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DIREITO EMPRESARIAL Prof. Bianca Arruda CONCEITO DA PALAVRA DIREITO A palavra direito vem do latin directum, que corresponde à ideia de regra, direção, sem desvio. O direito constitui a arte do bem e do justo ius est ars boni et aequi (Celso). Não há, preliminarmente, entendimento pacífico e uniforme quanto à exata conceituação do vocábulo “direito”. Dessa forma, mister se faz relacionar alguns entendimento acerca do tema. Para o Prof° Miguel Reale, o “Direito é lei e ordem”, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros. Assim sendo, quem age de conformidade com essas regras, comporta-se direito, quem não o faz,age torto”. De acordo com Paulo Dourado de Gusmão, “de modo muito amplo, pode-se dizer que a palavra direito tem três sentidos: primeiro, regra de conduta obrigatória (direito objetivo); segundo, sistema de conhecimentos jurídicos (ciência do direito); terceiro, faculdade ou poderes que tem ou pode ter uma pessoa, ou seja, o que pode uma pessoa exigir de outra (direito subjetivo). É o escólio de Tércio Sampaio Ferraz Junior, para quem “a palavra direito, em português, guardou, porém tanto o sentido do jus como aquilo que é consagrado pela Justiça (em termos de virtude moral) quanto o de derectum como um exame da retidão da balança, por meio do ato da Justiça (em termo do aparelho judicial). Isso pode ser observado pelo fato de que hoje se utiliza o termo tanto para significar o ordenamento vigente – o direito brasileiro, o direito civil -, como também a possibilidade concedida pelo ordenamento de agir e fazer valer uma situação – direito de alguém”. Toda ciência é composta por um corpo conceitual e respectivo sistema metodológico. Ao contrário das ciências naturais, o Direito não tem a necessidade de aferição da sua verdade (ou melhor, validade, eis que relativa e mutável), por meio de experimentos laboratoriais e equipamentos, permitindo-se a esse propósito indicar como principais métodos empregados no Direito a analogia, a dialética, a dedução e a indução. (pg 68 introdução ao direito). METODOLOGIA DO DIREITO O Direito Empresarial é um ramo do Direito Privado que disciplina as atividades das empresas e dos empresários comerciais, considerando estes últimos como sendo a atividade econômica daqueles que atuam na circulação ou produção de bens e a prestação de serviços, assim como os atos considerados comerciais, ainda que não diretamente relacionados às atividades das empresas (Gladston Mamede, 2007). Referido ramo do Direito abrange a teoria geral da empresa, sociedades empresárias, títulos de crédito, contratos mercantis, propriedade intelectual, relação jurídica de consumo, relação concorrencial, locação empresarial, falência e recuperação de empresas. Nosso primeiro e único Código Comercial foi criado pela Lei nº 556, de 1850, tendo sua Parte Primeira revogada pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil – CC), ou seja, apenas resta em vigor até hoje a Parte Segunda, que trata do comércio marítimo (artigo 2.045 do CC). O QUE É O DIREITO EMPRESARIAL? http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm Isso porque, o CC trouxe mudanças em vários pontos do ordenamento jurídico relativo a atos civis em território brasileiro. O diploma tem por característica a unificação do direito privado brasileiro, uma vez que abrange, além de matéria de ordem civil propriamente dita, matéria de direito comercial. O QUE É O DIREITO EMPRESARIAL? O QUE DIZEM OS DOUTRINADORES? Conforme nos ensina Rubens Edmundo Requião (2007): “O Direito Empresarial é, portanto, o conjunto de normas jurídicas que regulam as transações econômicas privadas empresariais que visam à produção e à circulação de bens e serviços por meio de atos exercidos profissional e habitualmente, com o objetivo de lucro”. Em seu entendimento, Miguel Reale (2007): “O Direito Comercial é, pois, um dos ramos do Direito Privado, sendo um desdobramento ou especificação do Direito Civil. Perdeu, todavia, a sua característica de direito classista, para passar a reger, objetivamente, determinado campo da experiência jurídica privada. Desse modo, o seu objeto passou a ser a atividade negocial enquanto destinada a fins de natureza econômica, sendo essa atividade habitual e dirigida à produção de resultados patrimoniais. Hoje em dia, por conseguinte, prevalece a tese de que não é o ato de comércio como tal que constitui o objeto do Direito Comercial, mas algo mais amplo: a atividade econômica habitualmente destinada à circulação das riquezas, mediante bens ou serviços, o ato de comércio inclusive, implicando uma estrutura de natureza empresarial”. https://segredosdeconcurso.com.br/resumo-de-direito-civil/ Ainda para referido doutrinador, o Direito Comercial, entendido como especificação do Direito Civil, repousa sobre esses elementos basilares: ✓ Autonomia da vontade expressa, dinamicamente, numa atividade negocial, com propósito de lucro. ✓ Estrutura empresarial. ✓ Garantia e certeza da circulação e do crédito. O Direito Empresarial possui um conjunto sistematizado de princípios e normas que lhe dão identidade, bem como institutos exclusivos como a recuperação de empresas e a falência, o que faz com que se diferencie de outros ramos do Direito. 