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EMPREENDEDORISMO MODULO I

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Prévia do material em texto

Prof. Esp. Nosser Igor Lima Cavalcante 
 
 
PALAVRA DO PROFESSOR-AUTOR 
 
 
Caros alunos, 
 
O desenvolvimento do empreendedorismo é cada vez mais nítido quando 
observamos a quantidade de organizações que são abertas a cada ano no Brasil, sejam 
empresas fornecedoras de bens duráveis ou de consumo, ou empresas prestadoras de 
serviço. 
O problema consiste na falta de informação que, muitas vezes, se torna o grande 
vilão e contribui para o fracasso dessas organizações. 
Este material foi desenvolvido com o intuito de promover o conhecimento sobre 
a origem do empreendedorismo, sua importância, bem como as habilidades necessárias 
em um empreendedor. Assim, você no futuro poderá possuir o seu próprio 
empreendimento e estará contribuindo com o futuro da nação através da geração de 
emprego. 
Ao ler este material de apoio, você, caro aluno, contará com o subsídio que 
aperfeiçoará o seu conhecimento. Como complemento à sua formação, você deverá 
participar on-line, através de atividades como fóruns de discussão, chats, wikis, 
visualização de vídeos, etc. 
Um grande abraço e bom estudo! 
 
Nosser Igor Lima Cavalcante 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
A cada dia, um número muito grande de organizações são fundadas. É possível 
perceber esse fenômeno quando damos uma volta em nosso bairro e visualizamos uma 
padaria que antes não existia, um mercantil onde é possível encontrar quase tudo, uma 
loja de material de construção ou mesmo uma academia ou uma oficina mecânica que 
surgiu devido à demanda dos moradores da área. 
Muitos desses empreendimentos surgem de uma demanda latente das pessoas da 
região, ou mesmo porque alguém resolveu arriscar a sorte em um negócio que conhece, 
ou não. O fato é que a probabilidade de sucesso é maior quando existe conhecimento 
sobre o investimento; quando quem coloca o negócio acredita que dará certo e luta para 
que isso aconteça, quando há poder de liderança para convencer os colaboradores de 
que sua ideia dará certo e que o sucesso depende de todos que compõem a organização, 
desde o fornecedor até chegar ao cliente final, aí sim a possibilidade de sucesso 
aumenta. 
O empreendedorismo nasceu de um risco que Marco Polo, viajante mercador, 
resolveu correr ao associar-se a um capitalista e negociar suas mercadorias. Hoje, 
embora num contexto de globalização onde as trocas são muito rápidas, os riscos ainda 
existem. 
No curso de Administração de Empresa, a disciplina de Empreendedorismo tem 
o intuito de apresentar um pouco mais sobre a origem, conceitos, habilidades, liderança, 
motivação e etapas para a elaboração de um plano de negócios. 
Os objetivos gerais dessa disciplina é permitir que os alunos possam adquirir 
conhecimentos sobre os fundamentos do empreendedorismo, assim como das principais 
práticas de gestão aplicadas pelas organizações (com ou sem fins lucrativos), tendo em 
vista a busca da excelência de desempenho. 
Caberá à disciplina Empreendedorismo, fazer com que os alunos possam 
produzir, a partir das informações, os conhecimentos necessários para o 
desenvolvimento das seguintes competências: 
• senso de empreendedorismo; 
• senso de responsabilidade social como um futuro empreendedor; 
• senso crítico e capacidade de contextualização; 
• capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas; 
• comunicação e expressão; 
• desenvolvimento ético e pessoal; 
• trabalho em equipe. 
Busca também: 
• o desenvolvimento da visão sistêmica da gestão a partir dos fundamentos de 
excelência adotados nos modelos nacionais para avaliação da gestão nas organizações; 
• a exploração e o conhecimento das principais práticas de gestão - bem como os 
respectivos resultados - aplicadas em organizações reconhecidas como “classe 
mundial”; 
• o desenvolvimento da capacidade de transferir conhecimentos obtidos para o 
ambiente de trabalho e seu campo de atuação profissional a partir de diferentes modelos 
organizacionais; 
• o estímulo à busca por autoconhecimento e percepção de si mesmo, por meio 
de questionamentos colhidos da experiência concreta individual e coletiva; 
• o conhecimento dos principais comportamentos e atitudes normalmente 
observados em empreendedores de sucesso; 
• o conhecimento do processo de criação de um novo empreendimento e do 
desenvolvimento do plano de negócio como apoio; 
• o conhecimento dos comportamentos e atitudes frequentemente encontrados 
em empreendedores corporativos; 
• a conscientização da importância de praticar, na vida, os conteúdos adquiridos 
no curso, para que as competências mencionadas nos objetivos gerais deste plano sejam 
plenamente desenvolvidas, 
• o estímulo ao desenvolvimento de comportamentos e atitudes empreendedoras 
nos alunos. 
INTRODUÇÃO 
 
O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI 
mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX (TIMMONS, 1990). 
Como você definiria empreendedorismo? 
O empreendedorismo, termo bastante usado atualmente em artigos, seminários e 
palestras (talvez pela evolução da sociedade, da tecnologia e da globalização), se tornou 
o foco de nossa curiosidade, pois sabe-se que ele é um grande aliado do 
desenvolvimento econômico e das inovações. 
Existem muitas pesquisas sobre o tema e a maioria acredita que o 
empreendedorismo seja um dom-nato da pessoa, fruto de hábitos, costumes valores, 
práticas e convivência com outras pessoas com a mesma habilidade. 
Empreender é mais complexo do que se subestima. Ao futuro empreendedor, são 
estabelecidas regras e meios que, se seguidos, minimizarão erros comuns cometidos por 
jovens empreendedores. 
O empreendedor é muito importante na sociedade. Ele acredita em seus sonhos 
e, na busca de sua realização, abre novas frentes de trabalho e faz a economia andar e 
impulsionar um pequeno bairro, uma cidade e assim por diante. Dolabela (2000) 
ressalta que o empreendedor pode ser considerado como o motor da economia, pois ele 
é quem faz a economia girar. 
A busca por transformar um sonho em realidade faz com que cada vez mais 
pessoas se lancem em um novo negócio, muitas vezes sem conhecer a realidade do 
mercado, estando assim mais sujeitos ao fracasso. Do desejo de não se interromper um 
sonho, surge a necessidade de se fazer um documento em que serão descritas as 
características e aquilo que a empresa pretende ser. Esse documento recebe o nome de 
plano de negócios. 
O plano de negócios ainda não é muito utilizado no Brasil por questões culturais, 
mas em outros países, principalmente da Europa, ele é muito utilizado e aprovado pelos 
seus usuários. A divulgação do plano de negócios entre a sociedade é primordial para 
um país como o Brasil, onde pessoas com espírito inovador estão constantemente 
buscando realizar seus sonhos. 
O plano de negócio é um “caminho das pedras” entre tantas possibilidades ao 
futuro empresário. 
Elaborar um documento como esse é visualizar previamente a empresa pronta, 
como serão seus recursos financeiros, tecnológicos, sua estimativa média de produção, 
futuras vendas, entre outros. 
Neste trabalho apresentado, demonstraremos passo a passo, o que é ser 
empreendedor e o desenvolvimento de um plano de negócio. 
 
 Material de Apoio 
 
É de extrema importância que o aluno consulte os sites a seguir para poder se atualizar 
com os conceitos do empreendedorismo: 
 
<www.empreenderparatodos.adm.br>; 
<www.dolabela.com.br>; 
<www.sebrae.com.br>; 
<www.redeincubar.org.br>; 
<www.planodenegocios.com.br>; 
<www.seusnegocios.com.br>; 
<www.geranegocio.com.br>. 
 
 
EMPREENDEDORISMO 
 
MÓDULO 1 – PERFIL DO EMPREENDEDOR 
O sucesso de um empreendimento inovador não depende de “mágica” e sim de uma 
série de fatores e condições – tanto pessoais, como do negócio – que o empreendedor 
deve levar em consideração antes de iniciá-lo. 
Você sabe o que caracteriza uma pessoa empreendedora? 
Você é um empreendedor? 
Estas sãoperguntas que você poderá responder a partir do estudo deste módulo. 
Você conhecerá melhor seu comportamento empreendedor. 
 
