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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESPECIALIZAÇÃO EM QUALIDADE DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS CORRELATOS E COSMÉTICOS MONITORAMENTO AMBIENTAL EM ÁREAS CLASSIFICADAS NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Alexandre Araujo Cardoso São Paulo 2019 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESPECIALIZAÇÃO EM QUALIDADE DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS CORRELATOS E COSMÉTICOS MONITORAMENTO AMBIENTAL EM ÁREAS CLASSIFICADAS NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Alexandre Araujo Cardoso Trabalho de conclusão do curso de Especialização em Qualidade de Produtos Farmacêuticos, Correlatos e Cosméticos apresentada a Universidade de São Paulo como parte dos requisitos exigidos para título de Pós-Graduação. Orientador: Profª Adriana Malgueiro São Paulo 2019 Alexandre Araujo Cardoso Monitoramento Ambiental em Áreas Classificadas na Indústria Farmacêutica Trabalho de conclusão do curso de Especialização em Qualidade de Produtos Farmacêuticos, Correlatos e Cosméticos apresentada a Universidade de São Paulo como parte dos requisitos exigidos para título de Pós-Graduação. Profª Adriana Malgueiro Orientadora _______________________________________________________ 1º do membro da Banca Examinadora ________________________________________________________ 2º membro da Banca Examinadora ________________________________________________________ 3º membro da Banca Examinadora SÃO PAULO 2019 Gostaria de dedicar esse trabalho a Deus, minha família e a todos que sempre acreditaram em mim. AGRADECIMENTOS Inicialmente agradeço a Deus por tudo que proporciona na vida, pois sem ele não teria conseguido superar todos os obstáculos. Em especial aos meus pais pelo amor incondicional e por estar ao meu lado em todas as etapas da minha vida que me compreendeu e me apoiou sempre. A minha professora orientadora Adriana Malgueiro pela dedicação e ensinamentos. Aos meus colegas e amigos de Pós-graduação, pelo amadurecimento e por lutarem diariamente ao meu lado, transmitindo fé, amor, alegria, determinação e coragem. “Não é o mais forte que sobrevive. Nem o mais inteligente. Mas o melhor que se adapta a mudanças.” (Charles Darwin) RESUMO CARDOSO, A.A. Monitoramento Ambiental em Áreas Classificadas na Indústria Farmacêutica. 2019. 33p. Monografia (Especialização em Qualidade de Produtos Farmacêuticos, Cosméticos e Correlatos). – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, – Universidade de São Paulo, São Paulo, ano 2019 Para que as Indústrias Farmacêuticas garantam que seus produtos sejam produzidos com excelência e alta qualidade, é necessário que o processo de produção esteja em conformidade com os princípios das boas práticas de fabricação (BPF) que é estabelecido por diversas agências reguladoras nacionais e internacionais, que são responsáveis pelas normas, controle e fiscalização no que abrange as ações de vigilância sanitária. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de descrever o funcionamento do processo de monitoramento de partículas (viáveis e não viáveis) em áreas classificadas no ambiente produtivo farmacêutico. O desenvolvimento deste trabalho foi baseado na pesquisa de artigos acadêmicos e científicos, revistas científicas, sítios de agências regulatórias nacionais e internacionais. O monitoramento assegura que as salas em que forem produzidos produtos estéreis tenham padrões microbiológicos estabelecidos. Sendo assim, as medidas tomadas nas Indústrias Farmacêuticas para controle de partículas viáveis e não viáveis em todas as suas atividades seguem normas pré-estabelecidas pelos órgãos competentes visando sempre a qualidade do ambiente produtivo, obtendo eficácia quando toda a sua estrutura está comprometida em realizar de maneira precisa suas atividades, desde o início do processo até o produto acabado. Esse resultado só é válido quando se tem uma equipe de profissionais comprometidos com o sucesso de seu trabalho em fornecer qualidade e respeito ao consumidor final que espera das Indústrias Farmacêuticas ética em todas as suas atividades operacionais. Palavras-chave: Monitoramento Ambiental; Áreas Classificadas; Indústria Farmacêutica; Produção Asséptica. ABSTRACT CARDOSO, A.A. Environmental Monitoring in Classified Areas in the Pharmaceutical Industry. 2019. 