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TECIDO ÓSSEO -componente principal do esqueleto; -serve de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais ( como os contidos nas caixas craniana e torácica, bem como no canal raquidiano ); -Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue; -proporciona apoio aos músculos esqueléticos - transformando suas contrações em movimentos úteis; -constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular; -depósito de cálcio, fosfato e outros íons >> armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada >> para manter constante a concentração desses íons nos líquidos corporais; -capazes ainda de absorver toxinas e metais pesados >>> minimizando assim seus efeitos adversos em outros tecidos; -formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea; -Natureza rígida - Células e Fibras imersas em uma substância dura e inflexível; -- Nas extremidades coberta de cartilagem >> permitem articulação ou movimento; -células são : osteócitos >> se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz; osteoblastos >> sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na sua periferia; osteoclastos >> células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de remodelação dos ossos - Tecido dinâmico; Renovado e remodelado durante toda a vida; -Constituído por células e por material intercelular que pode ser: Denso (tecido ósseo compacto) e esponjoso (tecido ósseo esponjoso ou trabecular); -não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso >> nutrição dos osteócitos depende de canalículos que existem na matriz >> possibilitam as trocas de moléculas e íons entre os capilares sanguíneos e os osteócitos; -Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e o endósteo, respectivamente; ➔ CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO ● OSTEÓCITOS -encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem canalículos; -Cada lacuna contém apenas um osteócito; -Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos por meio de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para o outro; - células achatadas; -pequena quantidade de retículo endoplasmático granuloso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada; -essenciais para a manutenção da matriz óssea; -Sua morte é seguida por reabsorção da matriz; ➔ OSTEOBLASTOS - sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea, osteonectina e osteocalcina; -osteonectina facilita a deposição de cálcio e osteocalcina estimula a atividade dos osteoblastos >> parte dessa produzida é transportada pelo sangue, por isso - atua tanto nos osteoblastos locais como nos localizados à distância; -capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz; - sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que lembra um epitélio simples; -cubóides, com citoplasma muito basófilo (intensa atividade sintética); -em estado pouco ativo, tornam-se achatados; -Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado de osteócito; -matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos; -Osteóide >> matriz óssea recém- formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada; Aplicação: -tetraciclina (antibiótico fluorescente) se deposita com grande afinidade sobre a matriz óssea recém-formada >> possibilita a realização de uma técnica para avaliar a velocidade de formação óssea >> estudo do crescimento ósseo e para o diagnóstico de determinadas doenças ósseas; -método consiste em duas injeções de tetraciclina, sendo o intervalo entre uma e outra de 5 dias. Em seguida, é feita uma biopsia óssea, e os cortes são examinados ao microscópio de fluorescência. - A distância entre as duas faixas fluorescentes é proporcional à velocidade de aposição (crescimento) óssea. -Esse procedimento de biópsia óssea tem utilidade no diagnóstico de certas doenças como a osteomalacia, na qual a mineralização está prejudicada, e a osteíte fibrosa cística, quando ocorre aumento na atividade dos osteoclastos, resultando em remoção de matriz óssea; ➔ OSTEOCLASTOS -- Células gigantes, móveis, extensamente ramificadas; -- Multinucleadas; -ramificações são muito irregulares, com forma e espessura variáveis; -nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavadas (lacunas de Howship) pela atividade dos osteoclastos; - têm citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos; fracamente basófilo nos osteoclastos jovens e acidófilo nos maduros; -se originam de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que, ao contato com o tecido ósseo, unem-se para formar os osteoclastos multinucleados; -A zona clara é um local de adesão do osteoclasto à matriz óssea e cria um microambiente fechado, no qual ocorre a reabsorção óssea; -Os osteoclastos secretam, para dentro desse