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TECNODOCENCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS

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30
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ 
 UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
CENTRO DE CIÊNCIAS E SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
 WANDERLANIA DE SOUZA PIMENTA
TECNODOCÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SENADOR POMPEU-CE
QUIXERAMOBIM-CEARÁ 
2018
WANDERLANIA DE SOUZA PIMENTA
TECNODOCÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SENADOR POMPEU-CE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Biológicas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de licenciada em Ciências Biológicas.
Orientadora: Prof.ª Dra. Muciana Aracely da Silva Cunha.
QUIXERAMOBIM-CEARÁ
 2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
 Universidade Estadual do Ceará
 Sistema de Bibliotecas
Pimenta, Wanderlania de Souza.
Tecnodocência no ensino de ciências: relato de experiência em Senador Pompeu-CE [recurso eletronico] / Wanderlania de Souza Pimenta. - 2018.
1 CD-ROM: il.; 4 - pol.
CD-ROM contendo o arquivo no formato PDF do trabalho acadêmico com 31 folhas, acondicionado em caixa de DVD Slim (19 x 14 cm x 7 mm).
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) -
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Graduação em Ciências Biológicas, Quixeramobim, 2018.
Orientação: Prof.ª Dra. Muciana Aracely da Silva Cunha.
1. Ferramentas tecnológicas. 2. Ensino e Aprendizagem. 3. Ensino de Ciências. 4. Profesores.
5. Contexto escolar. I. Título.
WANDERLANIA DE SOUZA PIMENTA
TECNODOCÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SENADOR POMPEU-CE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Biológicas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de licenciada em Ciências Biológicas.
Aprovada em: 15 de junho de 2018.
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que é tudo na minha vida.
A minha família, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
Ao meu noivo Alisson, que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, sempre me apoiando durante esta caminhada. 
Aos amigos e colegas, que sempre acreditaram em mim, em especial Maria Eduarda e Nasciso Guedes.
Aos meus tutores Lívia Galdino e Marcelo Pedrosa, por toda paciência e compreensão ao longo desta jornada.
A minha querida orientadora Muciana, por todo empenho e dedicação na elaboração deste trabalho.
As escolas Melvin Jones e Moreira Campos, por toda confiança depositada em mim.
As Universidades UAB e UECE, pelo acolhimento e por ter me proporcionado dias de aprendizagem muito ricos.
E a todos que direta ou indiretamente contribuíram na minha caminhada até aqui, muito obrigada!
RESUMO
Considerando um contexto educacional, onde a docência é resumida através de métodos e práticas tradicionais, cujo único objetivo é repassar conhecimentos independentemente das metodologias educacionais utilizadas, o presente trabalho buscou analisar a implementação de TDIC no ensino de Ciências em escolas da rede pública do Ensino Fundamental no município de Senador Pompeu (CE). Visto que a tecnodocência busca integrar novas tecnologias aos conhecimentos teóricos e práticos da docência como uma forma de interagir e facilitar a vida no contexto escolar. Para isso a metodologias foi dividida por etapas, na primeira etapa foi feito um levantamento das ferramentas tecnológicas disponíveis nas escolas afim de verificar sua disponibilidade. Na segunda parte foi elaborado um roteiro para observação de uma aula de ciências visando identificar as deficiências deixadas pelas metodologias e em seguida foi aplicado um questionário aos professores de ciências para verificar o nível de conhecimento dos mesmos a respeito do funcionamento das tecnologias digitais. Os resultados obtidos foram analisados com base em outros trabalhos publicados. Conclui-se que há necessidade de desenvolver novos métodos de ensino, onde o aluno deixe de ser um agente passivo e torne-se o agente ativo no processo de ensino e aprendizagem, para isso a inserção de tecnologias em sala de aula pode ser uma alternativa positiva, pois diante do apresentado facilita a aprendizagem dos alunos e oferece novas possibilidades de abordar os conteúdos estudados.
Palavras-chave: Ferramentas tecnológicas. Ensino de Ciências. Professores.
ABSTRACT
Considering an educational context, where teaching is summarized through traditional methods and practices, whose sole objective is to pass on knowledge independently of the educational methodologies used, the present work sought to analyze the implementation of TDIC in the teaching of Science in schools of the public primary school system in the municipality of Senador Pompeu (CE). Since techno-competence seeks to integrate new technologies with the theoretical and practical knowledge of teaching as a way of interacting and facilitating life in the school context. For this the methodologies were divided by stages, in the first stage was made a survey of the technological tools available in the schools in order to verify their availability. In the second part, a script was developed to observe a science class in order to identify the deficiencies left by the methodologies and then a questionnaire was applied to the science teachers to verify the level of knowledge about the functioning of the digital technologies. The results obtained were analyzed based on other published works. It is concluded that there is a need to develop new teaching methods, where the student ceases to be a passive agent and becomes the active agent in the teaching and learning process, for this the insertion of technologies in the classroom may be an alternative positive, because before the presented one it facilitates the learning of the students and offers new possibilities to approach the studied contents.
Keywords: Technological tools. Science teaching. Teachers
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO.........................................................................................
	8
	2
	REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................
	9
	2.1
	PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM.....................................
	9
	2.2
	CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL.............................................
	10
	2.3
	A TECNOLOGIA NO CONTEXTO ESCOLAR.......................................
	11
	3
	OBJETIVOS..............................................................................................
	13
	3.1
	GERAL........................................................................................................
	13
	3.2
	ESPECÍFICOS.............................................................................................
	13
	4
	METODOLOGIA.......................................................................................
	14
	4.1
	TIPOLOGIA DA PESQUISA......................................................................
	14
	4.2
	PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................
	14
	4.3
	ASPECTOS ÉTICOS...................................................................................
	15
	5
	RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................
	16
	5.1
	PERFIL TECNOLÓGICO DAS ESCOLAS................................................
	16
	5.2
	DESCRIÇÃO DAS METODOLOGIAS DE ENSINO.................................
	17
	5.3
	QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO.........................................................
	19
	6 
	CONCLUSÃO.............................................................................................. 
	22
	
