Buscar

ED0032 LIBRAS - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS EAD21 1 ATIVIDADE 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 1/76
LIBRASLIBRAS
LIBRAS: CULTURA, LÍNGUA ELIBRAS: CULTURA, LÍNGUA E
PRÁTICAPRÁTICA
Autor: Me. Jhonatan Diógenes de Oliveira Alves
Revisor : Etna Pa loma Nobre
I N I C I A R
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 2/76
Introdução
Caro(a) estudante, seja bem-vindo(a) a esta nossa unidade. Aqui, estudaremos a
respeito da cultura surda a partir de seus artefatos e sinais que a representam, bem
como daremos ênfase à língua de sinais a partir do aprendizado do alfabeto, de alguns
sinais de cumprimento e relacionados à família e outras questões do cotidiano. Ao
abordarmos este conteúdo, damos mais um passo na construção de um saber teórico,
mas que leva a uma prática.
Em outras palavras, nosso intuito será o de promover a língua de sinais, língua
pertencente à comunidade surda, como instrumento de reconhecimento de sua cultura
e identidade, bem como artefato próprio para se comunicar em situações corriqueiras,
de modo a promover a acessibilidade e inclusão a partir do nosso conhecimento. Desde
já, desejamos a você um excelente estudo!
introdução
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 3/76
A palavra “artefato” comumente nos remete a uma ideia de objeto antigo, raro, que foi
encontrado em meio a uma investigação aprofundada. Muito próximo dessa
interpretação, porém não limitada a ela, os artefatos culturais da comunidade surda se
de�nem a partir da organização da vida da pessoa surda como um todo. Ou seja, as
áreas de desenvolvimento pelas quais ela passa, as relações primárias que desenvolve
ao longo de sua formação etc. são de�nidas como parte de sua cultura, isso porque são
elas que constituem a sua identidade (CABRAL, 2016).
Devemos considerar que as implicações externas na formação de uma identidade
devem ser levadas em consideração em todos os contextos, em todos os âmbitos da
vida de uma pessoa. Isso se aplica a qualquer um de nós: todos temos e somos aquilo
que nosso ambiente permitiu, não de maneira determinante, mas as in�uências locais
nos capacitam e nos dão uma identidade própria. Por exemplo, o fato de
reconhecermos alguém pelo sotaque de sua fala, do estilo de roupa que usa, dos
hábitos que demonstra ter etc.
No caso da pessoa surda, tais implicações culturais se tornam bem mais in�uentes em
sua identidade, uma vez que ela se encontra, desde o seu nascimento, em uma
sociedade “estrangeira”. Conduzidas pelos valores e pela lógica do mundo dos ouvintes,
Artefatos Culturais daArtefatos Culturais da
Comunidade SurdaComunidade Surda
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 4/76
a pessoa surda e sua família, ao terem o diagnóstico da surdez, podem incorrer em um
processo de negação do fato (CABRAL, 2016). Em um primeiro momento, além da
família, é o surdo quem geralmente sofre mais com essa constatação da surdez, pois,
ao se deparar com o mundo externo ao seu círculo familiar, ele se perceberá diferente
dos demais e, em alguns casos, mais comuns em pequenas cidades, poderá ser a única
pessoa com de�ciência em seu bairro.
Mesmo que a descoberta da surdez possa ocorrer nos primeiros anos de vida, ainda
assim há situações nas quais a negação permanece presente. O que se veri�ca, na
prática, é que, conforme a condução do diagnóstico, bem como a visão médica a
respeito do que é ser surdo, a aceitação da família tende a ser diferente. Isso reforça a
importância do atendimento humanizado e que não reconheça a surdez como
sinônimo de incapacidade pro�ssional, afetiva e social.
De modo geral, no Brasil, o discurso médico sobre a surdez reforça os
aspectos negativos da de�ciência. Esta perspectiva negativa em relação ao
desenvolvimento do surdo negligencia a possibilidade de seu desenvolvimento
bilíngue e reforça a visão dos pais de que seus �lhos terão muitos problemas
de desenvolvimento acadêmico e social (MONTEIRO; SILVA; RATNER, 2016, p.
2).
Perceba como fatores como o familiar, o social e o linguístico interferem diretamente
não apenas na compreensão da pessoa surda sobre sua cultura, mas também sobre ela
mesma. Seja a surdez congênita (que está presente desde o nascimento) ou a adquirida
(por doença, velhice, acidentes etc.), todas exigem do indivíduo um período de
adaptação no qual sua identidade deve ser paulatinamente aceita por ele. Esse
processo de aceitação pode até ser lento, porém, se torna muito mais complexo
quando a experiência do sujeito é cercada por paradigmas preconceituosos, discursos
não fundamentados na realidade do ser surdo ou, então, ignorada pelas pessoas, como
se ela não existisse e, portanto, não devesse ser levada em consideração. É como se a
sua condição física e biológica não fosse reconhecida por seus pares, que a todo
instante buscam a “normalização” de seu estado.
A construção da identidade surda nem sempre nasce da aceitação dessa
realidade diferenciada dos ouvintes. Ela pode nascer da contradição de querer
se aproximar da realidade dos ouvintes, que são a maioria da população. [...]
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 5/76
essa di�culdade que alguns surdos têm em assumir sua identidade política e
cultural como membros da cultura surda tem fundamento nos parâmetros
sociais de acordo com os quais o ouvinte de fala oral é a maioria e o surdo de
fala sinalizada é uma minoria linguística (CABRAL, 2016, p. 24-25).
Essa busca pela normalização se torna rotina na vida da pessoa surda, inicialmente por
sua família e grupo de pessoas próximas, até chegar nela mesma, que encontra
di�culdades em se aceitar. Não poderia ser diferente, pois, em uma sociedade com
estruturas e comportamentos padronizantes, quem não se encaixa nos ditames
impostos tende a se isolar ou a se adequar àquilo que é imposto.
Podemos entender essa di�culdade estrutural por parte de nossa sociedade de
reconhecer o sujeito em sua individualidade como uma expressão do preconceito
estrutural e, muitas vezes, por falta de informação. Em relação às pessoas com
de�ciência (PcD), tal preconceito é camu�ado diariamente pelas ideias do politicamente
correto, porém, se revelam na particularidade, no anonimato, demonstrando que, de
fato, não houve, na formação do indivíduo, uma educação que gerasse uma
transformação política.
No entanto, na intimidade, quase sempre desmorona e pode dar lugar mais
claramente ao preconceito, que, nesse espaço, não precisa ser escondido de
ninguém. Não se faz necessário, portanto, se policiar, isto é, manter a
vigilância (excessiva) sobre o que se fala. O politicamente correto pode
mascarar e velar preconceitos vívidos, o que é assaz perigoso, apesar de
bastante comum. Em relação aos sujeitos surdos, isso vem à tona com o uso
de termos legais como “portador de necessidades educativas especiais”, como
se a pessoa portasse (logo, pode deixar de portar) um impeditivo à suposta
normalidade ou como se todos nós não tivéssemos necessidades educativas
que (nos) são especiais (PEREGRINO, 2015, p. 33638-33639).
Nesse contexto é que encontramos o papel crucial da família; sendo 90% dos surdos
�lhos de pais ouvintes, a aceitação por parte da família é que proporcionará o
reconhecimento da pessoa surda com a sua comunidade (CABRAL, 2016). O cenário
familiar será responsável pela formação da identidade do sujeito, seja lhe
proporcionando a ajuda necessária para compreender-se melhor enquanto surdo(a),
seja para rea�rmar a cultura ouvinte na qual ele vive à qual poderá se adaptar.