microambiente fechado, ácido (H+), colagenase e outras hidrolases >> atuam localmente, digerindo a matriz orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio; - atividade é coordenada por citocinas (pequenas proteínas sinalizadoras que atuam localmente) e por hormônios como calcitonina (hormônio produzido pela glândula tireoide ) e paratormônio (secretado pelas glândulas paratireoides); ➔ MATRIZ ÓSSEA - parte inorgânica representa cerca de 50% do peso; -mais encontrados íons: fosfato e cálcio >> formam cristais; - bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas quantidades; -cristais de matriz óssea mostram imperfeições e não são exatamente iguais à hidroxiapatita que se encontra nos minerais das rochas; -parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%) constituídas de colágeno do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas (podem ter alguma participação na mineralização ); -Em virtude de sua riqueza em fibras colágenas, a matriz óssea descalcificada cora-se pelos corantes seletivos do colágeno; -associação de hidroxiapatita a fibras colágenas >> responsável pela rigidez e resistência do tecido ósseo; -remoção do cálcio >> ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão flexíveis quanto os tendões; - destruição da parte orgânica >> realizada por incineração; deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que dificilmente pode ser manipulado sem se partir; ➔ PERIÓSTEO -superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e tecido conjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo, respectivamente; - Recobre a superfície óssea externa; -A camada mais superficial contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos; -têm fibras de Sharpey >> feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso; - Possui células osteoprogenitoras (papel importante no crescimento ósseo e fraturas >> pois se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos/morfologicamente parecidas com os fibroblastos); ➔ ENDÓSTEO -recobre a superfície óssea interna; -Reveste as cavidades medulares - Cavidade do osso esponjoso - Canais de Havers - Canais de Volkmann; -também tem células osteoprogenitoras achatadas; -nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação do osso (função do periósteo também); ➔ TIPOS DE TECIDO ÓSSEO -osso compacto : sem cavidades visíveis; chamado osso cortical em ossos longos; Mais denso; Espaços reduzidos; Organização lamelar mais precisa e espessa; -osso esponjoso: muitas cavidades intercomunicantes; -ossos longos: epífises ou extremidades >> formadas por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta; diáfise >> quase totalmente compacta, com pequena quantidade deosso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular; nos ossos longos, o osso compacto é chamado também de osso cortical; -ossos curtos: têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda a sua periferia por uma camada compacta; -ossos chatos: que constituem a abóbada craniana; existem duas camadas de osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso que, nesta localização, recebe o nome de díploe; -cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea; -recém-nascido - toda a medula óssea tem cor vermelha (essa medula fica nas trabéculas do osso esponjoso, nas extremidades), devido ao alto teor de hemácias, e é ativa na produção de células do sangue (medula óssea hematógena); -com a idade, vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com diminuição da atividade hematógena (medula óssea amarela) >> fica nas diáfises; -têm o tecido ósseo primário ou imaturo e tecido ósseo maduro, secundário ou lamelar; dois tipos contêm as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz; ● Tecido Ósseo Primário ou Imaturo -aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas, - temporário e substituído por tecido secundário; -fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação definida; -Em cada osso o primeiro tecido ósseo que aparece é do tipo primário (não lamelar); -Adulto: pouco frequente, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões; - menor quantidade de minerais (mais facilmente penetrado pelos raios X); -maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário; ● Tecido Ósseo Secundário -fibras colágenas se organizam em lamelas >> ficam paralelas umas às outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando os sistemas de Havers ou ósteons; - variedade geralmente encontrada no adulto; -lacunas que contêm osteócitos estão em geral situadas entre as lamelas ósseas, porém algumas vezes estão dentro delas; - Separando grupos de lamelas, ocorre frequentemente o acúmulo de uma substância cimentante >> consiste em matriz mineralizada, porém, com pouquíssimo colágeno; -diáfise dos