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Fichamento caso dos exploradores de caverna alexsandra

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DIRETORIA ACADÊMICA 
COLEGIADO DE DIREITO 
 
ALUNO: 
Alexsandra de Souza fernandes 
TURMA: 
D 
TURNO: 
NOT ( ) CAL (x ) 
DISCIPLINA: 
Introdução ao estudo de Direito 
PROFESSOR: 
Géssica Lorena A. de Souza 
 
FICHAMENTO 
“O caso dos exploradores de caverna” 
 
Itens avaliados 
Nota 
Máxima 
Nota 
obtida 
Nota de 
Recurso 
Não atende(1) N/A 
Metodologia e Estrutura 1,0 
Citações representativas por capítulo 3,0 
Parecer Crítico, correlacionando teori-
as/conceitos/argumentos das obras do fichamento e 
aspectos levantados pelo Relatório do Projeto In-
tegrador 
6,0 
 
Total 10,0 
(1) Plágio; somente citações; ausência de relação direta e fundamentada com a disciplina que 
propôs a obra no parecer crítico; fichamento não atingir o mínimo de três laudas; parecer crí-
tico com menos de uma lauda completa. 
 
Nota Recurso 
 
 
 
 
Observações do professor: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENHOR DO BONFIM/2019-1 
 
 
 
 
1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA FICHADA 
AZEVEDO, Plauto Faraco De. O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS. Porto Alegre: 
Sergio Antonio Fabris, 1976. 75 p. 
 
2. CITAÇÕES POR CAPÍTULO 
 
1º Juiz Presidente Truepenny 
Os quatro acusados são membros da Sociedade Espeleológica - uma organização 
amadorística de exploração de cavernas. Em princípios de maio do ano de 4299, pe-
netraram eles, em companhia de Roger Whetmore, à época também membro da So-
ciedade, no interior de uma caverna de rocha calcária do tipo que se encontra no 
Planalto Central desta Commonwealth. Já bem distantes da entrada da caverna, 
ocorreu um desmoronamento de terra: pesados blocos de pedra foram projetados de 
maneira a bloquear completamente a sua única abertura. Quando os homens aperce-
beram-se da situação difícil em que se achavam, concentraram-se próximo à entrada 
obstruída, na esperança de que uma equipe de socorro removesse o entulho que os 
impedia de deixar a prisão subterrânea. (p.06) 
 
 (...) tendo sido postos em comunicação com a comissão destes, à qual descreveram 
sua condição e as rações de que dispunham, solicitando uma opinião acerca da pro-
babilidade de subsistirem sem alimento por mais dez dias. O presidente da comissão 
respondeu-lhes que havia escassa possibilidade de sobrevivência por tal lapso de 
tempo. O rádio dentro da caverna silenciou a partir daí durante oito horas. Quando a 
comunicação foi restabelecida os homens pediram para falar novamente com os mé-
dicos, o que conseguido, Whetmore, falando em seu próprio nome e em representa-
ção dos demais, indagou se eles seriam capazes de sobreviver por mais dez dias se 
se alimentassem da carne de um dentre eles. O presidente da comissão respondeu, a 
contragosto, em sentido afirmativo. (p.07) 
 
“Quando os homens foram finalmente libertados soube-se que, no trigésimo terceiro dia após 
sua entrada na caverna, Whetmore tinha sido morto e servido de alimento a seus companhei-
ros” (p.07) 
 
“Após o resgate dos acusados e depois de terem permanecido algum tempo em um hospital 
onde foram submetidos a um tratamento para desnutrição e choque emocional, foram denun-
ciados pelo homicídio de Roger Whetmore” (p.07) 
 
Parece-me que, decidindo este extraordinário caso, o júri e o juiz de primeira instân-
cia seguiram um caminho que era não somente correto e sábio mas, além disto, o 
único que lhes restava aberto em face dos dispositivos legais. O texto da nossa lei é 
bem conhecido: "Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será puni-
do com a morte". N.C.S.A. (n.s.) § 12-A. Este dispositivo legal não permite nenhu-
ma exceção aplicável à espécie, embora a nossa simpatia nos incline a ter em consi-
deração a trágica situação em que esses homens foram envolvidos. (p.08) 
 
2º Juiz Foster 
 
 
 
 
 