Certamente, conforme a história evidencia, o aprendizado da cultura surda sempre será
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE…6/76
a escolha mais assertiva por parte dos familiares e do próprio surdo(a), uma vez que
esta lhe é própria em razão da possibilidade se autoa�rmar sem grandes esforços e
adaptações àquilo que lhe é estranho (MORAIS et al., 2018).
Os artefatos da cultura surda são instrumentos que reforçam a presença do(a) surdo(a)
na sociedade sem maiores constrangimentos e adequações. Ou seja, a aceitação da sua
identidade e cultura segue o caminho da acessibilidade de forma quase natural, uma
vez que não será mais necessário o esforço para ser reconhecido, compreendido e
aceito na lógica da cultura ouvinte, pois, gradualmente, se validam as tentativas de
adaptação a partir das necessidades da pessoa surda em ser quem ela é, e não quem a
sociedade gostaria que fosse.
saibamaisSaiba mais
O teatro enquanto expressão artística tem em sua
essência o entretenimento democrático, em que
todos podem e devem ter acesso ao seu conteúdo.
Seguindo esse ideal, anualmente, ocorre no Rio de
Janeiro o festival “Corpos Ímpares”, que traz como
trabalho a arte inclusiva, capaz de oportunizar às
pessoas com de�ciência apresentações acessíveis e,
ao mesmo tempo, que fala sobre diferença,
preconceito e aceitação pessoal.
Para saber mais, acesse o link a seguir:
ACESSAR
https://www.youtube.com/watch?v=vNj3FN-bzw0
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 7/76
Podemos elencar alguns artefatos culturais e tecnológicos que pertencem à
comunidade surda. Aqui, nos detemos em atribuir o signi�cado de objetos tecnológicos
e experiências culturais, conforme nos apresentam Morais et al. (2018), todavia, isso
não impede que outras de�nições de artefatos sejam reconhecidas como corretas,
como é o caso da interpretação da família e da língua como componentes desse grupo.
Tudo aquilo que se relaciona ao mundo e à experiência da pessoa surda pode ser
compreendido como componente de sua cultura e identidade, uma vez que é somado à
experiência de apropriação de sua individualidade (MORAIS et al., 2018). Observe alguns
exemplos:
TDD – é um aparelho telefônico próprio para a pessoa surda ou com perda
auditiva. Ele possui, além do telefone comum, uma tela digital onde aparece o
texto digitado. Funciona assim: a pessoa surda retira o telefone do gancho e o
coloca junto à tela de texto; em uma central de serviços, um atendente captará
a ligação e descreverá para a pessoa ouvinte que está na outra linha o que a
pessoa surda quer dizer, a partir daquilo que ela digitar. Esse objeto é antigo,
data de 1964, e, na atualidade se tornou obsoleto, tendo em vista o acesso
universal da internet e de aplicativos de comunicação, como o WhatsApp.
Aparelho auditivo – muito utilizado, sobretudo nos casos de perda de
audição por idade avançada, essa opção não está disponível para surdos
severos e/ou profundos. O aparelho auditivo funciona a partir do local da
perda de audição (ouvido externo, médio ou interno) e capta o som local
complementando a capacidade do indivíduo de ouvir.
Implante coclear – utilizado em casos de surdez severa e/ou profunda, o
implante coclear seria o estímulo por meio de corrente elétrica dos nervos que
estão presentes na cóclea, área própria do ouvido interno. Esse procedimento
pode ser arriscado, pois algumas pessoas não se adaptam ao aparelho, assim
como nem todos os tipos de surdez severa e profunda são solucionados por
ele. Há casos, por exemplo, em que o nível de danos sofridos na cóclea ou no
nervo auditivo é profundo e, consequentemente, a surdez é irremediável
(TEFILI et al., 2013).
Teatro surdo – é a produção artística de cenas de teatro, porém, adaptadas à
pessoa surda. Utilizando da língua de sinais, os artistas dão vida aos
personagens e suas histórias a partir da expressão corporal, facial e das mãos.
Piada surda – outro artefato da cultura surda, as piadas surdas são contadas a
partir da Libras, ou seja, com as mãos. Contadas em pequenos grupos
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 8/76
informais, elas trazem o signi�cado do humor para a pessoa surda de acordo
com as suas interpretações e visão de mundo, além de consolidarem a cultura
surda.
Literatura surda – utilizando de histórias clássicas ou modernas, a literatura
para surdos é a adaptação de livros que, ao invés de serem escritos em língua
portuguesa, contam com as imagens da história acompanhadas de sinais, para
que o surdo as possa ler. No caso da presença de um intérprete, esses livros
servem de apoio para que suas expressões e sinais o tenham como aporte.
Língua de sinais brasileira – este é o principal instrumento de comunicação
da comunidade surda e que compõe a sua cultura. Após passar por diversos
contextos de exclusão e intolerância, atualmente, a Libras é parte estruturante
da cultura e identidade surda.
Vale ressaltar que as identidades surdas estão, assim como qualquer outra identidade,
em constante processo de transformação e renovação de seus valores. A presença da
tecnologia favoreceu o acesso à informação e à comunicação para este grupo, sem
precisar da presença constante de um intérprete para lhe transmitir histórias e
informações básicas, e isso interferiu diretamente na busca por autonomia da pessoa
surda, isto é, na sua compreensão sobre si e no modo de ser e estar no mundo.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
A cultura e identidade surda são as características próprias do grupo de pessoas acometidas
pela surdez. Em um mundo permeado por valores e referenciais ouvintes, é possível que, em
dados momentos, a pessoa surda possa se sentir alheia a tudo aquilo que lhe cerca, como se
fosse estrangeira em seu próprio país.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 9/76
Compreendendo, assim, a importância do reconhecimento de uma cultura e identidade
própria para esse grupo de pessoas, assinale a alternativa que apresenta corretamente de que
modo podemos classi�car os artefatos culturais da comunidade surda.
a) A identidade e cultura surda se fazem a partir dos movimentos históricos, ou seja, das lutas e das
influências temporais. Desse modo, quando falamos em artefatos, estamos nos referindo a conquistas
históricas, e não materiais. Essa distinção é importante, pois, na cultura surda, não é correto afirmarmos que
há artefatos materiais.
b) Os artefatos culturais são aqueles que compõem a identidade e cultura de um grupo e/ou sociedade. No
caso da pessoa surda, são artefatos de sua cultura e língua os sinais que utilizam, objetos de
aperfeiçoamento de sua comunicação, bem como o teatro, a dança e a literatura surda.
c) Artefatos históricos indicam a presença de pesquisa e investigação. No caso da comunidade surda, poucas
são as pessoas que se especializaram para encontrar novos objetos que os identifiquem. Desse modo, o mais
correto é dizer que os artefatos da cultura surda foram legados pelos ouvintes.
d) O artefato cultural próprio da comunidade surda é somente um: a Língua de Sinais. Os demais
instrumentos considerados com o mesmo grau de importância, na verdade, não o são, pois o
desenvolvimento da cultura surda iniciou-se a partir da Libras e, portanto, todos os demais artefatos derivam
dela.
e) O primeiro artefato a surgir na história da comunidade surda foram os objetos do tipo terapêutico, como o
implante coclear e o aparelho auditivo. Inicialmente vista como uma deficiência que deveria ser curada, a
surdez precisou de elementos que, após o seu diagnóstico, permitissem a recuperação da pessoa surda.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 10/76
Uma das temáticas que se associa à identidade surda é o processo ao qual este
indivíduo está sujeito durante a sua alfabetização escolar. Guiadoshistoricamente por
experiências e tentativas diversas de como educar crianças e jovens surdos, ao falarmos
de educação inclusiva, deparamo-nos com a insegurança e medo, dos pro�ssionais da
educação, de que se repitam os erros do passado (LACERDA; SANTOS; MARTINS, 2019).
