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Direito da Informação

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07/08/2015
Direito da Informação
Status Constitucional
O direito da informação é um direito fundamental. Qual a consequência de o direito da informação ser considerado um DF, qual a repercussão no sistema jurídico? 
Quem é o titular deste direito? Todas as pessoas.
Se uma pessoa é titular deste direito, ela vai opor este direito diante de quem? Os direitos fundamentais quando surgem historicamente, eles surgem voltados contra o Estado. 
Em um primeiro momento, os DFs eram oponíveis, tinham eficácia diante do Estado.
Qual o sentido de o cidadão opor diante do Estado estes DFs? Direito a não intervenção do Estado se exigia do Estado uma posição negativa se exigia do Estado uma não ação, uma não intervenção. Direitos de primeira dimensão. Exemplo: direito à propriedade. 
Depois, se percebe que os DF têm também uma dimensão positiva além de uma não intervenção do Estado, vou exigir também um agir do Estado, que deve prestar para mim aquele direito. Direitos de segunda dimensão. Estado tem que cumprir uma obrigação. Exemplo: direito à saúde.
Mas contemporaneamente, será que os DFs são oponíveis só diante do Estado? Posso opor meu df diante de um outro particular? Então os DFs se tornam oponíveis diante dos particulares eficácia horizontal dos DFs. Relação jurídica entre particulares que estão em um mesmo nível. Exemplo: relação entre médico e paciente – paciente tem DF à informação. 
Exemplo 1: air france estabelecia que certos cargos só poderiam ser alcançados por franceses. Viola a igualdade, discriminação entre brasileiros e estrangeiros. 
Exemplo 2: revista íntima das funcionárias que estariam roubando algo da empresa. Fere um DF das funcionárias – presunção da inocência, privacidade, intimidade. Argumento da fábrica é que isto estava no contrato. Mas há direitos indisponíveis. 
Exemplo 3: uma associação que expulsou um sócio sem o devido processo legal e sem contraditório. Sócio teria cometido infração grave e foi expulso do clube. Teriam que ter oportunizado que o sujeito se defendesse. 
DF à informação repercute na relação com o Estado e também em uma relação entre particulares. Também em uma relação de ordem privada eu tenho direito à informação. 
14/08/2015 
DIREITO DA INFORMAÇÃO
DIREITOS FUNDAMENTAIS:
Dupla Dimensão:
- Objetiva
- Subjetiva 
Neste sentido:
1. Decisões valorativas de natureza objetiva (CF)
2. Direito subjetivo
Com isso impulsiona o quadro normativo infraconstitucional (PE, PL e PJ) eficácia irradiante. 
Dessas duas dimensões, Alexy destaca: Condição negativa (direito de defesa) e dimensão positiva (direito prestacional)
Direito da informação é um DF.
Eles tem uma dupla dimensão: 
- Objetiva refletem decisões valorativas postas na CF direitos fundamentais carregam um conjunto de valores acolhidos pelo constituinte. Isto significa que a CF de um país, estatuto jurídico de um país, tem uma vertente valorativa que está expressa nestes direitos fundamentais. Reflete decisões valorativas de ordem política e jurídica. 
i) decisão valorativa pela liberdade nossa ordem político jurídica está respaldada pelo valor liberdade
ii) igualdade
iii) outros valores
A novidade da CF de 88 incorporar estes direitos fundamentais. Fazendo paralelo com a Constituição Ditatorial tínhamos outras opções valorativas não se preocupavam com os direitos fundamentais. 
Efeito inflacionário dos direitos fundamentais = hipertrofia de direitos fundamentais risco de tudo virar direito fundamental banalização dos direitos o que era para fortalecer, acaba enfraquecendo. 
Antes a sociedade tinha seus direitos fundamentais comprimidos, durante 20 anos na ditadura depois com a CF/88 deu um salto. Quer garantir que os direitos estejam na Constituição, para garantir a democratização. Por isto a Constituição é minuciosa, o que acaba gerando algumas dificuldades na implementação destes direitos. O problema de ter tantos DFS seria a inflação dos direitos fundamentais. A mesma coisa com os direitos humanos se tudo fosse direito humano, se tornaria muito comum, banal. 
- Subjetiva se afirmam também como direitos subjetivos. É um direito do sujeito, de uma pessoa, que apresenta a possibilidade de exigir o respeito a este direito = pode exigir o que aquele meu direito estabelece. Isto se dá em duas perspectivas:
i) posso exigir uma prestação positiva = que façam algo em meu benefício 
ii) posso exigir um dever de não fazer = respeitar o meu direito
Um df é um direito subjetivo, então posso exigir do destinatário deste direito uma ação ou uma omissão (um fazer ou um não fazer) depende do direito. 
Exemplo: exijo que Estado me preste saúde; exijo que Estado não faça algo que afete meu direito. 
Direitos fundamentais impulsionam o quadro normativo infraconstitucional. Constituição é fundamento de validade de todo o sistema jurídico. 
· Qual o compromisso que poder executivo tem com os DF? Se exige que o poder executivo desempenhe políticas públicas que visem a concretização dos Dfs. 
Exemplo: política de cotas raciais. Diferença entre o que é político e o que é jurídico. Justificativa é a discriminação positiva há uma desigualdade racial. Se é bom ou não o governante é quem decide = é uma opção política = baseada em aspectos ideológicos e que busca uma finalidade. Juridicamente, só pode analisar se isto fere ou não a igualdade a política de cotas, mas não pode julgar o juízo da opção política.
O político pensa na finalidade e os meios que vai utilizar para atingir aquele fim.
Exemplo: Estado do RS está sem dinheiro – governante decidiu que ia pagar a dívida e parcelar os salários dia 05. Dia 10 mudou a decisão política = botou em dia os salários e não pagou as dívidas. 
· Como os direitos fundamentais influenciam o poder legislativo? 
Na elaboração da legislação infraconstitucional, devem ser respeitados os DFS leis devem ser de acordo com os dfs. Exemplo: não podem ser criadas leis discriminatórias; não pode ser criada lei que estabeleça a censura; etc. Criar leis dentro dos limites estabelecidos pelos valores positivados nos dfs. 
Além disso, a legislação infraconstitucional tem que servir para promover os dfs. Tem que ser um quadro normativo que implemente os dfs. 
· Poder judiciário é afetado como pelos direitos fundamentais? 
Mecanismo de controle de constitucionalidade das leis = vai aferir se as leis feitas pelo poder legislativo estão de acordo com os DFs = análise material das leis. Também controla constitucionalidade dos atos do poder executivo = atos administrativos podem ser considerados inconstitucionais. 
Também existe a exigência da interpretação conforme a CF. Exemplo: ação de inconstitucionalidade sem redução de texto – nao quer que digam que o dispositivo é nulo, mas apenas adotar uma tal interpretação conforme a CF. 
Direitos fundamentais têm dimensão positiva e negativa.
Dimensão negativa = eu cidadão me defendo dos poderes públicos ou privados invocando os direitos fundamentais em minha defesa. 
O que acontece com a proibição do retrocesso quando o Estado não têm condições materiais exemplo: não tem dinheiro para pagar os salários viola direitos fundamentais. 
Dimensão positiva
FORMAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (DF)
Historicamente, os DF estão associados à modernidade.
Modernidade autonomia humana e liberdade
Então, há um vínculo entre os DF + o regime das liberdades
CF Pontes de Miranda as liberdades podem ser tidas como: 
1. Individuais: física, pensamento, expressão 
2. Corporativas: associação 
A princípio, o problema da liberdade pode ser visto:
1. Perspectiva interna = até onde vai a liberdade do indivíduo?
2. Perspectiva externa = até onde o Estado pode ir? 
Os direitos fundamentais surgem a partir do período moderno = a partir das grandes revoluções. 
Na modernidade, o que estava em causa? Ideia da autonomia humana homem é um sujeito autônomo autonomia em relação à religião, no período moderno = homem é responsável por si, faz o Estado, faz as suas leis. Homem é um sujeito livre = liberdade se afirma como um atributo individual.
Até o período moderno,liberdade não era atributo individual, tinha relação com o seu status social. 