33p. Monograph (Specialization in Quality of Pharmaceutical, Cosmetic and Related Products). - Faculty of Pharmaceutical Sciences, - University of São Paulo, São Paulo, year 2019 For Pharmaceutical Industries to ensure that their products are produced with excellence and high quality, it is necessary that the production process is in accordance with the principles of good manufacturing practice (GMP) which are established by various national and international regulatory agencies, which are responsible for the norms, control and supervision regarding health surveillance actions. This study was developed with the objective of describing the functioning of the particle monitoring process (viable and non-viable) in classified areas in the pharmaceutical manufacturing environment. The development of this work was based on the research of academic and scientific articles, scientific journals, websites of national and international regulatory agencies. Monitoring ensures that rooms where sterile products are produced have established microbiological standards. Thus, the actions taken in the Pharmaceutical Industries to control viable and non-viable particles in all their activities follow pre-established standards by the competent bodies always aiming at the quality of the productive environment, obtaining effectiveness when its entire structure is committed to accurately perform its activities, from the beginning of the process to the finished product. This result is only valid when you have a team of professionals committed to the success of their work in providing quality and respect to the end consumer who expects ethics from Pharmaceutical Industries in all their operational activities. Keywords: Environmental Monitoring; Classified Areas; Pharmaceutical industry; Aseptic production. LISTA DE TABELAS Tabela 1. Classificação das classes (A, B, C e D) e o número máximo permitido de partículas/m³ ...................................................................................................... 3 Tabela 2. Limites recomendados para avaliação da contaminação microbiológica em áreas classificadas como Graus A, B, C e D .................................................. 4 Tabela 3. Definição dos quatro graus de classificação de salas limpas ............. 4 Tabela 4. Frequência de monitoramento de rotina de micro-organismos (em operação) .............................................................................................................. 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Modelo de área Grau A ......................................................................... 5 Figura 2 - Modelo de área Grau B ......................................................................... 5 Figura 3 - Modelo de Área Graus C e D ................................................................ 6 Figura 4 - Amostrador de microrganismos ............................................................ 8 Figura 5 - Placa Petri ............................................................................................. 8 Figura 6 - Placa TSA Rodac .................................................................................. 9 Figura 7 - Demonstração de amostragem de Impressão de dedos ................... 10 Figura 8 - Principais subsistemas de um sistema AVAC ................................... 14 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASANVISA Agência Nacional De Vigilância Sanitária AVAC Aquecimento, Ventilação E Ar-Condicionado BPF Boas Práticas De Fabricação EU GMP European Guide to Good Manufacturing Practice HEPA High Efficiency Particulate Arrestance HVAC Heating, Ventilation And Air- Conditioning ISO International Organization for Standardization MA Monitoramento Ambiental MO Microrganismos PA Produção Asséptica POP Procedimento Operacional Padrão RDC Resolução Da Diretoria Colegiada RODAC Replicated Organisms Detection And Counting TSA Trypticase Soy Agar UFC Unidade Formadora De Colônias UTA Unidade De Tratamento De Ar SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1 2. OBJETIVO....................................................................................................... 1 3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 2 4. REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 2 4.1. Monitoramento Ambiental ........................................................................ 2 4.2. Áreas Limpas ............................................................................................ 3 4.2.1. Grau A ................................................................................................ 4 4.2.2. Grau B ................................................................................................ 5 4.2.3. Grau C e D ......................................................................................... 6 4.3. Amostragem do Ambiente ........................................................................ 6 4.3.1. Monitoramento Ambiental de Partículas Não-Viáveis ...................... 6 4.3.2. Monitoramento Ambiental de Microrganismos durante Operação .. 7 4.3.2.1. Amostragem Ativa .......................................................................... 7 4.3.2.2. Amostragem Passiva ..................................................................... 8 4.3.2.3. Amostragem de Superfície ............................................................. 9 4.3.2.4. Amostragem de Pessoas ............................................................... 9 4.3.3. Frequência de Monitoramento de Rotina de Microrganismos ....... 10 4.4. Limites de alerta e ação para o monitoramento ambiental ................... 11 4.4.1. Limite de Alerta ................................................................................ 12 4.4.2. Limite de Ação ................................................................................. 12 4.5. Sistema de Tratamento de Ar ................................................................ 13 4.6. Sanitização da Área................................................................................ 15 4.7. Condições para Incubação ..................................................................... 15 4.8. Teste de Promoção de Crescimento dos Meios de Cultura ................. 16 4.9. Investigação de Desvios......................................................................... 16 4.10. Ações Corretivas e Preventivas .......................................................... 16 5. CONCLUSÃO ............................................................................................... 17 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 18 1 1. INTRODUÇÃO Para que as Indústrias Farmacêuticas garantam que seus produtos sejam produzidos com excelência e alta qualidade, é necessário que o processo de produção esteja em conformidade com os princípios das Boas Práticas de Fabricação (BPF) que é estabelecido por diversas agências reguladoras nacionais e internacionais, que são responsáveis pelas normas, controle e fiscalização no que abrange as ações de vigilância sanitária. Conforme Guia Anvisa, o monitoramento ambiental representa uma importante ferramenta para avaliação da eficácia das medidas de controle de contaminação para a identificação de ameaças específicas para a qualidade e a segurança dos produtos fabricados (ANVISA, 2013). Se tratando de produtos farmacêuticos, a qualidade e eficácia são quesitos indispensáveis, daí a importância em se avaliar a presença, quantificar e identificar as partículas viáveis e não viáveis (ABREU et al., 2003). A produção de medicamentos estéreis demanda procedimentos específicos que visam a manutenção da qualidade de todo um conjunto de fatores que potencialmente afetarão a qualidade final do produto, devendo cumprir elevados critérios microbiológicos (SBM, 2018). O Monitoramento Ambiental é indispensável em áreas produtivas assépticas. Estas áreas são denominadas áreas classificadas, e determinadas por “GRAU”, sendo eles A, B, C e D. (BRASIL, 2010). 2. OBJETIVO O objetivo deste trabalho constitui-se em descrever o funcionamento do processo de monitoramento de partículas (viáveis e não viáveis) em áreas classificadas no ambiente produtivo farmacêutico, com base em uma revisão da literatura. 2 3. MATERIAL E MÉTODOS O desenvolvimento deste trabalho foi baseado na pesquisa de artigos acadêmicos e científicos, revistas científicas, sítios de agências regulatórias nacionais e internacionais. As palavras chaves consultadas na base de dados do Google e Google Acadêmico foram “Monitoramento Ambiental de partículas viáveis e não viáveis”, “Produção Asséptica”, “Áreas Limpas”, “Environmental monitoring”, “Aseptic and non-aseptic production”, “non-sterile product”, “Good Manufacturing Practice”. Foi explorado diversos documentos, os quais atenderam aos critérios estabelecidos inicialmente. Complementarmente, foram consultadas legislações, como a RDC Nº 17/2010, (Resolução Da Diretoria Colegiada). 4. REVISÃO DA LITERATURA 4.1. Monitoramento Ambiental No Monitoramento Ambiental (MA), as partículas presentes em um ambiente podem ser classificadas entre partículas viáveis e não viáveis. As partículas viáveis são capazes de se desenvolver ou germinar em condições que as favoreçam, tendo como exemplo os fungos e as bactérias. Já as não viáveis são inorgânicas, e originam-se de materiais sem vida, como por exemplo: papel, areia, sal, ferro, aço, inox, fiapos de roupa, entre outros (KOCHE VAR, 2006). O monitoramento de partículas não viáveis é de grande importância para monitorar a eficiência dos sistemas de filtração e troca do ar interno das áreas classificadas. Como elemento importante para a qualidade do ar que entra nas áreas produtivas, são utilizados filtros HEPA (Hight Efficiency Particulate Air) ou em português (Partículas de Ar de Alta Eficiência), cuja finalidade é garantir a filtração de partículas de até 0,3 µm, já que as legislações têm a exigência em especial para partículas de 0,5 µm e 5,0 µm, que são parâmetros de avaliação para qualificação das áreas classificadas de acordo com o seu grau, sendo estabelecidos parâmetros para as áreas em repouso e em operação. (ABREU et al., 2003) 3 O MA fornece dados do perfil microbiano existente nas áreas limpas e dados que permitem identificar novas tendências de contagens microbianas e crescimento de uma microflora dentro das salas limpas ou ambientes controlados. Os resultados obtidos com o MA fornecem informações sobre a construção física da sala, o desempenho do sistema AVAC, procedimentos de paramentação, limpeza dos operadores e equipamentos (ANVISA, 2013). 4.2. Áreas Limpas Áreas limpas para a produção de produtos estéreis são classificadas de acordo com características requeridas do ambiente. Cada operação de produção requer um apropriado nível de limpeza ambiental na condição de operação a fim de minimizar os riscos de contaminação por partículas ou contaminação microbiológica do produto (EUROPEAN,2008). Para cumprir com os requisitos de Boas Práticas vigentes para fabricação de medicamentos, a classificação de uma área limpa deve ser determinada de acordo com a quantidade de partículas não viáveis e viáveis em duas diferentes condições de realização dos testes: “em operação” e “em repouso” (Tabela 1). Tabela 1. Classificação das áreas (A, B, C e D) e o número máximo permitido de partículas/m³. Grau Em descanso (Em repouso) Em operação Nº máximo permitido de partículas/m³ ≥ 0,5 µm ≥ 5 µm ≥ 0,5 µm ≥ 5 µm A 3.520 20 3.520 20 B 3.520 29 352.000 2.900 C 352.000 2.900 3.520.000 29.000 D 3.520.000 29.000 Não definido Não definido Fonte: Adaptado de Brasil, 2013. Conforme Guia Anvisa (2013), os critérios de classificação de áreas frequentemente impostos pelas Resoluções publicadas pela Anvisa utilizam a classificação das áreas em “graus” A, B, C e D. Destas classificações, além das condições de realização dos testes (em operação e em repouso), inferem-se os critérios de limites de partículas não viáveis de duas dimensões definidas (Tabela 1) e também limites de contaminação microbiana, ou partículas viáveis (Tabela 2). 4 Tabela 2. Limites recomendados para avaliação da contaminação microbiológica em áreas classificadas como Graus A, B, C e D. Grau Amostra de Ar (ufc/m³) Placas (diâmetro de 90 mm) (ufc/4 horas) Placas de contato (diâmetro de 55mm) (ufc/placa) Impressão de luva de 5 dedos (ufc/luva) A <1 <1 <1 <1 B 10 5 5 5 C 100 50 25 - D 200 100 50 - Fonte: Adaptado de ANVISA, 2013. A designação da área limpa em grau A, B, C ou D é baseada na norma de BPF da União Europeia (EU GMP) e os graus são definidos conforme descrito na Tabela 3 (BRASIL, 2010a) e que serão tratados com mais detalhes nos itens a seguir. Tabela 3. Definição dos quatro graus de classificação de salas limpas Grau Definição da Classificação A Zona de alto risco operacional, por exemplo, envase e concepções assépticas. Normalmente estas operações devem ser realizadas sob fluxo unidirecional. Os sistemas de fluxo unidirecional devem fornecer uma velocidade de ar homogênea de aproximadamente 0,45 m/s ± 20% na posição de trabalho. B Áreas circundantes às de grau A para preparações e envase assépticos. C e D Áreas limpas onde são realizadas etapas menos críticas na fabricação de produtos estéreis. Fonte: Adaptado de BRASIL, 2010a. 4.2.1. Grau A Os ambientes de Grau A (Figura 1), são zonas de alto risco operacional. Normalmente estas operações devem ser realizadas sob fluxo unidirecional. Essas áreas que não podem conter partículas viáveis, seu limite deve ser <1 UFC/m³. 5 Figura 1 - Modelo de área Grau A (Fonte: LINTER, 2019) 4.2.2. Grau B Áreas de Grau B (Figura 2), são áreas circundantes às de grau A para preparações e envase assépticos. Não são totalmente estéreis, porém por serem próximas às áreas de grau A exigem um controle rígido para que não haja comprometimento de esterilidade por uma possível contaminação cruzada. Figura 2 - Modelo de área Grau B (Fonte: LINTER, 2019) 6 4.2.3. Grau C e D Áreas classificadas como graus C e D (Figura 3) são áreas consideradas mais tolerantes a microrganismos. São locais onde geralmente são manipulados produtos não estéreis, e que não necessitam de um controle extremamente rígido (LINTER, 2019). Figura 3 - Modelo de Área Graus C e D (Fonte: LINTER, 2019) 4.3. Amostragem do Ambiente 4.3.1. Monitoramento Ambiental de Partículas Não-Viáveis Segundo Guia Anvisa os procedimentos de amostragem de partículas não viáveis podem ser realizados por integrantes do departamento de Controle da Qualidade, Garantia da Qualidade, Produção ou outro com treinamento e conhecimentos para tal atividade (ANVISA, 2013). Em ambientes limpos, partículas não viáveis de diâmetros definidos (0,5 e 5 μm) devem ser medidas por instrumentos adequados e devidamente calibrados em intervalos definidos de acordo com o seu tipo e uso. Em sistemas com padrão de fluxo unidirecional, os equipamentos medidores de partículas devem sempre ser dotados de sondas isocinéticas, a fim de garantir precisão na contagem (ANVISA, 2013). Amostras devem ser coletadas em posições aproximadas à altura das posições de trabalho, sendo 30 cm de distância dos operadores um valor que 7 pode ser considerado como referência. Quando equipamentos portáteis de contagem de partículas são transportados entre diferentes áreas, deve-se demonstrar a efetividade das medições tomadas para se evitar contaminação cruzada. Especialmente áreas segregadas devem possuir contadores de partícula dedicados (ANVISA, 2013). 4.3.2. Monitoramento Ambiental de Microrganismos durante Operação Os guias de BPF publicados pelo Guia Anvisa (2013), trazem um conjunto de quatro técnicas empregadas para o monitoramento de micro-organismos em salas limpas. Além dessas 4 técnicas, devemos definir o posicionamento dos pontos que serão amostrados nas áreas. Estes pontos são definidos através de uma análise de risco realizada na área pelo controle de qualidade. a) Amostragem ativa – ambiente b) Amostragem passiva – ambiente c) Amostragem de superfície d) Amostragem de pessoas 4.3.2.1. Amostragem Ativa A amostragem ativa é realizada com auxílio de aparelhos, coletores de ar, que fazem a filtração de mil litros de ar com uma placa de sedimentação (Abreu et al,2003). A amostragem ativa do ambiente é inicialmente o primeiro parâmetro que qualifica a área, sendo essa técnica realizada com equipamento eletrônico chamado amostrador de microrganismos (Figura 4) exercendo vácuo em uma placa de Petri. É mais comum utilizar placas preenchidas com Ágar TSA (Triptone Soy Agar) por ser um meio de cultura rico em nutrientes, que favorecem tanto o crescimento de bactérias como o crescimento de fungos. Na composição do TSA utilizamos neutralizante pois o mesmo irá impedir que os sanitizantes utilizados na limpeza das áreas interfira no crescimento dos microrganismos. É necessário o tempo adequado para que succione uma quantidade de ar suficiente sem que a placa fique ressecada podendo interferir o crescimento dos MO (ANVISA, 2013). 8 Figura 4 - Amostrador de microrganismos (Fonte: VWR, 2019) 4.3.2.2. Amostragem Passiva A técnica mais comum no MA é a amostragem passiva. Ela é realizada com placas de Petri (Figura 5) preenchidas com Ágar TSA com neutralizante (placa de sedimentação), que são distribuídas nas áreas produtivas de acordo com o posicionamento pré-definido em procedimento operacional padrão (POP). Através da exposição das placas, são coletados os microrganismos presentes no ambiente por um período de no máximo 4 horas de exposição por placa. Caso o processo demore mais de 4 horas, essa placa deverá ser trocada, pois o meio de cultura pode ressecar e interferir no desenvolvimento dos MO (Britto, 2011; Xavier et al.2013). Figura 5 - Placa Petri preenchida com Ágar TSA (Fonte: INNOTEC, 2019) 9 4.3.2.3. Amostragem de Superfície Amostragem de superfície é um importante parâmetro de observação das amostragens anteriores, pois inclui as limpezas, amostragem de paredes, cortinas e bancadas. As amostragens de superfície são realizadas de duas maneiras: por amostragem de contato, realizado direto na superfície com placas RODAC® (Replicated Organisms Detection and Counting), ilustrado na Figura 6, que contém meio de cultura sólido Ágar TSA com neutralizante tween e lecitina, que impedirão que os sanitizantes utilizados na limpeza das áreas interfira no crescimento dos microrganismos, e pela técnica de Swabs (hastes flexíveis contendo pontas de algodão e 10ml solução salina) onde se tem a coleta em locais de difícil acesso, como orifícios e partes internas de equipamentos e máquinas (Xavier et al.2013). Após a coleta do Swab é realizadoseu emplacamento através da técnica de esfregaço devidamente validada em meio de cultura Ágar TSA. Figura 6 - Placa TSA Rodac (Fonte: CQA, 2019) 4.3.2.4. Amostragem de Pessoas Esse tipo de amostragem é realizado desde o início do processo de monitoramento em salas limpas com classificação A e B tendo em vista que os limites de amostragem das pessoas são os mesmos da amostragem de luvas, 10 pois as pessoas são uma grande fonte de contaminação (RAMSTORP, 2007). A amostragem de paramentação é realizada comumente com placas de Petri preenchidas com Ágar TSA (placa de sedimentação), coletando nas pontas dos dedos nas mãos do colaborador (Figura 7), em contato direto no meio de cultura, e com placas de contato RODAC®, tendo contato direto na vestimenta do colaborador a ser analisada. Através desta técnica é realizado o monitoramento de todos os operadores que estão participando do processo produtivo dentro das áreas classificadas, e a garantia da qualidade junto com o controle de qualidade deve realizar treinamentos e qualificar as equipes que terão acesso às salas limpas (classificadas) para a produção de produtos assépticos, mostrando a importância de seguirem as Boas Práticas de Fabricação. (Xavier et al.2013). Figura 7 - Demonstração de amostragem de Impressão de dedos (Fonte: PHARMACEUTICAL, 2019) 4.3.3. Frequência de Monitoramento de Rotina de Microrganismos O Guia da Anvisa (2013) estabelece que quando uma área não for utilizada por curtos períodos de tempo, como por exemplo, finais de semana, o monitoramento ambiental poderá ser suspenso. No entanto, antes do início do trabalho após longa parada (semanas ou meses), deverão ser realizadas amostragens intensivas que garantam que a área ainda atenda aos requisitos de limpeza previamente estabelecidos. Caso aconteçam paradas por manutenção periódica na planta, manutenção do sistema de ventilação, ou alterações 11 significativas em funções de equipamentos ou de procedimentos, uma série de curtas amostragens repetidas deverão ser realizadas (ANVISA, 2013). A Tabela 4 mostra a frequência de monitoramento de rotina de contaminantes microbianos. As empresas podem utilizar frequências mais altas ou baixas de monitoramento com exceção em classes A e B. O monitoramento de rotina estático (em áreas sem operações) é recomendado para garantir os mesmos níveis de limpeza são mantidos quando a área não estiver em uso por curtos períodos de tempo ou para se avaliar a eficácia dos procedimentos de limpeza antes das operações (ANVISA, 2013). Tabela 4. Frequência de monitoramento de rotina de micro-organismos (em operação) Classificação Amostra de Ar (ufc/m³) Placas (diâmetro de 90 mm) ufc/4 horas Placas de contacto (diâmetro de 55 mm) ufc/placa Impressão de luva de 5 dedos ufc/luva Grau A (operações de envase asséptico) Uma vez por turno Por todo o tempo que a atividade de produção for realizada Uma vez por turno Uma vez por turno Grau B Diariamente Diariamente Diariamente Diariamente Grau C Semanalmente Semanalmente Semanalmente N/A Grau D Mensalmente Mensalmente N/A N/A Estações de fluxo de ar unidirecional em áreas grau B Uma vez por turno Uma vez por turno Uma vez por turno Uma vez por turno Estações de fluxo de ar unidirecional em áreas grau C Semanalmente Semanalmente Semanalmente Semanalmente Estações de fluxo de ar unidirecional em áreas grau D Mensalmente Mensalmente Mensalmente N/A Fonte: ANVISA, 2013. 4.4. Limites de alerta e ação para o monitoramento ambiental Devem ser estabelecidos limites de alerta e de ação para o monitoramento microbiológico e de partículas (Brasil, 2010a). Os limites máximos de partículas 12 viáveis e não viáveis para salas limpas são definidos nos guias de BPF. Tais limites devem ser definidos de forma que, quando excedidos, desencadeiem atividades que promovam o retorno do sistema à normalidade (ANVISA, 2013). O monitoramento das áreas limpas apresenta variações nos valores de partículas viáveis e não viáveis, o que torna o histórico de variações ao longo do tempo o melhor indicador do nível de limpeza. Quando há um bom funcionamento da área limpa, a variação será baixa, e valores fora do especificado pelas normas de BPF são, muitas vezes, indicativos de um novo problema na sala ou mesmo de problemas no método de amostragem. 4.4.1. Limite de Alerta Conforme define Guia Anvisa (2013), os valores de limites de alerta para partículas ou micro-organismos são valores inferiores ao máximo regulamentar, mas devem ser suficientemente acima da variação normal dos resultados de contaminantes historicamente encontrada. A resposta a um valor acima do limite de alerta é, muitas vezes, apenas um registro do evento que servirá como base para uma análise de possíveis tendências, ou seja, para verificar se o evento não faz parte de um conjunto de valores anormalmente elevados. 4.4.2. Limite de Ação Limite de ação é definido como critérios estabelecidos, por exemplo, níveis microbianos ou de partículas, que exigem acompanhamento imediato e ação corretiva, se excedido (PIC/S, 2011) Segundo o Guia Anvisa (2013), uma excedidos os limites de ação, ações deverão ser desencadeadas antes que o nível de contaminação microbiana atinja os limites regulatórios. Portanto, é importante que os valores sejam cuidadosamente escolhidos para evitar que o número de ações requeridas seja excessivo. Dependendo da situação, estas ações desencadeadas devem incluir o levantamento de hipóteses para possíveis causas dos altos níveis de contaminação ambiental ou formas de mitigação, tais como (ANVISA, 2013): a) Investigação de possíveis alterações dos procedimentos ou equipamentos (incluindo sistemas AVAC, água e outras utilidades), que podem ser responsáveis por altos níveis contaminação; 13 b) Revisão das operações executadas e do comportamento dos operadores nas áreas afetadas; c) Análises de tendência de contagens de contaminantes viáveis e não viáveis ao longo do tempo, principalmente em função da sazonalidade de abastecimento de água ou de matérias-primas e de doenças endêmicas que podem infectar os operadores; d) Repetir ou aumentar a frequência de monitoramento; e) Aumentar o número de pontos de monitoramento; f) Verificações de funcionalidade e do histórico de manutenção de equipamentos, incluindo uma avaliação se os processos ainda estão operando dentro dos limites definidos no projeto e utilizados em estudos de validação; g) Identificação de micro-organismos detectados, com acompanhamento de investigação sobre a sua possível origem (por exemplo, o surgimento de cepas resistentes, ou infecção de operadores com um micro-organismo transmissível); h) Alertar os operadores para o problema e, quando necessário, proceder com a realização de treinamentos de reciclagem; i) Requalificação de equipamentos ou validações de processos utilizando parâmetros de processo relevantes. j) Sanitizações/limpeza? 4.5. Sistema de Tratamento de Ar O sistema de tratamento de ar utilizado em áreas classificadas na Indústria Farmacêutica é o AVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado) também conhecido como HVAC, em inglês (heating, ventilation and air- conditioning). Para atender aos requisitos de qualidade de ar em áreas produtivas, várias funções estão associadas aos sistemas de tratamento de ar, tais como aquecimento, arrefecimento, umidificação, renovação, filtragem, ventilação e desumidificação os sistemas de tratamento de ar utilizados para o abastecimento de plantas produtoras de medicamentos podem ser divididos em subsistemas. 14 Os principais subsistemas, do ponto de vista das BPF, estão representados na Figura 9 (ANVISA, 2013). Figura 8 - Principais subsistemas de um sistema AVAC (Fonte: ANVISA2013) O sistema AVAC capta o ar externo, que passa por diversas etapas de filtração até que seja direcionado as salas de operação, porém esse ar do ambiente externo deve ser captado em locais distantes de focos de contaminação ou calor, e deve conter, em sua captação, barreiras físicas que impeçam a entrada de insetos e partículas grandes. O sistema AVAC é composto pela unidade de tratamento de ar (UTA) que tem a função de manter a temperatura, umidade relativa, ventilação, e filtração do ar. Essas unidades, em sua grande maioria, são grandes caixas metálicas que contém ventiladores mecânicos, elementos de filtração, trocadores de calor (aquecimento e arrefecimento), atenuadores de ruídos e grelhas de entrada e saída do ar (ANVISA, 2013). 15 4.6. Sanitização da Área A sanitização das áreas limpas é um aspecto muito importante quando se diz respeito a produção de estéreis. Estas áreas devem ser devidamente limpas e sanitizadas frequentemente de acordo com um programa específico de validação de limpeza aprovado pela garantia de qualidade. Para se manter um controle microbiológico adequado, é necessário realizar o monitoramento da área regularmente para a detecção do surgimento de MO resistentes (BRASIL, 2010a). Os detergentes e desinfetantes utilizados nas áreas de Grau A e B devem ser esterilizados antes do uso, tendo sua esterilidade devidamente comprovada (BRASIL, 2010a). Durante as operações, deve ser realizado o controle microbiológico das diferentes classes de áreas limpas. Quando realizadas as operações assépticas, deve ser frequente o monitoramento da área, para isto, placas de sedimentação, amostragem volumétrica de ar e de superfícies devem ser realizadas. Todos os operadores que estiverem dentro da área asséptica durante as operações, também devem ser devidamente monitorados (BRASIL, 2010a). Os procedimentos de limpeza devem apresentar: local onde a limpeza deve ser realizada; procedimentos para a desmontagem, limpeza e remontagem; agente de limpeza usado, incluindo a sua concentração, o volume aplicado, o grau de limpeza ou especificação (ISO, 2008). Além de atender à necessidade detectada de acordo com a microbiota da área em que será usada, a RDC n° 17/2010 orienta que haja ainda um esquema de rodízio e monitoramento para evitar possível resistência dos micro- organismos e para agir sobre a microbiota não sensível ao sanitizante de rotina (BRASIL, 2010). 