Buscar

INTRODUÇÃO AOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS - AULA 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO AOS SERVIÇOS 
FARMACÊUTICOS
AULA 3 – CONCEITOS E TIPOS DE MEDICAMENTOS
O SÍMBOLO DA FARMÁCIA
 A taça com a serpente nela enrolada é 
internacionalmente conhecida como símbolo da 
profissão farmacêutica. Sua origem remonta à 
antiguidade, sendo parte das histórias da 
mitologia grega. Segundo as literaturas antigas, o 
símbolo da Farmácia ilustra o poder (cobra) da 
cura (taça).
PAI DA FARMÁCIA
Galeno (129-200): Viveu em Roma, é considerado o 
“Pai da Farmácia” e precursor da alopatia. 
Desenvolveu misturas de ervas que combatiam as 
doenças por meio de substâncias ou compostos que 
se opunham diretamente aos sinais e sintomas. 
Atualmente, o termo Farmácia Galênica é utilizado 
como sinônimo de Manipulação Farmacêutica.
Alopatia é um sistema terapêutico que visa tratar as 
patologias pelos meios contrários às mesmas, através 
de medicamentos com ação específica nos sintomas. É 
a chamada medicina tradicional. A palavra "alopatia" 
vem dos termos gregos állos = "outro", "diferente" + 
páthos = "sofrimento"
REMÉDIO
Diferença entre remédio e medicamento
 No dia a dia, é muito comum notar pessoas ou meios 
de comunicação utilizando a palavra remédio como 
sinônimo de medicamento. No entanto, elas não 
significam a mesma coisa.
 A ideia de remédio está associada a todo e qualquer 
tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, 
sintomas, desconforto e mal-estar. Alguns exemplos de 
remédio são: banho quente ou massagem para diminuir 
as tensões; chazinho caseiro e repouso em caso de 
resfriado; hábitos alimentares saudáveis e prática de 
atividades físicas para evitar o desenvolvimento de 
doenças crônicas não transmissíveis; medicamentos 
para curar doenças, entre outros.
MEDICAMENTO
 Já os medicamentos são preparações tecnicamente 
elaboradas em farmácias (medicamentos manipulados) 
ou indústrias (medicamentos industriais), que devem 
seguir determinações legais de qualidade, segurança e 
eficácia. Assim, um preparado caseiro com plantas 
medicinais pode ser um remédio, mas ainda não é um 
medicamento; para isso, deve atender uma série de 
exigências do Ministério da Saúde, visando garantir a 
segurança dos consumidores.
AÇÃO 
QUÍMICA
O medicamento pode ter uma ação química, 
podendo ser:
• Profilática: possui ação preventiva contra 
doenças. Ex: as vacinas.
• Curativa: possui ação curativa, podendo curar 
doenças. Ex: antibióticos.
• Paliativa: possui capacidade de diminuir sinais e 
sintomas das doenças, porém não proporciona a 
cura. Ex: antitérmicos e analgésicos.
• Diagnóstica: favorece no diagnóstico de 
doenças, esclarecendo os exames radiográficos.
Ex: contrastes.
AÇÃO 
MEDICAMENTOSA
O medicamento também possui uma ação:
• Local: sua ação é no local em que o medicamento 
foi aplicado, sem passar pela corrente sanguínea.
Ex: pomadas e colírios.
• Sistêmica: primeiro a medicação é absorvida, 
depois ela entra na corrente sanguínea, atuando 
assim no local desejado.
Ex: os antibióticos.
MEDICAMENTOS
ALOPÁTICOS
 A alopatia é um tratamento cujo o objetivo é 
combater as doenças com remédios que produzam 
efeitos contrários aos sintomas causados. Esses 
medicamentos são classificados como “anti”, mais 
conhecidos como: antibióticos, antiinflamatórios, 
antialérgicos, antiácidos, entre outros...
 Devido a sua eficiência, os usos de medicamentos 
alopáticos são comuns pelo mundo. No entanto, 
existem alguns riscos à saúde, dessa forma é muito 
importante compreender melhor o funcionamento 
do medicamento alopático.
 A fórmula dos remédios alopáticos possui certo 
grau de toxicidade, portanto, recomenda-se ler a 
bula com cuidado e observar a dosagem correta. 
Devem ser usados quando são indicados por um 
profissional de saúde. Caso contrário, poderá 
provocar diversos efeitos colaterais.
MEDICAMENTOS
HOMEOPÁTICOS
 Os medicamentos homeopáticos são uma forma de 
tratamento que utiliza substâncias naturais altamente 
diluídas para estimular a capacidade de cura do organismo.
 A homeopatia foi criada no final do século XVIII pelo 
médico alemão Samuel Hahnemann, que acreditava que a 
doença era causada por um desequilíbrio na energia vital 
do corpo.
 São feitos a partir de substâncias naturais, como plantas, 
minerais e animais, que são diluídas em água ou álcool.
 A diluição é feita de forma a aumentar a potência da 
substância, de acordo com a teoria da homeopatia. 