Este módulo é composto de três capítulos: 
 O PERFIL DO PROFISSIONAL EMPREENDEDOR 
 O CENÁRIO ECONÔMICO E O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 
 CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR 
 
 
CAPÍTULO 01 – O PERFIL DO PROFISSIONAL EMPREENDEDOR 
 
1.1. CONCEITO DE EMPREENDEDOR E EMPREENDEDORISMO 
 
O termo empreendedor (entrepeneur) é de origem francesa e significa “assumir 
riscos e começar algo novo”. Já o termo empreendedorismo tem sua criação atribuída ao 
escritor e economista Richard Cantillon (séc. XVII), pois foi um dos primeiros a 
distinguir o empreendedor (pessoa que assume riscos) do capitalista (fornecedor de 
capital). 
Em 1814, o economista francês Jean-Baptiste Say usou o termo “empreendedor” 
para identificar o indivíduo que transfere recursos econômicos de um setor de baixa 
produtividade para um setor de produtividade mais elevada. O autor enfatizou ainda a 
importância do empreendedor para o bom funcionamento do sistema econômico. 
Schumpeter (1984), economista austríaco, defendeu o papel do empreendedor e 
seu impacto sobre a economia. Ele definiu o termo como alguém com desejo e potencial 
de converter uma nova ideia ou invenção em uma inovação bem sucedida, tendo como 
principal tarefa a “destruição criativa”. Para o autor, o empreendedor é capaz de 
modificar a economia introduzindo novos produtos ou serviços no mercado. 
Um empreendedor é capaz de conceder a algo já existente uma nova 
funcionalidade. Constantemente empenha-se em descobrir oportunidades para inovar, 
sem medo de assumir riscos. Aquele que empreende, além de ser capaz de detectar 
oportunidades rentáveis, também busca informações e conhecimentos, pois entende que 
esse é o caminho para o êxito do seu negócio. 
Para Chiavenato (2005), ser empreendedor é ser uma pessoa com sensibilidade e 
“tino” financeiro para os negócios; é ser dinâmico e realizador de propostas; é alguém 
que inicia e opera um negócio para realização de uma ideia ou um projeto pessoal, 
assumindo riscos, responsabilidades e, enfim, inovando em sua área de atuação. 
Segundo Carvalho (1996, p.79-82), 
[...] os empreendedores são indivíduos que têm a capacidade de criar algo 
novo, assumindo responsabilidades em função de um sonho, o de obter 
sucesso em seu negócio, estas pessoas são ousadas, aprendem com os erros e 
encaram seu negócio como um desafio a ser superado; têm facilidade para 
resolverem problemas que podem influenciar em seu empreendimento, e 
mais, identificam oportunidades que possibilitam melhores resultados; são 
pessoas incansáveis na procura de informações interessadas em melhorias 
para o seu setor ou ramo de atividade, elevando ao máximo sua gestão. 
De acordo com Bernardi (2010), a ideia de um empreendimento surge da 
observação, da percepção e da análise de atividades, tendências e desenvolvimentos, na 
cultura, na sociedade, nos hábitos sociais e de consumo. Assim também as 
oportunidades detectadas, racional ou intuitivamente, nas necessidades e nas demandas 
prováveis (atuais e futuras), bem como nas necessidades não atendidas, para o autor, 
definem o conceito de empreendimento. 
No Quadro 1.1 apresentamos um quadro-resumo, onde se destaca a definição de 
empreendedor por diversos autores ao longo do tempo. 
Quadro 1.1: Conceitos de empreendedor ao longo do tempo 
 Origina-se do francês significa “aquele que está entre” ou “estar entre”. 
Idade Média Participante e pessoa encarregada de projetos de produção em grande escala. 
Século XVII Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato de valor fixo com o 
governo. 
1725 Richard Cantillon – a pessoa que assume riscos é diferente da que fornece capital. 
1803 Jean Baptiste Say – lucros do empreendedor separado dos lucros do capital. 
1876 Francis Walker – distingue entre os que forneciam fundos e recebiam juros, e aqueles que 
obtinham lucro com habilidades administrativas. 
1934 Joseph Shumpeter – o empreendedor é um inovador e desenvolve tecnologia que ainda 
não foi testada 
1961 David McClelland – o empreendedor é alguém dinâmico que corre riscos moderados 
1964 Peter Drucker – o empreendedor maximiza oportunidades. 
1975 Albert Shapero – o empreendedor toma iniciativa, organiza alguns mecanismos sociais e 
econômicos, e aceita riscos de fracasso 
1980 Karl Vésper – o papel do empreendedor pode ser delineado de diversas formas e tende a 
apresentar-se diferente sob diversas perspectivas. Para um economista, um empreendedor 
é aquele que junta recursos, trabalho, materiais e outros ativos em uma combinação 
que aumenta seu valor, e também aquele que introduz mudanças, inovações e uma 
“nova ordem”. Para um psicólogo, é uma pessoa tipicamente guiada por algumas forças: 
necessidade de obter algo, experimentar, realizar, insubordinar-se. Um político contrário 
pode ver o empreendedor como um subversivo difícil de controlar, enquanto um político 
favorável pode vê-lo como uma pessoa que encontra meios efetivos de realizar coisas. Para 
um homem de negócios, o empreendedor pode se revelar uma ameaça, um competidor 
agressivo, enquanto para outro pode ser visto como um aliado, uma fonte de suprimento, 
um consumidor ou alguém digno de receber investimentos 
1983 Gofford Pinchot – o intraempreendedor é um indivíduo que atua dentro de uma 
organização já estabelecida. 
1985 Robert Hisrich – o empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, 
dedicando o tempo e os esforços necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos 
e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação 
econômica e pessoal. 
 Fonte: Adaptado de Hisrich, 2009 
 
Até o presente momento, não há uma definição única sobre 
“empreendedorismo”. Há, no entanto, um consenso nos diversos idiomas em que é 
empregado, onde o termo sugere inovação, risco, criatividade, organização e riqueza. 
É importante lembrar que o fato de conhecermos acerca do empreendedorismo 
não nos garante a posição de empresários geniais, como Steve Jobs ou Bill Gattes, 
porém nos possibilita a noção de como ter melhores empresas e sermos melhores 
empresários. 
Os empreendedores são os heróis populares da moderna vida empresarial, a qual 
depende deles para progredir. Atualmente, empreendedores já não são vistos apenas 
como provedores de mercadorias que não interessam e que são movidos unicamente por 
lucro em curto prazo. Ao contrário, são compreendidos como energizadores que 
assumem riscos necessários em uma economia em desenvolvimento e produtiva. 
São eles os que geram empregos, que introduzem novidades e incitam o 
crescimento econômico. Os empreendedores são os agentes do processo criativo que 
impulsionam e alavancam o mercado constantemente, criando novos produtos e 
serviços, sobrepondo aos antigos métodos outros mais eficientes e de menor custo. 
Embora alguns autores utilizem o termo empreendedor para caracterizar somente 
os fundadores de empresas, Maximinano (2006) adora uma definição mais abrangente, 
que inclui todos os sócios-proprietários ativos que gerenciam empresas. Desta maneira, 
insere membros da segunda geração de empresas familiares e proprietários que 
compraram empresas já existentes de seus fundadores. 
Existem várias definições de empreendedorismo, mas todos os autores 
concordam que empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em 
conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita 
implementação dessas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. 
A ideia de espírito empreendedor está de fato associada a pessoas realizadoras, 
que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios. Embora 
existam empreendedores em todas as áreas da atividade humana, em seu sentido restrito, 
a palavra designa a pessoa que cria uma empresa. 
Segundo Ragonezi(2004, p. 14), empreendedorismo pode dizer pelo menos três 
coisas: 
1) A capacidade individual de empreender - a capacidade de tomar a 
iniciativa, buscar soluções inovadoras e agir no sentido de encontrar a solução para 
problemas econômicos ou sociais, pessoais ou de outros, por meio de empreendimentos. 
2) O processo de iniciar e gerir empreendimentos - o conjunto de conceitos, 
métodos, instrumentos e práticas relacionadas com a criação, implantação e gestão de 
novas empresas ou organizações. 
3) O movimento social de desenvolvimento do espírito empreendedor - é o 
movimento social para a criação de emprego e renda, que recebe o incentivo dos 
governos e instituições de diferentes tipos. 
A partir dessa compreensão, Silva (2002, p. 22) apresenta alguns conceitos 
divididos em duas categorias: aspectos individuais e aspectos sociais. 
Conceitos que destacam o aspecto individual: 
 Empreendedorismo é um comportamento e não um traço da 
personalidade (DRUCKER, 2001, apud SILVA, 2002). 
 Tem uma conotação prática, mas também implica atitudes e ideias. 
 Significa fazer coisas novas, ou desenvolver maneiras novas e diferentes 
de fazer as coisas (INEMPRE-FEJAL, 2000, apud SILVA, 2002). 
 Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza 
visões (FILlON, 1991, apud 
 SILVA, 2002). 
 Empreendedor é alguém que possui a capacidade de sonhar e de 
transformar esses sonhos em realidade (NASCIMENTO, 2000, apud 
SILVA, 2002). 
Conceitos que destacam o aspecto social: 
 Um empreendedor, para ter sucesso, deve ter capacidade para julgar, 
perseverança e um conhecimento do mundo tanto quanto do negócio. 
Ele deve possuir a arte de superintendência e administração (SAY, 1803, 
apud SILVA, 2002). 
 Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar 
oportunidades de negócios, prover recursos necessários para pô-las em 
vantagens, e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso 
(MEREDITH e NELSON, 1982, apud SILVA, 2002). 
 Associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e ao 
aproveitamento de oportunidades em negócios (SCHUMPETER, 1934, 
apud SILVA, 2002). 
 