É legítimo se estabelecer um vínculo entre direitos fundamentais e a liberdade. 
Com base na doutrina clássica do pontes de Miranda, as liberdades podem ser individuais ou corporativas. Exemplo: individuais – física, pensamento, expressão, etc. Exemplo: corporativas – liberdade de associação (permite que o homem se associe a outras pessoas) isto tem reflexo no direito empresarial, no direito civil, etc. 
A partir do estabelecimento do regime de liberdade, surge um problema, que se desdobra em perspectivas interna e externa. 
- perspectiva interna: Até onde o titular da liberdade pode exercer este direito? Pessoa é livre para fazer o que? Exemplo: liberdade de religião será que isto autoriza que eu sacrifique animais? Será que isto autoriza que eu estabeleça discriminações em nome de um preceito religioso – que fale da cura dos homossexuais? Exemplo: em nome da liberdade de expressão – pode pregar isto? Exemplo: em nome da liberdade de expressão pode fazer caricatura do Maomé, de um símbolo religioso? 
- perspectiva externa: Até onde o Estado pode ir para limitar a minha liberdade. Exemplo: em nome da ordem pública, até onde podem limitar minha manifestação? 
Solução que os modernos apresentaram para resolver este problema = o que delimita a liberdade e a atuação do Estado? A lei limita a minha liberdade e a atuação do Estado + a Constituição normas jurídicas. Mas até onde a lei pode limitar minha liberdade? Pode a lei restringir a liberdade de manifestação? Exemplo: será que pessoa pode se manifestar na frente da casa do governador? 
28/08/2015 
PROBLEMA: 
COMO CONCILIAR A ORDEM PÚBLICA COM O REGIME DAS LIBERDADES? LEI!
Considerando-se o regime constitucional das liberdades, limita-se a atividade parlamentar.
Então:
1. Quanto à liberdade de pensamento não se admite a obrigação de declarar crença ou convicção, ninguém pode ser obrigado a participar de reuniões que adotem certa ideologia, crença, vedação à liberdade religiosa.
2. Quanto à liberdade física, veda-se a escravidão, pena que passe da pessoa do réu, penas corporais.
3. Quanto à liberdade moral, não se impõe regra sobre a sexualidade, não se vedam críticas, pesquisas.
4. Quanto à liberdade de emitir o pensar e à censura
5. Quanto à liberdade de culto, não se pode proibir o exercício de cultos, propaganda religiosa ou anti-religiosa. 
Como definir até onde vai a liberdade de cada individuo? Até onde o Estado pode limitar a minha liberdade de expressão?
Liberdade de pensamento: quando o legislador vai fazer uma lei, ele deve cuidar das liberdades não pode ter uma lei que obrigue as pessoas a declararem suas crenças, ideologias, o que elas pensam = violaria as liberdades individuais.
Exemplo: periodicamente o governo faz um senso da população para ver quantas pessoas moram na casa, quantos aparelhos têm, qual a religião da pessoa. Será que perguntar a religião é abusivo? Se houvesse lei obrigando a responder, será que seria abusivo? Será que se o Estado precisasse saber para poder adotar certas políticas públicas? 
Liberdade religiosa deve ser plenamente reconhecida, está relacionada à liberdade de pensamento. 
Liberdades físicas proibidas penas corporais exemplo: proibida a tortura. 
Liberdade moral não pode ter regra sobre comportamento impondo uma sexualidade ou incriminando alguma opção sexual. 
Liberdade de expressão = não se pode vedar críticas.
Não pode ter legislação vedando pesquisas científicas. 
Mas claro que todas estas liberdades têm limitação. Exemplo: não posso abusar de críticas. Exemplo: não se admite pesquisa com ser humano. Exemplo: será que pode ser proibida a pesquisa com cobaias em nome da proteção dos animais? Exemplo: será que o estudante de medicina poderia se negar a fazer cirurgias em animais por objeção de consciência? 
Objeção de consciência. Exemplo: sujeito que se alista mas sua religião não permite que ele toque em armas então não vai fazer este tipo de atividade, vai servir fazendo outras coisas. Sujeito não pode ser obrigado a cumprir um dever que viole a sua consciência. Exemplo: religião. 
Exemplo: marcado concurso e sujeito alega que em razão da religião ele não pode fazer prova naquele horário. Será que isto quebra o princípio da igualdade entre os candidatos? Argumento a favor do sujeito = faz a prova outro dia para assegurar a sua liberdade religiosa. 
Argumento contra = a liberdade religiosa tem que ser levantada apenas para não cumprir um dever. Mas nesta hipótese do concurso, ele não é obrigado a fazer o concurso. Será que é lícito apresentar objeção de consciência diante de um direito, mas não de um dever? Será que pessoa não tem que se adaptar às regras razoáveis estabelecidas pela organização do concurso do Estado? 
Estado ser laico = neutro em matéria religiosa, porque isto é uma matéria privada – não pode estimular ou limitar esta liberdade. Será que um feriado religioso fere o Estado ser laico? A sociedade não teria a obrigação de ser laica. 
Exemplo: no preâmbulo da cf tem menção a Deus Constituição do Acre não reproduziu esta parte que refere proteção de Deus uma pessoa entrou com ação falando que a constituição do acre seria inconstitucional, porque não reproduziu a cf preambulo não tem força normativa. STF não quis dizer que preambulo é inconstitucional, então disseram que não tem força normativa. 
Não se pode proibir propaganda religiosa e antirreligiosa, desde que não sejam ofensivas. 
Não há contrariedade entre liberdade de expressão e liberdade religiosa = são complementares. A liberdade de expressão é fundamental para a liberdade religiosa. Para difundir uma religião, precisa da liberdade de expressão. 
Liberdade de expressão e a liberdade de pensamento
“opõe-se a liberdade de pensar, antes de mais nada, à coação civil. Indubitavelmente, se ouve dizer: a liberdade de falar ou de escrever pode nos ser tirada por um poder superior, mas este não pode fazê-lo com a liberdade de pensar. Mas quanto e com que correção poderíamos pensar, se por assim dizer não pensássemos em conjunto com os outros, a quem comunicamos nossos pensamentos enquanto eles nos comunicam os seus!”
· Identificação de Kant: não há liberdade de pensamento senão o pensamento em comunhão com os outros.
· “O PODER DE TODOS OS HOMENS EXPRIMIREM OU NÃO EXPRIMIREM O SEU PENSAMENTO POR QUALQUER MEIO E A PROIBIÇÃO DE TODOS OS IMPEDIMENTOS OU DISCRIMINAÇÕES A ESSA EXPRESSÃO QUER ESTES CONSISTAM EM IMPOR CERTAS EXPRESSÕES NÃO DESEJADAS (confissões ou declarações forçadas) QUER EM OBSTAR DETERMINADAS INFORMAÇÕES (impondo o silêncio)”
· A LIBERDADE DE PENSAMENTO DECORRE DE UM PRINCÍPIO GERAL: DIREITO GERAL DE LIBERDADE.
· CLÁUSULA GERAL QUE PERMITE DELA DERIVAR OUTRAS LIBERDADES NÃO EXPRESSAMENTE PREVISTAS.
Quanto à liberdade de emitir o pensamento vedada a censura. Há diferença entre liberdade de pensamento e liberdade de emitir o pensamento. Se proibirem a liberdade de emitir o seu pensamento, também afeta a liberdade de pensamento. Porque a pessoa tem que poder expressar seu pensamento para os outros. 
Seria afetar a liberdade de pensar de alguém limitar a liberdade de emitir o pensamento dos outros = porque precisamos ouvir os outros também para formar nossa maneira de pensar.
A capacidade de pensar é intangível, mas uma vez que esta pessoa está privada do conhecimento, seu pensamento vai ser mais restrito. Não teve oportunidade do dialogo. O pensamento se forma através de uma discussão. Quando se limita a liberdade de expressão, se limita a liberdade de pensamento. Liberdade de pensamento só é garantida em conjunto – pessoas tem que emitir pensamentos. 