Ou seja, os riscos da promoção de uma educação fragmentada em pleno século XXI não
são improváveis, bem como a possibilidade de os sistemas de ensino serem norteados
por uma educação que não atenda às necessidades e à cultura da pessoa surda é uma
questão moderna e pertinente. Essa problemática vem ao encontro da interpretação de
que a língua de sinais também é um artefato cultural e, por isso, deve ser ensinada já
nos primeiros estágios da formação da pessoa surda.
Isso signi�ca que, ao falarmos sobre a educação da pessoa surda, deve-se compreender
como metodologia a ser empregada em seu processo de ensino o bilinguismo. Esse
método de alfabetização na educação de surdos signi�ca que a criança surda será
alfabetizada na escola em duas línguas: a primeira será a língua de sinais, que é a sua
língua natural, e, em segundo lugar, lhe será ensinada a língua o�cial de seu país
(LACERDA; SANTOS; MARTINS, 2019). No caso do Brasil, a primeira língua a ser ensinada
será a Libras e, na sequência, a Língua Portuguesa.
Bilinguismo e aBilinguismo e a
Tendência à OralidadeTendência à Oralidade
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 11/76
Essa associação dos saberes linguísticos garante que o indivíduo tenha as suas
necessidades de comunicação atendidas, ao mesmo tempo em que não se isente dos
saberes próprios de seu país e das questões que permeiam o seu dia a dia. Entretanto,
não são todas as escolas que ofertam uma educação bilíngue, sendo destinada apenas
uma pequena parcela das instituições públicas para essa �nalidade. Desse modo, aos
alunos das séries iniciais e �nais do Ensino Fundamental, bem como do Ensino Médio,
restam as adaptações que cada escola realiza em sua organização curricular e
pedagógica.
Quando o aluno surdo ingressa em uma escola comum (regular), ele está
adentrando num ambiente cuja língua de instrução é a portuguesa e cujo
espaço não foi pensado para recebê-lo e formá-lo enquanto cidadão. É
fundamental, nesse sentido, que as práticas, os métodos, as avaliações e os
currículos sejam pensados e organizados de modo a contemplar os
estudantes surdos em sua totalidade (MORAIS et al., 2018, p. 57).
Pensar uma educação acessível à pessoa surda é uma tarefa que legalmente já foi
realizada. Nesse sentido, temos a Lei nº 10.436/2002 e o Decreto nº 5.626/2005, que
regularizam o ensino e uso da Libras, bem como a o�cializam como primeira língua
para a pessoa surda e a segunda língua o�cial do país (BRASIL, 2005). Apesar disso, o
processo de adaptação permanece extenso e demorado, o que afeta diretamente na
educação de jovens surdos, que, para completarem suas formações escolares ou se
manterem em seus trabalhos, abrem mão do cumprimento das leis e, mais uma vez,
repetem a sequência histórica de serem silenciados em necessidades básicas para se
desenvolverem com qualidade e equidade.
Falando diretamente da educação, não é raro encontrarmos sistemas de avaliação
escolar que priorizam em seus exames de aprendizado e demonstração de
conhecimento da pessoa surda as mesmas exigências que um ouvinte deve seguir. O
fundamento de tais métodos foge à realidade do surdo, uma vez que sua condição e
cultura estruturam a sua interpretação de mundo em uma lógica particular, a qual não
pode e não deve ser comparada àquelas da pessoa ouvinte.
Apesar da regulamentação formal no que se refere ao direito à comunicação
dos surdos no país através da Libras, ainda constata-se que estes encontram
entraves para exercerem tal direito nos diversos segmentos da vida social,
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 12/76
sendo privados no acesso à educação, cultura, lazer, informação etc. Por
exemplo, quanto à política de educação, frequentemente as escolas regulares
colocam como requisito de escolarização dos alunos surdos o
enquadramento aos padrões ditos “normais”, desrespeitando o
desenvolvimento das singularidades destes. Ou seja, valorizam-se,
exclusivamente, a oralização e a leitura labial, em detrimento da
comunicação, não apenas em sala de aula, pela Libras (NUNES et al., 2015, p.
539).
O mais comum nas realidades escolares é encontrarmos instituições que atendam às
exigências legais de inclusão por meio de um pro�ssional especí�co. Isso ocorre com a
contratação de intérpretes de Libras para acompanharem os alunos surdos durante
todas as aulas, estágios e atividades extraclasses, como palestras, debates e pesquisas
escolares (BAGGIO; CASA NOVA, 2017). Contudo, a pedagogia moderna questiona se
esse atendimento seria su�ciente, uma vez que estamos falando da construção de uma
identidade. A criança, geralmente, tem seu primeiro contato com a cultura surda na fase
da escolarização, pois, como, mais de 90% das famílias são de ouvintes, a língua à qual
elas têm acesso em sua casa é a dos ouvintes, e não a de sinais (MORAIS et al., 2018).
Con�gura-se, assim, uma educação inclusiva que, em certos casos, erra na aplicação de
seus métodos, seja por ignorância ou descuido na formação de seus professores em
relação à acessibilidade e inclusão. Esses fatos reforçam a defesa das escolas bilíngues,
local apropriado para o progresso humano e intelectual da pessoa surda, uma vez que
o método que ali se emprega compreende todos os aspectos formativos necessários ao
estudante na modernidade. Saberes psicológicos, sociais, acadêmicos e afetivos são
abordados nesses ambientes, todos relacionados aos saberes e cultura surdos. 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 13/76
Apesar de moderna e, ao mesmo tempo, ser re�exo de uma educação inclusiva que
demonstra a preocupação social com a educação de pessoas com de�ciência auditiva, a
proposta bilíngue comporta em si o entendimento de acessibilidade integral,
priorizando sujeitos, currículos e aprendizagem.
Uma proposta pedagógica bilíngue oferece às crianças surdas as mesmas
garantias de possibilidades de aprendizagem linguísticas e desenvolvimento
psicológico de uma criança ouvinte. Para que isso aconteça, o ensino é
ministrado em língua de sinais, que é uma língua natural para essa criança e
sobre a qual ela tem maior domínio e �uência (MORAIS et al., 2018, p. 59-60).
Cabe ressaltar que as escolas bilíngues não levam à exclusão ou ao afastamento social
da pessoa surda, pelo contrário; na escola bilíngue, as possibilidades de se reconhecer
como parte de uma cultura se tornam maiores e mais efetivas, elevando a autoestima e
gerando sentimento de pertencimento e de naturalidade em relação à sua diferença. O
que se veri�ca em tais locais é o suporte identitário que nas escolas de ensino regular
que aderem à inclusão, geralmente, é baixo ou inexistente.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 14/76
Não se deve, com isso, desmerecer o trabalho das escolas regulares, que, a partir das
conquistas legais em nosso país, começaram a ofertar aos alunos surdos a presença do
intérprete de Libras. Entretanto, a preocupação a qual nos referimos adentra o campo
da cultura e da identidade desse sujeito de aprendizagem que necessita se reconhecer
no espaço escolar. É na escola que o indivíduo se descobre enquanto parte de um
grupo, de uma comunidade constituída, da qual ele é herdeiro e, ao mesmo tempo,
partícipe das mudanças que ocorrerão (STROBEL, 2008). No caso da pessoa surda, o
que se pretende na construção de seu percurso pedagógico é que ela tenha acesso às
mais variadas culturas e saberes, porém, tendocomo norte de sua trajetória a
identidade que lhe foi transmitida por seu grupo de origem, a �m de situar-se em meio
às diferenças e às variadas expressões artísticas, sociais e intelectuais como alguém que
também possui referenciais seguros para que possa voltar sempre que necessário.