Acredita-se que quanto mais diluída a substância, maior é a 
sua capacidade de estimular a capacidade de cura do 
organismo.
 São prescritos individualmente, de acordo com o perfil do 
paciente e seus sintomas. O objetivo é estimular o 
organismo a se curar naturalmente, sem efeitos colaterais 
indesejados.
É obrigatório ter no rótulo:
• A palavra "homeopático"
• O nome do fabricante
• Menção de pelo menos uma maneira como o 
medicamento pode ser usado
• Instruções para um uso seguro
• O princípio ativo e a quantidade de diluição (a 
menos que especificamente isento)
 Alguns medicamentos homeopáticos estão 
disponíveis apenas com receita médica.
MEDICAMENTOS
FITOTERÁPICOS
 Em poucas palavras, os medicamentos 
fitoterápicos são aqueles obtidos a partir de uma 
planta medicinal ou de partes dela.
 Por sua vez, o termo “plantas medicinais” se refere 
àquelas que possuem alguma atividade terapêutica e 
podem ser usadas para tratar enfermidades.
 Essa ação terapêutica se deve à diversidade de 
substâncias químicas que algumas plantas são 
capazes de produzir. Muitas vezes (e com o uso 
correto!), esses compostos são capazes de melhorar 
quadros de saúde com eficácia e trazer mais 
qualidade de vida.
 Os medicamentos de Fitoterapia têm o mesmo 
objetivo que a Alopatia, ou seja, as substâncias 
provocam ações contrárias aos sintomas e doenças. 
A diferença está na matéria-prima que no caso dos 
medicamentos Fitoterápicos são de origem 
essencialmente vegetal.
CONCEITOS IMPORTANTES
Plantas medicinais 
 A primeira forma de uso dos medicamentos 
efetuada pelo homem foi feita através de plantas 
medicinais. Talvez muitas descobertas foram feitas 
durante a procura de novas fontes de alimentos, mas 
provavelmente um número significativo foi devido à 
curiosidade e desejo natural de investigação de todo 
ser humano. 
 Algumas plantas foram reconhecidas como venenos, 
outras passaram a ter uso medicinal e outras para 
fins recreacionais (uva do vinho). Dentre os 
estudiosos da antiguidade, devemos destacar 
Galeno, por estudar profundamente as plantas 
medicinais, escrevendo vários livros sobre farmácia 
e farmacologia clínica.
 Na atualidade, as plantas mais consumidas no mundo 
são: 
Coffea arabica = café
Nicotiana tabacu = tabaco
Cola acuminata= bebidas tipo cola (Coca Cola, Pepsi, etc)
 No Brasil: Paulinia cupana = guaraná 
Ilex paraguariensis = mate
No Brasil existem cerca de 127 mil espécies 
diferentes de plantas, sendo um grande 
número delas usadas com fins medicinais.
• Alcachofra (Cynara scolymus): hepatoprotetor que auxilia no tratamento de 
distúrbios hepáticos e gastrointestinais;
• Babosa (Aloe vera): cicatrizante com ação anti-inflamatória;
• Boldo (Peumus boldos): auxilia no tratamento de distúrbios hepáticos e 
digestivos, como a dispepsia;
• Camomila (Matricaria chamomilla): cicatrizante com ação anti-inflamatória. 
Também pode ser utilizado no alívio de sintomas gastrointestinais;
• Calêndula (Calendula officinalis): cicatrizante com ação anti-inflamatória;
• Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia): antiulceroso que alivia sintomas 
digestivos;
• Eucalipto (Eucaliptus globulus): expectorante e broncodilatador;
• Guaco (Mikania glomerata): expectorante e broncodilatador;
• Melissa (Melissa officinalis): antiespasmódico que também combate gases e 
alivia a ansiedade;
• Salgueiro (Salix alba): alivia febre, dores e combate a inflamação;
• Unha de gato (Ucaria tomentosa): ação anti-inflamatóriae de alívio da dor.
Toda preparação 
com plantas 
medicinais pode ser 
considerada 
um medicamento 
fitoterápico?
 Não! De fato, conforme o conceito já mencionado, 
esses medicamentos têm origem em plantas 
medicinais ou seus derivados.
 Entretanto, a origem vegetal não basta para que 
um remédio seja considerado um 
fitoterápico: ele também deve ser submetido a 
processos industriais a exemplo do controle de 
qualidade e formulação. Sendo assim, podemos 
concluir, por exemplo, que os chás não podem 
ser considerados medicamentos fitoterápicos.
Quais são os 
medicamentos 
fitoterápicos 
registrados na 
Anvisa?
 No Brasil, existe uma grande variedade de 
fitoterápicos reconhecidos pela nossa Agência 
Regulatória, a ANVISA. O registro desses 
medicamentos é regido pela RDC 26 de 13 de 
maio de 2014, que especifica os requisitos 
necessários para se registrar um fitoterápico e 
fazer a notificação de novos produtos.
