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Medicina FTC – 2021.1 Catarina Viterbo AVALIAÇÃO DO RISCO CIRÚRGICO Clínica Cirúrgica – 17/02/2021 – Prof. Caroline Seidler Objetivos • Identificar comorbidades → aquele paciente que no pós-operatório tem chance de evoluir com um AVC, disfunção renal, precise de diálise. o Quantificar sua gravidade • Otimizar evolução peri e pós-operatória o Reduzir morbimortalidade Conceitos • Pré-operatório: antes da cirurgia • Perioperatória: a cirurgia em si até, 24/48h da cirurgia. • Pós-operatório: tardio até 30 dias. Risco cirúrgico • Procedimento: depende da cirurgia, se for uma vesícula é um tempo menor, já se for uma cirurgia cardíaca, vai precisar de circulação extracorpórea e vai durar mais tempo. Tudo isso tem que levar em consideração para o pós-operatório do paciente. • Anestesia: raqui? peri? anestesia geral? não posso usar bloqueador nessa cirurgia? Paciente tem complicação anestésica prévia? • Individual De repente eu tenho 30 anos e não tenho nenhuma comorbidade, mas eu vou fazer uma neurocirurgia, algumas coisas vamos precisar ver, entre elas no pré-operatório para evitar depois. Eu sou um vovô de 105 anos que vou operar a vesícula, é um procedimento ok, mas é um idoso de 105 anos. Tem que colocar na balança todas essas nuances para dar o melhor desfecho para o nosso paciente. Avaliação pré-operatória • Anamnese minuciosa completa • Exame físico pormenorizado → buscar sinais e sintomas que o paciente não saiba • Exames complementares* → nem todo paciente precisa de exame Anamnese • História da doença atual e de seu tratamento • Tolerância ao exercício – METs • Medicações em uso e história pessoal ou familiar de alergias • História social (incluindo drogas ilícitas, álcool e tabaco – uso e cessação) • Doenças crônicas, particularmente os aspectos cardiovasculares, pulmonares hepáticos, renais, endócrinos e neurológicos. Saber quais medicações que usa e as complicações que já teve. • Antecedentes anestésicos e cirúrgicos (complicações, sangramentos, transfusão). Saber da cicatrização do paciente, se ele faz cicatriz hipertrófica ou queloide, porque pode mudar o tipo de fio usado na cirurgia, fazer uma revisão de hemostasia “mais chata” porque esse paciente já teve uma história de hemostasia por outra coisa. Ás vezes, uma cirurgia é o motivo da pessoa investigar uma coagolopatia. • Reações adversas, tempo de internação, terapia intensiva Capacidade funcional MET – Coeficiente metabólico – Equivalente à energia suficiente para um indivíduo se mantes em repouso, representado na literatura pelo consumo de oxigênio (VO2) de aproximadamente 3,5 ml/kg/min. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Perguntar se ele consegue subir os dois lances de escada, se tem falta de ar. Porque é isso que vai me dizer se ele tem pelo menos 4 METs ou não. Porque os estudos falam que os pacientes que têm mais de 4 METs, o risco dele no pós-operatório, no ponto de vista de complicação ele tem o menor risco. Risco cardiovascular • Principal causa de mortalidade no perioperatório o Probabilidade de IAM, FV/TV/ BAVT Avaliar esse risco cardiovascular para predizer se isso pode acontecer ou se o pós-operatório desse paciente, ao invés de ser na enfermaria vai ser na Uti porque lá eu tenho o controle melhor do paciente, porque ele vai estar monitorizado. • Classificação de ASA (American Society of Anesthesiologists – 1941) o Classificação subjetiva, não é órgão específica, não leva em conta a idade do paciente, mas é uma boa forma de predizer mortalidade. o Mortalidade operatória ▪ ASA <0,1%; ASA IV>7% → um paciente ASA IV tem risco de mortalidade muito maior. o Estado físico do paciente e suas comorbidades O paciente com ASA I não tem nada que o limite funcionalmente. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Se eu tiver uma ICC compensada, seco sem edema pode ser classificado em ASA III, mas uma ICC que está fazendo congestão, edema de MMII, dispneia é ASA IV. TODO paciente que for emergência acrescenta um “E” → Ex: ASA IIE Importante saber essa tabela! Índices mais antigos: Não serão cobrados os valores • Índice de Goldmann (1977) o Primeiro modelo multifatorial para complicações cardíacas • Índice de Detsky (!086) o Angina ou história de IAM ou EAP prévios São usados para ter uma noção de complicações e risco de óbito. Índice de Eagle (1989) Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Índices recomendados pela SBC • Algoritmo ACP (American College of Physicians) • Algoritmo AHA/ACC (American College of Cardiology/American Heart Association) • Critérios de Lee (IRCR – Índice de risco cardiovascular – 1999) Revisão de Goldman • Estudo Multicêntrico de Avaliação Perioperatório (EMAPO- 2007) Não tem um melhor do que o outro. O que a sociedade sugere que é você use dois. O Algoritmo do American College é um pouco diferente dos outros, precisa somar os pontos, se der 30 pontos ele já está no alto risco, quando ele está entre 5 e 15 pontos, primeiro ele vai se classificado nas variáveis de Eagle, se ele tiver uma ou nenhuma variável ele entra como baixo risco, se ele tiver mais que duas variáveis é riscos intermediário. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Risco Cardiovascular • Testes não invasivos (Ergométrico) → durante a avaliação quando pediu o ECG, RX ou quando eu converso com o paciente e vejo que ele está fazendo uma angina ou ele está com um sintoma de uma ICC descompensada, vale a pena levar esse paciente primeiramente para um teste não invasivo, podemos levar para um teste mais invasivo como um cateterismo pode fazer até uma angioplastia. o Doença cardíaca ativa o Pacientes de alto risco • Intervenção coronariana pré-operatória→ Importante para evitar problemas no pós-operatório. • Se for um paciente que tem um câncer, 1 mês faz diferença para ele, então o importante é pesar curso benefício e junto com o cardiologista definir se esse paciente vai usar AAS, clopidogrel. Enfim, o que vamos poder fazer com ele depois das cirurgia para tentar minimizar a chance de um AVC depois. Risco cardiovascular • PA < 180X110 mmHg não eleva risco perioperatório de eventos cardiovasculares • B-bloq Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce o Prevenção de IAM e arritmias malignas no pós op (coronariopatas), mas usando com cuidado. B-bloq tem alguns pacientes que tem contraindicação então não pode usar. • IAM recente ou pós angioplastia coronariana o Cirurgia 4-6 semanas após o evento, salva outras contraindicações Risco pulmonar Fatores de risco Espirometria (bom padrão) ou RX pré-op • Asma ou DPOC o VEF1<30% do previsto – Alto risco para afecções respiratórias • Não estima o risco de rotina Intervenções pré-operatórias • Tabagismo → Cessar 8 semanas antes • Asma/DPOC → Avaliar junto com o pneumologista broncodilatadores e corticoides no pré-pós- operatório. • Tratar pneumonias previamente • Exercício físico pré-operatório Risco renal • Distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos • Sempre incluir ECG, hemograma completo, bioquímica sérica • Creatinina>2mg/dl o Fator de risco independente para complicaçõescardíacas o Sempre calcula o clearence de creatinina para saber se ele tem risco de ir para uma hemodiálise. • Terapia de substituição renal o Hemodiálise 24h antes (e 24h após) procedimento para melhor controle de K+ e volemia o Atentar para hiper K → Toda vez que tem lesão tecidual libera potássio. Assim que o paciente estiver melhor tem que levar para a diálise para tentar melhorar a hipercalemia desse paciente. Fora o controle de fluido. o Atenção aos pacientes que não são dialíticos mas tem uma disfunção renal crônica que pode agudizar no perioperatório e no pós-operatório pelo próprio REMIT. Pode precisar de diálise no pós-operatório, tem que ir para UTI ficar monitorizando, controlar o débito urinário através de sonda e depois ele pode melhorar a função renal e não precisar mais de diálise ou passar a ser um paciente dialítico. Risco Hepatobiliar – Cirrose • Anamnese + exame físico direcionados o Etiologia, sinais clínicos (telangectasias, icterícia ...) Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce • Estado nutricional: principalmente nos pacientes que tem cirrose alcoólica. É aquele paciente com uma barriga de ascite, pernas finas, braços sem gordura. Paciente claramente desnutrido. Avaliação do estado nutricional com albumina, ferritina, transferrina para avaliar melhor esse paciente no pré. • Discrasia sanguíneas → importante pedir Coagulograma, tempo de sangramento para ver como está, mas eles podem sangrar independente disso. • Classificação de Child-Pugh → Não é feita para avaliação de risco hepatobiliar. o Hepatopatas Child C → Contra-indicar cirurgia eletivas. Tentar melhorar para poder operar. Morbimortalidade muito maior. ▪ Herniografias – atentar – Geralmente são contraindicadas nos pacientes que tem ascite → Paciente que tem hérnia umbilical e ascite, porque o líquido está doido para sair pelo umbigo e pode acontecer dele virar um chafariz de ascite. A pressão intrabdominal nesses pacientes é muito alta por conta da ascite. Risco endocrinológico • Diabetes (questionar uso de insulina e medicações), hipo/hipertireoidismo (se ele usar metmazil e metimazol o anestesista tem que estar ciente porque o paciente pode fazer uma crise tireotóxica), insuficiência adrenal (já suplementam ou vão precisar de suplementação de corticoides. • Insulina rápida e ação curta → suspender no início do jejum • Insulina de ação intermediária e longa → 2/3 da dose a noite e ½ da dose na manhã da cirurgia. Dá um suporte com soro glicosado e pedir para a enfermagem ficar de olho na glicemia. • Hipoglicemiantes orais → suspender no dia; metformina → suspender se disfunção renal até melhora. • Uso crônico de corticoide → atentar para necessidade de suplementação. Ajustar com médico que já acompanha. • Valor da glicemia no peri >70. • O próprio REMIT vai fazer a glicemia subir um pouquinho e a gente vai controlando com a insulina regular NPH. Normalmente o paciente que vai operar e que usa os remédios de diabetes nós suspendemos no dia anterior e só volta usar em casa, na vida prática a gente vai controlar com a insulina, porque é mais fácil, com o hipoglicemiante pode ter um pouco mais de dificuldade. Risco hematológico • Transfundir CH o Hb<6g/dl → Transfunde esse paciente. Se for Testemunha de Jeová tenta usar a eritropoetina. Nas cirurgia eletiva, abaixo de 6 nós não vamos fazer. Se for uma cirurgia de urgência muda de figura. o 6-10 g/dl ▪ Risco de IAM ou doença cérebro vascular ▪ Perda estimada de >30% de volemia → Idealmente Hb acima de 7 ou até acima de 10. O ideal é acima de 10 se eu for fazer a cirurgia porque tem uma perda estimada maior que 30%. ▪ Se for uma tireoide, geralmente não sangra aí pode conversar com o anestesista, paciente, para ver se transfunde ou não. • Plaquetas → Não é para todo mundo. Paciente sem comorbidade, em teoria, não precisa de plaquetas. o <100.000 para oftalmológicas e neurocirurgia → Não opera o <50.000 para qualquer cirurgia → Não opera • Uso de anticoagulantes Profilaxia do Tromboembolismo Principal causa de mortalidade intra-hospitalar passível de prevenção. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce A própria cirurgia já é um fator de risco. Atrelado a cirurgia se é um paciente que eu vou operar o fêmur que eu sei que ela vai ficar com restrição no leito, já é idosa ou é uma paciente que eu vou operar e eu sei qe ela tem um câncer, alguns tumores vão levar a um estado de Hipercoagubilidade maior e levar a um tromboembolismo pelo simples fato de ser um câncer a isso eu estou atrelando uma cirurgia aumentando risco de um evento tromboembólico. Tem que levar em consideração esses fatores de risco para saber que profilaxia eu vou fazer Escore de Caprini Leva em consideração a maioria dos fatores de risco que a gente pensa em tromboembolismo venoso. Os hospitais hoje só deixam fazer um procedimento se tiver feito o score de Caprini (avaliação do risco de tromboembolismo) antes. Porque a partir do escore de Caprini eu vou definir qual a profilaxia antitrombótica que eu vou fazer para esse paciente. Existe o escore de Caprini cirúrgico e clínico. Esse da imagem é o cirúrgico. Uma paciente com 75 anos só pela idade já tem 3 pontos. Se for uma cirurgia de 5h ela já leva amis dois pontos. 5 pontos já é alto risco. Profilaxia do Tromboembolismo • Muito baixo → Deambulação precoce. Assim que acabar a cirurgia já pega esse paciente para caminhar. • Baixo → Profilaxia mecânica. Compressão pneumática intermitente, que são as botas pneumáticas, é uma bota que coloca na perna, na panturrilha e na coxa do paciente, e tem um aparelhinho que vai ficar inflando, essa bota é como se você estivesse “caminhando”. Ela vai faz a compressão da musculatura e relaxa. Isso ao longo da cirurgia e usa no pós-operatório também. É a melhor profilaxia que tem, as outras são deambulação e fisioterapia precoce, meias compressivas, que também é uma forma de profilaxia para o tromboembolismo. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce • Moderado → Farmacológica (Clexane dose profilática 40mg/dia ou Heparina 5000mg de 2/2h) ou mecânica • Alto → Farmacológica e mecânica. O paciente que tem o risco de sangrar muito alto eu não uso o clexane eu deixo para usar 24h depois e nesse meio tempo vamos usando a compressão pneumática. Paciente que operou o coração, não vou fazer farmacológica com menos de 12h de cirurgia. Guarda farmacológica lá para frente e usa a mecânica. Risco Nutricional • Perda de 10% em 6 meses ou 5% e 1 mês. o Albumina (14-18d) → é “cola” e quando está baixa não “cola” os tecidos, cicatrização pior, risco de infecção maior, se torna imunossupresso, com maior risco de complicações. o Transferrina (7d) • NTP (Nutrição parenteral total) pré-op (7-10d) → Geralmente feita em cateter venoso central. É um mistura de proteína, glicídio, albumina. Para que ele entre na cirurgia com um estado nutricional melhor. o Somente em gravementedesnutridos. Exames Pré-Operatórios Aspectos médico-legais • Não se mostram superior a uma boa anamnese e exame físico • Alterações encontradas em rotina não são associadas a aumento de morbidade perioperatória. Hemograma: Suspeita de anemia, Ins. renal, esplenomegalia, anticoagulantes, infecção, RT ou QT recentes. Coagulograma: História de sangramentos, cirurgias vasculares, oftálmicas, neurocirurgias, necessidade de CEC, hepatopatias, esplenomegalia, neoplasias avançadas (também sangram), má absorção, anestesia raqui e peri. • Cirurgia de urgência mais difícil fazer uma raqui e uma peri porque às vezes o Coagulograma não chega a tempo. Tipagem sanguíneas: Perda estimada de >30% volemia ou 1500ml. Glicemia: >70ª, HF ou pessoal de nefropatia, DM, uso de corticoides, pancreotopatias, NPT (pode fazer a glicemia subir e alterar a função hepática, por isso pede também TGO e TGP para esses pacientes.) Creatina: > 70ª, HF ou pessoal de nefropatia, HAS, DM Eletrólitos: Nefropatias, Insuf. cardíaca ou hepática, uso de diuréticos ou corticoides, hiperaldosteronismo. TGO/TGP: Hepatopatia ou etilismo (além de TP/alb) Rx de Tórax: >74, cir. torácica ou abd superior, cardiopatia, pneumopatia, neoplasias, tabagismo >20maço/anos. ECG: >45(h)/55(m), doenças sistêmicas associado a patologias cardíacas (DM, HAS, doenças vasculares, LES, dislipidemias), uso de drogas cardiotóxicas (ADT, etc) Avaliação Medicamentos Manter Suspender no dia anterior Suspender previamente Anti-hipertensivos → Orientar que o paciente vai precisar tomar o remédio. É comum esquecer de tomar por conta do jejum. Antidiabéticos orais AAS* Psicotrópicos Diuréticos Clopidogrel* Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Anticonvulsivantes AINE (1-3 dias) → Tem lugares que tem que suspender 10 dias antes. Drogas pulmonares Anticoagulantes orais Levotiroxina (Hormônio da tireoide) * Em algumas situações o risco cardiovascular do paciente é tão alto que a gente vai preferir manter o AAS. O clopidogrel sempre vamos tentar tirar porque quando sangra, sangra bem. Mas o AAS estudos novos mostram que não aumenta hematomas ameaçadores à vida. Cuidado: Eu falei que o risco cardiovascular a gente mantém o AAS, nessa tabela está falando risco de sangramento. Paciente com baixo risco cardiovascular a gente pode suspender, mas se tiver baixo risco de sangramento pode manter. Se ele for alto risco cardiovascular e mesmo com alto risco de sangramento, ainda assim eu posso manter o AAS, por conta do risco de infarto depois. Anticoagulantes orais • Suspender 5 dias (geralmente, Wafarina – Marevan, que é uma medicação que altera o RNI) antes. Mensurar RNI no pre-op imediato. Reiniciar 12h PO. o Para cirurgia o ideal é um RNI < 1,5 • Paciente de alto risco: heparina sistêmica até 6h antes da cirurgia, porque a meia vida dela é menor que os outro anticoagulantes orais. Os anticoagulantes novos (rivaroxabana) não alteram RNI, então não adianta nada dosar o RNI, suspende ele 7 dias antes. • Emergência → Se eu tiver usado Wafarina. Considerar plasma fresco, Vit K, Protrombina. Tricotomia Não realizar, ou realizar apenas no momento da cirurgia. Além da foliculite tem risco de infecção. O ato de fazer a tricotomia já pode lesionar a pele. Sondagem Vesical Caso seja necessário monitorizar perfusão tecidual (paciente grave, cirurgias longas) Cirurgias pélvicas ou vias urinárias, normalmente precisam. Laparoscopias* → sempre vou precisar fazer sondagem vesical. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Quanto antes tirar essa sonda melhor porque vira um foco de infecção depois. Se vai fazer uma vesícula que o tempo de cirurgia é de 40-60 minutos não tem porque sondar. Antibioticoprofilaxia Classificar cirurgia Paciente que tinha uma apendicite aguda que caiu cocô na cavidade, não tem jeito esse paciente é cirurgia infectada e o que eu vou fazer não é mais antibioticoprofilaxia é antibióticoterapia. Cirurgia limpa: em teoria, não precisa de antibiótico, nem profilático, nem terapêutico • Exceção → Prótese ou grande morbimortalidade. Ex: Cir. Cardíaca, Cir. vascular de grande porte. • Dose única e no momento da cirurgia. Limpa-contaminada • Sempre. Dose única • Cefalozina Contaminada; infectada • Antibioticoterapia • Cobertura aeróbica e anaeróbica • Depende muito da região que foi operada • Ver o centro de controle de infecção do hospital. Vão informar qual é o melhor antibiótico para aquele hospital. Antibioticoprofilaxia 1 dose na indução anestésica • Repetir em 1 a 2 meias-vidas da droga. • Manter até o fim do procedimento ou no máx. 24h. • Não existe Antibioticoprofilaxia de 2/3 dias, isso já é antibioticoterapia. Apesar de ocorrer na prática. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Esse protocolo tenta minimizar tudo que é possível para o controle e melhora do paciente além de minimizar as complicações do pós-operatório. Antigamente, a gente fazia jejum de 8h, hoje a diretriz mostrou pelos estudos que você minimizar o jejum, diminui complicações no pós-operatório. O paciente pode beber água, água de coco até 2h antes da cirurgia. Não precisa de tanto fluido no intra operatório porque acaba sobrecarregando o rim e o coração. O ACERTO veio para sintetizar, apesar de não cair em prova. Toda cirurgia tem um check-list pré-operatório. Importante para a segurança do paciente e do cirurgião. Para evitar processo, como a marcação de uma perna errada. Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce Catarina Realce
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