O espaço educacional do surdo tem sido, na maioria das vezes, a escola de
surdos. Como ocorreu em todas as escolas especiais, as propostas educativas
estavam centradas na procura da normalização. Porém, com a evolução e o
aperfeiçoamento de tais propostas para a educação de surdos, boa parte
dessas escolas vem procurando implantar um projeto de educação que
possibilite ao aluno adquirir os saberes universalmente acumulados por meio
da língua de sinais, bem como que lhe permita levar em consideração a
experiência visual de ser surdo. Além disso, a presença do professor surdo
fornece às crianças surdas um elemento identi�catório positivo (BAGGIO; CASA
NOVA, 2017, p. 78).
Novamente, devemos diferenciar o processo de especialização da ideia de exclusão.
Privilegiar que a educação de surdos possa acontecer em escolas próprias para eles,
isto é, escolas bilíngues que valorizem e reconheçam a sua identidade e, a partir disso,
iniciar o processo de alfabetização não signi�ca excluir o sujeito da socialização e
convivência com as demais realidades não surdas.
Contrariamente à possibilidade da de�nição de distanciamento social, a defesa que se
faz das escolas bilíngues se dá por seu caráter identitário da cultura surda, bem como
do olhar inédito que se constrói a respeito dela. Fugindo da leitura de�citária a respeito
da surdez, a interpretação desta como condição própria da pessoa surda consolida uma
leitura histórica do per�l dessas pessoas e dos artefatos que compõem as suas
expressões culturais (NUNES et al., 2015). Em outras palavras, a surdez deixa de ser
vista como de�ciência e passa a ser a diferença que cada surdo traz consigo em relação
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 15/76
às pessoas ouvintes, o que não lhes diminui em nada tampouco os tornam
incapacitados para uma vida plena e feliz.
Concluímos que a dissociação da surdez com a de�ciência revela a condição
bilíngue da surdez, isto é, da possibilidade e importância de o surdo ter acesso
a Libras como língua primeira e estruturante de sua identidade e, a partir
dela, ter acesso a todas as informações do mundo como qualquer pessoa.
Não é necessário o olhar penalizado tampouco a crença na incapacidade do
surdo (NUNES et al., 2015, p. 539).
A problemática da de�ciência não signi�ca que as políticas voltadas às pessoas com
de�ciências não devam incluir as pessoas surdas. Ao contrário, por nos referirmos a um
grupo minoritário, faz-se imprescindível que cada política seja reconhecida e lembrada
a cada momento oportuno, tanto pela comunidade surda como pela sociedade em
geral. Fugir do estigma social e clinicamente estabelecido da surdez como de�ciência é
a�rmar que a de�nição de pessoa deve partir do simples fato de todos nós sermos,
antes de tudo, humanos, e não de nossas condições físicas, de raça, crença, orientação
sexual ou de�ciências.
Trata-se do reconhecimento da diversidade presente em nossa sociedade, que não
deve ser encarada como um risco à ordem, mas como a possibilidade de evolução da
consciência coletiva que aprende, gradualmente, a aceitar as pessoas a partir de quem
elas são ou querem ser, e não de de�nições padronizadas de corpo e mente.
Ou seja, a concepção de surdez que ultrapassa a conceituação de de�ciência
não visa negar o dé�cit orgânico, mas lançar luz para a experiência subjetiva
marcada pela surdez: para as possibilidades que essa condição traz; para as
trocas intersubjetivas facilitadas pelo convívio em grupos ou comunidades
entre surdos; para além da comparação constante com os ouvintes e para a
denúncia presente nas propostas pedagógicas “ouvintistas” (NUNES et al.,
2015, p. 539-540).
Pode parecer contraditória a defesa de uma sociedade que priorize o homem em si,
enquanto lutamos pela elaboração de leis e tratamentos especí�cos para grupos de
minoria em nosso país. Contudo, frente aos interesses econômicos que conduzem as
decisões políticas não apenas de nosso país, mas da sociedade moderna como um
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 16/76
todo, devemos fracionar para unir, dividir para somar, garantindo, assim, que,
paulatinamente, todos tenham voz; são garantias sociais adquiridas em situações
particulares, mas que nos consolidam integralmente.
É a assimetria nas relações de poder que justi�ca e legitima as comunidades
surdas como possibilidades de reorganização de novos encontros discursivos
que não sejam marcados apenas pela comparação constante com a
“normalidade” e com o desvio. O convívio dos surdos entre si pode trazer
trocas que in�uenciam na concepção sobre si mesmo e no acesso às
produções culturais desse encontro: arte, teatro, re�exões, reivindicações etc.
(NUNES et al., 2015, p. 540).
No caso da pessoa surda, o fortalecimento de sua cultura se faz pelo encontro de seus
iguais, na busca por direitos e acesso a eles, na divulgação de suas qualidades e da
riqueza linguística que a Libras possui. Esses instrumentos, guiados por bons projetos e
por uma educação que deveras os alcance, oportunizam autoconhecimento para seu
grupo e exemplo de encorajamento para todos os demais. 
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
Desde a promulgação das leis de acessibilidade, bem como daquelas que tornavam a Libras a
língua o�cial da comunidade surda, o que se viu foi o fortalecimento do método bilíngue para
alfabetizar crianças e jovens surdos. Contudo, majoritariamente, temos em nosso país as
experiências das escolas inclusivas, nas quais há a presença do intérprete de Libras para
acompanhar os alunos surdos ao longo do período letivo.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 17/76
Sobre a educação das escolas bilíngues e a sua contribuição para a formação da cultura e
identidade surda, assinale a alternativa correta.
a) As escolas bilíngues são consideradas a melhor estratégia para a educação das pessoas surdas, tendo em
vista que, nesses ambientes, não é somente a língua de sinais que lhes é ensinada, mas todo o conteúdo
curricular, isto é, os saberes teóricos e práticos são transmitidos a partir de uma perspectiva identitária e
cultural, própria da pessoa surda.
b) A promoção de escolas bilíngues em nosso país tem sofrido diversas críticas por parte das instituições de
apoio à pessoa surda. Isso ocorre, pois, nessas instituições de ensino, o aluno surdo se vê isolado das
experiências comuns aos demais sujeitos de aprendizagem que não são surdos. Por esse motivo, a educação
inclusiva se torna a melhor alternativa.
c) As escolas bilíngues oferecem uma educação direcionada especificamente ao aluno surdo. Contudo, há
uma questão que, conforme vimos em nossas aulas, tem interferido na qualidade do ensino bilíngue, que é a
promoção de uma matriz curricular que priorize somente assuntos voltados à cultura surda. Esse fato tem
dificultado o aprendizado efetivo da pessoa surda sobre o mundo e demais culturas.
d) A partir do momento em que a criança completa a idade necessária para iniciar sua formação escolar, ela
deve ser encaminhada para uma instituição de ensino. Com a pessoa surda, segue-se a mesma lógica,
dando-lhe como suporte pedagógico a presença de um intérprete de Libras durante as aulas presenciais. As
escolas bilíngues servem como complemento a sua educação formal.
e) A presença de escolas bilíngues tem aumentado substancialmente ao longo dos anos. Isso se dá pelo fato
de as políticas de inclusão serem mais abrangentes na modernidade, alcançando áreas rurais e de,até então,
difícil acesso. Isso demonstra a importância que essas escolas representam para a comunidade surda, que
continuamente luta para ter suas necessidades atendidas pelo poder público.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 18/76
A língua de sinais é considerada natural à pessoa surda, isso porque ela surge como
uma necessidade imediata, que é a da comunicação. Assim, ao estudarmos sobre a sua
história, mas também sobre sua prática, devemos ter consciência de que estamos
falando de uma língua, própria de uma cultura e que, por esse motivo deve ser
respeitada em sua essência e expressão. 
