Buscar

Prescrição e Legislação Relacionada aos Fitoterápicos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

TERAPÊUTICA 
1 Maria Eduarda de Sá Farias 
 
PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS 
 A prescrição médica de fitoterápicos é feita para 
curar ou amenizar doenças ou sintomas 
 A maioria das prescrições médicas de 
“preparações caseira” são feitas de forma oral ou 
em receitas cm as denominações populares e a 
nomenclatura cientifica 
 Na atualidade, com a comprovação cientifica do 
grande potencial terapêutico de muitas plantas 
medicinais, o fitoterápico passa a ater indicações e 
prescrição semelhante aos demais medicamentos 
 Ao prescrever fitoterápicos deve-se basear 
principalmente na comprovação cientifica de sua 
eficácia, segurança e efetividade 
 Na ausência de comprovação cientifica, usa-se os 
conhecimentos populares mais antigos e comuns 
 É importante investigar se a indicação das plantas 
é algo antigo e que se mantem ao longo do tempo; 
se é usada com esta indicação em muitos lugares e 
por muitas pessoas e se os relatos de seu uso 
corroboram com sua eficácia e segurança 
 
PRESCRIÇÃO PROPRIAMENTE DITA 
 Nomenclatura cientifica: deverá contar o gênero, 
o epiteto especifico e s família a que pertence 
 Nome popular: deverá ser escrito ao lado do nome 
cientifico, de forma clara. 
Ex: Lipia alba (Erva cidreira) 
 Modo de usar: explicar a via de uso do 
fitoterápico 
 Uso interno: para chás, sucos, sumos, xaropes, 
tinturas e alcoolatura 
 Uso externo: para compressas, cataplasma, 
emplasto, unguentos e pomadas 
 Modo de preparo: deverá ser feita uma descrição 
detalhada quando se prescrever preparados 
fitoterápicos para serem feitos em casa 
 Posologia: a quantidade, número de vezes ao dia 
e a duração do tratamento deverá ser esclarecida 
OBS: observar os cuidados especiais com idosos e 
crianças 
 Administração: deve-se observar situações 
especiais, descrevendo-as com clareza 
 Local de aplicação: nos casos de uso externo, 
deixar explícito em que parte do corpo deverá ser 
aplicado o medicamento 
 Temperatura: nos produtos de manipulação 
caseira detalhar, por exemplo, se o chá deverá ser 
tomado frio, morno ou quente 
 Relação com os hábitos: nos casos em que a 
administração do fitoterápico exija condições 
apropriadas, deverá constar na prescrição 
Ex: não fazer inalação ou compressa quente em 
ambiente com corrente de ar 
 Internações medicamentosas: as interações de 
fitoterápicos com medicamentos sintéticos ou 
homeopáticos poderão resultar em potencialização 
de uma determinada ação ou anular o efeito da 
outra 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 Plantas ricas em cânfora atuam como antídotos 
para a ação do medicamento homeopático 
 A aspirina tomada com chá de sabugueiro leva a 
uma potencialização da ação antitérmica, podendo 
levar a hipotermia grave, sobretudo em crianças 
 As cápsulas de alho não devem ser consumidas 
com anticoagulantes orais e aspirina. Uma outra 
interação é que estas também podem reduzir a 
atividade dos antivirais usados no tratamento da 
AIDS 
 O gengibre (Zingiber officinale) que reduz 
náuseas e cólicas não deve ser utilizado com 
medicamentos anticoagulantes 
 O chá verde (Camellia sinensi) que atua como 
antioxidante e hipocolesterolêmico, não deve ser 
usado junto com drogas vasodilatadoras 
coronarianas ou com a broncodilatador pulmonar 
 A valeriana (Valeriana officinalis), utilizada no 
tratamento da insônia e ansiedade pode aumentar 
os efeitos adversos dos benzodiazepínicos, reduzir 
a biodisponibilidade dos fármacos e provocar 
hemorragias graves quando utilizada juntamente 
com anticoagulantes orais e antiplaquetários 
 São descritas interações da Kava-kava com 
depressores do SNC como etanol, 
benzodiazepínicos e anti-histamínicos que, quando 
utilizados concomitantemente provocam 
potencialização dos efeitos depressores 
caracterizados por sedação, cansaço e diminuição 
dos reflexos 
 
 
 TERAPÊUTICA 
2 Maria Eduarda de Sá Farias 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 Crianças até 1 ano: salvo aquelas plantas 
reconhecidamente sem efeitos tóxicos e adversos 
 Idosos: excluir plantas de ação reconhecidamente 
hepatotóxica, nefrotóxica e hemorrágica 
 Gestantes: não devem usar. Os taninos são 
abortivos. As plantas com intenso sabor amargo 
são abortivas, em sua maioria 
 Outros grupos a considerar: diabéticos, 
portadores de insuficiência renal, hepática ou 
cardíaca 
 
LEGISLAÇÃO RELACIONADA AOS FITOTERÁPICOS 
 Normas oriundas do aparelho estatal definem 
parâmetros relacionados aos medicamentos 
fitoterápicos 
 Como qualquer medicamento, estão sujeitos às 
normas gerais que regulamentam a pesquisa, o 
registro, a produção, a comercialização e o 
consumo dos medicamentos 
 Algumas normas merecem que sejam ressaltadas 
 Resolução 196/96, do CNS: regularmente as 
pesquisas com seres humanos 
 Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº33 de 
19 de abril de 2000: aprova o regulamento técnico 
sobre bas práticas de fabricação e controle 
 Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 8/2004: 
da agência nacional de vigilância sanitária, que 
dispões sobre o registro de medicamentos 
fitoterápicos 
 Resolução- RE 88/2004 da ANVISA: estabelece 
a lista de referências bibliográficas para a avaliação 
de segurança e eficácia dos fitoterápicos 
 Resolução RE 89/2004 da ANVISA: estabelece a 
lista de registro simplificado de fitoterápicos 
 Resolução RE 90/2004 da ANVISA: estabelece 
um guia para a clínica a realização de estudos de 
toxicidade pré-clínica de fitoterápicos 
REGISTRO DE MEDICAMENTOS 
 Atividade principal pelo qual a autoridade 
sanitária avalia os resultados das análises 
realizadas pelos fabricantes dos produtos, em 
termos de sua segurança, qualidade e eficácia, 
autorizando ou não sua comercialização 
 Medicamentos fitoterápicos no SUS: 
 Plantas medicinais usadas pela sabedoria 
popular e confirmadas cientificamente 
RDC 14/10- MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS 
 Obtidos com emprego exclusivo de matérias – 
primas ativas vegetais, cuja eficácia e segurança 
são avaliadas por meio de levantamentos 
etnofarmalógicos, de utilização, documentações, 
tecnocientificas ou evidências clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TERAPÊUTICA 
3 Maria Eduarda de Sá Farias

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando