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Atendimento de pacientes com Covid-19 no consultorio odontologico

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Índice
1.	INTRODUÇÃO	2
2.	OBJECTIVOS	3
2.1.	Objectivo geral	3
2.2.	Objectivos especificos	3
3.	Atendimento de paciente com covid-19 no consultório odontológico	4
3.1.	Coronavírus	4
3.2.	Agente Etiológico	4
3.3.	Reservatório e Modo de Transmissão	4
3.4.	Período de Incubação	5
3.5.	Período de Transmissibilidade	5
3.6.	Manifestações Clínicas	5
3.7.	Diagnósticos do coronavirus	6
3.7.1.	Diagnóstico clínico	6
3.7.2.	Diagnóstico laboratorial	6
3.7.3.	Diagnóstico diferencial	6
3.8.	Formas de Prevensão do coronavirus	6
3.9.	Atendimento de paciente com Covid-19 no consultório odontológico	7
3.10.	Triagem de pacientes	8
3.11.	Agendamento do consultório odontológico	8
3.12.	Recomendações de medidas gerais no consultório odontológico	9
3.13.	Equipe profissional	10
3.14.	Estrutura física do consultório odontológico	11
3.15.	Recomendações para procedimentos de sala de espera	11
3.16.	Recomendações para o atendimento clínico	11
4.	CONCLUSÃO	14
5.	BIBLIOGRAFIA	15
1. INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho falarei sobre o atendimento de pacientes com covid-19 no consultório odontológico, dando enfase no que diz respeito a doença causada pelo coronavírus. No final do ano de 2019, em Hubei, localizada em Wuhan, China, surgiu o novo coronavírus, chamado de 2019-nCoV, causador da síndrome respiratória aguda (SARS-CoV-2). A transmissão de SARS-CoV-2 durante os procedimentos odontológicos pode, portanto, ocorrer pela inalação de aerossóis, gotículas de saliva de indivíduos infectados ou pelo contato direto com membranas mucosas, fluidos orais ou instrumentos e superfícies contaminadas. Os cirurgiões-dentistas foram identificados como os profissionais mais expostos aos riscos ocupacionais e de serem afetados pela COVID-19, pois produzem em seu trabalho partículas aerossolizadas capazes de contaminar o ambiente e as pessoas. A detecção rápida do 2019-nCoV é importante para o controle do surto na comunidade e também para os profissionais de saúde, pois algumas características deste vírus ainda não são bem conhecidas. (PENG X. 2019)
2. OBJECTIVOS 
2.1. Objectivo geral
· Abordar sobre o atendimento do paciente com covid-19 no consultorio odontológico e coronavirus.
2.2. Objectivos especificos
· Orientar os dentistas, para atuação clínica de urgência e emergência, medidas preventivas e recomendadas, com a finalidade de diminuir o risco de infecção no consultório odontológico.
· Abordar sobre a conduta frente aos contatos próximos com pacientes infectados.
· Evitar transmissão do vírus para profissionais de saúde dentro do sector odontológico.
3. Atendimento de paciente com covid-19 no consultório odontológico
3.1. Coronavírus
É um vírus que causa infecções semelhantes a uma gripe comum e pode provocar doenças respiratórias mais graves.
Os coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais, sendo que a maioria das infecções por coronavirus em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao desenvolvimento de sintomas do resfriado comum, no entanto, podem eventualmente levar a infecções graves em grupos de risco, idosos e crianças. Em 2019 duas espécies de coronavírus altamente patogênicos e provenientes de animais (SARS e MERS) foram responsáveis por surtos de síndromes respiratórias agudas graves.(Cui J.2019)
3.2. Agente Etiológico
Trata-se de RNA vírus da ordem Nidovirales da família Coronaviridae. Os vírus da SARS-CoV, MERS-CoV e 2019-nCoV são da subfamília Betacoronavírus que infectam somente mamíferos; são altamente patogênicos e responsáveis por causar síndrome respiratória e gastrointestinal. Além desses três, há outros quatro tipos de coronavírus que podem induzir doença no trato respiratório superior e, eventualmente inferior, em pacientes imunodeprimidos, bem como afetar especialmente crianças, pacientes com comorbidades, jovens, e idosos. (Cui J. 2019)
3.3. Reservatório e Modo de Transmissão 
 A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas uma espécie animal ou pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém, alguns coronavírus, como o SARS-CoV, podem infectar pessoas e animais.