Alfabeto eAlfabeto e
CumprimentosCumprimentos
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 19/76
Há relatos de surdos que, no convívio com pessoas ouvintes, perceberam, em algum
momento, que algumas brincadeiras e comentários fugiam à ética e respeito pelas
diferenças. Estando cercado por pessoas que falam um idioma diferente do seu, o
surdo se atém a outras expressões do corpo, aos olhares, às risadas que lhes são
direcionadas e, por esses instrumentos, interpreta e/ou cria condições para
compreender o que se passa no momento.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 20/76
O aluno surdo percebe e avalia o preconceito que sofre, apesar dos desa�os
linguísticos que lhe são lançados ante situações nas quais a língua
hegemônica, o português, é a língua por meio da qual circula e se manifesta o
preconceito. Porém, a pessoa surda pode detectá-lo tendo por base olhares,
gestos, expressões faciais e corporais, dentre outras, que lhe permitem
formações imaginárias a respeito do que pode estar em cena (PEREGRINO,
2015, p. 33648).
Conscientes disso, devemos iniciar o aprendizado das primeiras expressões em Libras
compreendendo que a articulação correta dos sinais deve ser realizada observando os
seguintes elementos: con�guração das mãos (CM), movimento (M), ponto de articulação
(PA), orientação (O) e orientação corporal e/ou facial (LACERDA; SANTOS; MARTINS,
2019).
Con�guração das mãos (CM) 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 21/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 22/76
A con�guração das mãos signi�ca os diversos movimentos e formatos que ela pode
adquirir na produção de sinais em Libras. Sinais bem expressivos e claros são
fundamentais para a compreensão de quem está acompanhando a interpretação. Para
um ouvinte, seria o mesmo que pronunciar alguma frase em um tom baixo, sem
qualquer organização lógica, ou com diversos erros gramaticais, o que interfere na
comunicação e compreensão do assunto abordado. Segundo Felipe e Monteiro (2006),
ao todo, há, na Libras, 64 con�gurações de mãos distintas.
Movimento (M) – alguns sinais possuem movimento e outros não. A seguir,
temos exemplos de sinais que seguem essas duas modalidades. 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 23/76
Ponto de articulação (PA) – os sinais são produzidos a partir dos variados
pontos de centralização do corpo. Pode ser em frente ao rosto, ao peito, nas
Figura 2.3 - Sinais que possuem e não possuem movimentos 
Fonte: Adaptada de Felipe e Monteiro (2006).
#PraCegoVer: seis �guras de personagens que sinalizam a língua de sinais. Na primeira
�gura, o personagem está sorrindo, com a mão esquerda sobre o queixo e com indicativos
de movimentos trêmulos; na segunda imagem, ele está com os dedos indicadores
estendidos próximos aos olhos, com setas indicativas de movimento retilíneo que
con�guram a expressão chorar; na terceira imagem, ele está levemente inclinado para a
esquerda, com a mão esquerda posicionada com o polegar retraído e os demais dedos
estendidos e que se aproximam do queixo, além disso, há setas indicando um movimento
retilíneo do queixo para frente, que con�guram a palavra conhecer; na quarta imagem, o
personagem está de frente, com a mão esquerda aberta e com a palma estendida para cima,
dando apoio à mão direita, em frente ao peito, já a mão direita está com os dedos indicador
e médio curvados, enquanto os demais dedos cobrem a própria palma da mão, que está
sobre a esquerda, em frente ao peito, o que forma a palavra ajoelhar; a quinta imagem
possui o personagem com expressão neutra, com a mão esquerda estendida com a palma
para cima, servindo de base para a mão direita, que está com os dedos indicador e médio
estendidos e com as pontas sobre ela, enquanto os demais dedos permanecem retraídos,
formando a palavra em-pé; por �m, a sexta imagem possui um personagem de frente, com
os dedos indicador e médio da mão esquerda estendidos na horizontal em frente ao peito,
enquanto a mão direita está com os dedos indicador e médio curvados por cima dos dedos
indicador e médio da mão esquerda, formando a palavra sentar.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 24/76
laterais, estando o intérprete de frente para o aluno etc. Há sinais que se
localizam em espaços neutros, enquanto outros necessariamente são
executados em áreas �xas, conforme demonstra o exemplo a seguir: 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 25/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 26/76
Orientação (O) – a orientação se refere ao “caminho” que as mãos irão
percorrer na produção do sinal. Há sinais que possuem a mesma con�guração
de mãos, porém, o que os diferencia é o local para o qual ele se direciona,
conforme o exemplo a seguir: 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 27/76
Figura 2.5 - As orientações (direções) possíveis das mãos e braços na produção de sinais 
Fonte: Adaptada de Felipe e Monteiro (2006).
#PraCegoVer: oito imagens nas quais os personagens indicam a orientação das mãos na
sinalização dos sinais. Na primeira imagem, o personagem está de frente e com o braço
direito erguido próximo ao corpo; sua mão direita está com o dedo indicador estendido e
uma seta que sai de seu corpo em direção à mão direita indicam o movimento da palavra ir.
Na segunda imagem, o personagem está de frente e com o braço estendido para frente, com
a palma da mão para cima e o dedo indicador estendido; saindo de sua mão há uma seta
que direciona para frente do corpo, indicando o movimento da palavra vir. Na terceira
imagem, o personagem está levemente inclinado para a direita, com o braço direito erguido
e a mão direita com os dedos indicador e médio curvados; há três setas: duas indicam o
movimento linear de para baixo e para cima dos dedos, enquanto a terceira indica o
movimento linear para cima do braço direito. Na quarta imagem, o personagem está
levemente inclinado para a direita, com o braço direito erguido e a mão direita com os dedos
indicador e médio curvados; há três setas: duas indicam o movimento linear de para baixo e
para cima dos dedos, enquanto a terceira indica o movimento linear para baixo do braço
direito. Na quinta imagem, o personagem está levemente inclinado para a direita e com o
braço direito erguido na altura do rosto; sua mão está com a palma para baixo e a ponta dos
dedos juntas; na sequência, há uma outra imagem da mesma mão um pouco mais abaixo,
porém, estendida. Na sexta imagem, o personagemestá levemente inclinado para a direita e
com o braço direito erguido na altura do rosto; sua mão está com a palma para baixo e os
dedos estendidos; na sequência, há uma outra imagem da mesma mão um pouco mais
acima, porém, com a ponta dos dedos juntas. Na sétima imagem, o personagem está de
frente e com as duas mãos abertas, com as palmas de costas para o corpo e encostadas uma
na outra; na sequência há outras duas mãos e duas setas que indicam o movimento das
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 28/76
Orientação corporal e/ou facial – outra diferença entre a língua de sinais
para as línguas orais está na expressão facial. As expressões facilitam a
compreensão das frases e valorizam o signi�cado dos diálogos. 
mãos: a direita para a direita e a esquerda para a esquerda, ambas em direção ao corpo. Por
�m, na oitava imagem, o personagem está de frente e com as duas mãos abertas e com as
palmas de frente para o corpo; na sequência há outras duas mãos e duas setas que indicam
o movimento delas: a direita para a esquerda e a esquerda para a direita, encontrando-se
ambas no centro, uma ao lado da outra.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 29/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 30/76
Sabendo desses cincos parâmetros para se utilizar da língua de sinais, vejamos, a
seguir, o alfabeto manual atual: 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 31/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 32/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 33/76
O alfabeto manual é utilizado na língua de sinais, geralmente, para a escrita de nomes
próprios ou que não possuam sinal. É também um ótimo instrumento para que
iniciantes na língua de sinais possam se comunicar com os surdos em situações do
cotidiano. Uma excelente maneira de se familiarizar com o alfabeto é exercitar a sua
realização sequencialmente.