	REFERÊNCIAS...........................................................................................
	23
	
	APÊNDICES.................................................................................................26
	
	APÊNDICE A - FICHA DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS.............
	27
	
	APÊNDICE B - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS.................
	28
	
	APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO................................
	29
	
	APÊNDICE D - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.............................................................................................
	
30
13
1 INTRODUÇÃO8
 
A educação, bem como o processo educativo, deve ser orientada por metodologias que permitam alcançar objetivos do ensino e de aprendizagem. No entanto, com as transformações da sociedade surgiu a necessidade de modificar as tradicionais formas de ensino, aprimorando constantemente as práticas e saberes docentes. Essa necessidade de desenvolver novas ações educativas deve estar inserida na formação do docente, permitindo desenvolver e aprimorar novas metodologias que possam ajudar na assimilação eficiente dos conteúdos relacionados ao ensino de ciências. O conhecimento científico associado ao ensino de Ciências, forma um indivíduo crítico, capaz de compreender a importância da ciência, da tecnologia e da sociedade. 
A escola e toda sua comunidade estão imersos em uma sociedade tecnológica, cujas ferramentas digitais estão presentes e prontas para serem usadas. Integrar as TDICs (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) a prática da docência se torna uma ação imprescindível para a sociedade e formação do professor. A tecnodocência busca integrar novas tecnologias aos conhecimentos teóricos e práticos da docência como uma forma de interagir e facilitar a vida no contexto escolar. Desta forma, as informações se tornam mais acessíveis, ampliando as possibilidades de ações do professor, possibilitando uma evolução estratégica e didática na forma ampla de construção do conhecimento científico.
O trabalho relata uma experiência vivenciada por mim no município de Senador Pompeu, a partir de um projeto de iniciação cientifica, proposto pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no qual participei como bolsista. O estudo tem como questão problema um contexto escolar carente em metodologias educativas nos processos de ensino e aprendizagem de ciências, visto que os professores de ciências se prendem a metodologias tradicionais.
 Dada a questão problema, a justificativa do estudo é inserir a tecnologia nas salas de aulas como alternativa para promover uma aprendizagem mais dinâmica e eficaz. Ainda vale ressaltar que nem todo conteúdo de ciências tem a possibilidade de ser trabalhado com as ferramentas. Essa alternativa visa motivar e incentivar os discentes a desenvolverem novas habilidades, facilitando a assimilação dos conteúdos e possibilitando a construção do conhecimento científico.
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Ensinar é a atividade que tem por finalidade que o outro obtenha o conhecimento. Para isso é preciso que o professor, sendo um transmissor de conhecimentos se utilize de métodos e técnicas adequadas. Aprender é o processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento. A aprendizagem é todo um processo de assimilação, onde o aluno com a orientação do professor passa a compreender, refletir e aplicar os conhecimentos adquiridos (Libâneo, 1994).
O processo ensino e aprendizagem pode ser compreendido como uma integração didática entre o educador e o educando, onde o objetivo é contribuir para a formação da personalidade crítica em ambientes formais e não formais de ensino. Nesta perspectiva, o ensino pode ser visto como uma competência adquirida e desenvolvida com segurança, integrando o contexto escolar de forma positiva (Libâneo, 1994). Desta forma, percebe-se que o ensino é o objeto de trabalho da didática e o professor deve lançar mão de recursos pedagógicos e didáticos para conduzir uma boa aprendizagem aos alunos. Além disso, o professor deve apresentar uma formação capacitada, onde haja domínio e segurança, só então a prática pedagógica irá alcançar os objetivos. 
Libâneo (1994, p. 76) afirma que ‘’a reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não resolve tudo’’. São necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer, além de uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar. Em todo processo de aprendizagem há uma interação social entre os indivíduos, na escola não é diferente. A relação professor-aluno é imprescindível para que ocorra o sucesso no processo de ensino e aprendizagem. 
De acordo com Haydt (1995, p.87)
Na relação professor-aluno, o diálogo é fundamental. A atitude dialógica no processo ensino-aprendizagem é aquela que parte de uma questão problematizada, para desencadear o diálogo, no qual o professor transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos prévios e as experiências, anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese que elucida, explica ou resolve a situação-problema que desencadeou a discussão.
9
Nérice (1987, p.285) define método de ensino como um “conjunto de procedimentos lógica e psicologicamente ordenados” utilizados pelo professor a fim de “levar 
o educando a elaborar conhecimentos, adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes e ideais”. Já as técnicas de ensino são “destinadas a dirigir a aprendizagem do educando, porém, num setor limitado, particular, no estudo de um assunto, ou num setor particular de um método de ensino”, portanto, o método de ensino é mais amplo que a técnica. As metodologias de ensino têm um papel fundamental no processo de ensino aprendizagem, pois integram estratégias de ensino, assim como técnicas e ações voltadas a diferentes situações vivenciadas em sala de aula, tendo como meta permitir que os alunos se apropriem de conhecimentos propostos. As mudanças que ocorreram na forma de ensino com o uso das tecnologias, os desafios impostos aos professores e as oportunidades com a inserção de novas formas e meios, exige dos professores novos métodos de ensino.
