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PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 37 ISSN 2447-620X A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO DA PANDEMIA: MANTER VÍNCULOS É GARANTIR OS DIREITOS Rosemeire de Araujo Gomes rosemeiredearaujo@hotmail.com Professora da Rede de Ensino Municipal de Natal/RN Tamar Barbosa da Silva tamar7.bs@hotmail.com Educadora Infantil da Rede de Ensino Municipal de Natal/RN Resumo Esse artigo tem como objetivo socializar reflexo( es e interaço( es desenvolvidas com as crianças da educaça(o infantil, de duas turmas do Centro Municipal de Educaça(o Infantil (CMEI) Amor de Ma(e, localizado na cidade de Natal-RN, no contexto da pandemia. Para tanto, ancorou-se o olhar na Lei de Diretrizes e Bases de Educaça(o Brasileira – LDB 9394/96, nas Diretrizes Curriculares Nacionais – DCNEI, (2009); na Base Nacional Comum Curricular- BNCC (2017); e Monça(o (2019), que dispo( em sobre as especificidades da educaça(o infantil e embasam essas reflexo( es. O artigo e< um relato de experie=ncia das vive=ncias e reflexo( es efetivadas sob o olhar da educadora de sala e da coordenadora, partindo das inquietaço( es para o “atendimento” das crianças nesse tempo de pandemia, que foram fomentadas frente aos debates assistidos em lives tema< ticas em diversas plataforma virtuais, que se constituí<ram como recursos formativos para as educadoras. Assim, sente-se a necessidade ainda maior de colaborar com o processo de desenvolvimento das crianças, oportunizando nos grupos de WhatsApp das turmas proposiço( es de vive=ncias, acompanhamento e comunicaça(o com as famí<lias das crianças. Entende-se que a educaça(o infantil, primeira etapa da educaça(o ba< sica, na(o pode ficar desassistida mesmo diante das suas especificidades que, sa(o pautadas nas brincadeiras e interaço( es, requerem espaços organizados com intencionalidade e propí<cios aA interaça(o com o outro. Conforme preconiza a Constituiça(o Federal (1988), a educaça(o deve acontecer em regime de colaboraça(o entre Estado e famí<lia, sendo assim e< necessa< rio manter uma parceria essencial com as famí<lias e buscar a promoça(o dos ví<nculos com as crianças nesse tempo ta(o incerto. Palavras-chave: Educaça(o Infantil; Pra< ticas; Ví<nculos; Creche. Introdução “Amanhã não teremos aula!” PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 38 ISSN 2447-620X A pandemia da COVID-19 revelou a necessidade de ressignificaça(o de muitas questo( es do nosso cotidiano. No contexto da educaça(o infantil, esse desafio na(o foi diferente. Ha< pouco tempo esta<vamos organizando a acolhida das crianças na instituiça(o e de repente fomos surpreendidos com um Decreto Municipal, suspendendo os dias letivos frente aA pandemia mundial que ainda acomete nosso planeta e nos atinge de maneira devastadora. Contudo, sabendo de nossa funça(o social enquanto insta=ncia educativa, que tem papel importante nos caminhos da busca da plena cidadania, buscamos estrate<gias de interaça(o e manutença(o de ví<nculos com a comunidade escolar. A instituiça(o de educaça(o infantil que serviu de contexto desse relato, localiza-se na zona leste da cidade de Natal-RN, atende cerca de 187 crianças da educaça(o infantil (segmento creche) em regime integral e parcial, com faixa eta< ria entre 6 meses a 3 anos e 11 meses. Abordaremos a experie=ncia de duas turmas, sendo uma de ní<vel I, nomenclatura empregada para as turmas compostas por crianças de dois anos a dois anos e onze meses, e uma turma de ní<vel II, grupo de crianças com faixa eta< ria de tre=s anos a tre=s anos e onze meses. Assim, buscou-se organizar o artigo trazendo a cena esse olhar compartilhado sobre a importa=ncia de pensar a educaça(o infantil nesse momento excepcional que vivenciamos. O texto esta< organizado em duas seço( es: na primeira, trazemos o olhar da coordenadora; na segunda, discutem-se as pra< ticas e as inquietaço( es da educadora. Conve<m ressaltar o emprego da escrita em primeira pessoa, com o objetivo de conferir um cara< ter mais pessoal ao relato. Coordenação: pensar e agir Fomos, enquanto escola, tomadas de surpresa com a chegada do Decreto Municipal N.