Liberdade de expressão não pode ser tirada, porque isto afeta a liberdade de pensamento = não ter acesso ao conhecimento reduz as possibilidades de um sujeito pensar. 
· HISTORICAMENTE:
	 ART. 4º DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO DA REV. FRANCESA: A LIBERDADE CONSISTE EM FAZER TUDO O QUE NÃO PREJUDICA O OUTRO.
· PRERROGATIVA RECONHECIDA AOS SERES HUMANOS DEFORMULAREM JUÍZOS SOBRE FATOS E FAZÊ-LOS CONHECER, CASO ASSIM FOR DESEJADO.
· DAÍ DECORRE O DIREITO DE CRÍTICA
O reconhecimento das liberdades historicamente se dá a partir da revolução francesa (impacto universal). A lei é que define os limites da liberdade. Reconhecer liberdade de pensamento e de expressão é uma prerrogativa humana = temos direito de conhecer os fatos e fazer juízo sobre estes fatos. Tenho que conhecer os fatos e poder emitir juízo sobre os fatos = então direito de crítica tem que ser assegurado.
LIMITES À LIBERDADE DE EXPRESSÃO
· Dada a relevância para a democracia e o pluralismo político, a liberdade de expressão assume uma posição preferencial (Luís Roberto Barroso):
	 posição de vantagem em caso de conflito com outros bens jurídicos fundamentais.
Limites à liberdade de expressão: 
Em caso de conflito da liberdade de expressão com outros direitos, a princípio há de haver uma posição de vantagem da liberdade de expressão. Para restringir a liberdade de expressão, tenho que argumentar em sentido contrário. É a posição do Luis Roberto Barroso, mas na verdade isto não combina com o sistema jurídico brasileiro. 
· Art. 5, IX + art. 220, §2º: VEDAÇÃO À CENSURA e §1º. IMPEDE O LEGISLADOR DE EMBARAÇAR A PLENA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA.
· ADPF 130 – Lei de imprensa
Vedação à censura e legislador tem dificuldades em criar lei violando a liberdade de expressão.
ADPF 130 – lei de imprensa era uma lei do regime ditatorial. Lei de imprensa não foi recepcionada pela CF = não há qualquer possibilidade de censura. 
O que é censura?
Jonatas Machado: restrição prévia à liberdade de expressão realizada pela autoridade administrativa e que resulta na proibição de determinado conteúdo.
O que é a censura? Restrição prévia à liberdade de expressão realizada pela autoridade administrativa e que resulta na proibição de dado conteúdo. 
Exemplo: fico sabendo que vai sair no jornal reportagem que atenta contra minha honra será que posso entrar em juízo para evitar que esta matéria seja veiculada? 
Exemplo: sujeito sabe que biografia que vai ser publicada pode afetar sua honra – pode proibir a veiculação desta biografia?
Será que isto é censura? Censura é um ato da administração. Agora se é um juiz que está dizendo, fundamentando, dizendo que outro direito foi violado = juiz é o único legitimado para isto. O ministério da comunicação é que não pode mandar não publicar e pronto.
Se foi processo, se teve ampla defesa, se estão protegendo outros direitos = isto não é censura. 
Quando um juiz decide que não deve ser veiculada uma matéria, isto não se enquadra no conceito de censura. Censura é ato imotivado e da administração. 
· Art. 5, IV: vedação ao anonimato: STF MS 24.369: eventual responsabilização seria inviável.
· Vedação ao anonimato não exclui o sigilo da fonte (art. 5, inc. XIV) 
Artigo 5º, IV vedação ao anonimato. Restringe liberdade de expressão. 
Exemplo: lei em poa que queria vedar o uso de máscaras dizendo que a cf veda o anonimato não há esta correspondencia, porque a vedação do anonimato é quando o sujeito está escrevendo ou falando algo e não se identifica. Pessoa que está se manifestando não é um anônimo, basta que a polícia identifique ele. É diferente de escrever em um blog, em um panfleto e ninguém vai saber quem foi. 
Porém, vedação ao anonimato não exclui o sigilo da fonte. Sigilo seria uma extensão da privacidade. Quem daria uma informação para um jornalista, sabendo que depois ele revelaria o nome da pessoa? Preservação da fonte na questão da imprensa assegura a própria liberdade de expressão.
LIBERDADE DE PENSAMENTO E EXERCÍCIO ATRAVÉS DA IMPRENSA: DEVERES
1. Dever geral de cuidado: necessidade de acesso e exame das versões do fato. Dever de cautela exigida de toda conduta humana.
Liberdade de pensamento exercida através da imprensa gera alguns deveres. Embora haja o direito de informar e ser informado, a atividade da imprensa tem deveres. 
- Dever geral de cuidado: necessidade de acesso e exame das versões do fato. Dever de cautela exigida em toda conduta humana. É preciso checar a informação primeiro, não pode sair divulgando de qualquer jeito só para ser o primeiro a dar a notícia. Sem o dever de cuidado, a informação pode gerar danos irreparáveis. Imprensa tem que no mínimo checar a informação, ver se tem alguma verossimilhança. 
2. Dever de veracidade: não há o direito de mentir.
3. Dever de pertinência: adequação entre a versão informada e o fato. RELAÇÃO ADEQUADA ENTRE O FATO DA VIDA E O CONTEÚDO DA INFORMAÇÃO QUE A ELE SE REFERE.
- Dever de veracidade: não há direito de mentir. O jornalista não tem como apurar se é efetivamente verdade, na verdade é um juízo de verossimilhança. 
Exemplo: caso do Romário com conta na suíça seria verossímil ele ter a conta; agora divulgar que ele tem conta de dinheiro ilícito = é um problema. Faltou com o dever de cautela de checar a informação. 
- Dever de pertinência – adequação entre versão informada e o fato. Relação adequada entre o fato da vida e o conteúdo da informação que a ele se refere. Verificar se é pertinente divulgar aquele fato. Exemplo: para uma revista de fofoca publicar se fulano tem um caso – será que isto é pertinente? Para eles pode ser. Imprensa tem responsabilidade de identificar se tal informação é pertinente de ser divulgada. Exemplo: divulgar que neymar estava em um restaurante bebendo cerveja. 
1) A responsabilidade civil da imprensa deve ser aferida de modo subjetivo ou objetivo? Tenho que comprovar a má fé da imprensa, imprudência, culpa e negligencia? Ou ela é objetiva, independe de dolo ou culpa?
2) A divulgação de fatos verdadeiros pode ensejar responsabilidade civil da imprensa? Há ilicitude civil em divulgar fatos verdadeiros? 
Será que o decreto 20.098 fere o direito à liberdade de expressão? OU será que os manifestantes estariam abusando do direito de manifestação? 
04/09/2015 
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO EM GERAL
INFORMAÇÃO: O CONHECIMENTO DE FATOS, DE SITUAÇÕES, DE ACONTECIMENTOS DE INTERESSE GERAL OU PARTICULAR. 
IMPLICA, JURIDICAMENTE, DUAS PERSPECTIVAS:
1. A LIBERDADE DE INFORMAR: CORRESPONDE À LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO PELA PALAVRA ORAL, ESCRITA; e
2. A LIBERDADE DE SER INFORMADO: O INTERESSE DA COLETIVIDADE DE ESTAR INFORMADO PARA O EXERCÍCIO CONSCIENTE DAS LIBERDADES PÚBLICAS.
O que compreende a liberdade de informação? Conhecimento de fatos, de situações, de acontecimentos de interesse geral ou particular. 
Liberdade de informação se desdobra em dois aspectos:
- Liberdade de informar = liberdade de manifestação do pensamento, por palavra oral ou escrita. Seja de cada cidadão ou dos meios de comunicação. 
- Liberdade que o cidadão tem de ser informado = o interesse da coletividade de estar informada para o exercício consciente das liberdades públicas. 
Liberdade = se quiser se informar, a pessoa se informa = faculdade que tem de buscar conhecimento dos fatos. Esta liberdade se reveste em um direito = tenho o direito de ser informado = posso exigir a informação. A liberdade de ser informado e o direito de ser informado repercute na consciência da pessoa para que ele possa tomar as decisões adequadas. 