2.2 ENSINO DE CIÊNCIAS NO FUNDAMENTAL
O ensino de ciências naturais é muito importante para a formação crítica dos cidadãos, sendo fundamental na interpretação do mundo a sua volta. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências Naturais (BRASIL, 1997), o ensino de ciência permite introduzir e explorar as informações relacionadas aos fenômenos naturais, à saúde, a tecnologia, a sociedade e ao meio ambiente, favorecendo a construção e ampliação de novos conhecimentos. 
Sabe-se que uma das grandes deficiências no processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos de Ciências Naturais é a dificuldade dos estudantes na associação desses conteúdos com o seu dia a dia. Por isso, é importante o uso de novas metodologias que possibilitem aos estudantes fazer a associação desses conteúdos com o seu cotidiano. A importância de buscar formas mais eficientes de trabalhar os conhecimentos da área de Ciências é percebida quando os PCNs (1997) ressaltam a importância do ensino de Ciências Naturais na reconstrução da relação ser humano e natureza, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos encontramos em uma sociedade que supervaloriza o conhecimento científico, juntamente com suas tecnologias, o que é fundamental para a formação de um cidadão crítico. Mostrar a Ciência como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, para reconhecer o homem como parte do universo e como indivíduo, é a meta que se propõe para o ensino da área na escola fundamental. Segundo Fracalanza; Amaral e Gouveia (1986 p. 26-27)
10
[...] o ensino de ciências, entre outros aspectos, deve contribuir para o domínio das técnicas de leitura e escrita; permitir o aprendizado dos conceitos básicos das ciências naturais e da aplicação dos princípios aprendidos a situações práticas; possibilitar a compreensão das relações entre a ciência e a sociedadee dos mecanismos de produção e apropriação dos conhecimentos científicos e tecnológicos; garantir a transmissão e a sistematização dos saberes e da cultura regional e local.
Rosa, Perez e Drum (2007) ressaltam que o papel da escola e de seus respectivos profissionais é o de desenvolver ações educativas que instiguem, nos discentes, a curiosidade, o poder investigativo, a observação e a construção de conhecimentos. Ao longo do ensino fundamental a aproximação ao conhecimento científico se faz gradualmente. Nos primeiros ciclos o aluno constrói repertórios de imagens, fatos e noções, sendo que o estabelecimento dos conceitos científicos se configura nos ciclos finais. Ao professor cabe selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a promover um avanço no desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como ser social.
O ensino de Ciências, quando trabalhado de forma significativa, envolvendo atividades experimentais, práticas investigativas e produtivas, tem grande relevância na formação integral do indivíduo, é indispensável que os professores estejam cientes da importância de suas ações educativas, abrangendo na ação docente atividades diversificadas e práticas investigativas, em prol da formação de alunos e de um Ensino de Ciências de maior qualidade. Pode-se pensar que o ensino de Ciências deva contribuir para o próprio crescimento da ciência, garantindo a formação inicial e o estímulo à posterior profissionalização dos cientistas e técnicos aptos a dar respostas às necessidades sociais (CARMO, 1991).
2.3 A TECNOLOGIA NO CONTEXTO ESCOLAR
A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores (MORAN, 1995). Tal tecnologia educacional pode ser definida como um conjunto de técnicas, processos e métodos que utilizam meios digitais e ferramentas inovadoras como recursos de apoio aplicadas ao ensino, com a possibilidade de atuar de forma metódica entre quem ensina e quem aprende. 
O acesso às tecnologias da informação e comunicação está relacionado com os direitos básicos de liberdade e de expressão, portanto os recursos tecnológicos são as ferramentas contributivas ao desenvolvimento social, econômico, cultural e intelectual. A nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional propõe uma prática educacional adequada à realidade do mundo, ao mercado de trabalho e à integração do conhecimento. Desta forma, a utilização efetiva das tecnologias da informação e comunicação na escola é uma condição essencial para inserção mais completa do cidadão nesta sociedade de base tecnológica. A inserção da tecnologia na educação atua como instrumento facilitador e transformador do ensino tradicional, proporcionando diversas estratégias pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem. De acordo com Mainart e Santos (2010, p. 03)
A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade de ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é, por si só, garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e na memorização de informações.
Com a chegada dos recursos tecnológicos nas escolas, exige-se dos educadores uma nova postura frente à prática pedagógica. Conhecer as novas formas de aprender, ensinar, produzir, comunicar e reconstruir conhecimento, é fundamental para a formação de cidadãos melhor qualificados para atuar e conviver na sociedade, conscientes de seu compromisso, expressando sua criatividade e transformando seu contexto. Neste contexto o professor é fundamental no processo de aprendizagem, no qual a função deste é criar ambientes de aprendizagens adequados, a inovação não está restrita somente ao uso da tecnologia, mas sim na maneira de como o professor vai usar os recursos disponíveis, a questão é como criar métodos pedagógicos que levem a produção de conhecimento.