Cumprimentos Básicos em Libras
Na sequência, vejamos alguns cumprimentos básicos em língua de sinais, os quais
podem ser aplicados em situações do cotidiano para o aluno que está iniciando sua
formação em Libras.
Cumprimentos: “Tudo bem?”, “Eu sou
ouvinte” e “Eu uso Libras” 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 34/76
A con�guração das mãos, no primeiro quadro, se faz em dois momentos:
primeiramente, com a mão em formato de “concha”, sai da parte baixa do rosto e, na
sequência, é levada para frente, enquanto se abre. Já no segundo quadro, a frase “eu
sou ouvinte” se faz direcionando as mãos em formato de “cone” até o ouvido (pode ser
qualquer um dos ouvidos), enquanto levemente abre e fecha a mão.
Figura 2.8 - Sinais de cumprimento em Libras: iniciando um diálogo
Fonte: Adaptada de Silva et al. (2008).
#PraCegoVer: dois quadros com dois personagens e cada um deles indicando um diálogo.
No primeiro quadro, uma mulher levemente inclinada para a esquerda, com a mão direita
próxima ao corpo e polegar estendido para cima, e a mão esquerda aberta, os dedos
estendidos e próximos uns aos outros, com exceção do polegar, que está estendido para
cima; a mão está em frente ao rosto, com uma seta que indica um movimento linear para
frente e uma legenda logo abaixo, dizendo Tudo bem?. À sua frente, um homem com a mão
direita com a palma virada para si e dedos juntos que saem debaixo de seu queixo em
direção à mulher, enquanto se abre. Embaixo dele há uma legenda que diz: Bem. No
segundo quadro, o homem está levemente inclinado para a esquerda, com a mão esquerda
fechada e o polegar estendido em direção ao seu corpo, quase encostando; sua mão direita
está fechada e próxima ao ouvido direito. Há uma seta que indica um movimento linear de
afastamento dela de seu ouvido, enquanto ela se abre e fecha, e uma legenda abaixo, que
diz: eu sou ouvinte. À sua frente, uma mulher com as duas mãos estendidas em frente ao
seu corpo, com as palmas de frente uma para a outra e duas setas indicando um movimento
circular. Logo abaixo dela está escrito: eu uso Libras.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 35/76
Cumprimentos: “Bom dia”, “Boa tarde” e
“Boa noite”
Como sinais básicos da língua de sinais brasileira, os cumprimentos “bom dia”, “boa
tarde” e “boa noite” são fundamentais para o início de um diálogo com a pessoa surda.
Por mais que o aluno inicialmente não tenha segurança no uso dos sinais, buscar aplicá-
los no diálogo demonstra interesse e respeito por parte do ouvinte pela pessoa surda. 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 36/76
Perceba que todos esses sinais possuem a con�guração de mãos iniciais semelhantes
na palavra “bom/boa”. A alteração ocorrerá a partir das palavras “dia”, “tarde” e “noite”. 
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 37/76
praticar
Vamos Praticar
Assim como qualquer outro idioma, a Libras se torna mais fácil e acessível a partir da prática,
da realização de exercício frequente de seus sinais, bem como da convivência com a
comunidade surda de sua região. Essas metodologias são as mais indicadas para quem está
iniciando seus estudos sobre a língua.
Vamos praticar a língua de sinais? Escolha dez letras do alfabeto manual para que você possa
treinar e desenvolver sua habilidade em Libras. Por �m, tire uma foto sua realizando a
con�guração de mãos de cada uma das letras escolhidas.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 38/76
Daremos continuidade ao nosso conteúdo, aprendendo, a partir de agora, os sinais
básicos que compõem os temas família, dias da semana, meses e números. Lembramos
que os cinco parâmetros da língua de sinais continuam sendo imprescindíveis também
nesses sinais, devendo ser observados pelo intérprete no momento da comunicação
com a pessoa surda.
Sinais Relacionados à Família
Vejamos os principais sinais relacionados à família, próprios da língua de sinais.
Iniciamos pelas palavras “casado” e “solteiro”.
Sinais Relacionados àSinais Relacionados à
Família, Dias daFamília, Dias da
Semana, Meses eSemana, Meses e
NúmerosNúmeros
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 39/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 40/76
Observe que, na palavra “casado”, as mãos caminham na direção uma da outra, e se
unem no peito como ponto de convergência. Em compensação, “solteiro” é a mão em
con�guração de “s” e, na sequência, realizando movimentos circulares.
Na sequência, vejamos como podemos sinalizar as palavras “pai”, “mãe”, “�lho”, “�lha”,
“avô” e “avó”. No caso das palavras “mãe”, “pai”, “avó” e “avô”, temos a conjunção de
duas palavras na execução dos sinais, a saber: primeiramente, faz-se o sinal do gênero,
ou seja, masculino ou feminino; na sequência, o sinal correspondente ao grau de
parentesco, conforme os exemplos a seguir:
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE…41/76
Figura 2.13 - Sinal de “mãe”, em Libras 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: imagens de uma intérprete sinalizando a palavra mãe. No primeiro quadro,
ela está de frente, com as costas da mão direita passando pela bochecha. Na segunda
imagem, sua mão está fechada em frente à boca.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 42/76
Usando como exemplo a palavra “pai”, o que temos de início é o sinal de “homem”, no
qual a mão do intérprete perpassa o maxilar em direção ao queixo e �naliza o sinal com
o punho fechado, aproximando as costas da mão sob o queixo. Em Libras, ao nos
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 43/76
referirmos a graus de parentesco, sempre se distinguirá o gênero do personagem, ou
seja, referindo-se ao masculino ou ao feminino. No caso de �lho e �lha, o sinal é o
mesmo; porém, durante o diálogo, deve-se fazer a distinção se “�lho” se refere a
homem ou mulher.
Dias da Semana e Números
Vejamos, agora, sobre os dias da semana e o modo como eles são sinalizados em
Libras. Em todos os casos, devemos nos lembrar de que, assim como a língua
portuguesa pode sofrer alterações em expressões e palavras de acordo com cada
região do país, o mesmo ocorre com a Libras. Por vezes, de uma cidade para outra,
alguns sinais sofrem alterações em função da regionalização daquela comunidade;
assim, cabe ao pesquisador e/ou intérprete de Libras compreender a realidade local a
partir das relações que os surdos criam para a produção de sua língua.
No caso dos dias da semana, iniciemos com a sinalização da palavra “semana”.