As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação é de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato direto. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe.
É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.(Cui J. 2019)
3.4. Período de Incubação
O período médio de incubação da infecção por coronavírus é de 5.2 dias, com intervalo que pode chegar até 12.5 dias.
3.5. Período de Transmissibilidade
A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARS-CoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, para o Novo Coronavírus (2019-nCoV) sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas.
3.6. Manifestações Clínicas	
O espectro clínico da infecção por coronavírus é muito amplo, podendo variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa.
Segundo os dados mais atuais, os sinais e sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios. O paciente pode apresentar: Febre (temperatura elevada acima de 37.3°C), tosse, dificuldade para respirar (falta de ar), dor muscular, confusão mental, dor de cabeça, dor de garganta, rinorréia, dor no peito, diarréia, náusea e vômito. 
Segundo exames de imagem,75% dos pacientes podem apresentar pneumonia bilateral, manchas múltiplas e opacidade em vidro fosco que evoluiu com pneumotórax, e linfopenia.(Tan Wj.2019-2020) 
3.7. Diagnósticos do coronavirus
3.7.1. Diagnóstico clínico
O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como síndrome gripal, no entanto, casos iniciais leves, subfebris, podem evoluir para elevação progressiva da temperatura e a febre ser persistente além de 3-4 dia. O diagnóstico depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico.
É recomendável que em todos os casos de síndrome gripal seja questionado o histórico de viagem para o exterior ou contato próximo com pessoas que tenham viajado para o exterior. Essas informações devem ser registradas no prontuário médico (ficha clinica) do paciente para eventual investigação epidemiológica.
3.7.2. Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial para identificação do vírus 2019-nCoV é realizado por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real e sequenciamento parcial ou total do genoma viral, indicação e técnica de coleta de amostras.
3.7.3. Diagnóstico diferencial
As características clínicas não são específicas e podem ser similares àquelas causadas por outros vírus respiratórios, que também ocorrem sob a forma de surtos e, eventualmente, circulam ao mesmo tempo, tais como influenza, parainfluenza, rinovírus, vírus sincicial respiratório, adenovírus e outros coronavírus.(Reng S.2020)
3.8. Formas de Prevensão do coronavirus
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
· Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool (alcool em gel a 70%).
· Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
· Evitar contato próximo com pessoas doentes.
· Ficar em casa quando estiver doente, e quando for decretado o estado de quarentena para evitar disseminação da doença.
· Cobrir a boca e narizusando mascaras faciais, viseiras e oculos, ao tossir ou espirrar cubrir a boca e nariz com um lenço de papel descartavel e jogar no lixo.
· Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
· Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
· Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95, especialmente na area de odontologia.(Peng X.2019)
3.9. Atendimento de paciente com Covid-19 no consultório odontológico
É sabido de que é responsabilidade dos Consultorios odontologicos adotarem medidas de prevenção e controle de infecção para evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos durante qualquer procedimento odontológico. É admisivel apenas atendimentos de emergência e urgência conforme indicação do CFO, os atendimentos ambulatorios estão suspenso.
Ciente desta responsabilidade e dos riscos inerentes à prática dessa profissão e diante do cenário atual, diversas recomendações têm sido sugeridas para cirurgiões-dentistas e estudantes de Odontologia no atendimento aos pacientes. As medidas de proteção objetivam evitar ou reduzir procedimentos que produzam gotículas ou aerossóis e inclui a preparação da equipe de saúde bucal, ajustes nos equipamentos de proteção individual (EPIs) e recomendações para limpeza e desinfecção das superfícies.(Tunãs.2019)
O CFO (Conselho Federal de Odontologia) e a AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) recomendam a atuação do Cirurgião-Dentista e Agentes Públicos reduzida somente ao atendimento de urgências e emergências odontológicas. E mesmo nesses atendimentos são necessárias a execução de todas as etapas para o cuidado com a saúde do profissional e dos paciente. Dentre elas temos:
3.10. Triagem de pacientes
Para esse período de pandemia as recomendações são que os profissionais de odontológia façam uma pré-triagem por telefone com os pacientes que procuram por atendimento para estar ciente caso:
· O paciente apresente sintomas gripais ou teve contato próximo a alguma pessoa que apresentava.