Diante das novas tecnologias disponíveis à educação, torna-se cada vez mais imprescindível a integração entre TDIC e docência no processo de ensino aprendizagem. Coll (2009) afirma que, em geral, o uso das TDICs na prática docente é coerente com os pensamentos pedagógicos dos professores. São utilizadas para apresentação e transmissão de conteúdos por profissionais que valorizam a prática centrada no professor. São utilizadas para promover atividades de exploração e questionamentos, por profissionais que apresentam uma visão mais ativa do ensino.
Compreende-se que as TDICs podem ser integradas aos demais conhecimentos vinculados à docência nos processos formativos. Desenvolve-se, a partir desse ideário o conceito de Tecnodocência como a sistematização de conhecimentos e seus princípios que se aplicam ao planejamento, à construção e à reflexão sobre as TDICs, vinculadas ao estudo epistemológico da ação integrada de ensinar, aprender e avaliar no contexto teórico e prático da docência.
3 OBJETIVOS
3.1 GERAL
Analisar a aplicação de TDIC no ensino de Ciências em escolas da rede pública do Ensino Fundamental no município de Senador Pompeu (CE).
3.2 ESPECÍFICOS
a) Verificar a disponibilidade de tecnologias digitais de ensino e aprendizagem;
b) Observar as abordagens metodológicas de ensino e aprendizagem utilizadas no cotidiano das aulas de ciências;
c) Diagnosticar as deficiências metodológicas utilizadas pelos professores de ciências dessas escolas; 
d) Averiguar o nível de familiaridade dos referidos professores em relação ao uso de tecnologias digitais em sala de aula;
e) Ponderar o uso das ferramentas tecnológicas no ensino de ciências afim de promover ensino e aprendizagem dinâmicos e eficazes. 
11
4 METODOLOGIA
4.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA
A pesquisa consiste em um estudo descritivo na forma de um relato de experiência, pois utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados, como questionário e observação (GIL, 2008). A grande contribuição das pesquisas descritivas é proporcionar novas visões sobre uma realidade já conhecida. 
4.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O estudo foi desenvolvido no município de Senador Pompeu-CE e teve como público alvo escolas da rede pública de ensino fundamental. A escolha das escolas teve como critério as séries de 6º a 9º ano.
A pesquisa foi dividida em três momentos: (a) levantamento das ferramentas tecnológicas disponíveis nas escolas; (b) observação das metodologias utilizadas pelos professores de ciências no cotidiano e; (c) elaboração de questionário investigativo. Quanto aos instrumentos para coleta de dados, foram elaborados: (1) uma ficha, discriminando quais tecnologias digitais as escolas oferecem; (2) um roteiro de observação das abordagens metodológicas, no intuito de averiguar quais metodologias são utilizadas no dia a dia dos professores de ciências; (3) um questionário, aplicado junto aos professores de ciências das escolas estudadas, como forma de analisar o conhecimento dos professores de ciências em relação as ferramentas tecnológicas. 
As fichas de ferramentas tecnológicas foram direcionadas e respondidas pelos gestores, neste caso pelos coordenadores das escolas, os questionários foram direcionados e respondidos pelos professores cujas aulas de ciências foram observadas nas escolas acima citadas. Ao final, observou-se quatro aulas de 50 minutos cada, nas séries do 8º ano da escola A e 9º ano da escola B ambos no turno da manhã. Por meio das fichas, procurou-se verificar a disponibilidade e quantidade de tecnologias presentes nas escolas, levando em conta a funcionalidade das ferramentas. Nas observações efetuadas, buscou-se entender a sala de aula, sob diferentes olhares, como as relações entre os sujeitos, o envolvimento dos alunos em relação às aulas de ciências, o conteúdo abordado, o objetivo e a abordagem utilizados na aula, bem como os recursos disponíveis e sua utilização, os processos de avaliação, as dificuldades apresentadas na abordagem dos conteúdos, entre outros. 
14Em relação ao questionário, o intuito foi compreender a familiaridade e a capacitação dos professores em relação ao uso de recursos tecnológicos, propondo para tal, X perguntas. Na análise dos dados obtidos, tratou-se de encontrar um elo de discussão entre as três frentes de investigação: as fichas, as observações e os questionários. Para isso foram consultadas outras bibliografias com similaridade de tema, afim de comparar as ideias de diferentes autores.
4.3 ASPECTOS ÉTICOS	
A resolução CNS 196 (1996) define o consentimento livre e esclarecido como “anuência do sujeito da pesquisa ou de seu representante legal, livre de vícios, dependência, subordinação ou intimidação, após explicação completa sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios e riscos que esta possa acarretar, formulada em um temo de consentimento, autorizando sua participação voluntária na pesquisa’’. Antes de responderem aos questionários os professores de ciências foram convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 4), o qual informava-os sobre o conteúdo da pesquisa. Araújo (2003) afirma que o consentimento é o livre exercício da autonomia do sujeito voluntário. Segundo o termo os mesmos tinham total liberdade de escolha de participar ou não do estudo, informamos ainda a importância dos dados para análise da pesquisa e sigilo dos dados pessoais.
15
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 PERFIL TECNOLÓGICO DAS ESCOLAS
Segundo Valente (1993) as tecnologias educativas são ferramentas que estão disponíveis e, quando bem utilizadas, produzem transformações significativas no processo de ensino e aprendizagem. A tabela abaixo contém os dados obtidos na aplicação das fichas de tecnologias disponíveis nas escolas, como podemos observar as escolas dispõem de várias ferramentas tecnológicas, levando em consideração sua funcionalidade. 
Tabela 1 – Quantidade de ferramentas digitais disponíveis nas escolas.
	Ferramenta
	Escola A
	Escola B
	1-Caixa de som amplificada
	2
	1
	2- Aparelho de dvd
	