ossos: lamelas ósseas se organizam em arranjo típico, constituindo os sistemas de Havers, os circunferenciais interno e externo e os intermediários; - embora sistemas de Havers pequenos sejam encontrados no osso compacto de outros locais; -cada sistema de Havers ou ósteon: é um cilindro longo, às vezes bifurcado, paralelo à diáfise; circundado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas, contendo osteócitos; No centro desse cilindro ósseo existe um canal revestido de endósteo, o canal de Havers, que contém vasos e nervos; canais de havers segue a direção do canal medular comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa de osso por meio de canais transversais ou oblíquos ( canais de Volkmann ) >> ligam os canais de havers entre si >> não apresentarem lamelas ósseas concêntricas; -Todos os canais vasculares existentes no tecido ósseo aparecem quando a matriz óssea se forma ao redor dos vasos preexistentes; --sistemas de Havers mostram alternância de lamelas claras e lamelas escuras >> se deve ao arranjo das fibras colágenas nas lamelas ósseas; Aplicação: - cada sistema de havers é construído por deposição sucessiva de lamelas ósseas a partir da periferia para o interior do sistema, os sistemas mais jovens têm canais mais largos e as lamelas mais internas são as mais recentes; -Os sistemas circunferenciais interno e externo são constituídos por lamelas ósseas paralelas entre si, formando duas faixas: uma situada na parte interna do osso, em volta do canal medular e em contato com o endósteo, e a outra na parte mais externa, próxima ao periósteo; -Entre os dois sistemas circunferenciais encontram-se inúmeros sistemas de Havers e grupos irregulares de lamelas, geralmente de forma triangular, lamelas intersticiais (sistemas intermediários), que provêm de restos de sistemas de Havers que foram destruídos durante o crescimento do osso; ➔ OSTEOGÊNESE (formação do tecido ósseo) -2 tipos: Ossificação Intramembranosa e Ossificação Endocondral; -nos dois o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, o qual é, pouco a pouco, substituído por tecido secundário ou lamelar >>> durante o crescimento dos ossos podem-se ver, lado a lado, áreas de tecido primário, áreas de reabsorção e áreas de tecido secundário; -combinação de formação e remoção de tecido ósseo persiste durante o crescimento do osso >>> também ocorre no adulto, embora em ritmo muito mais lento; ● OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA -ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo; -formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior; origina os ossos chatos do crânio; -Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos; -- Ossos se formam diretamente do mesênquima; -local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se centro de ossificação primária; -tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se tornam arredondadas e se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteóide (matriz ainda não mineralizada), que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos; -Como vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de ossificação, há confluência das traves ósseas formadas, conferindo ao osso um aspecto esponjoso; - Entre as traves formam-se cavidades que são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que darão origem à medula óssea; -Os vários centros de ossificação crescem radialmente, acabando por substituir a membrana conjuntiva preexistente; A palpação do crânio dos recém-nascidos revela áreas moles – as fontanelas – onde as membranas conjuntivas ainda não foram substituídas por tecido ósseo -Nos ossos chatos do crânio > >verifica-se um predomínio acentuado da formação sobre a reabsorção de tecido ósseo nas superfícies interna e externa. Assim, formam-se as duas tábuas de osso compacto, enquanto o centro permanece esponjoso (díploe); -A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a constituir o endósteo e o periósteo; ● OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL - Baseia-se na presença de uma peça de cartilagem hialina utilizado como um molde, sobre e no qual o osso é formado; -início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma parecida à do osso que se vai formar, porém de tamanho menor; -responsável pela formação dos ossos curtos e longos; -2 processos: 1. Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia1 dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose; 2. as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente; -Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada; -aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso, sem que ocorra a transformação deste tecido naquele >> os tabiques de matriz calcificada da cartilagem servem apenas de ponto de apoio à ossificação; ** O molde cartilaginoso apresenta uma parte média estreitada e as extremidades dilatadas, correspondendo, respectivamente, à diáfise e às epífises do futuro osso; I. O primeiro tecido ósseo a aparecer no osso longo é formado por ossificação intramembranosa do pericôndrio que recobre a parte média da diáfise >> formando um cilindro ( colar ósseo ); II. Enquanto se forma o colar ósseo , as células cartilaginosas envolvidas pelo mesmo hipertrofiam (aumentam de volume), morrem por apoptose e a matriz da cartilagem se mineraliza. Vasos sanguíneos, partindo do periósteo, atravessam o cilindro ósseo e penetram a cartilagem calcificada, levandoconsigo células osteoprogenitoras originárias do periósteo, que proliferam e se diferenciam em osteoblastos, os quais formam camadas contínuas nas superfícies dos tabiques cartilaginosos calcificados e iniciam a síntese da matriz óssea que logo se mineraliza. Forma-se, assim, tecido ósseo primário sobre os restos da cartilagem calcificada >> Centro primário de ossificação; distingue-se a cartilagem calcificada por ser basófila, enquanto o tecido ósseo depositado sobre ela é acidófilo 1 desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa); -Seu crescimento rápido, em sentido longitudinal, ocupa toda a diáfise; III. Desde o início da formação do centro primário surgem osteoclastos e ocorre absorção do tecido ósseo formado no centro da cartilagem, aparecendo, assim, o canal medular, o qual também cresce longitudinalmente à medida que a ossificação progride; IV. À medida que se forma o canal medular, células sanguíneas, originadas de células hematógenas multipotentes (células-tronco) trazidas pelo sangue dão origem à medula óssea; V. As células-tronco hematógenas se fixam no microambiente do interior dos ossos, onde vão produzir todos os tipos de células do sangue, tanto na vida intrauterina como após o nascimento; VI. Mais tarde, formam-se os centros secundários de ossificação, um em cada epífise, porém não simultaneamente >> são semelhantes ao centro primário da diáfise, mas seu crescimento é radial em vez de longitudinal. A porção central do osso formado nos centros secundários (nas epífises) também contém medula óssea; VII. Quando o tecido ósseo formado nos centros secundários ocupa as epífises, o tecido cartilaginoso torna-se reduzido a dois locais: a cartilagem articular, que persistirá por toda a vida e não contribui para a formação de tecido ósseo, e a cartilagem de conjugação ou disco epifisário >> constituída por um disco cartilaginoso que não foi penetrado pelo osso em expansão e que será responsável, de agora em diante, pelo crescimento longitudinal do osso; (1) ★ Na cartilagem de conjugação, começando ao lado da epífise, distinguem-se as cinco zonas: Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica; Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na qual os condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso; Zona de cartilagem hipertrófica: zona que apresenta condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios >> A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células hipertróficas; Os condrócitos entram em apoptose; Zona de cartilagem calcificada: zona em que ocorre a mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos; Zona de ossificação: zona em que aparece tecido ósseo; Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada. Sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea; -A matriz óssea calcifica-se e aprisiona osteoblastos, que se transformam em osteócitos. Desse modo, formam-se as espículas ósseas2 >> com uma parte central de cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido ósseo primário; 2 representam cortes de paredes delimitando cavidades alongadas, conforme imagem 1; Aplicação: -crescimento dos ossos consiste na formação de tecido ósseo novo, associada à reabsorção parcial de tecido já formado; deste modo, os ossos conseguem manter sua forma enquanto crescem; ossos chatos: crescem por formação do tecido ósseo pelo periósteo situado entre as suturas e na face externa do osso, enquanto ocorre reabsorção na face interna; - Sendo extremamente plástico, o tecido ósseo responde, ex. ao crescimento do encéfalo, formando uma caixa craniana do tamanho adequado. -Havendo deficiência no crescimento do encéfalo, a caixa craniana será pequena. -Em contrapartida, nas crianças com hidrocefalia, por exemplo, cujo encéfalo é muito volumoso, a caixa craniana é também muito maior do que o normal; -adultos: existe remodelação dos ossos, um processo fisiológico que ocorre simultaneamente em diversas partes do esqueleto. Nesse caso >> a remodelação não está relacionada com o crescimento e é muito mais lenta; remodelação nas crianças pequenas é mais rápida do que nos adultos; ossos longos: as