1.2. HISTÓRICO DE EMPREENDEDORISMO E ESPÍRITO 
EMPREENDEDOR 
 
Quem é um empreendedor? O que é empreendedorismo? O que é uma trajetória 
empreendedora? 
Essas perguntas, que são feitas com frequência, refletem o crescente interesse 
nacional e internacional nos empreendedores, em quem eles são e em como causam 
impacto em uma economia. Apesar de todo esse interesse, uma definição concisa e 
internacionalmente aceita ainda não surgiu. O desenvolvimento da teoria do 
empreendedorismo é paralelo, em grande parte, ao próprio desenvolvimento do termo. 
De acordo com Hashimoto (2006) o primeiro uso do termo “empreendedorismo” 
foi registrado por Richard Cantillon, em 1755, para explicar a receptividade ao risco de 
comprar algo por um determinado preço e vendê-lo em um regime de incerteza. Jean 
Baptiste Say, em 1803, ampliou essa definição – para ele, empreendedorismo é aquele 
que transfere recursos econômicos de um setor que produz menos para um setor que 
tenha produtividade mais elevada e com maior rendimento, ficando, portanto, 
convencionado que quem abre seu próprio negócio é um empreendedor. 
A palavra entrepreneur é francesa e quer dizer aquele que assume riscos e 
começa algo novo. Hisrish (1986) apud Dornelas (2005) faz uma análise histórica do 
desenvolvimento da teoria do empreendedor. 
Para ser um empreendedor, é muito importante saber que por trás de novas 
ideias que vêm revolucionando a sociedade, existe muito mais do que visão de futuro e 
talento. Também é necessário fazer uma análise, um planejamento estratégico-
operacional e ter capacidade de implementação, elementos essenciais no sucesso de 
empreendimentos inovadores. Empreender tem uma natureza prática incontestável e, 
sem dúvida, existem pessoas com um talento nato para isso. 
Segundo Dornelas (2005, p. 15), “o empreendedor é aquele que faz as coisas 
acontecerem, se antecipa os fatos e tem uma visão futura da organização”. 
Durante o século XX, surgiu a maioria das invenções que revolucionaram o 
estilo de vida das pessoas. Elas eram frutos de algo inédito ou uma nova forma de 
utilização das coisas que já existiam, mas que ainda não haviam sido pensadas. E é claro 
que, por trás dessas invenções, existiam pessoas com características especiais e que 
queriam algo diferente. 
Empreendedores são pessoas motivadas e apaixonadas pelo que fazem, que 
querem ser reconhecidas e admiradas. Esses empreendedores estão revolucionando o 
mundo, eliminando barreiras tanto comerciais quanto culturais, globalizando e 
renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho, quebrando 
paradigmas e gerando riqueza para a sociedade. 
O fato é que o empreendedorismo finalmente começa a ser tratado no Brasil com 
certa importância, seguindo o exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, onde os 
empreendedores são os grandes responsáveis pela economia do país. 
O dinamismo empresarial, o rápido crescimento econômico, o alto índice de 
desemprego e as baixas taxas de inflação nos levam à conclusão de que o 
empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, criando emprego e 
prosperidade. 
O empreendedorismo no Brasil começou na década de 1990, e seus principais 
responsáveis foram o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(Sebrae) e a Sociedade Brasileira para Exportação de Software (Softex). O ambiente 
político-econômico do país não era propício, e o empreendedor praticamente não tinha 
informações que lhe auxiliassem na jornada empreendedora. 
Na Idade Média, o termo empreender foi utilizado para definir a pessoa que 
gerenciava grandes projetos de produção usando os recursos disponíveis, geralmente do 
governo do país. 
Século XVII 
O empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar 
algum serviço, fornecer produtos e, como geralmente os preços eram prefixados, 
qualquer lucro ou prejuízo era só do empreendedor. Richard Cantilon (escritor e 
economista) é considerado um dos criadores do termo empreendedorismo. 
Século XVIII 
Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram diferenciados, devido ao 
início da industrialização que ocorria no mundo. 
Séculos XIX - XX 
Os empreendedores foram confundidos com os gerentes ou administradores (o 
que ainda hoje acontece). São analisados somente pelo ponto de vista econômico, como 
pessoas que organizam a empresa, planejam, dirigem e controlam as ações 
desenvolvidas na organização. 
 
1.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO EMPREENDEDORISMO 
O empreendedorismo pode apresentar vantagens e desvantagens para aquele que 
for empreender. 
 
Entre as principais VANTAGENS temos: 
a) Geração de enorme ganho financeiro pessoal, o que pode ser verdade se o 
empreendedor for, de fato, uma pessoa preparada e ciente de suas reais capacidades e 
limitações. 
b) Capacidade de geração de emprego e aumento do crescimento econômico. 
c) Encorajamento do processamento de materiais locais em bens acabados para 
consumo doméstico, bem como para exportação. 
d) Capacidade de estimular uma competição saudável, que gera a criação de 
produtos de maior qualidade. 
e) Estímulo ao desenvolvimento de novos mercados. 
f) Promoção do uso de tecnologia moderna em pequena escala. 
g) Fabricação para estimular o aumento de produtividade. 
h) Encorajamento de pesquisas e estudos, bem como o desenvolvimento de 
máquinas e equipamentos modernos para consumo doméstico. 
i) Desenvolvimento de qualidades e atitudes empreendedoras entre potenciais 
empreendedores, os quais podem contribuir para mudanças significativas em áreas 
distantes. 
j) Liberdade em relação à dependência do emprego oferecido por outros. 
k) Redução da economia informal. 
 
Entre as principais DESVANTAGENS temos: 
a) Requer muito trabalho, horas de dedicação e energiaemocional. 
b) Tensão inerente ao se dirigir um negócio próprio. 
c) Ameaça constante de possibilidade de fracasso. 
d) Os empreendedores precisam assumir os riscos relacionados ao fracasso. 
 
 
Atividades de aprendizagem 
 
1. Pesquise casos de empreendedores que foram bem sucedidos no mundo com ideias 
simples e de baixo custo. É importante que você cite quais foram as suas invenções e 
qual foi o material utilizado. 
2. Aproveite também para realizar uma pesquisa e citar os casos mais recentes de 
empreendedorismo no Brasil. 
 
 Material de Apoio 
 
É de extrema importância que o aluno consulte o site a seguir para poder se atualizar e 
ampliar seu conhecimento com os conceitos do empreendedorismo: 
 
LINK: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/viewFile/612/522 
 
https://seer.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/viewFile/612/522
CAPÍTULO 02 – O CENÁRIO ECONÔMICO E O EMPREENDEDORISMO NO 
BRASIL 
 
O empreendedorismo no Brasil teve 
início com a chegada dos portugueses, a 
partir do século XVII, época em que foram 
realizados os mais diversos 
empreendimentos, como os executados por 
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de 
Mauá. Até hoje, ele ainda é reconhecido 
como uns dos primeiros grandes 
empreendedores do Brasil. 
A seguir, você poderá conferir 
algumas ações que elucidam a importância do 
Barão de Mauá neste contexto: 
a) Organização de companhias de 
navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no 
Amazonas. 
b) Implantação, em 1852, da primeira ferrovia brasileira entre Petrópolis e Rio 
de Janeiro. 
c) Implantação de uma companhia de gás para a iluminação pública do Rio de 
Janeiro, em 1854. 
d) Inauguração do trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia 
pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora, em 1856. 
O empreendedorismo no Brasil teve início na década de 1920, com o 
desenvolvimento de mais de 4.000 indústrias subsidiadas, protegidas e que possuíam 
autorização do governo contra a concorrência internacional. No ano de 1936, o então 
presidente Getúlio Vargas constituiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a 
primeira estatal no Brasil e, em 1960, no seu segundo mandato, criou o Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e a Petrobras, estabelecendo assim o 
incentivo à iniciativa privada. 
No governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), o Plano de Metas permitiu a 
abertura da economia brasileira ao capital estrangeiro (isentando o pagamento de 
tributos para a importação de máquinas e equipamentos), implantação da indústria 
CURIOSIDADES 
Em 17 de julho de 1972, 
por iniciativa do BNDE e do 
Ministério do Planejamento foi 
criado o Centro Brasileiro de 
Assistência Gerencial à Pequena 
Empresa (Cebrae). Nos governos 
Sarney e Collor (1985-1990), o 
Cebrae enfrentou uma série de 
crises que o enfraqueceu como 
instituição. Em 9 de outubro de 
1990, o Cebrae foi transformado 
em Sebrae pelo decreto 
nº 99.570, que complementa a 
Lei nº 8029, de 12 de abril. 
 