(...) no momento em que Roger Whetmore foi morto pelos réus, eles se encontravam 
não em um "estado de sociedade civil" mas em um "estado natural", como se diria 
na singular linguagem dos autores do século XIX. A conseqüência disto é que a lei 
que lhes é aplicável não é a nossa, tal como foi sancionada e estabelecida, mas aque-
la apropriada a sua condição. Não hesito em dizer que segundo este princípio eles 
não são culpados de qualquer crime.(p.10) 
 
 
“O dispositivo legal cuja interpretação devemos realizar nunca foi aplicado literalmente. Há 
séculos estabeleceu-se que matar em legitima defesa é escusável. Não há nada no texto legal 
que sugira esta exceção.” (p.12) 
 
”A linha de raciocínio de que me utilizei acima não põe a questão de fidelidade às disposições 
legais, embora possa talvez colocar a questão da distinção entre fidelidade inteligente e fideli-
dade não inteligente”(p.12) 
 
3º Juiz Tatting 
 
O senhor Ministro Foster e eu somos os juízes designados do Tribunal de Newgarth, 
com o poder-dever de aplicar as leis deste país. Com que autoridade nos transfor-
mamos em um tribunal da natureza? Se esses homens na verdade se encontravam 
sob a lei natural, de onde vem nossa autoridade para estabelecer e aplicar aquela lei? 
Certamente nós não estamos em um estado de natureza.(p.13) 
 
Não posso nem aceitar sua noção de que estes homens encontravam-se regidos por 
um código de leis naturais, que este Tribunal estaria obrigado a aplicar-lhes, nem 
posso admitir as regras odiosas e desnaturadas que ele pretende que este código con-
tenha. (p.14) 
 
“Uma vez que me revelei completamente incapaz de afastar as dúvidas que me assediam, la-
mento anunciar algo que creio não tenha precedentes na história deste Tribunal. Recuso-me a 
participar da decisão deste caso.” (p.16) 
 
4º Juiz Keen 
 
Desse princípio decorre a obrigação do Poder Judiciário de aplicar fielmente a lei 
escrita e de interpretá-la de acordo com seu significado evidente, sem referência a 
nossos desejos pessoais ou a nossas concepções individuais da justiça. Não me cabe 
indagar se o princípio que proíbe a revisão judicial das leis é certo ou errado, deseja-
do ou indesejado; observo simplesmente que este principio tornou-se uma premissa 
tácita subjacente a toda ordem jurídica que jurei aplicar. (p.18) 
 
Qualquer um que tenha seguido os votos escritos do ministro Foster terá oportunida-
de de ver sua utilização em qualquer setor do direito. Pessoalmente, estou tão habi-
tuado com o processo que, se meu colega se encontrasse eventualmente impedido, 
estou certo de que poderia escrever um voto satisfatório em seu lugar sem qualquer 
sugestão sua, bastando conhecer se lhe agradaria ou não o efeito da lei a ser aplicada 
ao caso em questão.(p.18) 
 
 
 
 
 
(...) a exceção ao cumprimento das leis, levada a efeito pelo Poder Judiciário, faz 
mais mal a longo prazo do que as decisões rigorosas. As sentenças severas podem 
ate mesmo ter um certo valor moral, fazendo com que o povo sinta a responsabilida-
de em face da lei, que, em última análise, é sua própria criação(...) (p.20) 
 
5º Juiz Handy 
 
“(...) acredito que todos os funcionários públicos, inclusive os juízes, cumpririam melhor seus 
deveres se considerassem as formalidades e os conceitos abstratos como instrumentos.” (p.21) 
 
Estou convicto de que meus colegas se horrorizarão por eu ter sugerido que este Tri-
bunal leve em conta a opinião pública. Eles dirão que a opinião pública é emocional 
e caprichosa, que se baseia em meias verdades e que ouve testemunhas que não es-
tão sujeitas a novo interrogatório. Eles dirão ainda que a lei cerca o julgamento de 
um caso como este de cuidadosas garantias, destinadas a assegurar que a verdade se-
rá conhecida e que qualquer consideração racional referente às possíveis soluções do 
caso será tomada em consideração. Advertirão que todas estas garantias de nada ser-
vem se for permitido que a opinião pública, formada fora deste quadro, tenha qual-
quer influência na decisão.(p.22) 
 