· O tratamento a ser feito é de urgência e emergência odontológica.
O crurgião-dentista deve dispensar o acompanhante no ambiente a não ser que seja de extrema importância, aferir temperatura do paciente (se houver acompanhante - em casos de extrema necessidade - a aferição deve ser feita também) preferencialmente usando o termômetro digital de testa. Caso algum paciente chegue fora do horário marcado, não permitir aglomerações na sala de espera. Após essa triagem, os pacientes devem ser marcados com horário exato e com no minimo 1 hora de diferença entre o término de um atendimento e início do outro.(Tunãs.2019)
3.11. Agendamento do consultório odontológico
O cirurgião-dentista está rotineiramente em atendimento clínico, entrando em contato com fluidos corporais do paciente, como sangue e saliva, tendo como única barreira protetora os equipamentos de proteção individual (EPIs). Tal fato, associado a situações como a de pandemia da COVID-19, torna o atendimento odontológico como de risco para o profissional devido à probabilidade de contágio durante o procedimento. Mediante a possibilidade de o paciente estar contaminado, algumas precauções devem ser reforçadas no período prévio ao atendimento.
Os profissionais da recepção são os primeiros a entrarem em contato com o paciente para agendamento, bem como no dia do atendimento, desta forma, funcionarão como “porta-vozes” das informações importantes que envolvem as condutas durante e após a pandemia da COVID-19. É necessário que haja uma anamnese minuciosa e dirigida, a qual deve ser feita inicialmente por telefone. Fazendo as seguintes perguntas:
1. Apresentou febre ou experiência de febre nos últimos 14 dias?
2. Houve início de problemas respiratórios, como tosse ou dificuldade respiratória, nos últimos 14 dias?
3. Viajou nos últimos 14 dias para algum local com notificação de transmissão do COVID-19?
4. Teve contato com algum paciente com infecção confirmada por Coronavírus (SARS-CoV-2) nos últimos 14 dias?
5. Teve contato com pessoas que vieram de alguma localidade com notificação de transmissão da COVID-19 ou com pessoas com febre e/ou problemas respiratórios nos últimos 14 dias?
6. Teve contato próximo com no mínimo 2 pessoas com experiência documentada de febre ou problemas respiratórios nos últimos 14 dias, teve encontros em grupos ou reuniões com varias pessoas desconhecidas?
3.12. Recomendações de medidas gerais no consultório odontológico
Aferição da temperatura corporal de todos os pacientes na entrada da instituição e remarcação daqueles que apresentarem temperatura acima de 37.5°C. Se o paciente respondeu sim a uma grande parte desses questionamentos e ao aferir sua temperatura apresentou menos que 37.3°C, o consultório dentario pode adiar o tratamento por 14 dias após o evento de exposição. O paciente deve ser instruído a ficar em isolamento em casa e relatar se houver qualquer experiência de febre ou síndrome gripal.
Se o paciente respondeu sim para várias dessas questões e sua temperatura corporal está acima de 37.3°C, este deve imediatamente ser colocado em isolamento e o dentista deve instruí-lo a procurar o serviço de saúde para cuidados médicos adicionais e o procedimento odontológico não será executado.
Se o paciente respondeu não para todas as questões e sua temperatura corporal está abaixo de 37.3°C, o dentista pode realizar o procedimento, em horário marcado, com medidas extras de proteção e de forma a evitar borrifos ou procedimentos que gerem aerossóis.
Se o paciente respondeu não, porém apresentou temperatura acima de 37.3°C, o atendimento não ocorrerá e o paciente será instruído a procurar o serviço de saúde para tratamentos médicos adicionais ao persistir dos sintomas.
Redução do número de pacientes a serem atendidos por turno, com intervalos maiores entre os pacientes, a fim de que não haja aglomerações na sala de espera e para que haja tempo para descontaminação do ambiente clínico.