 
Para conhecer a história do 
SEBRAE, acesse: 
http://www.sebrae.com. 
br/customizado/sebrae/ 
institucional/quem-somos/ 
historico/ 
automobilística no ABC paulista e o desenvolvimento da indústria naval. Foi um 
período bastante marcante para o empreendedorismo no Brasil. 
Em 1972 foi criado o CEBRAE que, em outubro de 1990, passou a ser chamado 
de Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Na década 
de 80 surgiu a primeira iniciativa quanto ao ensino de empreendedorismo, através da 
Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, com a 
disciplina “Novos Negócios”. Outra grande contribuição foi dada pela Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul, a qual inseriu a disciplina “Criação de Novas Empresas” 
no curso de Ciência da Computação. 
A partir da década de 1990, o empreendedorismo no Brasil ganhou destaque 
com a abertura da economia. A partir da criação do SEBRAE (antes CEBRAE e agora 
melhor organizado) e do SOFTEX (Sociedade Brasileira de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas), o empreendedorismo foi alavancado. A crise econômica do final do século 
passado, a desestabilização empregatícia e a abertura dos mercados iniciaram esse 
movimento revolucionário no nosso país. 
Ao longo do século XX outros empreendedores também deixaram sua marca na 
história do empreendedorismo brasileiro: 
Attílio Francisco Xavier Fontana – criou o Grupo Sadia (atual Brasil Foods, 
resultado da fusão entre Sadia e Perdigão). 
Valentim dos Santos Diniz – fundador da rede de supermercados Pão de 
Açúcar, revolucionou o varejo com novas formas de atendimento ao cliente, alterações 
nos sistemas de embalagem, refrigeração, técnicas de venda, publicidade e 
administração, influenciando padrões de consumo e comportamento. Ele transformou o 
que era apenas uma doceria no ano de 1948, em um grande grupo. É dono das marcas 
Pão de Açúcar, Extra, Compre Bem, Sendas, Assai e Ponto Frio. 
José Ermírio de Moraes – responsável pela transformação da Sociedade 
Anônima Votorantim em um grande conglomerado, que atua em diversos segmentos, 
tais como: têxtil, siderúrgico, metalúrgico, produtos químicos e cimento. 
De acordo com pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor 
(GEM) e divulgada pelo SEBRAE, em 2010, o Brasil apresentou a maior taxa de 
empreendedorismo dos países que compõem o G20, grupo das maiores economias do 
mundo e o BRIC (grupo que reúne os emergentes Brasil, Rússia,Índia e China). 
Em 2010, o Brasil atingiu a taxa de empreendedorismo de 17,5% para 
empreendimentos 
de até 3,5 anos, contra 15,3% verificados em 2009. Constata-se, então, que a 
cada 100 brasileiros, aproximadamente 17 empreenderam no ano passado. 
É importante ressaltar que a TEA (Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial) 
brasileira também foi maior do que a de países como Austrália (7,8%) e Estados Unidos 
(7,6%). 
 
Atividades de aprendizagem 
 
1. Agora que você já sabe um pouco mais sobre as mudanças que vêm ocorrendo 
nesse nosso mundo “globalizado”, procure pesquisar, na internet, ou ainda através dos 
materiais disponíveis nas outras disciplinas do Curso, qual a situação atual do setor de 
alimentos nos cenários mundial, nacional e também na sua região? Esse setor está 
estagnado? Está em crescimento? 
2. Você, como empreendedor, conseguiria identificar alguma oportunidade de negócio 
nesse segmento? O que pode ser feito melhor, de forma mais rápida ou mais barata, 
comparado às técnicas atualmente utilizadas nos processos de produção, 
armazenamento, transporte, embalagem e comercialização desses produtos? Visite o 
mercado de peixe do seu município e procure encontrar o “seu” produto. Boa sorte, 
empreendedor! 
 
 Material de Apoio 
 
É de extrema importância que o aluno consulte o site a seguir para poder se atualizar e 
ampliar seu conhecimento com os conceitos do empreendedorismo: 
 
LINK: 
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/mostrappga2014/paper/vi
ewFile/3735/1208 
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/mostrappga2014/paper/viewFile/3735/1208
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/mostrappga2014/paper/viewFile/3735/1208
CAPÍTULO 03 - CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO 
EMPREENDEDOR 
O empreendedor de sucesso leva consigo uma característica singular, que é o 
fato de conhecer, como poucos, o negócio em que atua, o que demanda tempo e requer 
experiência. Talvez esse seja um dos motivos que levam à falência empresas criadas por 
jovens entusiasmados, mas sem o devido preparo. 
Outro fator que diferencia o empreendedor de sucesso do administrador comum, 
para Dornelas (2005), é o constante planejamento a partir de uma visão de futuro. Esse 
talvez seja o grande paradoxo a ser analisado, já que o ato de planejar é considerado 
uma das funções básicas do administrador desde os tempos de Fayol. Então, não seria o 
empreendedor aquele que assume as funções, ospapéis e as atividades do administrador 
de forma complementar a ponto de saber utilizá-los no momento adequado para atingir 
seus objetivos? Nesse caso, o empreendedor estaria sendo um administrador completo, 
que incorpora as várias abordagens existentes sem se restringir a apenas uma delas, e 
interage com seu ambiente para tomar as melhores decisões. 
Bernard Shaw disse: “O homem racional adapta-se ao mundo, o irracional tenta 
adaptar o mundo a si mesmo. Portanto, todo progresso depende do homem irracional”. 
Ser empreendedor significa ter a necessidade de realizar coisas, implementar idéias 
próprias, enfrentar riscos e desafios confiante que conseguirá superá-los. 
Uma análise comportamental dos empreendedores identificou comportamentos 
que se manifestam e combinam de diferentes maneiras nessas pessoas realizadoras: 
 Criatividade e capacidade de implementação 
 Disposição para assumir riscos 
 Perseverança e otimismo 
 Senso de independência 
 
3.1. O QUE PRECISA FAZER O EMPREENDEDOR 
 
É muito comum o empreendedor reunir várias características de pessoas 
vencedoras e se lançar numa atividade empresarial. Contudo, sem entender de negócios, 
ele poderá ter muitas dificuldades. O amadorismo e a falta de conhecimento de 
Administração muitas vezes são os fatores que determinam o fracasso do 
empreendimento. 
 
Conhecer do que faz 
Em uma lanchonete alguém tem que saber como fazer um delicioso sanduíche. 
Em uma loja de roupas alguém deve entender de moda e estilismo. O empreendedor 
poderá ser esse expert do assunto. Saber e gostar do que faz é algo fundamental para 
que o empreendimento dê certo. 
Cuidar do capital investido x capital de giro 
Subestimar a quantidade de dinheiro para tocar o negócio ou não cuidar da saúde 
financeira (capital de giro) também são fatores que determinam o fracasso do 
empreendimento. Uma empresa tem que ser lucrativa, ou seja, sua receita tem que ser 
maior que suas despesas e esse valor (o lucro) deverá ser muito bem empregado. Além 
de remunerar o capital investido (pagar o empreendedor pelo capital que ele investiu na 
empresa) é importantíssimo que esse lucro sirva também para a ampliação do negócio, 
como investimentos, melhorias e campanhas de marketing. Sem uma boa aplicação dos 
lucros, o empreendimento poderá fracassar. 
Gerenciar o negócio 
Se o empreendedor não tem noções de Administração deverá ele buscar esse 
conhecimento ou ter na sua equipe bons gerentes que possam executar as idéias do 
empreendedor. Sem conhecer de negócios, a chance de o empreendimento dar certo são 
pequenas. Pode até ter uma vantagem de mercado, ou de tempo, mas assim que começar 
a sofrer pressão da concorrência ou problemas de mercado ou problemas financeiros, a 
gestão profissional será requisitada. 
Inovar no negócio 
O empreendedor, por natureza, é uma pessoa criativa, inovadora e realizadora. A 
inovação em produtos, forma de comercializar ou forma de produzir é essencial para a 
empresa que é a melhor do mercado, aquela que lança moda e sai na frente. Criar 
condições na empresa e destinar recursos para pesquisa e inovação, farão diferença para 
se conseguir vantagem de mercado. 
 
3.2. ESPÍRITO EMPREENDEDOR 
Um indivíduo poderá ser considerado um empreendedor quando vender um 
produto ou serviço utilizando novos sistemas e/ou meios de comercialização, 
distribuição ou de produção como base para uma empresa, ou para um novo negócio. 
Segundo Chiavenato (2005) e Lyrio (2008), o empreendedor é também um 
agente transformador do meio através do uso das suas ideias. Ele geralmente consegue 
identificar oportunidade para os negócios, tem habilidade financeira, além de ser 
criativo e perseverante. Aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a 
transformar uma ideia simples e mal-estruturada em algo concreto e bem-sucedido. 
E como saber se a pessoa tem um espírito empreendedor? 
Através de três características básicas: necessidade de realização, disposição 
para assumir riscos e autoconfiança. 
3.2.1. Necessidade de realização 
As pessoas apresentam diferenças individuais quanto à necessidade de 
realização. Algumas têm grande necessidade, outras têm pouca, e ainda existem aquelas 
que se satisfazem com o status que adquirem. As pessoas com maiores necessidades de 
realização, geralmente, gostam de competir com certo padrão de excelência e preferem 
ser pessoalmente responsáveis por tarefas e objetivos que atribuíram a si próprias. É 
possível observar essa característica em pessoas que iniciam novas empresas; elas são 
ambiciosas e esses traços as acompanham desde a infância. 
3.2.2 Disposição para assumir riscos 
De acordo com McClelland (1987), as pessoas com alta necessidade de 
realização também têm moderadas propensões para assumir riscos, isto é, elas preferem 
situações arriscadas até o ponto em que podem exercer determinado controle pessoal 
sobre o resultado; em contraste com situações de jogo em que o resultado depende 
apenas de sorte. A preferência pelo risco moderado reflete a autoconfiança do 
empreendedor. 
3.2.3 Autoconfiança 
Autoconfiança é um termo usado para descrever como uma pessoa está segura 
em suas próprias decisões e ações, o que geralmente pode ser aplicado em situações ou 
atividades específicas. Os empreendedores com autoconfiança enfrentam os desafios 
que os rodeiam com total domínio sobre as situações que enfrentam. Os 
empreendedores de sucesso enxergam os problemas relacionados a um novo negócio, 
mas acreditam em suas habilidades pessoais para superá-los. 
 