· ESSE DUPLO CARÁTER DIVIDE-SE EM 5 ELEMENTOS:
· 1. FACULDADE DE INVESTIGAR, 2. DEVER DE INFORMAR, 3. DIREITO DE INFORMAR, 4. DIREITO DE SER INFORMADO, e 5. FACULDADE DE RECEBER OU NÃO A INFORMAÇÃO.
Este duplo caráter do direito de informação se desdobra em 5 elementos:
- Assegurar o direito de investigar = é exercida mais vezes pela imprensa, mas esta liberdade não é só dos meios de comunicação, mas sim de todos os cidadãos. Exemplo: ter conhecimento dos gastos públicos. 
- Dever de informar = meios de imprensa não tem só um direito de buscar a informação, mas devem informar, isto está associado a uma função social que a imprensa tem. 
- Direito de informar
- Direito de ser informado
- Faculdade de receber ou não a informação 
Há o direito de ser informado (forma passiva = receber a informação); mas também tem o direito de o cidadão se informar,ele ir atrás da informação. 
Direito subjetivo = posso exigir que este direito seja implementado. Se eu tenho o direito de ser informado x alguém tem que ter o dever de me informar. Então existe esta função social dos meios de imprensa, da mídia. Exemplo: se mídia tem uma informação de que há corrupção em um governo – ela tem o dever de informar, para poder cumprir sua função social. Então mesmo que seja uma função privada, deve exercer sua função social. 
Mas ao mesmo tempo tenho o direito de não querer receber esta informação. 
SURGE O TEMA DA “ADEQUAÇÃO DA INFORMAÇÃO”,
· QUE ENVOLVE TANTO O RESPEITO À ORDEM JURÍDICA (NÃO VIOLAÇÀO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS) E TAMBÉM A ADEQUAÇÃO A CERTAS EXIGÊNCIAS, COMO POR EXEMPLO, DE HORÁRIO. 
Envolve tanto o respeito à ordem jurídica (não violação aos direitos fundamentais) e também a adequação a certas exigências, como por exemplo, de horário. 
Informação que respeita a ordem jurídica é aquela que não fere os direitos fundamentais. Uma informação que viola a privacidade de alguém, por exemplo, é inadequada. Este juízo é muito difícil de ser feito quando envolve pessoas públicas. 
Mas nem todos os direitos de personalidade são direitos fundamentais. Também devem ser respeitados os direitos de personalidade. 
Exemplo: divulgar uma notícia verdadeira é ilícito? Fundamento da responsabilização = questão da adequação da informação = será que é adequado informar isto, mesmo sendo verdadeiro? 
Exemplo: divulgar que deputado federal está sendo investigado por corrupção = isto é adequado informar.
Porém, os jornalistas tiveram acesso ao inquérito e descobriram que o sujeito tinha um apelido que era bambi. Isto não tem adequação, pertinência. Não tem adequação, porque o crime era financeiro e chamavam ele de bambi. Revelar o apelido intimo, ainda que verdadeiro, não é adequado. 
Ainda que informação verdadeira, pode resultar em responsabilização civil:
- dependendo se a informação é adequada 
+
- sentido da notícia (animus, objetivo da notícia) é informativo ou pejorativo? 
Quanto ao horário há regulamentação em relação ao horário, sobretudo em se tratando da programação televisiva. Exemplo: proteção da criança – não vai passar de manhã um filme pornográfico. Estabelecer grade de horário não implica censura, é uma regulamentação necessária para que haja adequação pertinência da informação. 
Tópica = pensar o direito a partir de problemas (quando há mais de uma solução para aquela situação). Direito resolve estes problemas através de tópicos (pontos de vista comuns já estabelecidos). Exemplo: um tópico é a boa fé. Estes tópicos não se submetem à lógica formal. Exemplo: a legislação também é um tópico. Mas os tópicos devem ser discutidos, não simplesmente aplicados mediante subsunção.
O ponto de partida do raciocínio jurídico é o problema, e não a lei. 
Para saber se a notícia é adequada, se informação é adequada = tenho que discutir a partir deste problema, não a partir da legislação civil. Daí vou argumentar a partir de tópicos, para saber se noticia é adequada. Será que notícia violou a ordem jurídica? Violou direitos fundamentais e direito de personalidade? O horário foi violado? A notícia é verdadeira? 
Lógica do razoável é que deve ser utilizada. A lógica subsuntiva não é suficiente. 
Exemplo: divulgar que o deputado é homossexual viola a ordem jurídica = porque é um direito de personalidade.
Exemplo: se ele está sendo investigado por crime sexual, divulgar o apelido intimo = pode ser adequada a informação. 
Deveres que decorrem da liberdade de informação: 
O dever de veracidade e de pertinência:
Dever de veracidade: uma relação adequada entre o conteúdo da informação e a realidade.
Surge uma obrigação aos órgãos de imprensa: o dever de, na medida do possível, separar:
i) Afirmações de fato 
ii) Juízos de valor (informações e comentários)
Eu tenho que saber o que é fato e o que é opinião de quem está informando. Isto tem que ser realizado na medida do possível. 
No campo da proteção à pessoa, se sobressaem os artigos 5º, V e X 
Estabelece uma responsabilização civil, em que se protege a pessoa diante dos riscos sociais, com a previsão de uma tutela repressiva e preventiva.
O direito civil se preocupando com as consequências públicas das ações privadas.
Se protege a pessoa em sua integridade física e moral. 
Só o fato de estar em um local público ou ser pessoa pública não significa que pessoa não tenha privacidade. A expectativa de privacidade até pode ser menor, porque sei que pessoas vão me ver. Mas não significa que podem me filmar e colocarem na internet, por exemplo. 
Há exigência da comprovação do prejuízo econômico que a pessoa sofreu?
Não, pode-se apresentar o dano em uma perspectiva interna, ainda que imperceptível a princípio a outras pessoas. 
Dano moral se exige prova do prejuízo? Não... o bem jurídico ofendido ocorre em uma perspectiva interna, não tenho como fazer esta comprovação. Não tenho como provar que me senti ofendido. 
Tem que ver se o fato é suficiente para ter ofendido alguém, mas não preciso fazer prova do dano moral. Exemplo: minha honra foi ofendida porque o sujeito me chamou de ladrão – isto é o suficiente para ter me ofendido. Não tenho como provar o dano interno. 
É diferente do dano material que eu tenho que provar. 
Súmula 403 do STJ 
Prova do prejuízo – indenização pela publicação de imagem de pessoa – fins econômicos e comerciais.
“Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.”
Pessoa que teve a imagem usada indevidamente precisa provar prejuízo? 
Exemplo: usam uma foto de um ator na argentina sem autorização dele = ingressou em juízo e ganhou indenização. Não precisa provar o prejuízo por terem usado a imagem dele, porque se pressupõe que quem fez o uso indevido da imagem obteve um lucro, uma vantagem econômica. 
Se pressupõe que quem usou a imagem para fins comerciais obteve uma vantagem indevida. 
Simples utilização da imagem sem autorização para fins comerciais já dá margem à indenização, porque alguém está tendo um enriquecimento indevido. 
A interpretação que se dá à autorização para o direito de imagem é restritiva. Exemplo: autorizou só a playboy a usar suas fotos, não a zero hora, nem mais ninguém. 
Definição do conteúdo da personalidade
Freud – personalidade estruturada ou composta por três grandes sistemas: 
- ID: sistema original, matriz consistindo em tudo o que é psicologicamente herdado, inclusive os instintos. Aquilo que é mais primitivo. 
- EGO: partindo do id, funciona como executivo da personalidade, controlando as direções de ação, selecionamos os aspectos do meio com os quais reagirá e decidindo quais os instintos a serem satisfeitos e de que modo. Age pensando em si próprio apenas, naquilo que quer realizar dos seus instintos. Aquilo que me satisfaz. 
- Superego: funciona como o representante interno e os valores e ideais da sociedade, reforçado pelas recompensas e castigos sociais, que habilita a pessoa a agir em harmonia com os padrões morais autorizados pelos agentes da sociedade. É um sensor, reprime certos instintos. Adequação do que eu quero com aquilo que é socialmente adequado. 
