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é a segunda fase da larva, a véliger, quando começa a apresentar uma conchinha em forma de “D”. Pedivéliger: estágio larval no qual o pé fica ativo na busca de local para a fixação. Estímulos: mudança no meio ambiente ou no meio interno capaz de produzir uma reação. Cultivo de mexilhões – 7 Fixação da larva O mexilhão se fixa em duas etapas: Primeira fixação – em substratos macios. Fixação secundária – em substratos duros, sendo esta a fixação mais definitiva, embora o mexilhão tenha condições de se mover a procura de melhores condições. Substrato: base que serve de suporte 6 – Manuais BMLP de maricultura Existem alguns estímulos para eliminação de gametas: aumento de temperatura da água desova dos primeiros mexilhões, seguida pelos res- tantes O desenvolvimento da larva Meia hora depois da fertilização, a larva começa a nascer com as primeiras divisões celulares. 24 horas de- pois ela já é uma larva véliger ou larva D, quando começa a se formar a concha. Depois que ela cresce mais um pouco, forma um pé e passa a se chamar pedivéliger, aí começa a ficar diferente porque vai se tornando um mexilhão jovem. Com um mês de idade o mexilhão já se parece com um adulto e procura um local para se fixar. Larva: estágio jovem de um animal. Véliger: é a segunda fase da larva, a véliger, quando começa a apresentar uma conchinha em forma de “D”. Pedivéliger: estágio larval no qual o pé fica ativo na busca de local para a fixação. Estímulos: mudança no meio ambiente ou no meio interno capaz de produzir uma reação. Cultivo de mexilhões – 7 Fixação da larva O mexilhão se fixa em duas etapas: Primeira fixação – em substratos macios. Fixação secundária – em substratos duros, sendo esta a fixação mais definitiva, embora o mexilhão tenha condições de se mover a procura de melhores condições. Substrato: base que serve de suporte Cultivo de mexilhões – 5 Os mexilhões são importantes para as pessoas por- que além de sua carne ser um ótimo alimento, têm mui- tas proteínas. Como é a vida do mexilhão Existem mexilhões machos e fêmeas. Nota-se a dife- rença, internamente, pela cor laranja nas fêmeas e branca nos machos. O ciclo reprodutivo dos animais maduros divide-se em três fases: cheios ou repletos (manto espesso e animal pronto para eliminação de gametas - desova) vazio (manto pouco espesso, quase trans- parente, animal acabou de eliminar game- tas) em repleção ou restauração (fase de produção de gametas, tecido cheio de canais - dutos – cor típica de cada sexo) Depois de eliminar os gametas femininos e masculi- nos na água do mar, a fecundação acontece ao acaso, pela grande quantidade de material eliminado. Proteínas: principal componente dos organismos vivos, fundamental para o crescimento, desenvolvimento e a manutenção celular. 8 – Manuais BMLP de maricultura 2. Seleção do local Cuidados na escolha Antes de iniciar o seu trabalho com mexilhões, você deve se preocupar com o local onde você está pensando em cultivá-los. Se você já possui uma área ou está procurando, é im- portante que este local: Não seja poluído, com saída de esgotos das casas próximas ou de indústrias, que podem ter fortes produtos químicos (metais pesados, agrotóxicos) ou estar contaminado por bactérias Seja longe da saída de rios (desembocadura) Não seja próximo de áreas com movimento intenso de barcos, banhistas ou pesca Seja num local abrigado Esteja longe de ondas muito fortes Seja uma baía ou enseada Metais pesados: chumbo, cádmio, mercúrio e cromo, que lançados na água, representam um estoque permanente de contaminação para a fauna e a flora aquáticas. Desembocadura: saída de um lugar relativamente estreito para outro mais largo; lugar onde o rio desemboca Agrotóxicos: produtos tóxicos usados na agricultura para controle de pragas, doenças e invasores. O seu uso inadequado e sem critério causa sérios riscos de contaminação ambiental e humana, além de gerar