Execução de maior número de procedimentos (sempre que possível) em um único paciente para otimização do tempo e de custos dos equipamentos de proteção individual. Armazenamento dos pertences dos pacientes em um saco plástico ao entrar no ambiente clínico. Divulgação ampla que reforce a necessidade do distanciamento social, etiqueta respiratória, uso de máscaras e higienização das mãos.(Tunãs.2019)
3.13. Equipe profissional
A equipe de sáude bucal deve evitar o uso de adornos (relógio, brinco, pulseira, corrente, anéis), manter cabelo preso e/ou com uso de gorro e evitar tocar na face (olho, boca e nariz).
Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou alcool em gel a 70% por 40 a 60 segundos antes e após todos os atendimentos, ao chegar no trabalho e ao sair, executando sempre a técnica correta de lavagem das mãos. Toda a equipe deve estar atualizada em relação as recomendações e orientações das autoridades sanitárias e órgãos competentes. Executar de forma correta a técnica de retirada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
O Cirurgião dentista pode trabalhar em equipe desde que todos os membros (técnicos, auxiliares, seguranças, etc.) sigam as recomendações de biossegurança e precauções estabelecidas pelos órgãos sanitários competentes. É aconselhável reduzir a quantidade de funcionários sendo que podem trabalhar em turnos (assim como de pacientes a serem atendidos), evitando aglomerações.
Deve-se fazer o descarte adequado de materiais pérfuro-cortantes, limpeza e desinfecção de todo instrumental e ambiente a cada atendimento, fazendo uso dos produtos necessários e esterilização dos equipamentos. O que leva o intervalo mínimo de uma hora a cada atendimento para que todo o processo seja realizado com cautela e corretamente.(Tunãs.2019)
3.14. Estrutura física do consultório odontológicoO consultório odontológico deve conter marcações de distanciamento de um metro e meio na entrada de pacientes para evitar aglomerações nas filas de atendimento. E deve conter também bloqueio parcial das cadeiras destinadas aos pacientes na recepção, respeitando a distância mínima exigida.
Nas áreas de convívio comum, manter as portas abertas para circulação de ar e redução do manuseio. Os consultórios e ambulatórios devem disponibilizar reservatórios de álcool em gel a 70% em todos os ambientes de circulação de pessoas, além de manter as janelas e portas abertas ao final de cada turno, por no mínimo uma hora, para que haja circulação de ar.
Garantir o funcionamento do sistema de exaustão dos ares condicionados e fazer manutenção periódica dos equipamentos. Devem instalar aparelho para renovação do ar (sistema portátil de filtração do ar), principalmente em salas que não possuem janelas.(Tunãs.2019)
3.15. Recomendações para procedimentos de sala de espera
Os profissionais da recepção devem acolher o paciente para que ele se sinta confortável e seguro no ambiente clínico, confirmar presencialmente as perguntas feitas por telefone assim que o paciente entrar na clínica/consultório, utilizar obrigatoriamente a máscara (pode ser de tecido) durante todo o período que estiverem prestando atendimento à população, realizar frequentemente a higiene das mãos com água e sabão líquido ou preparação alcoólica a 70%, fiscalizar o uso de máscara e o distanciamento de no mínimo 1,5 metros entre os pacientes que estão aguardando o atendimento e/ou agendamento, não manipular pertences dos pacientes como carteiras, cartões e documentos de identificação sem o uso de luvas, caso seja necessária a efetuação de pagamentos dar preferência a pagamentos com cartão e higienizar adequadamente a máquina com álcool a 70% antes e após os pagamentos.(Tunãs.2019)
3.16. Recomendações para o atendimento clínico
Durante e após pandemia de COVID-19, alguns cuidados adicionais devem ser adotados para diminuir o risco de contaminação no ambiente clínico odontológico. Ao chamar os pacientes deve-se orientá-los a higienizarem adequadamente as mãos e reforçar sobre a guarda dos pertences no saco plástico disponibilizado para esta finalidade. Apenas a máscara deve ser mantida com o paciente e removida no momento do atendimento, utilizar preferencialmente a sucção de alta potência (bomba à vácuo), lavar adequadamente as mãos com água e sabão antes e após cada atendimento, evitar o uso de computadores portáteis e celulares no ambiente clínico, tendo em vista o risco de se tornarem vetores de contaminação.(Tunãs.2019)
3.17. Recomendações de biossegurança no consultório odontológico
Frente à pandemia e a grande transmissibilidade do SARS-Cov2, alguns equipamentos de proteção individual passaram a ser exigidos pelas autoridades sanitárias e foram adicionados aos usuais EPIs do cirurgião dentista e corpo técnico.