4.7. Condições para Incubação Após realizar todas as etapas do Processamento de monitoramento ambiental, as placas devem ser incubadas para posteriormente se verificar a 16 presença ou não de contaminação. É aceitável um esquema de incubação em duas temperaturas diferentes. Primeiramente a incubação nas temperaturas de 20-25ºC durante um período de cinco dias seguido imediatamente por outra incubação de 30-35ºC por mais três dias, totalizando 8 dias de incubação (ANVISA, 2013). Antes da incubação, todas as placas devem ser envolvidas em plástico filme de forma que a temperatura das incubadoras não resseque o meio de cultura das placas. Caso seja identificada a presença de algum microrganismo no final do período de incubação, este deve ser identificado até o gênero e espécie para ajudar na determinação da possível fonte de contaminação. 4.8. Teste de Promoção de Crescimento dos Meios de Cultura A realização de testes de avaliação da fertilidade dos meios de cultura, também chamados de testes de promoção de crescimento, deve ser realizado sempre que um novo lote de meio de cultura for utilizado e é de particular importância em um programa de monitoramento ambiental, uma vez que o crescimento microbiano pode ser influenciado por condições do ambiente. Os meios de cultura devem recuperar o máximo possível os MO encontrados nas áreas classificadas e os testes de promoção de crescimento devem ser realizados com cepas de micro-organismos pré-definidas, provenientes de fontes consideradas confiáveis (ANVISA, 2013). 4.9. Investigação de Desvios A empresa deve elaborar procedimentos que detalhem como deve ser tratado possíveis causas de desvio e como devem ser investigados resultados fora do especificado. As liberações dos lotes pela Garantia da qualidade devem ser suspensas enquanto a investigação não for concluída com êxito, e após a investigação os lotes só podem ser liberados casa seja comprovado que os medicamentos não causarão riscos aos pacientes (ANVISA, 2013). 4.10. Ações Corretivas e Preventivas Ações corretivas e preventivas também conhecidas como (CAPA) são programas eficazes desenvolvidos pela garantia da qualidade com o objetivo de 17 investigar limites fora do especificado junto com os departamentos que possuem interfaces em áreas limpas, tais como Engenharia, Produção e Controle da Qualidade. Se grandes quantidades de partículas são geradas por uma determinada operação inerente do processo produtivo, tal operação pode ser modificada ou mesmo segregada para minimizar o problema. Caso sejam detectados microrganismos no espaço de trabalho de um operador em particular, a higiene, as práticas de trabalho e os registros de treinamento do operador devem ser avaliados. Quando investigações de desvios forem inconclusivas (não forem identificadas as causas raízes), maiores esforços devem ser feitos para melhorar o funcionamento das salas limpas e prevenir a ocorrência de novos eventos (ANVISA, 2013). O monitoramento ambiental deve então ser aumentado para abranger mais áreas e haver maior frequência de amostragem, de forma a tentar encontrar a fonte de contaminação, e obter dados que possam confirmar que a área limpa realmente opera de acordo com as especificações (ANVISA, 2013). 5. CONCLUSÃO As medidas tomadas nas Indústrias Farmacêuticas para controle de partículas viáveis e não viáveis em todas as suas atividades seguem normas pré-estabelecidas pelos órgãos competentes visando sempre a qualidade do ambiente produtivo, obtendo eficácia quando toda a sua estrutura está comprometida em realizar de maneira precisa suas atividades, desde o início do processo até o produto acabado. Esse resultado só é válido quando se tem uma equipe de profissionais comprometidos com o sucesso de seu trabalho em fornecer qualidade e respeito ao consumidor final que espera das Indústrias Farmacêuticas ética em todas as suas atividades operacionais. 18 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, C.S.; PINTO, T.J.A.;OLIVEIRA, D.C. Áreas limpas: estudo de correlação entre partículas viáveis e não-viáveis. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; 39, nº 2: 177-184 – 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v39n2/08.pdf. Acesso em: 9 de agosto de 2019. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Diário Oficial da União, 2010. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia da qualidade para sistemas de tratamento de ar e monitoramento ambiental na Indústria Farmacêutica. 2013. Disponível em: http://conforlab.com.br/legislacao/qualidade_do_ar_final.pdf. FARMACOPEIA Brasileira, 5.ed. Brasília, 2010, v.1. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/farmacopeias-virtuais. Acesso em: 06 agosto. 2019 BRITTO, J.F.B. Projetos básicos de salas limpas – Parte 1. ReSocBra nº 54,p. 46-61 – 2011. 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