1. PESSOA JURÍDICA Pessoa jurídica é o sujeito de direito a quem o ordenamento jurídico atribui personalidade jurídica, podendo praticar atos jurídicos, desde que não proibidos por lei e/ou pelo seu ato constitutivo, estabelecendo obrigações entre os sócios e tendo como principal resultado a criação de um sujeito de direito dotado de personalidade jurídica. CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DAS SOCIEDADES 2. EFEITO DA PERSONALIZAÇÃO Um dos efeitos da personalização decorre do princípio da autonomia patrimonial, vez que, adquirida a personalidade jurídica pela pessoa jurídica, haverá separação entre os bens, direitos e obrigações dessa e dos sócios. . 3. PERSONALIDADE JURÍDICA Também é importante dizer que, embora o art. 44 do CC (veja o tópico “Legislação ao final do texto”) inclua as sociedades como pessoas jurídicas, existem sociedades que não possuem personalidade jurídica, qual seja: as sociedades em comum e as sociedades em conta de participação. CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DAS SOCIEDADES 4. TEORIA DA EMPRESA Esclarecidos tais pontos, cabe iniciar o estudo acerca da teoria da empresa. Por meio dessa, considera-se como empresarial a atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços, excluídas as decorrentes de profissão de cunho intelectual, de natureza científica, literária e artística. 5. SOCIEDADE Sociedade, por sua vez, é o vínculo constituído pela manifestação de vontade de duas ou mais pessoas que assumem a obrigação de contribuir com seus esforços e recursos para exercer uma atividade econômica e atingir fins comuns, sendo dotada de personalidade jurídica, conforme prescreve o art. 981 do CC (veja o tópico “Legislação ao final do texto”). Em outras palavras, sociedade consiste na manifestação de vontade entre duas ou mais pessoas, podendo ser física ou jurídica, sendo certo que para a aquisição da personalidade jurídica deve haver o arquivamento de seus atos constitutivos no órgão de registro competente. CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DAS SOCIEDADES 6. CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE Importante dizer que, para a constituição da sociedade, é necessário o atendimento de alguns requisitos: ➢Celebração entre agentes capazes: salienta-se que a sociedade poderá ter a participação de um incapaz para dar continuidade à empresa, todavia, esse deverá ser devidamente representado ou assistido, bem como será proibido de exercer a administração, nos termos do art. 974 do CC (vejao tópico “Legislação ao final do texto”); ➢Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: é vedado ser objeto da empresa algo contrário aos bons costumes ou à ordem pública; ➢Forma legal: forma prescrita ou não defesa em lei. CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DAS SOCIEDADES LEGISLAÇÃO CÓDIGO CIVIL Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados LEGISLAÇÃO Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. LEGISLAÇÃO § 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II – o capital social deve ser totalmente integralizado; III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. TEORIA DA EMPRESA - RESUMO EMPRESA EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA COM FINS LUCRATIVOS COMÉRCIO INDÚSTRIA SERVIÇO RURAL F O R M A EMPRESÁRIO INDIVIDUAL EMPRESA INDIVIDUAL SOCIEDADE EMPRESÁRIA TEORIA DA EMPRESA - RESUMO Cabe uma última observação, que é a de se notar que, no conceito de empresário previsto no Código Civil, o legislador não associou o exercício ao registro da atividade no Registro Público de Empresas Mercantis, o que significa dizer que o registro não é elemento caracterizador da atividade, e sim uma obrigação do empresário (Art. 967 CC), o que permitirá a sua classificação em empresário regular – quando exercer a atividade sem registro. Isso indica a natureza meramente declaratória do registro da empresa. Ao longo do tempo, fora do mundo jurídico, criou-se o mito de que o conceito de empresa estava vinculado ao seu registro, mas agora percebe-se tratar-se apenas de uma obrigação empresarial, e como tal, tem quem a cumpra, tem quem não – exercício do livre-arbítrio. EXCEÇÕES AO CONCEITO DE EMPRESA NÃO SE CONSIDERA EMPRESA Parágrafo único do Art. 966 do Código Civil PROFISSIONAIS LIBERAIS ARTISTAS AUTORES MÚSICOS PRODUTOR RURAL REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL De acordo com o Código Civil, o exercício da atividade empresarial exige três requisitos básicos: ❑ Capacidade Civil ❑ Livre Administração de bens ❑ Estar impedido na forma da lei Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Da leitura do Art. 972 citada acima, tem-se a impressão de apenas