Figura 3.1: Elo das necessidades 
Fonte: CTISM, adaptado dos autores 
 
3.3. COMPETÊNCIAS E COMPORTAMENTOS DOS EMPREENDEDORES 
Mesmo sem uma conotação determinística para a identificação de 
comportamentos que podem levar o empreendedor ao sucesso, pesquisas em 
empreendedorismo consistem no estudo dos comportamentos do ser humano. 
Segundo Dolabela (1999), o indivíduo portador das condições para empreender 
saberá aprender o que for necessário para criar, desenvolver e realizar sua visão. No 
empreendedorismo, o ser é mais importante do que o saber: este será consequência das 
características pessoais que determinam a metodologia de aprendizagem do candidato a 
empreendedor. 
 
3.3.1. Competências 
Prahalad e Hamel (1995) explicam que, nas décadas de 1970 e 1980, a 
qualidade, medida pelo número de defeitos, era indubitavelmente uma competência 
essencial para os fabricantes de automóveis japoneses. A confiabilidade superior era um 
elemento de valor importante para os clientes e um verdadeiro diferencial para os 
fabricantes de automóveis japoneses. 
Em muitos setores, qualidade, velocidade de chegada ao mercado e respostas 
rápidas no atendimento aos clientes, antes verdadeiros diferenciais - estão se tornando 
vantagens rotineiras. 
 
3.3.2. Para valorizar sua competência o empreendedor deve: 
 Aprender a negociar, realizar acordos comerciais com equilíbrio e 
entender que uma boa negociação é aquela em que os dois lados ganham. 
Dessa maneira, terá maior oportunidade de voltar a fazer negócios. 
 Aprender a se comunicar. A comunicação é simples, porém é preciso 
adquirir técnicas fáceis de trabalhar, entendendo e sendo entendido. A 
boa articulação ao comunicar ideias por escrito ou verbalmente é 
fundamental. 
 Aprender técnicas de compras, procurar conhecer perfeitamente seu 
produto e o do concorrente, dominar a arte de abastecer, girar produtos e 
comprar certo. 
 Aprender a ter autocontrole, pois vivemos e trabalhamos sob pressão o 
dia todo e, portanto, devemos treinar o equilíbrio emocional. 
 Entender que, finalmente, as organizações estão focando os clientes, pois 
temos que fazer deles parceiros, uma vez que eles irão comunicar se 
nosso produto está de acordo com suas necessidades. Se estiver, eles 
ficam satisfeitos e voltam a comprar. Caso contrário, esquecem e irão 
procurar o produto do concorrente. Temos que atenderaos seus anseios, 
seus sonhos. 
 Aprender a usar ferramentas ECR (Efficient Consumer Response – 
resposta eficiente ao consumidor). 
De acordo com Prahalad e Hamel (1995), o desenvolvimento e o acesso às 
habilidades e tecnologias é que irão determinar essa competência essencial. O 
empreendedor, para se manter no mercado, deve saber lidar com os parceiros, fazendo 
associações estratégicas. Uma competência fundamental é uma trama, tecida com fios 
de habilidades e tecnologias distintas. O indispensável é a habilidade de harmonizar 
uma ampla variedade de habilidades e tecnologias diferentes. 
 
3.3.3. O valor da competência 
Você já deve ter lido várias vezes essa mensagem muito simples, porém bastante 
significativa para entendermos o valor da competência: 
 
Um especialista foi chamado para solucionar um problema em um computador 
de grande porte e altamente complexo, que vale 12 milhões de reais. Sentado 
em frente ao monitor, pressionou algumas teclas, balançou a cabeça, 
murmurou algo para si mesmo e desligou o computador. 
Tirou uma chave de fenda de seu bolso e deu volta e meia em um minúsculo 
parafuso. Então, ligou o computador e verificou que tudo estava funcionando 
perfeitamente. 
O presidente da empresa se mostrou surpreendido e ofereceu pagar a conta no 
mesmo instante. 
– Quanto lhe devo? – perguntou. 
– São mil reais, por favor. 
– Mil reais? Mil reais por alguns minutos de trabalho? Mil reais por apertar um 
parafuso? Eu sei que meu computador vale 12 milhões de reais, mas mil reais 
é um valor absurdo! Pagarei somente se receber uma nota fiscal com todos os 
detalhes que justifiquem tal valor. 
O especialista balançou a cabeça e saiu. Na manhã seguinte, o presidente 
recebeu a nota fiscal, leu com cuidado, balançou a cabeça e saiu para pagá-la 
no mesmo instante, sem reclamar 
 
Nota fiscal: 
Serviços prestados: 
Apertar um parafuso..................................R$1,00 
Saber qual parafuso apertar......................R$999,00 
 
Fonte: <www.lacen.saude.pr.gov.br/arquivos/File/.../competencia.pps->. Acesso em: 07 jul. 2012. 
 
3.4. CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR 
Há quem confunda um bom administrador com um empreendedor, pois ambos 
possuem similaridades e diferenças. Segundo Dornelas (2011), para ser empreendedor é 
necessário ser um bom administrador. No entanto, ser um bom administrador não é 
garantia de ser empreendedor, pois para isso é necessário, além de possuir habilidades 
gerenciais, ousar, criar, ter paixão pelo que faz, assumir riscos e transformar seu 
ambiente social e econômico. 
A cada dia é crescente o número de pessoas que se arriscam em empreender 
novos negócios e os motivos são variados: o fato de estar desempregado, ter 
flexibilidade no horário de trabalho, ficar rico ou mesmo o fato de ter uma ideia. Porém 
ter uma ideia e desenvolver um negócio não garante o sucesso do mesmo. É necessário 
mais do que isso. É imprescindível conhecer bem o que se vai fazer e estar disposto a 
correr riscos, a inovar, pesquisar e adquirir conhecimentos constantemente. 
Um empreendedor apresenta um conjunto de características próprias de uma 
pessoa diferenciada; a partir da identificação de uma oportunidade para empreender, ou 
seja, para alterar, inovar ou criar algo, esta pessoa dá início a um processo de tomada de 
decisão a fim de tornar algo já existente em algo não comum. 
Algumas pessoas já nascem com maior qualificação para o empreendedorismo. 
Outras, para Ragonezi (2004), não possuem tantos talentos inatos, mas isso não quer 
dizer que não possam aprender e desenvolver essas capacidades. Esse desenvolvimento 
é fundamental para toda pessoa que almeja implantar e gerir um pequeno negócio. 
Estudiosos do assunto reconhecem que os empreendedores têm algumas características 
básicas: 
 Iniciativa - são pessoas que não ficam esperando que os outros (o 
governo, o empregador, o parente, o padrinho) venham resolver seus 
problemas. A iniciativa, enfim, é a capacidade daquele que, tendo uma 
adversidade qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução. 
 Persistência - por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas 
possibilidades, o empreendedor é capaz de persistir até que as coisas 
comecem a funcionar adequadamente. 
 Autoconfiança - o empreendedor tem autoconfiança, isto é, acredita em 
si mesmo. Se não acreditasse, seria difícil ele tomar a iniciativa. A crença 
em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para 
realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor. 
 Aceitação do risco - ainda que muitas vezes seja cauteloso e precavido, a 
verdade é que o empreendedor os aceita em alguma medida. 
 Sem temor do fracasso e da rejeição - o empreendedor fará tudo o que 
for necessário para não fracassar, mas não é atormentado pelo medo 
paralisante da derrota. Pessoas com grande amor próprio e receio do 
fracasso preferem não tentar correr o risco de não acertar - ficam, então, 
paralisadas. 
 Decisão e responsabilidade - o empreendedor não fica esperando que os 
outros decidam por ele. Ele toma decisões e aceita a responsabilidade 
que elas acarretam. 
 Energia - é necessária uma dose de energia para se lançar em novas 
realizações, que usualmente exigem intensos esforços iniciais. O 
empreendedor dispõe dessa reserva de energia, vinda provavelmente de 
seu entusiasmo e motivação. 
 Automotivação e entusiasmo - pessoas empreendedoras são capazes de 
automotivação relacionada a desafios e tarefas em que acreditam. Não 
necessitam de prêmios externos, como compensação financeira. 
Igualmente, por sua motivação, são capazes de se entusiasmarem com 
suas ideias e projetos. 
 Controle - o empreendedor acredita que sua realização depende de si 
mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se 
vê capaz de controlar a si mesmo e de influenciar o meio de tal modo que 
possa atingir seus objetivos. 
 Voltado para equipe - o empreendedor em geral não é um fazedor, no 
sentido obreiro da palavra. Ele cria equipe, delega, acredita nos outros e 
obtém resultados por meio desses. 
 Otimismo - o empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou 
iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, na chance de 
solução dos problemas e no potencial de desenvolvimento. 
 Capacidade empreendedora - se uma pessoa tem capacidade 
empreendedora, ela tem boa probabilidade de acertar no mundo do 
pequeno negócio. Mas, a verdade é que os negócios exigem um pouco 
mais do que pura e simplesmente o talento empreendedor. 
O empreendedor de sucesso possui características extras que, de acordo com 
Dornellas (2005), além dos atributos do administrador e algumas características 
pessoais somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de 
uma nova empresa. De uma ideia surge uma inovação, e desta, uma empresa. 
 São visionários: 
 Têm a visão de como será o futuro para o negócio e sua vida, e o 
mais importante, possuem a habilidade de implementar seus sonhos. 
 Sabem tomar decisões: 
 Não se sentem inseguros; sabem tomar as decisões corretas na hora 
certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo esse um 
fator chave para seu sucesso. E, além de decidirem, implementam 
suas ações rapidamente. 
 São indivíduos que fazem a diferença: 
 Os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma ideia 
abstrata, em algo concreto, que funciona na realidade. Sabem agregar 
valor aos serviços e produtos que colocam no mercado. 
 Sabem explorar ao máximo as oportunidades: 
 Para a maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem 
primeiro, por sorte ou acaso. 
 Para os visionários (os empreendedores), as boas ideias são geradas 
daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático 
para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e 
informação. 
 O empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendoum indivíduo curioso, criativo, e atento a informações, pois sabe que 
suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta. 
 São determinados e dinâmicos: 
 Implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as 
adversidades, ultrapassando os obstáculos com uma vontade ímpar de 
“fazer acontecer”. Cultivam um 
 inconformismo diante da rotina. 
 São dedicados: 
 Dedicam-se 24 horas por dia, 7 dias por semana ao negócio. São 
trabalhadores exemplares, que encontram energia para continuar 
mesmo quando há problemas pela frente. 
 São otimistas e apaixonados pelo o que fazem: 
 Adoram o seu trabalho, sendo esse amor o principal combustível que 
os mantêm cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os 
os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, 
como ninguém, como fazê-lo. 
 São independentes e constroem seu próprio destino: 
 Querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. 
Desejam criar algo novo e determinar seus passos, abrir seus próprios 
caminhos. 
 São líderes e formadores de equipes: 
 Têm um senso de liderança incomum. São respeitados e adorados por 
seus pares, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, 
formando um time em torno de si. 
 São bem relacionados (networking). 
 Sabem construir uma rede de contatos que os auxiliam nos ambientes 
interno e externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e 
entidades de classe. 
 São organizados: 
 Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, 
humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o 
melhor desempenho para o negócio. 
 Planejam: 
 Os empreendedores de sucesso planejam cada passo, desde o 
primeiro rascunho do plano de negócios, até sua apresentação a 
investidores e superiores, sempre tendo como base a forte visão de 
negócio que possuem. 
 Possuem conhecimento. 
 São sedentos pelo conhecimento e aprendem continuamente, pois 
sabem que, quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, 
maior é a chance de êxito. 
 Assumem riscos calculados: 
 Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores, 
pois eles são aqueles que assumem riscos calculados e sabem 
gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. 
 Assumir riscos tem relação com desafios. E, para o empreendedor, 
quanto maior o desafio, mais estimulante será a jornada 
empreendedora. 
 Criam valor para a sociedade: 
 Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criarem valor 
para a sociedade por meio da geração de emprego, dinamizando a 
economia e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de 
soluções para melhorar a vida das pessoas. 
Pode-se verificar que tais características podem ser identificadas e desenvolvidas 
pelas pessoas. O talento pode se definir como aptidão natural ou habilidade adquirida. 
Talento todo mundo tem, o importante é descobrir qual é, e saber usá-lo. 
 