 A relação de medicamentos fitoterápicos 
registrados na ANVISA é extensa. Em seu portal, a 
agência disponibiliza a lista de fitoterápicos 
passíveis de notificação, ou seja, que podem ser 
produzidos e comercializados pelas indústrias.
 É possível, ainda, consultar a situação regulatória 
de um medicamento em específico na página de 
buscas da agência.
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/setorregulado/regularizacao/medicamentos/fitoterapicos-dinamizados-e-especificos/informes/fitoterapicos/texto-tecnico-estatico-para-publicar-na-pagina-da-area.pdf
https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/
Quais são os 
fitoterápicos 
disponibilizados 
pelo SUS?
 Segundo a Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (RENAME), o SUS disponibiliza, até o 
momento, um total de 12 fitoterápicos para o 
tratamento de sintomas gastrointestinais, 
respiratórios, inflamatórios e outros.
 Vale ressaltar que todos eles fazem parte do 
componente básico, ou seja, tratam os principais 
sintomas da população na atenção primária à 
Saúde.
São eles: Alcachofra (Cynara scolymus), Aroeira 
(Schinus terebinthifolius), Babosa (Aloe vera), Cáscara-
sagrada (Rhamnus purshiana), Espinheira-santa 
(Maytenus officinalis), Guaco (Mikania glomerata), 
Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens), 
Hortelã (Mentha x piperita), Isoflavona de soja 
(Glycine max), Plantago (Plantago ovata), Salgueiro 
(Salix alba), Unha-de-gato (Uncaria tomentosa)
Os fitoterápicos 
podem 
substituir os 
medicamentos 
tradicionais?
 Os medicamentos fitoterápicos, assim como os 
medicamentos sintéticos, são uma alternativa 
terapêutica quando o assunto é o tratamento de 
uma condição de saúde.
 Entretanto, nem todo fitoterápico pode 
substituir um medicamento tradicional. De 
maneira geral, esses últimos têm ação mais 
específica sobre uma determinada doença: muitas 
vezes, não há um substituto à base de plantas para 
“compensar” a ação terapêutica promovida por 
um fármaco convencional.
Quem pode 
prescrever 
medicamentos 
fitoterápicos?
 Existem fitoterápicos que são isentos de 
prescrição médica (os famosos MIPs) e os que 
precisam de receita para serem adquiridos. 
Aqueles que dispensam a apresentação de receita 
podem ser recomendados por médicos, 
farmacêuticos, enfermeiros, nutricionistas e 
dentistas.
 Já os fitoterápicos que precisam de prescrição 
possuem tarja nas embalagens e só podem ser 
indicados pelo médico ou dentista. Vale lembrar 
que, nesse caso, a apresentação de receita para a 
compra é obrigatória.
https://blog.farme.com.br/tarja-preta/
MIPs
 Medicamentos isentos de prescrição (MIPs), também 
conhecidos como medicamentos de venda livre ou over the
counter (expressão em inglês, que significa “em cima do 
balcão”), são aqueles que não necessitam de prescrição 
médica.
 A disposição dos MIPs em prateleiras externas ao balcão 
de atendimento e o Projeto de Lei 284/15, que prevê a 
venda desses medicamentos em estabelecimentos 
comerciais (minimercados, empórios, drugstores, lojas de 
conveniência e armazéns), bem como a ausência de 
orientação farmacêutica no momento da dispensação, 
expõe a população a riscos importantes.
 “Medicamento livre de prescrição não é isento de 
orientação.”
• Tarja vermelha – aqueles em que a venda ocorre sob prescrição médica, porém sem retenção do
receituário
• Tarja vermelha e com os dizeres “Só pode ser vendido com retenção de receita” – aqueles em que a
venda ocorre sob prescrição médica e com retenção do receituário
• Tarja preta – aqueles sujeitos a controle especial em que a venda ocorre sob prescrição médica e
notificação especial com retenção da receita
RENAME
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
 É uma lista oficial de medicamentos que deve atender às 
necessidades de saúde prioritárias da população brasileira. 
É um instrumento norteador para várias ações de assistência 
farmacêutica no SUS.
 Essa seleção de medicamentos essenciais é proposta da 
Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das estratégias da 
sua política de medicamentos para promover o acesso e uso seguro 
e racional de medicamentos.
 É utilizada como base para o desenvolvimento e criação das 
relações de medicamentos essenciais dos estados e municípios. 
(Sendo que, este último leva o nome de REMUME – Relação 
Municipal de Medicamentos Essenciais).
 Esta Relação é constantemente revisada e atualizada pela Comissão 
Técnica e Multidisciplinar de Atualização da Rename (Comare).
 A intenção da relação de medicamentos essenciais é proteger a 
saúde dos cidadãos, pois evita o uso de fármacos cuja eficácia 
terapêutica é duvidosa ou não comprovada por evidências 
científicas, cujo perfil de risco à saúde pode ser maior do que os 
benefícios propiciados, de associações de medicamentos sem 
justificativa clínica ou de duplicidade de fármacos para a mesma 
indicação clínica.

Continue navegando