epífises aumentam de tamanho em razão do crescimento radial da cartilagem, acompanhado por ossificação endocondral; diáfise cresce em extensão pela atividade dos discos epifisários e, em espessura, pela formação de tecido ósseo na superfície externa da diáfise, com reabsorção na superfície interna >> aumenta o diâmetro do canal medular; -tecido ósseo é capaz de remodelar sua estrutura interna em resposta a modificações nas forças a que está submetido; ex. posição dos dentes na arcada dentária pode ser modificada por pressões laterais exercidas por aparelhos ortodônticos. Ocorrem reabsorção óssea no lado em que a pressão da raiz do dente atua sobre o osso alveolar e neoformação óssea no lado oposto, que está sujeito a uma tração por meio do ligamento periodontal >> dente é deslocado na arcada dentária, à medida que o osso alveolar é remodelado; **Consolidação de Fraturas: Nos locais de fratura óssea, ocorre hemorragia, pela lesão dos vasos sanguíneos, destruição de matriz e morte de células ósseas; Para que a reparação se inicie, o coágulo sanguíneo e os restos celulares e da matriz devem ser removidos pelos macrófagos. O periósteo e o endósteo próximos à área fraturada respondem com intensa proliferação, formando um tecido muito rico em células osteoprogenitoras que constitui um colar em torno da fratura e penetra entre as extremidades ósseas rompidas; Nesse anel ou colar conjuntivo, bem como no conjuntivo que se localiza entre as extremidades ósseas fraturadas, surge tecido ósseo primário ou imaturo, tanto pela ossificação endocondral de pequenos pedaços de cartilagem que aí se formam, como também por ossificação intramembranosa. Podem, pois, ser encontradas no local de reparação, ao mesmo tempo, áreas de cartilagem, áreas de ossificação intramembranosa e áreas de ossificação endocondral. Esse processo evolui de modo a aparecer, após algum tempo, um calo ósseo que envolve a extremidade dos ossos fraturados. O calo ósseo é constituído por tecido ósseo imaturo que une provisoriamente as extremidades do osso fraturado; As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o retorno do paciente a suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e sua completa substituição por tecido ósseo secundário>> Se essas trações e pressões forem idênticas às exercidas sobre o osso antes da fratura, a estrutura do osso voltará a ser a mesma que existia anteriormente; -Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, o tecido ósseo, apesar de ser rígido, consolida-se sem a formação de cicatriz ***Papel metabólico do tecido ósseo: -esqueleto contém 99% do cálcio do organismo e funciona como uma reserva desse íon, cuja concentração no sangue (calcemia) deve ser mantida constante, para o funcionamento normal do organismo; -intercâmbio contínuo entre o cálcio do plasma sanguíneo e o dos ossos; -cálcio absorvido da alimentação e que faria aumentar a concentração sanguínea desse íon é depositado rapidamente no tecido ósseo, e, inversamente, o cálcio dos ossos é mobilizado quando sua concentração diminui no sangue -2 mecanismos de mobilização do cálcio depositado no osso: 1. transferência dos íons dos cristais de hidroxiapatita para o líquido intersticial, do qual o cálcio passa para o sangue : favorecido pela grande superfície dos cristais de hidroxiapatita e ocorre principalmente no osso esponjoso lamelas ósseas mais jovens pouco calcificadas(existem mesmo no osso adulto, devido à remodelação contínua) são as que recebem e cedem Ca 2+ com maior facilidade. Essas lamelas são mais importantes na manutenção da calcemia do que as lamelas antigas, muito calcificadas e cujos papéis principais são de suporte e proteção. 2. se deve a ação do hormônio da paratireóide, ou paratormônio, sobre o tecido ósseo: ação mais lenta; causa um aumento no número de osteoclastos e reabsorção da matriz óssea, com liberação de fosfato de cálcio e aumento da calcemia ** concentração de (PO4 ) 3– (fosfato) não aumenta no sangue, porque o próprio paratormônio acelera a excreção renal desses íons; **atua sobre receptores localizados nos osteoblastos >> em resposta a esse sinal, os osteoblastos deixam de sintetizar colágeno e iniciam a secreção do fator estimulador dos osteoclastos; **Calcitonina: hormônio produzido pelas células parafoliculares da tireóide, inibe a reabsorção da matriz e, portanto, a mobilização do cálcio >> tem um efeito inibidor sobre os osteoclastos; **Importância do cálcio na alimentação: -carência alimentar deste mineral causa descalcificação dos ossos, que se tornam mais transparentes aos raios X e predispostos a fraturas; -descalcificação óssea pode também ser devida a uma produção excessiva de paratormônio (hiperparatireoidismo) >>> provoca intensa reabsorção óssea, aumento de Ca 2+ e (PO4 ) 3– no