º 11.920, de 17 de março de 2020, que deliberava emerge=ncia no Municí<pio do Natal e definia outras medidas para o enfrentamento da pandemia decorrente da COVID-19. Especificamente em seu Art. 4º, suspendeu a aulas na Rede Pu< blica Municipal de Ensino pelo perí<odo de 15 (quinze) dias, a partir do dia 18 de março de 2020. Desta data em diante, foram suspensas as atividades presenciais na rede municipal e todos os profissionais da educaça(o tiveram suas atividades de doce=ncia paralisadas. PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 39 ISSN 2447-620X Pensando neste tempo e em todas as dificuldades e incertezas que ele nos gera, buscamos enquanto coordenaça(o traçar estrate<gias para algumas questo( es que envolvem o fazer na a Educaça(o Infantil. Compreendemos a educaça(o como: Uma educaça(o que promove uma convive=ncia entre sujeitos e que e< baseada na cooperaça(o e na ajuda mu< tua faz que a relaça(o na(o seja de domí<nio, mas de troca e interaça(o. Essa visa(o de educaça(o rompe com o senso comum, que considera apenas como transmissa(o de informaço( es e conhecimentos (MONÇAK O; 2019, p. 172). Entendemos que, nesse momento, mais do que nunca, as desigualdades sociais afloram e fica mais evidente a falta de uma orientaça(o advinda do Ministe<rio da Educaça(o e Cultura - MEC, para pensar e organizar aço( es de aprendizagem coletivamente e de maneira emergencial para esse tempo. A princí<pio, aguardamos as deliberaço( es do o< rga(o central municipal para agir junto a nossa equipe. Contudo, isso foi gerando um desconforto, frente a morosidades do Estado, tanto na esfera macro (faltas de orientaço( es do MEC), como micro (SME-Natal). E ause=ncia dessas aço( es mobilizou a reflexa(o sobre a minha funça(o de coordenadora e meu papel de cidada( , levando-me a pensar e buscar me mobilizar, querer e fazer algo para contribuir com o desenvolvimento das crianças que agora estavam em seus lares. No Municí<pio de Natal, em 07 de abril, a Secretaria Municipal de Educaça(o (SME) disponibilizou uma plataforma digital para professores e gestores da Educaça(o Infantil, Ensino Fundamental e Educaça(o de Jovens e Adultos, na perspectiva de contribuir para que os estudantes e seus familiares fossem assistidos nesse perí<odo de isolamento social. Os conteu< dos disponibilizados sa(o links que apresentam atividades cara< ter lu< dico-educativas que na(o visam a substituiça(o das atividades presenciais. Nesse perí<odo, teve iní<cio nas redes sociais um movimento muito favora<vel aA formaça(o das/dos profissionais da Educaça(o com lives da entidades representativas do campo, como da Associaça(o Nacional de Po< s-Graduaça(o e Pesquisa em Educaça(o (ANPEd); do Movimento Todos pela Educaça(o; do - Movimento Interfo< runs de Educaça(o Infantil do Brasil (MIEIB); da Unia(o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educaça(o (UNDIME); e de pesquisadores da pedagogia da infa=ncia, como Paulo Fochi e Maria Carmem Barbosa, ale<m de instituiço( es que trabalham no fomento a leitura litera< ria. Enta(o, esses conteu< dos foram compartilhados institucionalmente com vistas a promover PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 40 ISSN 2447-620X discusso( es de por que a modalidade de Educaça(o a Dista=ncia (EAD) na(o cabe para a educaça(o infantil? Quais sa(o os documentos legais que respaldavam essa afirmaça(o? E paralelo a essa efervesce=ncia de lives e informaço( es, observaram-se algumas mobilizaço( es sutis nos grupos de WhatsApp das turmas do CMEI. As lives foram os gatilhos para pensarmos em aço( es que pudessemcontribuir para a reflexa(o do papel do professor nesse contexto, o que no< s enquanto instituiça(o de educaça(o infantil deverí<amos possibilitar em parceria com as famí<lias por meio dos grupos de conversas de WhatsApp. Esse veí<culo ja< era uma ferramenta utilizada pelas professoras e pela equipe gestora, mas tinha como foco ser um canal de comunicaça(o para avisos, visibilidade de alguns registros de pra< ticas, e que ganhou novos contornos. Primeiramente, buscamos reforçar junto a nossa equipe de professores e estagia< rios a intencionalidade do grupo e dessas intervenço( es, sem perder de vista que a criança e< um sujeito histo< rico, social e de direitos, e que Educaça(o Infantil e< a primeira etapa da Educaça(o Ba< sica com a finalidade de oportunizar o desenvolvimento integral da criança. Reforçamos que as crianças aprendem por meio das interaço( es e brincadeiras na relaça(o cotidiana, daí< a importa=ncia da escola. E sa(o essas interaço( es e brincadeiras que alicerçam as pra< ticas da educaça(o infantil, num espaço intencionalmente organizado com vive=ncias, pra< ticas e saberes do cotidiano, como ponto de partida