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Apostila EPI

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NR-06 - Equipamento de 
Proteção Individual - EPI
 
 
 
Treinamento 
NR-06 - EPIs - Uso de EPIs 
(06 horas) 
__________________________________________________ 
 
CONTEÚDO DO CURSO 
 
MÓDULO I 
 
1. Introdução 
 
MÓDULO II 
 
2. Objetivo da utilização de EPI’s 
 
MÓDULO III 
 
3. Controle, conservação e descarte 
 
MÓDULO IV 
 
4. Responsabilidades 
 
MÓDULO V 
 
5. Limpeza, Higienização e Competências 
__________________________________________________ 
 
MÓDULO I 
INTRODUÇÃO 
 
Este curso visa orientar sobre o uso e conservação de EPIs de 
acordo com a NR-6. O curso, por ter um caráter de formação 
e/ou orientação normativa, abordará aspectos teóricos do 
conhecimento, contendo disciplinas constantes da Portaria nº 
3.214 de 08 de Junho de 1978 - Ministério do Trabalho e 
Emprego – MTE. 
 
Conforme a NR-6 no item 6.1 considera-se Equipamento de 
Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no 
trabalho, pode ser Equipamento Conjugado de Proteção 
Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o 
fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que 
possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de 
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
Os EPI’s podem ser de fabricação nacional ou importados, mas 
só podem ser utilizados pelos trabalhadores se possuírem um 
Certificado de Aprovação (C.A) válido. Antes dos EPI’s serem 
disponibilizados para venda e uso, são submetidos a vários 
testes para que seja atestada e garantida a sua durabilidade e 
proteção. Este documento é expedido pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do 
Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
 
 
 
 
Como selecionar o EPI? 
 
De uma forma geral, a escolha do EPI baseia-se na 
identificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de 
agentes, de acordo com a sua natureza. 
Devemos selecionar o EPI de maneira cuidadosa e criteriosa, 
pois além dos custos, estaremos envolvidos com pessoas, cada 
uma com suas próprias motivações e necessidades. Com 
exceção das grandes empresas que possuem o Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho – SESMT, a seleção do EPI, ocorre de maneira 
empírica. 
 
A complexidade na seleção e escolha do EPI é muito grande, 
como por exemplo, se quisermos proteger a mão de um 
trabalhador, provavelmente teremos que usar luvas; a grande 
dificuldade está na escolha do tipo adequado (algodão sem e 
com pigmento de PVC, raspa, vaqueta, lona, PVC, kevlar, aço 
inox, etc.); a escolha do material, o perfeito acabamento do 
produto, as especificações de acordo com o CA do MTE 
(Ministério do Trabalho e Emprego) são fatores 
importantíssimos para a qualidade. 
 
A seguir, apresentamos um modelo de apresentação de luvas 
para a escolha do EPI, baseada no anexo I da NR-06 do MTE. 
A partir da análise da função e grau de exposição ao risco, deve 
ser escolhido o EPI que melhor proteja o trabalhador no 
desempenho de sua função: 
 
 
Tipo de aplicação LUVAS 
 
 
Material 
 
 
Observações 
 
1. Luvas para proteção das 
mãos contra agentes 
abrasivos e escoriantes; 
Raspa de couro, 
Polietileno para-
aramida 
 
Para facilitar a 
aquisição da 
luva certa para 
seu agente 
contaminante, 
entre em 
contato com 
fabricantes e 
fornecedores e 
informe o 
agente de risco 
presente. Desta 
forma, o 
fabricante pode 
auxiliar na 
seleção do EPI 
correto. 
Também pode 
ser solicitado 
um material 
para amostra e 
testes. 
 
