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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Curso de Serviço Social 
Polo: Arapiraca/AL 
 
 
 
 
 
SUYANNE FERREIRA DO NASCIMENTO SILVA 
 
 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO NO 
BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
Arapiraca/AL 
2020 
 
 
 
 
 
 
SUYANNE FERREIRA DO NASCIMENTO SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO NO 
BRASIL 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Estácio de Sá como requisito parcial 
para obtenção do grau de Bacharel em Serviço 
Social 
 
Orientadora: Prof. Ms. Maria Eunice A. Dantas 
 
 
 
 
 
 
Arapiraca/AL 
2020 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1- INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 05 
 2 - REFLEXÕES ACERCA DA ADOÇÃO NO BRASIL 
2.1 ASPECTOS HISTORICOS DO PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL............... 06 
2.2 O PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL............................................................... 08 
2.3 A LEGISLAÇÃO DO PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL E O ESTATUTO DA 
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ........................................................................................11 
3 – O SERVIÇO SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL 
3.1 A QUESTÃO SOCIAL E O SERVIÇO SOCIAL.......................................................... 16 
3.2 O SERVIÇO SOCIAL NO PODER JURIDICO..............................................................18 
3.3 A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO NO 
BRASIL....................................................................................................................................21 
4- CONCLUSÃO....................................................................................................................25 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SILVA, Suyanne Ferreira do Nascimento. As contribuições do Assistente Social no processo 
de Adoção no Brasil. Curso Serviço Social. Universidade Estácio de Sá, 2020. 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo geral compreender a adoção no Brasil e o papel do 
assistente social nesse processo. Tem como objetivos específicos reportar os aspectos históricos 
do processo de adoção, sistematizar as legislações do processo de adoção e compreender a 
intervenção do assistente social nesse processo. A escolha do tema foi pela vontade de 
compreender como o Serviço social contribui no trabalho dessa demanda. Para construção do 
trabalho analisou-se o Estatuto da criança e do Adolescente (ECA) no que tange ao processo de 
adoção. A adoção caracteriza-se nos dias atuais como uma garantia de se ter uma família. Para 
isso, foi utilizado como metodologia a revisão bibliográfica e pesquisa qualitativa. Através da 
pesquisa bibliográfica realizamos um levantamento histórico da adoção e como se desenvolveu 
durante a história. Compreende-se, portanto, que a adoção passa a ser vista como um 
mecanismo que deve priorizar a criança, garantindo-lhe vantagens tanto do ponto de vista 
psicológico quanto jurídico. A atuação do assistente social frente ao processo de adoção 
também foi analisada, por meio de um breve resgate histórico da profissão, sua atuação no 
campo sociojurídico, enfatizando o papel e o desafio do assistente social nos processos de 
adoção no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras – Chaves: Adoção. Direitos Sociais. Serviço Social
5 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O trabalho aqui apresentado, contextualiza sobre o processo de adoção no Brasil e a 
atuação do Serviço Social durante o processo de adoção. 
O tema foi escolhido devido ser um campo de atuação do assistente social que apresenta 
extrema importância e responsabilidade, como também inúmeros desafios. 
Esse trabalho pretende contribuir com o debate sobre a adoção, os fatores que 
influenciam direta e indiretamente o bem-estar da criança, e o trabalho do serviço social no 
campo sociojurídico e enfatizando no processo de adoção. 
Tem como objetivo geral tem como objetivo geral compreender a adoção no Brasil e o 
papel do assistente social nesse processo. E como objetivos específicos reportar os aspectos 
históricos do processo de adoção, sistematizar as legislações do processo de adoção e 
compreender a intervenção do assistente social nesse processo. 
As informações foram levantadas por meio de pesquisas bibliográficas, legislações 
vigentes da temática. O método utilizado foi o qualitativo. 
O assistente social é um profissional que apresenta uma larga atuação em distintos 
campos, sendo um destes o Poder Judiciário. 
Diante dos levantamentos teóricos, construiu-se o seguinte questionamento: De que 
forma o assistente social atua e enfrenta os desafios no campo sociojurídico no que remete ao 
processo de adoção? 
O presente trabalho foi dividido em três capítulos, para melhor compreensão. 
No primeiro capítulo realizou-se a Introdução. Logo após temos o segundo capítulo que 
reflete sobre o processo de adoção fazendo um resgate histórico e aponta as legislações 
atualizadas que envolve o processo. 
No terceiro capítulo, busca-se ressaltar a importância do serviço social no campo 
jurídico e durante todo o processo de adoção. 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
2 - REFLEXÕES ACERCA DA ADOÇÃO NO BRASIL 
Neste capítulo pontuaremos sobre a contextualização histórica do processo de adoção, 
também ressaltaremos sobre os desafios e as motivações dos pretendentes a adotar, durante o 
processo de adoção e os avanços no que diz respeito as legislações pertinentes a esse segmento. 
 
2.1 ASPECTOS HISTORICOS DO PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL 
 
 No Brasil, a adoção acontece desde épocas remotas da civilização, porem possuía 
conotações diferentes, e com o passar do tempo, diante da evolução social, as legislações foram 
se modificando e ocorreu mudanças no processo de adoção. 
Segundo Weber (2001, p.100) “a palavra adoção deriva do latim, adaptio, que possui 
como significado escolher, adotar.” 
No conceito de Cury, temos: 
A adoção é o ato do adotante pelo qual traz ele, para sua família e na condição de 
filho, pessoa que lhe é estranha. Ou ainda a adoção sendo o meio no qual atribui a 
condição de filho ao adotado, ocorrendo total e completo desligamento do adotado 
com o seu vínculo familiar anterior, salvo no caso de impedimentos matrimoniais 
(CURY, 2010, p.190). 
 
Ainda sobre o tema Adoção, Souza, define como: 
Adotar é um ato jurídico pelo qual o vínculo de filiação é criado artificialmente. Gera, 
sem consanguinidade, o parentesco de primeiro grau em linha reta descendente. 
Adotar é dar a alguém a oportunidade de crescer. É inserir uma criança em uma família 
definitiva e com todos os vínculos próprios de filiação. É uma decisão para a vida. A 
criança deve ser vista realmente como um filho que decidiu ter (SOUZA,2008, p.17). 
 