para a ampliaça(o de reperto< rio para a criança ativa, curiosa, reflexiva. E isso se materializa frente as experie=ncias reais. EO interessante destacar que as atividades tinham sido iniciadas em 5 de março, esta<vamos ainda no perí<odo de adaptaça(o dos grupos (apenas oito dias letivos), ainda com hora< rio especial, gradativo, com muitas famí<lias sendo acolhidas na instituiça(o, uma vez que para muitos esse era o primeiro ano na escola. Nesse contexto, ainda esta<vamos estabelecendo esses ví<nculos necessa< rios para a construça(o da relaça(o que se constro< i entre o bebe= , a criança com o educador refere=ncia e com os outros sujeitos que compartilham do ambiente da creche. Relaço( es que se constituem pelo toque, pela intensidade da voz, do olho no olho, dos diferentes sentidos implicados, pelo respeito as singularidades e especificidades, nesse fazer dia< rio e relacional. O CMEI e< um local que tem essa intencionalidade de propiciar essas relaço( es e os ví<nculos entre os sujeitos que o compo( em, considerando que: PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 41 ISSN 2447-620X A creche e< o lugar do cuidado, da convive=ncia e da educaça(o, e< um lugar marcado enquanto espaço pu< blico e, portanto, espaço coletivo. Ale<m disso, a creche e< representante do campo do outro, universo simbo< lico da linguagem e da cultura, elemento fundamental para o advento da constituiça(o subjetiva. E finalmente, pode ser lugar da subjetividade, pois o universo simbo< lico vai ser “lido” e “vivido” por cada um, de maneira pro< pria (ORTIZ; CARVALHO; BAROUKH; 2012, p.40). Entendemos que e< nessa pra< xis, entre convive=ncia, acolhimento, respeito, participaça(o, interaço( es e experie=ncias que a educaça(o se faz. E de repente, esse espaço social e< obrigado a fechar suas portas e suspender as suas atividades devido a pandemia, e tambe<m como forma de contribuir para que os cuidados para o combate a doença fossem efetivados. Enfim, para que as crianças estivessem resguardadas em seus lares. No entanto, algumas inquietaço( es nos afligiam: O que fazer nesse cena< rio? Como garantir que, de alguma forma, as crianças pudessem na realidade de seus lares, ter seus direitos mí<nimos de aprendizagem garantidos, bem como a manutença(o dos ví<nculos com as famí<lias? Como possibilitar esse universo de interaço( es, de brincadeiras e de direitos via WhatsApp? Entendendo que: Uma proposta curricular pautada nas brincadeiras e nas interaço( es como preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educaça(o Infantil (DCNEI) revela que a educaça(o infantil tem um cara< ter diferente de outras etapas da educaça(o ba< sica. Ela na( o e< uma instituiça(o em que se ministram aulas com o mesmo tema, com a intença(o de que as crianças aprendam o mesmo conteu< do, ao mesmo tempo. Os conteu< dos nessa etapa da vida devem ser amplos e na(o seguir uma ordem que determine a passagem da criança para outros esta< gios sequenciais e determinados (MONÇAK O, 2019, p. 168). Com o objetivo de manter os ví<nculos, a partilha e o relacionamento com as crianças, a escola organizou grupos de WhatsApp, na tentativa de incluir todas as famí<lias. Posteriormente, elaboramos um material de apoio para manutença(o desses grupos, com orientaço( es para que ficasse de maneira mais sistematizada. Sabemos que em nossa instituiça(o a parceria famí<lia/escola sempre foi cultivada e tida como importante na construça(o de uma educaça(o com processos compartilhados. Fazendo valer o que preconiza a Diretrizes Curriculares, no tocante a sua funça(o sociopolí<tica e pedago< gica “assumindo a responsabilidade de compartilhar e PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 42 ISSN 2447-620X complementar a educaça(o e cuidado das crianças com as famí<lias” (BRASIL, 2009, p.17). Entendemos que a trí<ade escola, famí<lia e crianças deve ser fomentada e mantida. Entretanto, na(o podemos desconsiderar que o uso de mí<dias e ferramentas digitais para esse fim e< um campo ainda por no< s, educadores, pouco explorado, na qual requer novos olhares e engajamento para oportunizar que as famí<lias do CMEI sejam nesse momento tambe<m acolhidas. Assim, no< s da equipe gestora, organizamos tambe<m um “guia” sucinto e pra< tico para as famí<lias, reforçando os motivos e a importa=ncia da quarentena, trazendo algumas dicas de brincadeiras e interaço( es com as crianças e avisos para que as famí<lias acompanhem os