	1
	3- Data show
	2
	1
	4- Televisão digital
	2
	2
	5- Scanner
	1
	1
	6- Impressora
	1
	1
	7- Maquina de xérox
	1
	1
	8- Câmera fotográfica
	1
	1
	9- Microscópio
	
	
	10- Notebooks
	2
	1
	11- Computadores
	1
	3
	12-Pendrive
	
	2
	13- Tablets
	
	
	14- Lousa digital
	
	
	15- Aluno online
	
	
	16- Email Institucional
	1
	1
	17- Blog/Chat
	
	
	18- Rede social
	1
	1
	19- Aplicativo educacional
	
	
	20- Plataforma interativa
	
	
 Fonte: elaborado pela autora
 
Neste contexto que as ferramentas tecnológicas se fazem presentes nas escolas, o que levaria a não utilização das mesmas nas salas de aulas? Nas escolas participantes do estudo foi apurado que muitas ferramentas não são usadas devido à falta de capacitação dos professores para trabalhar com certas tecnologias em sala de aula. Para Bastos (2000), o uso da tecnologia, assim, como o uso de qualquer outro recurso, sem planejamento, dificulta o trabalho do professor e a aprendizagem do aluno. De acordo com Silva e Garíglio (2008), o sucesso da inclusão da internet na escola inicia pela formação adequada do corpo docente, pois se os professores não tiverem o conhecimento específico da ferramenta, não terão como incluí-la em suas metodologias. Ambos os autores citam a falta de capacitação e planejamento como sendo um dos principais motivos para a ausência das ferramentas tecnológicas nas salas de aulas. Nesse sentido, a preocupação é encontrar uma forma que possa unir a tecnologia com a proposta pedagógica da escola em favor da aquisição de novos conhecimentos para os alunos. 
Segundo Miranda (2007) de fato o uso das tecnologias exige um esforço de reflexão e de modificação de concepções e práticas de ensino, que a maioria dos professores não está disponível para fazer. E não será tarefa fácil, pois é preciso esforço, persistência e empenho. Neste sentido o autor aborda o fato de mudanças necessárias em relações as concepções e práticas de ensino dos professores visto o uso eficaz das ferramentas tecnológicas nas salas de aula. O desafio do educador é transformar informações em conhecimentos, é desenvolver práticas adequadas a utilização dos recursos tecnológicos afim de facilitar e melhorar o desempenho dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.
5.2 DESCRIÇÃO DAS METODOLOGIAS DE ENSINO
O ensino de ciências envolve princípios teóricos metodológicos, estando estes sujeitos a transformações. Portanto, o desenvolvimento de metodologias para acesso ao conhecimento científico é de grande importância (ARMSTRONG, 2008). Nesta segunda etapa do estudo, a atividade proposta foi a observação de uma aula de ciências nas escolas selecionadas. A aula observada na escola A teve como objetivo conhecer e diferenciar as funções dos grupos de alimentos. A aula seguiu o plano proposto pela professora Estefânia, que inclusive é formada na área e atua como professora há mais de dez anos.
 A metodologia utilizada na aula de ciências pela professora Estefânia, baseia-se na utilização do livro didático como ferramenta principal para abordagem do conteúdo, ou seja, ela transcreve o conteúdo do livro para o quadro e depois faz uma explicação geral do assunto. A turma conta com cerca de trinta alunos, a maioria dos alunos se mostraram desinteressados, pois não costumam participar da aula, o que explica o baixo desempenho da turma nas provas. A professora possui ainda uma boa relação com a turma, diferente da relação dos alunos entre si, observei muitas brincadeiras desagradáveis e falta de respeito entre os colegas. Ao final da aula como forma de avaliação foi proposta uma atividade elaborada pela professora e ao final do semestre os alunos são avaliados através de provas. 
Durante a minha observação notei que os alunos demostraram certas dificuldades no conteúdo abordado, a meu ver a metodologia tradicional provocou cansaço e desânimo nos mesmos. De acordo com Saviani (1991), o método tradicional continua sendo o mais utilizado pelos sistemas de ensino. O método tradicional possui desvantagens, pois se torna difícil para o professor explicar a prática por meio de aulas expositivas, assim como para o aluno fica difícil pensar na aplicabilidade da teoria exposta (WEINTRAUB; HAWLITSCHEK; JOÃO, 2011). 
Vale ressaltar ainda as limitações encontradas na estrutura da sala de aula, como: má iluminação e ventilação e distância inapropriada do quadro. A deficiência de infraestrutura nas escolas segundo Satyro e Soares (2007, p.07) afeta diretamente a qualidade da educação. Para Beltrame (2009) quanto melhor forem as condições de conforto térmico nos ambientes de uma edificação, melhor será o desempenho de quem os ocupa e o aproveitamento didático dos alunos em sala de aula, por isso tornam-se necessárias a análise e avaliação do ambiente. Diante do apresentado fica evidente a necessidade de desenvolver novas metodologias de ensino adequadas a utilização das tecnologias nas salas de aulas, as escolas devem ser bem estruturadas, para isso tem que haver investimentos e qualificação para os profissionais da educação.