 
2. Luvas para proteção das 
mãos contra agentes 
cortantes e perfurantes 
Vaqueta de couro 
3. Luvas para proteção das 
mãos contra choques 
elétricos; 
Isolante de 
borracha sintética, 
5kv, Classe 0, tipo I 
4. Luvas para proteção das 
mãos contra agentes 
térmicos; 
Lona vinilizada e 
náilon 
emborrachado 
5. Luvas para proteção das 
mãos contra agentes 
biológicos; 
Vinil talcada com 
pó bioabsorvível. 
6. Luvas para proteção das 
mãos contra agentes 
químicos; 
Borracha nitrílica 
fina, pvc, natural, 
neoprene, nitrílica. 
7. Luvas para proteção das 
mãos contra vibrações; 
Couro ou fibras de 
material interno 
(palma) em 
polímero 
8. Luvas para proteção 
contra umidade 
proveniente de operações 
com uso de água; 
PVC, Nitrila 
9. Luvas para proteção das 
mãos contra radiações 
ionizantes. 
Borracha com 
chumbo (RX) 
F.2 - Creme protetor 
1. Creme protetor de 
segurança para proteção 
dos membros superiores 
contra agentes químicos. 
Existem vários no 
mercado 
 OBS: PARA LUVAS PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS: 
Luva isolante de borracha sintética, 5kv, Classe 0, tipo I - Não resistente ao 
ozônio, comprimento 14". 
"ESTE EQUIPAMENTO DEVERÁ APRESENTAR O SELO DE 
MARCAÇÃO DO INMETRO" 
O processo da produção das luvas atende às normas ANSI/ASTM D120, 
ABNT NBR 10622/10624 e IEC 60903/2014. Todas as luvas são 
submetidas 100% a inspeção rigorosa, sendo que, suas características 
físicas, mecânicas e elétricas superam as exigidas pelas normas. 
 
Recomenda-se que o profissional de segurança também 
consulte outras empresas com a mesma situação de risco, 
adquirindo as experiências vivenciadas pela mesma. São 
aspectos indispensáveis na seleção do EPI, o Cartão de Registro 
do Fabricante (CRF) ou Importador (CRI), o Certificado de 
Aprovação (CA); As características e propriedades do EPI sejam 
compatíveis com os riscos envolvidos - por exemplo, 
trabalhadores em ambientes com o piso escorregadio, devem 
estar calçados com botas de solado antiderrapante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São aspectos desejáveis na seleção do equipamento, que dizem 
respeito ao conforto, design, cultura, tradição etc.; também é 
desejável que o fabricante possa prestar suporte técnico, por 
ocasião da escolha e implantação do EPI. Vários aspectos 
técnicos devem ser levados em consideração para a aplicação 
do EPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podem-se encontrar vários modelos do mesmo tipo, com 
variações de certas características, tais como formato, sistema 
de montagem, acabamento e material empregado, etc. 
 
A determinação sensata do equipamento a ser adquirido para 
proteção individual dos trabalhadores favorece tanto a esses, 
que terão maior segurança, como a empresa, que atenderá 
melhor seus objetivos da prevenção de acidentes do trabalho 
de maneira a não desperdiçar recursos financeiros, materiais e 
humanos. 
 
Quanto a aquisição do EPI 
 
A aquisição do EPI não deve ficar a critério de qualquer setor. 
São equipamentos especializados, que assumem grande 
responsabilidade em face ao fim a que se destinam e que 
requerem, portanto, que um setor ou pessoa especializada 
determine e especifique o equipamento que realmente deve ser 
comprado. Embora a maioria das empresas adote na compra o 
regime de concorrência de preços, apenas devem ser 
comprados os EPIs aprovados pelo Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT; 
os resultados anotados e conseguidos pelo SESMT nos testes, 
é que devem prevalecer. 
 
Elaboramos um guia simples de cuidados que devem ser 
lembrados no momento da aquisição do EPI: 
 
1° Passo: Identificar, no ambiente de trabalho através do 
estudo do mesmo, os riscos e agentes contaminantes e 
pesquisar quais os EPI’s necessários para neutralizar ou 
atenuar a ação dos agentes de risco como exemplo substancias 
tóxicas, alérgicas, corrosivas que podem, devido a exposição 
resultar em doenças ocupacionais ou colocar em risco a vida do 
trabalhador. 
 
2° Passo: Estudar e selecionar o melhor EPI e fabricante. 
Recomenda-se que sejam analisados produtos de mais de um 
fabricante pois ocorre entre eles variação de tamanhos, 
material de fabricação e preço. Desta forma, conhecendo mais 
de um produto e o testando, as chances de acertar na escolhado melhor para a empresa serão maiores. 
 