grupos de WhatsApp, atentando para os direcionamentos da gesta(o e professores. O guia foi postado em todos os grupos e iniciava com a contextualizaça(o do objetivo da educaça(o infantil em uma linguagem adaptada aA s famí<lias. Reforçamos que a brincadeira e as interaço( es, conforme DCNEI (2009), sa(o os eixos norteadores no desenvolvimento de nossa pra< tica pedago< gica e que, por isso, as vive=ncias teriam como base as experie=ncias que promovessem o brincar, as diferentes linguagens, as interaço( es com o outro e com a cultura, e que se utilizassem contextos diversos, ainda que limitados ao espaço da casa. Tambe<m, evidenciamos que essas pra< ticas, basiladas nos eixos estruturantes, devem garantir os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, sendo eles conviver, brincar, participar, expressar, explorar e conhecer-se, conforme a BNCC - Base Nacional Comum Curricular (2017). Esse documento tambe<m reforça que e< necessa< rio que esses direitos devam ser pensados dentro dos cinco campos de experie=ncias (O eu, o outro e o no< s; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginaça(o; Espaços, tempos, quantidades, relaço( es e transformaço( es). EO importante destacar que, ao pensarmos nessas vive=ncias, consideramos o sujeito, a criança como um todo, e o vemos de maneira holí<stica, como um ser social, que pensam, age, produz cultura. Logo, ao pensarmos essas situaço( es pedago< gicas, pensamos no seu desenvolvimento integral, dentro dos limites que a pandemia nos impo( e. Adotamos o WhatsApp como canal para dar visibilidade a nossa pra< tica, como “gerador” de novas aprendizagens. Com o apoio das famí<lias aA s crianças em casa, PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 43 ISSN 2447-620X poderiam ser efetivadas vive=ncias junto aos adultos cuidadores e investir em tempo significativos de atença(o, cuidados e sobretudo afetividade. Posteriormente, elencamos um compilado de sugesto( es de brincadeiras e interaço( es, frutos denossas pesquisas em guias de outras instituiço( es, como a cartilha do UNICEF “A educaça(o infantil foi para casa”, de Andrei Muzel, entre outras, na forma de sugesta(o para esse tempo em casa. Elencamos algumas dessas dicas de interaço( es e brincadeiras, fruto desse compilado: BEBÊS (0 A 1 ANO E MEIO): Precisam de cuidados dos adultos e sa(o eles que sabem as prefere=ncias do seu bebe= . ◦ Brinquedos para experie=ncias visuais e motoras (mo< biles, tapetes, brinquedo sonoros, chocalhos) ◦ Brincar com pessoas (olho no olho, toque, esconder o rosto com um pano, serrador, movimentos com dança, balançar suavemente, acariciar, ninar, embalar o bebe= para a criaça(o e fortalecimento do ví<nculo) ◦ Brincadeiras de seguir os brinquedos (no cha(o, com os olhos) ◦ Produzir sons, brincar com a<gua, cantar, brinquedos de puxar, brinquedos de afeto (aqueles que eles mais se identificam um paninho, um ursinho) ◦ Pegar objetos, mordedores, brinquedos de encaixe, empilhar latas, fazer torres com latas, brincar de imitar. ◦ Brincar com canecas dentro de bacias nos dias quentes, banhos de mangueira, pintar muros de azulejos, pintar pape< is de diferentes tamanhos, com giz de cera grosso, pince< is e tintas. ◦ Quando o bebe= deixar cair alguma coisa durante a refeiça(o faça disso uma brincadeira, falando sobre o que acontece com o objeto: “Agora a colher esta< no cha(o”, “Quando voce= solta a colher, ela cai no cha(o”. Quando ele jogar uma bola no cha(o para ver o que acontece, diga: “Olhe, a bola esta< rolando”, “O brinquedo caiu debaixo do arma< rio”, “A bola esta< pulando”. Essa brincadeira repetitiva auxilia a criança a compreender o que se pode fazer com o objeto, ale<m de auxiliar a compreensa(o da linguagem. 1 ANO E MEIO A 3 ANOS: As crianças continuam gostando dos brinquedos e brincadeiras que ja< conhecem, mas ampliam suas experie=ncias e a complexidade do brincar. ◦ Fase de grande desenvolvimento da linguagem, de jogos imagina< rios e de faz-de-conta, assim sera< possí<vel vermos as crianças falando e brincando sozinha. ◦ Ja< dominam um bom reperto< rio de canço( es infantis, dançam e acompanham os adultos. Portanto, e< essencial aproveitar essa forma de expressa(o das crianças. ◦ Dançar, pintar, desenhar e construir (outras formas de expressa(o lu< dica); ◦ Brincar na areia e na a< gua; ◦ Construça(o da identidade da criança por meio do brincar. ◦ A aça(o de um adulto e< fundamental para ampliar a qualidade do