A aula observada na escola B teve como objetivo reconhecer e identificar misturas homogêneas e heterogêneas. O professor Gean Carlos seguiu o que foi planejado para a aula, o mesmo também tem formação na área e trabalha na escola há um ano. Sua relação com a turma é agradável, descontraída e bem-humorada. O professor apesar de trabalhar com a metodologia tradicional é bem dinâmico, primeiro revisa o que foi trabalhado aula passada, depois com o auxílio do livro didático e do quadro aborda o novo conteúdo de maneira clara e objetiva. 
A turma conta com vinte e cinco alunos, onde um aluno é surdo. A maioria dos alunos se mostrou interessada e participativa, uma certa minoria costuma atrapalhar a aula, o que a meu ver provoca um desempenho menor do que o esperado da turma. A turma se relaciona bem entre si, há brincadeiras para descontrair e poucos desentendimentos. Como forma de avaliar a classe o professor passouuma atividade do livro didático, como na escola A ao final do semestre são realizadas avaliações finais.
 Na observação da aula pude notar que os alunos têm bastante dificuldade na construção de conhecimentos científicos. Segundo Teixeira (2010), para que se alcance uma educação de qualidade esta deve estar atrelada ao conhecimento. Preto (1995) ao discutir o ensino de Ciências fala que o conhecimento cientifico é a maneira de se interpretar os fenômenos naturais, que a ciência faz parte da cultura presente na sociedade, sendo assim o desenvolvimento cientifico está cada vez mais acentuado.
Outro fator observado na aula foi a desmotivação dos alunos. Para Gil (2011), a motivação do aluno é um fator importante na determinação do sucesso na aprendizagem, assim como os hábitos de estudo podem influenciar o desempenho. O maior agravamento para a desmotivação desses alunos, desinteressados e entre outros fatores são as condições sócio- econômicas (boa renda familiar e estrutura familiar adequada), fazendo assim com que o rendimento desses alunos seja insatisfatório (MELLO, 2004). Ainda segundo Melo (2004), os professores também têm que cumprir seu papel de motivador na sala de aula e nem sempre é o que vemos nas escolas. Isso vem por uma série de fatores, uma delas é que o educador é desvalorizado profissionalmente; a gestão pública para investimento do educador é ineficiente; formação precária do profissional da educação.
As observações relatadas expõem a realidade que encontramos ultimamente nas escolas, aulas tradicionais, professores acomodados, alunos cansados. A concepção tradicional que Mizukami (1986) expõe, está centrada no professor, onde o método de ensino é expositivo e espera-se que o aluno responda de forma automática. O uso de materiais didáticos e recursos de ensino colaboram com a prática pedagógica do professor uma vez que as aulas se tornam menos tradicionais, e com isso tende-se a chamar mais atenção dos alunos, tornando os conteúdos mais atraentes, facilitando o aprendizado, e consequentemente motivando mais o professor.
O ensino de ciências contribui não apenas para ampliar o repertório de conhecimentos das crianças, mas auxilia a desenvolverem habilidades e valores que lhes possibilitam continuar aprendendo, atingindo patamares mais elevados de cognição (LIMA e MAUÉS, 2006). Deve-se ressaltar ainda que as ciências contribuem para o desenvolvimento intelectual das crianças, contribuindo para o desenvolvimento de competências e habilidades que favorecem a construção do conhecimento científico. Diante das observações descritas fica evidente a necessidade de propor novos métodos educativos, afim de resgatar o interesse dos alunos.
5.3 QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO
O questionário, segundo Gil (1999, p.128), pode ser definido “como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas e etc.’’. Ao analisar os questionários respondidos, notou-se certa semelhança nas respostas dos professores, como por exemplo o fato de ambas as escolas não prestarem assistência aos professores em relação ao uso das ferramentas tecnológicas na sala de aula. Outro fato que chama atenção é a utilização e disponibilidade das tecnologias nas escolas, ou seja, tanto a professora da escola A quanto o professor da escola B já trabalham com algumas ferramentas tecnológicas em sala de aula quando disponíveis. Por fim os professores responderam que não possuem capacitação quanto ao uso das ferramentas digitais, mas gostariam de participar de uma capacitação para empregar de forma correta e eficaz as ferramentas nas aulas de ciências, afim de facilitar a aprendizagem dos alunos tornando a aula mais dinâmica e interativa, o que refletiria em uma melhoria no processo de ensino e aprendizagem. 
Ao final do estudo eu repassei a gestão das escolas os resultados dos questionários aplicados no intuito de buscar, junto aos gestores novas possibilidades de os professores trabalharem as tecnologias em sala de aula, visto a melhoria na aprendizagem dos alunos. Ambas as escolas ficaram de buscar em outras localidades cursos de capacitação para que os professores possam fazer e dar continuidade no trabalho de inserção das tecnologias em sala de aula. A tecnologia está nas escolas e precisa ser utilizada adequadamente, para isso as escolas devem contribuir com a capacitação dos professores, pois quando o conhecimento está associado a tecnologia transforma qualquer ambiente escolar.
Através da interpretação dos dados podemos concluir que a tecnologia está presente nas escolas e sua nova linguagem nos permite enfrentar a dinâmica dos processos de ensinar e aprender, contemplando com maior ênfase, a capacidade de aprender novas habilidades, assimilar novos conceitos, avaliar melhor novas situações, lidar com o inesperado, exercitando a criatividade e a criticidade. Por meio da utilização das tecnologias, a associação das práticas pedagógicas, juntamente com o aprendizado, representa uma possibilidade a mais para os professores, pois estimula o aprendizado, de modo que os participantes desse processo passam a investigar as soluções para os problemas e para as situações em estudo. Essa nova maneira está relacionada a uma nova visão de construção do conhecimento, em um processo que envolve todos os participantes, professores e alunos, superando as formas tradicionais na relação de ensino-aprendizagem (BRIGNOL, 2004). 
21
O uso das tecnologias torna-se importante na motivação, participação e interação entre os alunos. As tecnologias podem trazer hoje, informações de forma rápida e atraente, mas não substituem o papel do professor que é ajudar o aluno a interpretar esses dados, relacioná-los e contextualizá-los. O professor tem um grande número de opções metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com seus alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com os alunos presencialmente ou virtualmente e de avaliá-los. Moran (2000) expõe que cada docente deve encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos. Pode-se dizer que não é a tecnologia em si que causa a aprendizagem, mas a maneira como o professor e os alunos interagem com ela. As novastecnologias não vêm para substituir o professor, mas para contribuir com a prática docente, no processo ensino e aprendizagem. Cabe ao professor saber utilizar essas ferramentas e através delas formar cidadãos capazes de identificar e compreender as teorias que norteiam o paradigma tecnológico da comunicação e informação.
5 CONCLUSÃO
Podemos concluir que as tecnologias já estão presentes nas escolas e que é notório os inúmeros benefícios que a mesma incorporada ao processo de ensino e aprendizagem nos proporciona atualmente. Eu falo em relação a nova forma de ensinar e consequentemente de aprender, perante as mudanças culturais e de valores da sociedade, provocando novas formas de acesso ao conhecimento, tornando os cidadãos mais críticos, dinâmicos e competentes. 
Analisando este ponto se faz necessário saber usufruir desses recursos tecnológicos, de modo que eles contribuam para a melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Para isso é necessário aliar as tecnologias às novas metodologias de ensino, tornando esse processo eficaz, fazendo com que todas as informações trazidas pelos alunos sejam transformadas em conhecimentos. É nesse momento que o professor deixa de lado seu antigo papel de detentor do conhecimento e passa a ser o mediador, facilitador, de modo que os alunos, antes sujeitos passivos, passem a ser sujeitos ativos do processo de ensino e aprendizagem, explorando as informações, e construindo seu conhecimento. Para isso é necessário dar maior suporte formativo ao professor para desenvolvimento de novas metodologias adequadas a utilização das ferramentas tecnológicas. O uso das ferramentas por si só não é capaz detransformar o processo de ensino e aprendizagem, mas se cada um fizer seu papel dentro do seu contexto escolar proporcionará a melhoria no processo de ensinar e aprender.
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REFERÊNCIAS
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25
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APÊNDICES
APÊNDICE A – ficha de ferramentas tecnológicas
	Ferramenta
	X
	Quantidade
	1-Caixa de som amplificada
	