QUADRO 3.1. : CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES DE SUCESSO 
Visionários Além de programarem sonhos, prevêem o futuro para o seu negócio e sua vida. 
Tomam decisões Sentem-se seguros e tomam decisões certas, principalmente em momentos de crise, 
além de programarem ações com muita destreza. 
Exploram 
oportunidades 
Identificam oportunidades e são indivíduos curiosos, atentos a informações como 
arma para ampliação de suas chances. 
Determinados e 
dinâmicos 
Programam ações com comprometimento. 
Mantêm-se sempre dinâmicos e não se acomodam com a rotina. 
Dedicados Dedicam-se em tempo integral ao seu negócio. Não desanimam mesmo quando os 
problemas surgem 
Otimistas e 
apaixonados 
Realizam o seu trabalho com paixão, por isso são os melhores vendedores de seus 
produtos ou serviços. Enxergam sempre o sucesso, nunca o fracasso. 
Independentes Ambicionam ser donos do próprio negócio, modificar a realidade e gerar 
empregos. 
Enriquecem Acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios, no entanto, 
esse não é seu principal objetivo. 
Líderes e 
formadores de 
equipes 
Têm capacidade de liderança. Respeitam, valorizam, estimulam e recompensam 
seus funcionários, pois sabem que depende de sua equipe para obter sucesso. Além 
disso, captam os melhores profissionais para dar auxílio em áreas que não domina. 
Realizam 
networking 
Possuem contatos externos que o auxiliam junto a clientes e fornecedores. 
Organizados Captam e alocam os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de 
forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio. 
Planejam Planejam desde o plano de negócios até a definição de estratégias de marketing do 
negócio e o seu desenvolvimento. 
Conhecem Pesquisam, buscam informações em experiências práticas ou publicações sobre o 
negócio em que atuam, pois quanto maior o conhecimento, maiores as chances de 
êxito. 
Assumem riscos 
calculados 
Assumem riscos fazendo seu gerenciamento, de modo a não comprometer sua 
segurança. 
Criam valor para 
a sociedade 
Fazem uso de seu conhecimento para criar valor para a sociedade, com geração de 
empregos, dinamizando a economia e inovando a fim de facilitar a vida das 
pessoas. 
Fonte: Adaptado de Dornelas, 2011 
 
 
QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM EMPREENDEDOR? 
 
 FIGURA 3.2. – Características do Empreendedor 
 
3.5. HABILIDADES EMPREENDEDORAS 
Até alguns anos atrás, acreditava-se que o empreendedor era inato, que nascia 
com um diferencial e era predestinado ao sucesso nos negócios. Pessoas sem essas 
características eram desencorajadas a empreender. Como Dornellas (2005) já mostrou, 
isso é um mito. Atualmente, esse discurso mudou e, cada vez mais, acredita-se que o 
processo empreendedor pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o 
sucesso é decorrente de uma gama de fatores internos e externos ao negócio, do perfil 
do empreendedor e de como ele administra as adversidades que encontra no dia a dia de 
seu empreendimento. 
Os empreendedores inatos, para Dornellas (2005), continuam existindo, e 
permanecem sendo referências de sucesso, mas muitos outros podem ser capacitados 
para a criação de empresas duradouras. Isso não garante que apenas pelo ensino do 
empreendedorismo serão gerados novos mitos como Bill Gates, Silvio Santos, Olavo 
Setúbal e Antônio Ermírio de Moraes. Porém, pode-se afirmar que todas essas pessoas 
do mundo dos negócios só ocupam, ou ocuparam, tal posto devido ao esforço, 
determinação e paixão pelas suas atividades. Toda atividade que é desenvolvida visando 
pura e simplesmente o lucro, tende a fracassar. O dinheiro é uma consequência do 
sucesso. No entanto, com certeza, o ensino de empreendedorismo ajudará na formação 
de melhores empresários, melhores empresas e na maior geração de riqueza ao país. 
Para ser um empreendedor de sucesso, além de apresentar características 
importantes, algumas habilidades são também essenciais para aquele que empreende. 
São elas: habilidades técnicas, habilidades administrativas e habilidades 
empreendedoras, sobre as quais trataremos no próximo tópico. 
Assim como foram abordadas características de empreendedores de sucesso, há 
habilidades que são desenvolvidas de acordo com o passar do tempo. Essas são as 
chamadas habilidades empreendedoras. 
As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas, de 
acordo com Dornellas (2005), em três áreas: técnicas, gerenciais e características 
pessoais. 
As habilidades técnicas envolvem saber escrever, saber ouvir as pessoas e saber 
captar informações, ser um bom orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em 
equipe, além de possuir know-how técnico na sua área de atuação. 
As habilidades gerenciais incluem as áreas de criação, de desenvolvimento e de 
gerenciamento de uma nova empresa: marketing, administração, finanças, operacional, 
produção, tomada de decisão, controle das ações da empresa e ser um bom negociador. 
Algumas característicaspessoais incluem: assumir riscos, ser disciplinado, ser 
inovador, orientado a mudanças, ser persistente, além de ser um líder visionário. 
 
HABILIDADES DO EMPREENDEDOR 
TÉCNICAS relacionadas à redação, atenção, oralidade, organização, 
treinamento, trabalho em equipe e know-how técnico. 
ADMINISTRATIVAS referem-se à criação, ao desenvolvimento e à administração de 
empresas. 
PESSOAIS diz respeito ao controle interno (disciplina), risco, capacidade 
de inovar, persistência, liderança visionária e orientação para 
mudanças. 
QUADRO 3.2.: Habilidades do Empreendedor 
 
Podemos visualizar cada um desses itens de forma mais clara na Figura 3.3: 
 
 
Figura 3.3: Tipos de habilidades empreendedoras 
Fonte: CTISM, adaptado de Hisrich e Peters, 2009 
 
A Escola de Empreendedorismo Zeltzer classifica as habilidades 
empreendedoras de acordo com o que segue: 
a) Pessoais – habilidades muito particulares. 
b) Interpessoais – são oriundas da interação. 
c) Sistematizadas – podem ser adquiridas através de treinamento. 
d) Profundas – desenvolvidas apenas quando são vivenciadas. 
 