Figura 2.17 - Palavra “semana”, em Libras 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: imagens de uma intérprete sinalizando a palavra semana. Na primeira, ela
está de frente, os dois braços dobrados próximos à barriga e tórax, e a mão direita
con�gurada em sete na Libras. Na segunda imagem, a mão con�gurada em sete caminhou
da esquerda para a sua direita.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 44/76
A palavra “semana” possui, basicamente, duas con�gurações. Na primeira,
demonstrada na imagem acima, a mão se move de um lado para o outro (apenas uma
vez) em con�guração de número sete em Libras. Na segunda possibilidade, as duas
mãos são utilizadas, com sete dedos erguidos que se movimentam de um lado para o
outro (apenas uma vez). A partir daí, passamos aos dias da semana.
Figura 2.18 - Dias da semana: domingo, segunda e terça 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: imagens de uma intérprete sinalizando as palavras domingo, segunda e terça.
Em todas as imagens ela está de frente. Na primeira, com a mão direita con�gurada em D
em Libras, frente ao rosto; na segunda e terceira imagens, a mão direita está sobre a testa,
indicando com os dedos os números “dois” e “três”.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 45/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 46/76
Nos dias da semana, identi�camos que todos os sinais se centralizam na região da
cabeça, aproximando-se sempre da testa ou da boca. Todos esses sinais possuem
movimento; por exemplo, a palavra “terça-feira” é sinalizada com três dedos estendidos
que repetidamente encostam na testa e, logo após, se afastam. Outro ponto de atenção
é com relação à palavra “sábado”: o sinal é o mesmo utilizado para “suco” e “laranja”
(fruta e cor). Nesse aspecto, para que não haja con�itos na comunicação, o que
permitirá a compreensão do diálogo será sempre o contexto da conversa em questão.
Ao falarmos sobre os dias da semana, nos aproximamos dos sinais dos números.
Porém, antes de iniciá-los, devemos compreender que existem quatro formas de
sinalizá-los em Libras; tudo dependerá do contexto da conversa e do signi�cado do
número.
Números Cardinais: Códigos
Representativos e Quantidades
Quando utilizados para a sinalização de códigos representativos, os números são
expressos da seguinte forma:
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 47/76
Nesse caso, os números sinalizados não possuem movimento. Alguns exemplos de
códigos representativos são: número da senha do banco, da caixa postal, número de
telefone etc.
A segunda modalidade também se refere aos cardinais, porém, quando estes se
referem a quantidades:
Figura 2.21 - Números cardinais para códigos representativos 
Fonte: Adaptada de Silva et al. (2008).
#PraCegoVer: ilustração de dez mãos, sinalizando os números cardinais em Libras. Na
primeira imagem, a mão está levemente inclinada para a direita, com os dedos curvados
formando um espaço entre eles e a palma. Na segunda imagem, a palma da mão está de
costas, com os dedos curvados e o polegar estendido para cima. Na terceira imagem, a
palma está de costas, com os dedos indicador e polegar estendidos para cima. Na quarta
imagem, a palma está de costas, com os dedos indicador, médio e anelar estendidos. Na
quinta imagem, a palma está de costas, com os dedos indicador, médio, anelar e mínimo
estendidos. Na sexta imagem, a mão está levemente inclinada para a direita, com a palma
para frente, os dedos indicador e médio arqueados, enquanto os demais estão abaixados.
Na sétima imagem, a mão está com a palma para cima, enquanto os dedos estão juntos e
encostando a ponta na metade do dedo polegar, que está estendido para cima. Na oitava
imagem, a mão está levemente inclinada para a direita, com a palma para baixo e o dedo
indicador estendido para baixo, enquanto o dedo polegar encosta em sua lateral. Na nona
imagem, a mão está de frente e fechada, com o dedo polegar sobre os demais. Na décima
imagem, a mão está com a palma para baixo, enquanto os dedos arqueados encostam sua
ponta na metade do dedo polegar, que está esticado para baixo.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 48/76
Os números que se alteram aqui são um, dois, três e quatro; tanto em sua con�guração
como na posição que se encontram. Alguns exemplos nos quais se utilizam os números
nessa con�guração são: quantidade de pessoas, de vagas, de objetos, de dias.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 49/76
Números Ordinais e Monetários
Em terceiro lugar, temos a sinalização dos números ordinais, nos quais a con�guração
de mãos permanecerá semelhante aos cardinais para códigos representativos, com a
diferença de que serão sinalizados com movimentos.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 50/76
Figura 2.23 - Números ordinais, em Libras 
Fonte: Adaptada de Silva et al. (2008).
#PraCegoVer: ilustração de nove con�gurações de mãos em Libras, sinalizando os números
ordinais. Na primeira imagem, a palma da mão está de costas e o polegar estendido para
cima; há duas setas indicando movimento linear de cima para baixo. Na segunda imagem, a
palma está de costas, com os dedos indicador e polegar estendidos para cima; há duas setas
indicando movimento linear de cima para baixo. Na terceira imagem, a palma está de costas,
com os dedos indicador, médio e anelar estendidos; há duas setas indicando movimento
linear de cima para baixo. Na quarta imagem, a palma está de costas, com os dedos
indicador, médio, anelar e mínimo estendidos; há duas setas indicando movimento linear de
cima para baixo. Na quinta imagem, a mão está levemente inclinadapara a direita, com os
dedos indicador e médio arqueados e, os demais, abaixados; há duas setas indicando
movimento linear de uma lado para o outro. Na sexta imagem, a mão está com a palma para
cima, enquanto os dedos estão juntos e encostando a ponta na metade do dedo polegar,
que está estendido para cima; há duas setas indicando movimento linear de um lado para o
outro. Na sétima imagem, a mão está levemente inclinada para a direita, com a palma para
baixo e o dedo indicador estendido para baixo, enquanto o dedo polegar encosta em sua
lateral; há duas setas indicando movimento linear de uma lado para o outro. Na oitava
imagem, a mão está de frente e fechada, com o dedo polegar sobre os demais; há duas setas
indicando movimento linear de um lado para o outro. Na nona imagem, a mão está com a
palma para baixo, enquanto os dedos arqueados encostam sua ponta na metade do dedo
polegar, que está esticado para baixo; há duas setas indicando movimento linear de um lado
para o outro.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 51/76
Por �m, os números também são sinalizados para indicar valores monetários. No caso
do Real, sempre no �nal do número, se con�gura uma das mãos em “R”, acrescida de
movimento trêmulo, de um lado para o outro, ou, então, utilizando da con�guração de
mãos semelhante aos números cardinais para quantidades, realiza-se o movimento
trêmulo na própria con�guração de mãos do número sinalizado.
Sinalizando os Meses do Ano
Os meses do ano possuem sinais próprios para serem identi�cados ao longo de uma
conversa. A palavra “mês” se sinaliza da seguinte forma: com uma das mãos fechadas e
a outra com o dedo indicador erguido, ambas se aproximam e a que está fechada se
movimenta uma única vez de cima para baixo, enquanto a fechada permanece imóvel,
conforme a imagem a seguir:
Agora, vejamos cada um dos meses, a partir das imagens a seguir:
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 52/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 53/76
Figura 2.27 - Palavra “março” 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: imagem de uma intérprete sinalizando a palavra março. Ela está de frente,
com a mão direita fechada e o dedo indicador estendido na horizontal, encostando na parte
de baixo do seu queixo.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 54/76
Figura 2.30 - Palavra “junho” 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: três imagens de uma intérprete sinalizando a palavra junho. Em todas elas,
ela está de frente e com as mãos diante do corpo com os dedos indicadores e médios
estendidos. Na primeira, o braço direito está na parte superior, próximo ao rosto, e o braço
esquerdo está na parte inferior, próximo à barriga. Na segunda imagem, os dedos se
encontram no meio corpo e, na terceira imagem, a posição dos braços se inverte.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 55/76
Figura 2.31 - Palavra “julho” 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: três imagens de uma intérprete de Libras sinalizando a palavra julho. Em
todas as imagens ela está de frente e com a mão direita em frente ao peito. Na primeira
imagem, sua mão direita está fechada e com o dedo indicador estendido, sinalizando a letra
j. Na segunda, a mão continua fechada e com o indicador estendido um pouco mais abaixo.