3° Passo: Solicitar aos fabricantes ou empresas que irão 
fornecer o EPI uma amostra do produto para teste por um 
funcionário. O mesmo deve preencher uma ficha teste onde irá 
através do uso dar seu parecer e auxiliar na tomada de decisão 
pela compra do EPI. Entende-se que os colaboradores são os 
maiores interessados que o produto que se usa o dia todo 
permita que sua saúde não seja afetada e ao mesmo tempo 
que sua produtividade não seja prejudicada. Ao final da 
apostila, encontra-se um modelo desta avaliação que pode ser 
disponibilizada aos colaboradores. 
 
4° Passo: Após sua aprovação, iniciar o processo de aquisição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
OBJETIVO DA UTILIZAÇÃO DE EPI’S 
 
O EPI tem a função de proteger individualmente cada 
empregado de possíveis lesões quando da ocorrência de 
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Portanto, o EPI 
não evita os acidentes em si, mas protege o empregado quando 
o risco estiver ligado à função ou ao cargo do trabalhador e à 
exposição ao agente. O risco está ligado ao tipo e à quantidade 
do agente, ao tempo de exposição e à sensibilidade do 
organismo do trabalhador. 
 
A adoção de equipamento de proteção individual será realizada 
nas seguintes circunstâncias: 
 
• Sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não 
oferecerem completa proteção contra os riscos de 
acidentes no trabalho ou de doenças profissionais. São 
exemplos de EPC: sistemas de ventilação ambiental, 
proteção contra incêndio e explosão, chuveiro de 
emergência, lava-olhos; 
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas; 
• Em situações de emergência; 
• Quando a atividade do empregado apresentar risco 
ocupacional em função do tipo de agente (químico, 
físico ou biológico), quantidade e tempo de exposição 
do empregado ao agente, sensibilidade individual do 
empregado e toxicidade do agente. 
 
Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho: 
 
• Físicos: ruídos, radiações ionizantes e não-ionizantes, 
frio, calor, pressões anormais, umidade; 
• Químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, 
substâncias, compostos ou produtos químicos em 
geral; 
• Biológicos: bactérias, fungos, vírus, parasitas, etc.; 
• Ergonômicos: movimentos repetitivos, postura 
inadequada, esforço físico intenso, longas jornadas de 
trabalho, dentre outros. 
• Acidente: Arranjo Físico Inadequado, Máquinas e 
Equipamentos sem proteção, Iluminação Inadequada, 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para agentes tóxicos, característica que não pode ser 
modificada pelo empregado, o uso de EPI é a única maneira 
concreta de reduzir o risco, aliado à diminuição da exposição. 
Nesse caso, não basta apenas usar o EPI, mas também é 
necessário manusear o agente tóxico com cuidado, bem como 
utilizar equipamentos para sua aplicação. É o caso de atividades 
rurais, nas quais se utiliza defensivos agrícolas. 
 
Independentemente da atividade que necessita uso de 
EPI, o empregado deverá receber informações gerais 
como: 
• Riscos ou danos que pode sofrer se não usar o EPI; 
• Conhecer as finalidades e o modo de uso de cada EPI 
recomendado; 
• Conhecer a forma de limpeza e conservação do EPI; 
• Conhecer o tempo de vida útil do EPI; 
• Conhecer outras especificações do EPI; 
• Denunciar a falta de EPI no local de trabalho, a não 
utilização ou a má utilização por parte dos 
empregados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
CONTROLE, CONSERVAÇÃO E DESCARTE 
 
Os EPIs devem ser adquiridos, guardados e distribuídos 
criteriosamente sob controle, quer do Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT 
ou de outro setor competente. Não se devem fornecer a esmo 
esses equipamentos, para que não ocorra emprego de 
equipamento inadequado ou de forma inconveniente e para 
evitar excessos, que facilmente acontecem com respeito a 
luvas, calçados, etc. 
 
A conservação do EPI é outro ponto chave para a segurança do 
indivíduo e para a economia da empresa. Trata se de proteção 
individual; portanto, cada um deve ter o seu equipamento. 
 