QUADRO 3.3.: HABILIDADES EMPREENDEDORAS PESSOAIS 
SISTEMATIZADAS PROFUNDAS 
Planejamento – trabalho de preparação para 
qualquer atividade no qual se estabelecem os 
objetivos, as etapas, os prazos e os meios para 
a sua concretização. 
Autoconhecimento – ciência dos seus potenciais, motivações 
e pontos de aprendizagem. 
Determinação – disposição para 
realização/conclusão de atividades e superação 
de obstáculos. 
Autoavaliação – capacidade de enumerar as próprias 
características e realizações, com a avaliação crítica dos 
aspectos positivos e negativos. 
Visão crítica – capacidade de identificar e 
avaliar problemas e situações, através de 
representação, categorização, análise e síntese. 
Autoconfiança – conforto em relação ao autoconhecimento e 
autoavaliação. Resumido por: “EU POSSO”. 
Decisão – capacidade de avaliar várias 
possibilidades, relacionar os prós e contras de 
cada uma, e decidir pela que melhor atende ao 
contexto apresentado. 
Automotivação – alimentada pela causa pessoal, que dá 
sentido à vida e projetos de cada um. 
Busca do conhecimento – capacidade de 
buscar a informação e conhecimento 
necessários para realização de cada atividade. 
Iniciativa – capacidade de iniciar uma atividade ou colocar em 
prática uma ideia, por conta própria, sem depender da 
orientação de terceiros. 
 Criatividade – capacidade de ter fluência de ideias diferentes 
do padrão, elaboradas, complexas e originais. 
 Visão de futuro – visão abstrata de algo que ainda não existe, 
formulada de forma concreta, desenhando o caminho para que 
ela possa existir. 
 Assunção de risco – capacidade de caminhar em relação ao 
desconhecido, formulando hipóteses, tomando decisões e se 
precavendo em relação às possibilidades de resposta. Quanto 
mais clara é a visão de futuro, maior é a assunção de risco. 
 Persistência – um nível superior à determinação, onde a 
automotivação permite resistir às frustrações e superar os 
obstáculos mais difíceis. 
Fonte: http://www.zeltzer.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&catid=1:habilidades-
empreendedoras--e-projetos&id=4:saiba-mais-sobre-as-habilidades-empreendedoras&Itemid=8 
 
 
QUADRO 3.4.: HABILIDADES EMPREENDEDORAS INTERPESSOAIS 
SISTEMATIZADAS PROFUNDAS 
Trabalho em equipe – capacidade de realizar 
atividades com grupos de pessoas que possuem 
características, opiniões e interesses diferentes. 
Cooperação – capacidade de se unir a pessoas em torno 
de um propósito. 
Comunicação – capacidade de expressar as próprias 
ideias (se fazer entender) e de compreender as ideias 
dos outros. 
Sinergia – capacidade de gerar empatia, colaboração e 
resultados significativos no trabalho em equipe. 
Negociação – capacidade de discutir problemas e 
impasses, enumerando os aspectos positivos e 
negativos, e decidindo em conjunto a solução que 
será adotada, de forma que todos os participantes se 
sintam atendidos. 
Flexibilidade – capacidade de elaborar várias 
alternativas para uma atividade ou problema, 
receptividade para compreender e avaliar alternativas dos 
outros, e capacidade de aceitar alternativas que sejam de 
consenso do grupo, mesmo que não sejam suas 
preferidas. 
Persuasão – capacidade de expressar suas ideias, 
detalhando os pontos positivos, e 
avaliando/mitigando os problemas referentes aos 
pontos negativos, desta forma convencendo os 
outros da sua aplicabilidade. 
 
Fonte: http://www.zeltzer.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&catid=1:habilidades-
empreendedoras-e-projetos&id=4:saiba-mais-sobre-as-habilidades-empreendedoras&Itemid=8 
 
3.6. TIPOS DE EMPREENDEDOR 
Não existe um único tipo de empreendedor ou modelo-padrão, é difícil rotulá-lo. 
Esse fato mostra que tornar-se empreendedor é algo que pode acontecer a qualquer um. 
A seguir são apresentados os tipos de empreendedores (DORNELAS, 2005). 
Os empreendedores são classificados em sete tipos: O Empreendedor Nato, O 
Empreendedor que Aprende, O Empreendedor Serial, O Empreendedor Corporativo, O 
Empreendedor Social, O Empreendedor por Necessidade e O Empreendedor Herdeiro. 
 
Tipo 01 – Empreendedor Nato 
Geralmente são os mais conhecidos e aclamados. Suas histórias são brilhantes e, 
muitas vezes, começam do nada e criam grandes impérios. Começam a trabalhar muito 
jovens e adquirem habilidade de negociação e de vendas. Em países ocidentais, esses 
empreendedores natos são, em sua maioria, imigrante ou seus pais e avós o foram. São 
visionários, otimistas, estão à frente do seu tempo e comprometem-se 100% para 
realizar seus sonhos. Suas referências e exemplos a seguir são os valores familiares e 
religiosos, e eles mesmos acabam por se tornar uma grande referência. Se você 
perguntar a um empreendedor nato quem ele admira será comum lembrar-se da figura 
paterno-materna ou algum familiar mais próximo. Ex. Assis Gurgacz, Pedro Mufatto, 
Bill Gates. 
 
Tipo 02 – O Empreendedor que aprende (inesperado) 
Este tipo de empreendedor tem sido muito comum. É normalmente uma pessoa 
que, quando menos esperava, se deparou com uma oportunidade de negócio e tomou a 
decisão de mudar o que fazia na vida para se dedicar ao negócio próprio. É uma pessoa 
que nunca pensou em ser empreendedor, que antes de se tornar uma via alternativa de 
carreira em grandes empresas como a única possível. O momento de disparo ou de 
tomada de decisão ocorre quando alguém o convida para fazer parte de uma sociedade 
ou ainda quando ele próprio percebe que pode criar um negócio próprio. Geralmente 
demora um pouco para tomar a decisão de mudar de carreira, a não ser que esteja em 
situação de perder o emprego ou já tenha sido demitido. Antes de se tornar 
empreendedor, acreditava que não gostava de assumir riscos. Tem de aprender a lidar 
com as novas situações e se envolver em todas as atividades de um negócio próprio. 
 
Tipo 03 – O empreendedor Serial (Cria Novos Negócios) 
O Empreendedor serial é aquele apaixonado não apenas pelas empresas que 
cria, mas principalmente pelo ato de empreender. É uma pessoa que não se contenta em 
criar um negócio e ficar à frente dele até que se torne uma grande corporação. Como 
geralmente é uma pessoa dinâmica, prefere os desafios e a adrenalina envolvidos na 
criação de algo novo a assumir uma postura de executivo que lidera grandes equipes. 
Normalmente está atento a tudo o que ocorre ao seu redor e adora conversar com as 
pessoas, participar de eventos, associações, fazer networking. Geralmente tem uma 
habilidade incrível de montar equipes, motivar o time, captar recursos para o início do 
negócio e colocar a empresa em funcionamento. Sua habilidade maior é acreditar nas 
oportunidades e não descansar enquanto não as vir implementadas. Ao concluir um 
desafio, precisa de outros para se manter motivado. As vezes se envolve em vários 
negócios ao mesmo tempo e não é incomum ter várias históriasde fracasso. Mas estas 
servem de estímulo para a superação do próximo desafio. 
 
Tipo 04 – O empreendedor Corporativo 
O Empreendedor Corporativo tem ficado mais em evidencia nos últimos anos, 
devido à necessidade das grandes organizações de se renovar, inovar e criar novos 
negócios. São geralmente executivos muito competentes, com capacidade gerencial e 
conhecimento de ferramentas administrativas. Trabalham de olho nos resultados para 
crescer no mundo corporativo. Assumem riscos e tem o desafio de lidar com a falta de 
autonomia, já que nunca terão o caminho 100% livre para agir. São hábeis 
comunicadores e vendedores de suas ideias. Desenvolvem seu networking dentro e fora 
da organização. Convencem as pessoas a fazerem parte de seu time, mas sabem 
reconhecer o empenho da equipe. Sabem se autopromover e são ambiciosos. Não se 
contentam em ganhar o que ganham e adoram planos com metas ousadas e 
recompensas variáveis. Se saírem da corporação para criar o próprio negócio pode ter 
problemas no início, já que estão acostumados com as regalias e o acesso a recursos do 
mundo corporativo. 
 
