Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE BRASIL Curso de Medicina, Campus de Fernandópolis Beatriz Pascutti Laveso Beatriz Santana Pelissari Bruno Santiago Barbosa de Souza Daniela Alves Mendes Evislaine Almeida Pires Gabriel Prestes Caseiro Carvalho Josué Miguel Pedraza Cabrera Leonardo Santos Ribeiro Marcio Luiz Alexandre Mariana Jardim Rodrigues Mariana Vergani García Neusa Gabriela Sansão SUBMÓDULO DE LASER Laser de baixa potência no reparo tecidual Fernandópolis, SP 2021 Na literatura o termo laser é uma emissão de luz coerente, monocromática com grandes concentrações de energia, capaz de provocar alterações físicas e biológicas. O laser de baixa potência vem sendo um dos recursos mais utilizados desde a década de 60, principalmente na fisioterapia para o tratamento de cicatrizações, lesões musculares, inflamações e dores localizadas. Os tipos de lasers mais comuns encontrados são o Hélio-Neônio (HeNe) e o Arseneto de Gálio (AsGa), visto que esses possuem um comprimento de onda relativamente baixo onde se enquadram na baixa potência, seu potencial de radiação alcança um intervalo entre 2mW a 30mW. Como dito anteriormente, a laserterapia de baixa intensidade influencia no processo inflamatório estimulando a liberação de neurotransmissores como a histamina e serotonina assim, impede a formação da bradicinina, efeito similar às drogas anti-inflamatórias. Além disso o tratamento ainda incentiva a produção de ATP e estimula a microcirculação por mediadores químicos, os mesmos ainda desempenham efeitos antiedematosos e analgésicos, logo, estimula a liberação de endorfinas o que irá inibir os sinais nociceptores (BRANDÃO, 2020, pg. 2, 3). No que se refere a cicatrização o laser atua acelerando esse processo sendo responsável por estimular o reparo ósseo e remodelação tecidual, dessa forma a função neural será restaurada, concluindo assim o método. Além disso, a radiação emitida pelo laser aumenta a síntese de ATP mitocondrial o que interfere diretamente na velocidade da mitose celular, logo, quanto maior a velocidade, maior a regeneração (PIVA, 2011, pg. 3) Os lasers citados anteriormente – Hélio Neônio e Arseneto de Gálio – possuem um comprimento de onda capazes de gerar efeitos variáveis na produção de procolágeno e na síntese colágena, os mesmos tendem a elevar a produção do colágeno no tecido. Ainda foi estudado e trazido como referência um relato de caso pela Revista Brasileira Estima de Terapia Enterostomal no Artigo “Efeitos da laserterapia de baixa intensidade de úlceras nos pés de pessoas com Diabetes mellitus” (BRANDÃO, 2020) onde o paciente apresenta Diabetes mellitus e em decorrência da doença deu origem ao “pé diabético”, úlcera causada por uma lesão anterior. Brandão (2020, pg. 4, v. 18) afirma que utilizou do LBI (laser de baixa intensidade) para um melhor tratamento do paciente que apresentou uma progressiva reparação tecidual, além de influenciar positivamente no alívio da dor e incentivar um estímulo da neovascularização e proliferação celular quando comparado a outros meios utilizados como tratamento em estudos paralelos, sendo eles, uso de hidrogel, solução de betadina e ácidos graxos essências. O estudo teve como objetivo evidenciar a importância do uso do laser de baixa potência no reparo tecidual seja o mesmo para cicatrização, lesões musculoesqueléticas, dores ou inflamações. Segundo Brandão (2020, pg. 6, v. 18) “os artigos apontaram como principal resultado da laserterapia no pé diabético a eficácia na progressão do processo de reparo tecidual em menor período de tempo”. Foi comprovado por meio de artigos científicos o sucesso da laserterapia em casos como exodontia e pé diabético, concluindo a cicatrização diligente destes dois casos em comparação a indivíduos que não utilizaram do laser de baixa potência (LINS, 2010, pg. 5). Não foram registrados eventos adversos associados ao uso do LBI (laser de baixa intensidade) do relato de caso citado nesta revisão, somente verifica-se resultados positivos no processo de reparação tecidual e progressão da cicatrização do paciente em curto espaço de tempo sendo o tempo total de 20 semanas para a cicatrização completa (BRANDÃO, 2020, pg. 6, v. 18). REFERÊNCIAS: O uso do laser de baixa intensidade no reparo tecidual da pele. InterFisio, 2018. Disponível em: <https://interfisio.com.br/o-uso-do-laser-de-baixa-intensidade-no-reparo-tecidual-da pele/#:~:text=O%20laser%20de%20baixa%20pot%C3%AAncia,Arseneto%20de%20G%C3%A1lio%20(AsGa)>. Acesso em: 08 de mar. de 2021. LINS, Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo de reparo. An. Bras. Dermatol. [online]. 2010, vol.85, n.6, pp.849-855. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962010000600011&script=sci_abstract&tlng=pt> BRANDÃO, Maria Girlane Sousa Albuquerque et al. Efeito da laserterapia de baixa intensidade de cicatrização de úlceras nos pés em pessoas com diabetes mellitus. ESTIMA Brazilian Journal of Enterostomal Therapy. 2020. Disponível em: < https://www.revistaestima.com.br/index.php/estima/article/view/844/pdf_1>. PIVA, Juliana Aparecida de Almeida Chaves et al. Ação da terapia com laser de baixa potência nas fases inicias do reparo teciduais: princípios básicos. An. Bras. Dermatol. [online]. 2011, vol.86, n.5, Rio de Janeiro. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S036505962011000500013&script=sci_arttext>.
Compartilhar