Quando se fala em direitos da personalidade = tutelando o modo de ser de cada um. Pode haver tutela preventiva ou repressiva = não preciso esperar que o direito seja lesado para poder buscar a sua proteção; também posso buscar a sua reparação quando já ocorreu a lesão. 
Exemplo: se eu sei que vai ser lançado biografia que vai lesar minha personalidade = posso buscar tutela preventiva = posso impedir a divulgação de um escrito. Mesmo que biografia não exija autorização, pessoa pode buscar esta tutela preventiva. 
Direitos de personalidade protegem integridade física, psíquica e moral. 
Também define-se como organização mais ou menos estável do caráter, parte intelectiva e física do individuo, que permite o seu ajustamento no ambiente.
É sempre é unitária, ilimitável e dinâmica. 
Devem ser ofertadas condições para que minhapersonalidade se desenvolva em sua capacidade máxima. 
Personalidade muda, se desenvolve. 
Contributo filosófico: 
Aqui está em causa a compreensão de que o homem não é um ser isolado, devendo ser consideradas as características que qualquer homem tem em comum com todos os homens e que assegura a dignidade + características próprias, individuais que distinguem cada pessoa das outras, atribuindo-lhes originalidade e irrepetibilidade. 
Devem respeitar a personalidade de cada um, para preservar sua dignidade, cada um tem suas particularidades.
· Ao cabo, o que se tutela é o real e o potencial físico e espiritual de cada homem em concreto, ou seja, o conjunto autônomo, unificado e dinâmico dos bens integrantes da materialidade física e espiritual de cada homem concreto. Tutela-se a realidade física e espiritual.
Deve ser respeitada integridade física, psíquica, emocional (valores imateriais que formam cada ser humano). 
Slide – direito à imagem 
Tem por conteúdo a reprodução das formas, dos gestos, de modo a identifica-la. Direito que a pessoa tem sobre a sua forma plástica e os respectivos componentes distintos que o individualizam dentro de uma sociedade.
O direito à imagem restringe-se à proteção jurídica da apresentação física da pessoa, na representação sensível do seu corpo sem o seu consentimento.
Pressuposto: reprodução não consentida gera o dever de indenizar (mesmo que não haja prova de dano algum) – se pressupõe que quem se vale da minha imagem sem autorização está obtendo um enriquecimento ilícito. 
Exemplo: voz também identifica a pessoa = atrelado ao direito à imagem. 
Exemplo: mostrar que pedestres atravessam fora da faixa = pode desfocar o rosto = viola o direito à imagem. O objetivo da informação era informar sobre pedestres imprudentes, não precisaria colocar o rosto dele = abuso na liberdade de informar. 
Direito à imagem está vinculado a qualquer elemento que possa identificar o sujeito. 
Exemplo: faz caricatura da dilma tem que observar o limite da sátira, da liberdade de expressão. 
Exemplo: sujeito da cpi entra em juízo para não permitir que vendam máscaras dele de carnaval. 
Proteção aos direitos da personalidade e pessoas públicas
São alvos da curiosidade e do interesse geral. 
Tensão: garantia de abertura à discussão x direitos da personalidade de tais indivíduos.
A crítica pública deve ser um direito e não um risco. 
Se toda crítica for reprimida por altas indenizações, isto gera uma autocensura – deixa de expressar opinião por medo de ter que indenizar depois. 
A liberdade de expressão é um direito, não um risco = não pode ter receio de expressar sua opinião por ter que indenizar alguém com uma quantia muito alta.
Mas tem que haver equilíbrio, não posso divulgar tudo, tenho que ver o que é adequado.
Pessoas públicas também têm privacidade, pode ser uma esfera menor, mas existe. 
Há pessoas que voluntariamente se colocam no espaço público; outros involuntariamente se tornam público, por algum fato da vida. 
Seria ilícita a divulgação de fatos ou juízos de valor, quando:
1. conhecimento ou suspeita fundada da falsidade das notícias; 
2. falta de indícios sérios de sua veracidade.
· Razoavelmente apoiado em evidências circunstanciais de que algo vai mal. Plausibilidade racional das denúncias – e não a prova cabal dos fatos noticiados.
· Legítimo interesse: condutas que integram a esfera íntima tem repercussões na esfera pública, relevantes para a avaliação pública do seu caráter pessoal, da sua capacidade para ocupar cargos públicos.
Exemplo: pode fazer uma marcha a favor da descriminalização da maconha; mas não pode fazer apologia ao uso da droga. 
11/09/2015 
O que é o Direito à honra?
CF no artigo 5º, X estabelece o direito à honra.
O Código penal traz crimes que podem ofender a honra = injúria, calúnia e difamação. 
Código civil = artigo 557, 953, 1573.
Então ofender a honra não é só um ilícito civil, mas também penal.
Honra objetiva = reputação no meio social. 
Honra subjetiva = sentimento que a pessoa ostenta em relação à sua integridade moral. 
Pessoas jurídicas só podem ser afetadas na honra objetiva = sua reputação pode ser afetada no mercado, no mundo dos negócios. Não teria honra subjetiva (sentimentos). Exemplo: protestar um título de uma pessoa jurídica indevidamente. A pessoa jurídica tem que comprovar o dano que sofreu. Exemplo: prova que em razão de uma notícia que saiu, em razão de algo que alguém falou que afetou sua honra objetiva, ela deixou de fazer um negócio – tem como calcular o quanto perdeu por sua honra objetiva ser afetada. Isto pode ser quantificado. 
Exemplo: se imprensa divulga que nike usa trabalho escravo = se for verdade, estaria dentro da liberdade de informar.
Se fosse mentira = em razão da noticia, deixou de vender produtos = pode ser indenizada por afetação ao direito à honra objetiva. 
O artigo 17 do CCB = veda divulgação de escritos, publicação, transmissão da palavra e publicação exposição ou utilização da imagem da pessoa... se lhe atingir a honra. 
Então o ccb proíbe publicações que atingem a honra do sujeito. 
Art. 953 = regula indenização por injuria, difamação ou calunia, reparando-se o dano patrimonial ou não. 
Artigo 557, III = revogação por ingratidão da doação se o donatário injuriou ou caluniou o doador. Doador precisa fazer prova da ofensa para poder revogar. 
Artigo 1557, I = anulação de casamento por erro essencial sobre a honra do cônjuge. O que seria erro essencial? 
Erro = Falsa percepção da realidade. Erro essencial = é um erro que determina a formação da minha vontade. 
Exemplo: compro um relógio achando que é de ouro = erro essencial = tenho uma falsa percepção da realidade que determinou a formação da minha vontade.
Um erro essencial sobre a pessoa = erra sobre uma característica determinante da pessoa que me levou a casar com ela.
Exemplo: josé Dirceu quando voltou do asilo fez um documento falso e casou com uma mulher que não sabia que ele era preso político, etc. = então é um erro essencial sobre a pessoa. 
Exemplo: sujeito fez vasectomia e a mulher dele não sabia. Fato de sujeito nunca ter revelado a ela que fez vasectomia = representou um dado sobre a honra dele. Erro essencial sobre a pessoa = ela achou que ele era honesto, mas ele era um mentiroso. 
Liberdade de Imprensa e direito à honra
Ponderação: função informativa.
Como fica a questão da liberdade de imprensa quando ofende a honra? Tem que ponderar a função informativa da imprensa. Para saber se houve ofensa a honra, tem que ponderar todo o direito e o dever de informar, dentro de alguns cuidados: dever de cautela, pertinência, função social da notícia. Se a notícia tem uma natureza informativa, não se pode pensar em direito à honra. Jornalista tem dever de checar a informação, mesmo que ela tenha sido dada por uma fonte “oficial”. 
O que acontece com o sujeito que tem a sua honra abalada?
Há o direito de resposta previsto na CF. 
· elevado à dignidade constitucional: a partir da Constituição de 1934, não obstante a liberdade de imprensa já constasse da Carta Política do Império do Brasil de 1824.