 De acordo com Paiva (2004, p.19) “a situação destes ‘filhos de criação’ nunca era 
regulamentada, servindo sua permanência como oportunidade para mão-de-obra gratuita e, ao 
mesmo tempo, prestar auxílio aos mais necessitados, como ato religioso.” 
Dentro desse contexto nos remete Weber (2001, p.25) “a herança dos ‘filhos de criação’ 
contribuiu negativamente, para que ainda hoje, esta forma de filiação seja impregnada por mitos 
e preconceitos”. 
Assim, a adoção a princípio estava relacionada a caridade, onde os ricos prestavam 
assistência aos pobres, eram os conhecidos “filhos de criação”. 
6 
 
É importante ressaltar, que historicamente, a adoção traz consigo o abandono e a 
exclusão, que prevalecia para as crianças pobres, mas que, embora tenha seu processo histórico 
vinculado ao abandono, não significa que a mesma seja sinônimo de abandono atualmente 
(FÁVERO,2007). 
Para Fávero (2007, p.56) “durante o processo histórico no Brasil, as dificuldadesde 
subsistência contribuíram muito para que muitas mães, sobretudo solteiras ou viúvas, 
abandonassem seus filhos, introduzindo o conceito de abandono em suas crianças enjeitadas ou 
expostas”. 
De acordo com Motta (2001), no Brasil, por volta de 1726, para tratar a questão do 
abandono de crianças nas ruas e até nas calçadas, adotou-se os costumes de Portugal, e criou-
se a Roda dos Expostas ou Roda dos Enjeitados. A primeira foi instalada em 1726, em Salvador 
e a segunda em 1738, no Rio de Janeiro. 
Ainda de acordo com o autor, essas rodas eram instaladas em Conventos, Santas Casas 
e Hospitais para receberem recém-nascidos sem qualquer identificação civil. 
Pode-se afirmar, que a roda foi a primeira política de acolhimento estabelecida pelo 
governo junto as Santas Casas de Misericórdias. 
 Para Fávero (2007) até o século XX, no Brasil, a adoção não era regulamentada 
juridicamente. Sua prática era permitida apenas a casais que não tinham filhos biológicos, 
através da entrega de uma criança que fora deixada na Roda dos Expostos 
Vale ressaltar, que a sociedade tinha uma visão preconceituosa da roda dos expostos, o 
que prolongava muito a institucionalização da criança, 
Segundo Fontes (2005) os orfanatos passam então a receber crianças, ratificando a 
condição de instituições permanentes, pois como não existia a legitimação da adoção, as 
mulheres abandonavam seus filhos. 
Acontece o fim da Roda dos Expostos, mas nos deparamos com a institucionalização de 
crianças e adolescentes “abandonadas” pela sociedade, fator que também nos aponta para 
desigualdade social existente em nosso país (FONTES, 2005). 
O Brasil foi o último país a extinguir a Roda dos Expostos em 1950, mas continua-se 
com a atuação dos orfanatos, onde ainda persistia o abandono. 
Como forma legítima, a primeira vez que a adoção se deu, foi em 1828, tendo como 
objetivo solucionar o problema de casais sem filhos (PINHEIRO, 2001). 
 Logo após, o Código Civil de 1916 (Lei 3071/16) postula que, além de a adoção ser 
permitida apenas para casais sem filhos, poderia ser revogada e o adotando não perderia o 
vínculo com a família biológica (PINHEIRO, 2001). 
7 
 
As instituições foram criadas com o intuito de resguardar a criança e ao adolescente, 
mas institucionalizar uma criança pode causar danos irreparáveis, pois na maioria das vezes são 
vítimas de preconceitos e exclusão social. 
Afirma Cunha (2011), durante esse período, o procedimento para adoção era 
judicializado, cabendo aos juízes o dever de confirmar o ânimo dos interessados em audiência, 
onde havia a expedição da carta de perfilhamento, que é a carta que oficializa o ato da adoção. 
Ainda de acordo com Cunha (2011), em 1957, acontece uma reformulação pela Lei 
3.133/57 que revoga que as pessoas que já possuíam filhos poderiam adotar, porém ao filho 
adotivo não haveria direito à herança. Por volta de 1965, isso foi modificado, e o adotado passou 
a ter os mesmos direitos legais do filho biológico. 
Apenas com a Constituição Federal de 1988 – CF/88, que a lei passou a tratar de maneira 
igualitária os filhos, sendo eles biológicos ou não. 
Segundo Camargo (2005, p.32), no Brasil, o destino das crianças abandonadas pelos 
familiares segue uma ordem já pré-determinada; alguns são enviados à Instituições que são 
mantidas pelo Estado, em sua maioria, e somente uma pequena parcela acaba sendo adotada 
por casais e famílias. 
Enfim, decidir adotar é uma decisão muito importante e deve ser refletida com muita 
seriedade, pois adotar é reconhecer no filho gerado por outro, o próprio filho. 
 
2.2 O PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL 
Atualmente, não existe mais a concepção de que os arranjos familiares são formados 
unicamente por laços biológicos, pois os laços afetivos são fatores preponderantes no âmbito 
familiar, uma vez que o afeto é o principal elemento responsável para que filhos e pais possam 
ter uma relação harmoniosa (SARMENTO, 2000). 
Com relação a adoção no Brasil, a princípio é necessário que a família que pretende 
adotar preencha alguns requisitos pessoais, formais e obrigatórios para o deferimento do 
processo. 
Neste contexto, continua Sarmento (2000, p. 08) “apesar das condições aparentemente 
favoráveis, onde para cada casal existe cinco crianças, ainda existe à espera devido ao perfil 
idealizado pela maioria dos pais pretendentes”. 
É de suma importância que toda família que deseja adotar conheça a fundo os tramites 
para uma adoção. 
8 
 
 Afirma Dias (2010), no que concerne ao processo de adoção no Brasil, o site do 
Conselho Nacional de Justiça, criou o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), que dispõe de um 
registro com dados e informações de pessoas interessadas em adotar. O CNA é um sistema de 
informações que consolida os dados referentes a crianças e adolescentes em condições de serem 
adotados e a pretendentes habilitados à adoção. 
Assim, a família que pretende adotar, deve procurar a Vara de Infância e Juventude da 
sua comarca e este será orientado a quais documentos deverá providenciar. 
Caso sejam aprovados, o casal ou o indivíduo já estará habilitado para constar no 
Cadastro local e nacional de pretendentes à adoção. 
De acordo com Granato (2005, p. 83), o Cadastro Nacional de Adoção é uma importante 
ferramenta na efetivação da adoção: 
A principal finalidade é possibilitar o encontro de pessoas interessadas em adotar, com 
crianças e adolescentes que possam ser adotados podendo assim haver a concretização 
de adoções que não ocorreriam se não fosse a oportunidade aberta pelo cadastro 
nacional de adoção. 
 