Cabe a cada trabalhador a responsabilidade de conservá-lo. 
Para isso deve receber instruções: onde guardar, como 
guardar, até que ponto usar, quando e como substituir, como 
higienizar etc. 
 
 
Lembramos que é totalmente condenável o uso coletivo do EPI, 
como, por exemplo, apenas um par de óculos para uso de todos 
os que forem realizar determinada operação. Certos 
equipamentos podem ser usados por outros trabalhadores, 
depois de recuperados e devidamente lavados e higienizados. 
Fator de grande importância a higienização do EPI 
normalmente é relegado a um plano inferior. 
 
O EPI possui especificação de higienização própria, para cada 
tipo de material componente; o fabricante do mesmo deverá 
transmitir instruções para a realização da referida higienização. 
 
O EPI danificado, sujo e maltratado gera depressão, aumenta 
o desconforto, perde as suas características de projeto e 
depõem contra o ambiente de trabalho. O descarte do EPI, 
hoje, é outro ponto importante devido às novas legislações 
federais, estaduais e municipais vigentes relativas ao Meio 
Ambiente e exigências ao cumprimento das normas Nacionais 
e Internacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
RESPONSABILIDADES 
 
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
 
• Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam 
completa proteção contra os riscos de acidentes do 
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas; e, 
• Para atender a situações de emergência. 
 
Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, o 
empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI 
adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I da NR 6. 
 
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, ou a Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, nas empresas 
desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador 
o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. 
 
Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao 
designado, mediante orientação de profissional tecnicamente 
habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do 
trabalhador. 
 
Periodicidade e substituição dos EPI’s: 
 
Legalmente tratando, não há uma norma que indique ou 
estabeleça validade ou prazos para a substituição dos EPI. 
Assim, a periodicidade de substituição de um EPI depende das 
propriedades do dispositivo e de sua forma de uso, conservação 
e, de modo geral, a durabilidade do equipamento é 
determinada por seu fabricante. Lembrando que, mesmo com 
todos os cuidados tomados, os Equipamentos de Proteção 
Individual possuem datas de validade para utilização, indicada 
através do Certificado de Aprovação (CA) do mesmo e pelo 
próprio fabricante, portanto, devem ser substituídos após um 
tempo. 
 
Os produtos comercializados devem conter a indicação do 
prazo de validade sendo esta, a data estipulada como limite 
para que o mesmo seja utilizado com segurança ou seja, ainda 
que haja um cuidado e uso correto do EPI, estes equipamentos 
possuem uma data de validade para a utilização. Desta forma, 
o EPI não deve ser utilizado após o prazo de validade indicado 
pelo fabricante. 
 
 
 
Para entender melhor, a validade do CA refere-se ao prazo que 
o MTE determina, autorizando os fabricantes ou importadores 
a comercializar um determinado EPI. Estes equipamentos são 
submetidos a diversos testes em laboratórios credenciados e 
autorizados para a venda após a emissão da aprovação. A 
validade máxima é de 05 anos para comercialização. 
Assim, na realização da compra dos EPI’s os seguintes prazos 
devem ser observados:Antes de adquirir o EPI: consultar a validade do Certificado de 
Aprovação do mesmo. 
Após a compra: monitorar constantemente os prazos de 
validade estipulados pelos fabricantes. 
 
Também é importante que os EPI’s sejam substituídos após 
qualquer acidente ou dano pois eles podem sofrer avarias que 
comprometerão seu desempenho como equipamento de 
proteção e segurança. Assim, para que seja estabelecido um 
controle com relação ao tempo de duração e periodicidade de 
troca de um EPI é importante, além de conhecer o 
equipamento, seu tempo médio de durabilidade e resistência. 
 
Procedimento a seguir em caso de vencimento do 
Certificado de Aprovação – CA dos EPI’s ainda em uso 
na empresa. 
 
No ano de 2015, a Secretaria de Inspeção do Trabalho emitiu 
a NOTA TÉCNICA 146/2015/CGNOR/DSST/SIT, elucidando as 
questões referentes à validade do EPI e a validade do CA. 
Esta nota técnica manteve-se o entendimento que um EPI 
somente pode ser comercializado com o CA válido porém o 
ponto principal é a possibilidade de USO dentro do prazo de 
validade do produto (informada pelo fabricante) desde que o 
mesmo tenha sido adquirido com o Certificado de Aprovação 
(CA) válido. 
 