· CF/88: art. 5º, inciso V: regra impregnada de suficiente densidade normativa, revestida, por isso mesmo, de aplicabilidade imediata;
· Desnecessária, para efeito de sua pronta incidência, a “interpositio legislatoris”;
· A ausência de regulação legislativa, motivada por transitória situação de vácuo normativo, não se revela obstáculo ao exercício da prerrogativa;
Direito de resposta estava previsto também na lei de imprensa, mas esta foi revogada pela CF, foi o que o STF decidiu.
Se mantem o direito de resposta = elevado à dignidade constitucional desde 1934 já existia o direito de resposta na constituição. 
O artigo 5º, V, CF prevê o direito de resposta = esta regra é autoaplicável = impregnada de suficiente densidade normativa, revestida de aplicabilidade imediata.
Não precisa de lei para fazer com que incida o direito de resposta = desnecessário para sua pronta incidência a interpositio legislationis. 
O que significa o direitode resposta? = densidade normativa suficiente para atribuir, a quem se sentir prejudicado por publicação inverídica ou incorreta, direito, pretensão e ação cuja titularidade bastará para viabilizar, em cada situação ocorrente, a prática concreta da resposta e/ou retificação.
Função subjacente ao direito de resposta: restabelecimento e/ou na preservação da verdade. 
Exemplo: se sai que estou envolvido no petróleo = se não é incorreto, não tenho direito de resposta. 
Porém, se é plausível a notícia, mesmo que depois seja apurado que ela não é bem verdade = não tem direito de resposta.
Exemplo: dizem que Eduardo cunha pediu propina na câmara publicam isto na imprensa. Pela perspectiva da informação, isto não é considerado incorreto, porque é verossímil, plausível que ele tenha feito isto. Entao não teria direito de resposta. 
O que se exige da informação é que ela seja plausível, verossímil, não completamente verdadeira. 
A previsão do direito de resposta tem densidade normativa suficiente = peso jurídico suficiente = para que aquele que se sinta prejudicado tenha o direito de buscar em juízo o seu direito de resposta. Não precisa de lei autorizando que ele busque o direito de resposta. 
Direito de resposta se bifurca = serve para que o sujeito restaure sua honra, contando sua verdade (perspectiva subjetiva, individual) + mas há algo subjacente, as pessoas que recebem à informação tem direito de obter uma informação correta (perspectiva objetiva). 
Exemplo: notícia do Romário que tem conta na suíça divulgam isto falando que ele tem conta não revelada. Causa dano, porque davam a entender que ele era corrupto. 
· O direito de resposta/retificação traduz expressiva limitação externa;
· busca neutralizar as consequências danosas resultantes do exercício abusivo da liberdade de expressão; 
· função precípua: conter os excessos decorrentes da prática irregular da liberdade de informação e de comunicação jornalística e, de outro, restaurar e preservar a verdade pertinente aos fatos reportados pelos meios de comunicação social.
Dupla vocação:
- Proteção jurídica ao direito de resposta
Uma dupla vocação constitucional:
1. Preservar os direitos de personalidade
+
2. Assegurar a todos o exercício do direito à informação exata e precisa. 
Pluralidade de funções: 
- O direito de resposta como defesa dos direitos de personalidade
- O direito de resposta como direito de expressão e de opinião individuais = direito que a pessoa tem de se expressar. Exemplo: veja abriu espaço para o Romário se manifestar sobre a notícia – dar a sua versão. 
- O direito de resposta como instrumento de pluralismo informativo tenho que ter uma fonte de informação plural = tenho que ter acesso a todas as visões que o fato pode gerar. 
- O direito de resposta como dever de verdade da imprensa
- O direito de resposta como uma forma de sanção sui generis (sanção peculiar) ou de indenização em espécie obriga a imprensa a dar este direito de resposta, é uma sanção peculiar, porque não é só valor em dinheiro. Mas também indenização em espécie = tirar o dano = reparar o dano. 
O direito de resposta não exclui a possibilidade de reparação por dano moral. 
Duas características mais expressivas (Vital Moreira):
· “(...) a defesa dos direitos de personalidade (ou, mais genericamente, de um ‘direito à identidade’) e a promoção do contraditório e do pluralismo da comunicação social”.
Direito de resposta vai alcançar dois objetivos:
a) Proporciona a todos os que se considerarem afetados por uma noticia de imprensa um meio expedito, simples e não dispendioso de defender a sua reputação ou de fazer valer a sua verdade = todos que se sentem atingidos por noticia equivocada, podem ter o direito de resposta = para fazer valer sua opinião, sua versão sobre os fatos.
b) Permite a difusão de versões alternativas, facultando desse modo ao público o acesso a pontos de vista divergentes ou contraditórios sobre o mesmo assunto. 
Interesses tutelados pelo direito de resposta (qual bem jurídico protegido)
- Interesse eminentemente privatístico = direito à identidade pessoal = o direito de não ver deformado o próprio patrimônio moral, cultural, político, ideal, etc.
- Interesse publicístico = pluralidade de fontes e de informações, permitindo ao leitor julgar depois de ter ouvido a outra parte. 
Protege o interesse individual de quem ficou ofendido + protege interesse da coletividade em ter várias versões.
Titular do Direito de Resposta: 
· Na Argentina, a Suprema Corte acolheu utilização mais ampla do direito de resposta: caso: um famoso escritor concedeu entrevista em programa de televisão na qual emitiu conceitos considerados ofensivos a figuras sagradas da religião católica. A Corte assegurou o direito de resposta a um renomado constitucionalista, com a leitura de uma carta no mesmo canal de TV, baseando-se em um direito da comunidade cristã de apresentar o seu próprio ponto de vista sobre as mencionadas figuras. Considerou-se, na espécie, que o requerente atuou como substituto processual daquela coletividade.”
Quem tem direito não é especificamente o sujeito ofendido, mas outros sujeitos que possam se sentir ofendidos pela declaração ou afirmação. 
Exemplo: caso de uma ofensa a figuras da religião católica. Uma pessoa que se sentiu ofendida teve o direito de resposta. 
Uma utilização mais ampla do direito de resposta. 
Há uma inclinação da doutrina de que o direito de resposta seja mais amplo = todos que se sintam atingidos pela notícia podem responder. Mas não é o padrão das decisões judiciais. 
Outras pessoas também podem atingir em nome daquele que foi ofendido pela notícia = interpretação extensiva do direito de resposta. 
Direito de resposta não tem natureza só individual, mas há o direito de o público ter acesso aos outros lados da informação, outras opiniões. Há um aspecto também público do direito de resposta. 
Exemplo: chamam meu pai de ladrão = eu também posso me sentir afetado e buscar meu direito de resposta para proteger a honra dele e a minha também.
No caso da argentina – falaram mal da figura religiosa = pessoas que se sentiram ofendidas poderiam ter o direito de resposta. 
Será que um fã clube do Romário teria direito de resposta? 
Direito à informação verdadeira = é um direito difuso da sociedade. 
Se justifica o direito de resposta porque toda coletividade é titular do direito à informação verdadeira. 
· oponibilidade do direito de resposta a particulares : inteira submissão das relações privadas aos direitos fundamentais, 
· o que permite estender, com força vinculante, ao plano das relações de direito privado, a cláusula de proteção das liberdades e garantias constitucionais: eficácia horizontal dos direitos fundamentais
A quem posso opor o direito de resposta?
Oponibilidade a um particular. Reconhecimento da eficácia dos direitos fundamentais entre os particulares. Direito de resposta a particulares = inteira submissão das relações privadas aos dfs.
Isto permite estender, com força vinculante, ao plano das relações de direito privado, a cláusula de proteção das liberdades e garantias constitucionais = eficácia horizontal dos direitos fundamentais. 
Eficácia vertical dos dfs – cidadão x estado.
Eficácia horizontal – relação entre iguais – particulares – ambos vinculados aos dfs. 
Direito de personalidade = como os pertinentes à incolumidade da honra e à preservação da dignidade pessoal dos seres humanos = são limitadores constitucionais externos à liberdade de expressão.
Direito de resposta protege os direitos de personalidade.