O processo de adoção tem como objetivo atender as necessidades das crianças e dos 
pais, proporcionando que ela encontre uma nova família, um ambiente afetivo positivo e 
satisfatório. 
Desta forma, fica claro que o principal objetivo do Cadastro Nacional de Adoção, é 
proporcionar celeridade ao processo e possibilitar o encontro de pessoas interessadas em adotar, 
com crianças em condições de serem adotadas (DIAS, 2010). 
Diante disso, nos remete Duccatti ( 2004), inúmeros são os motivos que levam as 
pessoas a procurarem pela adoção, entre eles, temos: dificuldade de engravidar, desejo de ser 
pai/mãe, o sentimento altruísta de dar uma família para uma criança, ter uma companhia, entre 
outros. 
Souza (2008, p.05) considera que a motivação para adoção é aquilo que desperta o 
interesse e o desejo de uma pessoa tornar-se pai ou mãe e varia de uma pessoa para outra. 
Neste sentido, Reppold e Hutz (2003, p.77) “classificam as motivações em: altruístas, 
relacionadas ao desejo social de beneficiar uma criança ou um adolescente, e hedonistas, 
aquelas relacionadas ao desejo pessoal de ter um filho.” 
Segundo Franco &Melão (2007, p.44) 
deve-se estar atento quanto às pretensões equívocas para adoção: Embora em muitas 
situações a pretensão de adotar esteja fundamentada numa pretensão ilegítima, ou 
seja, baseada em outros interesses que não a criança em si, como a esterilidade 
masculina, morte de um filho, resolução de conflitos conjugais, caridade, falta de 
companhia e outros, é importante que o interesse da criança em si seja o fator 
determinante na disposição para a adoção. 
9 
 
Pode-se dizer que a criança só se constitui a partir da relação com o outro, e que a família 
aparece, como núcleo fundamental para estruturação e desenvolvimento de cada indivíduo. 
Souza (2008, p.45) ressalta que adotar não é fazer um favor a uma criança, nem esperar 
que ela seja uma companhia para sua solidão. 
Conforme Camargo (2005, p.04) 
Em trabalho com o Grupo de Apoio aos Pais Adotivos, foi possível detectar uma série 
de mitos, medos e expectativas, atuando de modo negativo no processo de preparação 
dos casais e famílias, tanto para a adoção como para o momento da revelação da 
verdade ao filho já adotado. Neste sentido, muito pouco do que ouviram dizer, do que 
souberam ter acontecido com outros casais e famílias, ou do que tinhamlido acerca 
da adoção, os encaminhava para uma perspectiva de adoção positiva e propensa ao 
êxito. Com os mitos instalados e os medos atuando, sobretudo no que diz respeito à 
verdade sobre a origem da criança, seu passado e seu futuro após a revelação, muitos 
casais e famílias com potencial para adoção deixam de concretizá-la. 
 
 
Sendo assim, a prática da adoção de crianças requer tanto da família adotante quanto da 
criança pretendida uma profunda capacidade de adaptação. 
A adoção se efetiva, passando a produzir efeitos jurídicos, a partir do trânsito em julgado 
da sentença constitutiva (KAPLAN,2003). 
Vale ressaltar, que para que ocorra todo o processo de adoção, tem-se que haver a 
destituição do poder familiar ou a sua extinção por orfandade, é o que traz o artigo 1635, inciso 
V, do Código Civil. 
Após a destituição do poder familiar, as crianças aguardarão por novas famílias que 
possam recebê-las em instituições de abrigo. A principal característica política dessas 
instituições de abrigo é afastar do olhar público tudo que atenta contra a dignidade humana e a 
ordem social. O abrigo tem dentre suas finalidades, prover o sustento, moradia, saúde e 
educação, ou seja, oferecer assistência à criança que se encontra sem os meios necessários à sua 
sobrevivência, por diversos motivos, seja de maneira definitiva ou provisória (RIBEIRO,2002). 
Ocorre em algumas situações, pais que possuem dificuldade na adaptação e acabam por 
devolver a criança para a instituição, e isso representa um trauma, gerando frustação na mesma, 
que já vem de um histórico de abandono e agora passa por uma rejeição (STEINHAUER, 1992). 
 Vale aqui ressaltar, que em um processo de adoção fracassado, a maioria das crianças 
possui dificuldades em se adaptar há novos pais (RIBEIRO,2002) 
 Segundo Levinzon (2000, p.18), uma boa relação com os pais adotivos, na qual a criança 
se sente amada, aceita e compreendida, proporciona-lhe a oportunidade de minimizar suas 
fantasias de abandono. 
10 
 
Porém, o processo de adoção no Brasil é conhecido por sua morosidade e burocracia, 
indo defronte com os direitos da criança e do adolescente, essas continuam em longas filas para 
adoção, pois quanto mais características o candidato solicitar, mas tempo permaneceram na fila 
(PERUZZOLO,2004). 
Enfim, o processo de adoção no Brasil está longe da forma que acontecia há décadas 
atrás, com famílias "pegando para criar", porém se caracteriza pela pouca agilidade nos 
processos. 
A morosidade e a burocracia processual acabam gerando na família interessada em 
adotar uma desmotivação, até diminuindo a vontade de adotar, uma vez que a demora 
processual pode fazer com que os sentimentos e as situações dos adotantes se modifique 
(PERUZZOLO,2004). 
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça há quantidade enorme crianças aptas 
para adoção, mas muitas não se encaixam nas características desejadas pelos pais pretendentes 
Afirma Luz (2009, p.238) 
 
Conforme dados estatísticos, embora pareça, paradoxal, o número de adotantes supera 
o de adotandos. A justificativa é a de que nem sempre as características dos adotandos 
coincidem com a preferência dos adotantes: criança de pele clara, com no máximo 
três anos de idade e que seja filho único. Esse é o perfil desejado pela maioria dos 
casais brasileiros que pretendem adotar. Ocorre que a maior parte dessas crianças é 
formada de grupos de irmãos, que não podem ser separados, com idade superior a três 
anos e portadores de algum tipo de necessidade especial. 
 