brincar, observando os interesses da criança e as pra< ticas do universo profissional da comunidade, de modo a criar outras brincadeiras de faz de conta ou fazer mediaço( es. ◦ NESSE MOMENTO VAMOS BRINCAR JUNTOS!!!!! VAMOS APROVEITAR PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 44 ISSN 2447-620X Tambe<m instituí<mos os grupos de WhatsApp como canal de orientaço( es de cuidados com a higiene frente ao combate a pandemia, ao divulgar dicas de soluço( es para a higiene de superfí<cies, uso contí<nuo de ma<scaras, de higiene com as ma(os. Ainda nesse assertiva de promover aço( es para as crianças, julgamos oportuno desenvolver algumas orientaço( es para as educadoras, na(o esquecendo que elas te=m autonomia pedago< gica de sala de aula e podem trilhar esse caminho. Contudo, essas pra< ticas deveriam estar alinhadas ao nosso Projeto Polí<tico Pedago< gico (PPP), nosso documento norteador que reforça a nossa visa(o de sociedade, escola, infa=ncia e criança, sempre considerando esse sujeito como um ser de direito, protagonista e centro do processo de ensino e aprendizagem. Destacamos que as orientaço( es para o desenvolvimento das vive=ncias deveriam ser encaminhadas aos familiares, sempre deixando claro que eles na(o te=m a obrigatoriedade de realiza< -las, que essas “dicas” na(o se constituem aulas. Diante disto, sugerimos aA s professoras que atentassem para: - uso de uma linguagem clara, direta; - considerassem as fases das crianças, entendendo que alguns conteu< dos podem ser ampliados nas fases posteriores; -direcionassem os comandos aos responsa<veis nunca direcionando especificamente, so< ao pai ou ma(e, frente a diversidade de famí<lias que temos; (Peça a algum adulto para te ajudar) - reforçassem que na(o e< uma atividade de sala, que na(o tem o objetivo de desenvolver conteu< do de sala ou avaliar; - atentem para a periodicidade das dicas que vai enviar, para na(o se tornar algo pesado para as famí<lias, pois na(o sabemos quais recursos eles tem em casa, se esta(o disponí<veis tambe<m para isso. (Sugerimos 2 ou 3, com exceça(o da leitura e mu< sica podendo ser dia< ria) -pudessem ser usados ví<deos feitos pelas professoras ou conteu< dos ja< disponí<veis nas internet, ví<deos de mu< sicas, contaça(o de histo< rias, brinquedos cantados, ví<deos de confecça(o de brinquedos com sucatas, na(o -estruturados. A pesquisa na internet e< uma boa opça(o ou a pro< pria troca entre os pares. -resgatassem de brincadeiras antigas, (do que as famí<lias brincavam antigamente?) -formaça(o leitora em casa (com ví<deos, livros digitais) -listas de mu< sicas (mandar link pelo grupo) - roteiros de interaço( es, brincadeiras e experie=ncias que as crianças podem fazer. - desejar bom dia, boa tarde, desejar os parabe<ns para o aniversariante do dia. - Divulgar dicas sobre higiene e cuidados para o combate a pandemia. Como tambe<m mensagens de cara< ter de autoajuda, que ajude a PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 45 ISSN 2447-620X passarmos de maneira mais amena por esse momento (Orientaço( es encaminhadas para as educadoras do CMEI). Conve<m lembrar que essas dicas configuram apenas um auxí<lio para a convive=ncia com as crianças em casa, uma vez que: Diante da diversidade de organizaço( es familiares e educacionais, faz-se necessa< rio um dia< logo permanente para garantir um processo de troca, negociaça(o e descobertas a respeito da educaça(o da criança em contextos educacionais coletivos. O processo de compartilhamento deve fundar-se nos direitos das fundamentais das crianças (MONÇAK O, 2019, p. 176). Essas aço( es, nas duas frentes, nas famí<lias e nas educadoras, por meio dos guias de orientaço( es e aço( es no WhatsApp, foram o caminho que buscamos como alternativa para estabelecimento de ví<nculos e promoça(o de algumas vive=ncias que garantissem tempos significativos para as crianças em casa. Logo, foi de suma importa=ncia focar nas famí<lias pois: As crianças precisam de adultos para subsidia< -las, entre outras coisas, na construça(o de conhecimentos sobre si mesmas e sobre o mundo. Para isso, os adultos precisam compreender suas manifestaço( es e necessidades, o que requer uma observaça(o escrupulosa e a aprendizagem de suas mu< ltiplas linguagens (MONÇAK O;2019, p.176) Na condiça(o de coordenadora, acredito nessa relaça(o dialo< gica, de troca de respeito as crianças e por seus familiares. E mais do que nunca e< tempo de fortalecer esse dia< logo, essa