Pacto de são josé da costa rica = também prevê o direito de resposta. Artigo 14. 
 Artigo 14 – Direito de retificação ou resposta
1. Toda pessoa atingida por informações inexatas ou ofensivas emitidas em seu prejuízo por meios de difusão legalmente regulamentados e que se dirijam ao público em geral tem direito a fazer, pelo mesmo órgão de difusão, sua retificação ou resposta, nas condições que estabeleça a lei.
2. Em nenhum caso a retificação ou aresposta eximirão das outras responsabilidades legais em que se houver incorrido.
3. Para a efetiva proteção da honra e da reputação, toda publicação ou empresa jornalística, cinematográfica, de rádio ou televisão, deve ter uma pessoa responsável que não seja protegida por imunidades nem goze de foro especial.”
Mesmo órgão de difusão = se fui ofendido na veja, vou responder na veja. 
Além do direito de resposta, posso ter também dano moral, posso ter responsabilização criminal, etc. 
Tenho que poder responsabilizar alguém = não pode ter imunidade no jornal para que ninguém seja responsabilizado.
Na cf = direito de resposta – art. 5º, V
- objetivo – evitar que imagem de pessoas físicas e jurídicas sejam afetadas
- permite que quem se sentiu ofendido apresente sua versão dos fatos – possibilita a apresentação de outra versão dos fatos (por quem se sentiu ofendido)
- correção dos equívocos, desfazer dúvidas
- instrumento para coibir abusos da liberdade de imprensa, de informação, mecanismo de proteção diante do mau uso da liberdade de informação, que macula a imagem 
- direito de resposta é um df constitucionalmente assegurado
- verdade jornalística é um dos fundamentos do estado de direito 
· DIREITO DE RESPOSTA: MECANISMO DE PROTEÇÀO DIANTE DO MAU USO DA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO;
· A CF GARANTE O DIREITO DE RESPOSTA, PERMITE A DEFESA DE QUEM SE ACHE OFENDIDO POR NOTÍCIA CAPCIOSA, INVERÍDICA, INCORRETA, ATRAVÉS DA IMPUTAÇÃO DE FATOS PREJUDICIAIS, NÃO COMETIDOS PELO OFENDIDO;
· É UM DIREITO JUSTIFICADO PELO RESPEITO AOS VALORES ÉTICOS QUE O SISTEMA JURÍDICO PROTEGE;
· DEVE SER PROPORCIONAL AO AGRAVO: ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA DIVULGAÇÃO DA INFORMAÇÃO DESABONADORA TEM O DEVER, A OBRIGAÇÃO DE DAR DESTAQUE IDÊNTICO AO NOTICIADO, RESERVANDO ESPAÇO PARA A MANIFESTAÇÀO A RESPEITO DA NOTÍCIA OU INFORMAÇÀO QUE GEROU O FATO ABUSIVO
O direito de resposta tem que ser proporcional ao agravo. Órgão responsável pela divulgação desabonadora tem o dever de dar destaque idêntico ao noticiado, reservando espaço para manifestação a respeito da notícia ou informação que gerou o fato abusivo. Exemplo: se foi a primeira página, direito de resposta tem que ser na primeira página.
Não posso extrapolar direito de resposta exemplo: não posso usar direito de resposta para ofender a pessoa que divulgou uma informação. 
25/09/2015 não vim na aula 
02/10/2015 
DIREITO DE ASSOCIAÇÃO
A CF/88 dá a faculdade de:
1. Constituir associações;
2. Ingressar em associações;
3. Abandonar associações e não se associar e
4. Auto-organização dos sócios e autonomia das atividades associativas 
Base constitutiva do direito de associação: 
1. Pluralidade de pessoas e ato de vontade
2. Finalidade da associação lícita 
3. Elementos espacial estabilidade 
Quando se reconhece o direito de se associar, o direito está reconhecendo dois modos que temos de atuar:
- Ser humano pode agir individualmente
- Ser humano pode agir coletivamente 
Posso praticar atos em meu nome individualmente, com base na minha personalidade civil, que advém com o nascimento. Tenho também a capacidade ou incapacidade. 
Modo coletivo de agir = me associo a outras pessoas e passo a agir coletivamente. Este modo coletivo de agir também tem uma personalidade jurídica própria artigo 45 do CCB. Adquire personalidade jurídica quando o ato constitutivo for registrado no cartório. Daí esta pessoa jurídica tem personalidade jurídica própria. Passa a ter autonomia em relação às pessoas físicas que a integram. Os atos que ela vai praticar são assumidos pela própria pessoa jurídica. 
Assim, vai haver autonomia patrimonial (patrimônio coletivo não se patrimônio individual dos associados – obrigações assumidas pela pessoa jurídica são respondidas pelo patrimônio da pessoa jurídica). 
Há também autonomia processual (quem vai ser demandado em juízo é a pessoa jurídica, e não os sócios = processar a pessoa jurídica não é a mesma coisa que processar o sócio). 
Há também autonomia para prática de atos jurídicos exemplo: quem faz o contrato é a própria pessoa jurídica, e não o sócio. 
Porém, as vezes a autonomia é relativizada e o patrimônio individual do sócio pode responder pelas obrigações assumidas pela pessoa jurídica. Artigo 50 do CCB – desconsideração da personalidade jurídica = confusão patrimonial ou desvio de finalidade. 
Para desconsiderar personalidade, preciso provar apenas a insolvência, ou teria que provar a confusão patrimonial ou o desvio de personalidade? 
No CDC, basta insolvência – teoria menor. 
No CCB, prevalece teoria maior – tem que provar a confusão ou o desvio de finalidade (abuso do modo coletivo de agir), não basta a insolvência. 
O direito de associação implica em reconhecer o modo coletivo de agir, direito que as pessoas tem de formar associações. 
Há também o direito que cada um tem de ingressar em associações, ingressar em qualquer tipo de pessoa jurídica, como partidos políticos, entidades religiosas, etc. 
Também sujeito tem direito de abandonar uma associação = posso sair da associação que ingressei, porque é um direito potestativo, ou seja é um direito poder, que ele exerce. Pode se desassociar a qualquer momento. 
O que a associação pode fazer em relação a isto? Não pode impedir que ele desassocie, porque é direito potestativo. 
Se ele está devendo mensalidade, pode cobrar, mas não pode obrigar ele a permanecer sócio. 
Também há o direito que o sujeito tem de não se associar. 
Há o direito de auto-organização = se associa livremente, e se tem autonomia para escolher a forma de constituição da associação. Mas autonomia não é absoluta, há alguns requisitos previstos no CCB que devem constar do estatuto constitutivo. Mas também aqui os direitos fundamentais tem que ser respeitados = eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
Exemplo: músico pertencia a uma associação e foi sumariamente excluído da associação, porque o conselho disse que ele cometeu infração ao estatuto e a pena seria exclusão do sócio = stf disse que ele podia ser expulso, mas tinham que garantir a ele contraditório e ampla defesa. Não pode o estatuto prever expulsão sumária, tem que garantir um procedimento mínimo, uma sindicância que dê chance para sujeito se defender. 
Sócio tem o direito de se desassociar, mas associação não tem direito de expulsar o sócio sumariamente. Assiste a ele o df ao contraditório e à ampla defesa. 
Autonomia nas atividades = associação tem o pleno poder de estabelecer os atos, atividades que vai praticar, desde que sejam atividades lícitas. 
Qual a base constitutiva do direito de associação? Existir uma pluralidade de pessoas. Pressupõe uma pluralidade de pessoas e invoca um ato de vontade.
Diferença entre direito de reunião e associação. A associação tem este aspecto de estabilidade. Diferente da reunião que é algo temporário (se reúnem por tantas horas e depois se extingue). É um modo coletivo de agir de modo estável. 
Exemplo: posso fazer uma reunião contra o aumento dos impostos – se reúnem por 15 dias na frente do palácio para protestar. É uma reunião, não tem finalidade estável, duradoura. Vai se extinguir, tem este propósito de terminar.
Diferente do direito de associação. Daí vai permanentemente praticar atos contra ao aumento dos impostos, de forma permanente. 