Na terceira, a mão está com o dedo polegar e indicador estendidos, formando a letra L.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 56/76
Figura 2.34 - Palavra “outubro” 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: intérprete sinalizando a palavra outubro. Ela está de frente, com a mão em
formato de cone em frente à boca.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 57/76
As referências utilizadas pela comunidade surda na confecção dos sinais possuem fatos
culturais e históricos de nosso país. Podemos citar o mês de fevereiro, que pode ser
sinalizado com mais de uma forma, como pelo movimento dos dedos indicadores,
Figura 2.35 - Palavra “novembro” 
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer: intérprete sinalizando a palavra novembro. Ela está de frente, com a mão
direita próxima ao ombro direito e com os dedos indicador e médio estendidos para baixo.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 58/76
remetendo à festa de Carnaval. O mesmo ocorre com o mês de abril, o qual é sinalizado
com as mãos em punho que se movem do pescoço para cima, o que nos lembra do
feriado e da história de Tiradentes, celebrado no dia 21 de abril.
Basicamente, esses são os sinais que podemos utilizar em qualquer diálogo inicial com
uma pessoa surda. Após, o que fortalecerá o conhecimento sobre a língua de sinais e a
cultura surda deverá ser a relação com a sua comunidade, compreendendo o seu modo
de vida, valores e história.
praticar
Vamos Praticar
Os sinais relacionados à família, dias da semana, meses e números são o arsenal básico de um
estudante de Libras. Por estarem presentes no cotidiano da comunidade surda, compreendê-
los é um passo importante para o reconhecimento e valorização de sua cultura e identidade,
bem como a construção de uma relação amigável e que tenha como princípio o diálogo
acessível para ambos.
Com base no que foi apresentado, bem como nos materiais dispostos em nossa unidade,
exercite pequenas frases em Libras. Busque simular situações nas quais seja possível criar
diálogos utilizando-se dela e, por �m, descreva a sua experiência em uma redação,
comparando as exigências e di�culdades de se utilizar da Língua Portuguesa (escrita e falada) e
as que você encontrou no uso da Língua Brasileira de Sinais.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 59/76
Material
Complementar
indicações
FILME
Sou Surda e não sabia
Ano: 2009
Comentário: Este �lme conta a história de Sandrine, que,
durante os primeiros anos escolares, não sabia que era surda.
Seu questionamento diário era sobre como as demais crianças
conseguiam entender o que a professora ensinava, sendo que
ela não conseguia. Este �lme aborda a problemática do não
diagnóstico familiar e médico da surdez e os desa�os que a
falta de acessibilidade e apoio à pessoa surda podem causar
em seu desenvolvimento social e intelectual.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer.
T R A I L E R
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 60/76
LIVRO
O Ouvinte e a Surdez: sobre ensinar e aprender a
Libras
Editora: Parábola Editorial
Autor: Audrei Gesser
ISBN: 9788579340505
Comentário: A obra apresenta as diferenças existentes entre o
mundo dos ouvintes e do surdo, porém, aposta na
possibilidade da relação saudável e proximal entre ambos.
Todo o desconforto com uma nova língua e cultura é natural,
contudo, o dispor-se a elas revelará novos saberes e
curiosidades. O autor destaca a formação da pessoa surda, o
ensino de Libras e as diferenças entre o aprender do surdo e
do ouvinte.
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 61/76
Conclusão
Ao longo desta unidade, estudamos os artefatos culturais da comunidade surda, vimos
quais são os instrumentose valores próprios dessa comunidade, traços estes que são
ricos para a sua identidade. Na sequência, discutimos acerca do bilinguismo e da
preferência por um ensino que conserve a cultura da pessoa surda em sua matriz
curricular, diferentemente do que ocorre em escolas regulares que garantem a
acessibilidade de tais sujeitos.
Vimos, também, os principais sinais para cumprimentos, bem como o alfabeto manual e
sua con�guração de mãos. Por �m, estudamos a respeito dos sinais que se relacionam
com o tema família, com os graus de parentesco, bem como os dias da semana, a
sinalização de meses e as quatro apresentações possíveis para se sinalizarem os
números.
conclusão
Referências
Bibliográ�cas
BAGGIO, M. A.; CASA NOVA, M. da G. Libras. Curitiba: Intersaberes, 2017.
referências
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 62/76
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436,
de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18
da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília, DF, dez. 2005.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais
- Libras e dá outras providências. Brasília, DF, abr. 2002.
CABRAL, L. D. T. S. A visão do professor sobre o aluno surdo no Ensino
Fundamental. 2016. 119 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, 2016.
FELIPE, T. A.; MONTEIRO, M. S. S. Libras em contexto: livro do professor. 6. ed. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.
GESSER, A. O ouvinte e a surdez: sobre ensinar e aprender a Libras. São Paulo:
Parábola Editorial, 2012.
LACERDA, B. F.; SANTOS, L. F.; MARTINS, V. R. O. Libras: aspectos fundamentais.
Curitiba: Intersaberes, 2019.
MONTEIRO, R.; SILVA, D. N. H.; RATNER, C. Surdez e diagnóstico: narrativas de surdos
adultos. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v. 32, n. 32, especial, 2016. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722016000500210&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 21 nov. 2020.
MORAIS, C. E. L. et al. Libras. 2. ed. Porto Alegre: SAGAH, 2018.  
NUNES, S. S. et al. Surdez e educação: escolas inclusivas e/ou bilíngues? Revista
Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escola e Educacional, São
Paulo, v. 19, n. 3, p. 537-545, set./dez. 2015.
PEREGRINO, G. Percepções do preconceito por alunos surdos. In: CONGRESSO
NACIONAL DE EDUCAÇÃO (EDUCERE), 7., 2015, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: EDUCERE,
2015.
SILVA, F. I. S. et al. Aprendendo Libras como segunda língua: nível básico. Palhoça:
IFSC, 2008.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722016000500210&lng=pt&nrm=iso
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 63/76
SOU surda e não sabia [Sourds et Malentendus]. [S.l.; s.n.], 2013. (3 m 27 s). Publicado
pelo canal Por Sinal. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=obUemeDJgcI.
Acesso em: 21 nov. 2020.
STROBEL, K. L. Surdos: vestígios culturais não registrados na história. 2008. 179 f. Tese
(Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
 
TEFILI, D. et al. Implantes cocleares: aspectos tecnológicos e papel socioeconômico.
Revista Brasileira de Engenharia Biomédica., v. 29, n. 4, p. 414-433, 2013. Disponível
em: https://www.scielo.br/pdf/rbeb/v29n4/a10v29n4.pdf. Acesso em: 2 ago. 2020.
https://www.youtube.com/watch?v=obUemeDJgcI
https://www.scielo.br/pdf/rbeb/v29n4/a10v29n4.pdf
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 64/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 65/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 66/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 67/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 68/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 69/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 70/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 71/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 72/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 73/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 74/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 75/76
11/04/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_692887_1&PARE… 76/76

Mais conteúdos dessa disciplina