grande quantidade de lixo no campo por meio das embalagens vazias contaminadas e sem destinação apropriada. Cultivo de mexilhões – 9 Tenha água limpa e com boa produ- tividade natural, quer dizer, com bastante alimento para os mexilhões (fitoplâncton) Possua uma profundidade, onde serão colocados os cultivos de, pelo menos, 2 metros, para que não toquem o fundo (para Perna perna) O que você precisa para começar Depois de verificar se o local possui todas estas con- dições, são necessários alguns materiais básicos, chama- dos de infra-estrutura: Barco Rancho, balsa ou pequena construção para o manejo Estrutura para captação de sementes e engorda Diversos utensílios: redes, cabos, bóias, poitas, bambus, caixas plásticas, cordas, bombonas plás- ticas vazias de produtos não tó- xicos, luvas, facas, penei- ras para seleção, malha de algodão, rede externa de nylon ou seda. Manejo: manuseio; cuidados constantes do cultivo. Produtividade natural: capacidade natural de produção de alimento básico. 12 – Manuais BMLP de maricultura Dos estoques naturais (costões) Estoques naturais são as sementes que já existem na natureza e estão nos costões. Se a única maneira de conse- guir sementes for de costões deve-se seguir rigorosamente as técnicas para coleta e a legislação. Cuidados ao retirar sementes dos costões: Retirar sementes sem controle e sem autorização pode esgotar a fonte. Deve-se retirar apenas as de mesmo tamanho. Retirando as sementes, também se re- tiram predadores e competidores que são levados para o cultivo. Junto aos costões há mais riscos de acidentes. Coletores artificiais São estruturas feitas a mão, colocadas na água para cap- tar as sementes. Esta é a melhor opção. Quando as semen- tes são coletadas desta maneira têm melhor qualidade. Quando colocar os coletores Para ter melhores resultados é importante conhe- cer a época de reprodução do mexilhão e os picos de eliminação de gametas (desova).Pico: período no qual a população de mexilhões elimina a maior quantidade de gametas. Predadores: animais que matam os outros para se alimentar 10 – Manuais BMLP de maricultura Licença ambiental: autorização de órgãos ambientais do governo para a extração de recursos naturais. O que diz a lei Toda atividade que usa recursos naturais, como o mar por exemplo, deve seguir a lei. Existem algumas orientações obrigatórias para que a atividade cresça mas não prejudique o meio ambiente e as pessoas da comunidade. São regulamentos federais e estaduais que a organizam e que devem ser seguidos pelo produtor. No estado de Santa Catarina, por exem- plo, o órgão responsável pela licença ambiental da ativi- dade é a FATMA (Fundação Estadual do Meio Ambiente) da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Em outros estados deve-se procurar ori- entação do órgão fiscalizador local. Em Santa Catarina, para conseguir esta licença são necessários vários documentos, mas o órgão que ajuda e orienta o produtor é a Epagri. Antes de pagar por qual- quer serviço de regularização de sua área consulte um técnico da Epagri. Cultivo de mexilhões – 11 3. Obtenção de sementes A semente é o jovem mexilhão com mais ou menos 2 cm de comprimento. Existem qua- tro maneiras de conseguir sementes: Produção em laboratório A produção em laboratório poderá ser obtida no futuro, mas é cara e deve ser utilizada em ca- sos especiais. Repicagem das sementes ou das pencas Quando a corda de mexilhões fica muito cheia de animais, deve-se fazer uma seleção, isto é, desmanchar a corda, separar os indivíduos maiores dos menores e formar novas cordas, utilizando as pequenas como se- mente. Portanto a repicagem é uma seleção em função da densidade. 10 – Manuais BMLP de maricultura Licença ambiental: autorização de órgãos ambientais do governo para a extração de recursos naturais. O que diz a lei Toda atividade que usa recursos naturais, como o mar por exemplo, deve seguir a lei. Existem algumas orientações obrigatórias