parceria que vai ale<m das relaço( es de ensino e aprendizagem, implicando no respeito, na afetividade e na cidadania. A educadora: práticas e afetos No contexto das minhas duas turmas, o desafio foi estreitarmos ainda mais os ví<nculos afetivos com as crianças e com os seus familiares ou responsa<veis. Com a turma do ní<vel I, principalmente, pois para mim ainda na(o tí<nhamos um ví<nculo efetivado. Diferente da turma do ní<vel II, que ja< conhecia bem as crianças e seus familiares. PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 46 ISSN 2447-620X Precisei reinventar algumas pra< ticas de forma criativa a fim de melhorar a interaça(o e ressignificar as aço( es no WhatsApp, que foi utilizado como nosso principal elo e canal para trocase interaço( es. Esse envolvimento manteve minha mente ocupada, sadia e com expectativas para saber como as crianças reagiriam a cada postagem. Sem du< vida alguma, na(o esta< sendo um tempo perdido, e sim um tempo vivido. Esse contato se faz necessa< rio para mantermos os laços, atrave<s da adaptaça(o a um novo tempo, aA s novas maneiras de viver e de se relacionar com o pro<ximo, e ate< de aprender com informaço( es e pesquisas por meio de lives oferecidas por coordenadores e consultores em educaça(o. A equipe gestora fez um roteiro informativo, enviado por e-mail aos professores, procurando dialogar sobre os marcos regulato< rios da educaça(o infantil, e a importa=ncia da pra< tica respaldada nos eixos estruturantes a brincadeira e as interaço( es. Ale<m disso, houve o incentivo aA nossa participaça(o em lives direcionadas aA educaça(o infantil para um melhor aprendizado nesse perí<odo de crise que estamos vivendo. Tambe<m foi organizado um sucinto guia de pra< ticas para as famí<lias, reforçando os motivos e a importa=ncia da quarentena, bem como algumas sugesto( es de brincadeiras e interaço( es com as crianças em casa. Nesse í<nterim, o acompanhamento dos grupos de WhatsApp passou a ser mais efetivo pelos professores e a pela coordenaça(o. Isso esta< fazendo toda diferença no fortalecimento dos ví<nculos. As redes sociais constituem ferramentas extremamente relevantes nesse perí<odo de isolamento social e e< importante destacar que a resposta a essa nova realidade, por parte das famí<lias, foi bastante significativa. A escola na(o desapareceu nesse momento. Estamos mais juntos, dividindo, dialogando, escutando as famí<lias estabelecendo e alargando uma relaça(o mais afetiva, tudo em prol das crianças. Assim, o nosso objetivo enquanto escola e< cultivar e manter os ví<nculos com as crianças, compartilhando com as famí<lias dicas e vive=ncias que possam garantir tempos significativos e quem garantam dos direitos de brincar, participar, explorar, conviver, expressar e conhecer-se. E foi nesse desejo que passei a interagir ainda mais com as turmas. Percebo que quando envio recadinhos e ví<deos, eles demonstram felicidades, contentamentos e afetos, com um retorno imediato. Ele vem por meio de palavra, em PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 47 ISSN 2447-620X a<udios que revelam sentimentos de saudades e que expressam que “na(o veem a hora de nos rever”. Esses contatos nos interligam ainda mais e, no caso da turma do Ní<vel II, existe uma resposta maior visto que temos laços ja< consolidados. Por outro lado, acredito que estamos no caminho com a turma do Ní<vel I. Enviamos mensagens saudando a todos com “bom dia,” “boa tarde”, procuramos saber como esta(o e alguns familiares nos procuram no contato privado para falar das dificuldades desse momento. Assim, praticamos a escuta ta(o necessa< ria nesse tempo, acolhemos a dor, as angu< stias e buscamos ser solida< rios a nossa comunidade de pais em uma perspectiva de acolhimento e respeito, com base na compreensa(o de que: O dia< logo entre profissionais e famí<lias e< fundamental para a construça(o de ví<nculos e confiança dos familiares com relaça(o ao trabalho desenvolvido, ale<m de ser um dos elementos que favorecem a relaça(o de parceria no compartilhamento da educaça(o de crianças (MONÇAK O, 2019, p. 179). Com as orientaço( es da equipe gestora, aumentamos as interaço( es e envio de mensagens com foco nas noço( es dos cuidados com a higiene como lavar ma(os, cuidados com a limpeza do ambiente dome<stico e uso de ma< scaras. Postamos histo< rias educativas sobre o Coronaví<rus atrave<s de livros digitais infantis produzidos para orientar as crianças de