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Teste para Identificação de Sinais de Dislexia: comparação entre transtornos do neurodesenvolvimento no subteste Cálculo. Autores: Ana Isabela Souza de Queiroz (isabelaqqueiroz@gmail.com); Phillip Dyamond Gomes da Silva (dyamondphillip@hotmail.com); Bárbara David Rech (rech1997@gmail.com); Rauni Jandé Roama Alves (rauniroama@gmail.com) Introdução Teste de Identificação de Sinais de Dislexia (TISD): Consiste em um instrumento de screening (triagem) que objetiva avaliar os sinais indicativos para Dislexia do Desenvolvimento (DD). É destinado a alunos dos anos escolares iniciais (do primeiro ao quarto ano), de aplicação individual, com duração média de 25 minutos. A pontuação é calculada com base nos erros cometidos, de modo que quanto maior a pontuação da criança, pior é o seu desempenho (Alves et al., 2015). É composto de 8 subtestes que avaliam: ● Leitura; ● Escrita; ● Cálculo; ● Atenção Visual; ● Habilidades Motoras; ● Consciência Fonológica; ● Nomeação Rápida e ● Memória de Trabalho. Objetivos Verificar se haveria diferenças significativas no subteste cálculo entre transtornos do neurodesenvolvimento, e, especificamente, se a Dislexia apresentaria um perfil peculiar de desempenho dentre eles. Hipoteticamente, esperava-se encontrar melhor desempenho desse quadro (DD), por se tratar de um transtorno de aprendizagem que afeta a leitura. Método Participaram 172 crianças, distribuídas entre seis transtornos distintos, sem diferenças significativas de idade e gênero, a saber: Dislexia (n = 13); Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (n = 20); Dificuldade Escolar (DE) (n = 22); Deficiência Intelectual (DI) (n = 63); Funcionamento Intelectual Limítrofe (FIL) (n= 46); e Transtorno do Espectro Autista - Leve (TEA) (n = 8). Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Rondonópolis (CAAE: 63121916.4.0000.8088) Resultados Na Tabela 1 é possível observar a estatística descritiva (médias e desvios-padrões) obtida nos subtestes e no total do TISD, separada pelos grupos clínicos investigados. Tabela 1 Pode-se observar na tabela 2 os resultados obtidos na ANOVA, cujo objetivo foi: identificar os efeitos da variável “grupo clínico” no desempenho do TISD por meio de comparações intergrupos. Verificou-se que houve efeitos significativos (p < 0,05) em todos os subtestes e no total do teste, todos com grande magnitude de efeito. Tabela 2 Observou-se que o grupo com Dislexia apresentou melhores desempenhos em comparação com os grupos com DI e TEA no subteste em questão, porém, não se diferenciou dos grupos com TDAH e com DE. Tais grupos também se diferenciaram dos grupos com DI e TEA. Não houve diferenças significativas, estatisticamente, entre os grupos com DI, TEA e FIL. Desta forma, foi possível verificar que o subteste Cálculo do TISD obteve sensibilidade para identificação de dois grandes grupos diagnósticos: (1) DI, TEA e FIL; (2) DD, TDAH e DE. Provavelmente esses dados possam ser explicados pelos prejuízos executivos e em linguagem presentes no primeiro, para além da inteligência, pois especificamente o grupo com TEA apresentou Quociente Intelectual dentro da média (M = 90,50; DP = 2,12), se dissociando dos demais intragrupo. É preciso levar em consideração o fato de a composição do subteste, ser formada por apenas os quatro problemas matemáticos básicos (Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão), com níveis de dificuldade distintos em decorrência de suas próprias estruturas aritméticas. Conclusão Portanto, se faz necessário o cuidado clínico adequado na aplicabilidade desse instrumento em processos avaliativos quando analisado o subteste Cálculo, tendo em vista que, o mesmo não apresentou-se suficientemente sensível à identificação de determinado transtorno especificamente, nem mesmo à Dislexia. Contudo é importante salientar que resultados anteriores demonstraram que o TISD foi capaz de identificar crianças sem dificuldades de aprendizagem e com DD, dado esse, suficiente para um procedimento básico de rastreio e de validade de critério que reforçam sua funcionalidade (Alves et al., 2018). Referências Alves, R. J. R., Lima, R.F., Salgado-Azoni, C. A., Carvalho, M. C., & Ciasca, S. M. (2015). Teste para Identificação de Sinais de Dislexia: processo de construção. Estudos de Psicologia (Campinas), 32(3), 383-393. https://dx.doi.org/10.1590/0103-166X2015000300004; Alves, R. J. R., Nakano, T. D. C., Lima, R. F. D., & Ciasca, S. M. (2018). Identifying Signs of Dyslexia Test: evidence of criterion validity. Paidéia, 28(e2833). https://dx.doi.org/10.1590/1982-4327e2833. mailto:isabelaqqueiroz@gmail.com mailto:Dyamondphillip@hotmail.com mailto:rech1997@gmail.com
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