sangue, bem como deposição anormal de sais de cálcio em vários órgãos, principalmente nos rins e na parede das artérias; - osteopetrose: doença causada por defeito nas funções dos osteoclastos, com superprodução de tecido ósseo muito compactado e rígido >> pois perdem a função de reabsorção >> causa obliteração3 das cavidades que contêm medula óssea formadora de células do sangue, resultando em anemia e deficiência em leucócitos (glóbulos brancos), o que reduz a resistência dos pacientes às infecções; ***Efeitos de deficiências nutricionais: - tecido ósseo é sensível a diversos fatores nutricionais, principalmente durante a fase de crescimento; -A deficiência de cálcio leva a uma calcificação incompleta da matriz orgânica produzida. - deficiência de cálcio pode decorrer da carência desse mineral nos alimentos ou da falta do pró-hormônio vitamina D, ( importante para a absorção dos íons Ca 2+ e (PO4 ) 3– pelo intestino delgado ) 3 fazer desaparecer ou desaparecer pouco a pouco; -criança : leva ao raquitismo >> matriz óssea não se calcifica normalmente, de modo que as espículas ósseas formadas pelo disco epifisário se deformam, por não suportarem as pressões normais exercidas sobre elas pelo peso corporal e pela ação muscular >> Em consequência, os ossos não crescem normalmente e as extremidades dos ossos longos se deformam; -adulto : leva a osteomalácia >> se caracteriza pela calcificação deficiente da matriz óssea neoformada e descalcificação parcial da matriz já calcificada, com a consequente fragilidade óssea >> como não existem discos epifisários >> não ocorrem as deformações dos ossos longos nem o atraso do crescimento, característicos do raquitismo; ***Hormônios que atuam nos ossos: -outros atuam nos ossos; -parte anterior da hipófise: produz o hormônio do crescimento, que estimula o crescimento em geral, tendo efeito particularmente acentuado sobre a cartilagem epifisária; efeitos não são diretos; ele estimula certos órgãos, principalmente o fígado, a sintetizar polipeptídios denominados somatomedinas, que têm efeito sobre o crescimento >> falta desse hormônio durante o crescimento produz o nanismo hipofisário >> produção excessiva, como ocorre em alguns tumores da hipófise, causa o gigantismo, em crianças, e a acromegalia, quando aparece em adultos; -gigantismo: há um desenvolvimento excessivo do comprimento dos ossos longos; -Quando há um excesso do hormônio: os ossos não podem crescer em comprimento (pq adulto não tem disco epifisário) mas crescem em espessura (crescimento perióstico), dando origem à acromegalia, condição em que os ossos, principalmente os longos, tornam-se muito espessos; - hormônios sexuais, tanto masculino (testosterona) como feminino (estrógenos): -efeito complexo sobre os ossos, sendo, de um modo geral, estimuladores da formação de tecido ósseo; - influem sobre o aparecimento e o desenvolvimento dos centros de ossificação; -A maturação sexual precoce, causada por tumores que secretam hormônios sexuais, retarda o crescimento corporal, pois, nestes casos, a cartilagem epifisária é substituída precocemente por tecido ósseo. -Nos casos de desenvolvimento deficiente das gônadas ou de castração de animais em crescimento, as cartilagens epifisárias permanecem por período mais longo, de modo que o animal alcança um tamanho acima do normal; -Baixa concentração de estrógenos é ainda a principal causa da osteoporose >> os ossos se tornam menos resistentes, mas a causa não é a deficiência nutricional de cálcio nem de vitamina D; quantidade de tecido ósseo é menor, e o osso apresenta amplos canais de reabsorção >>> pode aparecer em pacientes imobilizados e em pessoas idosas, principalmente mulheres após a menopausa, decorre de um desequilíbrio na remodelação dos ossos, com predomínio da reabsorção sobre a neoformação de tecido ósseo >> pode ser revertida com a suplementação de cálcio e vitamina D e principalmente por meio da reposição de estrógenos; -deficiência no hormônio da tireoide: crianças - causa Cretinismo >> caracterizado por retardamento mental e nanismo; ocorre diminuição na produção de hormônio do crescimento pela hipófise; Além disso, o hormônio da tireoide potencializa os efeitos do hormônio do crescimento sobre os tecidos; **Tumores dos ossos: -células do osso podem escapar aos mecanismos normais que controlam sua proliferação e dar origem a tumores de maior ou menor malignidade; -tumores de células cartilaginosas também podem aparecer nos ossos (porque tem tecido cartilaginoso também); -benignos: chamados condromas; -Malignos: chamados condrossarcomas; - Os tumores formados de células ósseas são os osteomas (benignos/osteoblastomas e osteoclastomas) e os osteossarcomas (maligno); -osteossarcomas >> caracterizam pela existência de osteoblastos pleomórficos (morfologia irregular e variada) e que se dividem por mitose com muita frequência, associados a osteóide por eles sintetizado; maioria dos casos ocorre em adolescentes ou adultos jovens; locais mais frequentemente acometidos são a extremidade inferior do fêmur e as extremidades superiores da tíbia e do úmero; ➔ ARTICULAÇÕES -ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto por meio de estruturas formadas por tecidos conjuntivos, as articulações; -podem ser classificadas em: diartroses e sinartroses; -Diartroses: possibilitam grandes movimentos dos ossos; -Sinartroses: não ocorrem movimentos ou, quando ocorrem, são muito limitados; Conforme o tecido que une as peças ósseas, distinguem-se três tipos: as sinostoses, as sincondroses e as sindesmoses; *Sinostoses: são totalmente desprovidas de movimentos, os ossos são unidos por tecido ósseo; Encontram-se unindo os ossos chatos do crânio em idosos; Em crianças e adultos jovens, a união desses ossos é realizada por tecido conjuntivo denso; *Sincondroses:são articulações nas quais existem movimentos limitados, sendo as peças ósseas unidas por cartilagem hialina; encontrados na articulação da primeira costela com o esterno; *Sindesmoses: são, como as sincondroses, dotadas de algum movimento, e nelas o tecido que une os ossos é o conjuntivo denso; ex. sínfise pubiana e articulação tibiofibular inferior; *Diartroses: geralmente são as que unem os ossos longos; nelas existe uma cápsula que liga as extremidades ósseas, delimitando uma cavidade fechada, a cavidade articular >> contém um líquido incolor, transparente e viscoso (líquido sinovial), que é um dialisado do plasma sanguíneo contendo elevado teor de ácido hialurônico, sintetizado pelas células da camada sinovial; O deslizamento das superfícies articulares que são revestidas por cartilagem hialina, sem pericôndrio, é facilitadopelo efeito lubrificante do ácido hialurônico. O líquido sinovial é uma via transportadora de substâncias entre a cartilagem articular (avascular) e o sangue dos capilares da membrana sinovial >> Nutrientes e O2 Passam do sangue para a cartilagem articular e CO2 difunde-se em sentido contrário; resiliência da cartilagem é um eficiente amortecedor das pressões mecânicas intermitentes que são exercidas sobre a cartilagem articular; Mecanismo similar ocorre nos discos intervertebrais; Moléculas de proteoglicanos isoladas ou que formam agregados constituem um feltro contendo grande número de moléculas de água. Esses componentes da matriz, ricos em glicosaminoglicanos muito ramificados e hidratados, funcionam como uma mola biomecânica. A aplicação de pressão força a saída de água da cartilagem para o líquido sinovial. A expulsão da água condiciona o aparecimento de outro mecanismo que contribui para a resiliência da cartilagem >> é a repulsão eletrostática recíproca entre os grupamentos carboxila e sulfato dos glicosaminoglicanos, ambos com carga elétrica negativa. Essas cargas negativas também são responsáveis pela separação das ramificações dos glicosaminoglicanos, criando espaços que serão ocupados pelas moléculas de água. Quando desaparecem as pressões, a água é atraída de volta para os interstícios entre as ramificações dos glicosaminoglicanos. O movimento de água, com nutrientes e gases dissolvidos, é desencadeado pelo uso da articulação. Esse movimento de líquido é essencial para a nutrição da cartilagem e para as trocas de O2 e CO2 entre a cartilagem e o líquido sinovial; -cápsulas têm estruturas diferentes, conforme a articulação considerada, sendo, em geral, constituídas por duas camadas, uma externa, a camada fibrosa, e uma interna, a camada ou membrana sinovial; O revestimento da camada sinovial é constituído por dois tipos celulares: Um parece fibroblasto e o outro tem o aspecto e a atividade funcional semelhantes ao macrófago A camada fibrosa da cápsula articular é formada por tecido conjuntivo denso; Aplicação: -Artrite reumatoide: doença crônica autoimune, caracterizada por um processo inflamatório iniciado na membrana sinovial, resultando em deformidade e destruição das estruturas articulares (cartilagens e ossos subjacentes) além de tendões e ligamentos justapostos à articulação; acomete pequenas e grandes articulações em associação a manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso; Quando envolve outros órgãos (coração, pulmões, rins etc.), a morbidade é maior; Acomete mais as mulheres; sua incidência aumenta com a idade; Com a progressão da doença, os pacientes podem desenvolver incapacidade de executar atividades diárias e profissionais, sendo assim o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento fundamentais para prevenir ou impedir lesão articular permanente e irreversível
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