Utilizar pijama cirúrgico e sapatos fechados de uso exclusivo para o ambiente clínico, se paramentar adequadamente com avental, gorro, luva, equipamento de proteção respiratória (EPR) N95/PFF2 ou equivalente, e protetor facial todas as vezes que forem necessárias intervenções clínicas que gerem aerossol. Em PGAs, o avental impermeável deve apresentar gramatura mínima de 30g/m210 e ser trocado a cada paciente atendido.
Em caso de avaliações e exames, os quais não geram aerossol, usar aventais descartáveis simples, e trocá-los para cada paciente. Realizar a desparamentação de forma cuidadosa e sistemática, com constante higienização das mãos.
Descontaminar o protetor facial, adequadamente, com água e sabão neutro entre uma avaliação e outra e, ao final do dia, deixar imerso por 1 hora em hipoclorito de sódio a 1%.
Preencher o reservatório de água das cadeiras odontológicas com solução de hipoclorito de sódio a 1% (diluição de 0,6 mL de para 1 litro de água) e esvaziar ao final de cada dia.
Realizar a descontaminação das mangueiras da cadeira odontológica com hipoclorito de sódio a 1% ou outras soluções desinfetantes recomendadas.(Tunãs.2019)
4. CONCLUSÃO
De um modo geral, a pandemia da Covid-19 veio como um grande desafio de adaptação para realização da prática odontológica. Procedimentos comuns no consultório odontológico como por exemplo o de perfuração dentária geram grande quantidade de gotículas e aerossol que são suficientes para penetrar nos pulmoes, aumentando muito o risco de contaminação do consultório odontologico e da equipe. Além disso, a atividade odontológica gera um raio de contaminação de até quase 2 metros e que o uso de EPIs adequados é fundamental para redução do risco de infecção pela equipe de saúde bucal. Visando prover diretrizes para a atuação destes profissionais, o ministerio da saude elaborou técnicas que orientam o exercicio seguro destes profissionais como o uso correto do equipamento de proteção individual que passa a ser exigida o uso de avental impermeável de gramatura mínima de 30g/m2 e protetores respiratórios como a mascara N95/PFF2 ou equivalente para procedimentos geradores de aerossol e viseiras.
5. BIBLIOGRAFIA
1. Secretaria de atenção primária a sáude-SAPS. Protocolo de manejo clinico do coronavirus (Covid-19) na atenção primária á sáude. Brasilia: Ministerio de sáude; 2020.https://www.saud.gov.br/images/pdf/2020. Acesso em : 2 de fevereiro. 2020.
2. Peng X, Xu X, L i y, Cheng L, Zhou X. Transmission routes of 2019-nCov and controls in dental practice.2019.
3. Spagnoulo G, De Vitro D, Reng S, Tatullo M. Covid-19; Na overview on Dentistry. 2019.http://www.dental.br/pdf. Acesso em :2 de fevereiro.2020.
4. Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Conselho Federal de Odontologia. Recomendações AMIB/CFO para atendimento odontológico COVID-19: Comitê de Odontologia AMIB/CFO de enfrentamento ao COVID-19 Departamento de Odontologia AMIB – 1° Atualização 25/03/2020. 2020
5. TUNÃS, Inger. et al. Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19): Uma abordagem preventiva para Odontologia. Revista Brasileira de Odontologia. Rio de Janeiro. 2020.
6. Tan Wj, Zhao X. A novel coronavirus genome identified in a cluster of pneumonia cases. Wuhan, china 2019-2020.
7. Cui j, joshef Y. origem e evolução do coronavirus. Orign and evoluation of pathogenic coronavirus.2019.
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