Exemplo: associação dos moradores fez várias melhorias no bairro – segurança, praças, etc. Se um morador daquela rua não faz parte da associação, será que ele vai ter que pagar por estas obras, que vão beneficiar também o imóvel dele? Será que mesmo não sendo obrigado a se associar, ele teria que pagar pelas obras? 
Direito de associação: 
Depende de quando comprou o imóvel? 
Depende do uso?
Depende da valorização?
Depende da fonte das obrigações? 
Enriquecimento sem causa? 
09/10/2015 
Internet: impulsiona liberdades 
1) Controles sobre o indivíduo 
2) Amplo espaço para liberdade de expressão, mas também (riscos de dano) 
3) Quem responde pelos danos? Provedor ou ator? 
4) Quem é o provedor? Aqueles que oferecem serviços ligados ao funcionamento da rede mundialde computadores 
5) Provedor: gênero – espécies
5.1) Backbone: estrutura da rede. Permite que terceiros usuário final se conectem 
5.2) De acesso: backbone acesso usuário 
5.3) Hospedagem – armazenam dados de terceiros 
5.4) Informação – produzem informações divulgadas na internet 
5.5) Conteúdo - disponibilizam na rede dados criados por usuários ou provedores de informação 
A internet impulsiona o exercício das liberdades individuais. A liberdade de expressão e comunicação se amplia através da internet.
Mas ao mesmo tempo que a internet impulsiona liberdade individual, sobretudo de informação, ela também impulsiona controles sobre o indivíduo.
Exemplo: questão da privacidade – quando acessa a rede não tem privacidade. 
Há uma ampliação do exercício da liberdade de expressão mas também controlam as liberdades individuais. 
Imagem e direito de personalidade ficam muito mais expostos isto amplia o risco de dano. 
Quem responde por estes danos no espaço virtual?
O provedor ou o autor do texto, ou quem publicou a imagem ou foto?
Exemplo: é o facebook ou a pessoa quem publicou a foto? 
Quem é o provedor? É todo aquele sujeito que oferece um serviço ligado à internet. Aquele que atua na internet oferecendo possibilidade de utilizar a internet. Provedor é um gênero, que se divide em várias espécies, que são adotadas pela jurisprudência brasileira. 
- Provedor de backbone = é um grande provedor que estrutura toda a rede da internet, que permite que um terceiro, comprando esta estrutura, vende para outra pessoa e daí o usuário final acessa. Alguém compra a estrutura do backbone (espinha dorsal – provedor).
- Depois tem o provedor de acesso – compra a estrutura do backbone e permite que um cliente acesse a internet. Usuário final tem relação com provedor de acesso. 
- Provedor de hospedagem – disponibiliza espaço para que eu hospede um site, um blog, etc. 
- Provedor de informação – portais que produzem e divulgam informações na internet. 
- Provedor de conteúdo – provedores que disponibilizam na internet dados produzidos pelo usuário ou pelo próprio provedor. 
MARCO CIVIL DA INTERNET – LEI 12.965/19
Artigo 5º - trata de dois tipos de provedores:
1. De acesso;
2. Aqueles que disponibilizam aplicações na rede 
Problema:
1. Como criar um sistema de responsabilização sem limitar a liberdade de expressão? Como conciliar permitir a liberdade de expressão, mas responsabilizar quem causa os danos (impunidade). 
2. Cabe ao provedor decidir sobre licitude do conteúdo divulgado 
Jurisprudências: 
1. Irresponsabilidade pelas condutas dos usuários – provedor – mero intermediário 
2. Responsabilidade civil objetiva pelo risco da atividade ou defeito na prestação de serviço
2.1. provedor deve monitorar e filtrar os conteúdos postados? 
2.2. Responde pelo risco? Não, isto extrapola risco que o provedor assume – não responde pelo que o usuário indevidamente posta. 
3. Responsabilidade civil subjetiva pela não retirada do conteúdo
3.1. Notificado pela “vítima”
3.2. Descumprimento de decisão judicial que ordena retirada? 
Não há dúvidas que o usuário que publica algo contra alguém é responsável. Se publica algo inverídico, etc. Será que o provedor também responde? Será que responsabilidade é objetiva ou subjetiva? 
Será que o provedor tem que filtrar os conteúdos que pessoas vinculadas a ele divulgam? Exemplo: quem é responsabilizado por algo divulgado no face – o facebook, o google? Será que ele filtra o que eu posto? quem gosta? 
Irresponsabilidade do provedor o provedor é um mero intermediário. Exemplo: pego meu celular da vivo e ofendo alguém telefonando – vivo não será responsabilizada, porque é só uma intermediária. Quem será responsabilizado é o agente do dano. 
16/10/2015
Marco civil e responsabilidade dos provedores:
1. Provedores de conexão: não são responsabilizados
2. Provedores de aplicações:
2.1 Ênfase: liberdade de expressão
2.2 Responsabilidade civil subjetiva caso haja ordem judicial
2.3 Isso impede a remoção independente de sentença judicial? Políticas de uso 
3. Exceções à regra geral de responsabilização:
3.1 Direitos autorais 
3.2 “Pornografia de vingança” notificação e agir diligente 
23/10/2015 
INFORMAÇÃO E CONTRATOS – DIREITO CIVIL E CONSUMIDOR 
Qual o papel da informação no campo do direito contratual?
Há o dever de informar?
Qual a consequência do descumprimento deste dever? 
Direito civil – informação decorre do princípio da boa fé 
- Artigo 422 – exigência da boa fé nas diversas fases da relação contratual: 
	.Pré contratual
	.Conclusão do contrato
	.Execução
	.Pós-contratual 
Boa fé subjetiva = ver se um sujeito específico sabia que o ato que ele estava praticando era lícito ou ilícito. 
No âmbito contratual e do consumidor o que está presente é a boa fé objetiva são estabelecidos certos critérios objetivos de correção, honestidade e lisura que devem ser seguidos por todas as pessoas nas relações contratuais, independente de eu concordar com os critérios ou não. Estabelece padrões de comportamento desejados socialmente que devem ser observados por todas as pessoas, independente do que elas pensam. 
Exemplo: propaganda do zeca pagodinho. 
- A boa fé objetiva cumpre as seguintes funções: 
	.Interpretativa: art. 113. 
	.Limitativa: art. 181. 
	.Integrativa: art. 422. 
- Deveres anexos: 
	.Proteção
	.Informação
	.Lealdade 
- Níveis de descumprimento e deveres contratuais:
1 Deveres principais – desfaz o contrato
2 Deveres secundários – pode gerar indenização, mas não desfaz o contrato 
3 Deveres anexos/ laterais – gera dever de indenizar (somente excepcionalmente pode gerar desfazimento do contrato) 
30/10/2015 
O que caracteriza o direito à informação no direito do consumidor? 
INFORMAÇÃO E DIREITO DO CONSUMIDOR
1962: JOHN KENEDY envia mensagem o congresso tratando da proteção dos direitos dos consumidores: consumidores somos todos nós. 
4 pontos básicos: direito à proteção, direito à opção, direito a ser ouvido na elaboração das políticas públicas e direito à informação.
- Direito à informação: reconhecido nas constituições. 
- Direito do consumidor: interesse público social. 
- A quem é oponível o direito à informação no campo do direito do consumidor. 
DIREITO À INFORMAÇÃO: no campo do direito do consumidor é direito à prestação positiva oponível a todo aquele que fornece produtos e serviços no mercado de consumo. 
No âmbito das relações privadas, a informação vincula-se ao princípio da boa-fé, gerando deveres anexos e no direito do consumidor?
Prestação principal integra a oferta: distinção entre vincular (CCB) e obrigar (CDC). 
A INFORMAÇÃO, QUE INTEGRA O CONTRATO DE CONSUMO, DEVE ATENDER CERTOS REQUISITOS: 
1. Adequação 
2. Suficiência
3. Veracidade
1. Adequação = relação de compatibilidade entre o meio e o conteúdo: meio compatível com o produto 
2. Suficiência = completude da informação 
3. Veracidade 
COGNOSCIBILIDADE destinatário consumidor típico

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