	
	2- Aparelho de dvd
	
	
	3- Data show
	
	
	4- Televisão digital
	
	
	5- Scanner
	
	
	6- Impressora
	
	
	7- Maquina de xérox
	
	
	8- Câmera fotográfica
	
	
	9- Microscópio
	
	
	10- Notebooks
	
	
	11- Computadores
	
	
	12-Pendrive
	
	
	13- Tablets
	
	
	14- Lousa digital
	
	
	15- Aluno online
	
	
	16- Email Institucional
	
	
	17- Blog/Chat
	
	
	18- Rede social
	
	
	19- Aplicativo educacional
	
	
	20- Plataforma interativa
	
	
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APÊNDICE B – Roteiro de observação das aulas
· Fazer uma leitura da aula, destacando objetivos, clareza, coerência e adequação;
· Observar a postura, conhecimento e metodologia adotada pelo Professor;
· Observar o interesse, participação, relacionamento e desempenho do aluno;
· Observar as interações: professor – classe, professor – aluno, aluno – aluno;
· Observar o procedimento metodológico do professor, se é: adequado, coerente, diversificado, bem como os recursos efetivamente disponibilizados durante as aulas;
· Observar a Avaliação quanto à forma e à sistematização;
· Analisar os conteúdos das séries que constituem dificuldades de Aprendizagem, assim como a elaboração de projetos didáticos de intervenção, neste sentido. Observar tipologias de aula, objetivando sanar as dificuldades de aprendizagem diagnosticadas.
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APÊNDICE C – Questionário investigativo
1. A escola em que você trabalha presta alguma assistência quanto ao uso das ferramentas tecnológicas? Se sim, que tipo de assistência?
__________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Você utiliza as ferramentas tecnológicas na sala de aula?Justifique sua resposta.
__________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Enquanto professor de ciências, você percebe-se apto a trabalhar com ferramentas tecnológicas em suas aulas? Justifique.
__________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Caso tivesse oportunidade de participar de algum curso de formação voltado ao uso de ferramentas tecnológicas, você optaria por utilizá-las em sala de aula? Se sim, fale sobre os objetivos em que se baseariam suas aulas, nesse caso.
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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APÊNDICE D – Termo de consentimento livre e esclarecido
Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa “Tecnodocência no Ensino de Ciências: Relato de experiência em Senador Pompeu-CE”. Os objetivos deste estudo consistem em realizar um levantamento das metodologias utilizadas pelos professores de Ciências do Ensino Fundamental em escolas públicas desta cidade. 
Caso você autorize, você irá atuar, enquanto participante e colaborador da pesquisa, na resolução de um questionário que nos levem a refletir sobre os aspectos negativos e obstáculos associados ao processo de ensino e aprendizagem de conteúdos de ciências, bem como na formulação de metodologias estratégicas que ajudem a suprir as deficiências ora apontadas. 
A sua participação não é obrigatória, de forma que a recusa em colaborar não trará prejuízos em sua relação com a pesquisadora ou com a instituição em que trabalha. Os riscos quanto a participação nesse estudo reside na possibilidade do participante sentir-se intimidado ou sob estado de crítica, dentre outros. No entanto, tudo foi planejado para minimizar tais riscos. Ademais, se você apresentar desconforto emocional, dificuldade ou desinteresse poderá interromper a participação e/ou se comunicar com o pesquisador responsável por ela, caso haja interesse em sanar alguma dúvida e/ou obter maiores informações sobre a pesquisa.
Você não receberá remuneração pela participação. As respostas ao questionário serão divulgadas de forma a não possibilitar sua identificação. Qualquer dúvida a pesquisadora ficará disponível para esclarecê-las.
Eu,___________________________________________________________ declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios da minha participação nesta pesquisa, sendo que:
( ) aceito participar do questionário 
( ) não aceito participar do questionário 
Senador Pompeu, ___ de __________ de 2018.
___________________________________________________________________
Assinatura
 
 
UNIVE
RSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ 
 
 
UNIV
ERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
 
CENTRO DE CIÊNCIAS E SAÚDE 
 
CURSO DE
 
GRADUAÇÃO EM
 
CIÊNCI
AS BIOLÓGICAS
 
 
 
 
WANDE
RLANIA DE SOUZA PIMENTA
 
 
 
 
 
 
TECNODOCÊNCIA 
NO ENSINO DE CIÊNCIAS: RELATO DE 
EXPERIÊNCIA EM SENADOR POMPEU
-
CE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUIXERAMOBIM
-
CEARÁ
 
 
201
8
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ 
 UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
CENTRO DE CIÊNCIAS E SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 WANDERLANIA DE SOUZA PIMENTA 
 
 
 
 
 
TECNODOCÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: RELATO DE 
EXPERIÊNCIA EM SENADOR POMPEU-CE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUIXERAMOBIM-CEARÁ 
2018

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