Vale ressaltar, que temos um sistema em que prevalece é o interesse da criança, sendo 
que estas é que realmente importam em todo esse processo. 
Portanto, vale lembrar que as crianças e adolescentes, por mais que tenham poucos anos 
de vida, já carregam muitas cicatrizes e assim só buscam um lar para seguir a vida rumo à 
felicidade. Existe muita burocracia no procedimento da adoção, e descaso por parte do Estado, 
mas também há muito preconceito em nossa sociedade (PERUZZOLO,2004). 
Contudo, ainda existe muito a ser realizado para que seja legitimada a aceleração 
necessária dos processos que envolvem a adoção, principalmente por conta da idade dos 
menores envolvidos, que muitas vezes, nos casos de demora exagerada dos processos, podem 
chegar inclusive a maioridade sem que seu processo de adoção seja concluído. 
 
2.3 A LEGISLAÇÃO ATUAL DO PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL E O 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
11 
 
No Brasil, ao falarmos em adoção, a temática já estava disposta no Código Civil de 1916 
e também no Código de Menores de 1927. O código de 1916 tinha como maior preocupação a 
defesa dos interesses patrimoniais, principalmente quanto às relações familiares 
(LIBERATI,1995). 
Porém, com o advento da Constituição Federal de 1988 (CF/88), a estrutura familiar 
ganhou uma ênfase mais humanista, preocupada com o maior reconhecimento da dignidade de 
seus membros. A CF/88 difere das anteriores por ter um caráter mais voltado para a valorização 
do indivíduo (BRASIL,1988). 
Porém, foi a partir da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 
(ECA), juntamente com o Código Civil de 2002, que a adoção ganhou uma conotação maior, 
enfatizando a efetiva defesa do melhor interesse de crianças e adolescentes. (BRASIL,1990). 
De acordo com Diniz (2010, p.67) 
A adoção hoje, não consiste em dar filhos para aqueles que por motivos de 
infertilidades não os podem conceber, ou por “ter pena” de uma criança, ou ainda, 
alívio para a solidão. O objetivo da adoção é cumprir plenamente às reais necessidades 
da criança, proporcionando-lhe uma família, onde ela se sinta acolhida, protegida, 
segura e amada. 
 
Com relação a legislação sobre a adoção no Brasil, é inegável os grandes avanços, porém 
o maior avanço foi à promulgação do ECA, que modificou o foco da legislação de forma que 
as crianças e adolescentes menores passaram também a serem sujeitos de direito e para tal 
precisavam ter direitos ao seu bem estar e a sua qualidade de vida, amparadas amplamente pelo 
Estado. 
O ECA foi legalizado com o objetivo de modificar o instituto da adoção, isso ocorreu 
por meio das lutas e reivindações dos movimentos sociais para que as crianças e adolescentes 
tivessem cidadania (BRASIL,1990). 
O art. 4 do ECA funda-se no princípio da proteção integral da criança e adolescente, já 
consagrado na Constituição Federal em seu art.227. (BRASIL,1990) 
O ECA, em seu art. 41, também estabelece o conceito legal de adoção “A adoção 
atribui a condição de filho ao adotando, com os mesmos direitos e deveres, inclusive 
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos 
matrimoniais” (BRASIL,1990). 
Vale ressaltar, que existe o estágio de convivência, que é o período em que a criança 
ou adolescente é colocada em uma família para trabalhar a afinidade, afetividade, e pode ser 
substituído pela tutela ou pela guarda, que também são alternativas de família substituta. 
 Nas palavras deVenosa (2011, p.293): 
12 
 
 
Tem-se o estágio de convivência como: A finalidade de adaptar a convivência do 
adotando ao novo lar. Entende-se ser o estágio de convivência um período de 
adaptação recíproca, cabendo ao juiz analisar seu período de estagio necessário, pois 
o período de convivência é a confirmação de interesse das partes. 
 
Muitas vezes, existe uma distorção sobre as definições de guarda e tutela. Ambas são 
formas de acolher, mas com concepções diferentes. 
A Tutela é definida quando um indivíduo recebe a incumbência de cuidar de um menor 
que está fora do pátrio poder por algum motivo. Nesse período o tutor administra os bens do 
menor, tendo poder de representa-la se for necessário. No que diz respeito a guarda, o detentor 
deve garantir assistência em todos os aspectos, seja, eles, material, moral e educacional. 
(BRASIL,1990) 
Nenhum dos estágios acima citados, a criança ou o adolescenteadquire status de filho e 
os processos podem ser revogados a qualquer momento, bem diferente da adoção. 
O artigo 46, do ECA, em seu parágrafo 1º, trata da dispensa do estágio de convivência 
nos casos em que o adotando, desde que esteja na companhia do adotante por meio de guarda 
ou tutela durante tempo suficiente para poder avaliar o relacionamento entre ambos fica 
dispensado do período de convivência. (BRASIL,1990) 
Conforme dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 28 parágrafo 5º, 
o processo de adoção se configura 
Art. 28: A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda tutela ou adoção, 
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta 
Lei. (...) § 5º - A colocação da criança ou adolescente em família substituta será 
precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela 
equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, 
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política 
municipal de garantia do direito à convivência familiar (BRASIL,1990, p.32). 
 
Segundo Silva (2009, p.87) 
Embora legalmente o ECA tenha possibilitado falar em igualdade de direitos para 
filhos biológicos e adotivos, para esta lei a adoção aparece como medida secundária 
de colocação de crianças e adolescentes em uma família, posto que prega ser 
primeiramente um direito de aqueles serem criados em suas famílias biológicas. 
 
A adoção apenas ocorre quando todas as tentativas de manter os vínculos familiares se 
esgotarem. 
No art. 28 do ECA, no que se refere à adoção, temos: 
 
Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por 
equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de 
compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente 
considerada. 
13 
 
§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu 
consentimento, colhido em audiência. 
§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de 
afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes 
da medida. 
§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma 
família substituta. 
Ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique 
plenamente a excepcional idade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, 
evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais (BRASIL,1990, p.32). 
 