Apesar disso, pode ser adotado o procedimento de entrar em 
contato com o fabricante e adotar os seguintes processos: 
 
1. Identificar o fabricante ou fornecedor do EPI com o CA 
vencido; 
2. Entrar em contato com o fabricante ou fornecedor e 
questionar se o CA será renovado e caso a resposta 
seja positiva, peça uma cópia do processo de pedido 
de renovação do CA. 
 
É importante: 
 
✓ Manter arquivado esse processo de re-certificação. 
Caso a empresa receba a visita de um agente ou fiscal 
do MTE devem ser apresentados estes documentos. 
 
✓ Realizar a busca do CA no site do Ministério do 
Trabalho pois o processo de revalidação além de 
demorado pode ser reprovado. Os motivos de reprova 
da renovação do CA são: Ineficiência do Equipamento 
ou reprova nos testes aos quais é submetido. 
 
DAS RESPONSABILIDADES 
 
Cabe ao empregador quanto ao EPI: 
 
• Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; 
• Exigir seu uso; 
• Fornecer ao trabalhador somente EPIs aprovado pelo 
órgão nacional competente em matéria de segurança 
e saúde no trabalho; 
• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, 
guarda e conservação; 
• Substituir imediatamente, quando danificado ou 
extraviado; 
• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção 
periódica; 
• Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 
• Adquirir EPI para os trabalhadores que possuem 
deficiências e junto com o fornecedor promover o 
treinamento e a adaptação do EPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe ao trabalhador quanto ao EPI: 
 
• Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se 
destina; 
• Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o 
torne impróprio para uso; e, 
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso 
adequado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quem falhar nestas obrigações poderá ser 
responsabilizado! 
 
O empregador poderá responder na área criminal ou cível, 
além de ser multado pelo Ministério do Trabalho. 
O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas podendo até 
ser demitido por justa causa. 
É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como 
treinamentos ministrados, seja registrado através de 
documentação apropriada para eventuais esclarecimentos em 
causas trabalhistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO V 
 
 
LIMPEZA, HIGIENIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS 
 
 
Orientações quanto a higienização de EPIs: 
 
A higienização das vestimentas/uniformes será feita pelo 
empregador nos seguintes casos: 
 
1. Empregados nas atividades com exposição ocupacional 
ao benzeno em PRC - Postos Revendedores de 
Combustíveis - contendo essa substância. Atendendo 
assim o item 11.3 do Anexo 2 da NR-9. Aprovado pela 
Portaria MTb n.º 1.109, de 21/09/ 2016. 
2. Empregados nos centros cirúrgicos e obstétricos, 
serviços de tratamento intensivo, unidades de 
pacientes com doenças infectocontagiosa e quando 
houver contato direto da vestimenta com material 
orgânico, deve ser de responsabilidade do 
empregador. Atendendo a NR 32 – no item 32.2.4.6.4. 
 
Para relocar/reaproveitar os EPI de um empregado para outro 
por exemplo, nos casos de empregados demitidos. 
 
✓ Alguns EPIs são passíveis de alteração quando 
submetidos a processos de higienização incorretos, 
descaracterizando completamente, perdendo suas 
características essenciais como resistência e 
durabilidade, principalmente devido aos produtos 
químicos utilizados no processo de higienização. 
✓ Calçados, luvas, dentre outros, estão entre os EPIs 
passíveis de descaracterização quando submetidos a 
processos de higienização incorretos, principalmente 
eles tem couro em sua composição. 
 
Lembrando que: 
 
O EPI nunca deve perder as características expressas na NR-06 
de estar em perfeito estado de funcionamento e conservação. 
Assim, todo o processo de higienização deve ser feito somente 
de acordo com as especificações do fabricante e pelos 
profissionais por ele designados. 
 
A seguir apresenta-se um quadro com algumas referências de 
como realizar a limpeza de EPI’s. 
 