forma lu< dica acerca dos cuidados, proteça(o, perigos para sau< de e a importa=ncia da alimentaça(o sauda<vel, das quais destacamos o tí<tulo digital de “Um ví<rus malvada(o e as crianças poderosas”, do escritor Daniel Campos. Aproveitamos a oportunidade, pois Daniel ja< esteve em nosso CMEI quando trabalhamos com outro turma uma de suas obras, aproximando o autor das crianças. Ale<m das postagens relacionadas ao combate ao ví<rus, tambe<m postamos links de mu< sica de aniversa< rios para lembrar a data. As ma(es apreciaram essa proposta, mandam fotos das crianças e a<udios de agradecimentos. Enviamos histo< rias infantis narradas, livros digitais, links do youtube com mu< sicas que cantamos na roda. Algumas crianças correspondem com registros em ví<deo ou desenhos as histo< rias postadas, parabenizam uns aos outros com a<udios ou mensagens pelas famí<lias, sempre com a ajuda da famí<lia. Compartilham a construça(o de tendas com lenço< is representando o circo e ainda com direito a apresentaça(o das crianças e a famí<lia como plateia. Releituras de histo< rias como “A casa sonolenta” rendeu registros fanta< sticos na turma. PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 48 ISSN 2447-620X Em nossa instituiça(o, temos instituí<do em nosso calenda<rio algumas celebraço( es que julgamos importantes frente a nossa realidade, que fazem parte de nosso calenda< rio cultural. Assim, na(o comemoramos o dia das ma(es e sim temos dois encontros da famí<lia, que sa(o previamente planejados com muito cuidado e respeito a diversidade, bem como o Cha< das Avo< s, devido a grande representatividade que as vovo< s te=m no nosso contexto. Contudo, esse ano frente a esse cena< rio ta(o incerto e como forma de presentear as ma(es da turma, celebramos o dia das ma(es, pois procuro manter uma relaça(o muito pro<xima delas, com as famí<lias das crianças. Assim me senti motivada e fiz uma homenagem como forma de valorizar as ma(es que esta(o vivenciando esse perí<odo de isolamento social de maneira ta(o sobrecarregada, trabalhando em casa ou na rua, cuidando das crianças, com uma sobrecarga real. Esse momento de celebraça(o foi uma aça(o enquanto professora e, nesse contexto, foi bem animado no grupo com ví<deos e fotos poemas e mu< sicas. Com o passar dos dias, comecei a criar conteu< do pro< prio para postar nos grupos, pois penso que sendo eu, talvez tive<ssemos mais interaço( es e fortalecerí<amos os ví<nculos e assim as famí<lias se envolveriam mais, principalmente no ní<vel I. Isso me afligia muito e sempre procurava a coordenadora para refletir e buscar o aumento das vive=ncias. Ela sempre dizia que terí<amos que ter pacie=ncia pois na(o sabí<amos efetivamente o contexto que as crianças estavam e a quem atingí<ssemos, mobiliza< ssemos era uma boa resposta e que nosso objetivo era continuar e que, um dia, a resposta chegaria. E vem chegando e isso me mobiliza ainda mais. Nesse perí<odo, ocorreu a Semana do Meio Ambiente na cidade e, como gosto muito de plantas, achei uma boa oportunidade para lançar desafios aA s crianças e suas famí<lias. Fiz um ví<deo com minhas plantas e lancei a proposta de plantarmos um boneco ecolo< gico com a semente do alpiste, adubo e meia fina, com base no ví<deo que explicava como fazer o plantio do “Senhor Cabeça de Grama”. Recebi inu< meras fotos das plantas das crianças, crianças aguando o jardim e plantando seus bonecos ecolo< gicos, ale<m de darem continuidade ao cuidado de suas produço( es, o que me deixou bem feliz, pela oportunidade de mobilizar vive=ncias importantes com a natureza e seus elementos, como a a< gua, a terra e o sol, ta(o presente em nossa capital. No perí<odo junino, aqui na nossa cidade os festejos sa(o muito fortes e sa(o possí<veis muitas vive=ncias significativas como culina< ria, vestimentas e danças como PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 49 ISSN 2447-620X quadrilhas e forro< , que expressam um rico reperto< rio cultural. Assim, estimulamos as famí<lias para vivenciar comas crianças essas possibilidades. Foi maravilhoso, porque as famí<lias aceitaram postar no grupo vive=ncias juninas com culina< rias, fizeram as comidas tí<picas, danças e ornamentaça(o com bandeirinhas do arraia< em casa. Fizemos as brincadeiras do tesouro junino, em que as crianças deveriam procurar pela pro< pria casa elementos que eram ditados por mim via a<udio: colher de pau, vestido junino, tecido de chita, camisa xadrez, farinha