Em 2009, sancionou-se algumas alterações no ECA com relação a adoção, em nada 
menos que 54 artigos, e inúmeras inovações, que tiveram o intuito de garantir que crianças e 
adolescentes tenham direito de conviver com seus familiares, e somente em último caso a 
adoção. 
No que diz respeito ao registro de nascimento do adotado, de acordo com o art.47 do 
ECA, a sentença que concede a adoção será inscrita no Registro Civil mediante mandado do 
juiz prolator da sentença. Não poderá haver nenhuma observação na certidão de registro. 
Outro avanço que merece destaque foi a aprovação em 03 de agosto de 2009 da Lei nº 
12.010/2009 - Lei Nacional de Adoção. 
Essa Lei dispõe não apenas sobre a adoção, mas também procura aperfeiçoar a 
sistemática prevista no ECA, para garantia do direito à convivência familiar, retirou a 
regulamentação do Código Civil passando o tema para o ECA. 
Em 2017, a Lei 13.509 alterou o ECA, reduzindo prazos e reforçando o instituto da 
adoção dentro do sistema e da proteção jurídica. 
Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente confira aos abrigos um caráter 
provisório, muitas crianças passam toda a sua infância confinada nestes, e quando atingem a 
maioridade são obrigados a irem embora sem nenhuma perspectiva de futuro (CURY,2010). 
Vale ressaltar, uma alteração de suma importância, que passou a ser prioridade a adoção 
de grupos de irmãos e menores com deficiência, doença crônica ou necessidades específicas de 
saúde. Isto caberá aos adolescentes (irmãos) que não tiveram a felicidade da adoção, que 
possam ganhar uma família junto aos que já fazem parte da sua. RODRIGUES,2002). 
 Segundo Digiácomo (2009, p.03), a implementação dessa nova lei, 
tem por objetivo, de um lado, evitar abrigamentos injustificados (e injustificáveis, 
como são os casos daqueles efetuados pelas próprias famílias e/ou motivados pela 
falta de condições materiais) e, de outro, assegurar que as crianças e adolescentes 
abrigados tenham sua situação permanentemente monitorada pela autoridade 
judiciária e pelos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do 
direito à convivência familiar, na perspectiva de promover, da forma mais célere 
possível, a reintegração familiar (medida preferencial, que deve ser precedida ou 
acompanhada do encaminhamento da família aos referidos programas e serviços de 
orientação/apoio/promoção social) ou, quando isto não for possível, por qualquer 
razão plenamente justificada, sua colocação em família substituta, nas diversas 
14 
 
modalidades previstas (dentre as quais se incluem os programas de acolhimento 
familiar, também referidos pela nova lei). 
 
Segundo Cury (2010, p.197) “Com a adoção, ocorre o total desligamento da família de 
origem, adquirindo o adotando, a condição de filho daquele núcleo familiar, tendo os mesmos 
direitos, garantias e deveres do filho biológico”. 
 Portanto, a adoção é um modo de se formar uma família com as mesmas características 
familiares de quem já possua filhos biológicos, nenhuma diferença é motivo para impedir que 
laços afetivos, filiais, de maternidade ou paternidade possam surgir entre essas pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3 – O SERVIÇO SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL 
 
 Neste capitulo abordaremos no primeiro momento um pouco sobre o serviço social e a 
questão social. Depois, analisaremos a relação serviço social no setor jurídico e por fim as 
contribuições do assistente social no processo de adoção, no Brasil. 
 
3.1 A QUESTÃO SOCIAL E O SERVIÇO SOCIAL 
 
No Brasil, historicamente, o Serviço Social passou por transformações em virtude das 
conjunturas políticas e sociais, tendo sempre as perspectivas teóricas e ideológicas como 
orientadoras da intervenção profissional. 
Assim, como em qualquer área de trabalho do assistente social, a sua atuação não se 
limita ao atendimento restrito de determinado segmento, ocorre compreensão das relações 
sociais em que o sujeito está inserido, sendo o espaço familiar um dos aspectos a serem 
priorizados. 
Faleiros (2007, p. 30) destaca que: 
 
O objeto de intervenção profissional do assistente social é o segmento da realidade 
que lhe é posto como desafio, aspecto determinado de uma realidade total sobre o qual 
irá formular um conjunto de reflexões e de proposições para intervenção. Os limites 
que configuram esse objeto são considerados uma abstração, uma vez que na realidade 
social o aspecto delimitado continua mantendo suas inter-relações com o universo 
mais amplo. 
 
O assistente social possui devido sua qualificação, capacidade crítica e reflexiva capaz 
de compreender a problemática na sua totalidade e tem capacidade de mobilização e 
organização, firmando seu compromisso com a cidadania (IAMAMOTO,2011). 
No Brasil, o serviço social ganhou visibilidade na sociedade, sempre em busca dos 
resultados e na efetivação dos direitos sociais. 
Segundo Iamamoto (2011, p.32) 
as práticas de concentração de capital, renda e poder, foram responsáveis pelo 
agravamento da questão social no país, além das precárias condições de vida da 
maioria da população brasileira, a questão social teve grande expressão no 
desemprego e no subemprego. 
 
Na análise de Fraga (2010, p. 45) 
 
O cerne da questão social está enraizado no conflito entre capital versus trabalho, 
suscitado entre a compra (detentores dos meios de produção) e venda daforça de 
trabalho (trabalhadores), que geram manifestações e expressões. Estas manifestações 
16 
 
e expressões, por sua vez, são subdivididas entre a geração de desigualdades: 
desemprego, exploração, analfabetismo, fome, pobreza, entre outras formas de 
exclusão e segregação social que constituem as demandas de trabalho dos assistentes 
sociais; também se expressa pelas diferentes formas de rebeldia e resistência: todas as 
maneiras encontradas pelos sujeitos para se opor e resistir às desigualdades, como, 
por exemplo, conselhos de direitos, sindicatos, políticas, associações, programas e 
projetos sociais. 
 
 
A questão social acontece dentro de um contexto sempre vinculada as desigualdades e 
as contradições do capitalismo. 
Com o intuito oferecer respostas a questão social são criadas as políticas públicas com 
a finalidade de provocar as mudanças sociais. 
Afirma Rosado (2000, p. 271) 
As políticas sociais públicas, por sua vez, são resultantes do confronto de forças entre 
os diversos grupos sociais e sustenta-se na necessidade de legitimação dos governos 
que, para garantir a manutenção do poder, atendem algumas demandas da classe 
trabalhadora, incorporando determinadas reivindicações dos movimentos populares e 
antecipando-se até a estas, como forma de amainar os conflitos de classe [...] 
 