EPI, s PROCEDIMENTO PARA LAVAGEM 
Capacete 
✓ Retirar a carneira e jugular 
✓ Lavar com sabão neutro. 
Viseira e óculos 
✓ Lavar usando bucha de espuma e 
sabão neutro. 
Obs. Se a viseira estiver muito 
arranhada, deve ser feita a troca 
através de peças para reposição. 
Máscara e 
respiradores 
✓ Desmontar a máscara; 
✓ Tira os filtros para a troca; 
✓ Lavar a parte emborrachada usando 
uma escova e sabão neutro; 
✓ Secar ao natural. 
Máscara de 
solda 
✓ Retirar a carneira; 
✓ Retirar as lentes; 
✓ Lavar com sabão neutro; 
✓ A carcaça da máscara deve ser limpa 
com pano úmido 
Luvas 
✓ Luvas de malha: lavar com sabão 
neutro; 
✓ Luvas de PVC: lavar com sabão 
neutro; 
✓ Luvas de raspa de couro e de 
vaqueta: são laváveis porém às 
vezes se deformam 
Calçados de 
couro 
✓ Limpar os calçados com pano úmido 
e engraxar; 
✓ Ocasionalmente pode ser feita a 
lavagem completa com água e sabão 
do calçado. 
Galochas 
✓ Podem ser lavadas com água e sabão 
e devem ser completamente secas. 
Vestimentas / 
uniformes 
✓ Devem ser lavadas com água e sabão 
e devem ser completamente secas. 
 
 
Orientações quanto ao treinamento 
 
É obrigatório que as empresas e seus gestores garantam que 
seus colaboradores façam o uso correto dos EPI, por isso a 
necessidade de treinamento e orientação quanto ao uso. 
É recomendado que o treinamento sobre EPI’s aconteça no 
momento da Integração para colaboradores recém 
contratados. 
Os treinamentos de reciclagem para os colaboradores mais 
antigos devem acontecer quando surgir a necessidade de 
atualização de conceitos, modo de uso, técnicas e quando há 
substituição do Equipamento por um modelo diferente daquele 
que o trabalhador utilizava. 
O re-treinamento deve ser aplicado a todos os colaboradores 
quando ocorrer algum tipo de acidente por falta de uso do EPI, 
uso incorreto ou por protocolo interno da empresa. 
 
Competências 
 
É de competência do SESMT- Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, 
selecionar o EPI adequado ao risco, treinar e orientar quanto a 
seu uso correto 
Quando não houver SESMT, o empregador seleciona o EPI 
adequado ao risco e deve, através de um profissional da área 
de SST (técnico de segurança do trabalho), ou contrata uma 
assessoria ou treinamento para este fim. 
Quando não houver um técnico de segurança do trabalho, 
deverá a CIPA ou seu designado deverá desempenhar este 
papel. 
A empresa pode também contratar um instrutor, ou o curso 
online, ou capacitar internamente através de um replicador. 
Lembrando que é importante que o multiplicador do curso 
tenha conhecimentos sobre os riscos existentes na empresa, 
por exemplo Físicos,Químicos e Biológicos para assim indicar 
qual o EPI adequado para cada risco e capacitar de forma 
correta o colaborador quanto a seu uso. 
 
 
OBRIGADO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - E.P.I. 
 
SETOR DE SEGURANÇA INDUSTRIAL 
E.P.I. Para Teste: Uso Indicado: 
C.A. Nº: Série: Tamanho: Quantidade: 
 
FORNECEDOR 
Empresa: Endereço: 
Telefone: Contato: 
COLABORADOR 
Nome do Usuário: Setor: Ramal: 
Matrícula: Função: Chefe Imediato: 
AVALIAÇÃO - Período do Teste: ____/____/___ a ____/_____/____. 
 
PARÂMETROS RUIM REGULAR BOM ÓTIMO 
Resistência Química 
Resistência a Abrasão 
Resistência a Corte 
Resistência a Rasgo 
Resistência a Perfuração 
Resistência a Umidade 
Conforto 
Durabilidade 
 
 
RESULTADO DO TESTE 
 
 Aprovado Aprovado com Restrição Reprovado 
Comentários/Sugestões: 
 
 
Local _________________________________________ Data _________/_______/________ 
 
_______________________________________ ______________________________________ 
 Assinatura do Funcionário Assinatura do Chefe Imediato

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