de milho e uma bandeirinha que poderia ser feita por eles. Tivemos uma adesa(o muito grande e as famí<lias que na(o puderam fazer na hora, depois mandaram os registros de fotos, ví<deos e a<udios. O movimento de produzir conteu< do favoreceu ainda mais os laços afetivos e, nesse processo, tenho me reconstruí<do buscando formas de me manter junto aA s crianças com experie=ncias pensadas nelas e que tem as suas famí<lias como colaboradoras. A situaça(o de distanciamento possibilitou o enriquecimento das pra< ticas, atrave<s da inovaça(o e ampliaça(o no olhar das vive=ncias em famí<lia. Na(o obstante, concordo com o [...] “entendimento da creche enquanto lugar da infa=ncia, que ajuda a garantir que esta seja tratada de forma cada vez mais cuidadosa e responsa<vel pelas marcas que deixa na constituiça(o do humano” (ORTIZ; CARVALHO; BAROUKH; 2012, p. 41). Reconheço a importa=ncia da creche, da significaça(o que esse espaço tem e a despeito das inu< meras dificuldades desse tempo de isolamento, estar pro<xima aA s crianças, por meio de seus familiares, tambe<m me fortalece. Considerações Finais Reconhecemos que nada do que fizermos ira< preencher as lacunas que esse tempo de isolamento ira< causar, se considerarmos o que se tinha de esta<vel e sistematizado nesse passado ta(o pro<ximo e desconsiderarmos as mu< ltiplas possibilidades de aprendizagens que esta(o implicados no afeto, no conhecimento cultural e o fortalecimento dos ví<nculos. Seguimos por um caminho novo e temos a frente muitas incertezas. Pore<m, uma das poucas certezas que temos e< que esse novo tempo se consolidara< frente ao trabalho colaborativo das ma(os de muitos que na(o passaram esse perí<odo PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 50 ISSN 2447-620X pande=mico em estado de ine<rcia, “assistindo a tudo em cima do muro”, como escreveu o poeta Cazuza. Pensamos em amenizar os estragos do confinamento buscando estar juntos as nossas crianças, atentando para “a necessidade de criar oportunidades de escuta para as crianças aplica-se igualmente aA relaça(o da educadora com a famí<lia” (GOLDSCHMIED, 2006, p.66). A creche, como todas as suas dimenso( es interacional, temporal e funcional, tem seu lugar e seu valor, fruto de muitas lutas de professores, ma(es, trabalhadoras e militantes. Por longos anos, lutamos e continuamos nessa luta. Avanços e retrocessos em legislaço( es, na construça(o de instituiço( es para a educaça(o infantil, financiamento, polí<ticas de formaça(o. Muitas bandeiras, que na(o cessam. A importa=ncia da educaça(o infantil oferecida nas creches e< imensura<vel, abarca muitos direitos, mas so< se passa pela educaça(o infantil uma vez. No< s acreditamos nas experie=ncias e interaço( es concretas, potentes dentro de uma lo< gica que na(o e< fragmentada, que compreende o a criança como um todo tem papel fundamental no desenvolvimento do ser humano. Uma fase rica, frutí<fera, cheia de imaginaça(o que na(o pode ser desconsiderada. Assim convocamos as famí<lias, importantes parceiras nesse caminhar, nos acompanhar por esse deserto ta(o cruel que assola nossa humanidade, que fecha nossas creches, que silenciam nossos parques. Nesse momento, a tecnologia, por meio da ferramenta do WhatsApp, e< o canal que materializa as nossas pra< ticas de maneira a possibilitar experie=ncias significativas, pensadas na criança enquanto protagonista, curiosa e ativa. Nunca foi ta(o emergente essa parceria com a famí<lias, principalmente no contexto da educaça(o infantil. Manter esse ví<nculo e as aço( es que integram as famí<lias a escola e< um ato polí<tico e democra< tico, e< uma bandeira que deve ser partilhada e fomentada. Tal perspectiva requer, ainda, clareza do direito a esse espaço pelas crianças, famí<lias e tambe<m profissionais da educaça(o, para que o acesso transcorra das formas possí<veis, realizado com equidade, qualidade e sensibilidade para todos. PRÁTICAS Revista Práticas em Educação Infantil – vol. 5; nº 6 51 ISSN 2447-620X Referências Bibliográficas BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponí<vel em : <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 09 de dez. de 2017. _________. Ministe<rio de Educaça(o e Cultura. LDB -Lei N. 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. _________. Base Nacional Comum Curricular. 2019. Disponí<vel em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. 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