 
À medida que estudava o caso envolvia-me progressivamente mais em suas perple-
xidades jurídicas,tendo chegado a aproximar-me de um estado semelhante àquele de 
meu colega Tatting neste caso. Subitamente, porém, apercebi-me claramente de que 
todas estas intrincadas questões realmente nada tinham a ver com a questão, e come-
cei a examinála à luz do senso comum. Imediatamente o litígio ganhou uma nova 
perspectiva e deime conta de que a única coisa que me incumbia fazer era absolver 
os acusados por falta de provas.(p.25) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. PARECER CRÍTICO DA OBRA 
 
A leitura da obra “O Caso dos Exploradores de Cavernas” escrita por Lon. L. Fuller, 
narrar uma história fictícia, inspirada em casos reais, de US vs. Holmes (1842) e Regina vs. 
Dudley e Stephens (1884), sobre naufrágios seguidos de homicídio e canibalismo. 
Está obra discorre sobre cinco exploradores de cavernas que ficaram presos após um 
deslizamento de terra, e ao descobrirem que as chances de sobrevivências eram baixas, por 
não terem recursos alimentícios suficientes, um dos exploradores chamado Whetmore requisi-
ta a ideia aos membros do resgate, de que se houvesse consumo de carne humana aumentaria 
a chance de sobrevivência, respondendo o médico que sim. Whetmore então, sugeriu para os 
exploradores esta ideia, e a sorte como meio de escolha daquele que seria morto, a partir de 
um par de dados que ele havia levado consigo. 
Incialmente alguns hesitaram com a ideia, mais após o dialogo todos concordaram 
com plano, no momento de jogar os dados Whetmore se recusou, disse que esperaria mais 
uma semana, contudo, os outros não concordaram e o acusaram de violação de acordo dando 
continuidade com o lançamento dos dados, por fim, Whetmore adverso a sorte, foi morto e 
servido de alimento no vigésimo terceiro dia. 
Após o resgate, os quatro exploradores foram submetidos a cuidados em um hospital 
por um tempo, e logo após, foram acusados por homicídio sendo condenados em primeira 
instância, no ocorrer da segunda instância, houveram divergências entre os juristas, uma vez 
que cada um segue uma linha argumentativa distinta, revelando desta forma, um sério pro-
blema de hermenêutica, de interpretação do direito, onde os votos são justificativos conforme 
diferentes escolas de pensamento jurídico. 
Cada juiz demostrou diferentes perspectivas jurisprudencial, para o juiz Truepenny, foi 
correta a decisão do júri, já que a lei escrita apenas possibilitava a condenação, considerando a 
corrente positivista, sendo os réus culpados. O juiz Foster, seguiu a corrente jusnaturalista, 
afirmou ser inadequados e fantasiosos os argumentos de Truepenny, aborda algumas proble-
máticas em considerar os réus sob estado de natureza, os absolvendo. Para o juiz Tatting, há 
uma lacuna legal tanto no direito positivo quanto no direito natural, se abstendo. O juiz Keen, 
aderiu a corrente positivista, compreende que o problema não é apenas o fato de ser impossí-
vel prever o propósito da lei referente ao homicídio, mas também prever o seu alcance, encer-
ra a favor da condenação. Por fim, o juiz Handy, com uma visão do realismo jurídico, abor-
dou a importância da utilização do senso comum em situações como esta em que há evidentes 
 
 
 
 
conflitos quanto à aplicação da lei, considerando o caso dos exploradores, a favor da absolvi-
ção dos réus. 
Há uma relação pertinente da obra com a disciplina Introdução ao Direito, por propor-
cionar o desenvolvimento do pensamento crítico sobre as diferentes formas de produção do 
direito para a compreensão e avaliação do seu funcionamento em sociedade, como também, 
uma análise das ideias de conflitos jurídicos e a reflexão em julgamentos de casos complica-
dos. 
A disciplina Introdução do Direito visa fornecer uma visão global do Direito, aspectos 
relacionados ao fato jurídico, relação jurídica, Lei, justiça, segurança jurídica, por serem apli-
cáveis a todos os ramos do Direito. Do ponto de vista prático, o interesse maior está no estudo 
do sistema de normas jurídicas vigentes, ou seja, conhecer as normas jurídicas, perquirindo 
sobre a sua interpretação, integração ao sistema e aplicação ao caso concreto. Sendo este, o 
nosso objeto de estudo do caso dos exploradores das cavernas, essa relação representa as nu-
ances das diferentes formas do raciocínio jurídico

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