dois requisitos: capacidade civil e não impedimento, porém é de se observar que o legislador não exige apenas a capacidade civil, e sim o pleno gozo dessa capacidade, o que implica estar na livre administração de seus bens. Abordaremos todas as formas possíveis de exercício de atividade empresarial, individualmente ou em sociedade, como pessoa física ou pessoa jurídica, regular e irregular. Então, é necessário compreender que empresa pode ser pessoa física ou jurídica, considerando a variedade de formas possíveis para que as pessoas possam se estabelecer empresarialmente: EMPRESA PESSOA FÍSICA PESSOA JURÍDICA FORMAS DE EXERCÍCIO EM ATIVIDADE EMPRESARIAL As formas das atividades empresariais são: ❑ Empresário Individual ❑ MEI – Microempreendedor Individual ❑ EIRELI – empresa individual de responsabilidade limitada ❑ Sociedades As sociedades, por sua vez, são classificadas em sociedades empresárias e sociedade não empresária. As sociedades empresárias se subdividem em sete tipos, a saber: ❑ Sociedade em Comum ❑ Sociedade em Conta de Participação ❑ Sociedade em Nome Coletivo ❑ Sociedade em Comandita Simples ❑ Sociedade Limitada ❑ Sociedade Anônima ou Companhia ❑ Sociedade em Comandita por Ações Já a sociedade não empresarial se subdivide em Sociedade Simples e Cooperativas. Para fins meramente didáticos, trataremos todas essas formas de exercício de atividade da seguinte forma: a) Exercício individual de atividade empresarial b) Sociedades não empresariais c) Sociedades empresarias irregulares d) Sociedades empresariais regulares Ainda sobre sociedades, cabe lembrar que essas sociedades, ao se registrarem, serão classificadas como pessoas jurídicas, porém temos que entender que as pessoas jurídicas, segundo o direito pátrio, podem ser de direito público ou de direito privado, assim classificadas: PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO DE DIREITO PRIVADO • União • Estados/DF • Municípios • Autarquias • Fundações Públicas Estatais: • Empresa Pública • Sociedade de Economia Mista Não Estatais/Empresariais: • Sociedade em nome coletivo • Sociedade em comandita simples • Sociedade limitada • Sociedade em comandita por ações • Sociedade anônima ou companhia Não Estatais/Não Empresariais: • Sociedade Simples • Cooperativa Cabe lembrar que o objeto de estudo do Direito Civil e do Empresarial diz respeito tão somente a pessoas jurídicas de Direito Privado, sendo que as de Direito Público são reguladas pelo Direito Administrativo. É muito importante distinguirmos, entre as pessoas jurídicas de direito privado, as pessoas jurídicas com fins lucrativos e as pessoas jurídicas sem fins lucrativos, haja vista que as pessoas jurídicas sem fins lucrativos são objeto de estudo exclusivo do Direito Civil, restando ao Direito Empresarial o estudo das pessoas jurídicas com fins lucrativos, como demonstrado a seguir: PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO COM FINS LUCRATIVOS ASSOCIAÇÃO FUNDAÇÃO EMPRESARIAIS NÃO EMPRESARIAIS SEM FINS LUCRATIVOS CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES CLASSIFICAÇÃO As sociedades podem ser classificadas por inúmeros critérios: ✓ Quanto à existência de personalidade jurídica: (I) Sociedades não personificadas: sociedades em comum e em conta de participação. Essas sociedades não possuem personalidade jurídica. (II) Sociedades personificadas: todas as demais sociedades. Possuem personalidade jurídica que decorre de sua constituição por documento registrado na Junta Comercial ou no Cartório. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES CLASSIFICAÇÃO As sociedades podem ser classificadas por inúmeros critérios: ✓ Quanto à espécie ou a atividade desenvolvida: I. Sociedades simples: a sociedade que exercer a sua atividade SEM profissionalismo, ou SEM organizar os fatores de produção. Seus atos constitutivos são registrados no Cartório. II. Sociedades empresárias: a sociedade que explorar a sua atividade com profissionalismo, fins lucrativos e de modo organizado. Seus atos constitutivos são registrados na Junta Comercial. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES CLASSIFICAÇÃOAs sociedades podem ser classificadas por inúmeros critérios: ✓ Quanto ao tipo e a forma societária elas podem ser: (I) Sociedades em nome coletivo (II) Em comandita simples (III) Limitada (IV) Sociedade anônima (V) Em comandita por ações (VI) Cooperativas CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES CLASSIFICAÇÃO As sociedades podem ser classificadas por inúmeros critérios: ✓ Quanto a autorização para funcionamento: Existem sociedades que dependem de autorização do poder executivo federal para funcionar, como as sociedades estrangeiras, as instituições financeiras em geral, as sociedades de seguro, etc. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES ✓ Quanto a nacionalidade: (I) Sociedades Nacionais: São as organizadas em conformidade com a lei brasileira em tem no Brasil a sua sede e administração sendo irrelevante a nacionalidade dos sócios. (II) Sociedades Estrangeiras: São todas as sociedades que NÃO possuem no país a sua sede e administração e NÃO são organizadas de acordo com a lei brasileira. É necessário a expedição de um decreto de autorização do Poder Executivo. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES ✓ Quanto a atividade desenvolvida: (I) Sociedade de Pessoas: as qualidades pessoais de cada sócio são de extrema importância para a formação do vínculo social. Trata-se de uma sociedade intuitu personae, ou seja, os atributos individuais de cada sócio são mais importantes para a formação da sociedade do que as suas contribuições materiais. (II) Sociedade de Capital: São todas as sociedades que NÃO possuem no país a sua sede e administração e NÃO são organizadas de acordo com a lei brasileira. É necessário a expedição de um decreto de autorização do Poder Executivo. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Classificação: A classificação quanto a forma de constituição e dissolução (se a sociedade é contratual ou institucional) é relevante para a resolução de certas questões societárias, como: Alienação de participação societária a terceiro: (a) Sociedade de Pessoas: não seria possível em razão da importância das qualidades pessoais do sócio para a formação do vínculo social; (b) Sociedade de Capital: será livre a alienação da participação societária, pois os atributos pessoais do terceiro adquirente NÃO são relevantes para a manutenção do vínculo existente entre os sócios CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Sucessão do sócio falecido – se pode acarretar ou não a dissolução parcial da sociedade: (I) Sociedade de Pessoas: se a morte do sócio acarretar a transferência de seus bens aos seus sucessores, os sócios sobreviventes poderão requerer a dissolução parcial da sociedade não permitindo o ingresso dos sucessores na sociedade. (II) Sociedade de Capital: NÃO será possível impedir o ingresso pelos sócios sobreviventes dos sucessores na sociedade. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Classificação: As sociedades podem ser classificadas por inúmeros critérios: ✓ Quanto a forma de constituição e dissolução: (I) Sociedades Contratuais: São constituídas por contrato social. (II) Sociedades Institucionais: São as sociedades regidas pela Lei das Sociedades Anônimas e as cooperativas. ✓ Quanto a quantidade dos sócios as sociedades empresárias podem ser: (I) Pluripessoais: Possuem dois ou mais sócios. (II) Unipessoais: Possui apenas um sócio, como no caso da sociedade individual de responsabilidade limitada (EIRELI). CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Classificação: As sociedades podem ser classificadas por inúmeros critérios: ✓ Quanto ao grau de responsabilidade dos sócios pelas dívidas sociais: (I) Responsabilidade Ilimitada: Os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, ou seja, os sócios respondem com seus bens pessoais pelas dívidas sociais até a integral satisfação dos credores da sociedade. Ex: Sociedade em nome coletivo (artigos 1.039 a 1.044 do Código Civil). (II) Responsabilidade Limitada: A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade é LIMITADA ao valor de suas quotas ou ao valor do capital social. Ex: sociedades anônimas e limitadas (artigos 1.052 a 1.087 do Código Civil). CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Classificação: As sociedades podem ser classificadas por inúmeros critérios: ✓ Quanto ao grau de responsabilidade dos sócios pelas dívidas sociais: III. Responsabilidade Mista: São sociedades em que os sócios respondem tanto limitada quanto ilimitadamente. Ex: comandita simples e comandita por ações, em que os sócios comanditados respondem ilimitadamente e os sócios comanditários respondem limitadamente. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES ✓ Quanto ao momento em que os sócios podem ser cobrados pelas dívidas sociais: I. Responsabilidade Direta: quando os credores da sociedade podem buscar a satisfação de seus créditos diretamente nos bens que integram o patrimônio pessoal dos sócios, enquanto não exauridos os bens que integram o patrimônio da sociedade. II. Responsabilidade Subsidiária (Regra Geral): quando os credores da sociedade NÃO podem buscar a satisfação de seus créditos junto ao patrimônio dos sócios, enquanto não exauridos os bens que integram o patrimônio da sociedade. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES ✓ Se os sócios respondem conjunta ou separadamente: I. Responsabilidade Solidária: quando os credores da sociedade, após exaurido o patrimônio social, podem buscar a satisfação integral de seus créditos nos bens que integram o patrimônio de um determinado sócio, independentemente do percentual de sua participação societária. II. Responsabilidade Não Solidária: Os sócios somente responderão pelas dívidas da sociedade observado o percentual de suas respectivas participações societárias.
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