As Políticas Públicas são uma das formas de se garantir o acesso aos direitos sociais e 
devem se efetuar atendendo as especificidades de cada segmento demandado. As ações das 
políticas sociais públicas devem ter como condição primordial o reconhecimento da realidade. 
(ROSADO,2000) 
 Montaño (2012), afirma que o Serviço Social é uma profissão historicamente 
importante para o enfrentamento da questão social, pois através de seus instrumentais, trabalha 
para intervir positivamente na redução das desigualdades sociais. 
 Todas as atribuições dos profissionais de Serviço Social, independente de que área atue, 
são norteadas pelo Código de Ética Profissional e pela Lei de Regulamentação da Profissão. 
O profissional de Serviço Social para atuar em qualquer área com competência deve 
reconhecer na questão social seu objeto de intervenção, e deve ser competente para fazer uma 
leitura crítica da realidade e buscar estratégias e técnicas capazes de garantir o acesso dos 
trabalhadores aos seus direitos (CFESS,2014). 
O profissional assistente social deve ser capaz de compreender e apreender a dinâmica 
da realidade e as diversas expressões da questão social, atuando na busca da garantia do acesso 
às políticas públicas, na ampliação da cidadania e do reconhecimento da condição de sujeito de 
direito social (IAMAMOTO,2011). 
Cabe ao profissional de serviço social o conhecimento da realidade em sua totalidade, 
construindo ações e estratégias que possibilitem a efetivação dos direitos a partir das demandas 
postas. 
17 
 
 Nos remete Montaño (2012, p.52) “é fundamental que os assistentes sociais vão além 
das suas atribuições e competências e procurem investigar a realidade, fortalecendo seu 
compromisso ético-político, rompendo com as práticas rotineiras em defesa de políticas 
públicas de qualidade”. 
 
3.2 O SERVIÇO SOCIAL NO PODER JURIDICO 
 
Diversos estudiosos escrevem sobre a história da inserção do Serviço Social na área 
jurídica, e concordam quando afirmam não haver uma data específica na qual delimita a atuação 
do Serviço Social no campo jurídico. 
Segundo Pizzol, (2008, p.32), realizar um resgate histórico do Serviço Social no campo 
socio jurídico, no Brasil, requer muito esforço, principalmente no que se refere a encontrar 
bibliografia que retrata os primeiros profissionais num campo predominantemente jurídico. 
De acordo com Fávero (2011, p.4) 
Os pioneiros do Serviço Social no TJSP foram também pioneiros do Serviço Social 
no Brasil, a exemplo da professora Helena Iracy Junqueira e do professor José 
Pinheiro Cortez. Ambos compuseram o grupo de professores da Escola de Serviço 
Social de São Paulo e militaram no Partido Democrata Cristão. Defendiam 
concepções de justiça social e de direitos com base no doutrinarismo católico, com 
um viés, ainda que embrionário, da social democracia, e tiveram participação decisiva 
na implantação do Serviço Social no primeiro Juizado de Menores da capital, em 
1949, por meio do Serviço de Colocação Familiar, instituído pela Lei estadual n. 500 
— que ficou conhecida como Lei de Colocação Familiar. 
 
A CF/88, possibilita ao Serviço Social aparecer de forma mais expressiva nas questões 
jurídicas. De acordo com o artigo 5º, § LXXIV “a assistência jurídica integral e gratuita aos 
que comprovarem insuficiência de recursos, tendo, pois, o Estado Democrático de Direito 
Social, como aparelho que viabiliza a cidadania” (BRASIL,1988). 
 De acordo com Chuairi (2001, p.130) 
Esta Constituição representou um avanço no campo dos direitos individuais e sociais 
da sociedade brasileira como um todo, trazendo alterações não só na legislação e suas 
diretrizes operacionais, mas também houve um rompimento com o pensamento 
anterior, em que a assistência judiciária era identificada somente como o atendimento 
em juízo. 
 
Ainda corrobora Fávero (2007, p.1), no que diz respeito a designação dada ao Assistente 
Social no campo sociojurídico: 
O termo campo (ou sistema) sociojurídico é utilizado enquanto o conjunto de áreas de 
atuação em que as ações do Serviço Social se articulam a ações de natureza jurídica, 
como o sistema penitenciário, os sistemas penitenciário e prisional, o sistema de 
segurança, o ministério público, os sistemas de proteção e acolhimento e as 
18 
 
organizações que executam medidas sócio educativas, conforme previstas no Estatuto 
da Criança e do Adolescente, dentre outros. 
 
O Assistente Social é um profissional que possui um conhecimento cientifico e muito 
contribui com o poder judiciário, está inserido nas relações sociais, desempenha seu papel com 
grande relevância na busca constante de efetivação das políticas públicas e sociais. 
É um profissional que atua no desenvolvimento de ações e estudos no que diz respeito 
à questão social no campo sociojurídico, com o intuito de proporcionar auxílios que venham 
respaldar as ações judiciais, e facilitando acesso aos direitos dos indivíduos durante o processo 
(FAVERO,2007). 
Conforme Chuairi (2001, p.138), as principais atribuições do Assistente Social no 
campo socio jurídico são: 
Assessorar e prestar consultoria aos órgãos públicos judiciais, a serviços de 
assistência jurídica e demais profissionais deste campo, em questões específicas de 
sua profissão; Realizar perícias e estudos sociais, bem como informações e pareceres 
da área de sua competência, em consonância com os princípios éticos de sua profissão; 
Planejar e executar programas destinados à prevenção e integração social de pessoas 
e/ou grupos envolvidos em questões judiciais; Planejar executar e avaliar pesquisas 
que possam contribuir para análise social, dando subsídios para ações e programas no 
âmbito jurídico; Participar de programas de prevenção e informação de direitos à 
população usuária dos serviços jurídicos; Treinamento supervisão e formação de 
profissionais e estagiários nesta área 
 
Vemos que a atuação do Serviço Social no campo sociojurídico é bastante abrangente, 
e o profissional atua não apenas para a garantia de direitos e promoção da cidadania, mas 
também se configura como campo privilegiado no qual é possível atuar com as mais diversas 
expressões da questão social. 
Segundo Alapanian (2006, p.88) 
Dentre os espaços múltiplos de atuação do Serviço Social, podem-se destacar: a área 
da Infância e Juventude, em programas de acompanhamento à medidas 
socioeducativas, processos de adoção, guarda, destituição do poder familiar; 
programas relacionados a acompanhamento de penas abertas e pena alternativas junto 
ao sistema penitenciário grupos de apoio à adoção; assessoramento aos juízes das 
áreas de família, infânciae juventude, cível, execução penal, Juizados Especiais, entre 
outras; bem como também desempenhando funções junto ao Ministério Público e suas 
Promotorias; atuam na garantia do acesso à Justiça, por meio das Defensorias Públicas 
e dos Escritórios de Assistência Jurídicas. 
 
Assim, o campo sociojurídico vem requisitando cada vez mais a inserção do assistente 
social devido a crescente busca da resolução de conflitos via esfera judicial. 
Faria (2001, p.09) diz: 
O exercício profissional do assistente social no Poder Judiciário se realiza numa das 
instituições básicas do Estado constitucional moderno em cujo âmbito exerce uma 
função instrumental (dirimir conflitos), uma função política (promover o controle 
19 
 
social) e uma função simbólica (promover a socialização das expectativas à 
interpretação das normas legais ). 
 
 A atuação do assistente social requer que o profissional esteja preparado para atuar no 
campo judiciário, cabendo ao mesmo posicionar-se criticamente frente as demandas 
institucionais. 
Desta forma, o principal papel do assistente social no campo sociojurídico é de realizar 
a perícia social por meio de laudos e pareceres sociais. Para concluir esses laudos técnicos, o 
profissional necessita realizar um estudo social, no qual são utilizados principalmente 
instrumentos de caráter individual: entrevista, visita domiciliar e visita institucional 
(CHUAIRI,2001). 
 Fávero (2004, p.30) nos traz que: 
No espaço do judiciário, o Assistente Social, geralmente, é subordinado 
administrativamente a um Juiz de Direito – ator privilegiado nessa instituição, na 
medida em que sua ação concretiza imediatamente a ação institucional. Esta relação 
de subordinação, não raras vezes determina relações de subalternidade, em razão do 
autoritarismo muitas vezes presente no meio institucional. Todavia o Assistente Social 
é autônomo no exercício de suas funções, o que se legitima, fundamentalmente, pela 
competência teórico-metodológica e ético-política por meio do qual executa o seu 
trabalho. Autonomia garantida legalmente, com base no Código de Ética, na lei de 
regulamentação da profissão, no próprio ECA, na legislação civil. 
 
 
 A atuação do assistente social no campo jurídico depara-se com inúmeros casos de 
violação de direitos e de indivíduos que enfrentam dificuldades no acesso aos seus direitos. 
 Ainda corrobora Fávero (2011, p.42) 
Quando o assistente social é solicitado a oferecer um laudo, um parecer social, cabe a 
ele, portanto, definir os meios necessários para construí-los: em que nível e a quais 
conhecimentos precisa ter acesso, se necessita entrevistas, com quem e quantas, se 
deve realizar visitas domiciliares e/ou institucionais, se precisa estabelecer contatos 
variados, se deve consultar material documental e bibliográfico e quais etc. É sua 
prerrogativa definir os meios para atingir os fins propostos. Para tal, se faz 
imprescindível a permanente capacitação, em especial por se tratar de uma profissão 
que lida com expressões da realidade social – a qual se põe de forma dinâmica, em 
permanente transformação, e lida, especialmente, com situações e ações que dizem 
respeito a direitos, fundamentais e sociais. 
 
Neste contexto, o profissional contribui significativamente na luta pela defesa e garantia 
de direitos sociais, pois detém um saber especializado, baseado na concepção da totalidade. 
Um dos grandes desafios do assistente social são inúmeras circunstancias adversas que 
encontra no caminho, e diante disso é preciso coragem, sabedoria e conhecimentos para seguir 
no enfrentamento das questões sociais demandadas. No campo sociojurídico é exigido dos 
profissionais do Serviço Social uma constante atualização sobre as diversas legislações, 
20 
 
aperfeiçoamento continuado, está disposto a se qualificar em virtude das exigências postas 
diante das demandas (CHUAIRI, 2001). 
Segundo Chuairi (2001, p.135) “no campo sociojurídico, a atuação dos profissionais de 
Serviço Social representa um grande suporte, entre eles, estão mediar conflitos e agilizar os 
processos”. 
Porém, vale ressaltar que os desafios colocados no dia a dia, estimulam e movem a 
história, por meio da democracia, igualdade e respeito as diversidades, sempre com qualidade 
e compromisso aos serviços prestados. 
 
 
3.3 A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO NO 
BRASIL 
 
Nos dias de hoje, a adoção é um direito de todos, de acordo com as regras e normas 
estabelecidas nas leis, garantindo uma família tanto para quem deseja adotar quanto para a 
criança ou adolescente que necessita de um lar (BRASIL,1990). 
No Brasil, o serviço social tem como um de seus objetivos a defesa dos direitos dos 
indivíduos, inclusive as crianças e os adolescentes, desta forma o assistente social atua no 
processo de adoção. 
Como afirma Bittencou (2010, p. 48) “a criança ou adolescente é um sujeito de direitos 
especial, dotado de superioridade dentre todos os interesses envolvidos na questão concreta que 
se busca solucionar”. 
O ECA introduziu uma importância a prática profissional do assistente social, antes da 
promulgação do ECA, os procedimentos eram realizados por oficiais, voluntários, mas não 
tinham qualificação técnica. 
Atualmente, com o ECA e a Nova Lei de Adoção, a Justiça da Infância e da Juventude 
necessita de uma avaliação mais adequada, qualificada e que possa contemplar todos os 
segmentos que diretamente atenda aos interesses da criança e do adolescente, trazendo um novo 
patamar aos profissionais que buscam a garantia de direitos desse segmento (CUNHA,2014). 
É nesse patamar que se encontram os profissionais de Serviço Social, viabilizadores de 
direitos dos indivíduos envolvidos. 
Conforme Fávero (2011, p.26), na esfera judiciária, para o âmbito da infância e 
juventude, os artigos 150 e 151 do ECA apontam para a necessidade de assessoria de equipe 
interprofissional. 
21 
 
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem 
reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou 
verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, 
orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à 
autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico. 
 
