente, animal acabou de eliminar game- tas) em repleção ou restauração (fase de produção de gametas, tecido cheio de canais - dutos – cor típica de cada sexo) Depois de eliminar os gametas femininos e masculi- nos na água do mar, a fecundação acontece ao acaso, pela grande quantidade de material eliminado. Proteínas: principal componente dos organismos vivos, fundamental para o crescimento, desenvolvimento e a manutenção celular. 8 – Manuais BMLP de maricultura 2. Seleção do local Cuidados na escolha Antes de iniciar o seu trabalho com mexilhões, você deve se preocupar com o local onde você está pensando em cultivá-los. Se você já possui uma área ou está procurando, é im- portante que este local: Não seja poluído, com saída de esgotos das casas próximas ou de indústrias, que podem ter fortes produtos químicos (metais pesados, agrotóxicos) ou estar contaminado por bactérias Seja longe da saída de rios (desembocadura) Não seja próximo de áreas com movimento intenso de barcos, banhistas ou pesca Seja num local abrigado Esteja longe de ondas muito fortes Seja uma baía ou enseada Metais pesados: chumbo, cádmio, mercúrio e cromo, que lançados na água, representam um estoque permanente de contaminação para a fauna e a flora aquáticas. Desembocadura: saída de um lugar relativamente estreito para outro mais largo; lugar onde o rio desemboca Agrotóxicos: produtos tóxicos usados na agricultura para controle de pragas, doenças e invasores. O seu uso inadequado e sem critério causa sérios riscos de contaminação ambiental e humana, além de gerar grande quantidade de lixo no campo por meio das embalagens vazias contaminadas e sem destinação apropriada. 6 – Manuais BMLP de maricultura Existem alguns estímulos para eliminação de gametas: aumento de temperatura da água desova dos primeiros mexilhões, seguida pelos res- tantes O desenvolvimento da larva Meia hora depois da fertilização, a larva começa a nascer com as primeiras divisões celulares. 24 horas de- pois ela já é uma larva véliger ou larva D, quando começa a se formar a concha. Depois que ela cresce mais um pouco, forma um pé e passa a se chamar pedivéliger, aí começa a ficar diferente porque vai se tornando um mexilhão jovem. Com um mês de idade o mexilhão já se parece com um adulto e procura um local para se fixar. Larva: estágio jovem de um animal. Véliger: