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TISSSSSS - PEDAGOGIA HOSPITALAR

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FACULDADE DE MINAS – FAMINAS-BH 
 PEDAGOGIA 
 O PEDAGOGO NO AMBIENTE HOSPITALAR
Efigênia Aparecida Belisário 
Eliane de Souza Morini Ferreira
Isabella Alves Vitor Santana
Leila Matias de Jesus Oliveira
Miriã Rodrigues Chaves
 BELO HORIZONTE 
 ABRIL/2016 
Introdução
Este trabalho tem como finalidade apresentar a história e a atuação do pedagogo no ambiente hospitalar uma nova modalidade de atuação deste profissional, o hospital e um local onde a aprendizagem pode favorecer muito a criança ou adolescente internado, dando a oportunidade do paciente continuar seus estudos sem ser prejudicado na escola regular durante a sua internação. As atividades pedagógicas favorecem o paciente na sua recuperação dando suporte também a família do paciente. 
História da Pedagogia Hospitalar 
Foi no período da Segunda Guerra Mundial o grande número de crianças mutiladas e sem atendimento escolar que fez com que um grupo de médicos se mobilizassem para dar atendimento a essas crianças. 
De acordo com Esteves (2008), a Pedagogia Hospitalar começou a partir da década de 90 no qual os órgãos públicos sentiram a necessidade de inserir o serviço do pedagogo hospitalar, complementando a área da educação especial no Brasil. É uma proposta diferenciada de ensino que tem a finalidade de acompanhar as crianças que estão afastadsa da escola por estarem doentes. 
Mas é inquestionável, que a pedagogia hospitalar foi criada para atender especificamente as crianças e adolescentes internados que estão fora da escola, dando apoio necessário para que os mesmos não percam o contato com o processo ensino aprendizagem. No momento presente, há uma grande conscientização dos profissionais para implantar a prática em todos os espaços de saúde. 
Na França, por exemplo, em 1939 é criado o Centro Nacional de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptadas de Surenes - C.N.E.F.E.I que criou um grupo de professores para trabalhar em hospitais. A partir disso foi criado o cargo de professor hospitalar pelo Ministério de Educação da França. Segundo, Esteves apud Amaral e Silva “A criação de classes hospitalares em hospitais é resultado do reconhecimento formal à crianças internadas com necessidades educacionais, um direito à escolarização”( 2003, p.1). 
No Brasil na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o tratamento pedagógico hospitalar teve início na década de 50, na cidade do Rio de Janeiro pelo Hospital Escola Menino Jesus que ainda mantém até hoje as suas atividades às crianças e adolescentes internados. 
Quanto ao profissional pedagogo segundo Calegari apud Simancas e Lorente (1990), a sua atuação em    ambientes clínicos ou hospitalares se faz presente desde 1979 em uma clínica na cidade de Navarra, na Espanha, que pela internação de sua irmã, uma acadêmica de Pedagogia inicia práticas pedagógicas, sendo posteriormente tomadas como exemplos em outras unidades. Conforme a autora a partir de então a prática pedagógica em hospital passa a ter um curso de formação naquele país.(CALEGARI,2003,p.89). 
 Pedagogia Hospitalar
Hospital 
De acordo com o dicionário Aurélio, o hospital é um local destinado ao diagnóstico e ao tratamento de doentes, onde se pratica também a investigação e o ensino. 
Com o passar do tempo, a noção passou a dizer respeito à qualidade segundo definição do Ministério da Saúde, um espaço de educação. De acolher/hospedar alguém bem e com satisfação. 
Hospital é a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas, em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente. (BRASIL, 1977, p.3929). 
Antigamente, um hospital era um local onde se exercia a caridade a pessoas pobres, doentes, órfãs, idosas e a peregrinos, acolhidos por monges e freiras. O hospital como estabelecimento de saúde, tem como finalidade cumprir as funções de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Os hospitais podem ser gerais, psiquiátricos, geriátricos e materno-infantis (as maternidades), entre outras especialidades. 
Não podemos limitar a ação do pedagogo apenas ao trabalho docente, pois a atuação do pedagogo deve ultrapassar a experiência escolar e obter níveis diferentes da educação, superando as metas de se relacionar sempre como pedagogo de escolas, pois a educação deve alcançar todos os campos de atuação onde possam ser promovidos o conhecimento e o desenvolvimento. 
A legislação vigente protege as crianças e adolescentes e garante o direito de acesso e permanência no Ensino Fundamental, além do direito á continuidade dos estudos pelo fato de crianças internadas ficarem impossibilitadas de frequentarem a escola em que estão matriculadas. Dessa forma, o espaço hospitalar serve como mediador na possibilidade da criança continuar relacionada com o mundo fora do hospital.
 Para que isso aconteça, a legislação reconhece o direito da criança e do adolescente hospitalizado, a continuidade de estudo. A proposta implícita na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é a de que toda criança ou jovem disponha de todas as chances possíveis para que os processos de desenvolvimento e aprendizagem não sejam interrompidos. Neste sentido, a legislação prevê a obrigação de beneficiar as crianças hospitalizadas, que por motivo de enfermidade, necessitam dar continuidade aos seus estudos e poder reintegrar-se á sua escola de origem sem maiores prejuízos.
 As DCN’s (Diretrizes Curriculares Nacionais) para o curso de Pedagogia mencionam a importância e a existência de atividades educativas em ambientes escolares e não escolares utilizando até mesmo o termo Educação Hospitalar. Destacando o aspecto hospitalar, o pedagogo deve ser capacitado para estimular o desenvolvimento de novas habilidades e estar qualificado para atuar no hospital (ambiente que se difere do escolar pela instabilidade da realidade), buscando sempre adaptar-se ás circunstâncias de cada criança.
 Os profissionais da educação devem sempre programar suas práticas de acordo com cada realidade, levando em conta as especificidades de cada momento, flexibilizando ações, promovendo mudanças e interações profissionais das áreas envolvidas. É necessário respeitar o momento da criança, oferecendo a ela atenção, dando continuidade ao seu desenvolvimento e aprendizagem. Justifica-se assim a importância do pedagogo hospitalar, o qual pode ajudar a criança na compreensão do seu estado de saúde, em uma melhor aceitação do tratamento, e estimular a criança a realizar atividades que a faça sentir inserida no contexto escolar.    
Desenvolvimento
A pedagogia hospitalar é um tema pouco comentado na sua essência, por isso surgem sempre alguns questionamentos sobre as atribuições do pedagogo em classe hospitalar; já que a rotina é diferente de uma classe regular. A pedagogia hospitalar é uma área em crescimento, e bastante interessante; realizado por pedagogos dentro dos hospitais, não podendo deixar de se destacar a importância do trabalho do educador, do pedagogo nas classes hospitalares. Neste contexto, apontaremos a necessidade de um trabalho contínuo de humanização tanto no aspecto pedagógico, quanto médico e psicológico no ambiente hospitalar. Atribuindo ao pedagogo a importante tarefa de reintegrar a criança a sociedade, dando atenção, afeto, fazendo seu trabalho com amor e ética, criando um ambiente um pouco mais descontraído e melhor onde esta criança sinta conforto e prazer em permanecer. . 
O pedagogo tem novos campos de atuação saindo do cotidiano escolar, que até pouco tempo, era seu único espaço de trabalho, para se inserir em novos locais com uma visão diferente da atuação deste profissional. Abrem-se novos espaços para educação,em locais como hospitais, ONGs, empresas, eventos..., esse contexto vem mudando a idéia que o pedagogo está apto somente para ficar dentro de uma sala de aula, estendendo –se para outros espaços pois nos espaços que há ensino há prática pedagógica. O pedagogo está se inserindo em diversas áreas no mercado de trabalho mostrando sua capacitação visando à aprendizagem do conhecimento humano. Conforme Libâneo todos os educadores seriamente interessados nas ciências da educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar esforços em propostas de intervenção pedagógica nas várias esferas do educativo para enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo. (1995,p.59). 
A formação no curso de Pedagogia está possibilitando novos campos de atuação, desafiando a todos os pedagogos na sua prática educativa nos espaços não escolares valorizando a educação e trazendo novas conquistas. 
 Atuação do Pedagogo no Ambiente Hospitalar 
 Possibilidades de atuação  
 Acompanhar o aluno nos momentos de internação, reabilitação e recreação, podendo desempenhar o papel de ponte entre a escola e a necessidade transitória de ausência escolar, para que seja garantida a continuidade do período letivo. Há hospitais que contam com uma brinquedoteca, na qual os pacientes podem buscar de forma lúdica, o apoio emocional, a continuidade nos estudos, a recreação, o lazer. Explorando este aspecto lúdico, o pedagogo pode proporcionar momentos de brincadeiras, jogos, recreações, contações de histórias, oficinas de arte, sempre respeitando a necessidade de cada paciente. O pedagogo hospitalar também oferece suporte pedagógico – emocional aos pais e familiares. 
Desafios de atuação 
 Em qualquer instituição seja ela escolar ou não, os desafios são grandes e dificultam categoricamente sua prática. Talvez a desvalorização do pedagogo, dificuldade de intervir no seio familiar e delimitação de atuação seja alguns dos maiores desafios para o trabalho pedagógico. Os indivíduos envolvidos na prática pedagógica estão sujeitos a variações de abordagens de acordo com o contexto em que está, ou seja, a partir do momento em que está com o pedagogo, a criança/adolescente adquire habilidades que talvez sejam descontruídas no seio familiar. 
Anexos 
PUBLICADO EM 25/03/12 - 22h53 
JULIANA DAPIEVE 
Suas falas são rápidas, cheias de energia e quem sempre sem pausa. Vez por outra principalmente quando refere-se a seus alunos -, ela ri e se desculpa: ‘’É que falar das crianças me deixa muito empolgada’’.Assim, a pedagoga Denise Soares de Almeida, de 36 anos, umas das cinco finalistas da categoria Cidadania do Prêmio Bom Exemplo deste ano, conta como é dividir seu tempo entre as atividades corriqueiras de qualquer mulher com o trabalho voluntário que desenvolve em seu Instituto 7 Anões e nos corredores da oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Denise, que não tem filhos nem parentes com câncer, desenvolve, há dois anos, um trabalho educacional voltado para crianças portadoras da doença. ‘’Sempre quis trabalhar com crianças com câncer, mas não me sentia emocionalmente preparada’’. O ‘’start’’ desse processo foi, ao mesmo tempo, revelador e doloroso. ‘’Mina primeira aluna, a Julinha, não resistiu à doença e faleceu aos 4 anos. É claro que pensei em desistir, mas voltei atrás por entender que o pontapé inicial já tinha sido dado e que essa era minha missão’’.Desde então, Denise abriu as portas do Instituto 7 Anões para uma criançada que por razões óbvias, é mais fragilizada que as crianças saudáveis e que, por isso mesmo, muitas vezes não consegue vaga nas escolas regulares. ‘’O preconceito entre eles não existe. Quando recebemos uma criança em tratamento, explico para os outros alunos que o coleguinha perdeu os cabelos por causa dos remédios contra o câncer’’ Por incrível que pareça, alguns pais já se mostraram mais resistentes que seus filhos. ‘’Mas isso foi só no começo, hoje, a convivência é harmoniosa’’, conta ela. Ás crianças com câncer, a pedagoga, oferece toda a infraestrutura educacional – das mensalidades a uniformes escolares, passando por material didático gratuitos. Aos alunos saudáveis, ela proporciona diariamente, aulas extras de cidadania e amor ao próximo que, dificilmente, teriam em uma escola tradicional.  
Incansável, o trabalho de Denise não para por aí. Ás terças e quartas, ela segue para o setor de oncologia da Santa Casa, onde dá aulas para um grupo heterogêneo de até 15 crianças. É a chamada classe hospitalar, modalidade de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), que permite que o aluno internado não perca tempo nos estudos e continue acompanhando o currículo de sua escola de origem. ‘’Faço contato com a escola da criança, vejo em que ponto ela parou os estudos, quais as atividades podem ser desenvolvidas e as aplico no hospital, assim como as provas. Esse material é reenviado para a antiga professora, que avalia o desempenho do aluno e distribui a pontuação para aprova-lo, ou não’’, explica ela. ‘’Mas meus alunos são sempre bem avaliados’’, brinca Denise, que ainda reforça: suas aulas são de acompanhamento pedagógico, e não de esforço escolar.’’ 
Como nem tudo são flores, a pedagoga nos conta que suas aulas são ministradas, atualmente, no saguão da oncologia. ‘’Quem sabe agora, com uma maior divulgação desse trabalho, não conseguimos um espaço melhor para as crianças?’’, pergunta ela. Vamos ficar na torcida.  
Disponível em: Disponível em: http://www.otempo.com.br/super-noticia/professora-d%C3%A1-aulas-de-amor-e-cidadania-1.86883  
Referências Bibliográficas
ESTEVES, C.R. Pedagogia Hospitalar: um breve histórico. Salvador, 2001. 
AMARAL, D. P.; SILVA, M. T. P. Formação e prática pedagógica em classes hospitalares: respeitando a cidadania de crianças e jovens enfermos. 
FONSECA,  E.  S.  da.  Classe  Hospitalar:  Ação  sistemática  na  atenção  às  necessidades pedagógico-educacionais  de  crianças  e  adolescentes  hospitalizados.  Publicado  em  1999. 
BRASIL.  Ministério  da  Educação.  Direito  à  educação:  subsídios  para  a  gestão  de  sistemas educacionais:  orientações  e  marcos  legais.  Organização  e  coordenação  Marlene  de  Oliveira Gotti ET AL. Brasília: MEC/SEESP,2004 
CECCIM,  Ricardo  B.;  CARVALHO,  Paulo  R.  A.  (orgs.).  A  criança  hospitalizada: atenção integral como escuta à vida. Porto Alegre: UFRGS. 1997. 
PAULA, E.M.A.T.; FOLTRAN, E.P. Brinquedoteca Hospitalar: Direito das crianças e adolescentes hospitalizados. In: Conexão UEPG. Ponta Grossa: UEPG, v.3,n. 1.2007.p. 20-23 
WOLF. R.A.P. Pedagogia Hospitalar: A prática do pedagogo em instituição não-escolar. In: Conexão UEPG. Ponta Grossa: UEPG, v.3. n.1.2007.p. 47-51 
CARNEIRO, Isabel Magda  Said  Pierre;  MACIEL, Maria  José  Camelo. Pedagogia e Pedagogos  em diferentes  espaços:  interdisciplinaridade  pedagógica. (s.a.) 
FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. O pedagogo em espaços não escolares: novos desafios. Ciência. Porto Alegre: n. 36, p. 87-103, jul./dez. 2004. 
LIBÂNEO, J. C. PEDAGOGIA, ciência da educação?, In: PIMENTA, S. G. ( Org.). Pedagogia, ciência da educação? São Paulo; Cortez, 1996.
CALEGARI, Aparecida Meire. Atendimento Pedagógico á criança hospitalizada. Anais do “ I Seminário Internacional de Educação” ( Cianorte – Paraná – Brasil), p.820-824, Setembro, 2001.

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