No que se refere ao processo de adoção, o Assistente Social funciona como uma ponte 
entre a criança a ser adotada e, a família que pretende adotar. 
Cunha (2014, p.12) afirma que o Assistente Social participa ativamente, de todas as 
etapas da adoção, estando intimamente próximo aos envolvidos, passando a conhecer a situação 
socioeconômica, os desejos e dificuldades dos adotantes. 
 O processo de adoção é de extrema importância, pois legitima a criança ou adolescente 
no seio de uma família de forma definitiva e irrevogável. 
Segundo Ferreira e Carvalho (2002, p.36) “no âmbito judiciário, o Serviço Social exerce 
um papel de suma importância, que consiste no fornecimento de subsídios para as decisões 
judiciais”. 
Ao Assistente Social cabe observar a situação da família, conhecer os reais motivos que 
levam a adoção, orientar e esclarecer dúvidas sobre a adoção, e como encaram o fato da chegada 
de um novo indivíduo na família. Seu papel também é esclarecer, orientar sobre a adoção, ou 
seja, os tramites do processo, e também auxilia na decisão final do processo (FÁVERO,2011). 
Constata-se que o Assistente Social intervém na adoção de modo a esclarecer sobre a 
realidade da adoção, orientando sobre os trâmites legais. 
De acordo com CUNHA (2014, p.16) “sendo o curso preparatório, um dos espaços 
utilizados pelos assistentes sociais para intervir nas questões que envolve as motivações dos 
pretendentes”. 
Vale aqui ressaltar, que existe um período que antecede a adoção, ou seja, a preparação 
psicossocial e jurídica dos pretendentes a adoção. 
Nesse processo, o assistente social trabalha comestratégias com o objetivo de conhecer 
o ambiente doméstico, familiar e ter maior proximidade com os pretendentes (FÁVERO,2011). 
Outro ponto que merece destaque, é a condição socioeconômica da família que pretende 
adotar, se tem suporte material e emocional para atender as reais necessidades do adotado. 
Segundo Cunha (2014, p.18) 
Para que o trabalho do Assistente Social se concretize é necessário que ele sem dúvida 
alguma tenha pleno conhecimento de suas funções e responsabilidades dentro do 
contexto em que está inserido, pois, somente assim poderá prestar um serviço eficiente 
e eficaz. 
 
De acordo com o Manual de Procedimentos Técnicos (2006, p.156) 
22 
 
O assistente social judiciário deve ter em mente que precisam buscar a imparcialidade 
evitando pré-julgamento. Necessitam ter clareza do poder que a situação de avaliação 
que o lugar institucional lhe confere, buscando estabelecer uma vinculação positiva 
com os atendidos. O clima deve ser amistoso e proporcionar um espaço que facilite 
as reflexões, o que gerará – provavelmente –maior disponibilidade para revelações 
e reais motivações. Recomenda-se que os profissionais apurem suas escutas e a 
observação em relação a como os pretendentes à adoção lidam com as suas relações 
sociofamiliar e afetivas, pois elas trarão elementos significativos p ara a avaliação. 
 
Desta forma, o Assistente Social trabalha como um dos principais atores do poder 
público no processo de adoção, a ele cabe o contato físico e o reconhecimento dos anseios dos 
envolvidos. 
As visitas realizadas pelo Assistente Social têm como intuito analisar o ambiente como 
um todo, sendo de extrema importância, pois esse elo relatado é lavado em conta nas decisões 
do judiciário. 
Os Assistentes Sociais, utilizam vários instrumentos técnicos que embasam sua tomada 
de decisões, entre eles, a entrevista, relatório, visitas domiciliares, parecer social, estudo social, 
entre outros, fornecendo assim subsídios para a decisão do juiz (ÁVERO,2011). 
Então, necessita estar preparados teoricamente para concluírem com responsabilidade, 
honestidade e seriedade seu trabalho. 
Segundo Zanetti (2001, p.60) 
O assistente social na área da Infância e Juventude atua no cumprimento das medidas 
definidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: nas Medidas de Proteção atua 
nos procedimentos de Guarda, Adoções (nacionais e internacionais), Tutela, 
Destituição ou Suspensão do pátrio poder e Manutenção de vínculos; nas Medidas 
Socioeducativas atua nos procedimentos estabelecidos para adolescentes em conflito 
com a Lei, através da Liberdade Assistida, Prestação de Serviços à Comunidade e 
abrigamento. 
 
O profissional de Serviço Social deve ter total conhecimento das leis que circundam a 
adoção, bem como, todas as normas do processo. 
No processo de adoção, o assistente social deve ter sempre como enfoque seu ponto de 
vista técnico e crítico, lutando para minimizar os preconceitos impostos, a fim de que o processo 
judicial não interfira no processo afetivo (RODRIGUES,2009). 
 Pois, infelizmente o entendimento sobre a adoção ainda se encontra cercada de 
preconceitos. 
 Outro momento de atuação do Assistente Social é após a colocação do adotante na 
família substituta, o profissional continuará acompanhando a família durante um determinado 
tempo, por meio de visitas domiciliares e outros instrumentais, para preservar o bem estar da 
criança ou adolescente (RODRIGUES, 2009). 
Nos remete Schmitiz (2014, p.8) 
23 
 
 o acompanhamento do assistente social na prática adotiva e pós parecer social, torna-
se indispensável e oportuno à relação familiar, onde o profissional do serviço social 
concomitantemente trabalha o particular e o grupo familiar e orientação aos mesmos 
na perspectiva do fortalecimento de um novo vínculo afetivo. 
 
Segundo Ferreira (2001, p.16). 
 Uma vez deferida a adoção, a mesma é irrevogável, com a elaboração de nova 
certidão de nascimento que possibilita até alteração do nome do menor. Porém, esta 
nova situação jurídica da criança ou do adolescente adotado não altera a situação 
pessoal e emocional pelo qual passou. Assim, se juridicamente é possível se 
estabelecer uma nova família, apagando-se inclusive os registros anteriores, 
emocionalmente o problema é mais delicado. Deflui-se desta situação, que o 
acompanhamento posterior à concretização da adoção, é extremamente útil, para que 
o ciclo adotivo se complete satisfatoriamente. 
 
Contudo, mesmo com o Serviço Social atuando no campo sociojurídico, suas ações 
ainda não são expressivas como deveria ser, por se tratar de uma profissão que atua 
principalmente na perspectiva da garantia de direitos dos usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 CONCLUSÃO 
 
 Durante o processo de construção desse Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, foi 
possível compreender o papel do assistente social na defesa dos direitos sociais dos seus 
usuários. No que concerne ao processo de adoção, esse deve acontecer de forma a garantir o 
melhor para a criança ou adolescente, e para a família que se propõe a adotar, reforçando a 
cidadania e a identidade do adotante, desconstruindo a função de caridade que a adoção possuía 
antigamente. 
 Enfim, um dos principais resultados obtidos, nesse estudo, foram: a relevância da 
atuação do Assistente Social em consonância com o que rege o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA) e a Nova Lei da Adoção, com a participação ativa desse profissional em 
todas as etapas da adoção. O objetivo proposto foi atingido, pois conseguimos contextualizar e 
compreender a historicidade da profissão inserida no campo socio jurídico, e no processo de 
adoção respaldado pela legislação vigente, apesar do pouco material bibliográfico disponível 
sobre o tema. Desta forma, espera-se contribuir para elaboração de novos trabalhos que irão 
surgir, já que não se pode colocar como acabada a pesquisa aqui realizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
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