Tipo 05 – Empreendedor Social 
O empreendedor social tem como missão de vida construir um mundo melhor 
para as pessoas. Envolve-se em causas humanitárias com comprometimento singular. 
Tem um desejo imenso de mudar o mundo criando oportunidades para aqueles que não 
têm acesso a elas. Suas características são similares às dos demais empreendedores, 
mas a diferença é que se realizam vendo seus projetos trazerem resultados para os 
outros e não para si próprios. De todo os tipos de empreendedores é o único que não 
busca desenvolver um patrimônio financeiro, ou seja, não tem como um de seus 
objetivos ganhar dinheiro. Prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o 
desenvolvimento das pessoas. 
 
Tipo 06 – O Empreendedor por Necessidade 
O empreendedor por necessidade cria o próprio negócio porque não tem 
alternativa. Geralmente não tem acesso ao mercado de trabalho ou foi demitido. Não 
resta outra opção a não ser trabalhar por conta própria. Geralmente se envolve em 
negócio informal, desenvolvendo tarefas simples, prestando serviços e conseguindo 
como resultado pouco retorno financeiro. É um grande problema social para os países 
em desenvolvimento, pois apesar de ter iniciativa, trabalhar arduamente e buscar de 
todas as formas a sua sobrevivência e a dos seus familiares, não contribui para o 
desenvolvimento econômico. Na verdade, os empreendedores por necessidade são 
vítimas do modelo capitalista atual, pois não tem acesso a recursos, à educação e às 
mínimas condições para empreender de maneira estruturada. Suas iniciativas 
empreendedoras são simples, pouco inovadoras, geralmente não contribuem com 
impostos e outras taxas, e acaba por inflar as estatísticas empreendedoras de países em 
desenvolvimento, como o Brasil. Sua existência em grande quantidade é um problema 
social que, no caso brasileiro, ainda está longe de ser resolvido. 
 
Tipo 07 – O empreendedor Herdeiro (Sucessão Familiar) 
O empreendedor herdeiro recebe logo cedo à missão de levar à frente o legado 
de sua família. Empresas familiares fazem parte da estrutura empresarial de todos os 
países, e muitos impérios foram construídos nos últimos anos por famílias 
empreendedoras, que mostraram habilidade de passar o bastão a cada nova geração. 
Mais recentemente, porém, tem ocorrido a chamada profissionalização da gestão de 
empresas familiares, através da contratação de executivos de mercado para a 
administração da empresa e da criação de uma estrutura de governança corporativa, 
com os herdeiros opinando no conselho de administração e não necessariamente 
assumindo cargos executivos na empresa. O desafio do empreendedor herdeiro é 
multiplicar o patrimônio recebido. Isso tem sido cada vez mais difícil. O empreendedor 
herdeiro aprende a arte de empreender com exemplos da família, e geralmente segue 
seus passos. Muitos começam bem cedo a entender como o negócio funciona e a 
assumir responsabilidade na organização, e acabam por assumir cargos de direção 
ainda jovens. Alguns têm senso de independência e desejo de inovar, de mudar as 
regras do jogo. Outros são conservadores e preferem não mexer no que tem dado certo. 
Esses extremos, na verdade, mostram que existem variações no perfil do empreendedor 
herdeiro. Mais recentemente, os próprios herdeiros e suas famílias, preocupados com o 
futuro de seus negócios, têm optado por buscar mais apoio externo, através de cursos 
de especialização, MBA, programas especiais voltados para empresas familiares. 
 
Tipo 08 – O Empreendedor Normal (Planejado) 
Toda teoria sobre empreendedorismo de sucesso sempre apresenta o 
planejamento como uma das mais importantes atividades desenvolvidas pelos 
empreendedores. E isso tem sido comprovado nos últimos anos, já que o planejamento 
aumenta a probabilidade de um negócio ser bem-sucedido e, em consequência, levar 
mais empreendedores a usarem essa técnica para garantir melhores resultados. O 
empreendedor que “faz a lição de casa”, que busca minimizar riscos, que se preocupa 
com os próximos passos do negócio, que tem uma visão de futuro clara e que trabalha 
em função de metas é o empreendedor aqui definido como o “normal” ou planejado. 
Então o empreendedor normal seria o mais completo do ponto de vista da definição de 
empreendedor e o que a teria como referência a ser seguida, mas que na prática ainda 
não representa uma quantidade considerável de empreendedores. No entanto, ao se 
analisar apenas empreendedores bem-sucedidos, o planejamento aparece como uma 
atividade bem comum nesse universo específico, apesar de muitos dos bem-sucedidos 
também não se encaixarem nessa categoria. 
 
 
3.7. O MITO DO EMPREENDEDOR 
Existem vários mitos sobre empreendedorismo, mas Dornelas (2005) destaca 
três em especial: 
 
Mito 1: empreendedores são natos, nascem para o sucesso. 
Realidade: 
• Enquanto a maioria dos empreendedores nasce com certo nível de inteligência, 
empreendedores de sucesso acumulam relevantes habilidades, experiências e contatos 
com o passar dos anos. 
• A capacidade de ter visão e perseguir oportunidades aprimora-se com o tempo. 
 
Mito 2: empreendedores são “jogadores” que assumem riscos altíssimos. 
Realidade: 
• Tomam riscos calculados. 
• Evitam riscos desnecessários. 
• Compartilham o risco com outros. 
• Dividem o risco em “partes menores”. 
 
Mito 3: empreendedores são “lobos solitários” e não conseguem trabalhar em 
equipe. 
Realidade: 
• São ótimos líderes. 
• Criam times. 
• Desenvolvem excelente relacionamento no trabalho com colegas, parceiros, 
clientes, fornecedores e muitos outros. 
 
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e 
oportunidades e a preocupação sempre presente com a melhoria do produto. Enquanto a 
maior parte das pessoas tende a enxergar apenas dificuldades e insucessos, o 
empreendedor deve ser otimista e buscar o sucesso, a despeito das dificuldades. 
De acordo com Revista Exame (2002), existem algumas falsas verdades (mitos) 
sobre os empreendedores e o empreendedorismo. Conheça-as através desta entrevista: 
 
 
MITOS DO EMPREENDEDOR 
 
Mito 1 – Não é possível desenvolver o empreendedorismo, você deve nascer 
empreendedor 
 
Nos Estados Unidos, os maiores responsáveis pelo surgimento de novos negócios são os 
profissionais que foram demitidos de seus empregos e precisaram encontrar uma forma de 
sobreviver. São gestores que viraram empreendedores por necessidade. 
 
Mito 2 – Todo empreendedor inventou algo na garagem de casa quando jovem e tem uma 
personalidade esquisita 
 
O empreendedor americano médio tem entre 35 e 45 anos, dez anos de experiência numa 
grande empresa e um perfil psicológico rico. Empreendedores são pessoas normais, como eu e 
você. 
 
Mito 3 – O objetivo de todo empreendedor é ser milionário 
 
Todos os empreendedoresque entrevistei, mesmo os que ficaram ricos, afirmam que isso não é 
verdade. O que os motivou foi a vontade de criar algo novo e não a pergunta: bom, o que eu 
posso fazer para ficar rico? 
 
Mito 4 – Empreendedores não são muito confiáveis 
 
Essa visão era muito comum quando eu era jovem. Agora responda: onde estão acontecendo os 
maiores crimes do mundo dos negócios? Nas grandes empresas. Não faz sentido dizer que um 
empreendedor deve ser menos respeitado do que um Chief Executive Officer (CEO). 
 
Mito 5 – Um empreendedor precisa tomar riscos enormes 
Como investem o próprio dinheiro, empreendedores tendem a ser muito conservadores. Os 
maiores riscos são tomados pelos principais executivos das grandes empresas. Vários já me 
disseram que apostariam um milhão de dólares numa nova ideia. Nenhum empreendedor faria 
isso. 
 
Mito 6 – Fazer um curso de Especialização em Administração de Negócio (MBA) é a 
melhor forma de se transformar num empreendedor 
 
Minha recomendação aqui é: economize seu dinheiro. O conhecimento sobre gestão vai fazer 
falta depois que sua empresa atingir certo tamanho. Nessa hora pode ser uma boa ideia 
contratar alguém com um MBA. 
 
Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/gestao/noticias/falsas-verdades-sobre-empreendedores-m0042859 
 
 
 
 
 
 
http://exame.abril.com.br/negocios/gestao/noticias/falsas-verdades-sobre-empreendedores-m0042859
 
 
Atividade de aprendizagem 
 
1. Faça uma entrevista com alguém que você conhece e considera como alguém 
empreendedor. Nesta tarefa você deverá abordar questões como: 
2. Há quanto tempo atua em seu negócio? 
3. Qual foi sua principal motivação para iniciar o negócio? 
4. É apaixonado pelo que faz? 
5. Que tipo de riscos já correu para atingir seus objetivos? 
6. Quais características possui que considera específicas de um empreendedor? 
7. Em algum momento pensou em desistir do empreendimento? 
 
 Material de Apoio 
 
Link de artigo científico para estudo: 
 
http://www.pg.utfpr.edu.br/ppgep/Ebook/ARTIGOS/14.pdf 
 
 
Filme 
 
Assista ao filme “Quem mexeu no meu queijo” e comente sobre as características 
empreendedoras dos personagens, promovendo um debate entre você e os seus colegas. 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=WzG_QOCEQJc 
 
http://www.pg.utfpr.edu.br/ppgep/Ebook/ARTIGOS/14.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=WzG_QOCEQJc

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